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ICMBio concorre em três categorias
ao Prêmio Nacional do Turismo 2018
ICMBio
ICMBio testa drones
na Amazônia
Oficinas discutem
governança de Corredor
Ecológico Ramsar
Mariana: monitoramento
ambiental três anos
depois
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Edição 496 - Ano 11 – 30 de novembro de 2018
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br2 3
História do Brasil e contato com
a natureza marcam passeio no
Parna do Descobrimento
Cenap realiza oficina para elaboração
do PAN Ungulados
O feriado da Proclamação da República,
celebrado no dia 15 de novembro, marcou a
realização do 4º Passeio Ecológico da Repúbli-
ca, uma tradição anual do Parque Nacional do
Descobrimento (BA). Com atividades durante
todo o dia, o evento tem por objetivo forta-
lecer o turismo ecológico e o etnoturismo na
região.
Nesta edição, o passeio contou com a pre-
sença dos indígenas Pataxó, que contribuíram
com as atividades artísticas e educativas da
programação, e auxiliaram a promoção do
evento com a comercialização de alimentos
típicos e bebidas naturais. Dentre as dinâmi-
cas, realizou-se uma palestra com a professo-
ra de História Cristiane, da Aldeia Kai, sobre a
importância da República para o País, seguida
das apresentações de jovens da mesma aldeia.
A atração principal ficou por conta do pas-
seio pelas trilhas, que poderia ser feito de
bicicleta, a pé ou a cavalo. Independente do
meio de transporte escolhido, os participan-
tes puderam admirar e contemplar as belezas
da fauna e da flora do parque, uma porção
O Centro Nacional de Pesquisa e Conserva-
ção da Biodiversidade de Mamíferos Carnívo-
ros (Cenap) reuniu, no início do mês, mais de
30 pesquisadores na sede do centro, em Ati-
baia (SP), a fim de elaborar o Plano de Ação
Nacional (PAN) dos Ungulados. Com o intuito
de promover a viabilidade populacional das
espécies ameaçadas em todos os biomas de
ocorrência, o plano vigora por até cinco anos
a partir da data de publicação da portaria de
aprovação.
O PAN contempla alguns mamíferos pre-
sentes na Lista Nacional Oficial de Espécies da
Fauna Ameaçadas de Extinção (Portaria MMA
nº 444/2014), como: Cervo-do-pantanal (Blas-
tocerus dichotomus), veado-bororó-do-sul
(Mazama nana), veado-campeiro (Ozotoceros
bezoarticus), queixada (Tayassu pecari), anta
(Tapirus terrestres) e veado-bororó-de-são-
-paulo (Mazama bororo). Além destes, cate-
gorizados como Vulneráveis (VU), também
são favorecidos pelo plano os animais cujos
dados de risco são insuficientes (DD), tais
como veado-mateiro (Mazama americana),
veado-roxo (Mazama nemorivaga) e cariacu
(Odocoileus virginianus).
Durante o encontro, foram elaborados
oito objetivos específicos e 81 ações voltadas
principalmente para reduzir os problemas re-
ferentes a caça, atividades antrópicas, enfer-
midades, impactos de empreendimentos e
preservada da Mata Atlântica. De acordo com
a equipe do Parque do Descobrimento, cerca
de 200 pessoas estavam presentes no evento,
sem contar os realizadores.
O Passeio Ecológico da República é apoia-
do pela Coordenação Geral de Uso Público
(CGEUP), Secretaria de Turismo, Esporte e Cul-
tura da Prefeitura de Prado (SETEC) e Associa-
ção Pradense de Restaurantes, Hoteis, Opera-
doras, Pousadas e Estabelecimento Comerciais
(Aprhope). Participaram também a Polícia Mi-
litar e a ONG Conservation Internacional (CI).
TERRA À VISTA
O Parque Nacional do Descobrimento não
recebeu esse nome à toa. A área marca o lo-
cal onde ocorreram os primeiros contatos dos
portugueses com os nativos indígenas brasilei-
ros. A unidade fica próxima ao Rio Cahy, o pri-
meiro ponto de fundeio da armada de Pedro
Alvares Cabral no descobrimento do Brasil, em
1500. Antes da chegada dos colonizadores, o
local era habitado por etnias que deram ori-
gem aos indígenas Pataxós.
Além da enorme relevância histórica, o
parque localiza-se no extremo sul da Bahia,
em uma das últimas áreas remanescentes de
Mata Atlântica do estado. No ano 2000, o
local recebeu o título de Patrimônio Natural
da Humanidade pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO).
modificação do habitat natural dos animais
supracitados. Por fim, foi constituído o Grupo
de Assessoramento Técnico que auxiliará na
implementação e monitoria destas ações.
Estavam presentes na oficina as seguintes
instituições: UFES/Pro-Tapir, SMA-SP, UFABC,
IMASUL, AZAB, DNIT, IPÊ/INCAB, Tijoá Partici-
pações e Investimentos, UFV, ViaFauna, Tro-
pical Sustainability Institute, UESC, UNESP/
NUPECCE, UNESP-Rio Claro, Instituto Manacá,
UFMG, IFRJ, ÚNICA, AES Tietê, FURNAS, Ibama
(DBFLO) e ICMBio (Copan e Cenap).
UNGULADOS
Popularmente conhecidos como ungula-
dos, os animais pertencentes às ordens Peris-
sodactyla (cavalo, zebra, rinoceronte, anta) e
Artiodactyla (gado bovino, antílope, girafa,
camelo, porco, queixada, hipopótamo, cer-
vídeos), são mamíferos dotados de cascos e
estão entre as espécies mais populares como
alvo de caça. Têm ciclos de vida longos, com
extenso período de gestação e demoram mui-
tos anos para começar a se reproduzir. Além
disso, algumas espécies vivem em grupos
com um número considerável de indivíduos,
chamando atenção de caçadores ilegais. De-
vido a estas características, são espécies mui-
to suscetíveis à extinção local em função de
pressões humanas.Passeio ecológico reconecta história do Brasil, etnoturismo e natureza
PAN Ungulados vai contemplar espécies ameaçadas de extinção como veado-campeiro e cervo-do-pantanal
AcervoICMBio
Lívia Rodrigues
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br4 5
e REVIS Ilha dos Lobos. O objetivo geral do
evento foi promover a integração entre pesca-
dores e pescadoras artesanais do território de
abrangência do projeto (norte do Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e litoral centro do Pa-
raná), estimulando e fortalecendo iniciativas
cooperativas entre os pescadores/as e as uni-
dades de conservação existentes no território
(APA Baleia Franca, Esec Carijós, Parna Ilha dos
Currais, Resex Pirajubaé, Resex Araranguá, Re-
vis Ilha dos Lobos, Baía da Babitonga).
A abertura da oficina foi realizada pela
analista ambiental do CNPT, Carolina Alvite, e
pela liderança da Confrem local, Maria Apa-
recida Ferreira, e seguiu com uma roda de
apresentações onde todos os participantes
compartilharam suas relações com a pesca ar-
tesanal e identificaram, no mapa, seu local de
origem. O grupo pôde refletir sobre os desa-
fios enfrentados pelos pescadores na região,
identificando diversos problemas comuns
entre eles, entre os quais destacam-se: o de-
sinteresse da juventude em continuar na pro-
fissão dos pais, os conflitos de acesso e uso
das áreas de pesca e moradia, a necessidade
de melhores ações de proteção e fiscalização
Entre os dias 8 e 10 de novembro, foi reali-
zada a I Oficina Regional de Integração entre
Pescadores, Pescadoras e Unidades de Conser-
vação, no município de Tubarão/SC. O evento
faz parte do Projeto “Fortalecimento das Li-
deranças e Organizações da Pesca Artesanal
na APA Baleia Franca e REVIS Ilha dos Lobos e
Integração Regional”, executado pelo ICMBio
por meio do Centro Nacional de Pesquisa e
Conservação da Sociobiodiversidade Associa-
da a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT/
Base Avançada de Florianópolis), da Área de
Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca e
do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Ilha dos
Lobos, em parceria com a Comissão Nacional
de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e
dos Povos e Comunidades Tradicionais Extra-
tivistas Costeiros e Marinhos (Confrem) com
recursos do Projeto Gefmar.
A oficina contou com 55 participantes, in-
cluindo pescadores e pescadoras artesanais
da região sul do Brasil, servidores do Institu-
to Chico Mendes, consultores e bolsistas do
Projeto GEF Mar, representantes da Confrem
Nacional e Local, convidados e representan-
tes das comunidades da APA da Baleia Franca
Oficina fortalece relação entre pescadores artesanais
Oficina de pesca artesanal em
unidades de conservação reúne
lideranças da pesca na região sul
ICMBio recebe 77 mil hectares no
Parque Nacional do Iguaçu
da pesca artesanal nas UCs, entre outros. Os
chefes da APA Baleia Franca, Cecil Roberto De
Maya Brotherhood De Barros, e do Revis Ilha
dos Lobos, Aline Kellermann, fecharam a roda
de apresentações, juntamente com Carlos Al-
berto Pinto dos Santos, coordenador nacional
da Confrem.
O grupo ainda discutiu desafios e possibi-
lidades em temáticas como desenvolvimento
territorial, poluição e acesso às áreas de uso
comum e pesqueiros; agregação de valor na
cadeia produtiva do pescado; gestão e mo-
nitoramento em áreas protegidas e turismo
de base comunitária. O fechamento do even-
to foi marcado pela formação de um grupo
de pescadores e pescadoras da região, para
AcervoICMBio acompanhar o projeto e propiciar a continui-
dade da troca de informações e experiências.
Um dos principais resultados foi a troca de
experiência e o fortalecimento da identidade
entre pescadoras e pescadores artesanais de
diferentes territórios, aprofundando as rela-
ções de confiança entre pescadores e a UC.
O projeto terá continuidade em 2019, com a
realização das seguintes atividades: devoluti-
vas da I Oficina Regional nas comunidades;
cursos de formação de lideranças e de elabo-
ração/gestão de projetos na APA Baleia Franca
e Revis Ilha dos Lobos, e a realização da II Ofi-
cina Regional de Integração entre Pescadores,
Pescadoras e Unidades de Conservação.
Na última sexta-feira (23), o Instituto Chi-
co Mendes de Conservação da Biodiversidade
recebeu do Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra) 77,377 hectares de
terras no Parque Nacional do Iguaçu. As insti-
tuições assinaram um Contrato de Concessão
de Direito Real de Uso (CCDRU) e o passo mar-
cou a retomada, pelo Incra, dos processos de
regularização fundiária de unidades de con-
servação federais.
A área é composta por 11 imóveis localiza-
dos em cinco municípios abrangidos pelo par-
que: Céu Azul, Matelândia, Foz do Iguaçu, São
Miguel do Iguaçu e Serranópolis do Iguaçu.
O acordo foi celebrado pelo presidente do
ICMBio, Paulo Carneiro, que enalteceu a união
dos órgãos federais para o fortalecimento do
Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC). “Sozinhos não conseguiríamos fazer
o que conseguimos obter hoje, com essa con-
cessão de áreas no Parque Nacional do Iguaçu.
O Sistema permite, por exemplo, a criação de
mais de 80 mil empregos na conservação da
biodiversidade. O contrato assinado hoje com
o Incra é um documento de importância histó-
rica para os dois institutos”, ressalta Carneiro.
A transferência de terras foi possível por
meio de assentimento prévio do Conselho de
Defesa Nacional (CDN), cuja confirmação foi
publicada no último dia 5 de novembro, já
que as terras estão na Faixa de Fronteira. O
chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Ivan Bap-
tiston, agradeceu o empenho dos servidores
que permitiu a concretização da CCDRU. “São
pessoas que têm compromisso com um servi-
ço público de qualidade”, destaca Baptiston.
Para o diretor de Ordenamento da Estrutu-
ra Fundiária do Incra, Cletho Muniz de Brito,
que representou o presidente da autarquia,
Leonardo Góes, a concessão das terras do In-
cra ao ICMBio tem uma importância histórica,
dada a dimensão não apenas territorial, mas
simbólica do Parque Nacional do Iguaçu. “Aqui
mostramos para o mundo a efetividade de
políticas públicas que promovam a regulari-
zação fundiária em unidades de conservação.
Estamos falando de um Patrimônio da Huma-
nidade, e agora, com mais segurança jurídica,
o ICMBio pode buscar fontes de recursos in-
clusive fora do país, para mais investimentos.
Incra e ICMBio juntos fazem, de fato, uma ver-
dadeira política de Estado”, diz Brito.
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br6 7
Projeto cria álbum de figurinhas
das lagoas cársticas
Flona de Piraí do Sul realiza mostra de
projetos de educação ambiental
Unir a natureza das aves com diversão e
aprendizado. Foi pensando nisso que o proje-
to Rede Asas do Carste desenvolveu o álbum
de figurinhas “Colecionando aves, descobrin-
do lagoas”, parte do programa de educação
ambiental realizado na APA Carste de Lagoa
Santa. O lançamento aconteceu no dia 7 de
novembro no município de Confins (MG) e foi
considerado um grande avanço na educação
para a unidade de conservação (UC).
O evento reuniu alunos, professores, orga-
nizadores, patrocinadores e representantes da
secretaria de educação, do meio ambiente e da
APA Carste de Lagoa Santa. Todos os presentes
tiveram a oportunidade de receber o álbum
em primeira mão, além de conhecer os proces-
sos de criação do produto e ouvir experiências
dos participantes a respeito do programa.
O Rede Asas do Carste é um projeto que uti-
liza como metodologia as aves da região do
entorno das lagoas cársticas para um proces-
so de aprendizagem. Além disso, tem como
objetivo inserir a comunidade e as escolas da
região no local em que vive e propiciar ques-
tionamentos acerca do meio ambiente. Pen-
sando nisso, alunos locais colaboraram com
as fotografias por meio de visitas de campos
durantes três anos.
