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PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS HIPERTENSOS CADASTRADOS NO SISTEMA 
HIPERDIA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE VILA MUNICIPAL, PELOTAS (RS). 
GARCIA, Rosane Scussel1;PETERS, Sônia Helena2; MUNIZ, Rosani Manfrin3 
1,2Hospital Escola – FAMED/ UFPel 
Rua Professor Araújo, 538 – Centro – Pelotas – CEP 96020-360 - - rosane@fau.com.br 
3Professora - Depto. De Enfermagem – FEO/ UFPel – romaniz@terra.com.br 
1. INTRODUÇÃO 
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma das principais patologias do grupo 
das doenças cardiovasculares e nos últimos anos vem crescendo de forma 
significativa, sendo um problema grave de saúde pública no Brasil. Segundo a 
Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo são 600 milhões de hipertensos e 
no Brasil, a Sociedade Brasileira de Hipertensão estima que haja 30 milhões de 
hipertensos, cerca de 30% da população adulta. Entre as pessoas com mais de 60 
anos, mais de 60% têm hipertensão (Brasil, 2006). 
Com o processo de transição demográfica e nutricional que vem ocorrendo nas 
últimas décadas no Brasil e no mundo, torna-se importante o conhecimento do estado 
nutricional dos idosos (Kac, 2007). Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de 
domicílios (PNAD) publicado em 2007 mostraram que a população idosa que 
respondia por 7,9% passou a responder por 10,6% da população brasileira (Brasil, 
2008). 
Estudos realizados em algumas regiões do Brasil sobre o estado nutricional de 
idosos, evidenciaram que é alta a prevalência de sobrepeso entre os idosos, tornando-se 
um fator preocupante de saúde (Bassler e Bueno, 2008; Bill, 2007;Skowronski 2006). 
Á medida que mais pessoas atingem a terceira idade, aumenta a prevalência de 
enfermidades em que a idade é fator de risco, tornando necessário um melhor 
conhecimento das doenças, do estado nutricional e das modificações corporais, 
psicológicas e sociais desse grupo etário. As mudanças no padrão alimentar e o 
sedentarismo trouxeram grande impacto para a saúde dos idosos com acometimento 
maior das doenças não transmissíveis, como a hipertensão arterial e a obesidade 
(Kac,2007). 
O presente estudo teve como objetivo identificar o estado nutricional dos idosos 
hipertensos cadastrados no Sistema HiperDia da Unidade Básica Saúde Vila 
Municipal, Pelotas (RS).
2. MATERIAL E MÉTODOS 
Foi realizado um estudo transversal descritivo, com dados secundários, de 
indivíduos de ambos os sexos, hipertensos, de 60 anos ou mais, cadastrados no 
Sistema HiperDia da Unidade Básica de Saúde da Vila Municipal, de junho de 2002 à 
novembro de 2008. As variáveis coletadas e analisadas foram sexo, idade, cor, 
escolaridade, situação conjugal, pressão arterial e medidas antropométricas de peso e 
altura. 
O estado nutricional dos idosos foi calculado através do cálculo de Índice de Massa 
Corporal (IMC) e classificação recomendada pelo Ministério da Saúde para idosos, 
utilizando-se os pontos de corte proposto por Lipschtz. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O presente estudo teve como população os idosos hipertensos cadastrados no 
Sistema HiperDia. É necessário ressaltar que estes resultados não podem ser 
extrapolados para todos os idosos, pois estes fazem parte de um programa com 
demanda espontânea vinculado a área de abrangência da Unidade Básica de Saúde. 
Do total de 120 idosos incluídos na pesquisa, pode-se observar, conforme a 
Tabela 1, que a média de idade foi de 69,5 anos, a maioria era do sexo feminino, de 
baixa escolaridade, da cor branca e que viviam com companheiro. 
Tabela 1 – Descrição da amostra de idosos hipertensos cadastrados no 
Sistema HiperDia da UBS Vila Municipal, Pelotas, 2008. 
