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O Documento da CNBB 105 é fruto da 54° Assembleia da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem como
tema central: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade - sal
da Terra e Luz do Mundo”.
Chamados pelo Batismo e pela Crisma ao seguimento de Jesus
Cristo, os leigos e as leigas assumem a responsabilidade de serem
sujeitos na Igreja e na sociedade, sendo sal e luz. Eles vão ao
mundo e recebem o retorno da transformação.
Ser Luz é iluminar as trevas. É
mostrar o caminho clareando a
escuridão.
Ser sal da terra é não deixar apodrecer. É conservar. É dar sabor.
O mundo é o grande campo
da revelação de Deus. O
verbo de Deus se encarnou
e veio morar em nosso
meio.
O mundo é o lugar da ação
do amor de Deus. É nele
que devemos Sal e Luz
(Mateus 5,13-14).
Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja e nenhum cristão vivem para
si mesmos. Somente surtirão os efeitos da Boa Nova, se
estiverem ligados a Jesus Cristo (João 15,18).
O Concílio Vaticano II afirma que a
Igreja está dentro do mundo, não
fora. Na relação com o mundo a
Igreja se vê pequena: pequeno
rebanho, sal na comida, fermento na
massa, semente lançada na terra.
 Velocidade e superficialização das informações.
 ideologias diversas: mercado, urbanização, cultura do
consumo, individualismo.
 enfraquecimento das relações humanas, fundamentalismo,
comunidades alternativas, fechamento religioso, tendências de
autoritarismo.
 ideologização da mensagem do Evangelho. Há muitas ideologias
que querem mundanizar a Igreja.
 Não vos conformeis com este mundo (Rm 12,2)
 O desafio do Cristão será sempre viver no mundo sem ser do
mundo. Não entrar na mentalidade mundana, mas discernir
pluralidade de relativismo.
 O cuidado com o clericalismo. O leigo não é padre.
O cuidado com a religião intimista e/ou com o secularismo.
 Satisfação individual e indiferença pelo outro. Se eu estou
bem, o outro não me interessa.
 Bem estar de poucos e misérias de muitos. A segregação de
muitos para manter a boa vida de poucos.
 Supremacia dos desejos em detrimento das necessidades
Papa Francisco fala das novas tentações: o mundanismo espiritual.
Não se trata de jogar o mundo fora, mas mudar a mentalidade.
Os cristãos leigos levam o
Evangelho para dentro das
estruturas do mundo, onde
homens e mulheres vivem, agindo
em toda parte santamente e
consagram a Deus o próprio
mundo.
O cristão que não tem
consciência de ser sujeito,
corre o risco da alienação, da
acomodação e da indiferença.
Precisamos vencer a indiferença com as obras de misericórdia.
Caim se mostrou indiferente ao irmão. O bom samaritano, pelo
contrário, deixou-se comover, aproximou-se e cuidou do próximo.
Venceu a indiferença pela misericórdia!
A globalização da indiferença, infelizmente, nos tornou
insensíveis. A alma do mercado entra na alma humana criando
um círculo vicioso que incluiu, de maneira perversa, as mais
diferentes condições de vida coletiva e individual.
 Igreja em saída, de portas abertas, que vai em direção aos
outros para chegar às periferias humanas e acompanhar os que
ficaram caídos à beira do caminho.
A Igreja direcionada e pautada
pelo Reino de Deus caminha
para frente, dentro da história,
com lucidez e esperança, com
paciência e misericórdia, com
coragem e humildade.
A Igreja, com estas características, incluindo dentre elas as atitudes
de escuta e diálogo, se insere no mundo como quem aprende e
ensina, sabe dizer sim ao que é positivo e não ao que prejudica a
dignidade humana.
Assim, a Igreja se insere no mundo com a atitude do serviço
iluminado pela postura amorosa e serviçal presente na Santa Ceia.
Além de mestre, Jesus é o modelo para todo cristão que é
chamado a ser sujeito livre e responsável, capaz de opções, de
decisões e de um amor condicional.
A Igreja é a imagem terrena
da Santíssima Trindade: ela é
povo de Deus em relação ao
Pai, Corpo e esposa com
relação ao Filho e Templo
vivo com relação ao Espírito
Santo.
O Espírito nos dá carisma e ministérios para evangelizar e
transformar em vista ao Reino de Deus.
Como discípulos de Jesus, somos sujeitos de nossa vida e de
nossa missão, conscientes de nossa dignidade.
A Igreja, comunhão na diversidade: O povo de Deus, a Igreja, e sua
unidade se realiza na diversidade de rostos, carismas, funções e
ministérios.
