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INTRODUÇÃO
As infecções no período neonatal são responsáveis por um índice bastante
significativo de mortalidade e morbidade neonatais, em torno de 15 a 45%, na maioria
dos países, podendo aumentar naqueles em que as assistências pré-natal e neonatal
sejam ineficientes
(TAMEZ, 2017).
Sistema imunológico do recém-nascido
• No recém-nascido, a defesa contra infecções depende de dois
mecanismos: os inespecíficos celulares e os imunológicos específicos
celulares.
• 1- Mecanismos inespecíficos celulares
 Barreiras físicas (pele e mucosa)
 Barreiras químicas (enzimas digestivas, ácidos graxos, bacteriostáticos da
pele)
 Células fagocíticas
 Sistema de complemento.
• Mecanismos imunológicos específicos celulares
• Esses mecanismos são adquiridos de maneira passiva através
da placenta e, em maior intensidade, a partir da 32a semana de
gestação, incluindo:
• Linfócitos T, que produzem a citocina (complexos proteicos responsáveis
pelo sistema imunológico)
• Linfócitos B, que produzem imunoglobulinas e lactoferrina proteica C
reativa, possibilitando resposta rápida e agressiva aos antígenos
bacterianos.
SISTEMA IMUNOLÓGICO E SUSCETIBILIDADE
• Barreiras naturais
• No período neonatal, a permeabilidade da pele é maior, e, quanto mais prematuro
for o recém-nascido, maior será a intensidade. Na UTI neonatal são realizados
procedimentos e intervenções que, muitas vezes, rompem a frágil barreira protetora
da pele, cuja integridade é afetada pelo uso de esparadrapo e fita adesiva, soluções
abrasivas, eletrodos cardíacos, que aumentam a probabilidade de infecção.
Resposta inflamatória incompleta
• Nos recém-nascidos, o quadro de hipertermia tem pouco valor
como indicativo de infecção. O recém-nascido geralmente
responde ao processo inflamatório com uma elevação nos
níveis de alfa- e betaglobulinas no plasma, com aumento da
proteína C reativa (PCR) e de formas imaturas de leucócitos.
Função fagocitária de neutrófilos diminuída
• A capacidade de migrar para o foco inflamatório fica comprometida
principalmente no recém-nascido enfermo e prematuro.
• Os neutrófilos, após fagocitarem a bactéria, desencadeiam a formação
de radicais tóxicos de oxigênio com a função de lesionar a bactéria.
• Nos recém-nascidos, os monócitos têm capacidade fagocitária
diminuída para os Streptococci do grupo B e atividade menor para
morte intracelular no caso do Staphylococcus aureus e
do Streptococcus do grupo B.
Opsoninas e fibronectina
• No recém-nascido, as opsoninas e a fibronectina atuam no
processo de fagocitose, mas mostram-se reduzidas,
principalmente nos prematuros. A desnutrição e a septicemia
diminuem sensivelmente o valor de fibronectina no soro.
ANTICORPOS
• Os anticorpos têm a função de reconhecer os antígenos bacterianos e neutralizar as
substâncias estranhas, permitindo que se tornem suscetíveis à fagocitose.
• IgG: A partir da 34° semana (maior risco de infecção RN <34 semanas)
• IgM: não atravessam a barreira placentária e participam da defesa contra as bactérias
gram-negativas. Essa imunoglobulina no sangue do cordão umbilical pode indicar
infecção fetal ou imunização ativa materna
• IgA: sintetizados intraútero e fornecidos pelo leite materno
INFECÇÕES NEONATAIS
O processo infeccioso pode instalar se no período pré, intra, e pós natal. Os microrganismos
responsáveis pela infecção neonatal têm variado ao longo dos anos, provavelmente devido
ao uso indiscriminado de antibióticos, que leva a resistência de certos tipos de bactérias aos
antibióticos disponíveis. Atualmente as bactérias mais frequentes são os Streptococcus beta-
hemoliticos e E. coli, são responsáveis por 70% das septicemias na população neonatal.
FATORES CONTRIBUINTES:
• Ruptura prematura de membrana antes de inicias o trabalho de parto.