No dia 22 de novembro, a Floresta Nacional
de Piraí do Sul realizou a Mostra de Projetos
de Educação Ambiental. A mostra foi uma das
etapas do projeto “Flona de Piraí do Sul: Cons-
truindo Nosso Espaço de Educação Ambien-
tal”, em andamento durante o ano.
Conselheiros, estudantes, professores, agri-
cultores, comunitários, técnicos e voluntários
participaram intensamente do evento, compar-
tilhando experiências desenvolvidas ao longo
do ano em seus espaços de atuação: ao todo,
dez iniciativas foram implementadas em esco-
las municipais de Piraí do Sul e Castro, além da
própria Flona, com a participação da comuni-
dade. Os materiais produzidos também foram
expostos, divulgando as ações realizadas e as
trocas de experiências.
A pesquisadora Eloísa Ramos, do depar-
tamento de Ciências Naturais da Universi-
dade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
desenvolveu projeto sobre hortas medicinais
“Os projetos e iniciativas de educação am-
biental são de suma importância para a sen-
sibilização e conscientização da comunidade,
reforçando o sentido de pertencimento da
população em relação às riquezas socioam-
bientais do território onde elas estão inseridas.
Acreditamos que assim as pessoas passam a
entender melhor e a contribuir de forma es-
pontânea para a conservação ambiental, fa-
vorecendo o cumprimento de nossa missão
institucional”, relata o chefe da APA Carste da
Lagoa Santa, Antônio Calazans.
SOBRE O PROJETO
Durante três anos de trabalho, reuniões e
visitas em campo, o álbum registrou 104 es-
pécies de aves identificadas por alunos de sete
escolas do ensino fundamental do 5° ao 8°
ano. As aulas práticas aconteceram aos sába-
dos e os estudantes foram divididos em duplas
ou trios para realizar as fotografias. Todos fo-
ram acompanhados por monitores da equipe
técnica.
Colaborar com as instituições e formar cida-
dãos mais conscientes e participativos são os
principais objetivos das atividades práticas e o
resultado foi imediato. Robert Gabriel, aluno
da escola de Pedro Leopoldo (MG), participou
do projeto desde o início e destacou que o
acontecimento marcou sua vida. “Quando eu
ficar adulto gostaria que meus filhos tivessem
a oportunidade de participar de programas
como esse. Nunca vou me esquecer de cada
visita e espécie que conheci. Antes não dava
o devido valor para a natureza onde estou in-
serido e hoje eu sei que ela significa uma vida.
Que continuemos a fazer nossa parte perante
a sustentabilidade e o meio ambiente. Precisa-
mos preservar”.
As imagens do álbum acompanham o esta-
do de conservação da ave, seu nome científico
e popular e um breve histórico sobre sua ori-
gem. Além disso, por meio do QR Code, todos
conseguem acessar a ficha dos animais, mapa
de distribuição, habitat, outras fotos e sons.
Álbum de figurinhas deve ser uma ferramenta pedagógica adicional
com comunitários do entorno da Flona. “A
formação em educação ambiental contribui
para perceber o potencial de transformação
da realidade que as iniciativas possuem. E a
implementação do projeto permitiu vivenciar
as dificuldades e as possibilidades no campo
da educação ambiental”, avalia. Já para Julia-
ne Anhaia, que desenvolveu projeto sobre a
gestão de rejeitos suínos com a comunidade
escolar e entorno da Escola Municipal Rural
Padre José de Anchieta, em Piraí do Sul, “a
participação no projeto trouxe ferramentas
para qualificar a ação como educadora, traba-
lhando conflitos ambientais locais e amplian-
do a participação em sua gestão”.
Para a equipe da Flona, a mostra ampliou a
percepção da UC como espaço de articulação
de projetos em Educação Ambiental, contri-
buindo também para a sensibilização da co-
munidade e para a continuidade das inicia-
tivas, fortalecendo a rede de educadores no
entorno da unidade.
Verônica Ferron
Há também o capítulo “Vivenciando a educa-
ção ambiental”, que busca contribuir como
ferramenta pedagógica nas salas de aula, ao
sugerir atividades em todas as disciplinas.
“Tudo isso foi um sonho que virou realida-
de. Acredito que daqui sairão os futuros pes-
quisadores. Vários que participaram,gostaram
e manifestaram a importância da natureza”,
relata Maria Auxiliadora, educadora ambien-
tal que participou da equipe técnica da Rede
Asas.
PROPOSTA DE DISTRIBUIÇÃO
A distribuição será realizada nas escolas
próximas às lagoas carste. Além disso, a prio-
ridade é explorar a parte pedagógica para ser
usada como uma ferramenta a mais para os
professores. Os alunos receberão os álbuns,
porém as figurinhas serão misturadas e dividas
em três montantes, os quais serão entregues
nas instituições em momentos distintos.
Organizadores da Rede Asas darão supor-
te presencial de três visitas e posteriormente
auxilio a distância. Além disso, Gefferson Gui-
lherme, biólogo e organizador do projeto, re-
velou que “a vontade da equipe é retomar o
trabalho de campo com os estudantes, para
que eles continuem a conviver com o ambien-
te em que estão inseridos”.
“Hoje é possível ver estudantes conversan-
do como biólogos, pesquisadores e cientistas
e isso é encantador”, relata José de Castro Pro-
cópio, organizador do programa.
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br8 9
APA/Arie Mamanguape realizam
monitoramento da qualidade da água
do estuário do Rio Mamanguape
ICMBio testa drones na Amazônia
A água do estuário do Rio Mamanguape
pode estar sofrendo impactos negativos de-
vido à degradação causada pelas atividades
humanas. A perda da qualidade hídrica afeta
as espécies que necessitam de boas condições
do ecossistema de estuário para sobrevivên-
cia, como o ameaçado peixe-boi-marinho (Tri-
chechus manatus). Além disso, comunidades
tradicionais dependem diretamente da água
em boa qualidade para dar prosseguimento
ao seu cotidiano, especialmente o sustento de
suas famílias.
Pensando neste contexto, a APA Barra do
Rio Mamanguape e a Arie Manguezais da Foz
do Rio Mamanguape realizam o monitora-
mento da água do estuário do Rio Maman-
guape, no litoral norte do estado da Paraíba.
A iniciativa é apoiada pelo Projeto Mangue-
zais do Brasil, por meio de parceria com o Ins-
tituto Federal da Paraíba (IFPB).
Desde janeiro deste ano, um grupo for-
mado por servidores do ICMBio, estudantes
e professores do IFPB realiza coletas mensais
em nove pontos do estuário para analisar pa-
râmetros físico-químicos da água, além da
avaliação biológica sobre presença de colifor-
mes fecais na água e presença de salmonela
em ostras.
Com os resultados, espera-se identificar se-
tores do estuário do rio Mamanguape onde a
qualidade da água possa estar mais degrada-
da, a fim de possibilitar ações preventivas e de
controle.
Flona do Tapajós foi a primeira a receber drones para testes
Conservação de estuários é essencial para comunitários e espécies nativas
AlessandroCarbone
No último dia 16, servidores do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiver-
sidade (ICMBio) testaram drones na Floresta
Nacional (Flona) do Tapajós, no estado do
Pará, com o objetivo de demonstrar as poten-
cialidades e usabilidades dos equipamentos
no bioma amazônico.
Após meses de planejamento, longo pro-
cesso de aquisição das aeronaves e um curso
de capacitação de piloto de RPA, a Coordena-
ção de Fiscalização (Cofis) do ICMBio deu iní-
cio a fase de testes dos aparelhos, começan-
do pela Amazônia, onde a demanda pelo uso
de drones na fiscalização é constante. Para o
coordenador da Cofis, André Alamino, as in-
formações obtidas pelos testes servirão para
subsidiar as futuras aquisições do instituto,
apontando qual o melhor aparelho para de-
terminado tipo de missão a ser realizada.
Rafael Cabral, analista ambiental e coor-
denador do projeto OARP (operadores de
aeronaves remotamente pilotadas) da Cofis,
explica quais parâmetros foram examinados
durante os testes: “são analisados, dentre ou-
tros fatores, a autonomia ou tempo de voo,
distância atingida, comportamento dos sen-
sores (câmeras), das baterias e periféricos, a
estabilidade dos softwares e as limitações do
equipamento quanto ao transporte, portabili-
dade e durabilidade”.
Depois de três dias seguidos de vários tes-
tes na Flona do Tapajós, alguns resultados já
mostram a diferença de uso naquele bioma,
como a autonomia de voo reduzida. “Um voo
que normalmente chega a 30 minutos de du-
ração, teve só 22 na Flona, provavelmente de-
vido ao calor da região, que afeta o aparelho”
comenta Cabral.
Outro destaque dos testes foi o uso da
câmera termal em um dos drones, onde foi
possível avistar um indivíduo em um pequeno
barco entrando na Flona em plena madruga-
da e uma área de queima de vegetação.
Atualmente, a Cofis conta com três tipos de
aeronaves para testes, que são: Dji Phantom 4
pro, Dji Matrice 200 e EBEE S.O.D.A., com cada
uma possuindo características que ditam a fina-
lidade para qual poderá ser usada em campo.
A equipe de teste foi formada pelos analis-
tas Rafael Cabral, da Cofis, e Pedro Oliveira,
do Refúgio de Vida Silvestre Rio dos Frades,
que são os responsáveis pelo projeto; Dani-
lo Silva, um dos primeiros técnicos da Cofis a
sercapacitado como piloto de drone; além de
dois servidores do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e um servidor da Flona Tapajós; bem
como o apoio da Coordenação Regional de
Santarém do ICMBio.
BrunoBimbato
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br10 11
PRÓXIMOS PASSOS
Após os testes, que ocorrerão em outros bio-
mas, a intenção é liberar os equipamentos para
uso, por servidores capacitados, nas ações do
instituto. Estão sendo elaborados outros pro-
jetos para aquisição de mais aeronaves, tanto
para teste quanto para capacitações, expan-
dindo assim a quantidade de equipamentos e
servidores capacitados. “Estamos também em
fase final de tramitação da normativa de uso
de drones no ICMBio, que esperamos publicar
ainda este ano”, explica Cabral.
DRONES NA FISCALIZAÇÃO
O ICMBio já vem utilizando drones em
parcerias com outros órgãos em ações de
fiscalização. Esses equipamentos podem ser
empregados de maneira tática e estratégi-
ca, especialmente no geoprocessamento. “O
drone traz mais segurança para o agente e
mais precisão ao possibilitar trabalhos prévios
de planejamento para subsidiar estratégias”,
explica Alamino.
Antes de serem utilizados em ações de ope-
ração, testes já são realizados em simulações
a atividades reais mais controladas. A próxima
fase será uma estruturação interna para ver
qual será o locus e como será operacionaliza-
da o uso de drones pela Instituição bem como
a capacitação dos pilotos. “A princípio, o per-
fil desejado é disponibilidade para participar
das ações de fiscalização”, conclui Alamino.
Confira aqui mais imagens da operação:
https://bit.ly/2E1LdRN
Confira aqui um vídeo sobre a operação:
https://bit.ly/2FMQs9T
BrunoBimbato
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br12 13
Sistema Nacional de Unidades de Conserva-
ção (Snuc). Formalizada pela Portaria nº 407
de 19 de outubro de 2018, esta é uma iniciati-
va conjunta do Instituto, de grupos de volun-
tários e da sociedade civil organizada. A meta
é alcançar, em 20 anos, 18 mil km de trilhas
e movimentar 2 milhões de turistas por ano.
Já na categoria Monitoramento e Avaliação
do Turismo, concorre a iniciativa Contribui-
ções do Turismo em Áreas Protegidas para a
Economia Brasileira. Os estudos econômicos
produzidos pelo analista ambiental Thiago
Beraldo destacam as contribuições e os im-
pactos econômicos gerados localmente por
cada UC.
De acordo com o estudo, em 2017 os visi-
tantes gastaram cerca de R$ 2 bilhões nos mu-
nicípios do entorno das UCs. Com isso, foram
gerados cerca de 80 mil empregos diretos, R$
2,2 bilhões em renda, outros R$ 3,1 bilhões
em valor agregado ao PIB e mais R$ 8,6 bi-
lhões em vendas. Os resultados mostram que
a cada R$ 1 real investido, R$ 7 retornam para
a economia.
ICMBio concorre em três categorias
ao Prêmio Nacional do Turismo 2018
O ICMBio está concorrendo em três das
sete categorias do Prêmio Nacional do Turis-
mo. As categorias são: Valorização do Patri-
mônio pelo Turismo: Rede Brasileira de Trilhas
de Longo Curso e Conectividade; Monitora-
mento e Avaliação do Turismo: Contribuições
do Turismo em Áreas Naturais Protegidas para
a Economia Brasileira; e Governo: PAPP (Parce-
rias Ambientais Público-Privadas).
Ao todo são 21 finalistas que estão concor-
rendo ao troféu de sete categorias do Prêmio
Nacional do Turismo 2018. Elas foram selecio-
nadas entre 208 propostas habilitadas para
concorrer à premiação, com participações de
todo o Brasil. Um total de 241 iniciativas e ca-
sos de sucesso foram inscritas nas seguintes
áreas: monitoramento e avaliação do turismo
(16 projetos); qualificação e formalização no
turismo (19); valorização do patrimônio pelo
turismo (47); turismo de base local e produção
associada ao turismo (46); turismo social (17);
inovação tecnológica no turismo (28); e marke-
ting e apoio à comercialização do turismo (35).
Após a classificação de três finalistas por
categoria, os selecionados passam por aná-
lise meritória e eliminatória da comissão jul-
gadora, que vai eleger os vencedores. A lista
de premiados será anunciada em cerimônia
no próximo dia 5, no Rio de Janeiro. As inicia-
tivas classificadas para a final obedecem aos
critérios adotados para a premiação, como
terem sido criadas especificamente para o se-
tor turístico e implementadas há menos de 24
meses. Outro critério para o caso de sucesso
ter sido aceito pela comissão julgadora foi a
apresentação de resultados de mensuração
de impactos diretos ou indiretos no turismo.
