1. INTERNATIONAL NURSING CONGRESS
Theme: Good practices of nursing representations
In the construction of society
May 9-12, 2017
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Alimentação e nutrição dos idosos: uma revisão bibliográfica
Hysa Carolline Carvalho Oliveira (Enfermagem/UNIT), e-mail: oliveirachysa@gmail.com;
Leticia Santos Oliveira (Enfermagem/UNIT), e-mail: letycia56@gmail.com;
Juliana Lima Ferreira (Enfermagem/UNIT), e-mail: ferreirajuu@hotmail.com;
Angela Maria Melo Sá Barros (Orientadora/Docente/UNIT), e-mail: angelsamelo@hotmail.com.
Linha Assistencial 02 – Modelos e impactos do cuidado de enfermagem nas condições de
saúde da população. Sublinha de pesquisa: Impacto do cuidado de enfermagem ambulatorial,
domiciliar e na Estratégia de Saúde da Família frente às condições de saúde da população.
INTRODUÇÃO
Segundo o Estatuto do Idoso, no Brasil são
considerados idosos aqueles indivíduos com
faixa etária igual ou superior a 60 anos, de
ambos os sexos, sem distinção de cor, raça e
ideologia (BRASIL, 2013).
De acordo com Santos e Delani (2015), o
envelhecimento das populações se apresenta
atualmente como um fenômeno mundial.
Tanto que, o Brasil assim como os demais
países latino-americanos, presenciam um
rápido e intenso processo de crescimento da
população de idosos decorrente do aumento
da expectativa de vida.
Malta et al. (2013), afirmam ser um
processo natural à ocorrência de alterações
anatômicas e funcionais associadas ao uso de
medicamentos, com isso aumenta o risco de
má nutrição, além do aparecimento de
inúmeras doenças.
O envelhecer é um processo gradual que
ocorre ao longo de muitas décadas. Algumas
teorias relacionadas ao envelhecimento tratam
sobre a replicação prejudicada do DNA e a
perda da viabilidade da célula e, portanto, dos
órgãos do corpo (SANTOS; DELANI, 2015).
Por conta disso o Ministério da Saúde
desde 2010, recomenda tratar de uma
maneira mais prática estas mudanças, com
ênfase nas medidas associadas ao preparo e
ao consumo das refeições diárias. Os
cuidados com a alimentação envolvem uma
busca de equilíbrio entre as exigências do
corpo envelhecido e as limitações decorrentes
de algumas patologias (KUWAE et al., 2014).
Com o envelhecimento todo o processo de
ingestão, digestão, absorção e utilização dos
nutrientes ou aumentar a necessidade dos
mesmos, comprometendo ainda mais o estado
de saúde e as necessidades nutricionais
dessa população (MALTA et al., 2013)
Algumas alterações das práticas de
alimentação com o avançar da idade é
comum, o saudosismo de comidas do
passado, a modernização da alimentação e a
inserção das recomendações nutricionais
como critério de escolha alimentar fazem parte
da narrativa sobre a alimentação dos idosos.
(KUWAE et al., 2014).
O estado nutricional da população idosa
interage frequentemente com as modificações
inerentes ao envelhecimento, tais como:
diminuição do metabolismo basal,
redistribuição da massa corporal, alterações
no funcionamento digestivo, mudanças na
percepção sensorial. (MARTINS et al., 2016)
Nessa direção, Kuwae et al., (2014) afirma
que os cuidados com a alimentação sob a
perspectiva nutricional têm se tornado cada
vez mais presentes, à medida que os idosos
são submetidos aos discursos de saúde. Pois
segundo Martins et al. (2016) torna-se
importante avaliar o consumo alimentar do
idoso e sua associação com o estado
nutricional.
Justifica-se esse estudo no sentido de
promover uma reflexão sobre a importância
desse cuidado no que se refere à saúde no
contexto nutricional da pessoa idosa.
OBJETIVOS
Conhecer na literatura sobre o impacto do
déficit nutricional na saúde dos idosos.
MATERIAL E MÉTODOS
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Trata-se de uma revisão bibliográfica
baseada na literatura especializada através de
consulta a artigos científicos selecionados nas
bases de dados, SCIELO (Scientific Eletronic
Library Online), BIREME (Centro Latino-
Americano e do Caribe de Informação em
Ciências da Saúde) e LILACS (Literatura
Latino-Americana em Ciências de Saúde).
Foram utilizados como descritores os
seguintes termos: Alimentação,
Envelhecimento, Nutrição e Saúde.
Foram selecionados vinte artigos para
analise, sendo cinco artigos e um manual para
profissionais da saúde foram escolhidos para
elaboração de estudo, o qual foi delimitado
como recorte temporal entre os anos 2013 e
2016, todos na língua portuguesa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo Martins et al. (2016), o idoso
apresenta diversas peculiaridades quanto ao
consumo de alimentos. E com o aumento no
ritmo de envelhecimento da população
brasileira, torna-se fundamental planejar e
desenvolver ações educativas. No mesmo
entendimento, o Ministério da Saúde diz que:
os profissionais de saúde devem estimular os
idosos a terem uma alimentação saudável,
que devem ser reconhecidos pela pessoa
idosa e sua família. (BRASIL, 2010).
No estudo realizado por Malta et al. (2013),
evidenciou-se que 32,9% dos idosos avaliados
ingeriam dieta de “má qualidade”; 60,3%
“necessitam de melhorias” e apenas 6,8%
apresentaram uma dieta de “boa qualidade”.
