3. A música indígena brasileira é parte do vasto
universo cultural dos vários povos
indígenas que habitaram e habitam o Brasil.
Sendo uma das atividades culturais mais
importantes na socialização das tribos.
4.
5. A música indígena tem recebido alguma atenção do
ocidental desde o início da colonização do território,
com os relatos de Jean de Léry sobre alguns
cantos tupinambá, em 1558, e de Antonio Ruíz de
Montoya, cujo extenso léxico inclui um universo de
categorias musicais do guarani antigo. Estudos
recentes têm-se multiplicado a partir do trabalho de
pesquisa de Villa Lobos e Mário de
Andrade no século XX, e hoje a música indígena é
objeto de estudo e interesse de muitos
pesquisadores de todo o mundo, que têm trazido à
consciência do homem branco uma pletora de
belezas naturais da terra.
6. Alguns grupos foram contactados de imediato
pelos Jesuítas desde o século XVI, foram fixados
na terra pela criação das Missões ou Reduções, e
ali contribuíram ativamente, como
instrumentistas, cantores e construtores de
instrumentos, para criar uma fascinante e original
cultura musical, embora toda nos moldes
europeus e infelizmente conhecida apenas
através de relatos literários. Este porém foi um
fenômeno isolado, e não é central a este artigo, e
tampouco as manifestações
híbridas folclóricas nascidas nas regiões de
contato entre índio, branco e negro.
7.
8. Ao contrário do que se poderia supor, a tradição
musical indígena não é um objeto de antiquário,
é algo vivo e sempre em mutação, sendo
constantemente praticada e renovada,
incorporando até mesmo material não-índio,
ainda que mantenha seus valores e formas
essenciais preservados, e é uma vitrine de suas
visões de mundo, cristalizadas em formas
sonoras.A maioria dos povos indígenas associa
sua música ao universo transcendente e mágico,
sendo empregada em todos os rituais religiosos.
9. A música indígena é ligada desde suas origens
imemoriais a mitos fundadores e usada com
finalidades de socialização, culto, ligação com os
ancestrais, exorcismo, magia e cura. É importante
também nos ritos catárticos, quando a música
"ao trabalhar com proporções, repetições e
variações, instaura o conflito ao mesmo tempo
em que o mantém sob controle".
Segundo certas lendas a música foi um presente
dos deuses, entristecidos com o silêncio que
imperava no mundo dos humanos.
12. Origem:
O Jongo é uma dança de origem africana,
possivelmente do povo oriundo de Angola, da
qual participam homens e mulheres, significando
divertimento. O canto tem o papel fundamental,
associado aos instrumentos musicais e à dança.
Alguns pesquisadores classificam-no como um de
"tipo de samba" mais antigo, seria ele que daria
mais tarde origem ao samba. Em alguns locais, o
nome pode variar como Caxambu, Dança do
Jongo, Bambelô, dentre outros.
13.
14. A Festa:
É uma música feita para dançar, e se
fundamenta com o "ponto", ou seja, a pessoa
tem que "desamarrar"(decifrar) o "ponto". O
"ponto" seria uma espécie de adivinha, onde
o verso cantado não expressa de forma muito
clara o que se trata, e é preciso descobrir para
saber do que fala a música.
15. Exemplo de uma crítica feita a um
chefe político:
“ Tanto pau de lei
que tem no mato,
imbaúba é coroné."
16. A explicação do "ponto" é que no meio de
muita gente boa que existe, foram escolher
logo o "coronel" que não é bom, para um
cargo tão importante. Segundo a comparação
da música: Pau de Lei: Gente boa, e Imbaúba:
árvore cuja madeira é ôca sem muita
serventia, gente ruim.
17.
18. Na maioria das vezes, a música é cantada por
duas ou três vozes. Em alguns locais é comum as
pessoas participantes do Jongo dançarem ao
redor dos instrumentos, noutros lugares dançam
em frente aos instrumentos,sendo a que é uma
dança de roda que se movimenta de forma
contrária ao ponteiro do relógio(sentido anti-
horário) coisa pouco comum, como passos para
frente,pulos,giros ,etc.
Na Dança são utilizados os seguintes
instrumentos musicais: atabaque guanazamba,
guaiá, atabaque candongueiro, puíta,cuíca,
atabaque cazunga.