O artigo científico "A Iniciativa Hospital Amigo da Criança: contribuição para o incremento da Amamentação e a redução da Mortalidade Infantil no Brasil" tem como objetivos: estimar a fração atribuível populacional da mortalidade infantil evitável
mediante as mudanças em indicadores de amamentação no Brasil devido à IHAC.
Métodos: trata-se de uma estimativa do impacto da IHAC na redução da mortalidade infantil com nível de inferência de plausibilidade, utilizando-se dados secundários da II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno de 2008. Inicialmente calculou-se o efeito da IHAC em elevar as taxas da amamentação na primeira hora de vida, amamentação exclusiva e qualquer amamentação a partir das prevalências de amamentação entre os nascidos em hospitais amigos da criança e os nascidos em não hospitais amigos da criança. Posteriormente, foi estimada a fração atribuível da não amamentação para mortalidade neonatal tardia, mortalidade por todas as causas e mortalidade por infecções, para nascidos em HAC e NHAC e estimou-se o número de óbitos evitáveis caso todas as crianças nascessem em HAC.
Resultados: a redução de 4,2% das mortes neonatais tardias foi atribuída ao aumento das prevalências de AMPH proporcionado pela IHAC. Mediante a promoção da amamentação
em menores de 6 meses, a IHAC contribuiu potencialmente para reduzir 3,5% de mortes por todas as causas e 4,2% de mortes por infecção.
Conclusões: a redução da mortalidade em crianças de 7 a 180 dias em 2008, potencialmente atribuível à IHAC através da promoção de indicadores de AM, reforça a importância
de fortalecer e expandir essa iniciativa no Brasil para aumentar a sobrevivência infantil.
Essa pesquisa foi publicada na Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil, publicação do Instituto de Medicina Integral Fernandes Figueira (IMIP).
Parabéns as autoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...Biblioteca Virtual
O documento discute a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância no Brasil. A norma foi criada para proteger a amamentação contra as estratégias de marketing da indústria de alimentos. O documento também descreve a história do incentivo à amamentação no Brasil e como a indústria de alimentos influenciou o conhecimento científico sobre a alimentação infantil.
A reedição desta cartilha é produto do projeto Implementação de intervenções voltadas à proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável no SUS, viabilizado pelo termo de execução descentralizada (TED) com a Universidade Federal Fluminense - UFF,
aprovado em abril de 2019 sob o número 163/2018.
Primeira edição - Alimentos para crianças de até 3 anos, bicos, chupetas e mamadeiras.
O que você presa saber.
ISBN 978-85-60-941-00-1
IBFAN Brasil com apoio do projeto – CFDD/SDE/MJ/2007
Pretende-se apresentar de forma simplificada os principais aspectos das legislações vigentes para que sejam um instrumento de uso cotidiano de todos os cidadãos brasileiros, afim de assegurar que as crianças pequenas obtenham
proteção legal e social contra o perigoso desmame precoce e suas consequências.
É necessário que todos os setores da sociedade participem da sua divulgação e cumprimento, principalmente os fabricantes, distribuidores e importadores, as organizações governamentais e não-governamentais, em especial as que defendem o consumidor, todas as instituições que prestam serviços de saúde ou assistência social e todas as entidades que congreguem profissionais de saúde.
Parabéns a Rede IBFAN por mais essa publicação em defesa do consumidor + vulnerável: o lactente!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Nesta cartilha serão abordados os requisitos principais para a realização da promoção comercial dos produtos que estão sob a
abrangência da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 1ª Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, a NBCAL.
As exigências da NBCAL fazem parte de um grupo de estratégias que visam proteger o aleitamento materno, uma das
práticas mais simples e baratas de garantir a saúde infantil.
Divulgar as informações e sua correta interpretação motivou a publicação desta cartilha, que tem como intuito facilitar a compreensão dos termos utilizados na NBCAL, bem como o seu cumprimento, aumentando o potencial de proteção e promoção da saúde.
1) O documento discute como o projeto PROAMA divulgou as normas da NBCAL e a Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2006 para a comunidade através de dramatizações.
2) Cinco cenas foram dramatizadas para mostrar situações inadequadas e como deveriam ser, abordando tópicos como indução à compra de substitutos do leite materno e falta de orientação sobre aleitamento materno.
3) A dramatização teve como objetivo promover o direito à informação e aumentar a prevalência do aleitamento materno
Este documento apresenta a iniciativa "Consultório Amigo da Amamentação", um guia para pediatras promoverem, protegerem e apoiarem a amamentação. Os critérios incluem ter uma política de apoio à amamentação, profissionais capacitados, incentivar consultas pré-natais, informar sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até 6 meses e complementado até 2 anos. O objetivo é que os consultórios sigam essas diretrizes para melhor apoiarem as mães e famílias.
A Amamentação ideal deve ocorrer desde a sala de parto até dois anos ou mais, exclusivo e em livre-demanda até o 6º mês e complementado, a partir daí, com alimentação saudável e equilibrada.
Parabenizamos os integrantes do Departamento de Aleitamento da Sociedade Brasileira de Pediatria por mais essa publicação atualizada, abrangente e útil aos profissionais de saúde.
Sumário:
Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM):
29 anos de história
Os Reflexos da Amamentação na Vida Adulta
Como ser um “Pediatra Amigo da Amamentação?”
Cuidados no pós-parto influenciam o futuro sucesso
na amamentação
Avaliação da perda de peso no período neonatal imediato
Leite materno para prematuros: obstáculos
e suporte nas unidades neonatais
Doação de leite humano: o que o pediatra precisa saber?
Aleitamento materno e distúrbios gastrintestinais funcionais
Como apoiar a mulher que amamenta na volta ao trabalho
Como e quando desmamar
*Faltou mencionar a Iniciativa Consultório Amigo da Amamentação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento apresenta a programação oficial do Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM) de 2022, que inclui sessões de comunicações orais, mesas redondas, conferências e atividades culturais sobre temas relacionados a políticas, promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. O evento ocorrerá entre os dias 1 e 3 de dezembro.
A creche tem um papel fundamental na alimentação da criança, afinal, é lá que ela passa boa parte do dia. Trata-se, então, de uma oportunidade única para incentivar o aleitamento materno nos primeiros 24 meses de vida, como recomenda a OMS, e a alimentação complementar saudável.
Este livreto, elaborado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e publicado pelo Ministério da Saúde, dá orientações para promover a amamentação no local, como a criação de ambiente específicos para a ordenha, ações de conscientização e questionários para avaliar a eficácia das intervenções.
Destinado a gestores escolares, o material também ensina como a introdução alimentar vai além da escolha dos ingredientes. É preciso pensar no local onde a criança come, na apresentação de novos alimentos e na criação de um relacionamento agradável e lúdico com a comida.
No nosso portal www.aleitamento.com temos várias publicações promovendo a "Creche Amiga da Amamentação".
Essa cartilha esta excelente. Parabenizamos as autoras e o Ministério da Saúde
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...Biblioteca Virtual
O documento discute a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância no Brasil. A norma foi criada para proteger a amamentação contra as estratégias de marketing da indústria de alimentos. O documento também descreve a história do incentivo à amamentação no Brasil e como a indústria de alimentos influenciou o conhecimento científico sobre a alimentação infantil.
A reedição desta cartilha é produto do projeto Implementação de intervenções voltadas à proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável no SUS, viabilizado pelo termo de execução descentralizada (TED) com a Universidade Federal Fluminense - UFF,
aprovado em abril de 2019 sob o número 163/2018.
Primeira edição - Alimentos para crianças de até 3 anos, bicos, chupetas e mamadeiras.
O que você presa saber.
ISBN 978-85-60-941-00-1
IBFAN Brasil com apoio do projeto – CFDD/SDE/MJ/2007
Pretende-se apresentar de forma simplificada os principais aspectos das legislações vigentes para que sejam um instrumento de uso cotidiano de todos os cidadãos brasileiros, afim de assegurar que as crianças pequenas obtenham
proteção legal e social contra o perigoso desmame precoce e suas consequências.
É necessário que todos os setores da sociedade participem da sua divulgação e cumprimento, principalmente os fabricantes, distribuidores e importadores, as organizações governamentais e não-governamentais, em especial as que defendem o consumidor, todas as instituições que prestam serviços de saúde ou assistência social e todas as entidades que congreguem profissionais de saúde.
Parabéns a Rede IBFAN por mais essa publicação em defesa do consumidor + vulnerável: o lactente!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Nesta cartilha serão abordados os requisitos principais para a realização da promoção comercial dos produtos que estão sob a
abrangência da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de 1ª Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, a NBCAL.
As exigências da NBCAL fazem parte de um grupo de estratégias que visam proteger o aleitamento materno, uma das
práticas mais simples e baratas de garantir a saúde infantil.
Divulgar as informações e sua correta interpretação motivou a publicação desta cartilha, que tem como intuito facilitar a compreensão dos termos utilizados na NBCAL, bem como o seu cumprimento, aumentando o potencial de proteção e promoção da saúde.
1) O documento discute como o projeto PROAMA divulgou as normas da NBCAL e a Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2006 para a comunidade através de dramatizações.
2) Cinco cenas foram dramatizadas para mostrar situações inadequadas e como deveriam ser, abordando tópicos como indução à compra de substitutos do leite materno e falta de orientação sobre aleitamento materno.
3) A dramatização teve como objetivo promover o direito à informação e aumentar a prevalência do aleitamento materno
Este documento apresenta a iniciativa "Consultório Amigo da Amamentação", um guia para pediatras promoverem, protegerem e apoiarem a amamentação. Os critérios incluem ter uma política de apoio à amamentação, profissionais capacitados, incentivar consultas pré-natais, informar sobre a importância do aleitamento materno exclusivo até 6 meses e complementado até 2 anos. O objetivo é que os consultórios sigam essas diretrizes para melhor apoiarem as mães e famílias.
A Amamentação ideal deve ocorrer desde a sala de parto até dois anos ou mais, exclusivo e em livre-demanda até o 6º mês e complementado, a partir daí, com alimentação saudável e equilibrada.
Parabenizamos os integrantes do Departamento de Aleitamento da Sociedade Brasileira de Pediatria por mais essa publicação atualizada, abrangente e útil aos profissionais de saúde.
Sumário:
Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM):
29 anos de história
Os Reflexos da Amamentação na Vida Adulta
Como ser um “Pediatra Amigo da Amamentação?”
Cuidados no pós-parto influenciam o futuro sucesso
na amamentação
Avaliação da perda de peso no período neonatal imediato
Leite materno para prematuros: obstáculos
e suporte nas unidades neonatais
Doação de leite humano: o que o pediatra precisa saber?
Aleitamento materno e distúrbios gastrintestinais funcionais
Como apoiar a mulher que amamenta na volta ao trabalho
Como e quando desmamar
*Faltou mencionar a Iniciativa Consultório Amigo da Amamentação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento apresenta a programação oficial do Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM) de 2022, que inclui sessões de comunicações orais, mesas redondas, conferências e atividades culturais sobre temas relacionados a políticas, promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. O evento ocorrerá entre os dias 1 e 3 de dezembro.
A creche tem um papel fundamental na alimentação da criança, afinal, é lá que ela passa boa parte do dia. Trata-se, então, de uma oportunidade única para incentivar o aleitamento materno nos primeiros 24 meses de vida, como recomenda a OMS, e a alimentação complementar saudável.
Este livreto, elaborado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e publicado pelo Ministério da Saúde, dá orientações para promover a amamentação no local, como a criação de ambiente específicos para a ordenha, ações de conscientização e questionários para avaliar a eficácia das intervenções.
Destinado a gestores escolares, o material também ensina como a introdução alimentar vai além da escolha dos ingredientes. É preciso pensar no local onde a criança come, na apresentação de novos alimentos e na criação de um relacionamento agradável e lúdico com a comida.
No nosso portal www.aleitamento.com temos várias publicações promovendo a "Creche Amiga da Amamentação".
Essa cartilha esta excelente. Parabenizamos as autoras e o Ministério da Saúde
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento discute as estratégias utilizadas por fabricantes para vender produtos, como substitutos do leite materno, e as regulamentações da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para proteger a amamentação. O documento também resume um estudo de monitoramento destas normas, encontrando que a maioria da propaganda destes produtos estava em desacordo com as leis.
1. O documento apresenta recomendações sobre aleitamento materno e introdução alimentar para crianças menores de 2 anos.
2. Ele enfatiza a importância da amamentação exclusiva até os 6 meses e da continuidade da amamentação até os 2 anos ou mais, fornecendo informações sobre como amamentar corretamente.
3. O documento também discute práticas que podem facilitar ou prejudicar a amamentação, como o uso de chupetas e mamadeiras, e fornece dicas para lidar com problemas comuns como mamilos doloridos.
Mais de 820 mil vidas poderiam ser salvas todos os anos em 75 países de baixa e média renda com a ampliação da amamentação. Um dos principais fatores de não aleitamento materno ou desmame precoce é o trabalho feminino.
Material de 01 de agosto de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Parabenizamos o Laboratório Internet, Saúde e Sociedade - LaiSS da ENSP/FioCruz pela realização dessa análise, contudo o portal aleitamento.com contesta os resultados e sua classificação em 3º. Lugar.
Os sites que foram classificados como os dois primeiros: “Mamãe e bebê” não conseguimos localizar, e o “Guia do Bebê” é um site comercial, repleto de anúncios e que não dão nenhuma ênfase a amamentação.
