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Maio 2011 — EDIÇÃO 20 - 0.50 J.XXI          jornalgeracaoxxi@hotmail.com


          SARAU DA BIBLIOTECA
                                                                                         Pg 7,8,9,10




                                                                                                  Pg. 2


                                                                          A EXPOSIÇÃO
                                                                          « MOMENTOS DA HISTÓRIA»
                                                                                                          Pg. 3


Pelo quarto ano consecutivo, a Biblioteca
Escolar realizou um Sarau Cultural que                                                     Pg.5
pretende ser uma mostra das actividades que
decorreram na e com a Biblioteca Escolar                                                PEDDPAPER
ao longo do ano. Obrigada a todos.
                                                                                                          Pg.6

                                                                                                             Pg.11
  AFS Intercultura… pg24                  Resultados da 1ª Olimpíada
                                                                               SEMANA da LEITURA Pg 12,13
                                          de Biologia: Gustavo Gal-
                                          veias 17º lugar e Miguel Bri-
                                          lhante 53º em 731 alunos a            S.Valentim pg.14,15
                                          nível Nacional. Parabéns.
                                                                                 Jogos Florais pg 17,18,19


                                                                                Educação para a Sexualidade pg20



                                                                          Projecto Radiação Ambiente pg 21
                  Guia Prático pg.11
                                                                          pALAVRAS eSCRITAS p22
Com as Comemorações do Centenário
                      da República, representantes das Juventudes
             Partidárias, Débora Santos - JCP, Duarte Marques - JSD
e Pedro Delgado - JS estiveram na nossa biblioteca e conversaram
sobre “ O Ideário da República: A participação e a Cidadania”. A
sessão decorreu no dia 23 de Março com as turmas D e C do 12.º ano
e D do 11.º ano, respectivamente, com os professores José Chambel,
Luís Santos, Marta Ropio (organizadora) e Antónia Ferreira. A sessão
foi muito interessante quer pela qualidade das intervenções dos convi-
dados quer pela participação dos alunos e professores. Deixamos
aqui, para reflexão, uma mensagem de um dos intervenientes (Duarte
Marques) “A República é o que nós fizermos dela”.




       Juventude Activa
                                                                      os deveres dos cidadãos enquanto elementos de uma sociedade
                                                                      democrática, este acabou por ganhar uma feição crítica e acele-
                                                                      rada, devido as diferentes ideologias que os membros da juven-
                                                                      tude partidária defendiam.
    No dia 23 de Março realizou-se na nossa escola Secundária          Com o desenrolar desta actividade o debate perdeu o seu in-
                                                                      tuito de consciencializar os jovens da sua importância para o
  um debate de extrema importância no que se refere à nossa futuro do país e do contributo que podem dar politicamente,
  liberdade de expressão e de opinião. Membros da Juventude ganhando um formato muito semelhante às campanhas eleito-
  Partidária fizeram questão de alertar e informar os jovens da rais, onde muito do que se vê e ouve são ataques constantes às
  nossa escola, para uma participação activa na política. Uma imagens dos partidos fazendo referência a muitos dos seus er-
  política saudável e participativa na vida dos cidadãos.     ros no passado. Contudo os alunos mostraram-se conscientes e
   A Juventude Socialista, a Juventude Social Democrática e a interessados na “verdadeira política”, lançando assim críticas ao
  Juventude Comunista Portuguesa trouxeram os seus respectivos rumo que o debate tomou e à semelhança que este teve com os
  princípios partidários para o debate escolar. No entanto, apesar “verdadeiros ” debates políticos.
  das suas contradições, acabaram por afirmar que o objectivo de Os alunos acabaram assim por reforçar a sua própria opinião,
  todos os partidos políticos passa pela satisfação das necessida- sem mostrar qualquer concordância com um dos partidos, exi-
  des da sociedade, e que simplesmente existem vários meios para gindo por parte destes uma maior compreensão para com os
  atingir um fim. O que poderia parecer, de modo inicial, algo do cidadãos e os seus direitos como tal. Pode-se então dizer, que a
  “mesmo” a que se assiste diariamente, mudou completamente política de mais não passa de um tentar satisfazer as necessida-
  de configuração quando, os alunos começaram a participar no des de toda a sociedade, no entanto os meios por vezes não são
  debate e a adoptar um discurso de índole crítico e admirável, ao os melhores para atingir certos fins. Foi isso mesmo que neste
  responderem e explicitarem as dúvidas dos alunos, que incidi- debate se tentou pôr em “cima da mesa”, em que os alunos se
  ram sobretudo sobre a educação, talvez por ser um elemento mostraram mais consciencializados do que se poderia pensar,
  bastante importante nesta etapa das suas vidas. Tal facto acabou “apontando o dedo” à política que se vive em Portugal e abrin-
  por se não se cumprir até ao fim do debate, e apesar de os alu- do caminho aos vários pontos de vista dos cidadãos.
  nos terem feito sugestões pertinentes, tais como a adição de
  uma disciplina que nos elucidasse para o que é a política e quais                                Andreia Coelho 12º D



                                                                                                                            2
Grupo de História

   A EXPOSIÇÃO « MOMENTOS DA HISTÓRIA»




A comunidade educativa da Escola Secundária de Vendas
Novas teve oportunidade de assistir a uma exposição de-
signada por « Momentos da História», que despertou de 9
a 16 de Maio, no espaço da biblioteca escolar, a atenção e
o gosto pelo conhecimento de épocas e por figuras histó-
ricas que marcaram fases do percurso das Histórias de
Portugal, europeia e mundial, contando para esse efeito
com trabalhos realizados pelos alunos. Foi, de facto, uma
experiência visual e narrativa enriquecedoras, a avaliar
pelo interesse manifestado pelos alunos e visitantes, recor-
rendo-se para esse efeito a obras em suporte de papel, com
consulta do espólio da biblioteca escolar e emprego das
tecnologias informáticas. Os momentos e temas apresenta-
dos neste ano – lectivo foram a expansão marítima (sécs.
XV e XVI), anos 50 e 60 em Portugal, símbolos, produtos
e marcas da nossa infância, a implantação da república em
Portugal, os direitos humanos no mundo do século XX,
em fotos de Sebastião Salgado. Uma nota de agradeci-
mento a diversas entidades locais que prontamente acede-
ram colaborar, quer na publicitação inicial da iniciativa
(Rádio Granada), quer na divulgação do balanço final
(Boletim da Biblioteca Escolar, Jornal Escolar «Geração
XXI»,Gazeta de Vendas Novas), em jeito de reflexão em
torno da mesma, junto da comunidade.
        Esperemos, agora, que as próximas gerações sai-
bam colher os aspectos positivos desses ensinamentos pa-
ra preparar um melhor futuro. Afinal de contas, essa é a
grande finalidade da História. O querermos saber como
chegamos até aqui, como evoluímos ao longo dos tempos,
talvez para buscarmos o sentido e as respostas aos porquês
da vida, através de uma cidadania activa, ajuda-nos a per-
ceber a nossa identidade, o nosso viver como indivíduos e
como povo




                                                                          3
Educação Grega                           Miguel Romão 7º A
                                                                        ao qual chamavam palestra.
 Na Grécia Antiga cresceu a Democracia, cresceram os direitos,           Aos 18 anos, iniciavam a preparação militar ( que durava 2 anos ),
mas não cresceram as igualdades. Isso reflecte-se na Educação, a        finda a qual eram considerados cidadãos de pleno direito.
Educação Grega era imperfeita. Rapazes e raparigas cresciam jun-          Durante estes treze anos, desde os 7 anos até aos 20 anos, a
tos até aos sete anos. As crianças permaneciam em casa e eram           Educação feminina, era limitada, pois a educação das jovens gre-
educadas pelos pais. Entre os 7 e os 15 anos, os rapazes e as rapa-     gas era crescer junto das mães, com quem aprendiam o desempe-
rigas seguiam caminhos diferentes. As raparigas continuavam em          nho das tarefas domésticas. Era esta, a Educação grega, apesar de
casa, no gineceu. Onde eram educadas pelas mães a fazer tudo o          politicamente viverem numa democracia.
que fosse preciso em casa. Os rapazes seguiam caminhos diferen-           Actualmente, falemos neste caso em Portugal. Muita coisa mu-
tes. Iam para a escola, onde começavam por ser acompanhados             dou. Deveremos e somos tratados igualmente. Desde que nasce-
pelo pedagogo, um professor que acompanhava a Educação Mo-              mos, até morrermos. Mas, falando na nossa Educação. E neste
ral e Física da criança. Aí, iniciavam as aprendizagens básicas:        caso a nível global, será que todos recebemos a mesma Educação?
leitura, escrita e aritmética, tinham também aulas de música e de       Os factos dizem que em certos países africanos o nível de Alfabe-
preparação física. Logo que aprendiam a ler, eram obrigados, pe-        tização é inferior a 35%.
los seus mestres ( os gramáticos ), a decorar partes dos poemas de        Na minha opinião muita coisa mudou, existem direitos a apren-
Homero e Hesíodo, para aprenderem com os heróis descritos               der, apesar de ainda hoje existir descriminação, ainda existir a dife-
nesses poemas e seguirem o seu exemplo.                                 rença entre seres da mesma espécie. A Educação é essencial, mas
 Depois dos 15 anos, os adolescentes do sexo masculino continu-         não só ir à escola, crescer Civicamente, crescer numa Sociedade.
avam a sua formação no ginásio, aprendendo gramática, retórica,         Saber estar no Mundo!
música e dialéctica. Prosseguiam o desenvolvimento das suas apti-
dões físicas, praticando várias modalidades num recinto ao ar livre


A democracia actual                   Susana Duarte 9ºA                 Mundial e a nacionalização da economia. Após uma contra-
                                                                        revolução da qual os comunistas saíram vencedores, Lenine adop-
                                                                        tou a NEP, uma Nova Política Económica de abertura e liberaliza-
        A grave crise económica e social dos anos 30 facilitou o        ção da economia. Com a morte de Lenine, Estaline tornou-se no
avanço de movimentos políticos de extrema-direita e de esquerda         governante absoluto da URSS. Estaline pôs fim à NEP e tomou
O primeiro país a adoptar um regime ditatorial de extrema-direita       uma série de medidas como a colectivização dos meios de produ-
foi a Itália, com um regime fascista, implantado por Benito Musso-      ção e estabeleceu uma economia planificada, dando prioridade à
lini, em 1922. Os principais objectivos desta política eram restaurar   indústria pesada e privilegiando os sectores têxteis e alimentares.
a grandeza e o passado histórico da Nação e reconstruir o império       Em resultado desta política económica, a U.R.S.S transformou-se
romano. Na Alemanha também surgiram propostas ditatoriais que           numa grande potência industrial e militar. Após estudar todas estas
começaram progressivamente a ganhar mais apoiantes e a 30 de            ditaduras penso que seja correcto afirmar que viver em ditadura é
Janeiro de 1933, sob pressão de um grupo de conservadores, o            como viver numa “prisão”, política e ideológica, visto que, não
Presidente da República, Von Hidenburg, nomeia Hitler chanceler         havendo liberdade de expressão, as pessoas não podem partilhar as
(primeiro-ministro) da Alemanha. O principal objectivo desta polí-      suas ideias publicamente; como também uma “prisão” cultural,
tica era restaurar a unidade nacional e a grandeza imperial da Ale-     uma vez que os artistas, os escritores ou os grandes intelectuais
manha, conquistando o “espaço vital” aos povos considerados por         não podiam manifestar a sua arte livremente, sob pena de ser cen-
eles inferiores. O nazismo caracteriza-se pela ideia de superiorida-    surada e de os próprios serem presos, chegando mesmo alguns a
de da sua raça em relação aos restantes povos: o racismo. Esta          exilarem-se. Actualmente, no nosso país, vivemos numa democra-
concepção nazi gerou o anti-semitismo, ou seja, a perseguição, a        cia que, apesar de eu não a considerar uma democracia “com todas
expulsão e até a morte de milhões de Judeus. Em Portugal já exis-       as letras”, por diversas razões, mas existe liberdade de expressão e
tia uma ditadura militar desde 1926 e, face à grave situação econó-     liberdade de partidos e ideias políticas, o que, na minha opinião, é
mica e ao clima de instabilidade que o país atravessava, Óscar Car-     essencial para que haja uma sociedade livre e aberta. Esta liberdade
mona (Presidente da República na altura) convidou para ministro         de partidos e ideias políticas origina a existência de partidos com
das finanças António de Oliveira Salazar, professor na Universida-      diferentes ideologias, o que por sinal é bom. Mas nem sempre é
de de Coimbra. Salazar ganhou algum prestígio por eliminar, rapi-       fácil para uma sociedade escolher qual o melhor partido para go-
damente, o défice financeiro e, por isso, em 1932, é nomeado Che-       vernar o seu país. É esta uma das principais dúvidas que assombra
fe do Governo e em 1933 faz aprovar uma nova Constituição.              o nosso país actualmente. Por um lado, não queremos o comunis-
Começava assim a ditadura Salazarista denominada Estado Novo.           mo nem partidos de extrema-esquerda mas, por outro lado tam-
Todas estas ditaduras eram apoiadas por organismos de defesa do         bém não pretendemos um partido mais à direita, sob pena de cair-
Estado que se encarregavam de perseguir, torturar e até matar os        mos numa ditadura semelhante à de Salazar. A solução seria, a meu
opositores políticos, como por exemplo: a OVRA, na Itália; a            ver, apostarmos num partido que estivesse entre a esquerda e a
GESTAPO, na Alemanha e a PIDE, em Portugal. Existiam ainda              direita, mas nem mesmo esses estão a conseguir superar a crise e
organismos de censura e organismos que se destinavam a educar           ajudar a população, por isso surge a questão: “Afinal, qual é o me-
os jovens nos valores da Nação. Entretanto, a Rússia, governada         lhor partido para governar o nosso país?”. O ideal seria um partido
pelo Czar Nicolau II, a sua economia era atrasada e a sociedade         que conseguisse sair desta crise económico-social e que fizesse
apresentava grandes desigualdades. Após as revoluções de 1917,          tudo quanto fosse possível para melhorar a qualidade de vida da
Lenine assumiu a presidência do novo Governo e pôs em prática           população, mas como, actualmente, não existe nenhum partido
uma série de medidas, como a retirada da Rússia da 1ª Guerra            que preencha estes requisitos, a dúvida mantém-se.



                                                                                                                                 4
o




        !2ºAno
        ArteInstal…
        Os alunos desenvolveram um
        projecto de instalação tendo
        como base a poética de Fer-
        nando Pessoa e Heterónimos
        num trabalho interdisciplinar...


    EXPOSIÇÕES         11º E e 12ºD




                                           5
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
                 1º PEDDY PAPER

No dia 8 de Abril, o Primeiro Peddy Paper do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, aconteceu. Co-
mo sempre tudo partiu de uma ideia, mas só começou quando todos os professores do DCSH se empenharam
a regulamentar e programar, desenhar percursos, actividades e jogos, e tanta coisa que foi primeira por sermos
estreantes. Mas, quer as inscrições , quer a participação dos alunos, ACONTECERAM: 46 equipas, 186 alunos.
A adrenalina disparou com esta adesão e foi necessário recrutar alunos não concorrentes, para ajudarem nas
provas.
A todos os participantes (a organizar e a concorrer) o nosso Obrigado.