Variáveis 
n 
% 
Sexo 
Masculino 31 27,0 
Feminino 84 73,0 
Idade 
De 60 a 69 anos 66 56,9 
De 70 a 69 anos 39 33,6 
≥ 80 anos 11 9,5 
Escolaridade 
Não sabe ler/escrever 37 33,3 
1º grau incompleto 70 63,1 
1º grau completo 3 2,7 
2º grau completo 1 0,9 
Cor da pele 
Branca 74 64,9 
Preta/outra 40 35,1 
Situação conjugal 
Com companheiro 55 53,4 
Sem companheiro 46 44,7 
Vive só 2 1,9 
IMC 
< 22,0 Kg/m2 8 7,4
22,0 a 26,9 Kg/m2 38 35,2 
≥ 27,0 Kg/m2 62 57,4 
Pressão Arterial Sistólica 
≤ 139 mmHg 23 20,5 
≥ 140 mmHg 89 79,5 
Pressão Arterial Diastólica 
≤ 89 mmHg 50 44,6 
≥ 90 mmHg 62 55,4 
Diabetes Mellitus 
Não 
Sim 
79 
33 
70,5 
29,5 
Fonte: Cadastro HiperDia, UBS Vila Municipal, Pelotas/RS 
Verificou-se na Tabela 2 através do IMC que 57,4% dos idosos apresentavam 
sobrepeso, 35,2% peso adequado e 7,4% baixo peso. 
Tabela 2 - Descrição do estado nutricional da amostra de idosos hipertensos cadastrados no Sistema 
HiperDia da UBS Vila Municipal, Pelotas, 2008. 
Variáveis 
Baixo Peso 
≤ 22,0 Kg/m2 
n (%) 
Peso Adequado 
22,0 a 27,0 Kg/m2 
n (%) 
Sobrepeso 
≥ 27,0 Kg/m2 
n (%) 
Sexo 
Masculino 3 (10,0) 11 (36,7) 16 (53,3) 
Feminino 5 (6,5) 27 (35,1) 45 (58,4) 
Idade 
De 60 a 69 anos 5 (8,2) 21 (34,4) 35 (57,4) 
De 70 a 79 anos 2 (5,4) 15 (40,5) 20 (54,1) 
≥ 80 anos 1 (10,0) 2 (20,0) 7 (70,0) 
Escolaridade 
Não sabe ler/escrever 3 (8,6) 10 (28,6) 22 (62,9) 
1º grau incompleto 4 (6,3) 26 (40,6) 34 (53,1) 
1º grau completo - 2 (66,7) 1 (33,3) 
2º grau completo - - 1 (100,0) 
Cor da pele 
Branca 4 (5,7) 28 (40,0) 38 (54,3) 
Preta/outra 3 (8,3) 10 (27,8) 23 (63,9) 
Situação conjugal 
Com companheiro 2 (3,9) 18 (35,3) 31 (60,8) 
Sem companheiro 6 (13,6) 12 (27,3) 26 (59,1) 
Vive só - 2 (100,0) - 
Pressão Arterial Sistólica 
≤ 139 mmHg 3 (13,0) 9 (39,2) 11 (47,8) 
≥ 140 mmHg 5 (6,0) 28 (33,3) 51 (60,7) 
Pressão Arterial Diastólica 
≤ 89 mmHg 3 (6,1) 19 (38,8) 27 (55,1) 
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Diabetes Mellitus 
Não 
Sim 
7 (9,7) 
1 (3,1) 
26 (36,1) 
12 (37,5) 
39 (54,2) 
19 (59,4) 
Fonte: Cadastro HiperDia, UBS Vila Municipal, Pelotas/RS 
Analisando o perfil demográfico dos idosos, verificou-se maior freqüência de idosos 
do sexo feminino, semelhante ao encontrado em outros estudos realizados no Brasil
(Lemos, 2006; Mastroeni,2007; Santos, 2007). Isto se deve, possivelmente, ao fato de 
que as mulheres são mais participativas e buscam mais pelos serviços de saúde. A 
média de idade neste estudo foi muito semelhante a do estudo que avaliou hipertensão 
em idosos no município de Joinville descrevendo o perfil demográfico dos idosos 
(Mastroeni, 2007). 