Temos algumas perguntas aos pesquisadores responsáveis por essa avaliação:
1. Levaram em conta que o aleitamento.com é o primeiro site do mundo em português e que esse ano entramos no 26º ano online?
Publicamos a contestação na íntegra no nosso portal www.aleitamento.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento descreve um curso de especialização em atenção integral à saúde materno-infantil oferecido na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O curso tem como objetivos capacitar profissionais de saúde sobre a abordagem interdisciplinar da saúde coletiva e promover a articulação entre a assistência à saúde materna e infantil. O curso ocorrerá por três semestres com aulas semanais e abordará diversos módulos como situação da mulher, gestação, parto e pós-parto,
Sonia Venancio, revela a importância do lançamento desse mais novo volume da série Temas em Saúde Coletiva: “O Instituto trabalha com o tema amamentação há muitos anos e nesse momento em que estamos fazendo 50 anos achamos interessante publicar um livro sobre aleitamento com foco na implementação das políticas públicas baseada em evidências científicas. Reunimos um grupo de autores especialistas nessa área, juntamente com pesquisadores do IS, para analisar as políticas que a gente implementa no país, quais as evidências científicas da efetividade delas e qual a importância dessas políticas para promover e melhorar as práticas de amamentação no Brasil”.
Instituto de Saúde - SP
2019
Excelente publicação lançada no XV ENAM - 3th WBC
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Mães e pais poderão permanecer perto de seus bebês 24h por dia durante todo o período que a criança estiver na maternidade. Portaria assinada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta quinta-feira (22), no Rio de Janeiro, garante que todos os recém-nascidos possam ter acompanhantes em qualquer área do hospital, inclusive na UTI Neonatal.
Até então, a legislação brasileira previa acesso livre aos pais ou responsáveis nas maternidades, mas sem estabelecer que a circulação deles pudesse ser em qualquer horário. “Essa portaria garante o cuidado e o acompanhamento na UTI da mãe, do pai ou do responsável por 24h. Isso é fundamental e acaba com a história que UTI Neonatal não pode ter acompanhante. Estamos garantindo o acesso dos pais em toda a rede pública de saúde”, destacou o ministro Arthur Chioro, durante o lançamento da campanha de incentivo à doação de leite materno na capital fluminense.
Pela portaria, garantir a presença dos pais da criança nos locais onde o bebê estiver nas maternidades passa a ser requisito para que uma unidade receba a classificação Hospital Amigo da Criança, projeto realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com Unicef que garante incentivos às unidades que mantém assistência humanizada e qualificada às mães e aos bebês. Atualmente, 321 hospitais possuem esse título.
A nova portaria da Iniciativa Hospital Amigo da Criança também traz a assistência do cuidado amigo da mulher , que visa estimular as boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento, na forma da recomendação da Organização Mundial da Saúde bem como está previsto pela Rede Cegonha, Programa do Ministério da Saúde voltada a qualificação do atendimento de mães e bebês no SUS.
O documento discute a importância da amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida do bebê, fornecendo todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável. Ele recomenda fortalecer o apoio à amamentação através de instalações hospitalares, aconselhamento comunitário e campanhas de comunicação, além de limitar o marketing de fórmulas e apoiar políticas de licença parental. O objetivo é aumentar as taxas globais de amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses para pelo menos 50% até 2025.
- As crianças que são amamentadas por mais tempo têm menor morbidade e mortalidade, menos maloclusão dentária e maior inteligência do que aquelas amamentadas por menos tempo ou não amamentadas. Estes benefícios persistem até mais tarde na vida.
- A amamentação também beneficia as mães, podendo prevenir câncer de mama, aumentar o intervalo entre partos e reduzir riscos de diabetes e câncer de ovário.
- Embora a amamentação seja reconhecidamente importante, apenas 37% das crianças em países de baixa e
Elaborado pelo ‘Germinar’ e NESAM, o material esclarece as principais dúvidas acerca da amamentação.
Idealizada pelo ‘Grupo de Estudos em Reprodução e Nascimento e pelo Núcleo de Estudos da Saúde e Alimentação Materna e da Mulher, grupo de pesquisa e extensão, interdisciplinar e vinculado ao Curso de Nutrição, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé,
Segundo Fernanda Amorim, docente da instituição e uma das integrantes do NESAM, a cartilha visa promover o aleitamento materno para toda a população, trazendo informações atualizadas, principalmente, quanto às principais dúvidas relacionadas à prática da amamentação no atual cenário de saúde frente à pandemia do coronavírus.
“A cartilha é importante, pois nós sabemos que o aleitamento é um dos primeiros passos para uma vida saudável, sendo um direito básico de qualquer criança, porém, é um ato envolto a mitos e cultos populares, visto que amamentar não é somente um ato biológico, sendo também influenciado pela cultura e questões sociais. Por isso, essa cartilha educativa vem com esse objetivo principal de promover e garantir a prática do aleitamento materno”, ressalta.
...
Parabéns pelos Docentes e alunas da UFRJ Macaé.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O documento resume a história da pediatria no Brasil, desde sua fundação em 1910 até os dias atuais. Aborda a formação de pediatras, eventos importantes para a especialidade, demografia atual e o site da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Este guia fornece orientações sobre a implantação de salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho para apoiar as mulheres trabalhadoras a amamentar após a licença-maternidade. O guia descreve a legislação brasileira de apoio à maternidade, recomendações sobre a infraestrutura e equipamentos necessários nas salas, e instruções técnicas sobre o preparo e armazenamento adequado do leite materno retirado. O objetivo é viabilizar que as mulheres cumpram a recomendação de amament
Esse segundo artigo mostra os benefícios econômicos da amamentação e as políticas necessárias para eliminar as barreiras ao aleitamento materno.
Por que investir e o que é necessário para melhorar a prática de ALEITAMENTO MATERNO?
A Série da The Lancet aponta que as mulheres são 2,5 vezes mais propensas a amamentar se a prática é protegida, promovida e apoiada. De acordo com o estudo, os esforços brasileiros estão alinhados com as intervenções identificadas pelo relatório como prioritárias, o que inclui:
• Regulação da comercialização de substitutos ao leite materno: por meio de leis nacionais e rigoroso monitoramento para assegurar que o marketing desses produtos não desencoraje a amamentação.
• Política de licença maternidade remunerada entre 4 - 6 meses de duração: que possibilite às mães um tempo livre do trabalho para que cuidem de seus bebês e os amamentem até a duração recomendada pela OMS e pelas evidências científicas.
• Hospitais Amigos da Criança: o que assegura padrões de qualidade e treinamento constante de profissionais de saúde orientados a incentivar o aleitamento materno.
• Rede de Bancos de Leite Humano: presentes em mais de 200 hospitais, eles promovem e incentivam a prática do aleitamento.
• Demonstração de vontade política: no governo e sociedade civil para priorizar investimento de tempo e recursos em amamentação.
Coordenação:
Cesar Victora é Professor Emérito de Epidemiologia na Universidade Federal de Pelotas, onde foi admitido em 1977 após graduar-se em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Agradecimento a RESS - A Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do Sistema Único de Saúde do Brasil, periódico trimestral de caráter científico e acesso livre, é editada pela Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços, do Departamento de Gestão da Vigilância em Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil.
Este documento apresenta um resumo das ações do Programa Rede Viva Vida/Mães de Minas para apoiar a amamentação em Minas Gerais, incluindo a estruturação da rede de atenção à saúde da mulher e da criança e as políticas públicas de promoção do aleitamento materno no Brasil.
Os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento
Materno da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) é um sumário das orientações para as maternidades promoverem, protegerem e apoiarem o aleitamento materno.
O passo 6 - Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica - trata especificamente da indicação do uso de alimentação suplementar em situações especiais, quando
indicado. Existem evidências de que o uso de fórmula na maternidade, sem uma indicação adequada, resulta em interrupção precoce do aleitamento.
Mais uma excelente publicação do Departamento Científico de Aleitamento da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Este documento é uma cartilha do Ministério da Saúde sobre os direitos da mulher trabalhadora que amamenta e como manter a amamentação mesmo quando for preciso voltar ao trabalho. A cartilha explica os benefícios do aleitamento materno, os direitos trabalhistas como licença-maternidade e pausas para amamentar, e dá dicas sobre como extrair e armazenar o leite materno para quando a mãe não puder amamentar diretamente.
Este documento discute a importância do aleitamento materno exclusivo por seis meses para a saúde da criança e o papel do técnico de enfermagem na orientação de gestantes e puérperas sobre os benefícios da amamentação. A pesquisa revisou diversos artigos, livros e guias sobre o tema. O aleitamento materno reduz desnutrição, doenças e mortalidade infantil, e o técnico de enfermagem deve incentivar a amamentação durante o pré-natal e no pós-parto.
Este documento apresenta as bases para a discussão da Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno no Brasil. Ele descreve os benefícios da amamentação, as ações já realizadas no país, a situação atual da amamentação e propõe pressupostos, diretrizes, objetivos, componentes e responsabilidades institucionais para a formulação da política, visando garantir o direito à amamentação exclusiva até os 6 meses e continuada até os 2 anos ou mais.
Aleitamento Materno na Era Moderna - Vencendo Desafios é coordenado pelo Pediatra Moises Chencinski.
A obra reposiciona e vitaliza a tríade mãe/bebê/família como os grandes e maiores protagonistas pelo aleitamento. Chama a atenção sobre a importante correlação das questões nutricionais com as imunológicas, de acordo com as melhores evidências pediátricas.
A amamentação é ação coletiva, segundo a proposta do presente trabalho e, com isso, há participação de equipe multiprofissional, liderada pelos especialistas em saúde materno-infantil.
O livro, de maneira assertiva, cria condições e conscientiza a representação da amamentação como o verdadeiro fruto da vida.
...
Escrevemos com a Psicóloga Denise Feliciano o capítulo sobre Paternidade & Paternagem.
Quanto mais publicações sobre Aleitamento, melhor!
Parabéns aos autores!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
2267-L - Aleitamento materno, distribuição de leites e fórmulas infantis em e...bibliotecasaude
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS), as crianças com até seis meses de vida devem ser alimentadas exclusivamente com leite materno, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais e medicamentos; e que após os seis meses o aleitamento seja complementado com outros alimentos de forma oportuna e saudável até os dois anos ou mais.
Este documento apresenta resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019) sobre indicadores de aleitamento materno no Brasil. Os principais achados são: (1) A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 4 meses foi de 60,0% no Brasil, variando entre regiões; (2) Houve aumento significativo nas taxas de aleitamento materno exclusivo e continuado nos últimos 34 anos no Brasil; (3) As taxas atuais ainda variam entre regiões, sendo menores
Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...Biblioteca Virtual
Este estudo avaliou o aleitamento materno exclusivo em lactentes atendidos na rede pública de Joinville, Santa Catarina. A prevalência de aleitamento materno exclusivo foi de 53,9% entre crianças menores de 4 meses e 43,6% entre crianças menores de 6 meses, abaixo das recomendações da OMS. O uso de chupeta e o trabalho materno foram associados à ausência de aleitamento materno exclusivo.
Este documento discute as estratégias utilizadas por fabricantes para vender produtos, como substitutos do leite materno, e as regulamentações da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para proteger a amamentação. O documento também resume um estudo de monitoramento destas normas, encontrando que a maioria da propaganda destes produtos estava em desacordo com as leis.
1. O documento apresenta recomendações sobre aleitamento materno e introdução alimentar para crianças menores de 2 anos.
2. Ele enfatiza a importância da amamentação exclusiva até os 6 meses e da continuidade da amamentação até os 2 anos ou mais, fornecendo informações sobre como amamentar corretamente.
3. O documento também discute práticas que podem facilitar ou prejudicar a amamentação, como o uso de chupetas e mamadeiras, e fornece dicas para lidar com problemas comuns como mamilos doloridos.
Mais de 820 mil vidas poderiam ser salvas todos os anos em 75 países de baixa e média renda com a ampliação da amamentação. Um dos principais fatores de não aleitamento materno ou desmame precoce é o trabalho feminino.
Material de 01 de agosto de 2019
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.
Disponível em: http://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
Fácil acesso. Diferentes recursos. As melhores evidências. Um olhar multidisciplinar.
Parabenizamos o Laboratório Internet, Saúde e Sociedade - LaiSS da ENSP/FioCruz pela realização dessa análise, contudo o portal aleitamento.com contesta os resultados e sua classificação em 3º. Lugar.
Os sites que foram classificados como os dois primeiros: “Mamãe e bebê” não conseguimos localizar, e o “Guia do Bebê” é um site comercial, repleto de anúncios e que não dão nenhuma ênfase a amamentação.
Temos algumas perguntas aos pesquisadores responsáveis por essa avaliação:
1. Levaram em conta que o aleitamento.com é o primeiro site do mundo em português e que esse ano entramos no 26º ano online?
