1. Ano 22 • Julho–Agosto/2014 • nº 179
PIQUENIQUE 2014
Momentos de alegria, convivência e comunhão entre irmãos, P. 5
Luiz Carlos Ramos escreve sobre O Pai
bondoso, levando-nos a refletir sobre três
projetos: o Projeto da Desgraça, o Projeto
Sem Graça e o Projeto da Graça, muito
pertinente e que nos edifica.
Página 3
O texto sobre O prazer de ser pai é uma
homenagem a todos os pais através das
palavras do Rev. Paulo Dias Noguei-
ra, que nos remete à historias conheci-
das e novas, abrilhantando essa data tão
significativa. Feliz Dia dos Pais 2014.
Páginas 6 e 7
Adeli Bacchi escreve Com o ânimo e cora-
gem de Rute, eu me divorciei, refletindo so-
bre as coisas cotidianas, sobre decisões que
podem melhorar a vida de cada um, mas
que são sempre um novo desafio diário.
Página 12
AnAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA o 22 • Julho–Agosto/2014 • nº 179
ZOÉPEDROSOBARBOSA
ZOÉ PEDROSO BARBOSA
ROSÁLIAOMETTO
ZOÉ PEDROSO BARBOSA
ROSÁLIAOMETTOROSÁLIAOMETTO
ROSÁLIAOMETTOROSÁLIAOMETTO
ROSÁLIAOMETTO
2. EXPEDIENTE
É o órgão oficial de comunicação da Sociedade Metodista
de Mulheres da Catedral Metodista de Piracicaba.
Rosália Ometto, Adeli Bacchi, Rinalva Cassiano, Inayá Ometto e Cloris Alessi.
Corpo Editorial
EDITORA Rosália Toledo Veiga Ometto
rosaliaometto@uol.com.br
REDATORA Adeli Bacchi
CORPO EDITORIAL Cloris Alessi
Inayá Toledo Veiga Ometto
Rinalva Cassiano Silva
DIAGRAMAÇÃO Genival Cardoso
fi
Diretoria da SMM
Vera Lígia, Inayá Ometto, Cinira Cirillo, Sílvia Rolim, Nicéia Ramos e Carla Segabinazzi.
PRESIDENTE Inayá Toledo Veiga Ometto
VICE Vera Lígia Lavoura carvalho
SECRETÁRIA DE ATA Carla Barroso Segabinazzi
SEC. CORREPONDENTES Nicéia N. Ramos de Souza
TESOUREIRA Sílvia Novaes Rolim
AGENTE DA VOZ MISSIONÁRIA Cinira Cirillo Cesar
ROSÁLIAOMETTO
ORLANDOGUIMAROJR.
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 2
Findamos o 1º se-
mestre e com a ajuda
divina, cumprimos to-
dos os compromissos
agendados no início do
ano.
Para cada ativida-
de proposta contamos
com a colaboração de
todas, sempre prontas,
alegres, disponíveis. Nunca escutei: “– não posso.”
É muito fácil ser presidente assim. A Campanha
dos Talentos alcançou o objetivo proposto. Todas
se empenharam para desenvolver os seus dons.
Destaco aqui a turma da cozinha: Mercedes,
Zenaide, Naly, que fizeram deliciosos rocamboles,
tortas, pães e bolos, para serem vendidos às ter-
ças-feiras. Foram incansáveis, apesar das limitações
físicas.
Outro destaque fica para as reuniões de ora-
ção, todas às terças-feiras. É um grupo fiel, de
aproximadamente 25 pessoas, que se reúnem para
intercessão.
A Zezé na direção do grupo está sempre presen-
te, dirigindo as reuniões com disponibilidade e alegria.
Esta reunião é o
ponto alto de nossas
atividades. É um mo-
mento de encontro,
reflexão, oração, de es-
treitar laços de amiza-
de, de abrir corações,
dividir problemas, re-
partir alegrias e vitó-
rias.
Nesta troca de experiências, compartilhamos
o “pastoreio mútuo” (Josué Lazier), sentimos que
não estamos sós.
Nossas amigas nos acolhem, nos encorajam,
estendem braços abertos e oferecem ombros ami-
gos onde podemos recostar e sentir o calor amigo
de uma amizade sincera.
