O Absolutismo foi um sistema político que, em geral, defendia o poder absoluto do monarca sobre o Estado e foi muito comum a partir do século XVI até meados do século XIX em diversas partes da Europa. Essa forma de governo estava diretamente ligada com o processo de formação dos Estados Nacionais (nações modernas) e com a ascensão da classe mercantil conhecida como burguesia, assim como se relacionava a uma série de outras transformações ocorridas na Europa desde a Baixa Idade Média.
O que precisa saber antes?
Feudalismo foi um modo de organização social, político e cultural baseado no regime de servidão, onde o trabalhador rural era o servo do grande proprietário de terras, o senhor feudal. O feudalismo predominou na Europa durante toda a Idade Média (entre os séculos V e XV).
O poder dos reis durante a Idade Média era considerado limitado em comparação com o período absolutista, pois havia muita fragmentação política e a influência do rei dependia de uma relação de vassalagem, na qual a troca de favores entre reis e nobres garantia o poder real.
As principais causas da crise do feudalismo foram:
Novos acordos comerciais impulsionados pelas Cruzadas. Com as expedições, a Europa voltou a se relacionar com o Oriente;
Desenvolvimento dos centros urbanos. No feudalismo houve o êxodo urbano (saída em direção ao campo), quando o sistema entrou em crise, ocorreu o movimento contrário, as pessoas saíram em direção às cidades.
A crise do feudalismo também foi causada pela emancipação dos servos, que compraram sua liberdade ou fugiam para trabalhar nas cidades.
Aumento da circulação de moedas.
Surgimento de novas classes sociais. Antes os senhores feudais tinham todo o prestígio, com a queda do sistema, o comércio passou a ser dominado pela burguesia, classe com alto poder econômico.
Expedições marítimas e descoberta de novas terras.
À medida que o Estado Nacional foi consolidando suas fronteiras e demandas e com o surgimento de uma forte classe mercantil, houve a necessidade de um representante que defendesse seus interesses e, assim, o poder passou a ser concentrado na figura do monarca. Diferentemente do que acontecia durante a Idade Média em que o poder do real não era unânime e, por isso, era necessário o auxílio dos nobres para composição do exército, por exemplo, no Absolutismo, o monarca controlava todo o poder na tomada de decisões da nação.
Assim, eram determinadas pelo rei a organização das leis, a criação dos impostos, a delimitação e implantação da justiça etc. Surgiu ainda, nesse período, a burocracia, toda uma estrutura de governo que era responsável pela execução do trabalho administrativo da nação, de forma a auxiliar o rei na administração do Estado recém-criado.
Com a delimitação das fronteiras nacionais, o Absolutismo contribuiu para a diminuição das diferenças culturas locais, ou seja, houve uma padronização. Assim, uma só moeda foi implantada e um só idioma foi escolhido para toda a nação.
4. O ESTADO
SOU EU
Elizabeth I – rainha da Inglaterra
e da Irlanda de 1558 a 1603.
Luís XIV – rei da França de
1643 a 1715. Pintura de
Hyacinthe Rigaud
Luís XVI – rei da França de
1774 até 1789
6. Entalhe de uma porta em Versalhes com o
símbolo do “Rei Sol” – Luís XIV.
Fonte: arquivo pessoal
Foto do quarto do rei, onde está exposta a
Pintura de Hyacinthe Rigaud – Retrato do Rei
Luís XIV
Fonte: arquivo pessoal
7.
8.
9. ● Até o século XIII na Europa, não havia talheres e pratos individualizados na
hora da janta. Dessa maneira totalmente anti-higiênica, era comum cuspir na
cara de outra pessoa e se sujar. Mas Luís XIV acabou com isso: surgiram os
talheres, pratos, guardanapos para cada indivíduo e a etiqueta explicitava
como todos deveriam se comportar.
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LUÍS XIV, O REI SOL
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Notas do Editor
O Absolutismo foi um sistema político que, em geral, defendia o poder absoluto do monarca sobre o Estado e foi muito comum a partir do século XVI até meados do século XIX em diversas partes da Europa. Essa forma de governo estava diretamente ligada com o processo de formação dos Estados Nacionais (nações modernas) e com a ascensão da classe mercantil conhecida como burguesia, assim como se relacionava a uma série de outras transformações ocorridas na Europa desde a Baixa Idade Média.
Feudalismo foi um modo de organização social, político e cultural baseado no regime de servidão, onde o trabalhador rural era o servo do grande proprietário de terras, o senhor feudal. O feudalismo predominou na Europa durante toda a Idade Média (entre os séculos V e XV).
O poder dos reis durante a Idade Média era considerado limitado em comparação com o período absolutista, pois havia muita fragmentação política e a influência do rei dependia de uma relação de vassalagem, na qual a troca de favores entre reis e nobres garantia o poder real.