Publicamos a contestação na íntegra no nosso portal www.aleitamento.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento descreve um curso de especialização em atenção integral à saúde materno-infantil oferecido na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O curso tem como objetivos capacitar profissionais de saúde sobre a abordagem interdisciplinar da saúde coletiva e promover a articulação entre a assistência à saúde materna e infantil. O curso ocorrerá por três semestres com aulas semanais e abordará diversos módulos como situação da mulher, gestação, parto e pós-parto,
Sonia Venancio, revela a importância do lançamento desse mais novo volume da série Temas em Saúde Coletiva: “O Instituto trabalha com o tema amamentação há muitos anos e nesse momento em que estamos fazendo 50 anos achamos interessante publicar um livro sobre aleitamento com foco na implementação das políticas públicas baseada em evidências científicas. Reunimos um grupo de autores especialistas nessa área, juntamente com pesquisadores do IS, para analisar as políticas que a gente implementa no país, quais as evidências científicas da efetividade delas e qual a importância dessas políticas para promover e melhorar as práticas de amamentação no Brasil”.
Instituto de Saúde - SP
2019
Excelente publicação lançada no XV ENAM - 3th WBC
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Mães e pais poderão permanecer perto de seus bebês 24h por dia durante todo o período que a criança estiver na maternidade. Portaria assinada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta quinta-feira (22), no Rio de Janeiro, garante que todos os recém-nascidos possam ter acompanhantes em qualquer área do hospital, inclusive na UTI Neonatal.
Até então, a legislação brasileira previa acesso livre aos pais ou responsáveis nas maternidades, mas sem estabelecer que a circulação deles pudesse ser em qualquer horário. “Essa portaria garante o cuidado e o acompanhamento na UTI da mãe, do pai ou do responsável por 24h. Isso é fundamental e acaba com a história que UTI Neonatal não pode ter acompanhante. Estamos garantindo o acesso dos pais em toda a rede pública de saúde”, destacou o ministro Arthur Chioro, durante o lançamento da campanha de incentivo à doação de leite materno na capital fluminense.
Pela portaria, garantir a presença dos pais da criança nos locais onde o bebê estiver nas maternidades passa a ser requisito para que uma unidade receba a classificação Hospital Amigo da Criança, projeto realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com Unicef que garante incentivos às unidades que mantém assistência humanizada e qualificada às mães e aos bebês. Atualmente, 321 hospitais possuem esse título.
A nova portaria da Iniciativa Hospital Amigo da Criança também traz a assistência do cuidado amigo da mulher , que visa estimular as boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento, na forma da recomendação da Organização Mundial da Saúde bem como está previsto pela Rede Cegonha, Programa do Ministério da Saúde voltada a qualificação do atendimento de mães e bebês no SUS.
O documento discute a importância da amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida do bebê, fornecendo todos os nutrientes necessários para o crescimento saudável. Ele recomenda fortalecer o apoio à amamentação através de instalações hospitalares, aconselhamento comunitário e campanhas de comunicação, além de limitar o marketing de fórmulas e apoiar políticas de licença parental. O objetivo é aumentar as taxas globais de amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses para pelo menos 50% até 2025.
- As crianças que são amamentadas por mais tempo têm menor morbidade e mortalidade, menos maloclusão dentária e maior inteligência do que aquelas amamentadas por menos tempo ou não amamentadas. Estes benefícios persistem até mais tarde na vida.
- A amamentação também beneficia as mães, podendo prevenir câncer de mama, aumentar o intervalo entre partos e reduzir riscos de diabetes e câncer de ovário.
- Embora a amamentação seja reconhecidamente importante, apenas 37% das crianças em países de baixa e
Elaborado pelo ‘Germinar’ e NESAM, o material esclarece as principais dúvidas acerca da amamentação.
Idealizada pelo ‘Grupo de Estudos em Reprodução e Nascimento e pelo Núcleo de Estudos da Saúde e Alimentação Materna e da Mulher, grupo de pesquisa e extensão, interdisciplinar e vinculado ao Curso de Nutrição, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé,
Segundo Fernanda Amorim, docente da instituição e uma das integrantes do NESAM, a cartilha visa promover o aleitamento materno para toda a população, trazendo informações atualizadas, principalmente, quanto às principais dúvidas relacionadas à prática da amamentação no atual cenário de saúde frente à pandemia do coronavírus.
“A cartilha é importante, pois nós sabemos que o aleitamento é um dos primeiros passos para uma vida saudável, sendo um direito básico de qualquer criança, porém, é um ato envolto a mitos e cultos populares, visto que amamentar não é somente um ato biológico, sendo também influenciado pela cultura e questões sociais. Por isso, essa cartilha educativa vem com esse objetivo principal de promover e garantir a prática do aleitamento materno”, ressalta.
...
Parabéns pelos Docentes e alunas da UFRJ Macaé.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O documento resume a história da pediatria no Brasil, desde sua fundação em 1910 até os dias atuais. Aborda a formação de pediatras, eventos importantes para a especialidade, demografia atual e o site da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Este guia fornece orientações sobre a implantação de salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho para apoiar as mulheres trabalhadoras a amamentar após a licença-maternidade. O guia descreve a legislação brasileira de apoio à maternidade, recomendações sobre a infraestrutura e equipamentos necessários nas salas, e instruções técnicas sobre o preparo e armazenamento adequado do leite materno retirado. O objetivo é viabilizar que as mulheres cumpram a recomendação de amament
Esse segundo artigo mostra os benefícios econômicos da amamentação e as políticas necessárias para eliminar as barreiras ao aleitamento materno.
Por que investir e o que é necessário para melhorar a prática de ALEITAMENTO MATERNO?
A Série da The Lancet aponta que as mulheres são 2,5 vezes mais propensas a amamentar se a prática é protegida, promovida e apoiada. De acordo com o estudo, os esforços brasileiros estão alinhados com as intervenções identificadas pelo relatório como prioritárias, o que inclui:
• Regulação da comercialização de substitutos ao leite materno: por meio de leis nacionais e rigoroso monitoramento para assegurar que o marketing desses produtos não desencoraje a amamentação.
• Política de licença maternidade remunerada entre 4 - 6 meses de duração: que possibilite às mães um tempo livre do trabalho para que cuidem de seus bebês e os amamentem até a duração recomendada pela OMS e pelas evidências científicas.
• Hospitais Amigos da Criança: o que assegura padrões de qualidade e treinamento constante de profissionais de saúde orientados a incentivar o aleitamento materno.
• Rede de Bancos de Leite Humano: presentes em mais de 200 hospitais, eles promovem e incentivam a prática do aleitamento.
• Demonstração de vontade política: no governo e sociedade civil para priorizar investimento de tempo e recursos em amamentação.
Coordenação:
Cesar Victora é Professor Emérito de Epidemiologia na Universidade Federal de Pelotas, onde foi admitido em 1977 após graduar-se em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Agradecimento a RESS - A Epidemiologia e Serviços de Saúde: revista do Sistema Único de Saúde do Brasil, periódico trimestral de caráter científico e acesso livre, é editada pela Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços, do Departamento de Gestão da Vigilância em Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil.
Este documento apresenta um resumo das ações do Programa Rede Viva Vida/Mães de Minas para apoiar a amamentação em Minas Gerais, incluindo a estruturação da rede de atenção à saúde da mulher e da criança e as políticas públicas de promoção do aleitamento materno no Brasil.
Os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento
Materno da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) é um sumário das orientações para as maternidades promoverem, protegerem e apoiarem o aleitamento materno.
O passo 6 - Não dar a recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tenha indicação clínica - trata especificamente da indicação do uso de alimentação suplementar em situações especiais, quando
indicado. Existem evidências de que o uso de fórmula na maternidade, sem uma indicação adequada, resulta em interrupção precoce do aleitamento.
Mais uma excelente publicação do Departamento Científico de Aleitamento da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Este documento é uma cartilha do Ministério da Saúde sobre os direitos da mulher trabalhadora que amamenta e como manter a amamentação mesmo quando for preciso voltar ao trabalho. A cartilha explica os benefícios do aleitamento materno, os direitos trabalhistas como licença-maternidade e pausas para amamentar, e dá dicas sobre como extrair e armazenar o leite materno para quando a mãe não puder amamentar diretamente.
Este documento discute a importância do aleitamento materno exclusivo por seis meses para a saúde da criança e o papel do técnico de enfermagem na orientação de gestantes e puérperas sobre os benefícios da amamentação. A pesquisa revisou diversos artigos, livros e guias sobre o tema. O aleitamento materno reduz desnutrição, doenças e mortalidade infantil, e o técnico de enfermagem deve incentivar a amamentação durante o pré-natal e no pós-parto.
Este documento apresenta as bases para a discussão da Política Nacional de Promoção, Proteção e Apoio ao Aleitamento Materno no Brasil. Ele descreve os benefícios da amamentação, as ações já realizadas no país, a situação atual da amamentação e propõe pressupostos, diretrizes, objetivos, componentes e responsabilidades institucionais para a formulação da política, visando garantir o direito à amamentação exclusiva até os 6 meses e continuada até os 2 anos ou mais.
Aleitamento Materno na Era Moderna - Vencendo Desafios é coordenado pelo Pediatra Moises Chencinski.
A obra reposiciona e vitaliza a tríade mãe/bebê/família como os grandes e maiores protagonistas pelo aleitamento. Chama a atenção sobre a importante correlação das questões nutricionais com as imunológicas, de acordo com as melhores evidências pediátricas.
A amamentação é ação coletiva, segundo a proposta do presente trabalho e, com isso, há participação de equipe multiprofissional, liderada pelos especialistas em saúde materno-infantil.
O livro, de maneira assertiva, cria condições e conscientiza a representação da amamentação como o verdadeiro fruto da vida.
...
Escrevemos com a Psicóloga Denise Feliciano o capítulo sobre Paternidade & Paternagem.
Quanto mais publicações sobre Aleitamento, melhor!
Parabéns aos autores!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
2267-L - Aleitamento materno, distribuição de leites e fórmulas infantis em e...bibliotecasaude
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS), as crianças com até seis meses de vida devem ser alimentadas exclusivamente com leite materno, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais e medicamentos; e que após os seis meses o aleitamento seja complementado com outros alimentos de forma oportuna e saudável até os dois anos ou mais.
Este documento apresenta resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019) sobre indicadores de aleitamento materno no Brasil. Os principais achados são: (1) A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 4 meses foi de 60,0% no Brasil, variando entre regiões; (2) Houve aumento significativo nas taxas de aleitamento materno exclusivo e continuado nos últimos 34 anos no Brasil; (3) As taxas atuais ainda variam entre regiões, sendo menores
Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...Biblioteca Virtual
Este estudo avaliou o aleitamento materno exclusivo em lactentes atendidos na rede pública de Joinville, Santa Catarina. A prevalência de aleitamento materno exclusivo foi de 53,9% entre crianças menores de 4 meses e 43,6% entre crianças menores de 6 meses, abaixo das recomendações da OMS. O uso de chupeta e o trabalho materno foram associados à ausência de aleitamento materno exclusivo.
1. O documento analisa as tendências de quatro indicadores de aleitamento materno no Brasil nas últimas três décadas, com base em inquéritos nacionais de 1986, 1996, 2006 e 2013.
2. As prevalências de aleitamento materno exclusivo até 6 meses, aleitamento materno até 2 anos e aleitamento materno continuado com 1 ano tiveram tendência crescente até 2006, com estabilização posterior.
3. Já o aleitamento materno continuado aos 2 anos teve prevalência estável entre 1986 e 2006, com aumento posteriormente, che
REDE CEGONHA: Avanços e Desafios para Gestão em Saúde no BrasilEliane Santos
O documento discute os avanços e desafios da implementação da Rede Cegonha no Brasil. A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde lançada em 2011 para melhorar a assistência à saúde materno-infantil no país. O estudo analisou onze artigos sobre o tema e encontrou avanços como maior acesso ao pré-natal, parto e puerpério, mas ainda há desafios como reduzir as taxas de mortalidade materna e cesáreas e melhorar os direitos das mulheres
Há cerca de 10 anos, a Sociedade de Pediatria de São de Paulo
iniciou uma campanha, liderada pela Professora Dra. Conceição Segre, de prevenção dos efeitos do álcool na gestante, para a proteção do feto e do recém-nascido.
Desde então, por meio dos incansáveis e destacados membros
do Grupo de Trabalho “Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido”, a SPSP tem realizado diversas atividades com o objetivo de levar informações ao público leigo e meio médico sobre os riscos do consumo de álcool durante a gestação e ampliar o diálogo junto ao poder legislativo.
Como resultado desse importante trabalho, muitas conquistas
foram possíveis: a realização de diversos cursos, congressos e eventos junto à sociedade civil, bem como a aprovação de uma lei que criou uma campanha permanente de prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal, na cidade de São Paulo. Além disso, em maio de 2017, a Sociedade Brasileira de Pediatria se juntou a SPSP nessa campanha, possibilitando uma abrangência nacional e ampliando a discussão do tema com todo o Brasil.
O livro “Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido”, que ganha agora sua 2a edição, é outro fruto do esforço para ampliar a discussão entre médicos. Elaborado pelo Grupo de Trabalho
“Efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido”,
da SPSP, ele tem o intuito de se constituir como um documento de orientação e consulta.
Parabéns!
Oportuna publicação que com muito prazer apoiamos a sua divulgação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O documento discute o planejamento familiar no Brasil, incluindo a política nacional de planejamento familiar de 2007 e os métodos contraceptivos disponíveis gratuitamente no SUS. Também aborda a infertilidade no país e os serviços de reprodução assistida oferecidos.
1) O estudo avaliou a associação entre oferta de fórmula e chupeta na maternidade com a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida.
2) A oferta de fórmula na maternidade reduziu a amamentação exclusiva no primeiro mês e aos seis meses.