O ministro Edson Duarte é o indicado ao
prêmio na categoria Governo pela implemen-
tação da visitação nas Unidades de Conser-
vação Federais por meio do PAPP (Parcerias
Ambientais Público-Privadas). Espera-se con-
cessionar serviços de apoio à visitação em 11
unidades de conservação, proporcionando
mais infraestrutura, investimentos e turis-
mo nas UCs. A iniciativa para o processo de
Parque da Chapada dos Veadeiros está em processo de concessão dos serviços à visitação
MarceloScaranari concessões foi possível em função da apro-
vação da Lei nº 13.668/2018, que aprimorou
a legislação para a concessão de serviços de
apoio ao uso público nas unidades de conser-
vação. O Parque Nacional do Pau Brasil já en-
cerrou o processo de licitação e o da Chapada
dos Veadeiros está em processo final de esco-
lha do concessionário, e o do Itatiaia está com
a licitação aberta. Os Parques Nacionais Serra
dos Órgãos, Tijuca, Fernando de Noronha e
Iguaçu já contam com serviços concessiona-
dos, sendo os mais visitados e com aprovação
alta quanto a qualidade dos serviços oferta-
dos aos visitantes.
Na categoria de Valorização do Patrimô-
nio pelo Turismo concorre Rede Brasileira de
Trilhas de Longo Curso e Conectividade. O
objetivo do sistema de trilhas é conectar di-
ferentes unidades de conservação do Brasil
através de grandes trilhas nacionais compos-
tas por trilhas locais menores. Também busca
reconhecer e proteger rotas de pedestres de
interesse natural, histórico e cultural, além de
sensibilizar a sociedade para a importância do
MarceloScaranariMarceloScaranari
NelsonYoneda
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br14 15
Três anos depois que a avalanche de rejeitos
desceu toda a bacia hidrográfica do rio Doce,
desde Bento Rodrigues, em Mariana/MG, atin-
gindo no dia 21 de novembro de 2015 a foz
do rio Doce em Regência, Linhares/ES e o mar
em centenas de quilômetros, o grande esforço
dos órgãos ambientais federais e estaduais e de
universidades se consolidou na assinatura do
contrato entre a Fundação Renova – criada para
avaliar, mitigar e compensar os impactos do
maior desastre ambiental do Brasil – com uma
rede de universidades e instituições, denomina-
da Rede RioDoceMar-RRDM.
Os pesquisadores já estão em campo desde
setembro, dando continuidade e ampliando
o monitoramento da biodiversidade aquática
(dulcícola, marinha e estuarina) correspondente
ao detalhado na Cláusula 165 do TTAC firma-
do entre Samarco/Vale/BHP e governos federal
e estaduais de MG e ES, homologado em agos-
to pela Justiça federal, com inclusão dos MPF e
MPE de MG e ES e Defensorias Públicas dos dois
estados, além de representantes dos atingidos.
Ao todo são 27 projetos de pesquisa/monito-
ramento, englobando 193 pontos de amostra-
gem ao longo de 520 Km de costa, entre Guara-
pari-ES e Porto Seguro-BA. Os estudos envolvem
mais de 500 profissionais da academia e trazem
detalhamentos de pesquisas que abrangem de
micro-organismos a grandes mamíferos, perfa-
zendo 43.705 amostras de água, sedimentos,
animais e vegetais até o momento.
O monitoramento abrangerá, também, a
análise de impacto em 40 unidades de conser-
vação alcançadas pela pluma de rejeitos da Sa-
marco, no continente e no mar, incluindo as fe-
derais, administradas pelo ICMBio, que são: RVS
de Santa Cruz, APA Costa das Algas, Parna de
Abrolhos, Resex Cassurubá, Rebio de Comboios
e Flona de Goytacazes.
Estes estudos ajudarão a avaliar os possíveis
impactos dos rejeitos sobre os alvos de con-
servação dessas UCs, e os Centros de Pesquisa
do ICMBio como Tamar, Cemave, CMA, Cepsul,
Cepta e RAN farão, junto com as UC’s, a análise
dos relatórios gerados por estas pesquisas.
Está prevista, por parte da REDE, a formação
de um banco de dados público, incluindo dados
pretéritos, e frutos dos monitoramentos inicia-
dos após a tragédia, com análises e interpreta-
ções feitas com a expertise destes profissionais
da academia, e com acesso online dos órgãos
públicos, o que trará maior confiabilidade e
transparência acerca dos resultados, por esta-
rem sendo conduzidos por instituições ligadas à
pesquisa e academia.
Segundo o analista ambiental do Centro TA-
MAR/ICMBio Leandro Pereira Chagas, outro
importante avanço ao longo desse 3º ano pós-
-desastre foi a consolidação da CT-BIO/CIF nesse
processo, assim como a responsabilidade assumi-
da pelo ICMBio de coordená-la junto com os de-
mais órgãos ambientais. “A própria Câmara pas-
sou por um amplo mapeamento dos fluxos dos
seus processos de trabalho, ocasião que permitiu
identificarmos necessidades e competências para
executar as várias cláusulas do TTAC, sob respon-
sabilidade da CT-BIO/CIF”, frisa Leandro.
Para o Coordenador da Câmara Técnica de
Conservação e Biodiversidade- CT-BIO/CIF, Joca
Thomé, todo esse complexo processo – inte-
grado com diversas esferas e áreas como a da
saúde - carecem de uma legislação especifica e
atuação de outros órgãos, como o de Saúde e
Vigilância Sanitária por exemplo, no que se re-
fere aos efeitos da contaminação das águas e
pescados com os metais pesados, e os riscos re-
ais à saúde da população que porventura possa
estar consumindo regular ou esporadicamente
esse pescado.
“Esse teor de metais pesados, encontrados
por pesquisadores em peixes, por exemplo,
não são totalmente normatizados pela Anvisa.
Quando somos arguidos se a população pode
comer o pescado, se podem tomar banho de rio
ou mar, ficamos sem saber o que dizer, à luz de
quais parâmetros, pois a legislação nunca abar-
cou algo sequer parecido com esse desastre, o
Mariana: monitoramento ambiental
três anos depois
Foz do rio Doce em 9 de dezembro de 2015
maior da mineração ocorrido no mundo. Nossa
função é analisar como estão os índices de con-
taminação da biota e no meio ambiente. Cabe
aos demais setores orientar quanto aos riscos
humanos”, explica Joca Thomé.
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº
42, de 29 de agosto de 2013, determina os valo-
res máximos apenas para chumbo, mercúrio, cá-
dmio e arsênio, mas para os demais metais não
há parâmetros definidos no Brasil. Acesse aqui.
Para o coordenador da CT-BIO/CIF a socieda-
de precisa enxergar o licenciamento ambiental
e todos os planos previstos no rito do licencia-
mento não como entraves ao crescimento eco-
nômico, mas realmente como uma proteção e
resguardo à vida de forma geral, humana e da
biodiversidade.
Além dos impactos ambientais, analisa-se
também por outras Câmaras Técnicas, a deses-
truturação da sociedade nas áreas atingidas.
“Houve um esfacelamento das relações interna
e externamente a essas comunidades atingidas.
O lazer delas, a cultura, o trabalho, enfim, tudo
foi atingido e transforma-
do. Uma nova realidade
será construída ao longo
dos anos”, frisa Joca.
O QUE Á A CT-BIO/CIF?
A CT-BIO/CIF é uma das
10 Câmaras Técnicas cria-
das para orientar, acom-
panhar, monitorar e fis-
calizar quatro Programas,
entre os 42 programas
do Acordo: o de Conser-
vação da Biodiversidade
Aquática, incluindo água
doce, zona costeira e es-
tuarina e área marinha
impactada; o de Fortale-
cimento das Estruturas de
Triagem e Reintrodução
da Fauna Silvestre; e o de
Conservação da Fauna e
Flora Terrestre e o de Consolidação das Unida-
des de Conservação. Ela é composta por repre-
sentantes do ICMBio (que também a coordena),
Ibama, IEF-MG e IEMA-ES e INEMA-BA.
Todas as 11 Câmaras Técnicas foram criadas
em julho de 2016, por meio da Deliberação No
07 – do Comitê Interfederativo (CIF) – este criado
em abril de 2016, pelo Ministério do Meio Am-
biente, por meio da Portaria 95 (07/04/2016).
HISTÓRICO TEMPORAL DO ROMPIMENTO
05 de novembro de 2015 - rompimento da
barragem da Samarco em Fundão, em Maria-
na/MG, com aproximadamente 39,2 milhões de
m³ de rejeitos saíram da área de propriedade da
Samarco. O rejeito atingiu o rio Gualaxo do Nor-
te, percorreu seu leito e desaguou no rio Doce.
Acredita-se que 20,3 milhões de m³ de mate-
rial ficaram depositados na barragem da Usina
Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga). Outros
18,9 milhões de m³ de rejeitos seguiram o fluxo
dos cursos d’água e chegaram ao mar no dia 21
de novembro de 2015.
AcervoICMBio
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br16 17
As ações a serem desenvolvidas neste Pro-
grama contam com o apoio financeiro da
Fundação Grupo Boticário de Proteção à Na-
tureza. O programa conta com fundamental
apoio da Marinha do Brasil e da Secretaria da
Comissão Interministerial para os Recursos do
Mar, assim como conta uma equipe bastante
experiente em relação às questões botânicas
da ilha da Trindade e com demandas relacio-
nadas às aves marinha e suas principais ame-
aças, formada por pesquisadores da Univer-
sidade Federal do Rio Grande (FURG), Museu
Nacional do Rio de Janeiro (UFRJ), Universida-
de Federal de Minas Gerais (UFMG), Universi-
dade Federal de Alagoas (UFAL), Centro Uni-
versitário de Brasília (UniCeub), Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de
pesquisadores do próprio ICMBio/Cemave. O
programa RETER-Trindade pretende, portanto,
além de restaurar condições naturais da ilha
de Trindade contribuindo efetivamente para a
recuperação de espécies endêmicas ameaça-
das, obter informações científicas importantes
para a gestão e implementação do monumen-
to natural (Mona) recém-criado.
Fragata-de-trindade deve ser uma das beneficiadas pelo projeto
Visão estratégica do Corredor Ramsar será
construída com comunitários e gestores de UCs
EduardoMelo
No último dia 19, foi lançado, no Horto
Botânico do Museu Nacional (RJ), o Progra-
ma RETER-Trindade. O objetivo é restaurar as
condições naturais da Ilha de Trindade, e, com
isso, propiciar um ambiente propício para es-
pécies ameaçadas da região, sobretudo aves
que utilizam o local para reprodução. Den-
tre as espécies a serem beneficiadas estão as
criticamente ameaçadas fragata-de-trindade
(Fregata trinitatis), a fragata-grande (Fregatta
minor nicolli) e até o atobá-de-pés-vermelhos
(Sula sula), considerado extinto localmente.
Uma das principais ações a serem desen-
volvidas pelo projeto é acelerar a expansão da
vegetação nativa. “Com isso, podemos ajudar
a recuperação do solo e contenção da erosão
pois o restabelecimento dessas condições be-
neficia diretamente as colônias de aves mari-
nhas”, afirma a analista ambiental do Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves
Silvestres (Cemave/ICMBio), uma das instân-
cias do ICMBio envolvidas neste Programa.
Ainda dentro deste contexto, será feita trans-
locação de mudas de espécies vegetais nati-
vas de áreas da Ilha ainda preservadas para
replantio em solo já recuperado.
Como ações de conservação para as espécies
endêmicas, os pesquisadores irão estimular a
reprodução dessas aves. “A instalação de estru-
turas artificiais semelhantes aos ninhos e po-
leiros naturais funcionarão para atrair as aves
e estimular a reprodução, que hoje não mais
ocorre na ilha da Trindade ”, explica Patrícia.
As espécies invasoras foram e continuam
sendo grande problema na Ilha de Trindade.
A vegetação sofreu impacto negativo com a
introdução de plantas, porcos e cabras. Outra
espécie que pode estar comprometendo a re-
cuperação da vegetação e, potencialmente, a
reprodução das aves marinhas é a catita (Mus
musculus). Acredita-se que este pequeno ro-
edor chegou à Ilha de Trindade pelos porões
das embarcações vindas do continente e se
alastrou rapidamente.
Programa para conservação de
Trindade é lançado
Oficinas discutem governança de
Corredor Ecológico Ramsar
O Brasil ganhou recentemente um enor-
me corredor para proteção dos manguezais
amazônicos, um dos mais importantes do
mundo. O corredor integrou três áreas que já
eram reconhecidos como sítios Ramsar (Par-
que Nacional do Cabo Orange, APA Baixada
Maranhense e APA Reentrâncias Maranhen-
ses) com mais de 20 unidades de conservação
formando uma espécie de mosaico de áreas
úmidas que se estende desde a fronteira com
a Guiana Francesa até os limites entre Piauí
e Ceará, passando por manguezais na foz do
Amazonas e o Arquipélago do Tapajós. “Tra-
ta-se de um grande corredor de conservação
dos manguezais amazônicos, uma das mais
importantes do mundo, sustentando várias
famílias de extrativistas e pescadores artesa-
nais e que mantém grande importância na
manutenção de estoques pesqueiros e aves
migratórias das Américas”, diz o diretor de
Ações Socioambientais e Consolidação Terri-
torial, Claudio Maretti.
Para pensar numa visão estratégica dessas
áreas e começar a propor uma estrutura de
governança de gestão, foram realizadas duas
oficinas nas cidades de Belém (quinta-feira,
22) e São Luís (sexta-feira, 23). As oficinas ti-
veram o objetivo inicial de nivelamento e de
reflexão das propostas para a visão estratégi-
ca e de estrutura de governança dessas áreas.