• Ruptura prolongada da membrana (< 24h)
• Partos prolongados pois leva ao stress
• Partos pré termos
• Colonização materna com streptococos grupo B
• Hipertermia materna
• Asfixia perinatal
• Hospitalização prolongada
• Uso indiscriminado de antibióticos
• Ventilação prolongada
• Alteração da integridade da parede
Intestinal
• Baixo peso ao nascer
• Espaço inadequado entre os leitos
• Falta de material
• Falta de treinamento da equipe
assistencial
TRANSMISSÃO
A infecção é transmitida quando um hospedeiro suscetível entra em contato com o
microrganismo patogênico; esse ao se proliferar, ultrapassa as defesas do hospedeiro,
resultando em infecções.
• Transmissão placentária: citomegalovírus, sarampo, toxoplasmose, sífilis, rubéola,
hepatite B, herpes simples,
• Transmissão transmniótica: ruptura precoce das membranas amnióticas.
• Infecção hospitalar: adquire da mãe, do ambiente hospitalar, ou da equipe em contato
com ele.
QUADRO CLÍNICO
• Sistema respiratório: retrações, gemido expiratório, cianose, taquipneia, apneia,
respiração irregular e aumento da necessidade de oxigênio
• Controle térmico: instabilidade térmica, sendo hipotermia a mais comum; hipertermia,
apesar de não ser comum, pode ocorrer
• Trato gastrintestinal: distensão abdominal, sangue oculto nas fezes, diarreia ou
diminuição das evacuações, vômitos, intolerância alimentar, resíduos gástricos biliosos,
descoloração da parede abdominal ou hiperemia
• Atividade do sistema nervoso central: irritabilidade, letargia, hipo- ou hipertonia,
tremores, convulsões, fontanelas cheias ou abauladas
QUADRO CLÍNICO
• Pele: pele mosqueada, petéquias ou púrpura, vesículas, pústulas
• Sistema circulatório: diminuição da perfusão periférica, mudança da
coloração da pele (mosqueada, cianose, palidez), edema generalizado,
hipotensão arterial (em decorrência do edema intersticial), acidose
metabólica (como consequência da má perfusão sanguínea), taquicardia
(para compensar a má perfusão decorrente da hipotensão)
• Outros: icterícia; distúrbios metabólicos.
DIAGNÓSTICO
Para facilitar o diagnóstico, foi criada uma escala de avaliação de septicemia
em neonatos. Essa escala está dividida em duas partes: os achados laboratoriais e os
achados clínicos.
Laboratoriais + clínicos= valor máximo de 55 pontos
Indicadores clínicos apenas= valor máximo de 35 pontos
• Exames bacteriológicos
• Radiografias de tórax
• Exame do líquido cefalorraquidiano
Obs.: Um escore total acima de 10
pontos é considerado indício de
sepse.
TRATAMENTO
• Antibióticos e antivirais: a base de penicilina e aminoglossideos.
• Na sepse precoce, (<72h de nascidos) ou sepse tardia(<72h de nascido),os antibióticos
de escolha seriam ampicilina e cefalosporina de terceira geração.
• Se houver uma septicemia, é recomendado por 7 a 10 dias, e no caso de meningite de 14
a 21 dias, no caso de infecções fúngica sistêmica recomenda a utilização da anfotericina
B período de 4° – 6° semana
• Transfusões: imonoglubina, e concentrado de plaquetas
• Isolamento: infecções nasocomiais, ocorrem após internação conseqüência de uma
disseminação por meio de microorganismo patogênico: transmitido por três vias
principais: por meio de contato, gotículas e ar
• Precauções padronizadas
Todos os profissionais envolvidos nos cuidados de recém-nascidos de alto risco
têm a grande responsabilidade de prevenir a transmissão de infecção na UTI neonatal.
PROFILAXIA DE INFECÇÃO NEONATAL ADQUIRIDA DURANTE A
GRAVIDEZ
Um dos meios de controlar a infecção neonatal congênita é a realização de um
controle pré-natal adequado, com tratamento das gestantes que apresentem quadro
infeccioso agudo ou crônico.
MÉTODOS PROFILÁTICOS
PROFILAXIA DE INFECÇÕES HOSPITALARES ADQUIRIDAS (INFECÇÕES
NOSOCOMIAIS)
As infecções adquiridas no hospital são contraídas enquanto o paciente está
internado e apresentam incidência de 5 a 25% nas UTIs neonatais.