3) A oferta de chupeta na maternidade também reduziu a amamentação exclusiva no primeiro mês.
TendêNcia Secular Do Aleitamento Materno Em Uma Unidade De AtençãO PrimáRia à...Biblioteca Virtual
1) O documento analisa a tendência secular do aleitamento materno exclusivo em uma unidade de saúde em Ribeirão Preto entre 1970 e 2000.
2) Os resultados mostraram um aumento no tempo médio de aleitamento materno exclusivo de 48 dias em 1970 para 111 dias em 2000.
3) As frequências de aleitamento materno exclusivo também aumentaram nos anos subsequentes, principalmente nos seis primeiros meses de vida da criança.
O documento descreve uma pesquisa sobre a prevalência e tempo médio de aleitamento materno exclusivo em adolescentes nutrizes de Santa Maria, RS. A pesquisa encontrou que 94,91% das adolescentes amamentaram seus bebês, sendo que 67,79% fizeram aleitamento materno exclusivo, com tempo médio de 1,96 meses. Apesar da alta prevalência de aleitamento materno exclusivo, o tempo médio foi menor do que o recomendado de 6 meses.
- As crianças que são amamentadas por mais tempo têm menor morbidade e mortalidade, menos maloclusão dentária e maior inteligência do que aquelas amamentadas por menos tempo ou não amamentadas. Estes benefícios persistem até mais tarde na vida.
- A amamentação também beneficia as mães, podendo prevenir câncer de mama, aumentar o intervalo entre partos e reduzir riscos de diabetes e câncer de ovário.
- Embora a amamentação seja reconhecidamente importante, apenas 37% das crianças em países de baixa e
O Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Pediatria lançou hoje esse documento especial em comemoração a #SMAM2018.
Amamentação: a base da vida. Esse é o tema da 27ª Semana Mundial de Aleitamento Materno. Ao escolher o tema, a ideia da organização não governamental que coordena a Semana Mundial de Aleitamento em nível global, a Aliança Mundial para Ação em Amamentação (WABA, sigla em inglês) é chamar a atenção para a importância vital da amamentação na construção de uma saúde com uma base sólida. Como base sólida entende-se oferecer à criança no início de sua vida a melhor alimentação possível, que é o leite materno, proporcionando melhor saúde física e mental ao longo da vida, e, assim, contribuir para uma estrutura inicial (base) fortalecida.
Segundo a WABA, o tema é muito pertinente e ressalta: “em um mundo repleto de desigualdades, crises e pobreza, a ama-mentação é o alicerce da boa saúde ao longo da vida para crianças e mães”.
Parabéns!
Muito obrigado por essa publicação.
O documento apresenta um manual para estudantes sobre a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância - Neonatal (AIDPI Neonatal). O manual fornece informações sobre como avaliar e classificar riscos na gestação e ao nascer, determinar a idade gestacional, avaliar problemas de nutrição e desenvolvimento, e priorizar o tratamento de recém-nascidos.
O documento discute a taxa de mortalidade infantil no Brasil e os desafios para alcançar as metas da Agenda 2030. Ele apresenta a redução histórica da taxa de mortalidade infantil no país nas últimas décadas graças a políticas de saúde como o SUS. No entanto, desafios como os efeitos da crise econômica podem ameaçar as conquistas e dificultar o cumprimento das metas da Agenda 2030 relacionadas à saúde infantil.
O projeto Apice On - Aprimoramento e Inovação no Cuidado e
Ensino em Obstetrícia e Neonatologia é uma iniciativa do Ministério da Saúde em parceria com a EBSERH, ABRAHUE, MEC e IFF/FIOCRUZ, tendo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como instituição executora.
Propõe a qualificação nos campos de atenção/cuidado ao parto
e nascimento, planejamento reprodutivo pós-parto e pósaborto,
atenção às mulheres em situações de violência sexual
e de abortamento e aborto legal, em hospitais com as seguintes
características: de ensino, universitários e/ou que atuam como
unidade auxiliar de ensino, no âmbito da Rede Cegonha.
O propósito é ampliar o alcance de atuação dos hospitais na rede SUS e também reformular e/ou aprimorar processos de trabalho e fluxos para adequação de acesso, cobertura e qualidade do cuidado.
Desse modo, traz a perspectiva de potencializar a parceria entre o Ministério da Saúde, os hospitais de ensino e as instituições formadoras vinculadas a estes serviços, visando fortalecer o papel dos diferentes atores como agentes de cooperação na área obstétrica e neonatal. Para tanto, visa contribuir com a implementação e capilarização de práticas de cuidado baseadas em evidências científicas, nos direitos e nos princípios da humanização, disponibilizando um conjunto de práticas formativas de atenção e de gestão capaz de produzir impacto em toda a rede de serviços.
...
Agradecemos a Profa. Daphne Rattner da ReHuNa pelo envio dessa publicação.
1) O documento apresenta os principais aspectos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança no Brasil, com ênfase nos avanços obtidos nos últimos anos em indicadores como mortalidade infantil e cobertura de serviços.
2) São descritos os eixos estratégicos da política, como atenção humanizada à gestação e recém-nascido, aleitamento materno, prevenção de agravos e doenças crônicas.
3) Também são apresentadas as redes de atenção à saúde da
- O relatório descreve o XI Encontro Nacional de Aleitamento Materno e I Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável realizado em Santos em 2010, com o objetivo de promover o debate sobre aleitamento materno e alimentação infantil.
- O evento contou com conferências, mesas redondas, oficinas, exposição de trabalhos e reuniões de redes, com a participação de mais de 2.000 profissionais e interessados na temática.
- Entre os principais desafios identificados estão a baixa adesão ao aleitamento
1) O documento discute a importância da amamentação materna exclusiva nos primeiros 6 meses de vida para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
2) A taxa de amamentação exclusiva varia entre países das Américas, indo de 7,7% a 60,4%.
3) Dois eventos internacionais, a Resolução da Assembléia Mundial da Saúde de 2012 e a Segunda Conferência Internacional sobre Nutrição em 2014, enfatizam a importância da amamentação materna.
O documento discute as estratégias e intervenções para reduzir a mortalidade infantil no Rio Grande do Sul, como o reforço do pré-natal e incentivo ao aleitamento materno. Também apresenta os resultados de um estudo sobre a assistência à gestação e parto em Rio Grande em 2007, mostrando desafios como a alta taxa de cesarianas.
TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...Biblioteca Virtual
Este estudo avaliou a situação do aleitamento materno no município de Botucatu, São Paulo entre 1995 e 2004. Os resultados mostraram um aumento significativo no aleitamento materno exclusivo para crianças menores de 4 e 6 meses, assim como um aumento na duração média do aleitamento materno exclusivo e total. No entanto, as taxas em 2004 ainda estavam abaixo das recomendações da OMS.
O documento discute as diretrizes para cuidados com recém-nascidos pré-termos do Ministério da Saúde brasileiro. Aborda tópicos como controle térmico, método canguru, nutrição parenteral e enteral, alimentação após alta hospitalar, enterocolite necrosante, persistência do canal arterial, retinopatia da prematuridade e acompanhamento após alta. Fornece recomendações para ajudar os profissionais de saúde a dar atenção qualificada e segura aos recém-nascidos
Semelhante a IHAC: promove Amamentação & diminui Mortalidade Infantil no Brasil (20)
Tem dúvidas de como cuidar da alimentação de crianças pequenas em situações de calamidade e adversidades?
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, por meio da Política de Saúde da Criança e da Divisão de Primeira Infância / Primeira Infância Melhor (PIM) produziram uma série de cards para tirar dúvidas da população e das equipes que estão atuando na linha de frente.
O material aborda a importância do leite materno, da amamentação exclusiva e da oferta segura de alimentos para crianças pequenas. Alerta sobre os perigos da amamentação cruzada e da insegurança e falta de higiene no preparo de mamadeiras sem uma fonte de água não contaminada.
Parabenizamos a Nutricionista Annelise Barreto Krause da Prefeitura de Porto Alegre por sua atuação oportuna e competente no desastre ambiental do estado e a equipe do PIM/RS.
Todo o nosso apoio.
Divulgaremos essa publicação no V Seminário anual online preparatório para a Semana Mundial de Aleitamento de 2024 em www.agostodourado.com
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Recomendações da OMS sobre cuidados maternos e neonatais para uma experiência pós-natal positiva.
Em consonância com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, e aplicando uma abordagem baseada nos direitos humanos, os esforços de cuidados pós-natais devem expandir-se para além da cobertura e da simples sobrevivência, de modo a incluir cuidados de qualidade.
Estas diretrizes visam melhorar a qualidade dos cuidados pós-natais essenciais e de rotina prestados às mulheres e aos recém-nascidos, com o objetivo final de melhorar a saúde e o bem-estar materno e neonatal.
Uma “experiência pós-natal positiva” é um resultado importante para todas as mulheres que dão à luz e para os seus recém-nascidos, estabelecendo as bases para a melhoria da saúde e do bem-estar a curto e longo prazo. Uma experiência pós-natal positiva é definida como aquela em que as mulheres, pessoas que gestam, os recém-nascidos, os casais, os pais, os cuidadores e as famílias recebem informação consistente, garantia e apoio de profissionais de saúde motivados; e onde um sistema de saúde flexível e com recursos reconheça as necessidades das mulheres e dos bebês e respeite o seu contexto cultural.
Estas diretrizes consolidadas apresentam algumas recomendações novas e já bem fundamentadas sobre cuidados pós-natais de rotina para mulheres e neonatos que recebem cuidados no pós-parto em unidades de saúde ou na comunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
É fornecido um conjunto abrangente de recomendações para cuidados durante o período puerperal, com ênfase nos cuidados essenciais que todas as mulheres e recém-nascidos devem receber, e com a devida atenção à qualidade dos cuidados; isto é, a entrega e a experiência do cuidado recebido. Estas diretrizes atualizam e ampliam as recomendações da OMS de 2014 sobre cuidados pós-natais da mãe e do recém-nascido e complementam as atuais diretrizes da OMS sobre a gestão de complicações pós-natais.
O estabelecimento da amamentação e o manejo das principais intercorrências é contemplada.
Recomendamos muito.
Vamos discutir essas recomendações no nosso curso de pós-graduação em Aleitamento no Instituto Ciclos.
Esta publicação só está disponível em inglês até o momento.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Existem cada vez mais evidências de que os setores de bebidas e alimentos ultra processados, fórmulas infantis, micronutrientes, pesticidas e manipulação genética de alimentos, além de atores associados, frequentemente tentam atrasar, enfraquecer, distorcer e/ou impedir o desenvolvimento de políticas e programas de alimentação e nutrição que possam contribuir efetivamente para sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Este documento estabelece um roteiro para introduzir e implementar, na Região das Américas, o Projeto de abordagem da OMS para a prevenção e gestão de conflitos de interesse na formulação de políticas e implementação de programas de nutrição no âmbito nacional, publicado pela OMS em dezembro de 2017.
Conflito de interesse segundo a OMS é uma situação em que o interesse primário de uma instituição pode ser indevidamente influenciado pelo interesse de um ator não estatal, de tal forma que afete (ou possa parecer afetar) a independência e objetividade do trabalho do governo no campo da saúde pública.
O projeto de abordagem da OMS é um processo decisório cujo objetivo é ajudar os Estados a identificar, prevenir e gerenciar potenciais conflitos de interesse quando da sua interação com atores não estatais (principalmente comerciais) nas políticas e programas de nutrição.
Considerando a complexidade do projeto de abordagem da OMS, este documento também fornece uma 'ferramenta de triagem' simplificada para apoiar e permitir sua aplicação.
Essa ferramenta de triagem foi desenvolvida pela OPAS, com o apoio de funcionários de ministérios da saúde e de organizações da sociedade civil.
Este roteiro tem como objetivos:
- apresentar os princípios fundamentais da abordagem da OMS aos tomadores de decisão das agências governamentais relevantes;
- adaptar e desenvolver formatos complementares da abordagem da OMS que se encaixem nos processos decisórios existentes em nível nacional;
- e complementar a ferramenta completa da OMS com uma ferramenta de triagem mais curta para aumentar a acessibilidade e possibilitar um envolvimento e uso mais efetivos na tomada de decisões relativas a potenciais interações com atores não estatais.
A publicação explica como esses objetivos podem ser abordados usando um método em 3 estágios. Ela também inclui anexos que cobrem estudos de caso, programas para oficinas e uma ferramenta de triagem para avaliar potenciais interações com atores não estatais: indústrias, comerciantes, empresas... Inclusive, no patrocínio de Congressos, Encontros, Reuniões científicas e apoio as Associações e Sociedades de profissionais de saúde.
Recomendamos!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Promoção comercial dos ditos substitutos do leite materno:
Implementação do Código Internacional -
relatório de situação mundial em 2024
Esta publicação fornece informações atualizadas sobre o estado de implementação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (de 1981) e subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde (relacionadas com o “Código”) por países. Apresenta o estatuto jurídico do Código, incluindo até que ponto as disposições de recomendação foram incorporadas nas legislações nacionais.
O relatório centra-se na forma como as medidas legais delineiam processos de monitorização e aplicação para garantir a eficácia das disposições incluídas.
Também destaca exemplos importantes de interferência de fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno nos esforços para enfraquecer e atrasar a implementação de proteções contra o marketing antiético.
O Brasil aparece classificado como “substancialmente alinhado com o Código” devido à NBCAL – Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, que está em constante atualização desde sua primeira versão de 1988.