4. CONCLUSÂO 
Observou-se alta prevalência de sobrepeso entre os idosos hipertensos, podendo 
ser fator determinante de morbidade e mortalidade dessa população. Ressaltado a 
necessidade de fortalecimento de ações de prevenção e promoção de saúde, conjuntas 
entre os membros da UBS para mudanças nos hábitos de vida dos idosos, 
possibilitando que esses indicadores venham a melhorar no futuro próximo. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BASSLER TC, Lei DLM. Diagnóstico e monitoramento da situação nutricional da 
população idosa em município da região metropolitana de Curitiba (PR). Rev. Nutr. 
2008, p 311-21. 
Bill SP, RUIZ FS. Estado nutricional de idosos participantes do Sistema Hiperdia 
no município de Cascavel - PR 2007. 
BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de 
Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica. Brasilia: Ministério da Saúde 2006, 58p. 
BRASIL. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística. PNAD 2007 Primeiras Análises, Demografia-Gênero. Brasilia: 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 2008. 
BUENO JM, MARTINO HSD, FERNANDES MFS, COSTA LS, SILVA RR. Avaliação 
nutricional e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos 
pertencentes a um programa assistencial. Ciência e Saúde Coletiva 2008, p 1237-46. 
KAC Gilberto et al. Epidemiologia Nutricional. Rio de Janeiro: Fiocruz/Atheneu, 
2007.580p. 
LEMOS M, Souza NR, Mendes NNR. Perfil da população idosa cadastrada em uma 
Unidade de Saúde da Família. Revista Mineira Enfermagem. 2006 : v.10 n.3. 
MASTROENI MF, ERZINGER GS, MASTROENI SSdBS, SILVA NNd, Marucci MdFN. 
Perfil demográfico de idosos da cidade de Joinville, Santa Catarina: estudo de base 
domiciliar. scielosp 2007:190-201.
SANTOS MRDR et al,. Caracterização nutricional de idosos com hipertensão arterial 
em Teresina, PI. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. 2007: v.10 n.1. 
SKOWRONKI PP, DALLA COSTA MC. Perfil nutricional da população cadastrada 
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Hiperdia

  • 1. PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS HIPERTENSOS CADASTRADOS NO SISTEMA HIPERDIA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE VILA MUNICIPAL, PELOTAS (RS). GARCIA, Rosane Scussel1;PETERS, Sônia Helena2; MUNIZ, Rosani Manfrin3 1,2Hospital Escola – FAMED/ UFPel Rua Professor Araújo, 538 – Centro – Pelotas – CEP 96020-360 - - rosane@fau.com.br 3Professora - Depto. De Enfermagem – FEO/ UFPel – romaniz@terra.com.br 1. INTRODUÇÃO A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma das principais patologias do grupo das doenças cardiovasculares e nos últimos anos vem crescendo de forma significativa, sendo um problema grave de saúde pública no Brasil. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo são 600 milhões de hipertensos e no Brasil, a Sociedade Brasileira de Hipertensão estima que haja 30 milhões de hipertensos, cerca de 30% da população adulta. Entre as pessoas com mais de 60 anos, mais de 60% têm hipertensão (Brasil, 2006). Com o processo de transição demográfica e nutricional que vem ocorrendo nas últimas décadas no Brasil e no mundo, torna-se importante o conhecimento do estado nutricional dos idosos (Kac, 2007). Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios (PNAD) publicado em 2007 mostraram que a população idosa que respondia por 7,9% passou a responder por 10,6% da população brasileira (Brasil, 2008). Estudos realizados em algumas regiões do Brasil sobre o estado nutricional de idosos, evidenciaram que é alta a prevalência de sobrepeso entre os idosos, tornando-se um fator preocupante de saúde (Bassler e Bueno, 2008; Bill, 2007;Skowronski 2006). Á medida que mais pessoas atingem a terceira idade, aumenta a prevalência de enfermidades em que a idade é fator de risco, tornando necessário um melhor conhecimento das doenças, do estado nutricional e das modificações corporais, psicológicas e sociais desse grupo etário. As mudanças no padrão alimentar e o sedentarismo trouxeram grande impacto para a saúde dos idosos com acometimento maior das doenças não transmissíveis, como a hipertensão arterial e a obesidade (Kac,2007). O presente estudo teve como objetivo identificar o estado nutricional dos idosos hipertensos cadastrados no Sistema HiperDia da Unidade Básica Saúde Vila Municipal, Pelotas (RS).
