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INFEÇÕES DA PELE E DOS TECIDOS
MOLES
Universidade de Cabo verde
Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas - 3º ano - Saúde
Ano Académico 2011/2012
DOCENTE: João Moreno
DISCENTES :
Nadine Sousa
Rosemary Coronel
INTRODUÇÃO
 A pele íntegra é uma barreira anatómica eficaz
contra a infeção. A flora residente da pele é de
baixa virulência, estável e raramente condiciona
doença.
 Os principais causadores de infeção são os
microorganismos que colonizam ocasional e
transitoriamente a pele como: Staphylococcus
aureus, Streptococcus pyogenes, bactérias
entéricas Gram negativas e Cândida albicans.
 Algumas infeções da pele e tecidos moles são
superficiais e curam sem sequelas, outras são de
uma gravidade extrema.
CONCEITO
Os tecidos moles são todos aqueles
tecidos que interligam, apoiam ou
protegem outras estruturas e órgãos do
corpo humano, como músculos, tendões,
gordura, vasos sanguíneos e nervos. Por
infeções dos tecidos moles entende-se
as que afetam as estruturas
compreendidas entre a pele e o osso.
GRAVIDADE DAS INFEÇÕES
A gravidade das infeções da pele e
dos tecidos moles depende de fatores
inerentes à pessoa infetada,
nomeadamente do estado do sistema
imunitário, fatores da bactéria (como a
libertação de toxinas que poderão
causar complicações potencialmente
fatais) e o padrão de resistência aos
antibióticos.
SINAIS DE ALERTA
 Apresenta como sintomas intensos mais
comuns: mal-estar, febre e calafrios. O
tratamento imediato é fundamental em
todos os casos, até mesmo para evitar
complicações que muitas vezes só poderão
ser resolvidas dentro de um centro
cirúrgico. Ao menor sinal de dor, inchaço e
vermelhidão crescentes em uma área
delimitada da pele, deve-se procurar um
médico.
ATENÇÕES AS INFECOES
 Para que uma infeção ocorra, é preciso que
algum agente infecioso, como as bactérias,
penetrem por algum lugar. É o que chama-se
de porta de entrada da infeção.
 Deve-se tomar muita atenção em lesões
aparentemente inocentes, como micoses entre
os dedos, ferimentos, picadas de insetos,
lesões de catapora, bolhas rompidas, simples
dermatites, cicatrizes de cirurgias recentes ou
queimaduras, pois poderão ser uma porta de
entrada para que bactérias causem infeções de
maior gravidade.
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES DA PELE
 Dependendo do agente causal, alguns
casos localizados respondem bem aos
antibióticos tópicos.
 Casos mais graves podem precisar de
tratamento com antibióticos sistémicos.
 A higiene e a boa alimentação são fatores
essenciais para a prevenção de infeções.
OUTROS FATORES QUE
AUMENTAM O RISCO DE
INFEÇÕES
DIABETES
Observa-se uma maior ocorrência de
certas infeções em pacientes com
diabetes, pois estes têm uma certa
deficiência em seu sistema
imunológico quando comparados aos
não-diabéticos. Infeções de partes
moles são mais comuns no diabetes.
 A menor capacidade
de combate às
infeções aumenta os
riscos de disseminação
das mesmas.
 Em geral, vêm
acompanhados de
queda na resistência,
aumenta os riscos de
infeções e
disseminação das
mesmas.
Imunodeficiência
congênita ou
adquirida
Certos tipos de
cancro
PROBLEMAS DE CIRCULAÇÃO ARTERIAL
Dificultam a chegada de sangue pelas
artérias até as áreas mais distantes,
como pernas, tornozelos e pés. Com
pouca irrigação pelo sangue, as
células ficam mais frágeis e as células
de defesa também não conseguem
chegar em número suficiente no caso
de uma infeção.
PROBLEMAS DE CIRCULAÇÃO VENOSA
Dificultam o retorno de sangue pelas
veias das pernas, tornozelos e pés,
provocando inchaços nesses locais.
Como esses inchaços são resultado
de um acúmulo de líquido que não
consegue ser transportado de volta
pelo sangue, bactérias podem
começar a se multiplicar nesse líquido
e dar início a infeções.