Nossos pastores, Rev. Tarcísio e Revda. Márcia,
estão sempre presentes, nos encorajando na cami-
nhada diária.
Que Deus continue nos suprindo com Seu
amor sem limites.
“Até aqui nos ajudou o Senhor”.
Inayá Toledo Veiga Ometto
P A L A V R A D A
Presidente
3. GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 3
O PAI BONDOSO
1
Com autorização do autor Luiz Carlos Ramos, texto originalmente publicado em Páscoa. Fides ex auditu. São Bernardo do Campo: Texto & Textura, 2012, p. 9-12.
L
UCAS 15.11-32 NARRA A SAGA de uma família só de
homens: o filho mais moço, o filho mais velho e o pai.
Estas três personagens da parábola de Jesus nos pro-
põem três modelos, três projetos de vida.
O primeiro, chamaremos de Projeto da Desgraça, é o
filho mais moço. A principal característica do estilo de vida
escolhido por esta persona-
gem é o individualismo. Sua
reivindicação maior é:“dá-me
o que me cabe”.
Por estar preocupado so-
mente consigo mesmo, suas
atitudes levam a grandes rup-
turas: primeiramente com a
herança e o convívio familiar
– ele pegou o que era “seu”
e “partiu”; depois com a sua
cultura e tradição (inclusive
religiosa) – o filho mais moço
foi “para uma terra distante”;
finalmente rompe com sua
vocação profissional – de pa-
trão (ou filho de patrão) passa
a ser empregado.
Chamamos este de “projeto da desgraça” por causa
de suas consequências.Tal modelo leva à falência. Primeira-
mente, à falência moral – o jovem passa a viver dissoluta-
mente. Em segundo lugar, leva à falência econômica – seu
consumismo o fez desperdiçar tudo o que tinha. Em terceiro,
o leva à falência física – “eu aqui morro de fome”. E, final-
mente, conduz à falência espiritual – “pequei contra o céu”.
Isso para não falar da falência psicológica e social imposta
pela humilhação e pela vergonha que este jovem teve de
passar chegando ao ponto de ter que disputar comida com
os próprios porcos.
O segundo modelo chamaremos de Projeto Sem Gra-
ça, protagonizado pelo filho mais velho. Sua principal carac-
terística é a intolerância.
Sua atitude demonstra incapacidade afetiva, pois é
incapaz de sentir piedade ou sequer saudades do irmão.
Também mostra sua incapacidade lúdica, pois não se dispõe
a participar das festas... sequer matara um cabrito para ale-
grar-se com seus amigos alguma vez. Mostra ainda sua in-
capacidade teológica e espiritual, pois é incapaz de perdoar.
Por isso, dizemos que é um
projeto de vida “sem graça”.
A consequência de tal
modelo é a alienação. O filho
mais velho não tem cons-
ciência da sua identidade,
pois pensa que é um mero
empregado do seu próprio
pai. Não tem consciência de
seus direitos, pois reivindica
um cabrito, quando tem tudo.
Também não tem consciência
de seus deveres, pois reclama
das obrigações, quando estas
lhe são privilégios.
Se o primeiro projeto é o
da Desgraça e o segundo é o
Sem Graça, o terceiro só pode
ser o Projeto da Graça. Este é o projeto do pai! Sua prin-
cipal característica é o amor e a gratuidade. Sua marca é a
“contabilidade da graça” (Rubem Alves), pois não soma os
débitos do filho mais moço, nem soma os créditos do filho
mais velho. Sua atitude produz alegria e festa. O pai acolhe
ao que volta de longe e dá atenção ao que está perto.
Assim, entendemos que a consequência do Projeto da
Graça é uma relação amoroso com o Pai (a redescoberta da
paternidade) e com o Irmão (a redescoberta da fraternidade).
Luiz Carlos Ramos
Pastor Metodista e Teólogo. Graduado em Teologia pelo Seminário
Presbiteriano do Sul (1983). Mestre (1996) e Doutor (2005) em
Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo.
4. GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 4
Campanha dos
TALENTOS 2014
Encerramento
Presidente da SMM, aluna da classe Esperança da
ED da CMP.