  • 2. 2. MATERIAL E MÉTODOS Foi realizado um estudo transversal descritivo, com dados secundários, de indivíduos de ambos os sexos, hipertensos, de 60 anos ou mais, cadastrados no Sistema HiperDia da Unidade Básica de Saúde da Vila Municipal, de junho de 2002 à novembro de 2008. As variáveis coletadas e analisadas foram sexo, idade, cor, escolaridade, situação conjugal, pressão arterial e medidas antropométricas de peso e altura. O estado nutricional dos idosos foi calculado através do cálculo de Índice de Massa Corporal (IMC) e classificação recomendada pelo Ministério da Saúde para idosos, utilizando-se os pontos de corte proposto por Lipschtz. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO O presente estudo teve como população os idosos hipertensos cadastrados no Sistema HiperDia. É necessário ressaltar que estes resultados não podem ser extrapolados para todos os idosos, pois estes fazem parte de um programa com demanda espontânea vinculado a área de abrangência da Unidade Básica de Saúde. Do total de 120 idosos incluídos na pesquisa, pode-se observar, conforme a Tabela 1, que a média de idade foi de 69,5 anos, a maioria era do sexo feminino, de baixa escolaridade, da cor branca e que viviam com companheiro. Tabela 1 – Descrição da amostra de idosos hipertensos cadastrados no Sistema HiperDia da UBS Vila Municipal, Pelotas, 2008. Variáveis n % Sexo Masculino 31 27,0 Feminino 84 73,0 Idade De 60 a 69 anos 66 56,9 De 70 a 69 anos 39 33,6 ≥ 80 anos 11 9,5 Escolaridade Não sabe ler/escrever 37 33,3 1º grau incompleto 70 63,1 1º grau completo 3 2,7 2º grau completo 1 0,9 Cor da pele Branca 74 64,9 Preta/outra 40 35,1 Situação conjugal Com companheiro 55 53,4 Sem companheiro 46 44,7 Vive só 2 1,9 IMC < 22,0 Kg/m2 8 7,4
  • 3. 22,0 a 26,9 Kg/m2 38 35,2 ≥ 27,0 Kg/m2 62 57,4 Pressão Arterial Sistólica ≤ 139 mmHg 23 20,5 ≥ 140 mmHg 89 79,5 Pressão Arterial Diastólica ≤ 89 mmHg 50 44,6 ≥ 90 mmHg 62 55,4 Diabetes Mellitus Não Sim 79 33 70,5 29,5 Fonte: Cadastro HiperDia, UBS Vila Municipal, Pelotas/RS Verificou-se na Tabela 2 através do IMC que 57,4% dos idosos apresentavam sobrepeso, 35,2% peso adequado e 7,4% baixo peso. Tabela 2 - Descrição do estado nutricional da amostra de idosos hipertensos cadastrados no Sistema HiperDia da UBS Vila Municipal, Pelotas, 2008. Variáveis Baixo Peso ≤ 22,0 Kg/m2 n (%) Peso Adequado 22,0 a 27,0 Kg/m2 n (%) Sobrepeso ≥ 27,0 Kg/m2 n (%) Sexo Masculino 3 (10,0) 11 (36,7) 16 (53,3) Feminino 5 (6,5) 27 (35,1) 45 (58,4) Idade De 60 a 69 anos 5 (8,2) 21 (34,4) 35 (57,4) De 70 a 79 anos 2 (5,4) 15 (40,5) 20 (54,1) ≥ 80 anos 1 (10,0) 2 (20,0) 7 (70,0) Escolaridade Não sabe ler/escrever 3 (8,6) 10 (28,6) 22 (62,9) 1º grau incompleto 4 (6,3) 26 (40,6) 34 (53,1) 1º grau completo - 2 (66,7) 1 (33,3) 2º grau completo - - 1 (100,0) Cor da pele Branca 4 (5,7) 28 (40,0) 38 (54,3) Preta/outra 3 (8,3) 10 (27,8) 23 (63,9) Situação conjugal Com companheiro 2 (3,9) 18 (35,3) 31 (60,8) Sem