DOENÇA CRÔNICA DOS RINS
Perda importante de anticorpos e
outras proteínas importantes para
a defesa do organismo pode
ocorrer quando os rins estão
seriamente acometidos.
PRINCIPAIS INFEÇÕES
ASSOCIADOS A PELE E
TECIDOS MOLES
IMPETIGO
 É uma infeção cutânea superficial, mais comum em
crianças, causada principalmente
pelo microorganismo Staphylococcus aureus e
Streptococcus.
 A infeção pode afetar qualquer segmento da pele.
 A face e as mãos são os locais mais comuns.
 Pode decorrer da contaminação de lesões ou
ferimentos preexistentes na pele, isto é, uma
infeção secundária.
 Dissemina-se por auto-inoculação, transmissão
direta e indireta, por toalhas ou roupas.
TIPOS DE IMPETIGO
IMPETIGO NÃO BOLHOSO OU SUPERFICIAL SIMPLES
 As lesões típicas começam na face, com
predomínio peri-orificial, ou nos membros
inferiores, em pele previamente
traumatizada,.
 Não dolorosa, prurido ocasional e sem
repercussão sistémica.
 Cura sem sequelas.
IMPETIGO BOLHOSO
 É exclusivamente causado por Staphylococcus
aureus.
 Inicia-se por uma bolha transparente, de parede
fina, flácida, não dolorosa, habitualmente de
diâmetro superior a 1cm, de conteúdo claro.
 Na criança mais velha as lesões localizam-se
preferencialmente nos membros; no recém-nascido
as áreas mais afetadas são o períneo, região peri-
umbilical e axilas.
ECTIMA
 É uma infeção que se inicia como o impetigo não
bolhoso, mas com uma evolução mais arrastada.
 Gradualmente a infeção torna-se mais profunda
evoluindo para uma crosta escura, seca, aderente,
com formação de escara de bordos elevados.
 O agente causal é Streptococcus pyogenes sendo
Staphylococcus aureus considerado um agente
secundário com uma ação sinérgica na
manutenção da infeção.
ERISIPELA
 A erisipela é uma celulite superficial, causada por
Streptococcus pyogenes, que envolve a camada
profunda da pele e a camada superficial do tecido
celular subcutâneo, com grande envolvimento
linfático.
 A área afetada apresenta-se edemaciada,
eritematosa, quente, de limites bem definidos,
bordos elevados, com aspeto de casca de laranja,
por vezes com vesículas, muito dolorosa.
FOLICULITE, FURÚNCULO E ANTRAZ
 Foliculite, furúnculo e antraz são um grupo de
infeções que têm em comum a sua origem nos
folículos pilosos com formação de abcessos, e cujo
agente etiológico é Staphylococcus aureus.
 As lesões de foliculite representam um abcesso de
um único folículo com reação tecidular mínima;
 Quando o processo é mais profundo com necrose
do folículo e tecidos adjacentes toma o nome de
furúnculo;
 O antraz resulta da coalescência de vários
furúnculos.
Foliculite por St. aureus
CELULITE
 Caracteriza-se por uma inflamação do tecido
celular subcutâneo, com ligeiro envolvimento da
derme, não atingindo a epiderme.
 A área afetada apresenta-se edemaciada,
eritematosa, quente, dolorosa e de limites mal
definidos.
 Os agentes etiológicos mais comuns são
Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus,
mais raramente Streptococcus pneumoniae.
CELULITE NECROTIZANTE
 Clinicamente semelhante à fascite necrotizante
mas a infeção é mais superficial
 Envolve pele e gordura subcutânea
 Geralmente aparece nas 24h após uma cirurgia
 A toxicidade não é tão grave como na miosite
necrotizante
 Não necessita de terapêutica cirúrgica extensa,
apenas de desbridamento
FASCITE NECROSANTE
 É uma infeção bacteriana do tecido celular
subcutâneo que se inicia na camada mais profunda
da fascia superficial, mas que rapidamente se
estende à epiderme.
 Inicia-se por febre alta, prostração, sensação de
doença, ar séptico, dor intensa, localizada, com
poucos sinais inflamatórios na fase inicial.
 O agente etiológico mais frequente é Streptococcus
pyogenes.
 Tem uma elevada morbilidade e mortalidade.