No último dia 5 de julho aconteceu o en-
cerramento da campanha dos talentos. Um
belo programa foi elaborado pela comissão
organizadora.
A reflexão foi feita pela Revda. Márcia
que enfocou o texto bíblico sobre a oferta da
viúva pobre, destacando a preciosa lição con-
tida nesta história – dar com desprendimento,
principalmente colocando junto nosso coração.
Mercedes e Zenaide deram um lindo tes-
temunho de como multiplicaram seus dons
– fazendo pães, bolos, rocamboles e tortas.
Uma inspiração para todas.
Entoando o cântico, acompanhadas por
Sheila ao violão, “Que dirias ao Senhor do teu
talento”, as ofertas foram sendo colocadas
numa linda caixa, decorada com um coração.
Zoé distribuiu coraçõezinhos com o nome
das sócias para que orássemos umas pelas
outras, durante o mês.
As aniversariantes de abril, maio e junho
comemoraram seus aniversários, junto com as
irmãs presentes.
Inayá Ometto
INAYÁOMETTOINAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
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INAYÁOMETTOINAYÁOMETTOINAYÁOMETTO
INAYÁOMETTO
5. Zoé: “O piquenique foi muito bom, amei. Foi um encontro maravilhoso, em que eu senti as
crianças, os juvenis e os adultos, todos interagindo. A comida estava muito gostosa,
amei, as travessinhas foram ótimas”.
Isabela (10 anos): “Foi legal. Brinquei na casinha de bonita, de basquete e com ao
cachorrinho da Elena”.
Sophia (8 anos): “(O piquenique foi) Legal. Brinquei na casinha, gostei da comida e o que
eu mais gostei foi da lasanha”.
Sheila: “O piquenique foi maravilhoso, um momento ímpar de confraternização, de brincar
juntos, essas coisas que a gente precisa fazer e às vezes não consegue no dia-a-dia.
Nos próximos piqueniques as pessoas precisavam ir porque foi muito bom. Adorei
conhecer melhor os amigos, rir, compartilhar, comer junto, aquele culto gostoso, a
santa ceia, aquele pão maravilhoso. Adorei a comida, tinha lasanha, escondidinho
de frango, arroz, macarrão diferente, salada, tortas e uma canjica feita pela Inayá”.
Maria José Martins: “Foi maravilhoso, chovia bastante, mas não impediu nada da gen-
te estar bem feliz. Comemos as coisas mais gostosas, tomamos santa ceia, e as
crianças jogaram basquete na chuva, foi lindo! Deus nos abençoou, foi maravilhoso.
Cheguei às 9h45 e fomos embora às 18hs, deu para aproveitar muito, fomos embo-
ra depois de tomar sopa de mandioca”.
Bela Rolim (4 anos): “Gostei de ir lá e fui com a minha avó (Silvia Rolim)”.
Zenaide: “Achei maravilhoso, aquelas crianças fazendo o pão, fazendo o pão junto comigo
foi uma benção, foi lindo demais. O pão que as crianças fizeram estava lindo, a
massa ficou grande, cresceu. Ah! Estava lindo demais, amei tudo o que aconteceu
lá. A comida estava muito gostosa, mas não deu para comer tudo”.
Cecília (3 anos): “Gostei da casinha de boneca. Guarda-chuva (andar de guarda-chuva).
Foi gostoso”.
Rev. Tarcísio: “Maravilhoso. Gostei por dois motivos: primeiro por estar juntos com ir-
mãos e irmãs e segundo pela alegria que estava o local, pela comida, pela brincadei-
ra, e pela oportunidade da comunhão. Eu gosto muito de comer o doce de mamão.
Gostei muito da comunhão de conversar, de poder falar com as pessoas, de ouvir o
que as pessoas estavam dizendo”.
Rafael (12 anos): “Eu achei muito bacana, tinha muitas coisas para fazer, deu para eu e
meus amigos brincarmos de arraiá na chuva, eu acho que o clima foi bem legal esse
ano. Na verdade lá todo muito é amigo, mas a Rosália deixou levar amigos de fora,
então eu levei meu amigo Pedro Pupim e o Matteo, que já é da igreja, depois eles
dormiram em casa. Eu achei a comida deliciosa, o ovo frito e a lasanha estavam um
delícia. O piquenique foi “very good” prá chuchu.”