Esse status no traz esperança de continuar avançando, principalmente contra o marketing digital perpetrado pelas redes sociais e pelas ditas “influenciadoras”.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Maternidade pública de Salvador lança caderneta específica para acompanhamento da gestação de Homens Trans. A Unidade de saúde da Universidade Federal da Bahia mantém ações de acolhimento à população transexual. Medida visa preencher lacuna do sistema de saúde.
A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da UFBA em Salvador.
“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o acesso, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA.
TRANSGESTA
Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de 7 homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.
Parabéns!
Todo o nosso apoio: essa Caderneta será citada no V Seminário online anual preparatório para a SMAM 2024 em www.agostodourado.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária.
*Tema da SMAM 2009 e que abordaremos novamente no www.agostodourado.com desse ano.
As calamidades e emergências complexas têm um impacto devastador sobre a vida das pessoas. Repentinamente, elas perdem suas casas e são obrigadas a viver fora de seu local de origem, muitas vezes com a cisão abrupta da unidade familiar. O acesso aos serviços de saúde primários costuma ficar prejudicado ou completamente inviabilizado e os sistemas de saúde podem entrar em colapso. A água potável e os alimentos geralmente se tornam escassos, as condições de segurança precárias. Durante os desastres é preciso enfrentar o desafio de lidar com um grande número de pessoas em choque, muitas delas doentes, feridas ou traumatizadas por suas experiências. As mulheres e crianças são as vítimas que mais necessitam de cuidados. Muitas mulheres perdem seus maridos/companheiras, filhos, pais ou parentes e, mesmo assim, precisam iniciar imediatamente o trabalho de reconstruir seus lares, de organizar o espaço para continuar vivendo e de cuidar dos membros mais frágeis da família. O impacto sobre as mulheres pode ser imenso, tanto físico quanto emocional e social. Atenção extra e cuidados especiais precisam ser oferecidos às mulheres com crianças pequenas, órfãos e gestantes.
A Amamentação cruzada não é recomendada e as lactantes devem receber um acolhimento carinhoso para que possam continuar amamentando ou serem apoiadas para a relactação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Você gostaria de saber mais sobre como ter uma amamentação prazerosa?
Tirar as principais dúvidas sobre aleitamento?
Como doar seu leite com segurança e ter apoio de um Bancos de Leite Humano?
Quais medicamentos pode tomar enquanto está amamentando?
Baixe agora o Aleitamento App!
O que você irá encontrar:
- dicas desde a gestação até a volta ao trabalho,
- espaço para crianças com dicas de livros,
- diário do bebê,
- rede de apoio / cuidado paterno e muito mais!
* Estamos sem patrocínio e precisamos do seu apoio para que essa ferramenta continue disponível gratuitamente.
=> Nosso aplicativo é sempre atualizado com informações baseadas em evidências científicas e notícias do universo da saúde materno-infantil.
É grátis e muito fácil baixar:
https://aleitamento.com.br/instalar/
ou acesse pelo celular o Google Play Store e na Apple Store, faça o download de “Aleitamento Lactare”
Programadora: Clara
Watanabe
Divulgação: aleitamento.com
Curadoria de conteúdo: Prof. Marcus Renato de Carvalho @marcus.decarvalho
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
Os Princípios de Yogyakarta são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006 como resultado de uma reunião internacional de grupos de direitos humanos na cidade de Joguejacarta (em indonésio: Yogyakarta), na Indonésia.
Os Princípios foram complementados em 2017, expandindo-se para incluir mais formas de expressão de gênero e características sexuais, além de vários novos princípios.
Os Princípios, e sua extensão de 2017, contêm um conjunto de preceitos destinados a aplicar os padrões da lei internacional de direitos humanos ao tratar de situações de violação dos direitos humanos – LGBTQIA+ - de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e demais expressões de gênero.
São 29 princípios:
1. Direito ao Gozo Universal dos Direitos Humanos
2. Direito à Igualdade e a Não-Discriminação
3. Direito ao Reconhecimento Perante a Lei
4. Direito à Vida
Direito à Segurança Pessoal
6. Direito à Privacidade
7. Direito de Não Sofrer Privação Arbitrária da Liberdade
8. Direito a um Julgamento Justo
9. Direito a Tratamento Humano durante a Detenção
10. Direito de Não Sofrer Tortura e Tratamento ou Castigo Cruel, Desumano e Degradante
11. Direito à Proteção Contra todas as Formas de Exploração, Venda ou Tráfico de Seres Humanos
12. Direito ao Trabalho
13. Direito à Seguridade Social e outras Medidas de Proteção Social
14. Direito a um Padrão de Vida Adequado
15. Direito à Habitação Adequada
16. Direito à Educação
17. Direito ao Padrão mais Alto Alcançável de Saúde
18. Proteção contra Abusos Médicos
19. Direito à Liberdade de Opinião e Expressão
20. Direito à Liberdade de Reunião e Associação Pacíficas
21. Direito à Liberdade de Pensamento, Consciência e Religião
22. Direito à Liberdade de Ir e Vir
23. Direito de Buscar Asilo
24. Direito de Constituir uma Família
25. Direito de Participar da Vida Pública
26. Direito de Participar da Vida Cultural
27. Direito de Promover os Direitos Humanos
28. Direito a Recursos Jurídicos e Medidas Corretivas Eficazes
29. Responsabilização (“Accountability”).
Fonte: Wikipedia + JusBrasil
"Amamentação, sistemas de primeira alimentação
e poder corporativo: um estudo de caso sobre o mercado e as práticas políticas da indústria
transnacional de alimentação infantil no Brasil"
Artigo original: Breastfeeding, first-food systems and corporate power: a case study
on the market and political practices of the transnational baby food industry in Brazil.
Métodos da pesquisa: Usamos um desenho de estudo de caso, extraindo dados de documentos e entrevistas com informantes-chave (N=10).
Resultados: As taxas de amamentação despencaram no Brasil para um mínimo histórico na década de 1970. O ressurgimento da amamentação a partir
de meados da década de 1980 refletiu o fortalecimento do compromisso para a política nacional e uma lei de proteção da amamentação, resultante, por sua vez, de ações coletivas levadas a cabo por coligações de amamentação, defensores e mães. No entanto, mais
recentemente, as melhorias na amamentação estabilizaram no Brasil, enquanto a indústria aumentou as vendas de CMF
( Fórmulas Lácteas Comerciais) no Brasil em 750% entre 2006 e
2020. À medida que as regulamentações se tornaram mais rigorosas, a indústria promoveu de forma mais agressiva os CMF para bebés mais velhos e crianças pequenas, bem como para produtos especializados. fórmulas. A indústria de alimentos para bebés é fortalecida através da associação com grupos industriais poderosos e emprega lobistas com bom acesso aos decisores políticos.
A indústria conquistou a profissão pediátrica no Brasil através de sua associação de longa data com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
...
Parabenizamos os autores: Cindy Alejandra Pachón Robles, Mélissa Mialon, Laís Amaral Mais, Daniela Neri, Kimielle Cristina Silva e Phillip
Baker.
Tradução: Moises Chencinski
* Referência: Robles et al. Globalization and Health (2024) 20:12
https://doi.org/10.1186/s12992-024-01016-0
GLOBAL BREASTFEEDING SCORECARD 2023
As taxas de amamentação estão aumentando em todo mundo através da melhoria dos sistemas de promoção, proteção e apoio.
A amamentação é essencial para a sobrevivência e saúde infantil. O leite materno é um produto seguro, natural, nutritivo e sustentável. O padrão ouro para a alimentação dos lactentes. O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger contra muitas doenças infantis, como como diarreia e doenças respiratórias. Estima-se que o desmame precoce seja responsável por 16% das mortes infantis a cada ano.
As crianças amamentadas têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm menos probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade na vida adulta. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer e diabetes tipo II.
O “Global Breastfeeding Scorecard” examina as práticas atuais de amamentação em todo o mundo, considerando o momento de iniciação, exclusividade nos primeiros seis meses de vida e continuação até os dois anos de idade.
Além disso, documenta o desempenho nacional em indicadores-chave de como a amamentação é protegida e apoiada. Essa edição 2023 registra o progresso e os desafios na melhoria da amamentação. O relatório destaca histórias de sucesso em vários países que reforçaram as suas políticas e programas de amamentação.
Oito iniciativas fundamentais e seus impactos são analisadas:
1. Assegurar e ampliar o financiamento de políticas para aumentar as taxas de amamentação desde o nascimento até aos dois anos de vida dos lactentes;
2. Implementar integralmente o Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil);
3. Garantir legalmente licença parentalidade (licença maternidade e paternidade) remunerada e políticas de apoio à amamentação no local de trabalho;
4. Implementar os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação nas maternidades – a IHAC;
5. Melhorar o acesso as capacitações em Aconselhamento em amamentação;
6. Fortalecer os vínculos entre as unidades de saúde e as comunidades;
7. Fortalecer os sistemas de monitoramento que acompanham o progresso das políticas, programas de aleitamento, e o seu financiamento;
8. Apoio IYCF (Infant and Young Child Feeding / Alimentação de lactentes e pré-escolares) em Emergências
...
CONCLUSÃO
O Scorecard demonstra que há progressos na proteção e no apoio à amamentação. Mas, ainda temos desafios significativos no aleitamento materno. São necessários mais investimentos e ações políticas ousadas para melhorar os ambientes propícios à proteção, promoção e apoio à amamentação.
Essa importantíssima publicação é do GLOBAL BREASTFEEDING COLLECTIVE, um conjunto de dezenas de instituições e experts no tema com o apoio do UNICEF.
Tradução livre do Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com
Workplace breastfeeding support for working women: A scale
development study
Artigo científico publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology: X
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala para avaliar o apoio ao aleitamento materno no local de trabalho.
Métodos
O estudo foi realizado com 490 mulheres trabalhadoras que se inscreveram nos ambulatórios da mulher e da criança de um hospital na Turquia. Os dados do estudo foram coletados por meio de um 'Formulário de Informações Pessoais' e da 'Escala de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho para Mulheres Trabalhadoras'. Os dados foram analisados nos softwares SPSS 25 e AMOS 21. No processo de desenvolvimento da escala; Utilizaram-se a validade de conteúdo, a análise fatorial exploratória, os métodos de correlação item escore total e o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
O índice de validade de conteúdo da escala foi de 0,90 e o valor de alfa de Cronbach foi de 0,93. O valor da escala de Kaiser-Meyer-Olkin foi de 0,91, o teste de Bartlett foi χ2 = 11.573,924 e p < 0,000. De acordo com os resultados da análise fatorial exploratória para a validade de construto da escala, a escala foi composta por 31 itens e 6 fatores.
Conclusões
A escala desenvolvida pode ser utilizada para avaliar o apoio à amamentação no local de trabalho para mulheres trabalhadoras como um instrumento de medida válido e confiável.
Excelente instrumento: tema da SMAM 2023 - Amamentação / Direito da Mulher Trabalhadora.
Profa. Carla Taddei afirma nessa entrevista que a AMAMENTAÇÃO modula a MICROBIOTA, e, portanto, se sobrepõe ao parto normal na transmissão materno infantil de “bactérias do bem”.
E em outra pesquisa mostrou que os prematuros de UTI Neonatal que tomavam leite materno tinham menos tempo de internação, independentemente se receberam leite da própria mãe ou leite humano pasteurizado do Banco de Leite da maternidade.
Está comprovado cientificamente que a Amamentação dá resiliência para a microbiota e, mesmo que a criança precise de antibiótico ou que tenha alguma outra enfermidade, o Aleitamento humano vai garantir a estrutura daquela comunidade microbiana (que antigamente chamávamos de flora intestinal).
Dra. Carla Taddei é Professora Associada do Laboratório de Microbiologia Molecular do HU da USP.
Fonte: Super Saudável, Ano XXIII, número 100 – outubro a dezembro de 2023.
Leia mais sobre esse tema no nosso portal www.aleitamento.com
As bactérias do leite humano - Microbioma do leite materno tem um efeito protetor contra infecções.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
A União Europeia está enfrentando desafios sem precedentes devido à pandemia de COVID-19 e à invasão russa da Ucrânia. Isso destacou a necessidade de autonomia estratégica da UE em áreas como energia, defesa e tecnologia digital para garantir sua segurança e prosperidade a longo prazo. A Comissão Europeia propôs novas iniciativas para fortalecer a resiliência econômica e geopolítica do bloco.
Orientação sobre regulamentação de medidas destinadas a restringir o marketing digital de substitutos do leite materno (em tradução livre)
É urgente a proteção da amamentação nas redes sociais
"Guidance on regulatory measures aimed at restricting digital marketing of breast-milk substitutes".
As redes sociais se tornaram rapidamente a fonte predominante de exposição à promoção de substitutos do leite materno a nível mundial. O marketing digital amplifica o alcance e o poder da publicidade e de outras formas de promoção em ambientes digitais, e a exposição a promoção comercial digital aumenta a compra e a utilização dos ditos substitutos do leite materno.
À luz destas evidências, a 75ª. Assembleia Mundial da Saúde solicitou que a OMS desenvolvesse orientações para os Estados-Membros sobre medidas regulamentares destinadas a restringir a comercialização digital de substitutos do leite materno. Esta orientação aplica-se à comercialização de produtos abrangidos pelo Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil), bem como a alimentos para lactentes e crianças pequenas que não sejam substitutos do leite materno.