GANGRENA DE FOURNIER
 A Gangrena de Fournier é uma grave infeção
polimicrobiana que evolui com fascite necrotizante,
comprometendo principalmente as regiões genital,
perineal e perianal.
 Caracteriza-se por rápida evolução e pode
complicar com sepse, falência de múltiplos órgãos
e óbito.
 A base do tratamento é o diagnóstico precoce e o
desbridamento agressivo.
 Antibioticoterapia de amplo espectro,
oxigenoterapia hiperbárica e cuidados locais são
medidas complementares.
GANGRENA GASOSA
 É uma infeção bacteriana do músculo causada por
Clostridium perfringens em 90 a 95% dos casos.
 Tem geralmente uma origem endógena por
contaminação de feridas dos músculos por
anaeróbios do trato intestinal, mas pode surgir na
ausência de ferida, no decurso de bacteriemia.
 Clinicamente, o doente apresenta ar séptico, com
dor intensa localizada ao músculo afetado, que
inicialmente se apresenta edemaciado e pálido e
posteriormente violáceo, podendo aparecer bolhas
de conteúdo purpúrico.
PIOMIOSITE
 A piomiosite corresponde a um abcesso do
músculo-esquelético, habitualmente por focalização
bacteriana metastática no decurso da bacteriemia.
 O agente é habitualmente Staphylococcus aureus.
 É a chamada piomiosite tropical por ser mais
frequente nestas regiões.
ESTÁGIOS DA PIOMIOSITE
 1º Estágio invasivo – (entrada da bactéria no
músculo) início insidioso com dor profunda, com ou
sem febre. Há edema localizado, por vezes duro,
regra geral pouco ou não doloroso.
 2º Estágio purulento ou supurativo –
(desenvolvimento da coleção purulenta dentro do
músculo) Febre, arrepios, geralmente dor a nível
do músculo afetado, por vezes discreto eritema
cutâneo na região afetada.
 3º Estagio – (generalização da infeção) dor intensa
no local afetado, que se apresenta eritematoso, por
vezes com flutuação. Sinais sistémicos, febre alta,
por vezes choque.
ABCESSO
 O abcesso resulta de uma infeção local, por uma
bactéria, que dá origem à produção e formação de
pus.
 Pode se formar em diferentes regiões do
organismo (cérebro, osso, pele, músculo).
 Pode causar febre, calafrios, tremores e
vermelhidão e dor na área afetada.
 Ao nível da pele, os doentes apresentam sempre
inflamação local com dor, inchaço, calor e
vermelhidão, por vezes com drenagem espontânea
de pus e febre.
OUTRAS INFEÇÕES DOS TECIDOS
DOENÇA PILONIDAL
 A doença pilonidal é uma infeção recorrente
da pele, na maioria dos casos na região do
sulco inter-nadegueiro, acima do ânus.
 Fatores de risco da doença pilonidal
incluem-se o sedentarismo, as ocupações
que obrigam à permanência de períodos
longos em posição sentada, a prática de
atividades que possam traumatizar a
região, a obesidade, uma irritação ou lesão
anterior na mesma área e a falta de higiene.
ÚLCERAS DE PRESSÃO
 Resultam de pressão prolongada nos tecidos
moles sobre os ossos e consequente necrose
isquémica.
 O local mais frequente para o seu desenvolvimento
é na região sacra, calcâneo, nádegas, cotovelos e
tronco.
 Fatores que podem aumentar o risco para o
desenvolvimento da úlcera de pressão :
imobilidade, pressões prolongadas, fricção,
traumatismos, idade avançada, desnutrição,
incontinência urinária e fecal, infeção, deficiência
de vitamina, pressão arterial, humidade excessiva,
edema.
PÉ DIABÉTICO
 É uma série de alterações
anatomopatológicas e neurológicas
periféricas que ocorrem nos pés de
pessoas acometidas pelo diabetes mellitus.
 Essas alterações constituem-se de
neuropatia diabética, problemas
circulatórios, infeção e menor circulação
sanguínea no local.
INFEÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO
 Resulta da contaminação bacteriana
durante ou após um procedimento cirúrgico.
 A maioria das feridas cirúrgicas é
contaminada. A infeção raramente se
desenvolve se: a contaminação for mínima,
a lesão for pequena, houver boa perfusão e
oxigenação do tecido subcutâneo e não
houver espaço morto.
