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BOLETIM TÉCNICO nº 04
IS MAS IRRIG NS TE DE AÇÃO RACIO AIS
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ELABORAÇÃO
CAPA
FOTOS
REVISÃO
DIAGRAMAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA
AOPA - Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia
CCA/MST - PR - Cooperativa CentraL de Reforma Agrária do Paraná
COOPERAFLORESTA - Associação dos Agricultores Agroflorestais de
Adrianópolis e Barra do Turvo
FETRAF/SUL-Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região
Sul
EMBRAPA FLORESTAS - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
UFPR - Universidade Federal do Paraná
Paulo Henriquer Mayer
AOPA - Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia
Valdemar Arli
www.iguatu.org.br
Valdemar Arli
Valdemar Arli
SISTEMAS RACIONAIS DE IRRIGAÇÃO
Área molhada pelo sistema
de irrigação por gotejamento
Este é o sistema que mais
economiza água.
A irrigação é um método de
fornecer água às plantas de forma
artificial para suprir a deficiência das
mesmas em épocas de poucas chuvas ou
de secas prolongadas. Há também plantas
que necessitam de quantidades maiores
de água, como a maioria das espécies de
ciclo curto. É o caso de hortaliças
folhosas, como a alfaces, almeirões,
chicórias, agrião, entre outras. Em geral,
as hortaliças folhosas apresentam mais
de 80% de seu conteúdo de água. Outro
fator importante é o fato de algumas
plantas que cultivamos apresentarem
necessidades maiores de água em
períodos de florescimento, formação e
enchimento de grão, como o arroz de
sequeiro e o milho.
Existem vários métodos de
irrigação, mas nesta cartilha trataremos
de alguns que foram utilizados no projeto
Iguatú. Estes métodos foram escolhidos
por serem eficientes, relativamente
baratos, de fácil instalação e
principalmente por serem poupadores de
água, recurso cada vez mais escasso no
planeta.
Captação da água
A água para irrigação deve ser
limpa, potável e procedente de fontes
protegidas com mata ciliar ou ainda de
cisternas que captam água da chuva.
O depósito de água deve ser
suficientemente grande para atender um
período de rega de um dia pelo menos.
Ele deve ser isolado de tal forma que não
permita a circulação de animais, como o
gado bovino, suínos, aves domésticas e
roedores que podem contaminar a água.
Os sistemas de irrigação
Indica-se neste boletim dois
tipos de sistemas de irrigação: micro-
aspersão e gotejamento com mangueiras
especiais. Para micro-aspersão usamos
bicos aspersores do tipo “Bailarina” e
mangueiras perfuradas a “laser” (tripas
de irrigação). Para gotejamento
indicamos mangueiras perfuradas a
“laser” com cotejo de 10 em 10 cm ou de
20 em 20 cm.
Para o
gotejamento é
necessário um
filtro especial
que não
permitirá o
entupimento dos
“furos da
mangueira” com
matéria
orgânica, areias
ou argila. Para
aspersão não é
necessário
filtro, mas sim
uma água bem
limpa.
A pressão requerida
Para gotejamento a pressão
requerida é de 10 mca (1 atmosfera), ou
seja, 10 metros de coluna de água para
500 m de mangueira de gotejamento.
Isso quer dizer que se temos o depósito
de água a uma altura de 10 m acima do
local onde queremos irrigar, poderemos
ter, no máximo, 500 m de gotejamento
em operação por turno de rega. Se
precisamos molhar mais de 500 metros
devemos fazer mais de um turno de rega,
ou seja irrigar no máximo 500 m de linha
por vez. A vazão desses sistemas de
irrigação por gotejamento é de 5 litros
de água por hora por metro, ou seja para
500 m de mangueira precisaremos de
2500 litros de água por hora. Devemos
tomar o cuidado de usarmos mangueira
condutoras que nos dêem no mínimo essa
vazão. Uma boa dica é medir a vazão com
um balde na entrada do local a ser
irrigado
A irrigação por gotejamento é
indicada para plantas de bom valor
comercial e que “não gostam” que suas
folhas sejam molhadas, pois podem
desenvolver doenças. Como exemplo
podemos citar o tomate, pimentão,
quiabo, berinjela, pepino, melão, abóboras
e abobrinhas, vagem e frutíferas como
parreira, pêssego, quiwi entre outras.