                                                                  2º Prémio: Tó pêras
   1º Prémio: Pipacaligaquígrafo




  3º Prémio: Pães de ló                                         Prémio atitude: Família feliz




                                                                                                         6
Eco-Passeio de orientação – ―descobrir‖ Vendas Novas
                         No dia 26 e 31 de Janeiro as turmas A e B do 7º ano efectuaram uma saí-
                         da de campo à área envolvente da escola




Este eco-passeio permitiu, através da observa-
ção directa, aplicar os conhecimentos sobre ori-
entação, e a leituras de mapas mas sobretudo a
apreciar e preservar a Natureza.
Referindo alguns alunos “O que aprendi ou gos-
tei nesta saída…”: aprendemos a ver como se
encontra o Sul através do sol, das flores e
do musgo das árvores…; conheci melhor
Vendas Novas…; aprendi a utilizar a bússo-
la…; aprendi a não poluir para o bem da Natureza…; gostei de observar bonitas
paisagens…; gostei de ir ao chafariz…; é sempre bom ter uma aula ao ar livre…;
gostei de “explorar” a Natureza…;




Aprendi que existe mais para além do que pensamos e que o campo é um lugar
espectacular. Gostava imenso de repetir!



                                                                                            7
Agricultura biológica – uma proposta de desenvolvimento sustentável
     No dia 1 de Abril a turma do 9º A realizou uma eco-visita de estudo à Herdade do Freixo do
     Meio que é uma exploração que concilia a produção de alimentos saudáveis e tradicionais com a
                                 preservação do mundo rural e dos sistemas naturais.




                                    Na parte da manhã os alunos fizeram uma visita guiada à explora-
                                    ção agrícola e puderam aprofundar os conhecimentos sobre a vi-
                                    da no campo e a prática de uma agricultura sustentável. Todos
     ficaram conscientes que respeitando os recursos naturais e os ciclos de natureza se podem obter
     os produtos típicos da dieta mediterrânica, promover a saúde e reduzir a pegada ecológica .




Após o almoço, foi realizado um per-
curso pedestre, e com a ajuda dos ma-
pas e da sinalética, os alunos e profes-
soras puderam usufruir de um ambien-
te único - o ecossistema de montado.




                                                                                               8
FlorestArte
                   Concurso Escolar 2011

No âmbito da Comemoração do Ano Internacional da Floresta, O Governo Civil de Évora promoveu um concurso
escolar fotográfico intitulado do Concurso FlorestArte. A nossa escola participou com vários trabalhos de alunos de
diferentes ciclos e, num universo de 150 trabalhos do distrito de Évora, fomos distinguidos com os seguintes prémios:

                                                          “O Montado – Marca Registada do Alentejo”
                                                        Ecossistema mediterrânico, abriga uma biodiversidade
                                                        muito importante para a conservação da natureza a
                                                        nível Nacional e Europeu.
                                                        As Florestas de sobreiro, sobro ou chaparro (Quercus
                                                        suber) pertencem à família dos carvalhos cultivados no
                                                        sul da Europa e a partir da qual se extrai a cortiça. Es-
                                                        ta, gera importantes rendimentos a nível local e regio-
                                                        nal e permite manter parte do emprego no mundo rural.
                                                        Destaca-se ainda a criação de espécies produtoras de
                                                        leite e de carne de elevada qualidade, da apicultura, a
                                                        recolha de cogumelos comestíveis e as actividades tu-
                                                        rísticas, como o Turismo Rural o Ecoturismo e o Agro-
                                                        Turismo.




                     1º PRÉMIO
             Pedro Miguel Serrudo Leque
      12º Curso Profissional Técnico Restauraçã0


“A Árvore - a Luz da Vida; a Floresta a Vida            “
do Planeta”




                                                                               Menção Honrosa
                                                                           Inês Alves Rodrigues 12ºC
                                                        Alentejana”
                    2º PRÉMIO                           No nosso quotidiano traçamos um caminho rumo a uma felicida-
              João Filipe Coelho Santos                 de individual, procurando satisfazer os nossos interesses mais su-
                         9º A                           pérfluos. Para além disso, dedicamos maior parte da nossa vida
                                                        construindo um ser laboral, vítima de stress, especulações, precon-
                                                        ceitos e estereótipos. Assim, é-nos impossível observar o Mundo
                                                        envolvente, especialmente a tranquilidade da paisagem alentejana,
                                                        tudo o que ela nos oferece e preservar a sua biodiversidade.




                                                                                                                9
No dia 30 de Abril, os alunos premiados e as professoras envolvidas ( Professoras Maria José Rodrigues e
  Alda Farrica), deslocaram-se a Évora a fim de receberem os respectivos prémios que foram entregues pe-
  los Exmºs Senhores Ministro da Agricultura, Governadora Civil de Évora e Director Regional de Educa-
  ção do Alentejo.




                                                                 de mostrar um maior controlo sob o seu próprio organismo e de
                                                                 revelar a sua resistência aos seus amigos, esquecendo as conse-

                                          Andreia Coelho, 12ºC quências que daí virão.
                                                                Segundo alguns estudos, comprova-se que os alunos do ensino
                                                                 secundário são os que mais consomem bebidas alcoólicas, sendo a
                                                                 bebida privilegiada a imperial, consumida, em média, por cada
                                                                 jovem uma a quatro vezes por noite. Foi constatado também que
                                                                 existe uma maior ingestão de álcool entre os 15 e os 17 anos de

          Substância inimiga                                     idade, sendo muitas vezes as raparigas maiores consumidoras do
                                                                 que os rapazes.
                                                                  A prevenção do consumo excessivo de álcool passa pelos pró-
 A verdade é que o álcool tem vindo a satisfazer, cada vez mais, prios familiares e amigos que deverão alertar para um estilo de
todas as exigências dos jovens actualmente. Ao contrário do que vida mais saudável e tranquilo, procurando sempre, evitar chegar
por vezes se possa pensar, a resolução dos mais variados proble- ao ponto onde surge a necessidade de tratamento do alcoolismo.
mas da adolescência não são, de forma alguma, resolvidos através Contudo este tipo de ajuda está, cada vez mais presente na popu-
da ingestão do álcool. No entanto esta ilusória bebida tem sido lação jovem, tendo como métodos a medicação e psicoterapia de
cada vez mais a escolha dos jovens como forma de divertimento e grupo.
de desinibição.                                                   Com o fim de prevenir este problema, pelo menos nas faixas
 O alcoolismo é actualmente um grande problema, atingindo o etárias mais jovens, surgiu uma lei que proíbe a venda de álcool
Homem, nas várias fases da sua vida, mas é na adolescência que a aos jovens menores de 16 anos. Apesar disto e de todas as san-
sua procura é mais intensa e a sua ingestão muito mais elevada. O ções aplicadas, esta não se tem mostrado a melhor das soluções,
consumo de álcool leva assim à euforia, à desinibição e a uma pois estes acabam por ter acesso às mesmas de uma forma facilita-
maior sociabilidade entre os grupos de jovens, libertando-os da da e frequente sem quaisquer limitações seja de que tipo for.
sua controladora consciência. No entanto nem tudo acaba por ser Como tal, é cada vez mais latente, a necessidade de realizar ac-
assim tão agradável quando a falta de coordenação motora, o des- ções como forma de alertar a população mais jovem para as gra-
controlo, a sonolência e a diminuição sensitiva se manifestam. O ves consequências que advêm do consumo excessivo de álcool, e
consumidor perde todas as suas faculdades físicas e psíquicas, levando-os a proteger, mais tarde, as gerações vindouras, criando-
bem como o controlo das acções, a sua vontade própria e consci- lhes um ambiente mais saudável para que consigam divertir-se de
ente. O jovem é assim levado a aumentar a dosagem como forma uma forma cada vez mais consciente.

                                                                                                                    10
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS




               O novo Acordo Orto-
               gráfico entrou em vi-
                 gor
                 em Ja-                              neiro
de               2009.
                 Mas,                                até
                 2015,                               decor-
re               um                                  perío-
do               de                                  transi-
                         ção,
duran-                   te o
qual                     ainda
se po-                   de
utilizar                 a
grafia                   actu-
al.


                        Se                              qui-
           ser adoptar já                                a
           nova grafia do                               Por-
            tuguês, veja
           aqui as princi-                                 pais
           alterações de                                   que
            foi objecto a

                                                      11
Cartaz elaborado pela aluna Rita Silvestre do 12ºD, no âmbi-
                                                       to do concurso “O Cartaz da Minha escola” do Plano Nacio-
                                                       nal de Leitura.




                                                     Este ano a Semana da leitura centrou-se na relação LEITURA –
                                                     ENERGIA – FLORESTA, conjugando-se, deste modo, a comemo-
                                                     ração do Ano Internacional das Florestas e a preocupação cres-
                                                     cente das nossas sociedades com o ambiente e a sustentabilidade.
                                                     Festejou-se a Semana da Leitura de 28 de Fevereiro a 4 de Março,
                                                     mas ao longo de todo o mês decorreram várias actividades relacio-
                                                     nadas com a temática já apresentada e associadas às actividades do
                                                     Eco - escolas.
                                                     Durante a Semana da Leitura, nos livros de ponto colocaram-se
alguns poemas e solicitaram-se aos professores que fizessem a sua leitura nas turmas. Desenvolveu-se um programa,
todos os dias da semana, pretendendo-se que o maior número de turmas viesse à biblioteca. Durante três noites também
se ofereceram sessões à população e aos formandos do CNO. A Semana da leitura que envolveu 20 turmas do regime
diurno e grupos de adultos do CNO/comunidade, respectivamente, 450 alunos e 72 adultos.
Agradecemos a todos os professores que participaram na Semana da Leitura, quer dinamizando sessões, quer deslocando
-se à biblioteca com as turmas. Um agradecimento a todos os alunos que a título individual e/ ou inseridos na sua turma
colaboraram para que esta semana se tornasse um sucesso. Agradecemos também a todos os convidados entre os quais
destacamos os encarregados de educação, elementos da Biblioteca Municipal e da Biblioteca Escolar da Secundária de
Montemor - o - Novo.



                                           Decorreu no dia 2 de Abril a fase distrital do Concurso Nacional de
                                           Leitura na Biblioteca Municipal Almeida Faria em Montemor-o-
                                           Novo. Do terceiro Ciclo participaram os alunos Henrique Silva e
                                           Ricardo Lino ( 8ºano) e do Secundário, os alunos Fábio Prates
                                           ( 11ºano) e Filipe Marques ( 12ºano). A boa prestação do aluno Fili-
                                           pe Marques, do 12.º B, traduziu-se no terceiro lugar conquistado
                                           pela nossa escola.
                                           Estão de parabéns todos os alunos que participaram no Concurso e,
                                           especialmente, o aluno vencedor.




                                                                                                  Filipe Marques
                                                                                                  ( 12ºano



                                                                                                            12
Decorreu de 21 de Março a 25 a Eco-semana/Leitura na Escola. As actividades desta semana foram variadíssimas:
Exposições , Apresentações/Debates, Actividades com livros, Divulgação de recursos: Livros, Revistas e DVD, Recu-
peração da sinalética das espécies vegetais, Demonstração da estação meteorológica da EPA, Oferta de árvores, Mos-
tra e prova de mel de diferentes sabores, Degustação de chás de plantas, Vendas de plantas aromáticas. Comemora-
ram-se ainda Dia Mundial da Floresta e Poesia (21 de Março), Dia Mundial da Água (22 de Março) e o Dia Mundial
da Meteorologia (23 de Março).
Durante esta semana esteve patente na Biblioteca da escola a Exposição Eco-Arte que envolveu os alunos do 12ºD e
11ºE.




                                                                                                              13
Sobre o amor…
O que é o amor? É uma qualidade? Um sentimento? Apreço? Devo-
ção?
Talvez seja tudo isso! A verdade é que não conheço ninguém que não
ame nem seja amado. Antes mesmo de nascermos já o somos. Amar
é algo que aprendemos instintivamente e que nunca depende só de
nós. O amor está para além do simples gostar, pois gostamos de coi-
sas mas apenas amamos as pessoas.
Mas não é fácil amar! Amar pressupõe uma grande dose de tolerân-
cia, paciência e sobretudo verdade! Porque é difícil relacionarmo-nos
com as pessoas. Temos que saber lidar com os seus defeitos e quali-
dades da melhor maneira possível.
Somos muito altruístas com todas as pessoas que amamos, cedemos sempre O amor
por elas, fazemos tudo por elas, mesmo que isso implique um sacrifício pesso- De um tempo antigo
al, pois a partir do momento em que amamos , quem amamos passa a ser uma Ao meu tempo contigo
extensão de nós próprios! É por isso que durante a nossa vida amamos um nú- Desde um tempo distante
mero muito restrito de pessoas, pois por vezes não há cedência e tolerância A única constante
suficiente de ambas as partes.                                                  É um sentimento,
Perante este mundo cruel, talvez o amor seja a única coisa que temos. Pensar Esse doce tormento
que exista alguém neste mundo que não saiba o que é o amor, entristece-me Que há milhares de anos,
muito. O amor, que tantas vezes esquecemos, mas que nunca nos abandona é Depois de tantos enganos,
o que de mais precioso temos. Menosprezamo-lo muitas vezes porque sempre Depois de tanta dor,
fomos amados e esse sentimento (se o amor for realmente um sentimento) Me atingiu agora:
está muito presente na nossa vida. Tão presente, que somos egoístas e hipócri- É o amor!
tas o suficiente para nos esquecermos dele.                                              João Gaudêncio, 10º C
 Pensemos agora em toda a nossa vida! Agora imaginemo-la sem amor. É tão
horrível ver que todas aquelas memórias de infância se dissolvem, que aqueles
abraços à família não existiram, que os risos com os amigos foram uma ilusão,
que as confidências foram contadas, que as lágrimas foram cortadas, que não
temos ninguém! Somos então um ser que vive só por viver, parasita do e no Amor
seu mundo. Talvez neste momento demos importância ao amor.”                    Não consigo imaginar maior dor
Mónica 10ºE                                                                    Que a que gela o peito da gente,
                                                                               Onde batera um coração quente,
                                                                               A que resolveram chamar de amor.
Já o senti, já o vivi, no melhor e no pior, no entanto, não sei ao certo o
que dizer sobre ele.                                                           Não conheço palavra nem cor
Não o controlo, ele é irracional e muito mais forte que o mais forte dos       Que consiga mostrar o que se sente,
homens e é dos mesmos o maior ponto fraco. É o amor o que os derro-            Nem ilustre sentimento ardente,
ta com uma dor que nenhum remédio cura mas também nos dá a mai-                Ou que ao homem dê tanto calor.
or felicidade do mundo, uma felicidade insubstituível, capaz de sobrevi-       Se o houver em todo o mundo
ver a tudo. Ao longo da vida, sentimo-lo e vivemo-lo várias vezes, sem-        Digam-me (pois eu não vejo)
pre de maneira diferente e sempre inesquecível, com coisas boas e              Algo que possa ser tão profundo
más. É preciso saber vive-lo e dado que é ele que muitas das vezes nos
                                                                               Só saciado pelo desejo
controla, temos que aprender a respeitá-lo.
                                                                               De tudo poder parar num segundo,
                                                                               Para sentir os teus lábios num beijo
 João Grosso 11ºB
                                                                               Anónimo 10º A