As principais causas da crise do feudalismo foram:
Novos acordos comerciais impulsionados pelas Cruzadas. Com as expedições, a Europa voltou a se relacionar com o Oriente;
Desenvolvimento dos centros urbanos. No feudalismo houve o êxodo urbano (saída em direção ao campo), quando o sistema entrou em crise, ocorreu o movimento contrário, as pessoas saíram em direção às cidades.
A crise do feudalismo também foi causada pela emancipação dos servos, que compraram sua liberdade ou fugiam para trabalhar nas cidades.
Aumento da circulação de moedas.
Surgimento de novas classes sociais. Antes os senhores feudais tinham todo o prestígio, com a queda do sistema, o comércio passou a ser dominado pela burguesia, classe com alto poder econômico.
Expedições marítimas e descoberta de novas terras.
À medida que as nações modernas estruturavam-se, principalmente Inglaterra, França e Espanha, e que o comércio ressurgia na Europa, uma nova classe social emergia com grande poderio econômico: a burguesia. Para a burguesia, a fragmentação política e econômica existente desde a Idade Média não era interessante, pois afetava seus negócios, principalmente por causa das diferenças de moeda e impostos existentes de uma província para outra (mesmo em províncias do mesmo reino, havia essas diferenças de moeda e impostos).
A nobreza, por sua vez, via com bons olhos a concentração do poder na figura do monarca como forma de garantir o controle das terras que possuía. Assim, a concentração do poder nas mãos do rei era uma demanda da burguesia em ascensão e também da nobreza.
Com o poder concentrado no rei, cabia a ele a criação de impostos, determinação e imposição das leis, garantir a segurança do reino, sufocar rebeliões e revoltas e impedir invasões e ataques estrangeiros. Para que isso acontecesse de forma eficiente, foi criada toda uma estrutura administrativa para auxiliar os reis em suas várias obrigações. Com a formação dos Estados Nacionais – as nações –, o rei determinava a imposição de moeda e idioma único para toda a nação, eliminando as diferenças que restringiam a atuação da crescente classe mercantil.
Como a economia das nações cresceu e fortaleceu-se, foi necessário garantir a proteção da produção nacional. Assim, foram criados impostos alfandegários, ou seja, impostos para produtos que eram produzidos em outros países. Com o poder concentrado em suas mãos e o crescimento da arrecadação, já que inúmeros impostos foram criados, o rei pôde formar um exército especializado e permanente para defender o reino.
À medida que o Estado Nacional foi consolidando suas fronteiras e demandas e com o surgimento de uma forte classe mercantil, houve a necessidade de um representante que defendesse seus interesses e, assim, o poder passou a ser concentrado na figura do monarca. Diferentemente do que acontecia durante a Idade Média em que o poder do real não era unânime e, por isso, era necessário o auxílio dos nobres para composição do exército, por exemplo, no Absolutismo, o monarca controlava todo o poder na tomada de decisões da nação.
Assim, eram determinadas pelo rei a organização das leis, a criação dos impostos, a delimitação e implantação da justiça etc. Surgiu ainda, nesse período, a burocracia, toda uma estrutura de governo que era responsável pela execução do trabalho administrativo da nação, de forma a auxiliar o rei na administração do Estado recém-criado.
Com a delimitação das fronteiras nacionais, o Absolutismo contribuiu para a diminuição das diferenças culturas locais, ou seja, houve uma padronização. Assim, uma só moeda foi implantada e um só idioma foi escolhido para toda a nação. Com o fortalecimento do comércio, foi criada uma série de impostos para a sua regulação, além de impostos alfandegários para a defesa da economia interna.
A partir desses impostos, o rei pôde montar um exército permanente que ficava a seu serviço na defesa interna, em casos de rebeliões, e na defesa externa, em casos de conflitos. Além disso, do ponto de vista religioso, o poder real foi visto como uma escolha direta de Deus, portanto, indiscutível.
O Absolutismo não possuía, entretanto, características homogêneas e apresentava também suas particularidades em diferentes locais. Dessa forma, destacaram-se três modelos desse sistema político: o francês, o inglês e o espanhol. O rei francês Luís XIV foi o melhor exemplo de aplicação do poder Absolutismo.
Principais monarcas absolutistas
Alguns países da Europa passaram pelo regime absolutista, mas os principais reinos absolutistas foram França, Espanha e Inglaterra. Os principais monarcas do regime absolutista foram:
• Elizabeth I – rainha da Inglaterra e da Irlanda de 1558 a 1603.
• Fernando de Aragão e Isabel de Castela – reis da Espanha durante o século XVI.
• Luís XIII – rei da França entre 1610 e 1643.
• Luís XIV – rei da França de 1643 a 1715.
• Henrique VIII – rei da Inglaterra no século XVII.
• D. João V – rei de Portugal entre 1707 e 1750.
• Luís XV – rei da França entre os anos de 1715 até 1774.
• Luís XVI – rei da França de 1774 até 1789.
• Fernando VII – rei da Espanha entre os anos de 1808 até 1833.
• Nicolau II – rei da Rússia de 1894 a 1917.
Versalhes é um dos maiores símbolos do absolutismo.