• Todos que entrem na área de cuidados dos pacientes na UTI neonatal devem lavar as
mãos e os antebraços com sabão antisséptico por 3 minutos, removendo primeiramente
anéis, pulseiras e relógio
• Antes e depois de manusear o paciente, lavar as mãos por aproximadamente 30
segundos
• Antes de qualquer procedimento como preparo de medicações, sondagens, alimentação
enteral, e antes de auxiliar em procedimentos médicos como cateterismo umbilical,
intubação endotraqueal
LAVAGEM DAS MÃOS
VISITAS/FUNCIONÁRIOS
• Limitar e controlar a circulação de visitas e de pessoal que não trabalhe na unidade
• Funcionários e visitas que se encontrem enfermos com algum quadro infeccioso não
deverão entrar na UTI neonatal nem prestar cuidados aos pacientes
• A visita de irmãos dos pacientes pode ser permitida quando > 3 anos de idade, com as
vacinações em dia, e sem sintomas de processo infeccioso
USO DE INDUMENTÁRIA
• Recomenda-se que os funcionários usem uniforme de uso restrito à unidade; se houver
necessidade de sair da unidade, devem vestir um avental apropriado por cima do uniforme
• Ao manusear o neonato no colo para procedimentos como alimentação ou conforto, deve-
se usar um avental individual para o cuidado de cada paciente
• O uso de máscara, gorro e avental esterilizado deverá ser mantido nos procedimentos
como cateterismo umbilical, dissecção de veia, cateter percutâneo periférico, instalação da
diálise peritoneal, exsanguinotransfusão
CURATIVOS/TÉCNICAS
• Fazer o curativo umbilical com a troca de fraldas
• Troca de curativos: cirúrgicos com técnica asséptica (12-14 hs)
• Troca de curativo de Broviac e trocarte da dialíse peritoneal somente se for necessário
• Utilizar técnica asséptica na aspiração da cânula endotraqueal, punções venosas,
sondagens e
qualquer outro procedimento
invasivo
AMBIENTE/MATERIAL
• Uso de material individual para cada paciente
• Desinfecção do piso e de superfícies da unidade e do equipamento do paciente, com
solução desinfetante no mínimo a cada 24 horas
• Preparo e esterilização das mamadeiras e chupetas
• Seguir as normas de isolamento dos recém-nascidos infectados
• Evitar comer ou beber dentro da UTI neonatal
TROCAS E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E APARELHO
• Troca dos circuitos de respirador e dos umidificadores (72hs)
• Troca do reanimador manual ou após a alta hospitalar (72hs)
• Incubadoras
• Troca do filtro da incubadora a cada 3 meses
• Troca dos frascos e conexões de aspiração endotraqueal (24 hs)
• Troca dos frascos de drenagem torácica (24 hs)
• Troca da sonda gástrica a cada 7 dias
• Troca de frasco e equipo de soro com nutrição parenteral (24 hs)
DESINFECÇÃO QUÍMICA
É realizado com o uso de soluções germicidas, como glutaraldeído a 2%,
compostos quaternários de amônia, fenol sintético, álcool a 70% e soluções de iodo a 0,5 a
1,0%.
ESTERILIZAÇÃO
• Métodos físicos
• Métodos químicos
• Métodos físico-químicos
O controle hidroeletrolítico e a prevenção da infecção neonatal devem ser
realizadas diariamente, visando melhora no quadro do paciente, propiciando meios para
tal e é indispensável dispor de uma equipe multiprofissional capacitada e treinada para
estar atenta a mudanças que podem interferir no cliente.
REFERÊNCIAS
• Araújo, Luciane de Almeida Enfermagem na prática materno-neonatal / Luciane de Almeida
Araújo, Adriana Teixeira Reis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
• Hansel, Donna E. Fundamentos de patologia / Donna E. Hansel, Renee Z. Dintzis ; [revisão
técnica João Lobato dos Santos; tradução Roxane Gomes dos Santos Jacobson]. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2007.
• Manual de neonatologia / editores John P. Cloherty, Eric C. Eichenwald, Ann R. Stark. - 7. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015
• Ricci, Susan Scott. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher / Susan Scott Ricci;
tradução Maiza Ritomy Ide. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
• ROCHA, Paulo Novis. Hiponatremia: conceitos básicos e abordagem prática. J. Bras.
Nefrol., São Paulo , v. 33, n. 2, p. 248-260, June 2011 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010128002011000200022&lng=en
&nrm=iso>. Acesso em: 03 Nov. 2017.
• Tamez, Raquel Nascimento, 1955. Enfermagem na UTI neonatal : assistência ao recém-nascido
de alto risco / Raquel Nascimento Tamez. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
• Tamez, Raquel Nascimento. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de
alto risco / Raquel Nascimento Tamez. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
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  • 1.