Participaram gestores e representantes das
comunidades envolvidas, totalizando cerca
de 150 pessoas de unidades de conservação
como Parque Nacional dos Lençóis Mara-
nhenses, Reserva Extrativista Mãe Grande de
Curuçá, Reserva Extrativista Baía do Tubarão,
Parque Nacional do Cabo Orange, Reserva Ex-
trativista Mestre Lucindo, Reserva Extrativista
Quilombo do Flexal e várias outras. Além de-
les, pesquisadores e técnicos de universida-
des, representantes de órgãos gestores esta-
duais estiveram presentes.
“Por serem reconhecidas internacionalmen-
te, é necessário pensar numa visão integrada
de conservação e consequentemente de ges-
tão. Estamos propondo uma governança que
tenha as Unidades de Conservação como ins-
trumento de operacionalização e que parta da
base de parcerias, a exemplo do modelo das
Reservas Extativistas”, diz Maretti. Segundo
o diretor, neste modelo, haveria uma gestão
compartilhada e participativa que promoves-
se o desenvolvimento sustentável, especial-
mente das famílias que dependem dessas áre-
as para manutenção de seus modos de vida.
No momento, são propostos dois grandes
blocos. Um seria composto pelas áreas de Pará
e no Amapá e o outro, com Maranhão, Piauí
e Ceará com três a quatro níveis de interação
e necessidade de engajamento de gestores e
comunidades e abertura para adesão de UCs
estaduais e municipais. “Depois dos dois dias
teremos um ano para irradiar a informação e
daqui a um ano estaremos prontos para apre-
sentar um projeto com maior envergadura”,
explica Maretti.
Esta é apenas a primeira fase do projeto
apoiado pela Embaixada da Noruega. A se-
guir, será elaborado um relatório com uma
proposta simplificada do modelo de gover-
nança e de diretrizes e no próximo ano, serão
promovidas oficinas de comunicação e capa-
citação para consolidar essas propostas com
a perspectiva de engajamento e desenvolvi-
mento de projetos para viabilizar apoio para
políticas públicas.
LeandroRugoni
AcervoICMBio
ICMBio em Foco - nº 496 19www.icmbio.gov.br
ICMBio lança vídeo documentário
durante seminário de políticas públicas
Garopaba e Imbituba na rota das
trilhas de longo curso
A área onde se encontra o corredor ecoló-
gico possui dezenas de milhares de famílias de
extrativistas e pescadores artesanais. Só nas
reservas extrativistas, estima-se que o número
de famílias ultrapasse os 40 mil, já consideran-
do 13 mil das novas reservas criadas este ano.
Sem contar a população urbana, cerca de 100
mil famílias dependem desse ecossistema.
A CONVENÇÃO RAMSAR
Em 2 de fevereiro de 1971, na cidade de
Ramsar, no Irã, foi aprovado o texto da Con-
venção sobre Zonas Úmidas de Importância
Internacional, também chamada de Conven-
ção de Ramsar. Assim, os países signatários
tiveram a oportunidade de indicar áreas para
ingressar a chamada Lista de Ramsar. Os sítios
Ramsar, como são chamados os locais nesta
lista, são pontos estratégicos de conservação
da biodiversidade e possuem prioridade em
cooperações técnicas e apoio para projetos
que visem a sua proteção e o uso sustentável
de seus territórios.
Desde sua adesão à Convenção, o Brasil
promoveu a inclusão de 23 unidades de con-
servação e dois Sítios Ramsar Regionais, so-
mando 25 Sítios na Lista de Ramsar. A intro-
dução dessas áreas na Lista de Ramsar faculta
ao Brasil a obtenção de apoio para o desen-
volvimento de pesquisas, o acesso a fundos
internacionais para o financiamento de proje-
tos e a criação de um cenário favorável à coo-
peração internacional.
Em contrapartida, o Brasil assumiu o com-
promisso de manter suas características eco-
lógicas - os elementos da biodiversidade, bem
como os processos que os mantêm - e deve
atribuir prioridade para sua consolidação
diante de outras áreas protegidas, conforme,
inclusive, previsto no Plano Estratégico Na-
cional de Áreas Protegidas (PNAP), aprovado
pelo Decreto no 5.758/06.
O ICMBio lançou, na última quinta-feira
(22), o vídeo documentário “Quilombo – Ca-
minhos para a gestão territorial e ambiental”.
O vídeo conta sobre as oficinas territoriais
promovidas entre janeiro e julho de 2018 pelo
ICMBio e foi lançado durante o último Semi-
nário Nacional sobre Políticas Públicas volta-
das ao Extrativismo, Segurança Alimentar e
Nutricional e Uso Sustentável da Sociobiodi-
versidade e sua integração com as Políticas de
Gestão Ambiental e Territorial, em Brasília, en-
tre os dias 21 e 22 de novembro. O evento foi
promovido pelo Ministério do Meio Ambiente
e pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
O vídeo foi produzido pelo Grupo de Audio-
visual ligado à Coordenação Geral de Gestão
Socioambiental (CGSAM) com tradução para
a língua inglesa. O material mostra os relatos
do processo de diálogos sobre Gestão Territo-
rial e Ambiental em territórios quilombolas re-
alizados em sete oficinas com representantes
quilombolas de todas as regiões do país.
Segundo o coordenador geral de Gestão
Socioambiental, Paulo Risso, o vídeo possui
o potencial de dar visibilidade a essas popu-
lações. “Estas histórias são uma provocação
para conhecermos mais este Brasil que ainda
não é visível para todos, ele traz para o debate
um material no qual as pessoas veem os olhos,
veem as lágrimas e passam a entender como
os territórios se compõem”, enfatiza Russo.
“Este vídeo foi uma ótima oportunidade de
mostrar o trabalho da equipe e promover uma
interação deste com as diversas instituições,
o que pode propiciar novas oportunidades e
crescimento do Grupo de Audiovisual do ICM-
Bio”, destaca o coordenador do grupo, Rober-
to Zanin. Você pode conferir o vídeo pelo link:
https://youtu.be/84Rc8HNT0U8
Garopaba e Imbituba estão implementan-
do um novo modelo de sinalização nas trilhas
do território da APA da Baleia Franca. A ação
começou no último final de semana (23 e 24
de novembro), com a sinalização da Trilha da
Caranha, que liga as Praias da Barra e Ouvidor,
em Garopaba. Esta iniciativa partiu do Projeto
de extensão de aperfeiçoamento profissional
dos Condutores Ambientais e Guias de Turis-
mo egressos do IFSC Garopaba e, do órgão do
governo federal, Instituto Chico Mendes para
Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Uma sinalização adequada garante a boa
gestão das trilhas, minimiza diversos tipos de
impacto ambiental e incentiva o ecoturismo e
o turismo de base comunitária. O que dá tran-
quilidade e segurança para todos que usam a
trilha, além de organizar o fluxo por um único
traçado, protegendo a flora e fauna e da for-
mação de caminhos secundários. Além dessa
preocupação, a iniciativa do IFSC e do ICM-
Bio vai de encontro a implantação do Sistema
Brasileiro de Trilhas.
O Sistema é uma nova abordagem nacio-
nal de conectividades das Unidades de Con-
servação do Brasil, que pretende ligar quatro
grandes corredores de paisagens naturais no
país. Um desses corredores, a Trilha Litorânea,
passará pelas cidades de Garopaba e Imbitu-
ba. Com 8 mil km, este percurso liga o Chuí
ao Oiapoque ao longo da costa brasileira. Por
conta da grande extensão, o governo federal
quer assegurar a padronização da sinalização
em todas unidades de conservação que com-
põem o trajeto da Trilha Litorânea.
Para isso, o primeiro passo foi a promoção
de uma Oficina de Sinalização de Trilhas, que
ocorreu na sede do Projeto Ambiental Gaia
Village. Ela foi ministrada pelo analista am-
biental do ICMBio, Thiago Beraldo, e pelo vi-
ce-presidente do Instituto Çarakura (entidade
que integra a gestão do Parque Estadual da
Serra do Tabuleiro) Richard Smith. Durante a
oficina, além da parte teórica, os participan-
tes foram orientados em como implementar a
sinalização de forma correta nas trilhas locais
e colocaram em prática as técnicas ensinadas,
produzindo matrizes para aplicação da pintu-
ra e sinalização da Trilha da Caranha.
A Área de Proteção Ambiental (APABF) da
Baleia Franca, que é a principal UC dessa re-
gião do litoral catarinense, terá uma sinaliza-
ção específica, no formato de sola de bota com
uma baleia franca, com sua cauda e nadadeiras
em seu desenho. A arte dessa pegada foi de-
senvolvida de forma voluntária por condutores
ambientais. O desenho segue o padrão sugeri-
do pelo ICMBio, adaptando-se para a realidade
da APABF. As cores adotadas serão o preto e o
amarelo, repetindo o padrão da rota principal
Sinalização das trilhas atendem ao padrão do Sistema Brasileiro de Trilhas
AcervoICMBio
RobertoZanin
AcervoICMBio
ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br20 21
da Trilha Litorânea. As cores adotadas seguem
o padrão nacional da sinalização, com pegadas
pretas e amarelas, conforme o sentido que se
quer demonstrar (norte-sul e sul-norte).
Um Grupo de Trabalho será responsável
pelo gerenciamento, manutenção da sinaliza-
ção, e pela comunicação com a comunidade
local e com os usuários destes caminhos. Por
enquanto, apenas a Trilha da Caranha, que se
encontra em propriedade particular, está sina-
lizada com anuência do Gaia Village. A ideia é
observar durante a temporada de verão como
os turistas e comunidade local aceitarão a si-
nalização, para corrigir e propor novas solu-
ções para as próximas trilhas.
Esta ação de sinalização tem apoio de Con-
dutores Ambientais locais, de alunos do curso
de Guia de Turismo do IFSC, do ICMBio, do
Conselho Gestor da APA da Baleia Franca, do
IFSC - Câmpus Garopaba, do Instituto Çaraku-
ra, Gerdau, do Projeto Ambiental Gaia Village
e das Prefeituras Municipais de Garopaba e
Imbituba.
O QUE É O SISTEMA BRASILEIRO DE TRILHAS
O Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo
Curso quer trazer a experiência dos sistemas
de trilhas de longo curso estadunidense (Na-
tional Trails System) e europeu (European
long-distance paths) para o país. Seu objetivo
é conectar diferentes unidades de conserva-
ção do Brasil através de grandes trilhas na-
cionais compostas por trilhas locais menores.
Também busca reconhecer e proteger rotas
pedestres de interesse natural, histórico e cul-
tural, além de sensibilizar a sociedade para a
importância do Sistema Nacional de Unidades
de Conservação (Snuc).
Criada pela Portaria nº 407 de 19 de outu-
bro de 2018, dos Ministérios do Meio Ambien-
te e do Turismo e do Instituto Chico Mendes
para Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
esta é uma iniciativa conjunta do ICMBio, de
grupos de voluntários e da sociedade civil or-
ganizada. A meta é alcançar, em 20 anos, 18
mil km de trilhas e movimentar 2 milhões de
turistas por ano.
Cepta e Cepam avaliam risco de extinção de
peixes continentais e amazônicos
Servidores podem saber mais sobre gestão por competências
Novo SAMGE é apresentado a servidores da CR8
Os Centros Nacionais de Pesquisa e Con-
servação da Biodiversidade Aquática Con-
tinental (Cepta) e da Biodiversidade Ama-
zônica (Cepam) realizaram a II Oficina de
Avaliação dos Peixes Continentais do 2° Ciclo -
Ecoregiões São Francisco, Paraíba do Sul e Flu-
minense, e a II Oficina de Avaliação dos Peixes
Continentais Amazônicos do 2° Ciclo – Famílias
Auchenipteridae, Aspredinidae, Callichthyidae,
Doradidae e espécies prioritárias de Loricariidae.
A capacitação ocorreu entre os dias 19 e 23 de
novembro na ACADEBio, em Iperó (SP).
O objetivo da oficina foi avaliar o estado de
conservação de mais de 400 espécies de pei-
xes continentais frente aos critérios da União
Internacional para a Conservação da Natureza
(UICN) conforme a Portaria MMA nº 43/2014
que oficializa o Programa Pró-Espécies. A ofi-
cina contou com a presença de 29 especia-
listas de diversas instituições de pesquisa do
país, além de equipe de apoio formada por
servidores do Cepta, Cepam, CBC e Parque
Nacional de Jericoacoara.
Ao todo, 463 espécies de peixes continen-
tais tiveram seu estado de conservação avalia-
do, das quais 385 foram categorizadas como
Menos Preocupante (LC), 19 ficaram em al-
guma das três categorias de ameaça (CR, EN
ou VU), 24 como Quase Ameaçadas (NT) e 35
como Dados Insuficientes (DD).
As oficinas de avaliação de peixes continen-
tais terão continuidade em 2019, iniciando
pela avaliação de peixes troglóbios (depen-
dentes de cavernas) prevista para abril do ano
que vem.
Servidores do ICMBio que estão com dúvi-
das sobre a gestão por competências terão um
espaço para conferir mais informações sobre
o assunto. A Coordenação Geral de Gestão
de Pessoas (CGGP) disponibilizou na Intranet
uma seção apenas sobre Gestão de Compe-
tências. Lá, o servidor pode saber mais sobre a
A convite da Coordenação Regional 08, no
Rio de Janeiro, a Equipe da Divisão de Monito-
ramento e Avaliação da Gestão de UC (DMAG/
CGCAP/Diman) participou no dia 22 de no-
vembro de 2018 de reunião de planejamento,
com foco no tema Proteção, para apresentar a
nova plataforma on-line do SAMGe e orientar
o preenchimento neste ciclo 2018.
Todas as unidades de conservação federais,
conforme Portaria no 306 de 31 de maio de
2016, devem realizar o diagnóstico da gestão,
indicando os objetivos de conservação, seus
Recursos e Valores, os usos existentes e as
ações de manejo realizadas pelo órgão gestor
da UC. A partir da identificação destes, e seus
relacionamentos, é possível visualizar o painel
de gestão, e subsidiar a tomada de decisão,
assim como avaliar o cenário para realizar o
planejamento do ano seguinte.