                                                                                                      14
Lembra-te de mim, lembra-te de mim para sempre.                      O dia de S. Valentim é o dia dos Namorados, é um
Se eu estiver para sempre na tua lembrança é uma vitória adqui-      dos momentos mais adequados para se escrever, fun-
rida, acredita.                                                      damentar, declarar, explicar-se, exprimir-se, simpati-
Lembra-te do meu gesto ao tocar-te na cara, inventei esse toque      zar, amar, …
tão singelo porque eras tu.
                                                                     As cartas que se escrevem no dia dos namorados para
Lembra-te da forma como te abraçava com força, fi-lo impulsi-
                                                                     as caras metades, significam gestos de caridade, amor,
vamente para recordar cada traço do teu corpo.
                                                                     amizade, que se tem por determinada pessoa a quem a
Lembra-te, simplesmente lembra-te de mim, hoje
                                                                     mesma é dirigida.
amanhã...
Lembra-te de quantas vezes te olhei nos olhos e fui tão transpa-     “O amor é como a escrita”, quando se ama as pala-
rente, devido à confiança que tinha e tenho em ti.                   vras não acabam e quando se começa a escrever nun-
Lembra-te de tudo isto e muito mais, quero que simplesmente te       ca mais se acaba.
lembres.
                                                                         Vicente Cabrinha – 11º F
Lembra-te do sentimen-
to que te dei, lembra-te
do bom e do mau!                                                             Amor
Quero que te lembres de
mim.                                                                         O Amor não se define nem se procura
                                                                             Não se cheira nem se vê
Suzi Flamínio, 11º D                                                         Não se ouvem os seus passos

                                                                             Vem sorrateiramente
                                                                             Qual felino sobre um muro
                                                                             Pronto para saltar
                                                                             Ou fugir
Amor de irmão
       É impossível amar de uma maneira per-                                 Constrói corações
feita sem desavenças, sem zangas, sem discus-                                Molda mentes
sões, sem por vezes querer tentar fazer-te sen-                              Destrói barreiras
tir mal, mas tu sabes o quanto me custa ver-te
mal, em baixo, chateada com o que quer que                                   Não há chance de mudar o curso
seja, é difícil, impossível não intervir e fazer
tudo para te ver bem. Chamas-me “irmão gali-                                 Oriana Dias, 11º C
nha”, dizes que sou protector de mais, mas o
que digo e faço, juro que é apenas com o ob-
jectivo de tu estares bem. Eu já tive a tua idade,   A vida corre, não muda, são fases
nunca fui rapariga por isso não sei exactamente      Ela só cria mudanças e eu só queria que mudasses
o que é estar no teu lugar, mas a única coisa        O amor é miserável, e eu sem outra forma
que eu não quero é que tu cometas erros que          De dizer que fazes falta, e que preciso de ti agora
eu já vi muitos cometerem e depois vires-te a
                                                     À espera que o tempo passe, não passa, eu passo-me...
arrepender e não poderes fazer nada. Eu quero
que tu aprendas com os erros dos outros e não        ...Destruo cada quilómetro que nos separa com este compasso...
com os teus. Sempre foi assim que eu agi, mas        Admite logo, não fales, sou fraco
compreendo que não me cabe a mim escolher            Louco vagabundo à espera que isto dê resultado...
a tua vida nem tomar as tuas decisões, e por         Coragem, responde-me na cara àquilo que penso
isso é que ultimamente te tenho deixado em           Amor louco que sonhámos, está por um fio suspenso
paz, faz o que quiseres que eu estou aqui. Cai       Tanto Vento, dói não dói? Como te entendo…
que eu aparo a queda.                                Só falamos bem em silêncio, eu já não controlo o tempo…
De quem te ama: o teu irmão                          Não precisamos de mais nada além de tudo, só restam
David Batista, 11º D                                 Gritos e pesadelos que não me saem da cabeça
                                                     Já nada interessa, chegamos a um ponto em que,
                                                     Eu preciso de sair, e tu de ficares por aqui, pronto.
                                                     Ruben Ferreira, 12º C


                                                                                                             15
Prof.s Georgina Pinto e Luís Teixeira
         No dia 18 de Maio decorreu, no Auditório Municipal, a cerimónia de entrega dos prémios dos VII Jogos Florais, com a
         participação do Colégio Laura Vicuña, do Agrupamento de Escolas EBI 2/3 e da Escola Secundária c/ 3º Ciclo, e com a
         colaboração da Câmara Municipal de Vendas Novas.

1º ESCALÃO:                                                    CLV
Poesia:            1º Prémio – Ana Leonor Silva Barrete-                           3º Prémio – Joana Maria Romão - CLV
EBI                                                                                Menção Honrosa – Natália Estanque –
                   2º Prémio – Cátia Alexandra Godinho EBI
Rocha - EBI
                   3º Prémio – Carina Candeias Pitta- EBI
                   3º Prémio – Ana Leonor Silva Barrete - 4º ESCALÃO: ESVN
EBI                                                       Reflexão Filosófica: 1º Prémio – Mónica Duarte
                   Menção Honrosa – Maria Inês Conceição                       2º Prémio – Maria João Martins
- EBI
                   Prémio Revelação: Pedro Gomes Esteves Poesia:                   1º Prémio – Mónica Duarte
- EBI                                                                              2º Prémio – Filipa Almeida
                                                                                   3º Prémio - Mónica Duarte
Prosa:             1º Prémio – António de Almeida Gião -
CLV
                   2º Prémio – Ana Rita Santos Oliveira - Prosa:                   1º Prémio – Miguel Loureiro
EBI                                                                                2º Prémio – Paula Cristina Silva
                   2º Prémio – Catarina Curto Mendonça -
CLV                                                        5º ESCALÃO: ESVN
                   3º Prémio – Andreia Silva Azevedo – EBI Reflexão Filosófica:    1º prémio – Francisco Chambel
                   3º Prémio – Sara Machado Ribeiro – EBI                          1º Prémio – Rita Silvestre
                   3º Prémio - Beatriz Candeias - EBI                              2º Prémio – Joana Ferragolo
                   Menção Honrosa – Diogo Morato do                                3º Prémio - Andreia Coelho
Rosário - EBI                                                                      Menção Honrosa – Neuza Silva
                                                                                   Prémio Especial do Júri - Zaira Pellin
2ºESCALÃO
Poesia:            1º Prémio – Melissa Castanho - EBI      Prosa:                  1º prémio – Francisco Chambel
                   2º Prémio – Mariana Petrucci Passarinho                         2º Prémio – Gonçalo Marques
- CLV                                                                              3º Prémio – João Monteiro
                   3º Prémio – Ricardo Bilro – EBI                                 Prémio Sátira Literária - João Bentes
                   Menção Honrosa – Joana Farrica - EBI
                   Prémio Sátira Literária - Mariana P. Pas- Poesia:               1º Prémio – Francisco Chambel
sarinho - CLV                                                                      2º Prémio – Carina Alves
                                                                                   2º Prémio - Francisco Chambel
Prosa:             1º Prémio – Diogo Rodrigues - CLV                               3º Prémio – Carina Alves
                   2º Prémio – João Isaac Andrade - EBI                            Menção Honrosa – Marina Pereira
                   3º Prémio – Pedro Botas – CLV
                   Menção Honrosa – Margarida Laranjo - 6º ESCALÃO: ESVN - CNO
                                                         Poesia:           1º prémio – António Almeida Roto
CLV
                                                                           2º Prémio – Aurora Maria Florêncio
                                                                           3º Prémio - António Francisco Fura
3ºESCALÃO:
                                                                           Menção Honrosa – Maria Isabel Gomes
Poesia:            1º Prémio – Ana Rita Margaço - CLV
                   2º Prémio – Alice Alexandra Modesto -
EBI
                   3º Prémio – Adriana Leonor Barrete -
ESVN
                   Prémio Revelação – Jorge Daniel Santos
- CLV


Prosa:             1º Prémio – Mafalda Jorge - CLV
                   2º Prémio – Rita Maria Clara - CLV
                   2º Prémio - Bernardo Barreiros Ferreira -


                                                                                                                            16
4º ESCALÃO                                              POESIA – 1º PRÉMIO – Mónica Duarte

        PROSA – 1º PRÉMIO – Miguel Loureiro
                                                                                        Tempestade
26/06/2005                                                                           Naquele momento a chuva fustigava
                                                                                                      tudo,
         Hoje foi um dia como outro qualquer.                                        As árvores eram brutalmente arranca-
Apenas com uma ligeira diferença. As memó-                                                 das e atiradas para o mar
rias do dia em que o Luís chegou pela primeira                                         Ela não sabia mais o que pensar!
vez à turma invadiram-me o pensamento. Não
consegui pensar, nem racionalizar qualquer tipo
de problema matemático.                                                              Será que o tempo percebia o que esta-
         Tudo servia apenas para associar os                                                      va a viver?
pormenores das minhas acções a acontecimen-                                          Até parecia que a natureza começava
tos passados, sensações e cheiros familiares,                                                      também
todos relacionados com ELE.                                                                  Aos poucos a morrer.
         Apesar da sua morte ser ainda recente,
é-me difícil aceitar tal ideia, mencionando o
facto de que nunca tive grandes amizades com                                         O mundo desabava sob o seu olhar
o Luís. Apenas um “obrigado” ou um “com                                              O amor, o sentido e a vida como os
licença”, caso necessitasse de algo proveniente                                                   conhecia
dele, mas nada de intimista, tudo apenas como colega de                          Estavam prestes a acabar.
turma.
                                                                Ela é resistente, ela quer lutar
                                                                  Mas a tristeza que sentia
                                                                Eram a força que a oprimia,
                                                                Que a impediam de levantar.



REFLEXÃO FILOSÓFICA – 2º PRÉMIO – Maria João Mendonça


         Vamos voltar ao princípio, quando eu ainda permanecia no ventre materno e tentava,
inocentemente, adivinhar como seria o mundo exterior, fantasiando, talvez, uma realidade cor
-de-rosa.
         Com o tempo comecei a aperceber-me do que me rodeava, a decorar cada canto da
casa, cada voz, cada expressão facial. Perguntei frequentemente o porquê disto e daquilo, brinquei e criei o meu próprio
mundo. Acreditei na existência do príncipe encantado, que não possuía defeitos, apenas um sorriso enorme e um cora-
ção doce, acreditei que a vida se tratava de uma equação simplificada, bastando dar um passo ou estalar os dedos para
resolvê-la.
         Assisti ao bater das asas de uma borboleta, ouvi o cacarejar de um galo anunciando mais um dia.
         Depois alcancei a idade fatídica, aquela em que cometemos erros dos quais na altura nos arrependemos, para
mais tarde reconhecê-los como construtivos. Amei e sofri, pensei que a dor que senti dilacerasse o peito, que me quei-
masse a alma, mas não foi isso que aconteceu, apenas fiquei mais forte. Um dia olhei-me ao espelho, fitando-me nos
olhos e vi apenas uma marioneta manuseada pela vida. – Quem sou eu? Sou apenas alguém igual a toda a gente diferen-
ciando-me de cada um, tentando perceber o sentido de tudo e de nada.
         Nasci e morri, deixando-me embalar pelas quimeras da vida, sonhei e acordei, levantei-me e lutei, fiz das lágri-
mas que derramei, armas. E finalmente caí. A cortina fechou e ouviram-se aplausos.




                                                                                                                17
5º ESCALÃO
PROSA – 2º PRÉMIO – Paula Silva
                                                                 POESIA – 1º PRÉMIO – Francisco Chambel

Vida de uma adoles-                                              Mar Revolto
cente …
                                                                 Rosto triste
Há muitas coisas que são                                         Porque choras?
difíceis quando se é uma                                         Porque dos teus braços me afastas
adolescente.                                                     E me espantas de onde já fui feliz.
Uma delas é dizerem-                                             Nunca percebeste
nos para “sermos nós                                             Que fui sombra do teu andar
próprios”, quando o                                              Luz do teu sorriso
resto da mensagem –                                              Beleza do teu olhar?
apesar de não ser dita ou                                        Ventos sopraram
verbalizada - é “desde                                           E tudo mudaram.
que sejas bonita, alegre e                                       Já não sou a música favorita
magra”. Todas as pesso-                                          O bar das noites bem passadas
as querem sempre ser                                             Ou a viola que tocavas.
perfeitas, em todos os                                           Brinquedo a brinquedo
sentidos e aspectos (só                                          Rosto a rosto,
se esquecem que a per-                                           A memória da minha face
feição não existe).                                              Desvanece-se do teu pensar.
Eu conheço muitas pes-                                           Aquele que outrora ansiavas ouvir,
soas que se “escondem” porque é difícil sermos como devía-       É aquele que agora afastas do teu redor.
mos ser. Tive muito trabalho a tentar ser perfeita e agradar a   Como folha a folha que cai no Outono,
tudo e todos, mas, sabem uma coisa? Cansei-me!                   Despido, assim me sinto.
Quando me olho ao espelho, de manhã (ou a qualquer hora),        Despido da tua protecção e sentimento,
ao espelho vejo tudo menos a “perfeição” – porquê? Porque        Despido da tua força.
ela não existe! Tentar ser perfeita quando sabia que não o era   Como foi fugir de mim?
(nem sou) tornava as coisas piores. Fiquei deprimida.            Avançar pela areia inexplorada...
A depressão é uma coisa horrível. Sentia-me como se esti-        Tiveste medo?
vesse num buraco bem fundo e escuro, do qual, eu não con-        Foste feliz? (…)
seguia sair. Por isso, comecei a tentar que as pessoas não       Por ti espero.
notassem a minha tristeza e então tentei ser simpática e di-     Talvez do mar revolto te canses,
vertida, para não se aperceberem o quão mal eu estava mes-       E de novo em terra seca descanses.
mo, mas passado algum tempo não conseguia mais fingir,
nem disfarçar mais.
Depois os meus amigos começaram a dar-me grandes raspa-
netes por estar sempre tão em baixo. Ninguém gosta de ou-
vir outra pessoa dizer que essa pessoa está mal. É estranha a
maneira como isso acontece, mas é assim…




                                                                                                            18
POESIA – 3º Prémio – Carina Alves                      REFLEXÃO FILOSÓFICA – 1º PRÉMIO – Rita Silvestre

Passado                                                               Dois dos lados