Esta realidade da presença de Cristo é explicitada na imagem
proposta por Paulo, a de que a Igreja é o Corpo de Cristo (1
Coríntios 12,12-30; Romanos 12,4-5).
A igreja, corpo de cristo
na história: Os cristãos
são chamados a serem
os olhos, os ouvidos, as
mãos, a boca, o coração
de Cristo na Igreja e no
mundo.
A iniciação à vida cristã: O Concílio Vaticano II valorizou a
fundamentação sacramental da Igreja, especialmente pelos
sacramentos da iniciação cristã.
O nos incorpora a Cristo, pois
fomos batizados num só Espírito para
formarmos um só corpo (1 Coríntios
12,13; Efésios 4,5).
A nos unge com o óleo
do mesmo Espírito de Cristo
para sermos defensores e
difusores da fé. (At 8,17)
A une a todos na
mesma fração do pão (1 Cor
10,17).
Esses sacramentos fundam a igual
dignidade de todos os membros de Cristo.
Identidade e dignidade da vocação laical: A distinção que o Senhor
estabeleceu entre os ministros sagrados e o restante do povo de
Deus contribui para a união já que os pastores e os demais fiéis
estão ligados uns aos outros por uma vinculação comum.
O sacerdócio comum: Os cristãos leigos são portadores da graça
batismal, participantes do sacerdócio comum, fundado no único
sacerdócio de Cristo.
O Perfil Mariano da igreja: Para compreendermos, em toda a sua
grandeza e dignidade, a natureza e missão dos cristãos leigos,
podemos dirigir o nosso olhar para Maria. Nela encontramos a
máxima realização da existência cristã.
Liberdade, autonomia e relacionalidade: É para a liberdade que
Cristo nos libertou (Gálatas 5,1). O cristão leigo é verdadeiro
sujeito na medida em que cresce na consciência de sua dignidade
de batizado.
A maturidade dos cristãos leigos: Os cristãos leigos são
embaixadores de Cristo que participam do pleno direito na missão
da Igreja e tem um lugar insubstituível no anúncio e serviço do
Evangelho.
Vocação universal à santidade:
Os cristãos leigos, homens e
mulheres, são chamados antes
de tudo à santidade. A
santidade de vida torna a Igreja
atraente e convincente, pois os
santos movem e abalam o
mundo.
Antes de deixar este mundo, Jesus Cristo enviou seus discípulos
em missão: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda
criatura” (Marcos 16,15). Jesus envia seus discípulos como
fermento, sal e luz ao mundo.
O fermento, quando misturado à massa, desaparece. No entanto,
a massa já não é mais a mesma. A ação dos cristãos leigas e leigos
na caminhada da Igreja é história viva, sofrida e frutuosa.
Sem formação o leigo não conseguirá ser Sal e Luz no mundo. A
formação deve ser a partir do que pensa Jesus e sua Igreja,
amadurecendo a necessidade do discipulado no mundo.
A formação começa na família e perpassa por todos os lugares
onde o leigo está. É uma das prioridades da Igreja local.
A formação do leigo deve abranger todas as dimensões: bíblica,
catequese, liturgia, a vida, a doutrina e específica de cada área da
Igreja no mundo. (Dimensão da Mistagogia).
O leigo deve atuar nos Areópagos Modernos: É chamado a
evangelizar na família, na politica, nas políticas públicas em favor
da melhoria da vida, no mundo do trabalho, pois com ele
participamos da criação, o mundo da cultura, o mundo da
educação, nos meios de comunicação, na arte, no meio ambiente e
em todas as realidades de exclusão dos irmãos.
Os Bispos emitem a Palavra de incentivo: “Incentivamos os irmãos
leigos a acreditarem na própria vocação, como sujeitos de uma
missão específica. Reconhecemos o direito e a autonomia das
diferentes formas de organização e articulação do laicato expressos
nos documentos do Vaticano II”.
Os Bispos também deixam um
compromisso: “Como bispos nos
propomos a acolher cada vez
mais com coração fraterno a
todos os cristãos leigos e leigas,
valorizando sua atuação na
Igreja e no mundo, ouvindo suas
opiniões e sugestões, confiando-
lhes responsabilidades e
ministérios”.
O Documento 105 finaliza com pedido à Mãe Maria, a primeira
leiga discípula Missionária, que sobre sua maternal proteção
ecoe em nossos corações suas palavras:
“Pedimos a Maria, mãe da
Igreja, cheia de fé e de graça,
totalmente consagrada ao
Senhor, exemplo de mulher
solícita e laboriosa, que
acompanhe a todos os leigos
e leigos, seus filhos e filhas,
em cada dia da vida”. Sob sua
maternal proteção ecoem em
nossos corações as suas
palavras: “Fazei tudo o que
ele vos disser.” (João 2,5)

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  • 1.