  • 2. INTRODUÇÃO As infecções no período neonatal são responsáveis por um índice bastante significativo de mortalidade e morbidade neonatais, em torno de 15 a 45%, na maioria dos países, podendo aumentar naqueles em que as assistências pré-natal e neonatal sejam ineficientes (TAMEZ, 2017).
  • 3. Sistema imunológico do recém-nascido • No recém-nascido, a defesa contra infecções depende de dois mecanismos: os inespecíficos celulares e os imunológicos específicos celulares. • 1- Mecanismos inespecíficos celulares  Barreiras físicas (pele e mucosa)  Barreiras químicas (enzimas digestivas, ácidos graxos, bacteriostáticos da pele)  Células fagocíticas  Sistema de complemento.
  • 4. • Mecanismos imunológicos específicos celulares • Esses mecanismos são adquiridos de maneira passiva através da placenta e, em maior intensidade, a partir da 32a semana de gestação, incluindo: • Linfócitos T, que produzem a citocina (complexos proteicos responsáveis pelo sistema imunológico) • Linfócitos B, que produzem imunoglobulinas e lactoferrina proteica C reativa, possibilitando resposta rápida e agressiva aos antígenos bacterianos.
  • 5. SISTEMA IMUNOLÓGICO E SUSCETIBILIDADE • Barreiras naturais • No período neonatal, a permeabilidade da pele é maior, e, quanto mais prematuro for o recém-nascido, maior será a intensidade. Na UTI neonatal são realizados procedimentos e intervenções que, muitas vezes, rompem a frágil barreira protetora da pele, cuja integridade é afetada pelo uso de esparadrapo e fita adesiva, soluções abrasivas, eletrodos cardíacos, que aumentam a probabilidade de infecção.
  • 6. Resposta inflamatória incompleta • Nos recém-nascidos, o quadro de hipertermia tem pouco valor como indicativo de infecção. O recém-nascido geralmente responde ao processo inflamatório com uma elevação nos níveis de alfa- e betaglobulinas no plasma, com aumento da proteína C reativa (PCR) e de formas imaturas de leucócitos.
  • 7. Função fagocitária de neutrófilos diminuída • A capacidade de migrar para o foco inflamatório fica comprometida principalmente no recém-nascido enfermo e prematuro. • Os neutrófilos, após fagocitarem a bactéria, desencadeiam a formação de radicais tóxicos de oxigênio com a função de lesionar a bactéria. • Nos recém-nascidos, os monócitos têm capacidade fagocitária diminuída para os Streptococci do grupo B e atividade menor para morte intracelular no caso do Staphylococcus aureus e do Streptococcus do grupo B.
  • 8. Opsoninas e fibronectina • No recém-nascido, as opsoninas e a fibronectina atuam no processo de fagocitose, mas mostram-se reduzidas, principalmente nos prematuros. A desnutrição e a septicemia diminuem sensivelmente o valor de fibronectina no soro.
  • 9. ANTICORPOS • Os anticorpos têm a função de reconhecer os antígenos bacterianos e neutralizar as substâncias estranhas, permitindo que se tornem suscetíveis à fagocitose. • IgG: A partir da 34° semana (maior risco de infecção RN <34 semanas) • IgM: não atravessam a barreira placentária e participam da defesa contra as bactérias gram-negativas. Essa imunoglobulina no sangue do cordão umbilical pode indicar infecção fetal ou imunização ativa materna • IgA: sintetizados intraútero e fornecidos pelo leite materno
  • 10. INFECÇÕES NEONATAIS O processo infeccioso pode instalar se no período pré, intra, e pós natal. Os microrganismos responsáveis pela infecção neonatal têm variado ao longo dos anos, provavelmente devido ao uso indiscriminado de antibióticos, que leva a resistência de certos tipos de bactérias aos antibióticos disponíveis. Atualmente as bactérias mais frequentes são os Streptococcus beta- hemoliticos e E. coli, são responsáveis por 70% das septicemias na população neonatal.