Criaste um mundo só teu                                               Há algum tempo atrás, comecei a aperceber-me
Onde eu era um mero pião                                              que na escola, para onde quer que olhasse, via
Movido no meio de peças                                               as raparigas vestidas com ténis timberland, jeans
Sendo escrava do teu coração                                          dennim de corte skinny, uma blusa simples e
                                                                      um casaco castanho. Cabelos soltos penteados
Para ti nada mais existia                                             para trás com a mão, num gesto que se repete
Eras tu, os teus sentimentos                                          sistematicamente ao ponto de no final do dia
A tua magia                                                           estarem oleosos. Todas tão iguais que quando
E os meus tormentos                                                   se olha em panorama, parece um mar acasta-
                                                                      nhado, de tons escuros. O mesmo se aplica aos
Foste capaz de me tornar fra-                                         rapazes, apesar de variarem um pouco mais
ca                                                                    cromaticamente. Resumidamente: é tudo igual.
Insensível, deslocada                                                 Simpaticamente baptizei esta gente igual de
Na base do tudo                                                       “clones”. São iguais, vestem igual, pensam igual.
No topo do nada                                                       Preocupam-se todos com os mesmos temas,
                                                                      ouvem as mesmas músicas, vêem os mesmos
Achavas-te digno de venera-                                           filmes, rejeitam ou aprovam os mesmos valores.
ção                                                                   Não, também não estou a recriminar ninguém,
Um deus grego no apogeu                                               tenho pessoas das quais gosto muito que rara-
Tema de canção                                         mente saem da sua zona de conforto: os carris da normalidade.
Nesse mundo que era só teu                             Onde quero chegar é que conforme reparo neste imenso mar
                                                       castanho de normalidade, também vejo que existem alguns di-
Tomaste como eterno                                    ferentes. Têm ideias, vestem-se diferente, pensam por si, e des-
O que tinhas de conquistar                             tacam-se dentro de uma área pela qual são completamente afi-
Esquecendo a razão que faz a vida girar                cionados. Muitas vezes o seu talento é discreto, só sabendo
                                                       disso amigos mais chegados ou professores, mas qualquer coisa
Agora foi o fim                                        que estes façam brilha e destaca-se. Apresento-vos a excelência.
Mas nunca te esqueças
Se um dia ao acordares o sol não nascer




REFLEXÃO FILOSÓFICA – 1º PRÉMIO – Francisco Chambel
Diagnóstico de uma Crise

         Nos últimos tempos, numa ladainha que se adensa à medida que o tempo passa, não se fala de outra coisa
senão da crise. Surgem várias perguntas às quais muitas vezes se evita dar resposta por serem demasiado incómodas
ou por não se saber muito bem do que se fala. Mas essencialmente, perguntamo-nos “Como?”. Como é que chegá-
mos a esta situação? Como é que ficámos nesta encruzilhada?
        É certo que vão surgindo respostas por todo lado, como cogumelos que germinam pelos prados.
A crise de hoje, aquela que se faz sentir essencialmente na vida das pessoas, é uma crise económica. No entanto, esta
crise é apenas um reflexo de uma crise muito maior, uma crise de valores e de identidade que assola a nossa democra-
cia e a nossa identidade enquanto povo e país.
        (…)Não nos resignemos, a porta é estreita, mas abre um caminho!


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EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA…

TESTEMUNHOS...

                                                            sexo” não é de todo satisfatório em termos psicológicos e
 .                                                          afectivos, ou seja, a nível dos nossos sentimentos…isto
                                                            acontece porque, como somos seres humanos, para reali-
                                                            zarmos ou vivermos completamente a nossa sexualidade,
                                                            existe sempre a necessidade de criarmos laços ou relações
                                                            afectivas e de cumplicidade com a pessoa que escolhemos
                                                            como companheiro ou companheira. Por vezes, nós adoles-
                                                            centes, esquecemo-nos de ver para além daquilo que já sa-
                                                            bemos, o perigo das doenças sexualmente transmissíveis, a
                                                            necessidade do uso de métodos contraceptivos, resumindo
                                                            de tudo o que temos conhecimento através das aulas de
                                                            educação sexual. Por isso, foi e é extremamente importante
                                                            termos adquirido a noção de que a sexualidade não é algo
                                                            banal, para além de uma função básica de satisfação é es-
Frequentemente a sexualidade é apenas sentida como uma sencialmente o resultado da criação de laços afectivos im-
necessidade básica de satisfazer um impulso fisiológico, ou portantes, que, quando ignorados podem resultar em sofri-
seja, do nosso corpo. No entanto, após a realização de di- mento.
versas actividades, como inquéritos e debates, todos chega-
ram a conclusão que não se deve ver isso apenas como um Joana Ferragolo
acto mecânico, mas sim algo que mexe com sentimentos e Turma 11ºD.
entre outras coisas. Na maioria das vezes, esse “sexo pelo




 Educação Sexual…
 Que aprendizagens!!!

 Ao longo do ano lectivo de 2010/2011 aplicámos na nossa turma o projecto de
 educação sexual. Este obteve a duração de doze horas que foram distribuídas
 pelas diversas disciplinas ao longo dos três períodos e tinha como principal ob-
 jectivo esclarecer dúvidas que os alunos tivessem dentro das diversas áreas en-
 volvidas no projecto, quer seja a sexualidade em si, violência entre casais, gravi-
 dez ou ate o próprio comportamento do ser humano face às sensações que o amor
 ou o atracão podem trazer.
  Durante o ano lectivo assistimos a diversas palestras, desde uma palestra com a
 Dr.ª Amparo sobre doenças sexualmente transmissíveis, a uma outra com uma
 Psicóloga do Centro de Saúde de Vendas Novas sobre “violência no namoro”.
 Efectuamos ainda diversas pesquisas sobre a gravidez na adolescência, na disci-
 plina de geografia que nos permitiu entender que este facto não é tão incomum
 como esperávamos ou deveria ser, deparando-nos com dados elevadíssimos. Na palestra de “violência no namoro” tivemos o
 conhecimento de aspectos que não considerávamos que pudesse ser violência. Já na disciplina de inglês, assistimos ao filme
 “precious”, que nos deu a conhecer temos como os abusos sexuais entre país e filhos ou drogas.
  Estávamos a espera de outro tipo de projecto embora tenhamos aprendido diversas coisas com tudo o que foi realizado.

                                                                                                                Cassia 11º C




                                                                                                                 20
Projecto Radiação Ambiente                                    Profª Florbela Rêgo


Pelo quarto ano consecutivo a Escola Secundária de Vendas Novas participou no
projecto radiação ambiente. Este ano o número de escolas envolvidas aumentou
significativamente, participaram cerca de 50 escolas do ensino secundário e 30 do
ensino básico.
Durante o ano lectivo um grupo de alunos do 12º B, na disciplina de área de projec-
to desenvolveram o projecto, com o apoio da professora de Física e Química de 12º
ano, coordenadora do projecto na escola.
Foram desenvolvidas diversas actividades, nomeadamente actividades experimentais,
palestras apresentadas pelos alunos do 12º ano aos alunos do 9º ano, inquéritos à
população, medidas de radiação ambiente na cidade de Vendas Novas, testes on-line
efectuados pela organização do projecto e elaboração de uma página na plataforma
moodle do projecto.
Das actividades experimentais, destaca-se a detecção de partículas alfa emitidas da desintegração do gás radão na atmosfera. O
estudo foi efectuado em diversas salas da nossa escola. Os Resultados obtidos foram os seguintes:




Conclui-se que a concentração do gás é maior na sala de professores, facto explicado pelo reduzido arejamento da sala, uma vez
que o estudo foi efectuado durante o Inverno, período em que as janelas e as portas estão muito tempo fechadas.


No dia 30 de Abril de 2011, os alunos participaram no ―IV Encontro Nacional do Projecto Radiação Ambiente‖, realizado
em Penacova. Onde os alunos apresentaram um poster que resumia toda a actividade efectuada durante o ano lectivo.
Os alunos representaram brilhantemente a Escola Secundária de Vendas Novas conseguido obter o 3º lugar entre as cerca de 50
escolas do Ensino Secundário participantes.
Assim foi encerrado mais um ano do Projecto Radiação Ambiente, que durante os quatro anos de existência tem levado o nome
da escola para além dos portões da e deixando-a sempre bem classificada. Nos quatro anos já conseguimos obter um 1º, um 2º e
um 3º lugar e ainda uma menção honrosa.
A coordenadora do projecto dá os parabéns a todos os alunos que tão bem têm defendido a escola, e que nos fazem acreditar que
projectos como estes devem continuar a existir na escola e contri-
buem para o sucesso educativo.




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pALAVRAS eSCRITAS
Impressões de Eça...

  Daquela pequena janela, de formas indistintas, de cor branca meio desmaiada, conseguia-se ver
  um mundo recheado de cores difusas e indiferenciadas, de onde sobressaíam o vermelho, o verde
  e o amarelo, a fazer lembrar a variedade da natureza e o arco-íris presente em todo o sentimento
  de amor. O branco das margaridas era de tal forma puro e límpido que parecia a alva neve que se
  encontra nos picos das montanhas mais altas e escarpadas, àquelas a que apenas chegam ao topo
  os audazes e temerários aventureiros que pretendem, assim, ficar próximos do divino, do azul
  celeste. A baunilha era o aroma que se conseguia vislumbrar no ar que circundava a extensa imen-
  sidão da paisagem.
  No horizonte apenas se conseguia ver um bonito, grande e verde jovem tapete de relva que, ape-
  sar de mal aparada e já a começar a ficar amarelada, aqui e ali, pelo calor do tórrido e quase insu-
  portável verão, ainda convidava a pacíficas caminhadas, fazendo sentir sob os pés descalços a ma-
  ciez das ervas. Naquele salutar e risonho jardim, e no meio da escassa relva amarelada, havia duas
  grandes e tímidas árvores verdes, porém cheias de amáveis e coradas flores, que provocavam uma
  escura e assustadora sombra a um pequeno e delicado banco de cortiça, destinado a preguiçosas
  sestas.
  Um harmonioso conjunto de alinhados arbustos constituía o manchado e enovelado horizonte da
  grande, opulenta e lustrosa quinta, e iniciava, ao mesmo tempo, uma íngreme e solarenga colina
  com várias pequenas e meigas quintas, e obesas e poluentes fábricas. Lá mesmo ao fundo, ainda
  era possível avistar um lindo e veloz rio azul, que rebrilhava graças à intervenção dos raios de sol,
  parando junto das caladas e sonolentas montanhas para lá do Tejo. Tais trágicas e traiçoeiras
  montanhas, que escondiam segredos de antigas e recentes vidas, podiam comparar-se ao magnífi-
  co e infinito céu azul de verão, também ele traidor, também ele escondendo terríveis segredos a
  que o ser humano não pode aceder.


  Alexandra Alfacinha, 11º D




           Sinto o cheiro a ar puro, no sopro identifico o aroma a baunilha dando um travo doce ao
           ambiente que me rodeia, por perto vejo margaridas grandes e amarelas que alegram a
           vista de quem as vê…perdem-se pelo meio da relva ainda por cortar, ligeiramente amare-
           lada pelo calor deste mês de Julho, sabe bem esta brisa que sinto no peito, carregada da
           frescura que o rio de longe faz chegar aqui, é como que a própria sombra me abraçasse e
           levasse para o descanso do banco de cortiça que permanece por baixo daquelas duas gran-
           des árvores no jardim.
           Porém ainda me pergunto o que fica para lá daquela colina que com a sua inclinação brin-
           ca com o horizonte, onde o céu azul e aberto de verão ilumina o rio, deixando passar a
           essência das suas águas transparentes, cristalinas e brandas. Por momentos desejaria saltar
           deste parapeito e desfrutar de todas as regalias deste dia solarengo que me espera ali fora.

           Joana Ferragolo 11ºD




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A VIDA DE UM GRANDE PINTOR: TICIANO VECELLIO                                           Zaira Pellin 11ºA
                                                                                                             Grande artista italiano
                                                                                                             do Renascimento nasci-
                                                                                                             do numa aldeia nos arre-
                                                                                                             dores de Belluno, terra
Ticiano Vecellio nasceu em Pieve di Cadore por volta de 1490 (a data de nascimento não é certa). É reco-
nhecido como um dos maiores representantes da escola veneziana no Renascimento e descrito como “ o           de origem da Zaira.
sol entre as estrelas” pelos seus contemporâneos. Foi um pintor muito versátil, pois era bom na pintura
de paisagens como de retratos, em temas mitológicos como em temas religiosos. Viveu quase um século e ao longo da sua vida mu-
dou muito o seu estilo, por isso é possível dividir a sua carreira como pintor em períodos.
Começou, de acordo com o costume da época, como aprendiz em Veneza, no atelier de Sebastiano Zuccato, conhecido pelos seus
mosaicos e após alguns anos passou para o atelier de Giovanni Bellini que, naquela altura, era um dos maiores pintores da cidade, e
que foi, junto com “Giorgione”, o principal mestre de Ticiano.
O talento de Vecellio foi descoberto em 1511 com alguns frescos de tema religioso para a igreja das Carmelitas em Pádua.
Ticiano foi, durante sessenta anos, o mestre principal e pintor laureado da “Sereníssima República de Veneza”. Começa o período
designado do “crescimento”. Nesta fase ele experimenta um estilo monumental, com personagens mais complexas, mas principal-
mente usou uma tão grande escala de cores nas suas pinturas como ninguém antes tinha usado. O grande interesse pela cor, a poli-
cromia e a modulação é uma constante nas suas pinturas e a característica que essencialmente o distingue dos outros artistas da época.
As obras que se distinguem neste período são o “Pesaro”, realizado em 1526, considerado o mais perfeito e estudado dos seus traba-
lhos; o “São Sebastião” (1521); “ A deposição de São Pedro”, uma imagem de morte que apresenta um enorme sofrimento e mostra a
tragédia de forma extraordinária




                                                                                   A Deposição de São Pedro,
                                     São Sebastião, 1521
   Pesaro, 1526          Entre                                      1530 e 1550 ocorre o período da “maturidade” do pintor,
                         com um estilo mais dramático e uma tonalidade de cores mais escura, que se pode ver na “ Apresenta-
ção da Virgem Sagrada” e por “Ecce Homo”, uma das mais perfeitas das suas obras. Após uma visita a Roma começou uma
série de Vénus, como a “Vénus de Urbino” e a “ Vénus e Eros”, ambas no museu “Galleria degli Uffizi” em Florença.Neste perí-
odo foram muitos também os retratos, pois era muito talentoso a representar os traços da fisionomia das pessoas que melhor as
caracterizam.




             Apresentação da Virgem Sagrada, 1539                           Nos últimos anos da         Vénus de Urbino, 1538
sua vida,                                                 Ticiano ficou mais perfeccionista e críti-
co, especialmente nos retratos.
Continuou a trabalhar até ao fim, e em 1565 voltou para a sua cidade natal, Pieve di Cadore, para projectar a igreja de Pieve.
Vítima da peste, morreu a 27 de Agosto de 1576, em Veneza, já muito idoso.