Para a irrigação por aspersão
sugere-se dois tipos de sistemas: tipo
“bailarina” e as “tripas de irrigação”.
O tipo “bailarina” é um sistema
com pequenos aspersores. Nesse sistema
é necessário no mínimo 20 mca ( 2
atmosferas) ou seja, 20 metros de coluna
de água. Isso quer dizer que temos que
ter o depósito de água no mínimo a 20 m
de nível superior ao nível do local onde
queremos irrigar.
Os sistemas de irrigação tipo
bailarina são montados conforme foto
acima e são compostos de dois palanques
de suporte que podem ser enterrados a
cada 70 m de distância um do outro. Na
parte superior desses palanques,
estende-se e amarra-se um fio de arame
16mm ou 18mm (fio de cerca elétrica),
bem esticado e nele fixamos com o
mesmo arame uma mangueira preta com
diâmetro nominal de ¾ de polegada.
São possíveis outros sistemas de
irrigação parecidos com estes descritos
neste boletím. O sistema mais adequado
sempre é aquele que mais economiza água
e energia para funcionar.
Para manter a mangueira erguida,
pois o sistema é aério, então colocamos
estacas de taquara bambu ou outro
material a cada 7 m.
A instalação dos bicos aspersores
é feita furando a mangueira preta com
prego 18X24 mm e os aspersores são
“parafusados” (pois o órgão de fixação
possui rosca) na parte superior da
mangueira.
Depois disso é só fazer a ligação
da linha mestra que traz a água e irrigar
a área. Esse sistema é indicado para
hortaliças folhosas, e gramíneas em
geral, como arroz e milho. Cada linha
instalada tem a capacidade de molhar 10
m. de largura.
O outro sistema de aspersão é o
tipo que usa mangueiras denominadas
“tripas de irrigação” que tem diversos
furos feitos a laser e molham a área com
um pequeno esguicho. Essas mangueiras
são dispostas no chão e são conectadas a
mangueira mestra que traz a água do
depósito e também são indicados
somente para hortaliças folhosas. Esse
sistema custa um pouco mais caro que os
sistemas anteriores e molham pouca
área, somente um canteiro por linha
instalada.
Quando a propriedade não tiver
uma fonte com altura manométrica
suficiente para fazer a irrigação por
gravidade, é necessário bombear a água
de forma artificial. Para o gotejamento e
irrigação por aspersão indicamos usar
uma bomba submersa com capacidade de
vazão maior que 750 litros por hora. No
mercado são encontradas facilmente
motobombas com vazão de 800 e 900
litros por hora. Para sistemas de
irrigação por aspersão que vai usar a
“tripa de aspersão” é necessário
motobombas com maior vazão,
normalmente acima de 2500 L/h.
Uma dica importante é a
implantação de quebra-ventos vegetados
para melhorarmos a eficiência da
irrigação, pois o vento constante provoca
muita evaporação da água do solo e
também prejudica a planta. Em locais que
possuem ventos constantes, os quebra-
ventos podem economizar até 35 % de
água de irrigação.
Outra dica valiosa é manter
cobertura morta no solo, fazendo plantio
direto, pois o mesmo evita perdas de
água por evaporação, conforme imagens
na seqüência.