  • 11. FATORES CONTRIBUINTES: • Ruptura prematura de membrana antes de inicias o trabalho de parto. • Ruptura prolongada da membrana (< 24h) • Partos prolongados pois leva ao stress • Partos pré termos • Colonização materna com streptococos grupo B • Hipertermia materna • Asfixia perinatal • Hospitalização prolongada • Uso indiscriminado de antibióticos • Ventilação prolongada • Alteração da integridade da parede Intestinal • Baixo peso ao nascer • Espaço inadequado entre os leitos • Falta de material • Falta de treinamento da equipe assistencial
  • 12. TRANSMISSÃO A infecção é transmitida quando um hospedeiro suscetível entra em contato com o microrganismo patogênico; esse ao se proliferar, ultrapassa as defesas do hospedeiro, resultando em infecções. • Transmissão placentária: citomegalovírus, sarampo, toxoplasmose, sífilis, rubéola, hepatite B, herpes simples, • Transmissão transmniótica: ruptura precoce das membranas amnióticas. • Infecção hospitalar: adquire da mãe, do ambiente hospitalar, ou da equipe em contato com ele.
  • 13. QUADRO CLÍNICO • Sistema respiratório: retrações, gemido expiratório, cianose, taquipneia, apneia, respiração irregular e aumento da necessidade de oxigênio • Controle térmico: instabilidade térmica, sendo hipotermia a mais comum; hipertermia, apesar de não ser comum, pode ocorrer • Trato gastrintestinal: distensão abdominal, sangue oculto nas fezes, diarreia ou diminuição das evacuações, vômitos, intolerância alimentar, resíduos gástricos biliosos, descoloração da parede abdominal ou hiperemia • Atividade do sistema nervoso central: irritabilidade, letargia, hipo- ou hipertonia, tremores, convulsões, fontanelas cheias ou abauladas
  • 14. QUADRO CLÍNICO • Pele: pele mosqueada, petéquias ou púrpura, vesículas, pústulas • Sistema circulatório: diminuição da perfusão periférica, mudança da coloração da pele (mosqueada, cianose, palidez), edema generalizado, hipotensão arterial (em decorrência do edema intersticial), acidose metabólica (como consequência da má perfusão sanguínea), taquicardia (para compensar a má perfusão decorrente da hipotensão) • Outros: icterícia; distúrbios metabólicos.
  • 15. DIAGNÓSTICO Para facilitar o diagnóstico, foi criada uma escala de avaliação de septicemia em neonatos. Essa escala está dividida em duas partes: os achados laboratoriais e os achados clínicos. Laboratoriais + clínicos= valor máximo de 55 pontos Indicadores clínicos apenas= valor máximo de 35 pontos • Exames bacteriológicos • Radiografias de tórax • Exame do líquido cefalorraquidiano Obs.: Um escore total acima de 10 pontos é considerado indício de sepse.
  • 16.
  • 17. TRATAMENTO • Antibióticos e antivirais: a base de penicilina e aminoglossideos. • Na sepse precoce, (<72h de nascidos) ou sepse tardia(<72h de nascido),os antibióticos de escolha seriam ampicilina e cefalosporina de terceira geração. • Se houver uma septicemia, é recomendado por 7 a 10 dias, e no caso de meningite de 14 a 21 dias, no caso de infecções fúngica sistêmica recomenda a utilização da anfotericina B período de 4° – 6° semana
  • 18. • Transfusões: imonoglubina, e concentrado de plaquetas • Isolamento: infecções nasocomiais, ocorrem após internação conseqüência de uma disseminação por meio de microorganismo patogênico: transmitido por três vias principais: por meio de contato, gotículas e ar • Precauções padronizadas
  • 19. Todos os profissionais envolvidos nos cuidados de recém-nascidos de alto risco têm a grande responsabilidade de prevenir a transmissão de infecção na UTI neonatal. PROFILAXIA DE INFECÇÃO NEONATAL ADQUIRIDA DURANTE A GRAVIDEZ Um dos meios de controlar a infecção neonatal congênita é a realização de um controle pré-natal adequado, com tratamento das gestantes que apresentem quadro infeccioso agudo ou crônico. MÉTODOS PROFILÁTICOS
  • 20. PROFILAXIA DE INFECÇÕES HOSPITALARES ADQUIRIDAS (INFECÇÕES NOSOCOMIAIS) As infecções adquiridas no hospital são contraídas enquanto o paciente está internado e apresentam incidência de 5 a 25% nas UTIs neonatais.