Parabenizamos o nosso colega e amigo Cristiano Boccolini (Institute of Scientific and Technological Communication—ICICT, Oswaldo Cruz Foundation—Fiocruz, Brazil) um dos autores dessa inédita publicação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Este Guia, “Alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade”, substitui os Princípios Orientadores para Alimentação Complementar do Lactente Amamentado e princípios orientadores para alimentação crianças não amamentadas de 6 a 24 meses de idade.
A alimentação complementar saudável é definida como o processo de fornecimento de alimentos além do leite materno ou fórmula láctea quando por si só não são mais suficientes para atender necessidades nutricionais. Geralmente começa aos 6 meses de idade e continua até 24 meses de idade, embora a amamentação deve permanecer além deste período.
Essa etapa é um momento crítico para o desenvolvimento para as crianças aprenderem a aceitar alimentos e bebidas saudáveis a longo prazo. Também coincide com o período de pico para o risco de crescimento insuficiente e deficiências nutricionais.
As consequências imediatas, como a desnutrição durante estes anos de formação –
bem como no útero e nos primeiros 6 meses de
vida - incluem crescimento insuficiente significativo, morbidades e mortalidade e atraso motor, retardo do desenvolvimento cognitivo e sócio emocional.
Mais tarde, pode levar a um risco aumentado de doenças não transmissíveis (DNT). No
longo prazo, desnutrição na primeira infância causa redução da capacidade de trabalho e dos rendimentos e, entre as meninas, redução da capacidade reprodutiva. A Alimentação Complementar inadequada com alimentos ultra processados pode resultar em Obesidade, Diabetes tipo 2, hipertensão…
Os primeiros dois anos de vida também são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, a aquisição de linguagem e maturação das vias sensoriais para a visão
e audição, e o desenvolvimento de melhor desempenho das funções cognitivas.
Estas novas diretrizes estão atualizadas com evidências mais sólidas e têm muitos princípios em comum com o que preconiza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos”. (Baixe aqui no nosso SlideShare).
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Apresentamos a Carta do Recife: Por uma política pública de atenção integral aos homens na saúde para promoção da paternidade e do cuidado no Brasil que apresenta uma breve síntese das reflexões e discussões desenvolvidas ao longo do Seminário Nacional e Internacional "Paternidade e Cuidado" que aconteceu em Recife, entre 30 de agosto e 1º de setembro de 2023.
Nesta carta, apresentamos algumas notas e proposições a toda a sociedade brasileira, dialogando especialmente com gestores/as da União, estados e municípios, legisladores/as, órgãos do poder judiciário, empresas, empregadores/as, sindicatos, movimentos sociais, pesquisadores/as, entidades vinculadas ao controle social e à sociedade em geral.
Abraços,
Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (COSAH/CGACI/DGCI/SAPS/MS)
Núcleo de Pesquisas Feministas em Gênero e Masculinidades - GEMA/UFPE
Núcleo GenSex/Fiocruz
Núcleo Tramas/UFPA
UFMT
Estivemos presentes e ratificamos essas análises e recomendações.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Representante do Parents in Science / Faculdade de Medicina - UFRJ
www.aleitamento.com
A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) reconhece a Amamentação
como uma prática protetora que pode salvar vidas e recomenda que seja iniciada dentro da 1ª hora de vida (conhecida como “hora mágica” ou "hora de ouro").
Através das recomendações do
melhores práticas, a OMS sugere que a amamentação “temprana” e oportuna na sala de parto pode trazer grandes benefícios para ambos – tanto para a mãe quanto para o bebê.
Alguns aspectos importantes da hora mágica, como o contato pele a pele e o início
no início do aleitamento materno, pode prevenir a hemorragia pós-parto, facilita a involução uterina e produz amenorreia lactacional, que é um método contraceptivo (LAM) útil.
A amamentação no início da vida traz benefícios a longo prazo para a mãe e para a criança.
...
Parabéns a FIGO!
Amamentação na primeira hora: proteção sem demora!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
O atendimento ambulatorial de Puericultura é destinado à criança saudável, para a prevenção, e não para o tratamento de doenças. Sendo
assim, diante dos novos conceitos de programming
e epigenética, fica clara a necessidade da assistência à saúde da criança se iniciar antes
mesmo de seu nascimento.
A ANS em 2013, pela Resolução Normativa nº 338, incluiu o procedimento pediátrico “atendimento ambulatorial em puericultura” no rol de consultas, passando a valer desde janeiro de 2014. Uma vez incluído, o procedimento passou a fazer parte da cobertura assistencial mínima
obrigatória pelos planos privados de assistência
à saúde suplementar: operadoras, Unimed...
O atendimento pediátrico a gestantes (terceiro trimestre) foi contemplado pelo Código
nº 1.01.06.04-9 com indicação de remuneração pelo Porte 2B, lembrando aos pediatras a importância do preenchimento correto do código da ANS nas guias de consulta para o devido reembolso desse valor diferenciado.
Vamos incentivar as gestantes a marcarem uma Consulta Pediátrica Pré-Natal?
Prof. Marcus Renato de Carvalho
IHAC: promove Amamentação & diminui Mortalidade Infantil no Brasil
1. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018 491
ARTIGOS ORIGINAIS
A Iniciativa Hospital Amigo da Criança: contribuição para o incremento da
amamentação e a redução da mortalidade infantil no Brasil
Osvaldinete Lopes de Oliveira Silva 1
Marina Ferreira Rea 2
Sonia Isoyama Venâncio 3
Gabriela dos Santos Buccini 4
1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Av. Costa e Silva. Cidade Universitária. Campo Grande, MS,
Brasil. CEP: 79.070-900. E-mail: olinete@usp.br
2 Programa de Pós-graduação em Nutrição. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
3 Instituto de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil.
4 Yale School of Public Health. Social behavior Science. New Haven, Connecticut United States.
Resumo
Objetivos: estimar a fração atribuível populacional da mortalidade infantil evitável
mediante as mudanças em indicadores de amamentação no Brasil devido à Iniciativa
Hospital Amigo da Criança (IHAC).
Métodos: trata-se de uma estimativa do impacto da IHAC na redução da mortalidade
infantil com nível de inferência de plausibilidade, utilizando-se dados secundários da II
Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno de 2008. Inicialmente calculou-se o efeito
da IHAC em elevar as taxas da amamentação na primeira hora de vida, amamentação exclu-
siva e qualquer amamentação a partir das prevalências de amamentação entre os nascidos
em hospitais amigos da criança (HAC) e os nascidos em não hospitais amigos da criança
(NHAC). Posteriormente, foi estimada a fração atribuível da não amamentação para morta-
lidade neonatal tardia, mortalidade por todas as causas e mortalidade por infecções, para
nascidos em HAC e NHAC e estimou-se o número de óbitos evitáveis caso todas as crianças
nascessem em HAC.
Resultados: a redução de 4,2% das mortes neonatais tardias foi atribuída ao aumento
das prevalências de AMPH proporcionado pela IHAC. Mediante a promoção da amamen-
tação em menores de 6 meses, a IHAC contribuiu potencialmente para reduzir 3,5% de
mortes por todas as causas e 4,2% de mortes por infecção.
Conclusões: a redução da mortalidade em crianças de 7 a 180 dias em 2008, potencial-
mente atribuível à IHAC através da promoção de indicadores de AM, reforça a importância
de fortalecer e expandir essa iniciativa no Brasil para aumentar a sobrevivência infantil.
Palavras-chave Mortalidade infantil, Aleitamento materno, Saúde infantil
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative
Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer
meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
http://dx.doi.org/10.1590/1806-93042018000300003
2. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018492
Introdução
No período de 1990 a 2016 a mortalidade infantil
declinou 52,3% no mundo e no Brasil caiu 73,6%
passando de 53 para 14 mortes infantis em cada 1000
nascidos vivos. Entretanto continua sendo uma
preocupação da Saúde Pública por tratar-se de um
forte indicador das condições de vida e iniquidades
em saúde de uma população. No mesmo período, a
mortalidade neonatal foi reduzida em 48,6% no
mundo e em 69% no Brasil. Contudo, as dispari-
dades sociais persistem e incidem em aumento de
mortes de crianças em situação de vulnerabilidade
social.1
Dentre os fatores que reduzem a mortalidade
infantil, a amamentação constitui-se na prática
isolada com maior efetividade, com potencial para
evitar 823.000 mortes anuais em crianças menores
de cinco anos em todo o mundo, além de diminuir o
risco de doenças agudas e crônicas e favorecer o
crescimento e desenvolvimento infantil; este efeito é
potencializado quando se inicia na primeira hora
após o nascimento e praticada de forma exclusiva
nos primeiros 6 meses de vida.2-6 Estimativas do
impacto da amamentação sobre a mortalidade
infantil realizadas em São Paulo mostraram que
frações de mortalidade evitáveis por amamentação
superaram os 60% para infecção respiratória.7
Contudo, a despeito das fortes evidências sobre
os benefícios da amamentação exclusiva nos
primeiros seis meses de vida as prevalências
nacional e mundial permanecem abaixo da meta de
50% recomendadas pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) para o ano de 2025.4,5,8
No Brasil, a partir da década de 1980 foram
implementadas algumas estratégias de promoção,
proteção e apoio à amamentação que resultaram em
efeitos positivos em todos os indicadores de
amamentação.9 A taxa de amamentação na primeira
hora de vida (AMPH), era de 43% em 2006, segundo
a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde
(PNDS); em 2008 a II Pesquisa de Prevalência de
Aleitamento Materno (II PPAM) encontrou 67,1%10
e mais recentemente o Inquérito Nacional Nascer no
Brasil, realizado em maternidades brasileiras,
portanto, com menor risco de viés de memória que
inquéritos anteriores, apontou uma prevalência
nacional de 56%.11 A duração mediana da amamen-
tação passou de 2,5 para 11,3 meses no período de
1975 a 2008 e o aleitamento materno exclusivo em
menores de seis meses, embora tenha aumentado em
14 vezes, passando de 3,1% para 41,0%, ainda se
encontra abaixo do esperado.10,12
Dentre as ações implementadas para promover o
aleitamento materno a Iniciativa Hospital Amigo da
Criança (IHAC) está entre as intervenções mais
eficazes para melhorar as taxas de AMPH, AME,
amamentação predominante (AMP) e qualquer
amamentação (AM).13-15 A IHAC foi criada pela
OMS e pelo Fundo das Nações Unidas para a
Infância no início da década de 1990 com o objetivo
de diminuir a morbimortalidade infantil por meio do
estímulo à prática da amamentação. Em 2016, 10%
dos nascimentos globais ocorreram em HAC,
variando de 35% na Europa a 5% na África, sendo
15% na América Latina e Caribe.5,8 No Brasil, em
2016 havia 326 hospitais credenciados correspon-
dendo a uma cobertura de 23,4% dos nascimentos no
país.5,8,16
Embora a efetividade da IHAC em elevar as
taxas de amamentação esteja bem demonstrada na
literatura,13-15 ainda é pouco conhecido seu efeito
potencial na redução de mortes infantis.
Considerando-se a importância de estudos de
impacto e estimativas de realidade para se avaliar
políticas e ações de saúde, o objetivo desta análise
foi estimar a fração atribuível populacional da
mortalidade infantil mediante as mudanças em indi-
cadores de amamentação no Brasil devido à IHAC.
Métodos
Trata-se de uma estimativa do impacto da IHAC na
redução da mortalidade infantil com nível de infe-
rência de plausibilidade, baseada no cálculo de
fração atribuível populacional (FAP). A FAP é uma
medida capaz de mensurar o efeito da eliminação do
fator de risco para determinado desfecho, medindo o
quanto a ocorrência do desfecho pode ser diminuída
se o fator de risco fosse eliminado e, portanto,
permite quantificar o efeito de uma estratégia
preventiva na Saúde Pública.17-19
Utilizaram-se duas fontes de dados secundários
nas análises, uma para coleta de dados sobre a
prevalência de amamentação em crianças nascidas
em Hospitais Amigos da Criança (HAC) ou não
Hospitais Amigos da Criança (NHAC) e outra para
dados nacionais de mortalidade infantil.
As prevalências de amamentação entre crianças
nascidas em HAC e NHAC foram obtidas da II
Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno (II
PPAM) realizada no Brasil em 2008. A PPAM é um
inquérito nacional realizado em todas as capitais
brasileiras e no Distrito Federal sobre as práticas de
alimentação infantil envolvendo lactentes menores
de um ano que comparecem às campanhas nacionais
de multivacinação. O protocolo de pesquisa da II
PPAM foi aprovado pelo Comitê de Ética do
Silva OLO et al.
3. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018 493
Iniciativa Hospital Amigo da Criança: amamentação e mortalidade infantil
Instituto de Saúde (Protocolo 001/2008, de
06/05/2008), após consulta à Comissão Nacional de
Ética em Pesquisa.
Os participantes da II PPAM foram selecionados
considerando o número de postos de vacinação e o
número de crianças imunizadas em cada posto no
ano anterior. A amostra foi definida em duas etapas.