O preenchimento do ciclo 2018 será reali-
zado na plataforma online, disponível no sítio
http://samge.icmbio.gov.br, até o dia 31 de
dezembro de 2018.
implementação do programa, o mapeamento
sobre as carências, competências necessárias
ao chefe e a proposta para implantação do
modelo.
As informações podem ser acessadas a partir
da seção Macroprocessos> Gestão de Pesso-
as> Gestão por competências.
www.icmbio.gov.br22 23
Luciana Carvalho Crema
Danúbia Melo
Bruno Bimbato Leonardo Milano
Leonardo Milano
Leonardo Milano
Leonardo Milano
www.icmbio.gov.br24
Divisão de Comunicação - DCOM
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco C - 1º andar - CEP: 70670-350 - Brasília/
DF Fone +55 (61) 2028-9280 comunicacao@icmbio.gov.br - www.icmbio.gov.br
ICMBio em Foco
Revista eletrônica
Edição
Ramilla Rodrigues
Nana Brasil
Projeto Gráfico
Bruno Bimbato
Narayanne Miranda
Diagramação
Tatiana Raposo
Chefe da Divisão de Comunicação
Márcia Muchagata
Foto da capa
Miguel Von Behr
Colaboradoraram nesta edição
Aline Kellerman – REVIS Ilha dos Lobos; Bruno Bimbato – DCOM; Carolina Alvite – CNPT; Cecil
Brotherhood – APA da Baleia Franca; Dayse Leite – PARNA Descobrimento; Fabiana Hessel – DMAG;
Karina Barros – Flona Piraí do Sul; Lívia Rodrigues – CENAP; Luciana Pacca – APA Rio Mamanguape;
Patrícia Serafini – CEMAVE; Rafaela Vicentini – CEPAM; Ramilla Rodrigues – DCOM; CGSAM; Roberto
Zanin – CGSAM; Rodrigo Freitas – GEFMAR; Verônica Ferron – CR11

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  • 1. ICMBio concorre em três categorias ao Prêmio Nacional do Turismo 2018 ICMBio ICMBio testa drones na Amazônia Oficinas discutem governança de Corredor Ecológico Ramsar Mariana: monitoramento ambiental três anos depois Página 17Página 14Página 9 Página 12 Edição 496 - Ano 11 – 30 de novembro de 2018
  • 2. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br2 3 História do Brasil e contato com a natureza marcam passeio no Parna do Descobrimento Cenap realiza oficina para elaboração do PAN Ungulados O feriado da Proclamação da República, celebrado no dia 15 de novembro, marcou a realização do 4º Passeio Ecológico da Repúbli- ca, uma tradição anual do Parque Nacional do Descobrimento (BA). Com atividades durante todo o dia, o evento tem por objetivo forta- lecer o turismo ecológico e o etnoturismo na região. Nesta edição, o passeio contou com a pre- sença dos indígenas Pataxó, que contribuíram com as atividades artísticas e educativas da programação, e auxiliaram a promoção do evento com a comercialização de alimentos típicos e bebidas naturais. Dentre as dinâmi- cas, realizou-se uma palestra com a professo- ra de História Cristiane, da Aldeia Kai, sobre a importância da República para o País, seguida das apresentações de jovens da mesma aldeia. A atração principal ficou por conta do pas- seio pelas trilhas, que poderia ser feito de bicicleta, a pé ou a cavalo. Independente do meio de transporte escolhido, os participan- tes puderam admirar e contemplar as belezas da fauna e da flora do parque, uma porção O Centro Nacional de Pesquisa e Conserva- ção da Biodiversidade de Mamíferos Carnívo- ros (Cenap) reuniu, no início do mês, mais de 30 pesquisadores na sede do centro, em Ati- baia (SP), a fim de elaborar o Plano de Ação Nacional (PAN) dos Ungulados. Com o intuito de promover a viabilidade populacional das espécies ameaçadas em todos os biomas de ocorrência, o plano vigora por até cinco anos a partir da data de publicação da portaria de aprovação. O PAN contempla alguns mamíferos pre- sentes na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (Portaria MMA nº 444/2014), como: Cervo-do-pantanal (Blas- tocerus dichotomus), veado-bororó-do-sul (Mazama nana), veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus), queixada (Tayassu pecari), anta (Tapirus terrestres) e veado-bororó-de-são- -paulo (Mazama bororo). Além destes, cate- gorizados como Vulneráveis (VU), também são favorecidos pelo plano os animais cujos dados de risco são insuficientes (DD), tais como veado-mateiro (Mazama americana), veado-roxo (Mazama nemorivaga) e cariacu (Odocoileus virginianus). Durante o encontro, foram elaborados oito objetivos específicos e 81 ações voltadas principalmente para reduzir os problemas re- ferentes a caça, atividades antrópicas, enfer- midades, impactos de empreendimentos e preservada da Mata Atlântica. De acordo com a equipe do Parque do Descobrimento, cerca de 200 pessoas estavam presentes no evento, sem contar os realizadores. O Passeio Ecológico da República é apoia- do pela Coordenação Geral de Uso Público (CGEUP), Secretaria de Turismo, Esporte e Cul- tura da Prefeitura de Prado (SETEC) e Associa- ção Pradense de Restaurantes, Hoteis, Opera- doras, Pousadas e Estabelecimento Comerciais (Aprhope). Participaram também a Polícia Mi- litar e a ONG Conservation Internacional (CI). TERRA À VISTA O Parque Nacional do Descobrimento não recebeu esse nome à toa. A área marca o lo- cal onde ocorreram os primeiros contatos dos portugueses com os nativos indígenas brasilei- ros. A unidade fica próxima ao Rio Cahy, o pri- meiro ponto de fundeio da armada de Pedro Alvares Cabral no descobrimento do Brasil, em 1500. Antes da chegada dos colonizadores, o local era habitado por etnias que deram ori- gem aos indígenas Pataxós. Além da enorme relevância histórica, o parque localiza-se no extremo sul da Bahia, em uma das últimas áreas remanescentes de Mata Atlântica do estado. No ano 2000, o local recebeu o título de Patrimônio Natural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). modificação do habitat natural dos animais supracitados. Por fim, foi constituído o Grupo de Assessoramento Técnico que auxiliará na implementação e monitoria destas ações. Estavam presentes na oficina as seguintes instituições: UFES/Pro-Tapir, SMA-SP, UFABC, IMASUL, AZAB, DNIT, IPÊ/INCAB, Tijoá Partici- pações e Investimentos, UFV, ViaFauna, Tro- pical Sustainability Institute, UESC, UNESP/ NUPECCE, UNESP-Rio Claro, Instituto Manacá, UFMG, IFRJ, ÚNICA, AES Tietê, FURNAS, Ibama (DBFLO) e ICMBio (Copan e Cenap). UNGULADOS Popularmente conhecidos como ungula- dos, os animais pertencentes às ordens Peris- sodactyla (cavalo, zebra, rinoceronte, anta) e Artiodactyla (gado bovino, antílope, girafa, camelo, porco, queixada, hipopótamo, cer- vídeos), são mamíferos dotados de cascos e estão entre as espécies mais populares como alvo de caça. Têm ciclos de vida longos, com extenso período de gestação e demoram mui- tos anos para começar a se reproduzir. Além disso, algumas espécies vivem em grupos com um número considerável de indivíduos, chamando atenção de caçadores ilegais. De- vido a estas características, são espécies mui- to suscetíveis à extinção local em função de pressões humanas.Passeio ecológico reconecta história do Brasil, etnoturismo e natureza PAN Ungulados vai contemplar espécies ameaçadas de extinção como veado-campeiro e cervo-do-pantanal AcervoICMBio Lívia Rodrigues
  • 3. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br4 5 e REVIS Ilha dos Lobos. O objetivo geral do evento foi promover a integração entre pesca- dores e pescadoras artesanais do território de abrangência do projeto (norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e litoral centro do Pa- raná), estimulando e fortalecendo iniciativas cooperativas entre os pescadores/as e as uni- dades de conservação existentes no território (APA Baleia Franca, Esec Carijós, Parna Ilha dos Currais, Resex Pirajubaé, Resex Araranguá, Re- vis Ilha dos Lobos, Baía da Babitonga). A abertura da oficina foi realizada pela analista ambiental do CNPT, Carolina Alvite, e pela liderança da Confrem local, Maria Apa- recida Ferreira, e seguiu com uma roda de apresentações onde todos os participantes compartilharam suas relações com a pesca ar- tesanal e identificaram, no mapa, seu local de origem. O grupo pôde refletir sobre os desa- fios enfrentados pelos pescadores na região, identificando diversos problemas comuns entre eles, entre os quais destacam-se: o de- sinteresse da juventude em continuar na pro- fissão dos pais, os conflitos de acesso e uso das áreas de pesca e moradia, a necessidade de melhores ações de proteção e fiscalização Entre os dias 8 e 10 de novembro, foi reali- zada a I Oficina Regional de Integração entre Pescadores, Pescadoras e Unidades de Conser- vação, no município de Tubarão/SC. O evento faz parte do Projeto “Fortalecimento das Li- deranças e Organizações da Pesca Artesanal na APA Baleia Franca e REVIS Ilha dos Lobos e Integração Regional”, executado pelo ICMBio por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associa- da a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT/ Base Avançada de Florianópolis), da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca e do Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Ilha dos Lobos, em parceria com a Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos e Comunidades Tradicionais Extra- tivistas Costeiros e Marinhos (Confrem) com recursos do Projeto Gefmar. A oficina contou com 55 participantes, in- cluindo pescadores e pescadoras artesanais da região sul do Brasil, servidores do Institu- to Chico Mendes, consultores e bolsistas do Projeto GEF Mar, representantes da Confrem Nacional e Local, convidados e representan- tes das comunidades da APA da Baleia Franca Oficina fortalece relação entre pescadores artesanais Oficina de pesca artesanal em unidades de conservação reúne lideranças da pesca na região sul ICMBio recebe 77 mil hectares no Parque Nacional do Iguaçu da pesca artesanal nas UCs, entre outros. Os chefes da APA Baleia Franca, Cecil Roberto De Maya Brotherhood De Barros, e do Revis Ilha dos Lobos, Aline Kellermann, fecharam a roda de apresentações, juntamente com Carlos Al- berto Pinto dos Santos, coordenador nacional da Confrem. O grupo ainda discutiu desafios e possibi- lidades em temáticas como desenvolvimento territorial, poluição e acesso às áreas de uso comum e pesqueiros; agregação de valor na cadeia produtiva do pescado; gestão e mo- nitoramento em áreas protegidas e turismo de base comunitária. O fechamento do even- to foi marcado pela formação de um grupo de pescadores e pescadoras da região, para AcervoICMBio acompanhar o projeto e propiciar a continui- dade da troca de informações e experiências. Um dos principais resultados foi a troca de experiência e o fortalecimento da identidade entre pescadoras e pescadores artesanais de diferentes territórios, aprofundando as rela- ções de confiança entre pescadores e a UC. O projeto terá continuidade em 2019, com a realização das seguintes atividades: devoluti- vas da I Oficina Regional nas comunidades; cursos de formação de lideranças e de elabo- ração/gestão de projetos na APA Baleia Franca e Revis Ilha dos Lobos, e a realização da II Ofi- cina Regional de Integração entre Pescadores, Pescadoras e Unidades de Conservação. Na última sexta-feira (23), o Instituto Chi- co Mendes de Conservação da Biodiversidade recebeu do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) 77,377 hectares de terras no Parque Nacional do Iguaçu. As insti- tuições assinaram um Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) e o passo mar- cou a retomada, pelo Incra, dos processos de regularização fundiária de unidades de con- servação federais. A área é composta por 11 imóveis localiza- dos em cinco municípios abrangidos pelo par- que: Céu Azul, Matelândia, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu e Serranópolis do Iguaçu. O acordo foi celebrado pelo presidente do ICMBio, Paulo Carneiro, que enalteceu a união dos órgãos federais para o fortalecimento do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). “Sozinhos não conseguiríamos fazer o que conseguimos obter hoje, com essa con- cessão de áreas no Parque Nacional do Iguaçu. O Sistema permite, por exemplo, a criação de mais de 80 mil empregos na conservação da biodiversidade. O contrato assinado hoje com o Incra é um documento de importância histó- rica para os dois institutos”, ressalta Carneiro. A transferência de terras foi possível por meio de assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional (CDN), cuja confirmação foi publicada no último dia 5 de novembro, já que as terras estão na Faixa de Fronteira. O chefe do Parque Nacional do Iguaçu, Ivan Bap- tiston, agradeceu o empenho dos servidores que permitiu a concretização da CCDRU. “São pessoas que têm compromisso com um servi- ço público de qualidade”, destaca Baptiston. Para o diretor de Ordenamento da Estrutu- ra Fundiária do Incra, Cletho Muniz de Brito, que representou o presidente da autarquia, Leonardo Góes, a concessão das terras do In- cra ao ICMBio tem uma importância histórica, dada a dimensão não apenas territorial, mas simbólica do Parque Nacional do Iguaçu. “Aqui mostramos para o mundo a efetividade de políticas públicas que promovam a regulari- zação fundiária em unidades de conservação. Estamos falando de um Patrimônio da Huma- nidade, e agora, com mais segurança jurídica, o ICMBio pode buscar fontes de recursos in- clusive fora do país, para mais investimentos. Incra e ICMBio juntos fazem, de fato, uma ver- dadeira política de Estado”, diz Brito.