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 5
Sócia da SMM, agente do No Cenáculo da CMP, colaboradora ativa da
biblioteca da ED da CMP, mantendo-a aberta todas as terças-feiras à tarde.
Os dias que antecederam a quinta-feira de 24 de julho pró-
ximo passado foram de grande expectativa ao piquenique que
seria realizado na chácara da Inayá, oferecido pela SMM e De-
partamento infantil da Catedral Metodista de Piracicaba. Tudo
era surpresa para minhas noras Hellen e Amanda e minhas netas
Helena, Elisa e Cecília, pois não conhecíamos o lugar ainda.
A manhã estava um pouco úmida e fria, mas nada com
certeza tiraria a alegria do momento. Ao chegar ao endereço a
primeira surpresa: fomos recebidos com o mais belo espetáculo
da natureza criado pelas mãos de Deus, um alambrado enorme
coberto com bougainvillea na cor pink, prometia que aquele seria
um dia abençoado.
Ao adentrar ficamos encantadas com a beleza da chácara
muito bem cuidada e com ar acolhedor. Haviam chegado poucas
pessoas, e assim ficamos por algum tempo conversando à som-
bra de uma árvore, enquanto as meninas já se apoderavam da
casinha de boneca muito bem mobiliada. A chuva começou em
estado de chuvisco e assim permaneceu o dia todo, tendo mo-
mentos de trégua que nos permitiam passear pela chácara. Ou-
tras pessoas convidadas foram chegando aos poucos e com isso
iam se formando grupos que se deslocavam depois de cada as-
sunto terminado, permitindo assim nos conhecermos melhor em
outros aspectos do nosso cotidiano. Os meninos jogavam futebol
parecendo desfrutar da garoa que não permitia calor em excesso.
Bem... chegou a hora do almoço, nos sentamos ao redor de
uma grande mesa que fica na área reservada à piscina e nos de-
leitamos com a mais diversificada culinária (o almoço era denomi-
nado travessinha). Ainda ficamos algum tempo à volta da mesa
conversando, pois nessa hora a chuva caiu pesada, as meninas
(juvenis) ficaram brincando com jogos na varanda, as pequeninas
saiam da casinha,cada uma com seu guarda chuva num desfile co-
mo desafio àquele momento, coisa que, normalmente não fazem.
De repente o cheiro de pão vindo da cozinha invadiu todos
os espaços... Era Zenaide e a Maria José apresentando suas habi-
lidades feitas com ingredientes vindos da própria chácara: o leite
puro, os ovos caipira, o fogão a lenha; ingredientes esses que
enriquecem o sabor do alimento. As crianças também tiveram
oportunidade de por a mão na massa e enrolar seus pãezinhos
que no final, felizes, levaram para saborear em casa. Depois de
mais algumas horas tivemos um momento devocional incluindo
a Santa Ceia, dirigido pelo Rev.Tarcísio. E foi com uma suculenta
sopa de mandioca com carne que o nosso piquenique terminou.
Retornamos às nossas casas num momento de chuva muito
forte, mas com nossos corações aquecidos e nossa alma alimen-
tada com a Graça edificante de Deus.
Muito obrigada SMM e Departamento Infantil pelos mo-
mentos que com certeza serão inesquecíveis. Muito obrigada
Inayá e Rosália pelo brilhante acolhimento.
Deus abençoe vocês. Rosa Maria Rizzato Capucim
Piquenique2014Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! Sl. 133.1
Depoimentos ao repórter mirim Rafael de Matos Hussar sobre o piquenique
1
Entrevistas realizadas na ED da CMP, dia 03.08.14
2
Aluno da classe Voo Livre da ED, 12 anos, estudante do Colégio Piracicabano, 7º ano.
ZOÉPEDROSOBARBOSA
6. GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 6
O prazer de ser
Agradeço à equipe redatora da Gaivota por me convidarem
a partilhar sobre este tema.Tive oportunidade de pastorear a Ca-
tedral Metodista de Piracicaba e ser parte integrante da equipe
deste nobre jornal por oito anos. Foram momentos muito ricos.