Na primeira etapa, foram sorteados os postos e na
segunda o sorteio sistemático das crianças na fila
para serem vacinadas. O instrumento para coleta de
dados contemplava características das crianças e
suas mães, o nascimento em HAC ou NHAC e o
consumo alimentar da criança nas últimas 24
horas.10 Para esta análise foram incluídas apenas
crianças menores de seis meses de idade (n=18.929),
34,1% nasceram em HAC e metade (50,7%)
nasceram de parto normal. No momento da entre-
vista, 71,4% das mães possuíam de 20 a 35 anos,
38,5% estudaram até nove anos e apenas 14,7% das
mães trabalhavam fora de casa. A amostra da PPAM
foi delineada para ser representativa das mães e
crianças residentes nas capitais brasileiras e Distrito
Federal.10,12
Para o cálculo do número de mortes evitáveis
foram utilizados os dados nacionais de mortalidade
infantil disponíveis no DATASUS, sistema do
Ministério da Saúde, Brasil, referentes ao ano de
2008, para os três indicadores de mortalidade especi-
ficados a seguir: (a) Mortalidade neonatal tardia
definida como óbitos ocorridos de 7 a 27 dias de
vida completos. Optou-se por utilizar apenas os
óbitos ocorridos neste período devido à forte
influência dos fatores perinatais na mortalidade
neonatal precoce (óbitos ocorridos de 0 a 6 dias de
vida completos)]; (b) Mortalidade por todas as
causas ocorridas no período de 7 dias a 180 dias de
vida e (c) Mortalidade por infecção ocorrida no
período de 7 dias a 180 dias de vida.
A análise dos dados consistiu de 2 etapas
descritas na Figura 1. A primeira etapa buscou iden-
tificar a associação entre nascer em HAC e práticas
de amamentação e consistiu de dois passos. No
primeiro passo (1a) foram obtidas as prevalências
dos três indicadores de amamentação segundo nasci-
mento em HAC ou NHAC. Para garantir a represen-
tatividade das prevalências dos indicadores de
amamentação, estas foram obtidas levando-se em
conta a complexidade da amostra da II PPAM,
considerando o peso amostral de cada capital. No
segundo passo (1b), calculou-se a diferença
percentual nas prevalências de amamentação devido
ao nascimento em HAC mediante a seguinte
expressão:
Prevalência HAC – prevalência NHAC X 100
prevalência NHAC
Na segunda etapa, estimou-se a fração atribuível
da IHAC na redução da mortalidade infantil mediada
pelo incremento da amamentação. Para tal, no
primeiro passo dessa segunda etapa (2a) calculou-se
a fração atribuível populacional da não amamen-
tação para crianças nascidas em NHAC (FAPNHAC)
e para os nascidos em HAC (FAPHAC),
considerando-se os três indicadores de mortalidade
selecionados. Nesta análise a FAP foi calculada
conforme proposto por Rezende e Eluf-Neto.18
Onde, RR é o risco relativo de mortalidade de
expostos em relação aos não expostos. Foram
obtidas as estimativas de risco relativo (RR) de
meta-análises sobre efeito da amamentação nos indi-
cadores de mortalidade descritos na literatura
(Tabela 1) e Pex é a prevalência da exposição obtida
a partir dos dados da II PPAM.
Foram consideradas como fatores de exposição
duas condições: a não amamentação na primeira
hora de vida (NAMPH) e a não amamentação em
menores de 6 meses (NAM). Como desfechos foram
analisados (i) mortalidade neonatal tardia mediada
pela exposição à NAMPH, (ii) mortalidade por todas
as causas e (iii) mortalidade por infecção mediada
pela exposição à NAM comparada a crianças em
AME, ambos em menores de 6 meses.
No segundo passo (2b), foi estimado o número
de óbitos infantis atribuíveis à não amamentação
aplicando as FAPs estimadas (FAPNHAC e
FAPHAC) aos dados de mortalidade infantil ocor-
ridos em 2008. Dessa forma, a estimativa do número
de mortes evitáveis pela promoção da amamentação,
caso todas as crianças nascessem em HAC, foi
obtido subtraindo-se os óbitos atribuíveis à
FAPNHAC da FAPHAC.
A análise estatística dos dados foi realizada no
programa StataSE 14.1 e Excel®. A comparação
entre as proporções foi realizada pelo teste do qui-
quadrado e o cálculo dos intervalos de confiança das
FAPs pelo método de substituição, conforme
proposto por Daly20 e aplicado em estudos dessa
natureza.17
Resultados
Na amostra obtida da II PPAM as taxas de aleita-
mento materno entre as crianças nascidas em HAC
(34,1% dos 18.929 menores de 6 meses) foram signi-
ficativamente mais elevadas em todos os indi-
cadores. A Tabela 2 apresenta as prevalências dos
três indicadores de amamentação investigados para
FAP = Pex (RR-1)/Pex (RR-1) + 1
4. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018494
Silva OLO et al.
Figura 1
Descrição das etapas de análise para estimativa da redução da mortalidade infantil mediada pela amamentação
promovida pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC).
Etapa1
EfetividadedaIHACnapromoção
daamamentação
Etapa2
EfstimarafraçãoatribuíveldaIHACna
reduçãodamortalidade,mediadapelo
incrementonaamamentação
(1a) Prevalência em HAC e NHAC (AMPH, AME < 6 meses, AM < 6meses)
Fonte: II PPAM, 2008
(1b) Aumento promovido nos indicadores de AM (AMPH, AME < 6 meses,
AM < 6meses)
(2a) Cálculo da fração atribuível da não-amamentação na mortalidade para
nascidos em HAC e NHAC
i. Mortalidade neonatal tardia
ii. Mortalidade por todas as causas
iii. Mortalidade por infecção
(2b) Estimativado número de mortes evitáveis pela IHAC
Fonte: DATASUS
Amigo da Criança (HAC), Não Hospital Amigo da Criança (NHAC), Amamentação na primeira hora de vida (AMPH),
amamentação exclusiva (AME), amamentação (AM), II Pesquisa de Prevalência do Aleitamento Materno (II PPAM).
Tabela 1
Efeito da não amamentação nos indicadores de mortalidade infantil, segundo meta-análises.
Indicadores Risco Relativo (IC95%) Referência
Mortalidade neonatal em crianças de 7 a 27 dias de vida não amamen-
tadas na primeira hora quando comparadas às crianças que receberam
aleitamento materno na primeira hora após o nascimento.
Mortalidade por todas as causas para crianças de 0 a 5 meses não ama-
mentadas em comparação com crianças em AME na mesma faixa etária.
Mortalidade por infecções em crianças de 0 a 5 meses não amamen-
tadas em comparação com crianças em AME na mesma faixa etária.
2,02 (1,40 – 2,93)
14,4 (6.13 - 33.9)
8,66 (3.19 - 23.5) 3
3
6
5. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018 495
Iniciativa Hospital Amigo da Criança: amamentação e mortalidade infantil
crianças nascidas em HAC e NHAC. Para as
nascidas em HAC, a AMPH aumentou em 11,7%, o
AME em 7,9% e o AM em 2,1%.
Ao serem calculadas as FAPs da mortalidade
infantil pela não amamentação, observou-se que se
todas as crianças nascessem em HAC a fração de
mortalidade atribuível à não amamentação seria
menor para todos os desfechos em virtude das taxas
mais elevadas de aleitamento materno propor-
cionadas pela IHAC (Tabela 3).
A Tabela 4 estima quantas mortes seriam
evitadas caso todas as crianças nascessem em HAC
ao serem aplicadas as FAPNHAC e FAPHAC ao
número de mortes infantis ocorridas em 2008 no
Brasil. A redução na mortalidade proporcionada pela
IHAC foi de 4,2% para mortalidade neonatal tardia,
3,5% para mortalidade por todas as causas e 4,2%
para mortalidade por infecção.
Tabela 2
Prevalências e diferença percentual dos indicadores de amamentação considerando o nascimento em Não Hospital
Amigo da Criança (NHAC) ou Hospital Amigo da Criança (HAC). Capitais brasileiras e Distrito Federal, 2008.
Indicadores de amamentação NHAC1 HAC1 Diferença Observada2 p*
n % n %
AMPH
(n=16.570) 7.035 63,0 4.396 70,4 11,7 <0,05
AME (< 6 meses)
(n=16.632) 4.277 40,5 2.652 43,7 7,9 <0,05
AM (< 6 meses)
(n=17.327) 9.712 87,7 5.669 89,5 2,1 <0,05
1 As prevalências de amamentação foram calculadas considerando o peso amostral da amostra complexa da II Pesquisa
de Prevalência do Aleitamento Materno.
2 Diferença atribuída à Iniciativa Hospital Amigo da Criança nos indicadores de amamentação.
*Teste qui quadrado
AMPH = amamentação na primeira hora de vida; AME = aleitamento materno exclusivo; AM = amamentação.
Tabela 3
Fração atribuível populacional (FAP) da mortalidade infantil associada à não amamentação considerando nascimentos
em Não Hospital Amigo da Criança (NHAC) e Hospital Amigo da Criança (HAC). Capitais brasileiras e Distrito Federal,
2008.
Indicadores de mortalidade FAP da não amamentação (IC95%)
NHAC HAC
Mortalidade neonatal tardia (NAMPH)# 27,4 (12,9-41,7) 23,2 (10,6-36,4)
Mortalidade todas as causas (NAM <6m)* 62,2 (38,7-80,2) 58,7 (35,2-77,7)
Mortalidade por infecção (NAM <6m)* 49,0 (21,2-73,5) 44,8 (18,8-70,5)
# Mortalidade de crianças de 7 a 27 dias não amamentadas na primeira hora em comparação com crianças
amamentadas na primeira hora.
*Mortalidade de crianças 7 dias a 5 meses não amamentadas em comparação com crianças na mesma faixa etária em
amamentação exclusiva.
NAMPH = não amamentação na primeira hora de vida; NAM = não amamentação.
6. 496 Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018
Silva OLO et al.
Tabela 4
Estimativa das mortes atribuíveis à não amamentação entre crianças nascidas em Não Hospital Amigo da Criança
(NHAC), em Hospital Amigo da Criança (HAC) e mortes potencialmente evitadas pela Iniciativa Hospital Amigo da
Criança (IHAC). Capitais brasileiras e Distrito Federal, 2008.
Indicadores Óbitos FAP Óbitos FAP Óbitos Mortes evitadas
em 2008 NHAC atribuíveis HAC atribuíveis com IHAC
NHAC HAC
n %
Mortalidade neonatal tardia (NAMPH)# 6.9931 27,4 1.916 23,2 1.622 294 4,2
Mortalidade todas as causas (NAM <6m)* 17.2162 62,2 10.708 58,7 10.106 602 3,5
Mortalidade por infecção (NAM <6m)* 17.2162 49,0 8.436 44,8 7.713 723 4,2
1 Óbitos de crianças de 7 a 27 dias, em 2008. Fonte: DATASUS
(http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/inf10uf.def)
2 Óbitos de crianças de 7 dias a 5 meses de idade em 2008. Fonte: DATASUS
(http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/inf10uf.def)
# Mortalidade de crianças de 7 a 27 dias não amamentadas na primeira hora em comparação com crianças
amamentadas na primeira hora.
*Mortalidade de crianças de 7 dias a 5 meses não amamentadas em comparação com crianças na mesma faixa etária
em amamentação exclusiva.
FAP = Fração atribuível populacional; NAMPH = não amamentação na primeira hora de vida; NAM = não
amamentação.
nosso estudo – em que pesem as diferenças de um
país africano e outro na América - pode ser justifi-
cada pelo fato de não ser esta uma análise direta do
efeito da amamentação na mortalidade, e sim uma
estimativa do efeito da IHAC mediado pela
amamentação promovida.
Ao mesmo tempo, evidencia a relevância dessa
política como uma das estratégias mais efetivas para
fomentar a AMPH por preconizar o adiamento dos
cuidados de rotina do recém-nascido, dando oportu-
nidade ao contato pele-a-pele logo após o parto,
favorecendo o início precoce do aleitamento
materno.6,11,14,23 A OMS recomenda que este
procedimento seja incorporado aos padrões
nacionais de qualidade para cuidados de saúde
materna, neonatal e infantil, visando a prevenção de
mortes infantis.5,8
A redução de 602 óbitos por todas as causas e
723 mortes por infecção em menores de 6 meses foi
identificada mesmo com pequena diferença
percentual em qualquer amamentação promovida
pela IHAC (2,1%). Nossos achados corroboram
resultados descritos na literatura.2,7,4 Lamberti et al.2
observaram que crianças não amamentadas, quando
comparadas a crianças em amamentação mesmo que
parcial, apresentaram 4,7 vezes maior risco de morte
por todas as causas e 9,5 vezes maior de morte por
pneumonia.2,3,4,8 Victora et al.4 em revisão
Discussão
Os resultados retratam de maneira inédita o impacto
potencial da IHAC na redução da mortalidade
infantil no Brasil ao elevar as prevalências de dife-
rentes indicadores de amamentação e o quanto
nascer em Hospital Amigo da Criança significa em
termos de vidas salvas. Entre os nascidos em HAC a
prevalência da amamentação na primeira hora de
vida foi 11,7% maior que os não nascidos em HAC.
Da mesma forma, o AME em menores de seis meses
foi 7,9% mais prevalente entre os nascidos em HAC.
Essas prevalências mais elevadas de amamentação
resultaram na redução de 3,5 a 4,2% dos óbitos
infantis entre crianças de 7 a 180 dias de vida, caso
todas as crianças nascessem em HAC.