CONCLUSAO
 O diagnóstico atempado das infeções da pele e
tecidos moles é fundamental. Se bem que a
maioria corresponda a situações benignas, o seu
tratamento precoce, por vezes apenas local, pode
evitar a progressão para formas mais graves.
 Se a doença for grave, é importante o
conhecimento da bactéria implicada, para iniciar
um tratamento dirigido, assim como do padrão de
resistência aos antibióticos.
 A resistência aos antibióticos tem tido um aumento
crescente, sendo um dos fatores implicados o uso
excessivo e inadequado destes fármacos.
 A infeção de tecidos moles continua sendo um
desafio para a equipe de saúde.
 Esta infeção envolve uma ampla variedade de
processos que vão desde uma simples piodermite
até infeções profundas que podem comprometer
seriamente a vida.
 A melhor medida e a prevenção.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
 Humphrey IP. Cellulitis: Treatment &
Medication. In
Medscape. http://emedicine.medsca
pe.com/article/214222-treatment.
 Souza CS. Infecções de tecidos
moles - Erisipela. Celulite.
Síndromes infecciosas mediadas
por toxinas. Medicina, Ribeirão
Preto, 36: 351-356,abr./dez.2003.
 Anjos R, Bandeira T, Marques J G.
Formulário de Pediatria. 3ª Edição.
Lisboa: Esteve farma,
 2004.
 Cunha F, Anes I, Ó M L. Infecções
bacterianas da pele. In: Marques J
A M, Roque A M, eds.
 Temas de Pediatria, Volume II-
Patologia Infecciosa. 1ª Ed. Lisboa:
Monografia Beecham,
 Ectima. In Medical Encyclopedia:
 http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/
ency/imagepages/17161.htm
 Stevens D. L. Skin and Soft Tissue
infections. Infect Med, 2003,
20(10): 483-493
 http://www.medscape.com/viewartic
le/463780
 Veien N K. Infecções bacterianas
da pele. Lisboa : Leo
Pharmaceutical Products, 2001.
 http://www.google/wikipedia
 http://www.suapesquisa.com

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Infeções da Pele e Tecidos Moles: Causas, Sinais e Tratamentos

  • 1. INFEÇÕES DA PELE E DOS TECIDOS MOLES Universidade de Cabo verde Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas - 3º ano - Saúde Ano Académico 2011/2012 DOCENTE: João Moreno DISCENTES : Nadine Sousa Rosemary Coronel
  • 2. INTRODUÇÃO  A pele íntegra é uma barreira anatómica eficaz contra a infeção. A flora residente da pele é de baixa virulência, estável e raramente condiciona doença.  Os principais causadores de infeção são os microorganismos que colonizam ocasional e transitoriamente a pele como: Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, bactérias entéricas Gram negativas e Cândida albicans.  Algumas infeções da pele e tecidos moles são superficiais e curam sem sequelas, outras são de uma gravidade extrema.
  • 3. CONCEITO Os tecidos moles são todos aqueles tecidos que interligam, apoiam ou protegem outras estruturas e órgãos do corpo humano, como músculos, tendões, gordura, vasos sanguíneos e nervos. Por infeções dos tecidos moles entende-se as que afetam as estruturas compreendidas entre a pele e o osso.
  • 4. GRAVIDADE DAS INFEÇÕES A gravidade das infeções da pele e dos tecidos moles depende de fatores inerentes à pessoa infetada, nomeadamente do estado do sistema imunitário, fatores da bactéria (como a libertação de toxinas que poderão causar complicações potencialmente fatais) e o padrão de resistência aos antibióticos.
  • 5. SINAIS DE ALERTA  Apresenta como sintomas intensos mais comuns: mal-estar, febre e calafrios. O tratamento imediato é fundamental em todos os casos, até mesmo para evitar complicações que muitas vezes só poderão ser resolvidas dentro de um centro cirúrgico. Ao menor sinal de dor, inchaço e vermelhidão crescentes em uma área delimitada da pele, deve-se procurar um médico.