  • 2. O Documento da CNBB 105 é fruto da 54° Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem como tema central: “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade - sal da Terra e Luz do Mundo”.
  • 3. Chamados pelo Batismo e pela Crisma ao seguimento de Jesus Cristo, os leigos e as leigas assumem a responsabilidade de serem sujeitos na Igreja e na sociedade, sendo sal e luz. Eles vão ao mundo e recebem o retorno da transformação. Ser Luz é iluminar as trevas. É mostrar o caminho clareando a escuridão. Ser sal da terra é não deixar apodrecer. É conservar. É dar sabor.
  • 4. O mundo é o grande campo da revelação de Deus. O verbo de Deus se encarnou e veio morar em nosso meio. O mundo é o lugar da ação do amor de Deus. É nele que devemos Sal e Luz (Mateus 5,13-14). Nem o sal, nem a luz, nem a Igreja e nenhum cristão vivem para si mesmos. Somente surtirão os efeitos da Boa Nova, se estiverem ligados a Jesus Cristo (João 15,18).
  • 5. O Concílio Vaticano II afirma que a Igreja está dentro do mundo, não fora. Na relação com o mundo a Igreja se vê pequena: pequeno rebanho, sal na comida, fermento na massa, semente lançada na terra.
  • 6.  Velocidade e superficialização das informações.  ideologias diversas: mercado, urbanização, cultura do consumo, individualismo.  enfraquecimento das relações humanas, fundamentalismo, comunidades alternativas, fechamento religioso, tendências de autoritarismo.
  • 7.  ideologização da mensagem do Evangelho. Há muitas ideologias que querem mundanizar a Igreja.  Não vos conformeis com este mundo (Rm 12,2)  O desafio do Cristão será sempre viver no mundo sem ser do mundo. Não entrar na mentalidade mundana, mas discernir pluralidade de relativismo.
  • 8.  O cuidado com o clericalismo. O leigo não é padre. O cuidado com a religião intimista e/ou com o secularismo.
  • 9.  Satisfação individual e indiferença pelo outro. Se eu estou bem, o outro não me interessa.  Bem estar de poucos e misérias de muitos. A segregação de muitos para manter a boa vida de poucos.  Supremacia dos desejos em detrimento das necessidades
  • 10. Papa Francisco fala das novas tentações: o mundanismo espiritual. Não se trata de jogar o mundo fora, mas mudar a mentalidade. Os cristãos leigos levam o Evangelho para dentro das estruturas do mundo, onde homens e mulheres vivem, agindo em toda parte santamente e consagram a Deus o próprio mundo. O cristão que não tem consciência de ser sujeito, corre o risco da alienação, da acomodação e da indiferença.
  • 11. Precisamos vencer a indiferença com as obras de misericórdia. Caim se mostrou indiferente ao irmão. O bom samaritano, pelo contrário, deixou-se comover, aproximou-se e cuidou do próximo. Venceu a indiferença pela misericórdia! A globalização da indiferença, infelizmente, nos tornou insensíveis. A alma do mercado entra na alma humana criando um círculo vicioso que incluiu, de maneira perversa, as mais diferentes condições de vida coletiva e individual.
  • 12.  Igreja em saída, de portas abertas, que vai em direção aos outros para chegar às periferias humanas e acompanhar os que ficaram caídos à beira do caminho. A Igreja direcionada e pautada pelo Reino de Deus caminha para frente, dentro da história, com lucidez e esperança, com paciência e misericórdia, com coragem e humildade.
  • 13. A Igreja, com estas características, incluindo dentre elas as atitudes de escuta e diálogo, se insere no mundo como quem aprende e ensina, sabe dizer sim ao que é positivo e não ao que prejudica a dignidade humana. Assim, a Igreja se insere no mundo com a atitude do serviço iluminado pela postura amorosa e serviçal presente na Santa Ceia.
  • 14. Além de mestre, Jesus é o modelo para todo cristão que é chamado a ser sujeito livre e responsável, capaz de opções, de decisões e de um amor condicional. A Igreja é a imagem terrena da Santíssima Trindade: ela é povo de Deus em relação ao Pai, Corpo e esposa com relação ao Filho e Templo vivo com relação ao Espírito Santo. O Espírito nos dá carisma e ministérios para evangelizar e transformar em vista ao Reino de Deus. Como discípulos de Jesus, somos sujeitos de nossa vida e de nossa missão, conscientes de nossa dignidade.