companheiro 6 (13,6) 12 (27,3) 26 (59,1) Vive só - 2 (100,0) - Pressão Arterial Sistólica ≤ 139 mmHg 3 (13,0) 9 (39,2) 11 (47,8) ≥ 140 mmHg 5 (6,0) 28 (33,3) 51 (60,7) Pressão Arterial Diastólica ≤ 89 mmHg 3 (6,1) 19 (38,8) 27 (55,1) ≥ 90 mmHg 5 (8,6) 18 (31,0) 35 (60,3) Diabetes Mellitus Não Sim 7 (9,7) 1 (3,1) 26 (36,1) 12 (37,5) 39 (54,2) 19 (59,4) Fonte: Cadastro HiperDia, UBS Vila Municipal, Pelotas/RS Analisando o perfil demográfico dos idosos, verificou-se maior freqüência de idosos do sexo feminino, semelhante ao encontrado em outros estudos realizados no Brasil
  • 4. (Lemos, 2006; Mastroeni,2007; Santos, 2007). Isto se deve, possivelmente, ao fato de que as mulheres são mais participativas e buscam mais pelos serviços de saúde. A média de idade neste estudo foi muito semelhante a do estudo que avaliou hipertensão em idosos no município de Joinville descrevendo o perfil demográfico dos idosos (Mastroeni, 2007). 4. CONCLUSÂO Observou-se alta prevalência de sobrepeso entre os idosos hipertensos, podendo ser fator determinante de morbidade e mortalidade dessa população. Ressaltado a necessidade de fortalecimento de ações de prevenção e promoção de saúde, conjuntas entre os membros da UBS para mudanças nos hábitos de vida dos idosos, possibilitando que esses indicadores venham a melhorar no futuro próximo. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BASSLER TC, Lei DLM. Diagnóstico e monitoramento da situação nutricional da população idosa em município da região metropolitana de Curitiba (PR). Rev. Nutr. 2008, p 311-21. Bill SP, RUIZ FS. Estado nutricional de idosos participantes do Sistema Hiperdia no município de Cascavel - PR 2007. BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Hipertensão Arterial Sistêmica. Brasilia: Ministério da Saúde 2006, 58p. BRASIL. Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNAD 2007 Primeiras Análises, Demografia-Gênero. Brasilia: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 2008. BUENO JM, MARTINO HSD, FERNANDES MFS, COSTA LS, SILVA RR. Avaliação nutricional e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos pertencentes a um programa assistencial. Ciência e Saúde Coletiva 2008, p 1237-46. KAC Gilberto et al. Epidemiologia Nutricional. Rio de Janeiro: Fiocruz/Atheneu, 2007.580p. LEMOS M, Souza NR, Mendes NNR. Perfil da população idosa cadastrada em uma Unidade de Saúde da Família. Revista Mineira Enfermagem. 2006 : v.10 n.3. MASTROENI MF, ERZINGER GS, MASTROENI SSdBS, SILVA NNd, Marucci MdFN. Perfil demográfico de idosos da cidade de Joinville, Santa Catarina: estudo de base domiciliar. scielosp 2007:190-201.
  • 5. SANTOS MRDR et al,. Caracterização nutricional de idosos com hipertensão arterial em Teresina, PI. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. 2007: v.10 n.1. SKOWRONKI PP, DALLA COSTA MC. Perfil nutricional da população cadastrada no sistema Hiperdia do município de Cefalândia - PR. 2006. Disponível em: www.fag.edu.br