  • 6. ATENÇÕES AS INFECOES  Para que uma infeção ocorra, é preciso que algum agente infecioso, como as bactérias, penetrem por algum lugar. É o que chama-se de porta de entrada da infeção.  Deve-se tomar muita atenção em lesões aparentemente inocentes, como micoses entre os dedos, ferimentos, picadas de insetos, lesões de catapora, bolhas rompidas, simples dermatites, cicatrizes de cirurgias recentes ou queimaduras, pois poderão ser uma porta de entrada para que bactérias causem infeções de maior gravidade.
  • 7. TRATAMENTO DAS INFECÇÕES DA PELE  Dependendo do agente causal, alguns casos localizados respondem bem aos antibióticos tópicos.  Casos mais graves podem precisar de tratamento com antibióticos sistémicos.  A higiene e a boa alimentação são fatores essenciais para a prevenção de infeções.
  • 8. OUTROS FATORES QUE AUMENTAM O RISCO DE INFEÇÕES
  • 9. DIABETES Observa-se uma maior ocorrência de certas infeções em pacientes com diabetes, pois estes têm uma certa deficiência em seu sistema imunológico quando comparados aos não-diabéticos. Infeções de partes moles são mais comuns no diabetes.
  • 10.  A menor capacidade de combate às infeções aumenta os riscos de disseminação das mesmas.  Em geral, vêm acompanhados de queda na resistência, aumenta os riscos de infeções e disseminação das mesmas. Imunodeficiência congênita ou adquirida Certos tipos de cancro
  • 11. PROBLEMAS DE CIRCULAÇÃO ARTERIAL Dificultam a chegada de sangue pelas artérias até as áreas mais distantes, como pernas, tornozelos e pés. Com pouca irrigação pelo sangue, as células ficam mais frágeis e as células de defesa também não conseguem chegar em número suficiente no caso de uma infeção.
  • 12. PROBLEMAS DE CIRCULAÇÃO VENOSA Dificultam o retorno de sangue pelas veias das pernas, tornozelos e pés, provocando inchaços nesses locais. Como esses inchaços são resultado de um acúmulo de líquido que não consegue ser transportado de volta pelo sangue, bactérias podem começar a se multiplicar nesse líquido e dar início a infeções.
  • 13. DOENÇA CRÔNICA DOS RINS Perda importante de anticorpos e outras proteínas importantes para a defesa do organismo pode ocorrer quando os rins estão seriamente acometidos.
  • 14. PRINCIPAIS INFEÇÕES ASSOCIADOS A PELE E TECIDOS MOLES
  • 15. IMPETIGO  É uma infeção cutânea superficial, mais comum em crianças, causada principalmente pelo microorganismo Staphylococcus aureus e Streptococcus.  A infeção pode afetar qualquer segmento da pele.  A face e as mãos são os locais mais comuns.  Pode decorrer da contaminação de lesões ou ferimentos preexistentes na pele, isto é, uma infeção secundária.  Dissemina-se por auto-inoculação, transmissão direta e indireta, por toalhas ou roupas.
  • 16.
  • 18. IMPETIGO NÃO BOLHOSO OU SUPERFICIAL SIMPLES  As lesões típicas começam na face, com predomínio peri-orificial, ou nos membros inferiores, em pele previamente traumatizada,.  Não dolorosa, prurido ocasional e sem repercussão sistémica.  Cura sem sequelas.
  • 19.
  • 20. IMPETIGO BOLHOSO  É exclusivamente causado por Staphylococcus aureus.  Inicia-se por uma bolha transparente, de parede fina, flácida, não dolorosa, habitualmente de diâmetro superior a 1cm, de conteúdo claro.  Na criança mais velha as lesões localizam-se preferencialmente nos membros; no recém-nascido as áreas mais afetadas são o períneo, região peri- umbilical e axilas.
  • 21.
  • 22. ECTIMA  É uma infeção que se inicia como o impetigo não bolhoso, mas com uma evolução mais arrastada.  Gradualmente a infeção torna-se mais profunda evoluindo para uma crosta escura, seca, aderente, com formação de escara de bordos elevados.  O agente causal é Streptococcus pyogenes sendo Staphylococcus aureus considerado um agente secundário com uma ação sinérgica na manutenção da infeção.
  • 23.
  • 24. ERISIPELA  A erisipela é uma celulite superficial, causada por Streptococcus pyogenes, que envolve a camada profunda da pele e a camada superficial do tecido celular subcutâneo, com grande envolvimento linfático.  A área afetada apresenta-se edemaciada, eritematosa, quente, de limites bem definidos, bordos elevados, com aspeto de casca de laranja, por vezes com vesículas, muito dolorosa.