Foi durante este tempo que eu e Valéria iniciamos um tra-
tamento médico para engravidar. Após dez anos casados, ao
tentarmos engravidar de forma natural, não o conseguimos. Pro-
curamos ajuda médica. Foram quatro anos de muitas consultas,
vários exames e inúmeros procedimentos. Houve momentos de
cansaço e estresse, mas também de expectativa e esperança. Foi
um tempo agridoce, onde o gosto amargo das impossibilidades
se misturava à saborosa doçura da fé que a guarda em Deus.
A igreja acompanhou este momento de nossas vidas de forma
amorosa e solidária.
A Beatriz chegou no dia 06 de julho de 2007 às 11h55min
no Hospital UNIMED de Piracicaba-SP. Durante toda a gravidez
eu tive momentos de emoção. Porém, naquele dia, foi algo ine-
narrável. Eu acompanhei todo o parto através de uma televisão
instalada em uma sala vip. Quando vi o rostinho de minha filha
pela primeira vez, ajoelhei naquela sala, louvei a Deus e chorei
muito. Eu já acompanhava o nascimento de minha filha desde
que era um embrião, porém, vê-la foi uma experiência extraordi-
nária. Quem me conhece sabe o quanto gosto de criança. Como
demorei para ser pai, eu dirigia minha energia para o papel de
tio... tio Paulinho. Fui tio dos filhos de minhas irmãs, mas também
dos filhos de muitos amigos e parentes. Eu gosto de crianças.
Nestes primeiros sete anos de paternidade, tenho apenas
algumas experiências. Não as comparo às de muitos que já são
pais de adolescentes, ou mesmo pais de adultos, e até mesmo
avós, bisavós e tataravós. O que faço a seguir é apenas comparti-
lhar algumas percepções e experiências nestes poucos anos, mas
que tem me trazido muito prazer.
Gosto muito de curtir a minha filha. Assistir TV juntos, por
exemplo. Conheço a maioria dos filmes da Barbie. Não porque
curto este desenho, mas porque curto ficar com ela assistindo
suas programações. Como pastor, muitas vezes faço o que não
gosto, para estar ao lado de pessoas que precisam de mim. Como
pai, não vejo problema em abrir mão de algumas coisas, para
promover alegria à minha filha. No desempenho de meu minis-
tério pastoral, por muitas vezes, mesmo com
sono e cansado, tive que atender pessoas.
Por isso, quando minha filha necessitou vá-
rias vezes de uma companhia e cuidados
no meio da noite, levantei sem proble-
mas e murmuração.
Ela tem crescido e se desenvolvi-
do. Tenho procurado participar ao má-
ximo de sua vida. Ser um pai presente.
Lembro-me de uma propaganda antiga que
dizia: “Não basta ser pai, tem que partici-
par...”. A Valéria já tem feito seu papel
materno, mas isso não significa que
eu não precise me esforçar no papel
paterno. São ministérios diferen-
tes. Como diz a música sertane-
ja: “É igual, mas é diferente”.
Desejo ser um pai com excelên-
cia. Sei que preciso melhorar e
aprimorar minhas ações pater-
nais. Já ouvi de muitos pais a
seguinte afirmação: “Meus
filhos cresceram e eu não
vi. Não acompanhei o
desenvolvimento de-
les”. No desejo de
não experimentar
este sentimento,
tenho procurado
desfrutar das
oportuni-
dades.
Gosto
d e
commmm
oasss...
váá-
osss
le--
vii--
má--
nte.
ga quee
particici--
papeell
queee
papeell
eren--
ane--
ente”..
xcelên--
lhorar ee
es pater-
tos pais a
o: “Meuss
e eu nãoo
anhei ooo
to de--
ejo dee
mentarrr
mento,o,
rocuraddoooo
ar daasssss
uniniii--
ess.s......
ststoooooooo
eeeeeeeee
ACERVOPESSOAL:PAULODIASNOGUEIRA
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 7
levá-la e buscá-la na escola. De convi-
dá-la para ir ao mercado, farmácia, pa-
daria e outros. De tanto ouvir eu ditar o
número de meu CPF para a nota fiscal
paulista, ela o decorou. Quando vamos
pagar no caixa ela me pede: Papai, posso
falar o número de seu CPF? É bom estar
com ela.