                                                                                                                       23
AFS Intercultura                                                      Zaira Pellin 11ºA

AFS Intercultura é uma organização que trabalha a        nas relações mas, no meu
nível mundial e que oferece a jovens estudantes que      caso, a barreira maior foi
frequentam a escola secundária a oportunidade de         a minha personalidade
viver e estudar no estrangeiro durante um período        tímida e reservada.
que pode ser de um ano, seis meses, três meses ou        Em relação ao sistema de
um mês (nas férias de verão).                            ensino, aos hábitos, à co-
A actividade de Intercultura baseia-se no trabalho       mida e às tradições a
de voluntários (em geral, ex-participantes de um         adaptação resultou bas-
programa de intercâmbio e respectivos pais) que          tante fácil, apesar de ha-
organizam encontros para promover este tipo de           ver diferenças notáveis.
experiência, informar sobre o que é necessário para      Principalmente o sistema
poder participar e prestar ajuda aos jovens e às fa-     de ensino português foi uma novidade em termos
mílias, a nível psicológico e prático, no percurso       de distribuição dos horários das aulas, do sistema
antes, durante e depois da viagem. Este tipo de ex-      de avaliação e o tipo de testes propostos, do uso do
periência põe à prova os jovens, tanto como as fa-       material escolar e da composição da estrutura da
mílias, e é preciso prepará-los para enfrentar os fu-    escola (presença de um bar, de uma papelaria, de
turos problemas. Pessoalmente acho o papel dos           uma cantina…), porque são muito diferentes em
voluntários fundamental e de enorme ajuda.               relação à minha escola (prefiro não estender a com-
Eu estou a acabar o meu período em Portugal, mas         paração ao sistema de ensino italiano porque sei
não a minha experiência, pois, depois da adaptação       bem que há diferenças entre as várias escolas).
ao novo país, há uma nova adaptação ao país de           Adorei conhecer as tradições portuguesas e partici-
origem em que vou ter que conviver com as mu-            par nalgumas, porque cada país tem as próprias tra-
danças que ocorreram em mim e nos outros ao lon-         dições que o tornam diferente dos outros países e
go destes nove meses. A minha adaptação a Portu-         acho essa uma característica fundamental. Nesta
gal foi gradual e relativamente fácil. A parte que se    altura estou bem adaptada e bem integrada no estilo
revelou mais difícil foi conseguir interagir com pes-    de vida português e acabei por juntar o meu estilo
soas desconhecidas e criar ligações afectivas com        de vida italiano com o português e talvez continue a
elas, embora a vida em família, as ligações entre fa-    ter alguns hábitos que aprendi cá. Este ano mudou-
miliares e as relações sociais sejam extremamente        me, embora ainda não saiba avaliar quanto e, sem
semelhantes entre a Itália e Portugal. Essa dificulda-   dúvida, ficará na minha memória juntamente com
de, na minha opinião, está no facto dessas ligações      as lições de vida que aprendi.
precisarem de tempo para serem criadas, deixando
grande espaço para as saudades nos primeiros tem-
pos. A barreira linguística é também um obstáculo


Ficha Técnica                                            Prof.º Luís Teixeira
                                                         Equipa EcoEscolas
                                                         Alunos e docentes
Professora Responsável
Marta Ropio                                              Design gráfico
                                                         Marta Ropio
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Marta Ropio                                              Edição
Adelina Fonseca                                          Escola Secundária de Vendas Novas
Filipe Marques                                           Biblioteca Escolar
Zaira Pellin