  • 25.
  • 26. FOLICULITE, FURÚNCULO E ANTRAZ  Foliculite, furúnculo e antraz são um grupo de infeções que têm em comum a sua origem nos folículos pilosos com formação de abcessos, e cujo agente etiológico é Staphylococcus aureus.  As lesões de foliculite representam um abcesso de um único folículo com reação tecidular mínima;  Quando o processo é mais profundo com necrose do folículo e tecidos adjacentes toma o nome de furúnculo;  O antraz resulta da coalescência de vários furúnculos.
  • 28. CELULITE  Caracteriza-se por uma inflamação do tecido celular subcutâneo, com ligeiro envolvimento da derme, não atingindo a epiderme.  A área afetada apresenta-se edemaciada, eritematosa, quente, dolorosa e de limites mal definidos.  Os agentes etiológicos mais comuns são Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus, mais raramente Streptococcus pneumoniae.
  • 29.
  • 30. CELULITE NECROTIZANTE  Clinicamente semelhante à fascite necrotizante mas a infeção é mais superficial  Envolve pele e gordura subcutânea  Geralmente aparece nas 24h após uma cirurgia  A toxicidade não é tão grave como na miosite necrotizante  Não necessita de terapêutica cirúrgica extensa, apenas de desbridamento
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  • 32. FASCITE NECROSANTE  É uma infeção bacteriana do tecido celular subcutâneo que se inicia na camada mais profunda da fascia superficial, mas que rapidamente se estende à epiderme.  Inicia-se por febre alta, prostração, sensação de doença, ar séptico, dor intensa, localizada, com poucos sinais inflamatórios na fase inicial.  O agente etiológico mais frequente é Streptococcus pyogenes.  Tem uma elevada morbilidade e mortalidade.
  • 33.
  • 34. GANGRENA DE FOURNIER  A Gangrena de Fournier é uma grave infeção polimicrobiana que evolui com fascite necrotizante, comprometendo principalmente as regiões genital, perineal e perianal.  Caracteriza-se por rápida evolução e pode complicar com sepse, falência de múltiplos órgãos e óbito.  A base do tratamento é o diagnóstico precoce e o desbridamento agressivo.  Antibioticoterapia de amplo espectro, oxigenoterapia hiperbárica e cuidados locais são medidas complementares.
  • 35.
  • 36. GANGRENA GASOSA  É uma infeção bacteriana do músculo causada por Clostridium perfringens em 90 a 95% dos casos.  Tem geralmente uma origem endógena por contaminação de feridas dos músculos por anaeróbios do trato intestinal, mas pode surgir na ausência de ferida, no decurso de bacteriemia.  Clinicamente, o doente apresenta ar séptico, com dor intensa localizada ao músculo afetado, que inicialmente se apresenta edemaciado e pálido e posteriormente violáceo, podendo aparecer bolhas de conteúdo purpúrico.
  • 37.
  • 38. PIOMIOSITE  A piomiosite corresponde a um abcesso do músculo-esquelético, habitualmente por focalização bacteriana metastática no decurso da bacteriemia.  O agente é habitualmente Staphylococcus aureus.  É a chamada piomiosite tropical por ser mais frequente nestas regiões.
  • 39. ESTÁGIOS DA PIOMIOSITE  1º Estágio invasivo – (entrada da bactéria no músculo) início insidioso com dor profunda, com ou sem febre. Há edema localizado, por vezes duro, regra geral pouco ou não doloroso.  2º Estágio purulento ou supurativo – (desenvolvimento da coleção purulenta dentro do músculo) Febre, arrepios, geralmente dor a nível do músculo afetado, por vezes discreto eritema cutâneo na região afetada.  3º Estagio – (generalização da infeção) dor intensa no local afetado, que se apresenta eritematoso, por vezes com flutuação. Sinais sistémicos, febre alta, por vezes choque.
  • 40.
  • 41. ABCESSO  O abcesso resulta de uma infeção local, por uma bactéria, que dá origem à produção e formação de pus.  Pode se formar em diferentes regiões do organismo (cérebro, osso, pele, músculo).  Pode causar febre, calafrios, tremores e vermelhidão e dor na área afetada.  Ao nível da pele, os doentes apresentam sempre inflamação local com dor, inchaço, calor e vermelhidão, por vezes com drenagem espontânea de pus e febre.