  • 4. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br6 7 Projeto cria álbum de figurinhas das lagoas cársticas Flona de Piraí do Sul realiza mostra de projetos de educação ambiental Unir a natureza das aves com diversão e aprendizado. Foi pensando nisso que o proje- to Rede Asas do Carste desenvolveu o álbum de figurinhas “Colecionando aves, descobrin- do lagoas”, parte do programa de educação ambiental realizado na APA Carste de Lagoa Santa. O lançamento aconteceu no dia 7 de novembro no município de Confins (MG) e foi considerado um grande avanço na educação para a unidade de conservação (UC). O evento reuniu alunos, professores, orga- nizadores, patrocinadores e representantes da secretaria de educação, do meio ambiente e da APA Carste de Lagoa Santa. Todos os presentes tiveram a oportunidade de receber o álbum em primeira mão, além de conhecer os proces- sos de criação do produto e ouvir experiências dos participantes a respeito do programa. O Rede Asas do Carste é um projeto que uti- liza como metodologia as aves da região do entorno das lagoas cársticas para um proces- so de aprendizagem. Além disso, tem como objetivo inserir a comunidade e as escolas da região no local em que vive e propiciar ques- tionamentos acerca do meio ambiente. Pen- sando nisso, alunos locais colaboraram com as fotografias por meio de visitas de campos durantes três anos. No dia 22 de novembro, a Floresta Nacional de Piraí do Sul realizou a Mostra de Projetos de Educação Ambiental. A mostra foi uma das etapas do projeto “Flona de Piraí do Sul: Cons- truindo Nosso Espaço de Educação Ambien- tal”, em andamento durante o ano. Conselheiros, estudantes, professores, agri- cultores, comunitários, técnicos e voluntários participaram intensamente do evento, compar- tilhando experiências desenvolvidas ao longo do ano em seus espaços de atuação: ao todo, dez iniciativas foram implementadas em esco- las municipais de Piraí do Sul e Castro, além da própria Flona, com a participação da comuni- dade. Os materiais produzidos também foram expostos, divulgando as ações realizadas e as trocas de experiências. A pesquisadora Eloísa Ramos, do depar- tamento de Ciências Naturais da Universi- dade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) desenvolveu projeto sobre hortas medicinais “Os projetos e iniciativas de educação am- biental são de suma importância para a sen- sibilização e conscientização da comunidade, reforçando o sentido de pertencimento da população em relação às riquezas socioam- bientais do território onde elas estão inseridas. Acreditamos que assim as pessoas passam a entender melhor e a contribuir de forma es- pontânea para a conservação ambiental, fa- vorecendo o cumprimento de nossa missão institucional”, relata o chefe da APA Carste da Lagoa Santa, Antônio Calazans. SOBRE O PROJETO Durante três anos de trabalho, reuniões e visitas em campo, o álbum registrou 104 es- pécies de aves identificadas por alunos de sete escolas do ensino fundamental do 5° ao 8° ano. As aulas práticas aconteceram aos sába- dos e os estudantes foram divididos em duplas ou trios para realizar as fotografias. Todos fo- ram acompanhados por monitores da equipe técnica. Colaborar com as instituições e formar cida- dãos mais conscientes e participativos são os principais objetivos das atividades práticas e o resultado foi imediato. Robert Gabriel, aluno da escola de Pedro Leopoldo (MG), participou do projeto desde o início e destacou que o acontecimento marcou sua vida. “Quando eu ficar adulto gostaria que meus filhos tivessem a oportunidade de participar de programas como esse. Nunca vou me esquecer de cada visita e espécie que conheci. Antes não dava o devido valor para a natureza onde estou in- serido e hoje eu sei que ela significa uma vida. Que continuemos a fazer nossa parte perante a sustentabilidade e o meio ambiente. Precisa- mos preservar”. As imagens do álbum acompanham o esta- do de conservação da ave, seu nome científico e popular e um breve histórico sobre sua ori- gem. Além disso, por meio do QR Code, todos conseguem acessar a ficha dos animais, mapa de distribuição, habitat, outras fotos e sons. Álbum de figurinhas deve ser uma ferramenta pedagógica adicional com comunitários do entorno da Flona. “A formação em educação ambiental contribui para perceber o potencial de transformação da realidade que as iniciativas possuem. E a implementação do projeto permitiu vivenciar as dificuldades e as possibilidades no campo da educação ambiental”, avalia. Já para Julia- ne Anhaia, que desenvolveu projeto sobre a gestão de rejeitos suínos com a comunidade escolar e entorno da Escola Municipal Rural Padre José de Anchieta, em Piraí do Sul, “a participação no projeto trouxe ferramentas para qualificar a ação como educadora, traba- lhando conflitos ambientais locais e amplian- do a participação em sua gestão”. Para a equipe da Flona, a mostra ampliou a percepção da UC como espaço de articulação de projetos em Educação Ambiental, contri- buindo também para a sensibilização da co- munidade e para a continuidade das inicia- tivas, fortalecendo a rede de educadores no entorno da unidade. Verônica Ferron Há também o capítulo “Vivenciando a educa- ção ambiental”, que busca contribuir como ferramenta pedagógica nas salas de aula, ao sugerir atividades em todas as disciplinas. “Tudo isso foi um sonho que virou realida- de. Acredito que daqui sairão os futuros pes- quisadores. Vários que participaram,gostaram e manifestaram a importância da natureza”, relata Maria Auxiliadora, educadora ambien- tal que participou da equipe técnica da Rede Asas. PROPOSTA DE DISTRIBUIÇÃO A distribuição será realizada nas escolas próximas às lagoas carste. Além disso, a prio- ridade é explorar a parte pedagógica para ser usada como uma ferramenta a mais para os professores. Os alunos receberão os álbuns, porém as figurinhas serão misturadas e dividas em três montantes, os quais serão entregues nas instituições em momentos distintos. Organizadores da Rede Asas darão supor- te presencial de três visitas e posteriormente auxilio a distância. Além disso, Gefferson Gui- lherme, biólogo e organizador do projeto, re- velou que “a vontade da equipe é retomar o trabalho de campo com os estudantes, para que eles continuem a conviver com o ambien- te em que estão inseridos”. “Hoje é possível ver estudantes conversan- do como biólogos, pesquisadores e cientistas e isso é encantador”, relata José de Castro Pro- cópio, organizador do programa.
  • 5. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br8 9 APA/Arie Mamanguape realizam monitoramento da qualidade da água do estuário do Rio Mamanguape ICMBio testa drones na Amazônia A água do estuário do Rio Mamanguape pode estar sofrendo impactos negativos de- vido à degradação causada pelas atividades humanas. A perda da qualidade hídrica afeta as espécies que necessitam de boas condições do ecossistema de estuário para sobrevivên- cia, como o ameaçado peixe-boi-marinho (Tri- chechus manatus). Além disso, comunidades tradicionais dependem diretamente da água em boa qualidade para dar prosseguimento ao seu cotidiano, especialmente o sustento de suas famílias. Pensando neste contexto, a APA Barra do Rio Mamanguape e a Arie Manguezais da Foz do Rio Mamanguape realizam o monitora- mento da água do estuário do Rio Maman- guape, no litoral norte do estado da Paraíba. A iniciativa é apoiada pelo Projeto Mangue- zais do Brasil, por meio de parceria com o Ins- tituto Federal da Paraíba (IFPB). Desde janeiro deste ano, um grupo for- mado por servidores do ICMBio, estudantes e professores do IFPB realiza coletas mensais em nove pontos do estuário para analisar pa- râmetros físico-químicos da água, além da avaliação biológica sobre presença de colifor- mes fecais na água e presença de salmonela em ostras. Com os resultados, espera-se identificar se- tores do estuário do rio Mamanguape onde a qualidade da água possa estar mais degrada- da, a fim de possibilitar ações preventivas e de controle. Flona do Tapajós foi a primeira a receber drones para testes Conservação de estuários é essencial para comunitários e espécies nativas AlessandroCarbone No último dia 16, servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiver- sidade (ICMBio) testaram drones na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no estado do Pará, com o objetivo de demonstrar as poten- cialidades e usabilidades dos equipamentos no bioma amazônico. Após meses de planejamento, longo pro- cesso de aquisição das aeronaves e um curso de capacitação de piloto de RPA, a Coordena- ção de Fiscalização (Cofis) do ICMBio deu iní- cio a fase de testes dos aparelhos, começan- do pela Amazônia, onde a demanda pelo uso de drones na fiscalização é constante. Para o coordenador da Cofis, André Alamino, as in- formações obtidas pelos testes servirão para subsidiar as futuras aquisições do instituto, apontando qual o melhor aparelho para de- terminado tipo de missão a ser realizada. Rafael Cabral, analista ambiental e coor- denador do projeto OARP (operadores de aeronaves remotamente pilotadas) da Cofis, explica quais parâmetros foram examinados durante os testes: “são analisados, dentre ou- tros fatores, a autonomia ou tempo de voo, distância atingida, comportamento dos sen- sores (câmeras), das baterias e periféricos, a estabilidade dos softwares e as limitações do equipamento quanto ao transporte, portabili- dade e durabilidade”. Depois de três dias seguidos de vários tes- tes na Flona do Tapajós, alguns resultados já mostram a diferença de uso naquele bioma, como a autonomia de voo reduzida. “Um voo que normalmente chega a 30 minutos de du- ração, teve só 22 na Flona, provavelmente de- vido ao calor da região, que afeta o aparelho” comenta Cabral. Outro destaque dos testes foi o uso da câmera termal em um dos drones, onde foi possível avistar um indivíduo em um pequeno barco entrando na Flona em plena madruga- da e uma área de queima de vegetação. Atualmente, a Cofis conta com três tipos de aeronaves para testes, que são: Dji Phantom 4 pro, Dji Matrice 200 e EBEE S.O.D.A., com cada uma possuindo características que ditam a fina- lidade para qual poderá ser usada em campo. A equipe de teste foi formada pelos analis- tas Rafael Cabral, da Cofis, e Pedro Oliveira, do Refúgio de Vida Silvestre Rio dos Frades, que são os responsáveis pelo projeto; Dani- lo Silva, um dos primeiros técnicos da Cofis a sercapacitado como piloto de drone; além de dois servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e um servidor da Flona Tapajós; bem como o apoio da Coordenação Regional de Santarém do ICMBio. BrunoBimbato
  • 6. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br10 11 PRÓXIMOS PASSOS Após os testes, que ocorrerão em outros bio- mas, a intenção é liberar os equipamentos para uso, por servidores capacitados, nas ações do instituto. Estão sendo elaborados outros pro- jetos para aquisição de mais aeronaves, tanto para teste quanto para capacitações, expan- dindo assim a quantidade de equipamentos e servidores capacitados. “Estamos também em fase final de tramitação da normativa de uso de drones no ICMBio, que esperamos publicar ainda este ano”, explica Cabral. DRONES NA FISCALIZAÇÃO O ICMBio já vem utilizando drones em parcerias com outros órgãos em ações de fiscalização. Esses equipamentos podem ser empregados de maneira tática e estratégi- ca, especialmente no geoprocessamento. “O drone traz mais segurança para o agente e mais precisão ao possibilitar trabalhos prévios de planejamento para subsidiar estratégias”, explica Alamino. Antes de serem utilizados em ações de ope- ração, testes já são realizados em simulações a atividades reais mais controladas. A próxima fase será uma estruturação interna para ver qual será o locus e como será operacionaliza- da o uso de drones pela Instituição bem como a capacitação dos pilotos. “A princípio, o per- fil desejado é disponibilidade para participar das ações de fiscalização”, conclui Alamino. Confira aqui mais imagens da operação: https://bit.ly/2E1LdRN Confira aqui um vídeo sobre a operação: https://bit.ly/2FMQs9T BrunoBimbato