Destacam-se nas últimas duas décadas
verificou-se na população brasileira a adoção
de um padrão dietético com elevado no teor
consumo de gordura saturada e açúcar, além
de alimentos com baixo teor de fibras.
(MARTINS et al., 2016).
As concepções de alimentação saudável
se hibridizam com as memórias, os sabores e
os afetos, resultando em diversas concepções
sobre o saudável, que são contextuais. Nesse
sentido, consideram que, apesar da
preocupação dos idosos com o valor nutritivo
do alimento, ele só era incorporado pelas
idosas quando passava pela culinária, no
alimento transformado em comida (KAWUE et
al., 2014).
Malta et al. (2013), também esclarecem
que a maioria dos idosos consumiam dietas
classificadas em: necessitando de melhorias e
parte delas de má qualidade. Os piores
desempenhos foram observados quanto ao
consumo das frutas, hortaliças, carboidratos e
leite e derivados.
Nota-se entre os idosos entrevistados por
Kawue et al. (2015), que o tempo culinário é
ainda mais desvalorizado quando se destina
ao preparo das refeições para si mesmo,
parece ser um esvaziamento de sentido da
prática culinária. Por isso refeições completas
são substituídas por algo mais simples, como
os lanches que são de baixo teor nutricional.
Em função da alta ingesta de alimentos de
rápido preparo, Martins et al. (2016),
constataram uma evolução do consumo de
alimentos no domicílio, ressaltando o aumento
da proporção de alimentos industrializados,
como pães, biscoitos e refrigerantes. E em
relação à distribuição de carboidratos,
destaca-se o elevado consumo de
carboidratos simples em detrimento aos
complexos.
Nessa perspectiva, Santos e Delani (2015),
corroboram que são necessárias medidas
preventivas, como: diminuição do consumo de
gorduras totais, o aumento no consumo de
vegetais, frutas, grãos integrais e castanhas, o
limite na ingestão de açúcar livre e sódio de
todas as fontes com o objetivo de diminuir o
risco de doenças crônicas, garantir um peso
saudável e melhorar o aporte de vitaminas e
minerais.
Para tanto, o Ministério da Saúde (2010),
afirma quanto à importância em orientar a
população idosa, que ao alimentar-se; sente-
se confortavelmente à mesa em companhia de
outras pessoas, sejam elas da família, amigos
ou o próprio cuidador e/ou a família eleger a
refeição do dia em que todos ou quase todos
estarão presentes e sentados à mesa, de
modo que esse momento seja prazeroso.
Sobre isso Kawue et al. (2015), afirmam a falta
de companhia durante as refeições da pessoa
idoso, pode incorrer em uma alimentação de
maneira inadequada.
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Pois, os atributos sensoriais dos alimentos
também são responsáveis por despertar
interesse em ingeri-los, porém em idosos
acima de 70 anos essas alterações sensoriais
estão gravemente afetadas, a sensibilidade
por gostos primários, eventual perda da
acuidade visual, audição e olfato são um dos
fatores mais relevantes na diminuição do
consumo alimentar. (SANTOS; DELANI, 2015)
É importante estabelecer horários
regulares para as refeições, com intervalos
para atender às peculiaridades da fisiologia
digestiva da pessoa idosa, considerando que
sua digestão é mais lenta. O ajuste dos
horários de refeição contribui para garantir o
fornecimento de nutrientes e energia, maior
conforto e apetite para a pessoa idosa.
(BRASIL, 2010)
Segundo Santos e Delani (2015) a função
oral dos idosos é prejudicada não apenas pelo
número e distribuição de dentes, mas também
pela quantidade e qualidade da saliva. O fluxo
salivar pode ser relacionado a doenças
sistêmicas e ao uso de medicamentos. A
xerostomia, também conhecida como boca
seca causa problemas com o gosto, a fala e
tolerância ao uso de próteses.
O idoso precisa mastigar adequadamente
os alimentos para estimular a produção de
saliva e manter os alimentos em contato com
a superfície da língua por mais tempo,
favorecendo a percepção do sabor. (BRASIL,
2010)
O uso de medicamento também pode
comprometer o estado nutricional entre idosos,
pois influenciam na absorção, na digestão e
na utilização de muitos nutrientes. Desta
forma, uma suplementação é importante para
estabelecer as condições nutricionais
adequadas (SANTOS; DELANI, 2015).
Com isso Malta et al. (2013) afirmam que a
administração de suplementos nutricionais
orais tem efeitos positivos sobre o estado
nutricional, temente do diagnóstico principal.
CONCLUSÕES
Percebe-se a necessidade de que os
profissionais de saúde orientem aos idosos
sobre a importância da alimentação saudável,
que as refeições sejam prazerosas, nisso
haverá contribuição na prevenção de doenças
e promoção da saúde. Que propostas de
reeducação possam gerar impacto na
qualidade de vida desses indivíduos.
Palavras-chave: alimentação; nutrição;
envelhecimento.
REFERÊNCIAS
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para a pessoa idosa. Um manual para profissionais da
saúde. Brasília- DF, 2010. Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_sauda
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BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Estatuto do idoso.
Brasília- DF, 2013. Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_3e
dicao.pdf>. Acesso em: 20. abril.2017
KUWAE, C.A; CARVALHO, M.A.V.S; PRADO, S.D;
FERREIRA, F,R. Concepções de alimentação saudável
entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da
UERJ: normas nutricionais, normas do corpo e normas do
cotidiano. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, vol.
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http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v18n3/1809-9823-rbgg-18-03-
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MALTA, M.B; PAPINI, S.J; CORRENTE, J.E. Avaliação da
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