Considera-se que a construção do Palácio de Versalhes iniciou-se por ordem do rei Luís XIV, o mais poderoso rei francês do período absolutista. Os franceses chamam o palácio de Château de Versailles, que, em uma tradução literal, significa Castelo de Versalhes. No entanto, é importante esclarecer que, na França do período da Renascença, a palavra “château” era utilizada para referir-se a palácios que se localizavam nas zonas rurais. Para os palácios construídos nos centros urbanos, a palavra usada era “palais”.
O Palácio de Versalhes surgiu como uma residência rural para caça usada por Luís XIII, rei da França, entre 1610 e 1643. Tudo começou quando Luís XIII foi para a região de Versalhes, localizada nos arredores de Paris, para caçar nas florestas. Com o tempo, Luís XIII afeiçoou-se pelo local e ordenou, em 1623, a construção de uma pequena casa de campo.
Pouco tempo depois, em 1631, foi ordenada por Luís XIII a reconstrução da casa de campo. Essa obra foi iniciada em 1631 e concluída em 1634. Essa reforma feita resultou no desenvolvimento da base do que é o palácio atualmente. Assim, o que era apenas uma casa de campo transformou-se em um pequeno palácio.
A história do Palácio de Versalhes transformou-se radicalmente quando Luís XIV foi coroado rei da França. Luís XIV governou a França de 1643 a 1715. O Rei Sol, como si autodenominou, foi a personificação do poder dos monarcas absolutistas e esbanjou um estilo de vida extremamente luxuoso, do qual a construção do Palácio de Versalhes é um símbolo.
O Palácio de Versalhes surgiu como uma residência rural para caça usada por Luís XIII, rei da França, entre 1610 e 1643. Tudo começou quando Luís XIII foi para a região de Versalhes, localizada nos arredores de Paris, para caçar nas florestas. Com o tempo, Luís XIII afeiçoou-se pelo local e ordenou, em 1623, a construção de uma pequena casa de campo.
Pouco tempo depois, em 1631, foi ordenada por Luís XIII a reconstrução da casa de campo. Essa obra foi iniciada em 1631 e concluída em 1634. Essa reforma feita resultou no desenvolvimento da base do que é o palácio atualmente. Assim, o que era apenas uma casa de campo transformou-se em um pequeno palácio.
A história do Palácio de Versalhes transformou-se radicalmente quando Luís XIV foi coroado rei da França. Luís XIV governou a França de 1643 a 1715. O Rei Sol, como si autodenominou, foi a personificação do poder dos monarcas absolutistas e esbanjou um estilo de vida extremamente luxuoso, do qual a construção do Palácio de Versalhes é um símbolo.
Luís XIV decidiu reformar o Palácio de Versalhes em 1661, logo após a morte de seu primeiro-ministro, o Cardeal Mazarin. A ideia de Luís era tornar o palácio maior e mais belo. Para isso, contratou o arquiteto Louis Le Vau para elaborar o projeto de expansão do palácio. Ao longo do reinado de Luís XIV, Versalhes transformou-se em um gigantesco e luxuoso palácio, tornando-se sede da administração da França e local de festas da nobreza e da corte francesa.
As obras de ampliação em Versalhes estenderam-se durante todo o reinado de Luís XIV e seguiram mesmo após sua morte. Foram construídos em Versalhes, durante o reinado de Luís XIV, locais como a Galeria dos Espelhos, o Grande Trianon, as alas norte e sul do palácio, a Capela Real, etc. Fora o palácio propriamente dito, há também a imensidão de jardins localizada nos fundos da mansão.
Para a elaborar o projeto de construção dos jardins, Luís XIV contratou André Le Nôtre. Essa construção arrastou-se por várias décadas e só foi finalizada durante o reinado de Luís XVI. Dois locais de destaque podem ser mencionados: o Laranjal e o Grande Canal.
Em 1682, Luís XIV decretou que o Palácio de Versalhes seria a sede da corte e do governo francês. Com isso, a aristocracia e o corpo administrativo da França abandonaram Paris e deslocaram-se para Versalhes. O Palácio de Versalhes permaneceu como sede da Coroa Francesa até 1789, quando o rei Luís XVI e sua esposa, Maria Antonieta, foram obrigados a mudar-se para Paris durante a Revolução Francesa.
Curiosidades sobre o Palácio de Versalhes
O Palácio de Versalhes é gigantesco, tanto o palácio em si quanto seus jardins. Sendo assim, destacamos algumas informações a respeito desse palácio:
Todo o complexo do palácio, incluindo os jardins, possui cerca de 67 mil m2.
Possui cerca de 60 mil peças relativas à história francesa.
Possui cerca de 700 quartos, 2 mil janelas, 67 escadas e mais de mil lareiras.
Além das informações a respeito da estrutura física do palácio, podem também ser levantadas outras curiosidades, como:
A Galeria dos Espelhos foi construída entre 1678 e 1684 e possui, no total, 357 espelhos.