  • 7. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br12 13 Sistema Nacional de Unidades de Conserva- ção (Snuc). Formalizada pela Portaria nº 407 de 19 de outubro de 2018, esta é uma iniciati- va conjunta do Instituto, de grupos de volun- tários e da sociedade civil organizada. A meta é alcançar, em 20 anos, 18 mil km de trilhas e movimentar 2 milhões de turistas por ano. Já na categoria Monitoramento e Avaliação do Turismo, concorre a iniciativa Contribui- ções do Turismo em Áreas Protegidas para a Economia Brasileira. Os estudos econômicos produzidos pelo analista ambiental Thiago Beraldo destacam as contribuições e os im- pactos econômicos gerados localmente por cada UC. De acordo com o estudo, em 2017 os visi- tantes gastaram cerca de R$ 2 bilhões nos mu- nicípios do entorno das UCs. Com isso, foram gerados cerca de 80 mil empregos diretos, R$ 2,2 bilhões em renda, outros R$ 3,1 bilhões em valor agregado ao PIB e mais R$ 8,6 bi- lhões em vendas. Os resultados mostram que a cada R$ 1 real investido, R$ 7 retornam para a economia. ICMBio concorre em três categorias ao Prêmio Nacional do Turismo 2018 O ICMBio está concorrendo em três das sete categorias do Prêmio Nacional do Turis- mo. As categorias são: Valorização do Patri- mônio pelo Turismo: Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso e Conectividade; Monitora- mento e Avaliação do Turismo: Contribuições do Turismo em Áreas Naturais Protegidas para a Economia Brasileira; e Governo: PAPP (Parce- rias Ambientais Público-Privadas). Ao todo são 21 finalistas que estão concor- rendo ao troféu de sete categorias do Prêmio Nacional do Turismo 2018. Elas foram selecio- nadas entre 208 propostas habilitadas para concorrer à premiação, com participações de todo o Brasil. Um total de 241 iniciativas e ca- sos de sucesso foram inscritas nas seguintes áreas: monitoramento e avaliação do turismo (16 projetos); qualificação e formalização no turismo (19); valorização do patrimônio pelo turismo (47); turismo de base local e produção associada ao turismo (46); turismo social (17); inovação tecnológica no turismo (28); e marke- ting e apoio à comercialização do turismo (35). Após a classificação de três finalistas por categoria, os selecionados passam por aná- lise meritória e eliminatória da comissão jul- gadora, que vai eleger os vencedores. A lista de premiados será anunciada em cerimônia no próximo dia 5, no Rio de Janeiro. As inicia- tivas classificadas para a final obedecem aos critérios adotados para a premiação, como terem sido criadas especificamente para o se- tor turístico e implementadas há menos de 24 meses. Outro critério para o caso de sucesso ter sido aceito pela comissão julgadora foi a apresentação de resultados de mensuração de impactos diretos ou indiretos no turismo. O ministro Edson Duarte é o indicado ao prêmio na categoria Governo pela implemen- tação da visitação nas Unidades de Conser- vação Federais por meio do PAPP (Parcerias Ambientais Público-Privadas). Espera-se con- cessionar serviços de apoio à visitação em 11 unidades de conservação, proporcionando mais infraestrutura, investimentos e turis- mo nas UCs. A iniciativa para o processo de Parque da Chapada dos Veadeiros está em processo de concessão dos serviços à visitação MarceloScaranari concessões foi possível em função da apro- vação da Lei nº 13.668/2018, que aprimorou a legislação para a concessão de serviços de apoio ao uso público nas unidades de conser- vação. O Parque Nacional do Pau Brasil já en- cerrou o processo de licitação e o da Chapada dos Veadeiros está em processo final de esco- lha do concessionário, e o do Itatiaia está com a licitação aberta. Os Parques Nacionais Serra dos Órgãos, Tijuca, Fernando de Noronha e Iguaçu já contam com serviços concessiona- dos, sendo os mais visitados e com aprovação alta quanto a qualidade dos serviços oferta- dos aos visitantes. Na categoria de Valorização do Patrimô- nio pelo Turismo concorre Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso e Conectividade. O objetivo do sistema de trilhas é conectar di- ferentes unidades de conservação do Brasil através de grandes trilhas nacionais compos- tas por trilhas locais menores. Também busca reconhecer e proteger rotas de pedestres de interesse natural, histórico e cultural, além de sensibilizar a sociedade para a importância do MarceloScaranariMarceloScaranari NelsonYoneda
  • 8. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br14 15 Três anos depois que a avalanche de rejeitos desceu toda a bacia hidrográfica do rio Doce, desde Bento Rodrigues, em Mariana/MG, atin- gindo no dia 21 de novembro de 2015 a foz do rio Doce em Regência, Linhares/ES e o mar em centenas de quilômetros, o grande esforço dos órgãos ambientais federais e estaduais e de universidades se consolidou na assinatura do contrato entre a Fundação Renova – criada para avaliar, mitigar e compensar os impactos do maior desastre ambiental do Brasil – com uma rede de universidades e instituições, denomina- da Rede RioDoceMar-RRDM. Os pesquisadores já estão em campo desde setembro, dando continuidade e ampliando o monitoramento da biodiversidade aquática (dulcícola, marinha e estuarina) correspondente ao detalhado na Cláusula 165 do TTAC firma- do entre Samarco/Vale/BHP e governos federal e estaduais de MG e ES, homologado em agos- to pela Justiça federal, com inclusão dos MPF e MPE de MG e ES e Defensorias Públicas dos dois estados, além de representantes dos atingidos. Ao todo são 27 projetos de pesquisa/monito- ramento, englobando 193 pontos de amostra- gem ao longo de 520 Km de costa, entre Guara- pari-ES e Porto Seguro-BA. Os estudos envolvem mais de 500 profissionais da academia e trazem detalhamentos de pesquisas que abrangem de micro-organismos a grandes mamíferos, perfa- zendo 43.705 amostras de água, sedimentos, animais e vegetais até o momento. O monitoramento abrangerá, também, a análise de impacto em 40 unidades de conser- vação alcançadas pela pluma de rejeitos da Sa- marco, no continente e no mar, incluindo as fe- derais, administradas pelo ICMBio, que são: RVS de Santa Cruz, APA Costa das Algas, Parna de Abrolhos, Resex Cassurubá, Rebio de Comboios e Flona de Goytacazes. Estes estudos ajudarão a avaliar os possíveis impactos dos rejeitos sobre os alvos de con- servação dessas UCs, e os Centros de Pesquisa do ICMBio como Tamar, Cemave, CMA, Cepsul, Cepta e RAN farão, junto com as UC’s, a análise dos relatórios gerados por estas pesquisas. Está prevista, por parte da REDE, a formação de um banco de dados público, incluindo dados pretéritos, e frutos dos monitoramentos inicia- dos após a tragédia, com análises e interpreta- ções feitas com a expertise destes profissionais da academia, e com acesso online dos órgãos públicos, o que trará maior confiabilidade e transparência acerca dos resultados, por esta- rem sendo conduzidos por instituições ligadas à pesquisa e academia. Segundo o analista ambiental do Centro TA- MAR/ICMBio Leandro Pereira Chagas, outro importante avanço ao longo desse 3º ano pós- -desastre foi a consolidação da CT-BIO/CIF nesse processo, assim como a responsabilidade assumi- da pelo ICMBio de coordená-la junto com os de- mais órgãos ambientais. “A própria Câmara pas- sou por um amplo mapeamento dos fluxos dos seus processos de trabalho, ocasião que permitiu identificarmos necessidades e competências para executar as várias cláusulas do TTAC, sob respon- sabilidade da CT-BIO/CIF”, frisa Leandro. Para o Coordenador da Câmara Técnica de Conservação e Biodiversidade- CT-BIO/CIF, Joca Thomé, todo esse complexo processo – inte- grado com diversas esferas e áreas como a da saúde - carecem de uma legislação especifica e atuação de outros órgãos, como o de Saúde e Vigilância Sanitária por exemplo, no que se re- fere aos efeitos da contaminação das águas e pescados com os metais pesados, e os riscos re- ais à saúde da população que porventura possa estar consumindo regular ou esporadicamente esse pescado. “Esse teor de metais pesados, encontrados por pesquisadores em peixes, por exemplo, não são totalmente normatizados pela Anvisa. Quando somos arguidos se a população pode comer o pescado, se podem tomar banho de rio ou mar, ficamos sem saber o que dizer, à luz de quais parâmetros, pois a legislação nunca abar- cou algo sequer parecido com esse desastre, o Mariana: monitoramento ambiental três anos depois Foz do rio Doce em 9 de dezembro de 2015 maior da mineração ocorrido no mundo. Nossa função é analisar como estão os índices de con- taminação da biota e no meio ambiente. Cabe aos demais setores orientar quanto aos riscos humanos”, explica Joca Thomé. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 42, de 29 de agosto de 2013, determina os valo- res máximos apenas para chumbo, mercúrio, cá- dmio e arsênio, mas para os demais metais não há parâmetros definidos no Brasil. Acesse aqui. Para o coordenador da CT-BIO/CIF a socieda- de precisa enxergar o licenciamento ambiental e todos os planos previstos no rito do licencia- mento não como entraves ao crescimento eco- nômico, mas realmente como uma proteção e resguardo à vida de forma geral, humana e da biodiversidade. Além dos impactos ambientais, analisa-se também por outras Câmaras Técnicas, a deses- truturação da sociedade nas áreas atingidas. “Houve um esfacelamento das relações interna e externamente a essas comunidades atingidas. O lazer delas, a cultura, o trabalho, enfim, tudo foi atingido e transforma- do. Uma nova realidade será construída ao longo dos anos”, frisa Joca. O QUE Á A CT-BIO/CIF? A CT-BIO/CIF é uma das 10 Câmaras Técnicas cria- das para orientar, acom- panhar, monitorar e fis- calizar quatro Programas, entre os 42 programas do Acordo: o de Conser- vação da Biodiversidade Aquática, incluindo água doce, zona costeira e es- tuarina e área marinha impactada; o de Fortale- cimento das Estruturas de Triagem e Reintrodução da Fauna Silvestre; e o de Conservação da Fauna e Flora Terrestre e o de Consolidação das Unida- des de Conservação. Ela é composta por repre- sentantes do ICMBio (que também a coordena), Ibama, IEF-MG e IEMA-ES e INEMA-BA. Todas as 11 Câmaras Técnicas foram criadas em julho de 2016, por meio da Deliberação No 07 – do Comitê Interfederativo (CIF) – este criado em abril de 2016, pelo Ministério do Meio Am- biente, por meio da Portaria 95 (07/04/2016). HISTÓRICO TEMPORAL DO ROMPIMENTO 05 de novembro de 2015 - rompimento da barragem da Samarco em Fundão, em Maria- na/MG, com aproximadamente 39,2 milhões de m³ de rejeitos saíram da área de propriedade da Samarco. O rejeito atingiu o rio Gualaxo do Nor- te, percorreu seu leito e desaguou no rio Doce. Acredita-se que 20,3 milhões de m³ de mate- rial ficaram depositados na barragem da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga). Outros 18,9 milhões de m³ de rejeitos seguiram o fluxo dos cursos d’água e chegaram ao mar no dia 21 de novembro de 2015. AcervoICMBio
  • 9. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br16 17 As ações a serem desenvolvidas neste Pro- grama contam com o apoio financeiro da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Na- tureza. O programa conta com fundamental apoio da Marinha do Brasil e da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, assim como conta uma equipe bastante experiente em relação às questões botânicas da ilha da Trindade e com demandas relacio- nadas às aves marinha e suas principais ame- aças, formada por pesquisadores da Univer- sidade Federal do Rio Grande (FURG), Museu Nacional do Rio de Janeiro (UFRJ), Universida- de Federal de Minas Gerais (UFMG), Universi- dade Federal de Alagoas (UFAL), Centro Uni- versitário de Brasília (UniCeub), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de pesquisadores do próprio ICMBio/Cemave. O programa RETER-Trindade pretende, portanto, além de restaurar condições naturais da ilha de Trindade contribuindo efetivamente para a recuperação de espécies endêmicas ameaça- das, obter informações científicas importantes para a gestão e implementação do monumen- to natural (Mona) recém-criado. Fragata-de-trindade deve ser uma das beneficiadas pelo projeto Visão estratégica do Corredor Ramsar será construída com comunitários e gestores de UCs EduardoMelo No último dia 19, foi lançado, no Horto Botânico do Museu Nacional (RJ), o Progra- ma RETER-Trindade. O objetivo é restaurar as condições naturais da Ilha de Trindade, e, com isso, propiciar um ambiente propício para es- pécies ameaçadas da região, sobretudo aves que utilizam o local para reprodução. Den- tre as espécies a serem beneficiadas estão as criticamente ameaçadas fragata-de-trindade (Fregata trinitatis), a fragata-grande (Fregatta minor nicolli) e até o atobá-de-pés-vermelhos (Sula sula), considerado extinto localmente. Uma das principais ações a serem desen- volvidas pelo projeto é acelerar a expansão da vegetação nativa. “Com isso, podemos ajudar a recuperação do solo e contenção da erosão pois o restabelecimento dessas condições be- neficia diretamente as colônias de aves mari- nhas”, afirma a analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio), uma das instân- cias do ICMBio envolvidas neste Programa. Ainda dentro deste contexto, será feita trans- locação de mudas de espécies vegetais nati- vas de áreas da Ilha ainda preservadas para replantio em solo já recuperado. Como ações de conservação para as espécies endêmicas, os pesquisadores irão estimular a reprodução dessas aves. “A instalação de estru- turas artificiais semelhantes aos ninhos e po- leiros naturais funcionarão para atrair as aves e estimular a reprodução, que hoje não mais ocorre na ilha da Trindade ”, explica Patrícia. As espécies invasoras foram e continuam sendo grande problema na Ilha de Trindade. A vegetação sofreu impacto negativo com a introdução de plantas, porcos e cabras. Outra espécie que pode estar comprometendo a re- cuperação da vegetação e, potencialmente, a reprodução das aves marinhas é a catita (Mus musculus). Acredita-se que este pequeno ro- edor chegou à Ilha de Trindade pelos porões das embarcações vindas do continente e se alastrou rapidamente. Programa para conservação de Trindade é lançado Oficinas discutem governança de Corredor Ecológico Ramsar O Brasil ganhou recentemente um enor- me corredor para proteção dos manguezais amazônicos, um dos mais importantes do mundo. O corredor integrou três áreas que já eram reconhecidos como sítios Ramsar (Par- que Nacional do Cabo Orange, APA Baixada Maranhense e APA Reentrâncias Maranhen- ses) com mais de 20 unidades de conservação formando uma espécie de mosaico de áreas úmidas que se estende desde a fronteira com a Guiana Francesa até os limites entre Piauí e Ceará, passando por manguezais na foz do Amazonas e o Arquipélago do Tapajós. “Tra- ta-se de um grande corredor de conservação dos manguezais amazônicos, uma das mais importantes do mundo, sustentando várias famílias de extrativistas e pescadores artesa- nais e que mantém grande importância na manutenção de estoques pesqueiros e aves migratórias das Américas”, diz o diretor de Ações Socioambientais e Consolidação Terri- torial, Claudio Maretti. Para pensar numa visão estratégica dessas áreas e começar a propor uma estrutura de governança de gestão, foram realizadas duas oficinas nas cidades de Belém (quinta-feira, 22) e São Luís (sexta-feira, 23). As oficinas ti- veram o objetivo inicial de nivelamento e de reflexão das propostas para a visão estratégi- ca e de estrutura de governança dessas áreas. Participaram gestores e representantes das comunidades envolvidas, totalizando cerca de 150 pessoas de unidades de conservação como Parque Nacional dos Lençóis Mara- nhenses, Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuçá, Reserva Extrativista Baía do Tubarão, Parque Nacional do Cabo Orange, Reserva Ex- trativista Mestre Lucindo, Reserva Extrativista Quilombo do Flexal e várias outras. Além de- les, pesquisadores e técnicos de universida- des, representantes de órgãos gestores esta- duais estiveram presentes. “Por serem reconhecidas internacionalmen- te, é necessário pensar numa visão integrada de conservação e consequentemente de ges- tão. Estamos propondo uma governança que tenha as Unidades de Conservação como ins- trumento de operacionalização e que parta da base de parcerias, a exemplo do modelo das Reservas Extativistas”, diz Maretti. Segundo o diretor, neste modelo, haveria uma gestão compartilhada e participativa que promoves- se o desenvolvimento sustentável, especial- mente das famílias que dependem dessas áre- as para manutenção de seus modos de vida. No momento, são propostos dois grandes blocos. Um seria composto pelas áreas de Pará e no Amapá e o outro, com Maranhão, Piauí e Ceará com três a quatro níveis de interação e necessidade de engajamento de gestores e comunidades e abertura para adesão de UCs estaduais e municipais. “Depois dos dois dias teremos um ano para irradiar a informação e daqui a um ano estaremos prontos para apre- sentar um projeto com maior envergadura”, explica Maretti. Esta é apenas a primeira fase do projeto apoiado pela Embaixada da Noruega. A se- guir, será elaborado um relatório com uma proposta simplificada do modelo de gover- nança e de diretrizes e no próximo ano, serão promovidas oficinas de comunicação e capa- citação para consolidar essas propostas com a perspectiva de engajamento e desenvolvi- mento de projetos para viabilizar apoio para políticas públicas. LeandroRugoni AcervoICMBio