  • 21. • Todos que entrem na área de cuidados dos pacientes na UTI neonatal devem lavar as mãos e os antebraços com sabão antisséptico por 3 minutos, removendo primeiramente anéis, pulseiras e relógio • Antes e depois de manusear o paciente, lavar as mãos por aproximadamente 30 segundos • Antes de qualquer procedimento como preparo de medicações, sondagens, alimentação enteral, e antes de auxiliar em procedimentos médicos como cateterismo umbilical, intubação endotraqueal LAVAGEM DAS MÃOS
  • 22. VISITAS/FUNCIONÁRIOS • Limitar e controlar a circulação de visitas e de pessoal que não trabalhe na unidade • Funcionários e visitas que se encontrem enfermos com algum quadro infeccioso não deverão entrar na UTI neonatal nem prestar cuidados aos pacientes • A visita de irmãos dos pacientes pode ser permitida quando > 3 anos de idade, com as vacinações em dia, e sem sintomas de processo infeccioso
  • 23. USO DE INDUMENTÁRIA • Recomenda-se que os funcionários usem uniforme de uso restrito à unidade; se houver necessidade de sair da unidade, devem vestir um avental apropriado por cima do uniforme • Ao manusear o neonato no colo para procedimentos como alimentação ou conforto, deve- se usar um avental individual para o cuidado de cada paciente • O uso de máscara, gorro e avental esterilizado deverá ser mantido nos procedimentos como cateterismo umbilical, dissecção de veia, cateter percutâneo periférico, instalação da diálise peritoneal, exsanguinotransfusão
  • 24. CURATIVOS/TÉCNICAS • Fazer o curativo umbilical com a troca de fraldas • Troca de curativos: cirúrgicos com técnica asséptica (12-14 hs) • Troca de curativo de Broviac e trocarte da dialíse peritoneal somente se for necessário • Utilizar técnica asséptica na aspiração da cânula endotraqueal, punções venosas, sondagens e qualquer outro procedimento invasivo
  • 25. AMBIENTE/MATERIAL • Uso de material individual para cada paciente • Desinfecção do piso e de superfícies da unidade e do equipamento do paciente, com solução desinfetante no mínimo a cada 24 horas • Preparo e esterilização das mamadeiras e chupetas • Seguir as normas de isolamento dos recém-nascidos infectados • Evitar comer ou beber dentro da UTI neonatal
  • 26. TROCAS E DESINFECÇÃO DE EQUIPAMENTOS E APARELHO • Troca dos circuitos de respirador e dos umidificadores (72hs) • Troca do reanimador manual ou após a alta hospitalar (72hs) • Incubadoras • Troca do filtro da incubadora a cada 3 meses • Troca dos frascos e conexões de aspiração endotraqueal (24 hs) • Troca dos frascos de drenagem torácica (24 hs) • Troca da sonda gástrica a cada 7 dias • Troca de frasco e equipo de soro com nutrição parenteral (24 hs)
  • 27. DESINFECÇÃO QUÍMICA É realizado com o uso de soluções germicidas, como glutaraldeído a 2%, compostos quaternários de amônia, fenol sintético, álcool a 70% e soluções de iodo a 0,5 a 1,0%. ESTERILIZAÇÃO • Métodos físicos • Métodos químicos • Métodos físico-químicos
  • 28. O controle hidroeletrolítico e a prevenção da infecção neonatal devem ser realizadas diariamente, visando melhora no quadro do paciente, propiciando meios para tal e é indispensável dispor de uma equipe multiprofissional capacitada e treinada para estar atenta a mudanças que podem interferir no cliente.
  • 29. REFERÊNCIAS • Araújo, Luciane de Almeida Enfermagem na prática materno-neonatal / Luciane de Almeida Araújo, Adriana Teixeira Reis. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. • Hansel, Donna E. Fundamentos de patologia / Donna E. Hansel, Renee Z. Dintzis ; [revisão técnica João Lobato dos Santos; tradução Roxane Gomes dos Santos Jacobson]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. • Manual de neonatologia / editores John P. Cloherty, Eric C. Eichenwald, Ann R. Stark. - 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015 • Ricci, Susan Scott. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher / Susan Scott Ricci; tradução Maiza Ritomy Ide. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. • ROCHA, Paulo Novis. Hiponatremia: conceitos básicos e abordagem prática. J. Bras. Nefrol., São Paulo , v. 33, n. 2, p. 248-260, June 2011 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010128002011000200022&lng=en &nrm=iso>. Acesso em: 03 Nov. 2017. • Tamez, Raquel Nascimento, 1955. Enfermagem na UTI neonatal : assistência ao recém-nascido de alto risco / Raquel Nascimento Tamez. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. • Tamez, Raquel Nascimento. Enfermagem na UTI neonatal: assistência ao recém-nascido de alto risco / Raquel Nascimento Tamez. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.