Colaboradores
Prof.ª Georgina Pinto


                                                                                                     24

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Boletim Abril 11
 

Jornal 202011

  • 1. Maio 2011 — EDIÇÃO 20 - 0.50 J.XXI jornalgeracaoxxi@hotmail.com SARAU DA BIBLIOTECA Pg 7,8,9,10 Pg. 2 A EXPOSIÇÃO « MOMENTOS DA HISTÓRIA» Pg. 3 Pelo quarto ano consecutivo, a Biblioteca Escolar realizou um Sarau Cultural que Pg.5 pretende ser uma mostra das actividades que decorreram na e com a Biblioteca Escolar PEDDPAPER ao longo do ano. Obrigada a todos. Pg.6 Pg.11 AFS Intercultura… pg24 Resultados da 1ª Olimpíada SEMANA da LEITURA Pg 12,13 de Biologia: Gustavo Gal- veias 17º lugar e Miguel Bri- lhante 53º em 731 alunos a S.Valentim pg.14,15 nível Nacional. Parabéns. Jogos Florais pg 17,18,19 Educação para a Sexualidade pg20 Projecto Radiação Ambiente pg 21 Guia Prático pg.11 pALAVRAS eSCRITAS p22
  • 2. Com as Comemorações do Centenário da República, representantes das Juventudes Partidárias, Débora Santos - JCP, Duarte Marques - JSD e Pedro Delgado - JS estiveram na nossa biblioteca e conversaram sobre “ O Ideário da República: A participação e a Cidadania”. A sessão decorreu no dia 23 de Março com as turmas D e C do 12.º ano e D do 11.º ano, respectivamente, com os professores José Chambel, Luís Santos, Marta Ropio (organizadora) e Antónia Ferreira. A sessão foi muito interessante quer pela qualidade das intervenções dos convi- dados quer pela participação dos alunos e professores. Deixamos aqui, para reflexão, uma mensagem de um dos intervenientes (Duarte Marques) “A República é o que nós fizermos dela”. Juventude Activa os deveres dos cidadãos enquanto elementos de uma sociedade democrática, este acabou por ganhar uma feição crítica e acele- rada, devido as diferentes ideologias que os membros da juven- tude partidária defendiam. No dia 23 de Março realizou-se na nossa escola Secundária Com o desenrolar desta actividade o debate perdeu o seu in- tuito de consciencializar os jovens da sua importância para o um debate de extrema importância no que se refere à nossa futuro do país e do contributo que podem dar politicamente, liberdade de expressão e de opinião. Membros da Juventude ganhando um formato muito semelhante às campanhas eleito- Partidária fizeram questão de alertar e informar os jovens da rais, onde muito do que se vê e ouve são ataques constantes às nossa escola, para uma participação activa na política. Uma imagens dos partidos fazendo referência a muitos dos seus er- política saudável e participativa na vida dos cidadãos. ros no passado. Contudo os alunos mostraram-se conscientes e A Juventude Socialista, a Juventude Social Democrática e a interessados na “verdadeira política”, lançando assim críticas ao Juventude Comunista Portuguesa trouxeram os seus respectivos rumo que o debate tomou e à semelhança que este teve com os princípios partidários para o debate escolar. No entanto, apesar “verdadeiros ” debates políticos. das suas contradições, acabaram por afirmar que o objectivo de Os alunos acabaram assim por reforçar a sua própria opinião, todos os partidos políticos passa pela satisfação das necessida- sem mostrar qualquer concordância com um dos partidos, exi- des da sociedade, e que simplesmente existem vários meios para gindo por parte destes uma maior compreensão para com os atingir um fim. O que poderia parecer, de modo inicial, algo do cidadãos e os seus direitos como tal. Pode-se então dizer, que a “mesmo” a que se assiste diariamente, mudou completamente política de mais não passa de um tentar satisfazer as necessida- de configuração quando, os alunos começaram a participar no des de toda a sociedade, no entanto os meios por vezes não são debate e a adoptar um discurso de índole crítico e admirável, ao os melhores para atingir certos fins. Foi isso mesmo que neste responderem e explicitarem as dúvidas dos alunos, que incidi- debate se tentou pôr em “cima da mesa”, em que os alunos se ram sobretudo sobre a educação, talvez por ser um elemento mostraram mais consciencializados do que se poderia pensar, bastante importante nesta etapa das suas vidas. Tal facto acabou “apontando o dedo” à política que se vive em Portugal e abrin- por se não se cumprir até ao fim do debate, e apesar de os alu- do caminho aos vários pontos de vista dos cidadãos. nos terem feito sugestões pertinentes, tais como a adição de uma disciplina que nos elucidasse para o que é a política e quais Andreia Coelho 12º D 2
  • 3. Grupo de História A EXPOSIÇÃO « MOMENTOS DA HISTÓRIA» A comunidade educativa da Escola Secundária de Vendas Novas teve oportunidade de assistir a uma exposição de- signada por « Momentos da História», que despertou de 9 a 16 de Maio, no espaço da biblioteca escolar, a atenção e o gosto pelo conhecimento de épocas e por figuras histó- ricas que marcaram fases do percurso das Histórias de Portugal, europeia e mundial, contando para esse efeito com trabalhos realizados pelos alunos. Foi, de facto, uma experiência visual e narrativa enriquecedoras, a avaliar pelo interesse manifestado pelos alunos e visitantes, recor- rendo-se para esse efeito a obras em suporte de papel, com consulta do espólio da biblioteca escolar e emprego das tecnologias informáticas. Os momentos e temas apresenta- dos neste ano – lectivo foram a expansão marítima (sécs. XV e XVI), anos 50 e 60 em Portugal, símbolos, produtos e marcas da nossa infância, a implantação da república em Portugal, os direitos humanos no mundo do século XX, em fotos de Sebastião Salgado. Uma nota de agradeci- mento a diversas entidades locais que prontamente acede- ram colaborar, quer na publicitação inicial da iniciativa (Rádio Granada), quer na divulgação do balanço final (Boletim da Biblioteca Escolar, Jornal Escolar «Geração XXI»,Gazeta de Vendas Novas), em jeito de reflexão em torno da mesma, junto da comunidade. Esperemos, agora, que as próximas gerações sai- bam colher os aspectos positivos desses ensinamentos pa- ra preparar um melhor futuro. Afinal de contas, essa é a grande finalidade da História. O querermos saber como chegamos até aqui, como evoluímos ao longo dos tempos, talvez para buscarmos o sentido e as respostas aos porquês da vida, através de uma cidadania activa, ajuda-nos a per- ceber a nossa identidade, o nosso viver como indivíduos e como povo 3
  • 4. Educação Grega Miguel Romão 7º A ao qual chamavam palestra. Na Grécia Antiga cresceu a Democracia, cresceram os direitos, Aos 18 anos, iniciavam a preparação militar ( que durava 2 anos ), mas não cresceram as igualdades. Isso reflecte-se na Educação, a finda a qual eram considerados cidadãos de pleno direito. Educação Grega era imperfeita. Rapazes e raparigas cresciam jun- Durante estes treze anos, desde os 7 anos até aos 20 anos, a tos até aos sete anos. As crianças permaneciam em casa e eram Educação feminina, era limitada, pois a educação das jovens gre- educadas pelos pais. Entre os 7 e os 15 anos, os rapazes e as rapa- gas era crescer junto das mães, com quem aprendiam o desempe- rigas seguiam caminhos diferentes. As raparigas continuavam em nho das tarefas domésticas. Era esta, a Educação grega, apesar de casa, no gineceu. Onde eram educadas pelas mães a fazer tudo o politicamente viverem numa democracia. que fosse preciso em casa. Os rapazes seguiam caminhos diferen- Actualmente, falemos neste caso em Portugal. Muita coisa mu- tes. Iam para a escola, onde começavam por ser acompanhados dou. Deveremos e somos tratados igualmente. Desde que nasce- pelo pedagogo, um professor que acompanhava a Educação Mo- mos, até morrermos. Mas, falando na nossa Educação. E neste ral e Física da criança. Aí, iniciavam as aprendizagens básicas: caso a nível global, será que todos recebemos a mesma Educação? leitura, escrita e aritmética, tinham também aulas de música e de Os factos dizem que em certos países africanos o nível de Alfabe- preparação física. Logo que aprendiam a ler, eram obrigados, pe- tização é inferior a 35%. los seus mestres ( os gramáticos ), a decorar partes dos poemas de Na minha opinião muita coisa mudou, existem direitos a apren- Homero e Hesíodo, para aprenderem com os heróis descritos der, apesar de ainda hoje existir descriminação, ainda existir a dife- nesses poemas e seguirem o seu exemplo. rença entre seres da mesma espécie. A Educação é essencial, mas Depois dos 15 anos, os adolescentes do sexo masculino continu- não só ir à escola, crescer Civicamente, crescer numa Sociedade. avam a sua formação no ginásio, aprendendo gramática, retórica, Saber estar no Mundo! música e dialéctica. Prosseguiam o desenvolvimento das suas apti- dões físicas, praticando várias modalidades num recinto ao ar livre A democracia actual Susana Duarte 9ºA Mundial e a nacionalização da economia. Após uma contra- revolução da qual os comunistas saíram vencedores, Lenine adop- tou a NEP, uma Nova Política Económica de abertura e liberaliza- A grave crise económica e social dos anos 30 facilitou o ção da economia. Com a morte de Lenine, Estaline tornou-se no avanço de movimentos políticos de extrema-direita e de esquerda governante absoluto da URSS. Estaline pôs fim à NEP e tomou O primeiro país a adoptar um regime ditatorial de extrema-direita uma série de medidas como a colectivização dos meios de produ- foi a Itália, com um regime fascista, implantado por Benito Musso- ção e estabeleceu uma economia planificada, dando prioridade à lini, em 1922. Os principais objectivos desta política eram restaurar indústria pesada e privilegiando os sectores têxteis e alimentares. a grandeza e o passado histórico da Nação e reconstruir o império Em resultado desta política económica, a U.R.S.S transformou-se romano. Na Alemanha também surgiram propostas ditatoriais que numa grande potência industrial e militar. Após estudar todas estas começaram progressivamente a ganhar mais apoiantes e a 30 de ditaduras penso que seja correcto afirmar que viver em ditadura é Janeiro de 1933, sob pressão de um grupo de conservadores, o como viver numa “prisão”, política e ideológica, visto que, não Presidente da República, Von Hidenburg, nomeia Hitler chanceler havendo liberdade de expressão, as pessoas não podem partilhar as (primeiro-ministro) da Alemanha. O principal objectivo desta polí- suas ideias publicamente; como também uma “prisão” cultural, tica era restaurar a unidade nacional e a grandeza imperial da Ale- uma vez que os artistas, os escritores ou os grandes intelectuais manha, conquistando o “espaço vital” aos povos considerados por não podiam manifestar a sua arte livremente, sob pena de ser cen- eles inferiores. O nazismo caracteriza-se pela ideia de superiorida- surada e de os próprios serem presos, chegando mesmo alguns a de da sua raça em relação aos restantes povos: o racismo. Esta exilarem-se. Actualmente, no nosso país, vivemos numa democra- concepção nazi gerou o anti-semitismo, ou seja, a perseguição, a cia que, apesar de eu não a considerar uma democracia “com todas expulsão e até a morte de milhões de Judeus. Em Portugal já exis- as letras”, por diversas razões, mas existe liberdade de expressão e tia uma ditadura militar desde 1926 e, face à grave situação econó- liberdade de partidos e ideias políticas, o que, na minha opinião, é mica e ao clima de instabilidade que o país atravessava, Óscar Car- essencial para que haja uma sociedade livre e aberta. Esta liberdade mona (Presidente da República na altura) convidou para ministro de partidos e ideias políticas origina a existência de partidos com das finanças António de Oliveira Salazar, professor na Universida- diferentes ideologias, o que por sinal é bom. Mas nem sempre é de de Coimbra. Salazar ganhou algum prestígio por eliminar, rapi- fácil para uma sociedade escolher qual o melhor partido para go- damente, o défice financeiro e, por isso, em 1932, é nomeado Che- vernar o seu país. É esta uma das principais dúvidas que assombra fe do Governo e em 1933 faz aprovar uma nova Constituição. o nosso país actualmente. Por um lado, não queremos o comunis- Começava assim a ditadura Salazarista denominada Estado Novo. mo nem partidos de extrema-esquerda mas, por outro lado tam- Todas estas ditaduras eram apoiadas por organismos de defesa do bém não pretendemos um partido mais à direita, sob pena de cair- Estado que se encarregavam de perseguir, torturar e até matar os mos numa ditadura semelhante à de Salazar. A solução seria, a meu opositores políticos, como por exemplo: a OVRA, na Itália; a ver, apostarmos num partido que estivesse entre a esquerda e a GESTAPO, na Alemanha e a PIDE, em Portugal. Existiam ainda direita, mas nem mesmo esses estão a conseguir superar a crise e organismos de censura e organismos que se destinavam a educar ajudar a população, por isso surge a questão: “Afinal, qual é o me- os jovens nos valores da Nação. Entretanto, a Rússia, governada lhor partido para governar o nosso país?”. O ideal seria um partido pelo Czar Nicolau II, a sua economia era atrasada e a sociedade que conseguisse sair desta crise económico-social e que fizesse apresentava grandes desigualdades. Após as revoluções de 1917, tudo quanto fosse possível para melhorar a qualidade de vida da Lenine assumiu a presidência do novo Governo e pôs em prática população, mas como, actualmente, não existe nenhum partido uma série de medidas, como a retirada da Rússia da 1ª Guerra que preencha estes requisitos, a dúvida mantém-se. 4
  • 5. o !2ºAno ArteInstal… Os alunos desenvolveram um projecto de instalação tendo como base a poética de Fer- nando Pessoa e Heterónimos num trabalho interdisciplinar... EXPOSIÇÕES 11º E e 12ºD 5
  • 6. DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS 1º PEDDY PAPER No dia 8 de Abril, o Primeiro Peddy Paper do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, aconteceu. Co- mo sempre tudo partiu de uma ideia, mas só começou quando todos os professores do DCSH se empenharam a regulamentar e programar, desenhar percursos, actividades e jogos, e tanta coisa que foi primeira por sermos estreantes. Mas, quer as inscrições , quer a participação dos alunos, ACONTECERAM: 46 equipas, 186 alunos. A adrenalina disparou com esta adesão e foi necessário recrutar alunos não concorrentes, para ajudarem nas provas. A todos os participantes (a organizar e a concorrer) o nosso Obrigado. 2º Prémio: Tó pêras 1º Prémio: Pipacaligaquígrafo 3º Prémio: Pães de ló Prémio atitude: Família feliz 6
  • 7. Eco-Passeio de orientação – ―descobrir‖ Vendas Novas No dia 26 e 31 de Janeiro as turmas A e B do 7º ano efectuaram uma saí- da de campo à área envolvente da escola Este eco-passeio permitiu, através da observa- ção directa, aplicar os conhecimentos sobre ori- entação, e a leituras de mapas mas sobretudo a apreciar e preservar a Natureza. Referindo alguns alunos “O que aprendi ou gos- tei nesta saída…”: aprendemos a ver como se encontra o Sul através do sol, das flores e do musgo das árvores…; conheci melhor Vendas Novas…; aprendi a utilizar a bússo- la…; aprendi a não poluir para o bem da Natureza…; gostei de observar bonitas paisagens…; gostei de ir ao chafariz…; é sempre bom ter uma aula ao ar livre…; gostei de “explorar” a Natureza…; Aprendi que existe mais para além do que pensamos e que o campo é um lugar espectacular. Gostava imenso de repetir! 7
  • 8. Agricultura biológica – uma proposta de desenvolvimento sustentável No dia 1 de Abril a turma do 9º A realizou uma eco-visita de estudo à Herdade do Freixo do Meio que é uma exploração que concilia a produção de alimentos saudáveis e tradicionais com a preservação do mundo rural e dos sistemas naturais. Na parte da manhã os alunos fizeram uma visita guiada à explora- ção agrícola e puderam aprofundar os conhecimentos sobre a vi- da no campo e a prática de uma agricultura sustentável. Todos ficaram conscientes que respeitando os recursos naturais e os ciclos de natureza se podem obter os produtos típicos da dieta mediterrânica, promover a saúde e reduzir a pegada ecológica . Após o almoço, foi realizado um per- curso pedestre, e com a ajuda dos ma- pas e da sinalética, os alunos e profes- soras puderam usufruir de um ambien- te único - o ecossistema de montado. 8
  • 9. FlorestArte Concurso Escolar 2011 No âmbito da Comemoração do Ano Internacional da Floresta, O Governo Civil de Évora promoveu um concurso escolar fotográfico intitulado do Concurso FlorestArte. A nossa escola participou com vários trabalhos de alunos de diferentes ciclos e, num universo de 150 trabalhos do distrito de Évora, fomos distinguidos com os seguintes prémios: “O Montado – Marca Registada do Alentejo” Ecossistema mediterrânico, abriga uma biodiversidade muito importante para a conservação da natureza a nível Nacional e Europeu. As Florestas de sobreiro, sobro ou chaparro (Quercus suber) pertencem à família dos carvalhos cultivados no sul da Europa e a partir da qual se extrai a cortiça. Es- ta, gera importantes rendimentos a nível local e regio- nal e permite manter parte do emprego no mundo rural. Destaca-se ainda a criação de espécies produtoras de leite e de carne de elevada qualidade, da apicultura, a recolha de cogumelos comestíveis e as actividades tu- rísticas, como o Turismo Rural o Ecoturismo e o Agro- Turismo. 1º PRÉMIO Pedro Miguel Serrudo Leque 12º Curso Profissional Técnico Restauraçã0 “A Árvore - a Luz da Vida; a Floresta a Vida “ do Planeta” Menção Honrosa Inês Alves Rodrigues 12ºC Alentejana” 2º PRÉMIO No nosso quotidiano traçamos um caminho rumo a uma felicida- João Filipe Coelho Santos de individual, procurando satisfazer os nossos interesses mais su- 9º A pérfluos. Para além disso, dedicamos maior parte da nossa vida construindo um ser laboral, vítima de stress, especulações, precon- ceitos e estereótipos. Assim, é-nos impossível observar o Mundo envolvente, especialmente a tranquilidade da paisagem alentejana, tudo o que ela nos oferece e preservar a sua biodiversidade. 9