  • 42.
  • 44. DOENÇA PILONIDAL  A doença pilonidal é uma infeção recorrente da pele, na maioria dos casos na região do sulco inter-nadegueiro, acima do ânus.  Fatores de risco da doença pilonidal incluem-se o sedentarismo, as ocupações que obrigam à permanência de períodos longos em posição sentada, a prática de atividades que possam traumatizar a região, a obesidade, uma irritação ou lesão anterior na mesma área e a falta de higiene.
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  • 46. ÚLCERAS DE PRESSÃO  Resultam de pressão prolongada nos tecidos moles sobre os ossos e consequente necrose isquémica.  O local mais frequente para o seu desenvolvimento é na região sacra, calcâneo, nádegas, cotovelos e tronco.  Fatores que podem aumentar o risco para o desenvolvimento da úlcera de pressão : imobilidade, pressões prolongadas, fricção, traumatismos, idade avançada, desnutrição, incontinência urinária e fecal, infeção, deficiência de vitamina, pressão arterial, humidade excessiva, edema.
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  • 48. PÉ DIABÉTICO  É uma série de alterações anatomopatológicas e neurológicas periféricas que ocorrem nos pés de pessoas acometidas pelo diabetes mellitus.  Essas alterações constituem-se de neuropatia diabética, problemas circulatórios, infeção e menor circulação sanguínea no local.
  • 49.
  • 50. INFEÇÃO DO LOCAL CIRÚRGICO  Resulta da contaminação bacteriana durante ou após um procedimento cirúrgico.  A maioria das feridas cirúrgicas é contaminada. A infeção raramente se desenvolve se: a contaminação for mínima, a lesão for pequena, houver boa perfusão e oxigenação do tecido subcutâneo e não houver espaço morto.
  • 51. CONCLUSAO  O diagnóstico atempado das infeções da pele e tecidos moles é fundamental. Se bem que a maioria corresponda a situações benignas, o seu tratamento precoce, por vezes apenas local, pode evitar a progressão para formas mais graves.  Se a doença for grave, é importante o conhecimento da bactéria implicada, para iniciar um tratamento dirigido, assim como do padrão de resistência aos antibióticos.
  • 52.  A resistência aos antibióticos tem tido um aumento crescente, sendo um dos fatores implicados o uso excessivo e inadequado destes fármacos.  A infeção de tecidos moles continua sendo um desafio para a equipe de saúde.  Esta infeção envolve uma ampla variedade de processos que vão desde uma simples piodermite até infeções profundas que podem comprometer seriamente a vida.  A melhor medida e a prevenção.
  • 53. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS  Humphrey IP. Cellulitis: Treatment & Medication. In Medscape. http://emedicine.medsca pe.com/article/214222-treatment.  Souza CS. Infecções de tecidos moles - Erisipela. Celulite. Síndromes infecciosas mediadas por toxinas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 351-356,abr./dez.2003.  Anjos R, Bandeira T, Marques J G. Formulário de Pediatria. 3ª Edição. Lisboa: Esteve farma,  2004.  Cunha F, Anes I, Ó M L. Infecções bacterianas da pele. In: Marques J A M, Roque A M, eds.  Temas de Pediatria, Volume II- Patologia Infecciosa. 1ª Ed. Lisboa: Monografia Beecham,  Ectima. In Medical Encyclopedia:  http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ ency/imagepages/17161.htm  Stevens D. L. Skin and Soft Tissue infections. Infect Med, 2003, 20(10): 483-493  http://www.medscape.com/viewartic le/463780  Veien N K. Infecções bacterianas da pele. Lisboa : Leo Pharmaceutical Products, 2001.  http://www.google/wikipedia  http://www.suapesquisa.com

Notas do Editor

  1. A aplicação de antibióticos na região afetada, utilizando-se cremes e loções a base de eritromicina e ácido fusídico pode ser bastante eficaz. Eles atuam matando as bactérias - notadamente, P. acnes - que se alojam no orifício do folículo piloso. Há também antibióticos orais, que são utilizados em casos mais graves e têm efeito melhor.