O efeito observado na redução da mortalidade
neonatal tardia, em decorrência de maior prevalência
na AMPH em crianças nascidas em HAC, reforça as
evidências dessa prática como um importante fator
de proteção à sobrevivência infantil.6,8,21,22 Edmond
et al.22 em um ensaio randomizado com 10.947
crianças em Gana demonstrou o efeito protetor da
amamentação precoce observando que 22% das
mortes neonatais poderiam ser evitadas se a
amamentação fosse iniciada na primeira hora de vida
e 16% se todas as crianças fossem amamentadas no
primeiro dia. A redução inferior encontrada em
7. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018 497
Iniciativa Hospital Amigo da Criança: amamentação e mortalidade infantil
sistemática e metanálise evidenciou a proteção
contra o risco de morrer por doenças infecciosas
conferida por qualquer amamentação e, em especial
pelo AME, proteção que se estende até o segundo
ano de vida. Logo, o aumento da amamentação deve
estar entre as principais prioridades para reduzir
mortes infantis, justificando investimentos em
políticas públicas promotoras do aleitamento
materno.4,5,8
Tais evidências, portanto, fundamentam o
propósito original da IHAC de contribuir para a
redução da mortalidade infantil, haja vista a associ-
ação entre IHAC e taxas mais elevadas de amamen-
tação.13-15 Neste estudo, apesar da efetividade da
IHAC em elevar as prevalências do aleitamento
materno, o efeito observado é mais discreto quando
comparado a estudos internacionais. Um ensaio
comunitário, quase experimental, realizado em 54
municípios da Noruega, incluindo 2.030 crianças
mostrou que a IHAC aumentou em 33% a probabili-
dade de AME em menores de seis meses.24
Recente revisão sistemática com meta-análise
concluiu que a IHAC contribuiu para aumentar em
20% a AMPH, em 49% o AME nos primeiros seis
meses e em 66% qualquer amamentação.14 Pérez-
Escamilla et al.15 revisando estudos de 19 países
concluiu que a IHAC tem efeito positivo nos desfe-
chos de amamentação em curto, médio e longo
prazo, confirmando os resultados do estudo
PROBIT, pioneiro em demonstrar a efetividade da
IHAC.13
Sabe-se entretanto que a ocorrência desse efeito
está sujeita ao cumprimento dos Dez Passos para o
Sucesso da Amamentação, base da Iniciativa.
Segundo Pérez-Escamilla et al.15 existe uma relação
dose-resposta entre o número de etapas da IHAC nas
quais as mulheres estão expostas e a probabilidade
de melhorar os desfechos da amamentação.
DiGirolamo25 observou que mães que não experi-
mentaram nenhum dos passos da IHAC tiveram 13
vezes mais chance de interromper precocemente a
amamentação. Dentre esses, o passo 10 (encami-
nhamento das mães a grupos de apoio na atenção
básica), parece ser essencial para sustentar os efeitos
da IHAC na amamentação a longo prazo por for-
talecer as ações de apoio e promoção da amamen-
tação realizadas na atenção básica.15,26
No Brasil, dados do monitoramento on-line da
IHAC realizado anualmente pelo Ministério da
Saúde, apontam aumento do grau médio de cumpri-
mento dos Dez passos de 56,8% em 2011 para 86,8%
em 2015, com evolução do passo 4 (contato pele-a-
pele) de 45% para 65% no mesmo período.16 No
entanto, estudos nacionais realizados ao longo dos
25 anos da IHAC no Brasil, destacaram as dificul-
dades para o cumprimento dos 10 passos em hospi-
tais credenciados.26-29 Este pode ser, portanto, um
dos principais fatores que contribuiram para mini-
mizar a efetividade da IHAC na redução da mortali-
dade infantil via promoção da amamentação obser-
vada neste estudo.
Recentes relatórios da OMS e OPAS reconhecem
que a IHAC, em nível mundial, enfrenta inúmeros
desafios em termos de sustentabilidade, financia-
mento e prioridades concorrentes. Dentre os princi-
pais desafios encontram-se resistência às mudanças
e falta de identificação com a Iniciativa, problemas
com recursos humanos, como a rotatividade de
pessoal e a falta de treinamento e violações do
Código Internacional de Comercialização de
Substitutos de leite materno. Alertam que a atenção
à essa política vem diminuindo ao longo do tempo,
carecendo ser revitalizada, haja vista sua
importância na promoção da amamentação para
salvar vidas.5,8
No Brasil, um estudo observou que a implan-
tação da IHAC constitui um processo de mudança
abrangente que influencia diferentes aspectos de
uma instituição, incluindo mudanças estruturais e
tecnológicas e em especial de ordem cultural,
passando pela resistência à mudança e falta de apro-
priação da Iniciativa por médicos e gestores.30 Isto é
necessário para a sensibilização e humanização dos
profissionais envolvidos na aplicação das práticas
adequadas do parto/nascimento e amamentação.
Essas questões requerem enfrentamento e ajudam a
explicar os desafios para o cumprimento dos
critérios exigidos pela Iniciativa, que podem deter-
minar seu impacto na redução da mortalidade
infantil.
Embora as estimativas de prevalência dos indi-
cadores de amamentação tenham sido obtidas de
uma amostra representativa das crianças residentes
nas capitais brasileiras e Distrito Federal, não é
possível afirmar, no momento da realização do
estudo, se os HAC cumpriam os Dez Passos. Dessa
forma, as estimativas de impacto da IHAC mediada
pelo aumento das prevalências da amamentação
podem estar subestimadas, sendo esta uma limitação
deste estudo. Contudo, a abordagem da FAP consiste
em uma metodologia viável e recomendada que deve
ser repetida para avaliar o impacto de intervenções
em saúde pública.17-19
Consideramos que os dados gerados, não
obstante a limitação citada, trazem importante
contribuição em favor da expansão dessa política no
Brasil.
A IHAC contribuiu para reduzir óbitos infantis
8. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018498
Silva OLO et al.
reforçam a importância de investimentos nacionais
no fortalecimento, expansão e sustentabilidade dessa
política pública.
em crianças de 7 a 180 dias em 2008 no Brasil. A
redução da mortalidade infantil potencialmente
atribuível a IHAC por elevar as prevalências de
diferentes indicadores de amamentação justificam e
Referências
1. UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Levels & Trends in Child Mortality: Report 2017 -
Estimates developed by the UN inter-agency group for
child mortality estimation. New York: UNICEF/WHO;
2017. [acesso em 26 fev 2018]. Disponível em: http://child-
mortality.org/files_v21/download/IGME%20report%20
2017%20child%20mortality%20final.pdf
2. Lamberti LM, Zakarija-Grković I, Walker CL, Theodoratou
E, Nair H, Campbell H. Breastfeeding for reducing the risk
of pneumonia morbidity and mortality in children under
two: a systematic literature review and meta-analysis. BMC
Public Health. 2013; 13 (Suppl. 3): S18.
3. Sankar MJ, Sinha B, Chowdhury R, Bhandari N, Taneia S,
Martines J, Bahl R. Optimal breastfeeding practices and
infant and child mortality: a systematic review and meta-
analysis. Acta Pediatr. 2015; 104 (3): 3-13.
4. Victora CG, Bahl R, Barros AJD, França GVA, Horton S,
Krasevec J et al. Breastfeeding in the 21st century:
epidemiology, mechanisms, and lifelong effect. Lancet.
2016; 387 (10017): 475-90.
5. WHO (World Health Organization). National
Implementation of the Baby-friendly Hospital Initiative,
Geneva; 2017. [acesso em 10 de set 2017]. Disponível em:
http://www.who.int/nutrition/publications/infantfeeding/bfh
i-national-implementation2017/en/
6. Khan J, Vesel L, Bahl R, Martines JC. Timing of
Breastfeeding Initiation and Exclusivity of Breastfeeding
During the First Month of Life: Effects on Neonatal
Mortality and Morbidity—A Systematic Review and Meta-
analysis. Matern Child Health J. 2015; 19: 468-79
7. Escuder MM, Venâncio SI, Pereira JCS. Estimativa de
impacto da amamentação sobre a mortalidade infantil. Rev
Saúde Pública. 2003; 37 (3); 319-25.
8. OPAS (Organización Panamericana de la Salud). La
Iniciativa hospital amigo del niño en América Latina y el
Caribe: Estado actual, retos y oportunidades. Washington,
DC: OPS, 2016.
9. Rea MF. Reflexões sobre a amamentação no Brasil: de
como passamos a 10 meses de duração. Cad Saúde Pública.
2003; 19 (Supl. 1): S37-S45.
10. Brasil. Ministério da Saúde. II Pesquisa de Prevalência de
Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito
Federal. Brasília, DF; 2009. 108p. [acesso em 26/02/2018]
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica-
coes/pesquisa_prevalencia_aleitamento_materno.pdf
11. Carvalho ML, Boccolini CS, Oliveira MIC, Leal MC. The
baby-friendly hospital initiative and breastfeeding at birth
in Brazil: a cross sectional study. Reprod Health. 2016; 13
(3): 119.
12. Venâncio SI, Saldiva SRDM, Monteiro CA. Tendência
secular da amamentação no Brasil. Rev Saúde Pública.
2013; 47 (6): 1205-8.
13. Martens PJ. What do Kramer's Baby-Friendly Hospital
Initiative PROBIT studies tell us? A review of a decade of
research. J Hum Lact. 2012; 28 (3): 335-42.
14. Sinha B, Chowdhury R, Sankar MJ, Martines J, Taneia S,
Mazumder S et al. Interventions to improve breastfeeding
outcomes: a systematic review and meta-analysis. Acta
Pædiatr. 2015; 104: 114-35.
15. Pérez-Escamilla RP, Martinez JL, Segura-Pérez S. Impact
of the Baby-friendly Hospital Initiative on breastfeeding
and child health outcomes: a systematic review. Matern
Child Nutr. 2016; 12 (3): 402-17.
16. Cruz NS. Evolução do grau de cumprimento dos critérios
preconizados pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança no
Brasil. In: IBFAN. Anais do XIV Encontro Nacional de
Aleitamento Materno; 2016, 22 a 25 de nov; Florianópolis,
Brasil. 2016. p.528.
17. McIsaac KE; Moineddin R; Matheson FI. Breastfeeding as
a means to prevent infant morbidity and mortality in
Aboriginal Canadians: A population prevented fraction
analysis. Can J Public Health. 2015; 106 (4): 217-222.
18. Rezende LFM, Eluf-Neto J. Fração atribuível populacional:
planejamento de ações de prevenção de doenças no Brasil.
Rev Saúde Pública. 2016; 50: 30.
19. Camey AS, Agrononik M, Radaelli J, Hirokata NV. Fração
atribuível populacional. Rev HCPA. 2010; 30 (1): 77-85.
20. Daly LE. Confidence limits made easy: Interval estimation
using a substitution method. Am J Epidemiol. 1998; 147(8):
783-90.
21. Debes AK, Kohli A, Walker N, Edmond K, Mullany LC.
Time to initiation of breastfeeding and neonatal mortality
and morbidity: a systematic review. BMC Public Health.
2013; 13 (Suppl. 3): S19.
22. Edmond KM, Zandoh C, Quigley MA, Amenga-Etego S,
Owusu-Agyei S, Kirkwood BR. et. Delayed breastfeeding
initiation increases risk of neonatal mortality. Pediatrics.
2006; 117 (3): e380-6.
23. Venâncio SI, Saldiva SR, Escuder MM, Giugliani ER. The
baby-friendly hospital initiative shows positive effects on
breastfeeding indicators in Brazil. J Epidemiol Community
Health. 2012; 66 (10): 914-8.
24. Baeruk A, Langsrud O, Loland BF, Tufte E, Tylleskar T,
Fretheim A. Effectiveness of Baby-friendly community
health services on exclusive breastfeeding and maternal
satisfaction: a pragmatic trial. Matern Child Nutr. 2016; 12:
428-39.
25. DiGirolamo AM, Grummer-Strawn LM, Fein SB. Effect of
maternity-care practices on breastfeeding. Pediatrics. 2008;
122 (Suppl. 2): 43-9.
9. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 18 (3): 491-499 jul-set., 2018 499
Iniciativa Hospital Amigo da Criança: amamentação e mortalidade infantil
26. Passanha A, Benício MHD, Venâncio SI, Reis MCG.
Influência do apoio ao aleitamento materno oferecido pelas
maternidades. Rev Saúde Pública. 2015; 49: 85.
27. Ortiz PN, Rolim RB, Souza MFL, Soares PL, Vieira TO,
Vieira GO, Lyra PPR, Silva LR. Comparação das práticas
de amamentação em hospitais IHAC e não credenciados em
Salvador, Bahia. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2011; 11
(4): 405-13.
28. Oliveira MIC, Hartz ZMA, Silva KS. Avaliação da implan-
tação da iniciativa hospital amigo da criança no Rio de
Janeiro, Brasil. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2012; 12
(3): 281-95.
29. Araújo MFM, Otto AFN, Schmitz BAS. Primeira avaliação
do cumprimento dos dez passos para o sucesso do aleita-
mento materno nos Hospitais Amigos da Criança do Brasil.
Rev Bras Saúde Matern Infant. 2003; 3 (4): 411-9.
30. Sekya SR, Luz TR. Mudança organizacional: implantação
da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Ciênc Saúde
Coletiva. 2010; 15 (Supl. 1): 1263-73.
______________
Recebido em 15 de Setembro de 2017
Versão final apresentada em 3 de Junho de 2018
Aprovado em 16 de Julho de 2018