  • 10. No dia 30 de Abril, os alunos premiados e as professoras envolvidas ( Professoras Maria José Rodrigues e Alda Farrica), deslocaram-se a Évora a fim de receberem os respectivos prémios que foram entregues pe- los Exmºs Senhores Ministro da Agricultura, Governadora Civil de Évora e Director Regional de Educa- ção do Alentejo. de mostrar um maior controlo sob o seu próprio organismo e de revelar a sua resistência aos seus amigos, esquecendo as conse- Andreia Coelho, 12ºC quências que daí virão. Segundo alguns estudos, comprova-se que os alunos do ensino secundário são os que mais consomem bebidas alcoólicas, sendo a bebida privilegiada a imperial, consumida, em média, por cada jovem uma a quatro vezes por noite. Foi constatado também que existe uma maior ingestão de álcool entre os 15 e os 17 anos de Substância inimiga idade, sendo muitas vezes as raparigas maiores consumidoras do que os rapazes. A prevenção do consumo excessivo de álcool passa pelos pró- A verdade é que o álcool tem vindo a satisfazer, cada vez mais, prios familiares e amigos que deverão alertar para um estilo de todas as exigências dos jovens actualmente. Ao contrário do que vida mais saudável e tranquilo, procurando sempre, evitar chegar por vezes se possa pensar, a resolução dos mais variados proble- ao ponto onde surge a necessidade de tratamento do alcoolismo. mas da adolescência não são, de forma alguma, resolvidos através Contudo este tipo de ajuda está, cada vez mais presente na popu- da ingestão do álcool. No entanto esta ilusória bebida tem sido lação jovem, tendo como métodos a medicação e psicoterapia de cada vez mais a escolha dos jovens como forma de divertimento e grupo. de desinibição. Com o fim de prevenir este problema, pelo menos nas faixas O alcoolismo é actualmente um grande problema, atingindo o etárias mais jovens, surgiu uma lei que proíbe a venda de álcool Homem, nas várias fases da sua vida, mas é na adolescência que a aos jovens menores de 16 anos. Apesar disto e de todas as san- sua procura é mais intensa e a sua ingestão muito mais elevada. O ções aplicadas, esta não se tem mostrado a melhor das soluções, consumo de álcool leva assim à euforia, à desinibição e a uma pois estes acabam por ter acesso às mesmas de uma forma facilita- maior sociabilidade entre os grupos de jovens, libertando-os da da e frequente sem quaisquer limitações seja de que tipo for. sua controladora consciência. No entanto nem tudo acaba por ser Como tal, é cada vez mais latente, a necessidade de realizar ac- assim tão agradável quando a falta de coordenação motora, o des- ções como forma de alertar a população mais jovem para as gra- controlo, a sonolência e a diminuição sensitiva se manifestam. O ves consequências que advêm do consumo excessivo de álcool, e consumidor perde todas as suas faculdades físicas e psíquicas, levando-os a proteger, mais tarde, as gerações vindouras, criando- bem como o controlo das acções, a sua vontade própria e consci- lhes um ambiente mais saudável para que consigam divertir-se de ente. O jovem é assim levado a aumentar a dosagem como forma uma forma cada vez mais consciente. 10
  • 11. DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS O novo Acordo Orto- gráfico entrou em vi- gor em Ja- neiro de 2009. Mas, até 2015, decor- re um perío- do de transi- ção, duran- te o qual ainda se po- de utilizar a grafia actu- al. Se qui- ser adoptar já a nova grafia do Por- tuguês, veja aqui as princi- pais alterações de que foi objecto a 11
  • 12. Cartaz elaborado pela aluna Rita Silvestre do 12ºD, no âmbi- to do concurso “O Cartaz da Minha escola” do Plano Nacio- nal de Leitura. Este ano a Semana da leitura centrou-se na relação LEITURA – ENERGIA – FLORESTA, conjugando-se, deste modo, a comemo- ração do Ano Internacional das Florestas e a preocupação cres- cente das nossas sociedades com o ambiente e a sustentabilidade. Festejou-se a Semana da Leitura de 28 de Fevereiro a 4 de Março, mas ao longo de todo o mês decorreram várias actividades relacio- nadas com a temática já apresentada e associadas às actividades do Eco - escolas. Durante a Semana da Leitura, nos livros de ponto colocaram-se alguns poemas e solicitaram-se aos professores que fizessem a sua leitura nas turmas. Desenvolveu-se um programa, todos os dias da semana, pretendendo-se que o maior número de turmas viesse à biblioteca. Durante três noites também se ofereceram sessões à população e aos formandos do CNO. A Semana da leitura que envolveu 20 turmas do regime diurno e grupos de adultos do CNO/comunidade, respectivamente, 450 alunos e 72 adultos. Agradecemos a todos os professores que participaram na Semana da Leitura, quer dinamizando sessões, quer deslocando -se à biblioteca com as turmas. Um agradecimento a todos os alunos que a título individual e/ ou inseridos na sua turma colaboraram para que esta semana se tornasse um sucesso. Agradecemos também a todos os convidados entre os quais destacamos os encarregados de educação, elementos da Biblioteca Municipal e da Biblioteca Escolar da Secundária de Montemor - o - Novo. Decorreu no dia 2 de Abril a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura na Biblioteca Municipal Almeida Faria em Montemor-o- Novo. Do terceiro Ciclo participaram os alunos Henrique Silva e Ricardo Lino ( 8ºano) e do Secundário, os alunos Fábio Prates ( 11ºano) e Filipe Marques ( 12ºano). A boa prestação do aluno Fili- pe Marques, do 12.º B, traduziu-se no terceiro lugar conquistado pela nossa escola. Estão de parabéns todos os alunos que participaram no Concurso e, especialmente, o aluno vencedor. Filipe Marques ( 12ºano 12
  • 13. Decorreu de 21 de Março a 25 a Eco-semana/Leitura na Escola. As actividades desta semana foram variadíssimas: Exposições , Apresentações/Debates, Actividades com livros, Divulgação de recursos: Livros, Revistas e DVD, Recu- peração da sinalética das espécies vegetais, Demonstração da estação meteorológica da EPA, Oferta de árvores, Mos- tra e prova de mel de diferentes sabores, Degustação de chás de plantas, Vendas de plantas aromáticas. Comemora- ram-se ainda Dia Mundial da Floresta e Poesia (21 de Março), Dia Mundial da Água (22 de Março) e o Dia Mundial da Meteorologia (23 de Março). Durante esta semana esteve patente na Biblioteca da escola a Exposição Eco-Arte que envolveu os alunos do 12ºD e 11ºE. 13
  • 14. Sobre o amor… O que é o amor? É uma qualidade? Um sentimento? Apreço? Devo- ção? Talvez seja tudo isso! A verdade é que não conheço ninguém que não ame nem seja amado. Antes mesmo de nascermos já o somos. Amar é algo que aprendemos instintivamente e que nunca depende só de nós. O amor está para além do simples gostar, pois gostamos de coi- sas mas apenas amamos as pessoas. Mas não é fácil amar! Amar pressupõe uma grande dose de tolerân- cia, paciência e sobretudo verdade! Porque é difícil relacionarmo-nos com as pessoas. Temos que saber lidar com os seus defeitos e quali- dades da melhor maneira possível. Somos muito altruístas com todas as pessoas que amamos, cedemos sempre O amor por elas, fazemos tudo por elas, mesmo que isso implique um sacrifício pesso- De um tempo antigo al, pois a partir do momento em que amamos , quem amamos passa a ser uma Ao meu tempo contigo extensão de nós próprios! É por isso que durante a nossa vida amamos um nú- Desde um tempo distante mero muito restrito de pessoas, pois por vezes não há cedência e tolerância A única constante suficiente de ambas as partes. É um sentimento, Perante este mundo cruel, talvez o amor seja a única coisa que temos. Pensar Esse doce tormento que exista alguém neste mundo que não saiba o que é o amor, entristece-me Que há milhares de anos, muito. O amor, que tantas vezes esquecemos, mas que nunca nos abandona é Depois de tantos enganos, o que de mais precioso temos. Menosprezamo-lo muitas vezes porque sempre Depois de tanta dor, fomos amados e esse sentimento (se o amor for realmente um sentimento) Me atingiu agora: está muito presente na nossa vida. Tão presente, que somos egoístas e hipócri- É o amor! tas o suficiente para nos esquecermos dele. João Gaudêncio, 10º C Pensemos agora em toda a nossa vida! Agora imaginemo-la sem amor. É tão horrível ver que todas aquelas memórias de infância se dissolvem, que aqueles abraços à família não existiram, que os risos com os amigos foram uma ilusão, que as confidências foram contadas, que as lágrimas foram cortadas, que não temos ninguém! Somos então um ser que vive só por viver, parasita do e no Amor seu mundo. Talvez neste momento demos importância ao amor.” Não consigo imaginar maior dor Mónica 10ºE Que a que gela o peito da gente, Onde batera um coração quente, A que resolveram chamar de amor. Já o senti, já o vivi, no melhor e no pior, no entanto, não sei ao certo o que dizer sobre ele. Não conheço palavra nem cor Não o controlo, ele é irracional e muito mais forte que o mais forte dos Que consiga mostrar o que se sente, homens e é dos mesmos o maior ponto fraco. É o amor o que os derro- Nem ilustre sentimento ardente, ta com uma dor que nenhum remédio cura mas também nos dá a mai- Ou que ao homem dê tanto calor. or felicidade do mundo, uma felicidade insubstituível, capaz de sobrevi- Se o houver em todo o mundo ver a tudo. Ao longo da vida, sentimo-lo e vivemo-lo várias vezes, sem- Digam-me (pois eu não vejo) pre de maneira diferente e sempre inesquecível, com coisas boas e Algo que possa ser tão profundo más. É preciso saber vive-lo e dado que é ele que muitas das vezes nos Só saciado pelo desejo controla, temos que aprender a respeitá-lo. De tudo poder parar num segundo, Para sentir os teus lábios num beijo João Grosso 11ºB Anónimo 10º A 14
  • 15. Lembra-te de mim, lembra-te de mim para sempre. O dia de S. Valentim é o dia dos Namorados, é um Se eu estiver para sempre na tua lembrança é uma vitória adqui- dos momentos mais adequados para se escrever, fun- rida, acredita. damentar, declarar, explicar-se, exprimir-se, simpati- Lembra-te do meu gesto ao tocar-te na cara, inventei esse toque zar, amar, … tão singelo porque eras tu. As cartas que se escrevem no dia dos namorados para Lembra-te da forma como te abraçava com força, fi-lo impulsi- as caras metades, significam gestos de caridade, amor, vamente para recordar cada traço do teu corpo. amizade, que se tem por determinada pessoa a quem a Lembra-te, simplesmente lembra-te de mim, hoje mesma é dirigida. amanhã... Lembra-te de quantas vezes te olhei nos olhos e fui tão transpa- “O amor é como a escrita”, quando se ama as pala- rente, devido à confiança que tinha e tenho em ti. vras não acabam e quando se começa a escrever nun- Lembra-te de tudo isto e muito mais, quero que simplesmente te ca mais se acaba. lembres. Vicente Cabrinha – 11º F Lembra-te do sentimen- to que te dei, lembra-te do bom e do mau! Amor Quero que te lembres de mim. O Amor não se define nem se procura Não se cheira nem se vê Suzi Flamínio, 11º D Não se ouvem os seus passos Vem sorrateiramente Qual felino sobre um muro Pronto para saltar Ou fugir Amor de irmão É impossível amar de uma maneira per- Constrói corações feita sem desavenças, sem zangas, sem discus- Molda mentes sões, sem por vezes querer tentar fazer-te sen- Destrói barreiras tir mal, mas tu sabes o quanto me custa ver-te mal, em baixo, chateada com o que quer que Não há chance de mudar o curso seja, é difícil, impossível não intervir e fazer tudo para te ver bem. Chamas-me “irmão gali- Oriana Dias, 11º C nha”, dizes que sou protector de mais, mas o que digo e faço, juro que é apenas com o ob- jectivo de tu estares bem. Eu já tive a tua idade, A vida corre, não muda, são fases nunca fui rapariga por isso não sei exactamente Ela só cria mudanças e eu só queria que mudasses o que é estar no teu lugar, mas a única coisa O amor é miserável, e eu sem outra forma que eu não quero é que tu cometas erros que De dizer que fazes falta, e que preciso de ti agora eu já vi muitos cometerem e depois vires-te a À espera que o tempo passe, não passa, eu passo-me... arrepender e não poderes fazer nada. Eu quero que tu aprendas com os erros dos outros e não ...Destruo cada quilómetro que nos separa com este compasso... com os teus. Sempre foi assim que eu agi, mas Admite logo, não fales, sou fraco compreendo que não me cabe a mim escolher Louco vagabundo à espera que isto dê resultado... a tua vida nem tomar as tuas decisões, e por Coragem, responde-me na cara àquilo que penso isso é que ultimamente te tenho deixado em Amor louco que sonhámos, está por um fio suspenso paz, faz o que quiseres que eu estou aqui. Cai Tanto Vento, dói não dói? Como te entendo… que eu aparo a queda. Só falamos bem em silêncio, eu já não controlo o tempo… De quem te ama: o teu irmão Não precisamos de mais nada além de tudo, só restam David Batista, 11º D Gritos e pesadelos que não me saem da cabeça Já nada interessa, chegamos a um ponto em que, Eu preciso de sair, e tu de ficares por aqui, pronto. Ruben Ferreira, 12º C 15
  • 16. Prof.s Georgina Pinto e Luís Teixeira No dia 18 de Maio decorreu, no Auditório Municipal, a cerimónia de entrega dos prémios dos VII Jogos Florais, com a participação do Colégio Laura Vicuña, do Agrupamento de Escolas EBI 2/3 e da Escola Secundária c/ 3º Ciclo, e com a colaboração da Câmara Municipal de Vendas Novas. 1º ESCALÃO: CLV Poesia: 1º Prémio – Ana Leonor Silva Barrete- 3º Prémio – Joana Maria Romão - CLV EBI Menção Honrosa – Natália Estanque – 2º Prémio – Cátia Alexandra Godinho EBI Rocha - EBI 3º Prémio – Carina Candeias Pitta- EBI 3º Prémio – Ana Leonor Silva Barrete - 4º ESCALÃO: ESVN EBI Reflexão Filosófica: 1º Prémio – Mónica Duarte Menção Honrosa – Maria Inês Conceição 2º Prémio – Maria João Martins - EBI Prémio Revelação: Pedro Gomes Esteves Poesia: 1º Prémio – Mónica Duarte - EBI 2º Prémio – Filipa Almeida 3º Prémio - Mónica Duarte Prosa: 1º Prémio – António de Almeida Gião - CLV 2º Prémio – Ana Rita Santos Oliveira - Prosa: 1º Prémio – Miguel Loureiro EBI 2º Prémio – Paula Cristina Silva 2º Prémio – Catarina Curto Mendonça - CLV 5º ESCALÃO: ESVN 3º Prémio – Andreia Silva Azevedo – EBI Reflexão Filosófica: 1º prémio – Francisco Chambel 3º Prémio – Sara Machado Ribeiro – EBI 1º Prémio – Rita Silvestre 3º Prémio - Beatriz Candeias - EBI 2º Prémio – Joana Ferragolo Menção Honrosa – Diogo Morato do 3º Prémio - Andreia Coelho Rosário - EBI Menção Honrosa – Neuza Silva Prémio Especial do Júri - Zaira Pellin 2ºESCALÃO Poesia: 1º Prémio – Melissa Castanho - EBI Prosa: 1º prémio – Francisco Chambel 2º Prémio – Mariana Petrucci Passarinho 2º Prémio – Gonçalo Marques - CLV 3º Prémio – João Monteiro 3º Prémio – Ricardo Bilro – EBI Prémio Sátira Literária - João Bentes Menção Honrosa – Joana Farrica - EBI Prémio Sátira Literária - Mariana P. Pas- Poesia: 1º Prémio – Francisco Chambel sarinho - CLV 2º Prémio – Carina Alves 2º Prémio - Francisco Chambel Prosa: 1º Prémio – Diogo Rodrigues - CLV 3º Prémio – Carina Alves 2º Prémio – João Isaac Andrade - EBI Menção Honrosa – Marina Pereira 3º Prémio – Pedro Botas – CLV Menção Honrosa – Margarida Laranjo - 6º ESCALÃO: ESVN - CNO Poesia: 1º prémio – António Almeida Roto CLV 2º Prémio – Aurora Maria Florêncio 3º Prémio - António Francisco Fura 3ºESCALÃO: Menção Honrosa – Maria Isabel Gomes Poesia: 1º Prémio – Ana Rita Margaço - CLV 2º Prémio – Alice Alexandra Modesto - EBI 3º Prémio – Adriana Leonor Barrete - ESVN Prémio Revelação – Jorge Daniel Santos - CLV Prosa: 1º Prémio – Mafalda Jorge - CLV 2º Prémio – Rita Maria Clara - CLV 2º Prémio - Bernardo Barreiros Ferreira - 16
  • 17. 4º ESCALÃO POESIA – 1º PRÉMIO – Mónica Duarte PROSA – 1º PRÉMIO – Miguel Loureiro Tempestade 26/06/2005 Naquele momento a chuva fustigava tudo, Hoje foi um dia como outro qualquer. As árvores eram brutalmente arranca- Apenas com uma ligeira diferença. As memó- das e atiradas para o mar rias do dia em que o Luís chegou pela primeira Ela não sabia mais o que pensar! vez à turma invadiram-me o pensamento. Não consegui pensar, nem racionalizar qualquer tipo de problema matemático. Será que o tempo percebia o que esta- Tudo servia apenas para associar os va a viver? pormenores das minhas acções a acontecimen- Até parecia que a natureza começava tos passados, sensações e cheiros familiares, também todos relacionados com ELE. Aos poucos a morrer. Apesar da sua morte ser ainda recente, é-me difícil aceitar tal ideia, mencionando o facto de que nunca tive grandes amizades com O mundo desabava sob o seu olhar o Luís. Apenas um “obrigado” ou um “com O amor, o sentido e a vida como os licença”, caso necessitasse de algo proveniente conhecia dele, mas nada de intimista, tudo apenas como colega de Estavam prestes a acabar. turma. Ela é resistente, ela quer lutar Mas a tristeza que sentia Eram a força que a oprimia, Que a impediam de levantar. REFLEXÃO FILOSÓFICA – 2º PRÉMIO – Maria João Mendonça Vamos voltar ao princípio, quando eu ainda permanecia no ventre materno e tentava, inocentemente, adivinhar como seria o mundo exterior, fantasiando, talvez, uma realidade cor -de-rosa. Com o tempo comecei a aperceber-me do que me rodeava, a decorar cada canto da casa, cada voz, cada expressão facial. Perguntei frequentemente o porquê disto e daquilo, brinquei e criei o meu próprio mundo. Acreditei na existência do príncipe encantado, que não possuía defeitos, apenas um sorriso enorme e um cora- ção doce, acreditei que a vida se tratava de uma equação simplificada, bastando dar um passo ou estalar os dedos para resolvê-la. Assisti ao bater das asas de uma borboleta, ouvi o cacarejar de um galo anunciando mais um dia. Depois alcancei a idade fatídica, aquela em que cometemos erros dos quais na altura nos arrependemos, para mais tarde reconhecê-los como construtivos. Amei e sofri, pensei que a dor que senti dilacerasse o peito, que me quei- masse a alma, mas não foi isso que aconteceu, apenas fiquei mais forte. Um dia olhei-me ao espelho, fitando-me nos olhos e vi apenas uma marioneta manuseada pela vida. – Quem sou eu? Sou apenas alguém igual a toda a gente diferen- ciando-me de cada um, tentando perceber o sentido de tudo e de nada. Nasci e morri, deixando-me embalar pelas quimeras da vida, sonhei e acordei, levantei-me e lutei, fiz das lágri- mas que derramei, armas. E finalmente caí. A cortina fechou e ouviram-se aplausos. 17