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Irrigação

  • 1. BOLETIM TÉCNICO nº 04 IS MAS IRRIG NS TE DE AÇÃO RACIO AIS
  • 2. Esta obra é licenciada sob termos de direito autoral livre, licença "Creative Commons" Attribution-Noncommercial-Share Alike 2.5 Brazil. Isto significa que: Você pode usar, reproduzir e criar novos materais a partir deste gratuitamente, com as seguintes condições: - Citar os créditos autorais da página seguinte. - É vedada a venda do material sem prévia autorização dos autores. - Para criar uma obra derivada você precisa disponibilizar o novo material sobre as mesmas condições, garantindo que este conhecimento continue livre. Para saber mais sobre o projeto “Creative Commons”, visite a página eletrônica: Se você deseja arquivos para impressão gráfica entre em contato conosco pelo e-mail www.creativecommons.org.br iguatu2@gmail.com
  • 3. EXPEDIENTE ELABORAÇÃO CAPA FOTOS REVISÃO DIAGRAMAÇÃO DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA AOPA - Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia CCA/MST - PR - Cooperativa CentraL de Reforma Agrária do Paraná COOPERAFLORESTA - Associação dos Agricultores Agroflorestais de Adrianópolis e Barra do Turvo FETRAF/SUL-Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul EMBRAPA FLORESTAS - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária UFPR - Universidade Federal do Paraná Paulo Henriquer Mayer AOPA - Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia Valdemar Arli www.iguatu.org.br Valdemar Arli Valdemar Arli
  • 4. SISTEMAS RACIONAIS DE IRRIGAÇÃO Área molhada pelo sistema de irrigação por gotejamento Este é o sistema que mais economiza água. A irrigação é um método de fornecer água às plantas de forma artificial para suprir a deficiência das mesmas em épocas de poucas chuvas ou de secas prolongadas. Há também plantas que necessitam de quantidades maiores de água, como a maioria das espécies de ciclo curto. É o caso de hortaliças folhosas, como a alfaces, almeirões, chicórias, agrião, entre outras. Em geral, as hortaliças folhosas apresentam mais de 80% de seu conteúdo de água. Outro fator importante é o fato de algumas plantas que cultivamos apresentarem necessidades maiores de água em períodos de florescimento, formação e enchimento de grão, como o arroz de sequeiro e o milho. Existem vários métodos de irrigação, mas nesta cartilha trataremos de alguns que foram utilizados no projeto Iguatú. Estes métodos foram escolhidos por serem eficientes, relativamente baratos, de fácil instalação e principalmente por serem poupadores de água, recurso cada vez mais escasso no planeta. Captação da água A água para irrigação deve ser limpa, potável e procedente de fontes protegidas com mata ciliar ou ainda de cisternas que captam água da chuva. O depósito de água deve ser suficientemente grande para atender um período de rega de um dia pelo menos. Ele deve ser isolado de tal forma que não permita a circulação de animais, como o gado bovino, suínos, aves domésticas e roedores que podem contaminar a água. Os sistemas de irrigação Indica-se neste boletim dois tipos de sistemas de irrigação: micro- aspersão e gotejamento com mangueiras especiais. Para micro-aspersão usamos bicos aspersores do tipo “Bailarina” e mangueiras perfuradas a “laser” (tripas de irrigação). Para gotejamento indicamos mangueiras perfuradas a “laser” com cotejo de 10 em 10 cm ou de 20 em 20 cm. Para o gotejamento é necessário um filtro especial que não permitirá o entupimento dos “furos da mangueira” com matéria orgânica, areias ou argila. Para aspersão não é necessário filtro, mas sim uma água bem limpa.