  • 10. ICMBio em Foco - nº 496 19www.icmbio.gov.br ICMBio lança vídeo documentário durante seminário de políticas públicas Garopaba e Imbituba na rota das trilhas de longo curso A área onde se encontra o corredor ecoló- gico possui dezenas de milhares de famílias de extrativistas e pescadores artesanais. Só nas reservas extrativistas, estima-se que o número de famílias ultrapasse os 40 mil, já consideran- do 13 mil das novas reservas criadas este ano. Sem contar a população urbana, cerca de 100 mil famílias dependem desse ecossistema. A CONVENÇÃO RAMSAR Em 2 de fevereiro de 1971, na cidade de Ramsar, no Irã, foi aprovado o texto da Con- venção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, também chamada de Conven- ção de Ramsar. Assim, os países signatários tiveram a oportunidade de indicar áreas para ingressar a chamada Lista de Ramsar. Os sítios Ramsar, como são chamados os locais nesta lista, são pontos estratégicos de conservação da biodiversidade e possuem prioridade em cooperações técnicas e apoio para projetos que visem a sua proteção e o uso sustentável de seus territórios. Desde sua adesão à Convenção, o Brasil promoveu a inclusão de 23 unidades de con- servação e dois Sítios Ramsar Regionais, so- mando 25 Sítios na Lista de Ramsar. A intro- dução dessas áreas na Lista de Ramsar faculta ao Brasil a obtenção de apoio para o desen- volvimento de pesquisas, o acesso a fundos internacionais para o financiamento de proje- tos e a criação de um cenário favorável à coo- peração internacional. Em contrapartida, o Brasil assumiu o com- promisso de manter suas características eco- lógicas - os elementos da biodiversidade, bem como os processos que os mantêm - e deve atribuir prioridade para sua consolidação diante de outras áreas protegidas, conforme, inclusive, previsto no Plano Estratégico Na- cional de Áreas Protegidas (PNAP), aprovado pelo Decreto no 5.758/06. O ICMBio lançou, na última quinta-feira (22), o vídeo documentário “Quilombo – Ca- minhos para a gestão territorial e ambiental”. O vídeo conta sobre as oficinas territoriais promovidas entre janeiro e julho de 2018 pelo ICMBio e foi lançado durante o último Semi- nário Nacional sobre Políticas Públicas volta- das ao Extrativismo, Segurança Alimentar e Nutricional e Uso Sustentável da Sociobiodi- versidade e sua integração com as Políticas de Gestão Ambiental e Territorial, em Brasília, en- tre os dias 21 e 22 de novembro. O evento foi promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O vídeo foi produzido pelo Grupo de Audio- visual ligado à Coordenação Geral de Gestão Socioambiental (CGSAM) com tradução para a língua inglesa. O material mostra os relatos do processo de diálogos sobre Gestão Territo- rial e Ambiental em territórios quilombolas re- alizados em sete oficinas com representantes quilombolas de todas as regiões do país. Segundo o coordenador geral de Gestão Socioambiental, Paulo Risso, o vídeo possui o potencial de dar visibilidade a essas popu- lações. “Estas histórias são uma provocação para conhecermos mais este Brasil que ainda não é visível para todos, ele traz para o debate um material no qual as pessoas veem os olhos, veem as lágrimas e passam a entender como os territórios se compõem”, enfatiza Russo. “Este vídeo foi uma ótima oportunidade de mostrar o trabalho da equipe e promover uma interação deste com as diversas instituições, o que pode propiciar novas oportunidades e crescimento do Grupo de Audiovisual do ICM- Bio”, destaca o coordenador do grupo, Rober- to Zanin. Você pode conferir o vídeo pelo link: https://youtu.be/84Rc8HNT0U8 Garopaba e Imbituba estão implementan- do um novo modelo de sinalização nas trilhas do território da APA da Baleia Franca. A ação começou no último final de semana (23 e 24 de novembro), com a sinalização da Trilha da Caranha, que liga as Praias da Barra e Ouvidor, em Garopaba. Esta iniciativa partiu do Projeto de extensão de aperfeiçoamento profissional dos Condutores Ambientais e Guias de Turis- mo egressos do IFSC Garopaba e, do órgão do governo federal, Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Uma sinalização adequada garante a boa gestão das trilhas, minimiza diversos tipos de impacto ambiental e incentiva o ecoturismo e o turismo de base comunitária. O que dá tran- quilidade e segurança para todos que usam a trilha, além de organizar o fluxo por um único traçado, protegendo a flora e fauna e da for- mação de caminhos secundários. Além dessa preocupação, a iniciativa do IFSC e do ICM- Bio vai de encontro a implantação do Sistema Brasileiro de Trilhas. O Sistema é uma nova abordagem nacio- nal de conectividades das Unidades de Con- servação do Brasil, que pretende ligar quatro grandes corredores de paisagens naturais no país. Um desses corredores, a Trilha Litorânea, passará pelas cidades de Garopaba e Imbitu- ba. Com 8 mil km, este percurso liga o Chuí ao Oiapoque ao longo da costa brasileira. Por conta da grande extensão, o governo federal quer assegurar a padronização da sinalização em todas unidades de conservação que com- põem o trajeto da Trilha Litorânea. Para isso, o primeiro passo foi a promoção de uma Oficina de Sinalização de Trilhas, que ocorreu na sede do Projeto Ambiental Gaia Village. Ela foi ministrada pelo analista am- biental do ICMBio, Thiago Beraldo, e pelo vi- ce-presidente do Instituto Çarakura (entidade que integra a gestão do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro) Richard Smith. Durante a oficina, além da parte teórica, os participan- tes foram orientados em como implementar a sinalização de forma correta nas trilhas locais e colocaram em prática as técnicas ensinadas, produzindo matrizes para aplicação da pintu- ra e sinalização da Trilha da Caranha. A Área de Proteção Ambiental (APABF) da Baleia Franca, que é a principal UC dessa re- gião do litoral catarinense, terá uma sinaliza- ção específica, no formato de sola de bota com uma baleia franca, com sua cauda e nadadeiras em seu desenho. A arte dessa pegada foi de- senvolvida de forma voluntária por condutores ambientais. O desenho segue o padrão sugeri- do pelo ICMBio, adaptando-se para a realidade da APABF. As cores adotadas serão o preto e o amarelo, repetindo o padrão da rota principal Sinalização das trilhas atendem ao padrão do Sistema Brasileiro de Trilhas AcervoICMBio RobertoZanin AcervoICMBio
  • 11. ICMBio em Foco - nº 496www.icmbio.gov.br20 21 da Trilha Litorânea. As cores adotadas seguem o padrão nacional da sinalização, com pegadas pretas e amarelas, conforme o sentido que se quer demonstrar (norte-sul e sul-norte). Um Grupo de Trabalho será responsável pelo gerenciamento, manutenção da sinaliza- ção, e pela comunicação com a comunidade local e com os usuários destes caminhos. Por enquanto, apenas a Trilha da Caranha, que se encontra em propriedade particular, está sina- lizada com anuência do Gaia Village. A ideia é observar durante a temporada de verão como os turistas e comunidade local aceitarão a si- nalização, para corrigir e propor novas solu- ções para as próximas trilhas. Esta ação de sinalização tem apoio de Con- dutores Ambientais locais, de alunos do curso de Guia de Turismo do IFSC, do ICMBio, do Conselho Gestor da APA da Baleia Franca, do IFSC - Câmpus Garopaba, do Instituto Çaraku- ra, Gerdau, do Projeto Ambiental Gaia Village e das Prefeituras Municipais de Garopaba e Imbituba. O QUE É O SISTEMA BRASILEIRO DE TRILHAS O Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso quer trazer a experiência dos sistemas de trilhas de longo curso estadunidense (Na- tional Trails System) e europeu (European long-distance paths) para o país. Seu objetivo é conectar diferentes unidades de conserva- ção do Brasil através de grandes trilhas na- cionais compostas por trilhas locais menores. Também busca reconhecer e proteger rotas pedestres de interesse natural, histórico e cul- tural, além de sensibilizar a sociedade para a importância do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). Criada pela Portaria nº 407 de 19 de outu- bro de 2018, dos Ministérios do Meio Ambien- te e do Turismo e do Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), esta é uma iniciativa conjunta do ICMBio, de grupos de voluntários e da sociedade civil or- ganizada. A meta é alcançar, em 20 anos, 18 mil km de trilhas e movimentar 2 milhões de turistas por ano. Cepta e Cepam avaliam risco de extinção de peixes continentais e amazônicos Servidores podem saber mais sobre gestão por competências Novo SAMGE é apresentado a servidores da CR8 Os Centros Nacionais de Pesquisa e Con- servação da Biodiversidade Aquática Con- tinental (Cepta) e da Biodiversidade Ama- zônica (Cepam) realizaram a II Oficina de Avaliação dos Peixes Continentais do 2° Ciclo - Ecoregiões São Francisco, Paraíba do Sul e Flu- minense, e a II Oficina de Avaliação dos Peixes Continentais Amazônicos do 2° Ciclo – Famílias Auchenipteridae, Aspredinidae, Callichthyidae, Doradidae e espécies prioritárias de Loricariidae. A capacitação ocorreu entre os dias 19 e 23 de novembro na ACADEBio, em Iperó (SP). O objetivo da oficina foi avaliar o estado de conservação de mais de 400 espécies de pei- xes continentais frente aos critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) conforme a Portaria MMA nº 43/2014 que oficializa o Programa Pró-Espécies. A ofi- cina contou com a presença de 29 especia- listas de diversas instituições de pesquisa do país, além de equipe de apoio formada por servidores do Cepta, Cepam, CBC e Parque Nacional de Jericoacoara. Ao todo, 463 espécies de peixes continen- tais tiveram seu estado de conservação avalia- do, das quais 385 foram categorizadas como Menos Preocupante (LC), 19 ficaram em al- guma das três categorias de ameaça (CR, EN ou VU), 24 como Quase Ameaçadas (NT) e 35 como Dados Insuficientes (DD). As oficinas de avaliação de peixes continen- tais terão continuidade em 2019, iniciando pela avaliação de peixes troglóbios (depen- dentes de cavernas) prevista para abril do ano que vem. Servidores do ICMBio que estão com dúvi- das sobre a gestão por competências terão um espaço para conferir mais informações sobre o assunto. A Coordenação Geral de Gestão de Pessoas (CGGP) disponibilizou na Intranet uma seção apenas sobre Gestão de Compe- tências. Lá, o servidor pode saber mais sobre a A convite da Coordenação Regional 08, no Rio de Janeiro, a Equipe da Divisão de Monito- ramento e Avaliação da Gestão de UC (DMAG/ CGCAP/Diman) participou no dia 22 de no- vembro de 2018 de reunião de planejamento, com foco no tema Proteção, para apresentar a nova plataforma on-line do SAMGe e orientar o preenchimento neste ciclo 2018. Todas as unidades de conservação federais, conforme Portaria no 306 de 31 de maio de 2016, devem realizar o diagnóstico da gestão, indicando os objetivos de conservação, seus Recursos e Valores, os usos existentes e as ações de manejo realizadas pelo órgão gestor da UC. A partir da identificação destes, e seus relacionamentos, é possível visualizar o painel de gestão, e subsidiar a tomada de decisão, assim como avaliar o cenário para realizar o planejamento do ano seguinte. O preenchimento do ciclo 2018 será reali- zado na plataforma online, disponível no sítio http://samge.icmbio.gov.br, até o dia 31 de dezembro de 2018. implementação do programa, o mapeamento sobre as carências, competências necessárias ao chefe e a proposta para implantação do modelo. As informações podem ser acessadas a partir da seção Macroprocessos> Gestão de Pesso- as> Gestão por competências.
  • 12. www.icmbio.gov.br22 23 Luciana Carvalho Crema Danúbia Melo Bruno Bimbato Leonardo Milano Leonardo Milano Leonardo Milano Leonardo Milano
  • 13. www.icmbio.gov.br24 Divisão de Comunicação - DCOM Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco C - 1º andar - CEP: 70670-350 - Brasília/ DF Fone +55 (61) 2028-9280 comunicacao@icmbio.gov.br - www.icmbio.gov.br ICMBio em Foco Revista eletrônica Edição Ramilla Rodrigues Nana Brasil Projeto Gráfico Bruno Bimbato Narayanne Miranda Diagramação Tatiana Raposo Chefe da Divisão de Comunicação Márcia Muchagata Foto da capa Miguel Von Behr Colaboradoraram nesta edição Aline Kellerman – REVIS Ilha dos Lobos; Bruno Bimbato – DCOM; Carolina Alvite – CNPT; Cecil Brotherhood – APA da Baleia Franca; Dayse Leite – PARNA Descobrimento; Fabiana Hessel – DMAG; Karina Barros – Flona Piraí do Sul; Lívia Rodrigues – CENAP; Luciana Pacca – APA Rio Mamanguape; Patrícia Serafini – CEMAVE; Rafaela Vicentini – CEPAM; Ramilla Rodrigues – DCOM; CGSAM; Roberto Zanin – CGSAM; Rodrigo Freitas – GEFMAR; Verônica Ferron – CR11