  • 18. 5º ESCALÃO PROSA – 2º PRÉMIO – Paula Silva POESIA – 1º PRÉMIO – Francisco Chambel Vida de uma adoles- Mar Revolto cente … Rosto triste Há muitas coisas que são Porque choras? difíceis quando se é uma Porque dos teus braços me afastas adolescente. E me espantas de onde já fui feliz. Uma delas é dizerem- Nunca percebeste nos para “sermos nós Que fui sombra do teu andar próprios”, quando o Luz do teu sorriso resto da mensagem – Beleza do teu olhar? apesar de não ser dita ou Ventos sopraram verbalizada - é “desde E tudo mudaram. que sejas bonita, alegre e Já não sou a música favorita magra”. Todas as pesso- O bar das noites bem passadas as querem sempre ser Ou a viola que tocavas. perfeitas, em todos os Brinquedo a brinquedo sentidos e aspectos (só Rosto a rosto, se esquecem que a per- A memória da minha face feição não existe). Desvanece-se do teu pensar. Eu conheço muitas pes- Aquele que outrora ansiavas ouvir, soas que se “escondem” porque é difícil sermos como devía- É aquele que agora afastas do teu redor. mos ser. Tive muito trabalho a tentar ser perfeita e agradar a Como folha a folha que cai no Outono, tudo e todos, mas, sabem uma coisa? Cansei-me! Despido, assim me sinto. Quando me olho ao espelho, de manhã (ou a qualquer hora), Despido da tua protecção e sentimento, ao espelho vejo tudo menos a “perfeição” – porquê? Porque Despido da tua força. ela não existe! Tentar ser perfeita quando sabia que não o era Como foi fugir de mim? (nem sou) tornava as coisas piores. Fiquei deprimida. Avançar pela areia inexplorada... A depressão é uma coisa horrível. Sentia-me como se esti- Tiveste medo? vesse num buraco bem fundo e escuro, do qual, eu não con- Foste feliz? (…) seguia sair. Por isso, comecei a tentar que as pessoas não Por ti espero. notassem a minha tristeza e então tentei ser simpática e di- Talvez do mar revolto te canses, vertida, para não se aperceberem o quão mal eu estava mes- E de novo em terra seca descanses. mo, mas passado algum tempo não conseguia mais fingir, nem disfarçar mais. Depois os meus amigos começaram a dar-me grandes raspa- netes por estar sempre tão em baixo. Ninguém gosta de ou- vir outra pessoa dizer que essa pessoa está mal. É estranha a maneira como isso acontece, mas é assim… 18
  • 19. POESIA – 3º Prémio – Carina Alves REFLEXÃO FILOSÓFICA – 1º PRÉMIO – Rita Silvestre Passado Dois dos lados Criaste um mundo só teu Há algum tempo atrás, comecei a aperceber-me Onde eu era um mero pião que na escola, para onde quer que olhasse, via Movido no meio de peças as raparigas vestidas com ténis timberland, jeans Sendo escrava do teu coração dennim de corte skinny, uma blusa simples e um casaco castanho. Cabelos soltos penteados Para ti nada mais existia para trás com a mão, num gesto que se repete Eras tu, os teus sentimentos sistematicamente ao ponto de no final do dia A tua magia estarem oleosos. Todas tão iguais que quando E os meus tormentos se olha em panorama, parece um mar acasta- nhado, de tons escuros. O mesmo se aplica aos Foste capaz de me tornar fra- rapazes, apesar de variarem um pouco mais ca cromaticamente. Resumidamente: é tudo igual. Insensível, deslocada Simpaticamente baptizei esta gente igual de Na base do tudo “clones”. São iguais, vestem igual, pensam igual. No topo do nada Preocupam-se todos com os mesmos temas, ouvem as mesmas músicas, vêem os mesmos Achavas-te digno de venera- filmes, rejeitam ou aprovam os mesmos valores. ção Não, também não estou a recriminar ninguém, Um deus grego no apogeu tenho pessoas das quais gosto muito que rara- Tema de canção mente saem da sua zona de conforto: os carris da normalidade. Nesse mundo que era só teu Onde quero chegar é que conforme reparo neste imenso mar castanho de normalidade, também vejo que existem alguns di- Tomaste como eterno ferentes. Têm ideias, vestem-se diferente, pensam por si, e des- O que tinhas de conquistar tacam-se dentro de uma área pela qual são completamente afi- Esquecendo a razão que faz a vida girar cionados. Muitas vezes o seu talento é discreto, só sabendo disso amigos mais chegados ou professores, mas qualquer coisa Agora foi o fim que estes façam brilha e destaca-se. Apresento-vos a excelência. Mas nunca te esqueças Se um dia ao acordares o sol não nascer REFLEXÃO FILOSÓFICA – 1º PRÉMIO – Francisco Chambel Diagnóstico de uma Crise Nos últimos tempos, numa ladainha que se adensa à medida que o tempo passa, não se fala de outra coisa senão da crise. Surgem várias perguntas às quais muitas vezes se evita dar resposta por serem demasiado incómodas ou por não se saber muito bem do que se fala. Mas essencialmente, perguntamo-nos “Como?”. Como é que chegá- mos a esta situação? Como é que ficámos nesta encruzilhada? É certo que vão surgindo respostas por todo lado, como cogumelos que germinam pelos prados. A crise de hoje, aquela que se faz sentir essencialmente na vida das pessoas, é uma crise económica. No entanto, esta crise é apenas um reflexo de uma crise muito maior, uma crise de valores e de identidade que assola a nossa democra- cia e a nossa identidade enquanto povo e país. (…)Não nos resignemos, a porta é estreita, mas abre um caminho! 19
  • 20. EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA… TESTEMUNHOS... sexo” não é de todo satisfatório em termos psicológicos e . afectivos, ou seja, a nível dos nossos sentimentos…isto acontece porque, como somos seres humanos, para reali- zarmos ou vivermos completamente a nossa sexualidade, existe sempre a necessidade de criarmos laços ou relações afectivas e de cumplicidade com a pessoa que escolhemos como companheiro ou companheira. Por vezes, nós adoles- centes, esquecemo-nos de ver para além daquilo que já sa- bemos, o perigo das doenças sexualmente transmissíveis, a necessidade do uso de métodos contraceptivos, resumindo de tudo o que temos conhecimento através das aulas de educação sexual. Por isso, foi e é extremamente importante termos adquirido a noção de que a sexualidade não é algo banal, para além de uma função básica de satisfação é es- Frequentemente a sexualidade é apenas sentida como uma sencialmente o resultado da criação de laços afectivos im- necessidade básica de satisfazer um impulso fisiológico, ou portantes, que, quando ignorados podem resultar em sofri- seja, do nosso corpo. No entanto, após a realização de di- mento. versas actividades, como inquéritos e debates, todos chega- ram a conclusão que não se deve ver isso apenas como um Joana Ferragolo acto mecânico, mas sim algo que mexe com sentimentos e Turma 11ºD. entre outras coisas. Na maioria das vezes, esse “sexo pelo Educação Sexual… Que aprendizagens!!! Ao longo do ano lectivo de 2010/2011 aplicámos na nossa turma o projecto de educação sexual. Este obteve a duração de doze horas que foram distribuídas pelas diversas disciplinas ao longo dos três períodos e tinha como principal ob- jectivo esclarecer dúvidas que os alunos tivessem dentro das diversas áreas en- volvidas no projecto, quer seja a sexualidade em si, violência entre casais, gravi- dez ou ate o próprio comportamento do ser humano face às sensações que o amor ou o atracão podem trazer. Durante o ano lectivo assistimos a diversas palestras, desde uma palestra com a Dr.ª Amparo sobre doenças sexualmente transmissíveis, a uma outra com uma Psicóloga do Centro de Saúde de Vendas Novas sobre “violência no namoro”. Efectuamos ainda diversas pesquisas sobre a gravidez na adolescência, na disci- plina de geografia que nos permitiu entender que este facto não é tão incomum como esperávamos ou deveria ser, deparando-nos com dados elevadíssimos. Na palestra de “violência no namoro” tivemos o conhecimento de aspectos que não considerávamos que pudesse ser violência. Já na disciplina de inglês, assistimos ao filme “precious”, que nos deu a conhecer temos como os abusos sexuais entre país e filhos ou drogas. Estávamos a espera de outro tipo de projecto embora tenhamos aprendido diversas coisas com tudo o que foi realizado. Cassia 11º C 20
  • 21. Projecto Radiação Ambiente Profª Florbela Rêgo Pelo quarto ano consecutivo a Escola Secundária de Vendas Novas participou no projecto radiação ambiente. Este ano o número de escolas envolvidas aumentou significativamente, participaram cerca de 50 escolas do ensino secundário e 30 do ensino básico. Durante o ano lectivo um grupo de alunos do 12º B, na disciplina de área de projec- to desenvolveram o projecto, com o apoio da professora de Física e Química de 12º ano, coordenadora do projecto na escola. Foram desenvolvidas diversas actividades, nomeadamente actividades experimentais, palestras apresentadas pelos alunos do 12º ano aos alunos do 9º ano, inquéritos à população, medidas de radiação ambiente na cidade de Vendas Novas, testes on-line efectuados pela organização do projecto e elaboração de uma página na plataforma moodle do projecto. Das actividades experimentais, destaca-se a detecção de partículas alfa emitidas da desintegração do gás radão na atmosfera. O estudo foi efectuado em diversas salas da nossa escola. Os Resultados obtidos foram os seguintes: Conclui-se que a concentração do gás é maior na sala de professores, facto explicado pelo reduzido arejamento da sala, uma vez que o estudo foi efectuado durante o Inverno, período em que as janelas e as portas estão muito tempo fechadas. No dia 30 de Abril de 2011, os alunos participaram no ―IV Encontro Nacional do Projecto Radiação Ambiente‖, realizado em Penacova. Onde os alunos apresentaram um poster que resumia toda a actividade efectuada durante o ano lectivo. Os alunos representaram brilhantemente a Escola Secundária de Vendas Novas conseguido obter o 3º lugar entre as cerca de 50 escolas do Ensino Secundário participantes. Assim foi encerrado mais um ano do Projecto Radiação Ambiente, que durante os quatro anos de existência tem levado o nome da escola para além dos portões da e deixando-a sempre bem classificada. Nos quatro anos já conseguimos obter um 1º, um 2º e um 3º lugar e ainda uma menção honrosa. A coordenadora do projecto dá os parabéns a todos os alunos que tão bem têm defendido a escola, e que nos fazem acreditar que projectos como estes devem continuar a existir na escola e contri- buem para o sucesso educativo. 21
  • 22. pALAVRAS eSCRITAS Impressões de Eça... Daquela pequena janela, de formas indistintas, de cor branca meio desmaiada, conseguia-se ver um mundo recheado de cores difusas e indiferenciadas, de onde sobressaíam o vermelho, o verde e o amarelo, a fazer lembrar a variedade da natureza e o arco-íris presente em todo o sentimento de amor. O branco das margaridas era de tal forma puro e límpido que parecia a alva neve que se encontra nos picos das montanhas mais altas e escarpadas, àquelas a que apenas chegam ao topo os audazes e temerários aventureiros que pretendem, assim, ficar próximos do divino, do azul celeste. A baunilha era o aroma que se conseguia vislumbrar no ar que circundava a extensa imen- sidão da paisagem. No horizonte apenas se conseguia ver um bonito, grande e verde jovem tapete de relva que, ape- sar de mal aparada e já a começar a ficar amarelada, aqui e ali, pelo calor do tórrido e quase insu- portável verão, ainda convidava a pacíficas caminhadas, fazendo sentir sob os pés descalços a ma- ciez das ervas. Naquele salutar e risonho jardim, e no meio da escassa relva amarelada, havia duas grandes e tímidas árvores verdes, porém cheias de amáveis e coradas flores, que provocavam uma escura e assustadora sombra a um pequeno e delicado banco de cortiça, destinado a preguiçosas sestas. Um harmonioso conjunto de alinhados arbustos constituía o manchado e enovelado horizonte da grande, opulenta e lustrosa quinta, e iniciava, ao mesmo tempo, uma íngreme e solarenga colina com várias pequenas e meigas quintas, e obesas e poluentes fábricas. Lá mesmo ao fundo, ainda era possível avistar um lindo e veloz rio azul, que rebrilhava graças à intervenção dos raios de sol, parando junto das caladas e sonolentas montanhas para lá do Tejo. Tais trágicas e traiçoeiras montanhas, que escondiam segredos de antigas e recentes vidas, podiam comparar-se ao magnífi- co e infinito céu azul de verão, também ele traidor, também ele escondendo terríveis segredos a que o ser humano não pode aceder. Alexandra Alfacinha, 11º D Sinto o cheiro a ar puro, no sopro identifico o aroma a baunilha dando um travo doce ao ambiente que me rodeia, por perto vejo margaridas grandes e amarelas que alegram a vista de quem as vê…perdem-se pelo meio da relva ainda por cortar, ligeiramente amare- lada pelo calor deste mês de Julho, sabe bem esta brisa que sinto no peito, carregada da frescura que o rio de longe faz chegar aqui, é como que a própria sombra me abraçasse e levasse para o descanso do banco de cortiça que permanece por baixo daquelas duas gran- des árvores no jardim. Porém ainda me pergunto o que fica para lá daquela colina que com a sua inclinação brin- ca com o horizonte, onde o céu azul e aberto de verão ilumina o rio, deixando passar a essência das suas águas transparentes, cristalinas e brandas. Por momentos desejaria saltar deste parapeito e desfrutar de todas as regalias deste dia solarengo que me espera ali fora. Joana Ferragolo 11ºD 22
  • 23. A VIDA DE UM GRANDE PINTOR: TICIANO VECELLIO Zaira Pellin 11ºA Grande artista italiano do Renascimento nasci- do numa aldeia nos arre- dores de Belluno, terra Ticiano Vecellio nasceu em Pieve di Cadore por volta de 1490 (a data de nascimento não é certa). É reco- nhecido como um dos maiores representantes da escola veneziana no Renascimento e descrito como “ o de origem da Zaira. sol entre as estrelas” pelos seus contemporâneos. Foi um pintor muito versátil, pois era bom na pintura de paisagens como de retratos, em temas mitológicos como em temas religiosos. Viveu quase um século e ao longo da sua vida mu- dou muito o seu estilo, por isso é possível dividir a sua carreira como pintor em períodos. Começou, de acordo com o costume da época, como aprendiz em Veneza, no atelier de Sebastiano Zuccato, conhecido pelos seus mosaicos e após alguns anos passou para o atelier de Giovanni Bellini que, naquela altura, era um dos maiores pintores da cidade, e que foi, junto com “Giorgione”, o principal mestre de Ticiano. O talento de Vecellio foi descoberto em 1511 com alguns frescos de tema religioso para a igreja das Carmelitas em Pádua. Ticiano foi, durante sessenta anos, o mestre principal e pintor laureado da “Sereníssima República de Veneza”. Começa o período designado do “crescimento”. Nesta fase ele experimenta um estilo monumental, com personagens mais complexas, mas principal- mente usou uma tão grande escala de cores nas suas pinturas como ninguém antes tinha usado. O grande interesse pela cor, a poli- cromia e a modulação é uma constante nas suas pinturas e a característica que essencialmente o distingue dos outros artistas da época. As obras que se distinguem neste período são o “Pesaro”, realizado em 1526, considerado o mais perfeito e estudado dos seus traba- lhos; o “São Sebastião” (1521); “ A deposição de São Pedro”, uma imagem de morte que apresenta um enorme sofrimento e mostra a tragédia de forma extraordinária A Deposição de São Pedro, São Sebastião, 1521 Pesaro, 1526 Entre 1530 e 1550 ocorre o período da “maturidade” do pintor, com um estilo mais dramático e uma tonalidade de cores mais escura, que se pode ver na “ Apresenta- ção da Virgem Sagrada” e por “Ecce Homo”, uma das mais perfeitas das suas obras. Após uma visita a Roma começou uma série de Vénus, como a “Vénus de Urbino” e a “ Vénus e Eros”, ambas no museu “Galleria degli Uffizi” em Florença.Neste perí- odo foram muitos também os retratos, pois era muito talentoso a representar os traços da fisionomia das pessoas que melhor as caracterizam. Apresentação da Virgem Sagrada, 1539 Nos últimos anos da Vénus de Urbino, 1538 sua vida, Ticiano ficou mais perfeccionista e críti- co, especialmente nos retratos. Continuou a trabalhar até ao fim, e em 1565 voltou para a sua cidade natal, Pieve di Cadore, para projectar a igreja de Pieve. Vítima da peste, morreu a 27 de Agosto de 1576, em Veneza, já muito idoso. 23
  • 24. AFS Intercultura Zaira Pellin 11ºA AFS Intercultura é uma organização que trabalha a nas relações mas, no meu nível mundial e que oferece a jovens estudantes que caso, a barreira maior foi frequentam a escola secundária a oportunidade de a minha personalidade viver e estudar no estrangeiro durante um período tímida e reservada. que pode ser de um ano, seis meses, três meses ou Em relação ao sistema de um mês (nas férias de verão). ensino, aos hábitos, à co- A actividade de Intercultura baseia-se no trabalho mida e às tradições a de voluntários (em geral, ex-participantes de um adaptação resultou bas- programa de intercâmbio e respectivos pais) que tante fácil, apesar de ha- organizam encontros para promover este tipo de ver diferenças notáveis. experiência, informar sobre o que é necessário para Principalmente o sistema poder participar e prestar ajuda aos jovens e às fa- de ensino português foi uma novidade em termos mílias, a nível psicológico e prático, no percurso de distribuição dos horários das aulas, do sistema antes, durante e depois da viagem. Este tipo de ex- de avaliação e o tipo de testes propostos, do uso do periência põe à prova os jovens, tanto como as fa- material escolar e da composição da estrutura da mílias, e é preciso prepará-los para enfrentar os fu- escola (presença de um bar, de uma papelaria, de turos problemas. Pessoalmente acho o papel dos uma cantina…), porque são muito diferentes em voluntários fundamental e de enorme ajuda. relação à minha escola (prefiro não estender a com- Eu estou a acabar o meu período em Portugal, mas paração ao sistema de ensino italiano porque sei não a minha experiência, pois, depois da adaptação bem que há diferenças entre as várias escolas). ao novo país, há uma nova adaptação ao país de Adorei conhecer as tradições portuguesas e partici- origem em que vou ter que conviver com as mu- par nalgumas, porque cada país tem as próprias tra- danças que ocorreram em mim e nos outros ao lon- dições que o tornam diferente dos outros países e go destes nove meses. A minha adaptação a Portu- acho essa uma característica fundamental. Nesta gal foi gradual e relativamente fácil. A parte que se altura estou bem adaptada e bem integrada no estilo revelou mais difícil foi conseguir interagir com pes- de vida português e acabei por juntar o meu estilo soas desconhecidas e criar ligações afectivas com de vida italiano com o português e talvez continue a elas, embora a vida em família, as ligações entre fa- ter alguns hábitos que aprendi cá. Este ano mudou- miliares e as relações sociais sejam extremamente me, embora ainda não saiba avaliar quanto e, sem semelhantes entre a Itália e Portugal. Essa dificulda- dúvida, ficará na minha memória juntamente com de, na minha opinião, está no facto dessas ligações as lições de vida que aprendi. precisarem de tempo para serem criadas, deixando grande espaço para as saudades nos primeiros tem- pos. A barreira linguística é também um obstáculo Ficha Técnica Prof.º Luís Teixeira Equipa EcoEscolas Alunos e docentes Professora Responsável Marta Ropio Design gráfico Marta Ropio Equipa Geração XXI Marta Ropio Edição Adelina Fonseca Escola Secundária de Vendas Novas Filipe Marques Biblioteca Escolar Zaira Pellin Colaboradores Prof.ª Georgina Pinto 24