  • 5. A pressão requerida Para gotejamento a pressão requerida é de 10 mca (1 atmosfera), ou seja, 10 metros de coluna de água para 500 m de mangueira de gotejamento. Isso quer dizer que se temos o depósito de água a uma altura de 10 m acima do local onde queremos irrigar, poderemos ter, no máximo, 500 m de gotejamento em operação por turno de rega. Se precisamos molhar mais de 500 metros devemos fazer mais de um turno de rega, ou seja irrigar no máximo 500 m de linha por vez. A vazão desses sistemas de irrigação por gotejamento é de 5 litros de água por hora por metro, ou seja para 500 m de mangueira precisaremos de 2500 litros de água por hora. Devemos tomar o cuidado de usarmos mangueira condutoras que nos dêem no mínimo essa vazão. Uma boa dica é medir a vazão com um balde na entrada do local a ser irrigado A irrigação por gotejamento é indicada para plantas de bom valor comercial e que “não gostam” que suas folhas sejam molhadas, pois podem desenvolver doenças. Como exemplo podemos citar o tomate, pimentão, quiabo, berinjela, pepino, melão, abóboras e abobrinhas, vagem e frutíferas como parreira, pêssego, quiwi entre outras. Para a irrigação por aspersão sugere-se dois tipos de sistemas: tipo “bailarina” e as “tripas de irrigação”. O tipo “bailarina” é um sistema com pequenos aspersores. Nesse sistema é necessário no mínimo 20 mca ( 2 atmosferas) ou seja, 20 metros de coluna de água. Isso quer dizer que temos que ter o depósito de água no mínimo a 20 m de nível superior ao nível do local onde queremos irrigar. Os sistemas de irrigação tipo bailarina são montados conforme foto acima e são compostos de dois palanques de suporte que podem ser enterrados a cada 70 m de distância um do outro. Na parte superior desses palanques, estende-se e amarra-se um fio de arame 16mm ou 18mm (fio de cerca elétrica), bem esticado e nele fixamos com o mesmo arame uma mangueira preta com diâmetro nominal de ¾ de polegada.
  • 6. São possíveis outros sistemas de irrigação parecidos com estes descritos neste boletím. O sistema mais adequado sempre é aquele que mais economiza água e energia para funcionar. Para manter a mangueira erguida, pois o sistema é aério, então colocamos estacas de taquara bambu ou outro material a cada 7 m. A instalação dos bicos aspersores é feita furando a mangueira preta com prego 18X24 mm e os aspersores são “parafusados” (pois o órgão de fixação possui rosca) na parte superior da mangueira. Depois disso é só fazer a ligação da linha mestra que traz a água e irrigar a área. Esse sistema é indicado para hortaliças folhosas, e gramíneas em geral, como arroz e milho. Cada linha instalada tem a capacidade de molhar 10 m. de largura. O outro sistema de aspersão é o tipo que usa mangueiras denominadas “tripas de irrigação” que tem diversos furos feitos a laser e molham a área com um pequeno esguicho. Essas mangueiras são dispostas no chão e são conectadas a mangueira mestra que traz a água do depósito e também são indicados somente para hortaliças folhosas. Esse sistema custa um pouco mais caro que os sistemas anteriores e molham pouca área, somente um canteiro por linha instalada. Quando a propriedade não tiver uma fonte com altura manométrica suficiente para fazer a irrigação por gravidade, é necessário bombear a água de forma artificial. Para o gotejamento e irrigação por aspersão indicamos usar uma bomba submersa com capacidade de vazão maior que 750 litros por hora. No mercado são encontradas facilmente motobombas com vazão de 800 e 900 litros por hora. Para sistemas de irrigação por aspersão que vai usar a “tripa de aspersão” é necessário motobombas com maior vazão, normalmente acima de 2500 L/h.
  • 7. Uma dica importante é a implantação de quebra-ventos vegetados para melhorarmos a eficiência da irrigação, pois o vento constante provoca muita evaporação da água do solo e também prejudica a planta. Em locais que possuem ventos constantes, os quebra- ventos podem economizar até 35 % de água de irrigação. Outra dica valiosa é manter cobertura morta no solo, fazendo plantio direto, pois o mesmo evita perdas de água por evaporação, conforme imagens na seqüência.
  • 8. Rua Monte Castelo, 940 - Tarumã - Curitiba, Paraná. CEP 82.530-200. Fone (041) 3363 7021 - aopa2@terra.com.br - www.aopa.com.br São jerônimo da Serra Imbaú Adrianópolis Barra do Turvo/SP Cerro Azul Rio Branco do Sul Itaperuçú Ponta Grossa Palmeira Lapa Guarapuava Cantagalo Irati Teixeira Soares Rebouças Rio Azul Bituruna São Mateus União da Vitória São João do Triunfo General Carneiro Campo Magro Área de atuação do Projeto Iguatu Realização Patrocínio