  • 15. A Igreja, comunhão na diversidade: O povo de Deus, a Igreja, e sua unidade se realiza na diversidade de rostos, carismas, funções e ministérios. Esta realidade da presença de Cristo é explicitada na imagem proposta por Paulo, a de que a Igreja é o Corpo de Cristo (1 Coríntios 12,12-30; Romanos 12,4-5). A igreja, corpo de cristo na história: Os cristãos são chamados a serem os olhos, os ouvidos, as mãos, a boca, o coração de Cristo na Igreja e no mundo.
  • 16. A iniciação à vida cristã: O Concílio Vaticano II valorizou a fundamentação sacramental da Igreja, especialmente pelos sacramentos da iniciação cristã. O nos incorpora a Cristo, pois fomos batizados num só Espírito para formarmos um só corpo (1 Coríntios 12,13; Efésios 4,5). A nos unge com o óleo do mesmo Espírito de Cristo para sermos defensores e difusores da fé. (At 8,17) A une a todos na mesma fração do pão (1 Cor 10,17). Esses sacramentos fundam a igual dignidade de todos os membros de Cristo.
  • 17. Identidade e dignidade da vocação laical: A distinção que o Senhor estabeleceu entre os ministros sagrados e o restante do povo de Deus contribui para a união já que os pastores e os demais fiéis estão ligados uns aos outros por uma vinculação comum.
  • 18. O sacerdócio comum: Os cristãos leigos são portadores da graça batismal, participantes do sacerdócio comum, fundado no único sacerdócio de Cristo. O Perfil Mariano da igreja: Para compreendermos, em toda a sua grandeza e dignidade, a natureza e missão dos cristãos leigos, podemos dirigir o nosso olhar para Maria. Nela encontramos a máxima realização da existência cristã.
  • 19. Liberdade, autonomia e relacionalidade: É para a liberdade que Cristo nos libertou (Gálatas 5,1). O cristão leigo é verdadeiro sujeito na medida em que cresce na consciência de sua dignidade de batizado. A maturidade dos cristãos leigos: Os cristãos leigos são embaixadores de Cristo que participam do pleno direito na missão da Igreja e tem um lugar insubstituível no anúncio e serviço do Evangelho. Vocação universal à santidade: Os cristãos leigos, homens e mulheres, são chamados antes de tudo à santidade. A santidade de vida torna a Igreja atraente e convincente, pois os santos movem e abalam o mundo.
  • 20. Antes de deixar este mundo, Jesus Cristo enviou seus discípulos em missão: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura” (Marcos 16,15). Jesus envia seus discípulos como fermento, sal e luz ao mundo. O fermento, quando misturado à massa, desaparece. No entanto, a massa já não é mais a mesma. A ação dos cristãos leigas e leigos na caminhada da Igreja é história viva, sofrida e frutuosa.
  • 21. Sem formação o leigo não conseguirá ser Sal e Luz no mundo. A formação deve ser a partir do que pensa Jesus e sua Igreja, amadurecendo a necessidade do discipulado no mundo. A formação começa na família e perpassa por todos os lugares onde o leigo está. É uma das prioridades da Igreja local. A formação do leigo deve abranger todas as dimensões: bíblica, catequese, liturgia, a vida, a doutrina e específica de cada área da Igreja no mundo. (Dimensão da Mistagogia).
  • 22. O leigo deve atuar nos Areópagos Modernos: É chamado a evangelizar na família, na politica, nas políticas públicas em favor da melhoria da vida, no mundo do trabalho, pois com ele participamos da criação, o mundo da cultura, o mundo da educação, nos meios de comunicação, na arte, no meio ambiente e em todas as realidades de exclusão dos irmãos.
  • 23. Os Bispos emitem a Palavra de incentivo: “Incentivamos os irmãos leigos a acreditarem na própria vocação, como sujeitos de uma missão específica. Reconhecemos o direito e a autonomia das diferentes formas de organização e articulação do laicato expressos nos documentos do Vaticano II”. Os Bispos também deixam um compromisso: “Como bispos nos propomos a acolher cada vez mais com coração fraterno a todos os cristãos leigos e leigas, valorizando sua atuação na Igreja e no mundo, ouvindo suas opiniões e sugestões, confiando- lhes responsabilidades e ministérios”.
  • 24. O Documento 105 finaliza com pedido à Mãe Maria, a primeira leiga discípula Missionária, que sobre sua maternal proteção ecoe em nossos corações suas palavras: “Pedimos a Maria, mãe da Igreja, cheia de fé e de graça, totalmente consagrada ao Senhor, exemplo de mulher solícita e laboriosa, que acompanhe a todos os leigos e leigos, seus filhos e filhas, em cada dia da vida”. Sob sua maternal proteção ecoem em nossos corações as suas palavras: “Fazei tudo o que ele vos disser.” (João 2,5)