Quero ser pai e pastor, ou seja, seu
“paistor”. Sei que a tarefa não é fácil,
mas eu caminho nesta perspectiva.
Que exercer meus ministérios (pastoral
e paterno) com autoridade moral e es-
piritual. Um dos personagens bíblicos
que mais me inspira nesta tarefa é Jairo
(Mc 5: 21-24 e 35-43). Nesta história,
vemos um pai que se dedica ao “minis-
tério paterno”, ou seja, assume uma pa-
ternidade responsável.
Ele foi em busca daquilo que
sua filha mais necessitava, A CURA. É
importante se destacar, que ele foi ao
lugar certo: “aos pés de Jesus”. Jai-
ro fez o melhor investimento na vida da sua filha.
Esforçou-se para levá-la a uma experiência com
Jesus. Naquele caso, uma experiência de cura e
ressurreição.
Por reconhecer Jairo como um PAI exemplar é
que quero imitá-lo.Apresento algumas características des-
te personagem que me chamam muito atenção.
1ª) Ele era DESPRENDIDO, pois mesmo sendo líder
de uma sinagoga na região do mar da Galiléia, deixou
seus afazeres, para investir tempo na cura de sua
filha.
2ª) Era PERSISTENTE, pois o texto diz
que ele insistiu com Jesus, para que fosse
a sua casa ver sua filha que estava grave-
mente enferma.
3ª) SÁBIO, pois foi em busca da
solução certa. Foi ao encontro do
único que poderia reverter aque-
le quadro.
4ª) PACIENTE, pois
enquanto estavam a caminho de sua
casa, Jesus foi interrompido por uma
multidão, e no meio desta, por uma mu-
lher enferma que recebeu a cura. Ele pre-
senciou a cura de outra pessoa, enquan-
to aguardava a cura de sua própria filha.
5ª) HOMEM DE GRANDE FÉ: Pois
ao receber a notícia de que sua filha
havia falecido (uma constatação real),
ele preferiu crer em Jesus que lhe disse:
“Não temas, crê somente”. Ele creu.
Jairo foi um homem que, apesar de
suas muitas atividades e responsabilida-
des, investiu tempo em seu MINISTÉRIO
PATERNO. Esta história me inspira a ser
um pai com excelência. A empenhar-me
com afinco na tarefa de formar a filha
que o SENHOR me confiou. Não só sus-
tentando-a material e emocionalmente,
mas sobretudo espiritualmente.
Este texto é um breve testemu-
nho do que tenho vivenciado como pai.
Aqueles/as que fazem parte de minha
lista de amigos/as nas redes sociais já sabem que sou um pai co-
ruja. Para aqueles que não sabiam disso, agora já sabem. Eu amo
ser pai. Tenho prazer nesta nobre e gloriosa tarefa. Agradeço à
minha esposa pelo companheirismo nesta missão: cuidar da Bia.
Rev. Paulo Dias Nogueira
Pai da Beatriz e esposo da Valéria
Pastor da Igreja Metodista
Diretor do Instituto Educacional Metodista Bispo Scilla Franco
Presidente do Conselho Diretor da FATEO
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ACERVOPESSOAL:PAULODIASNOGUEIRA
ACERVOPESSOAL:PAULODIASNOGUEIRA
7. GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 8
VOCÊ É IMPORTANTE
Sócia da SMM, professora da classe Moisés da ED, professora do
maternal I da AMAS.
1 – Sendo casada e com uma filha peque-
na, a linda Sofia de 8 anos, como se sente
servindo ao senhor, sendo professora no
Departamento Infantil da Escola Dominical?
Sinto-me realizada. A Sophia é uma bênção que o
Senhor nos deu. É maravilhoso ser mãe. Tentamos
mostrar para ela a importância da educação como
um todo. Sabendo que os filhos precisam aprender
mais e mais as verdades do Senhor é preciso ver
nos pais a seriedade com a ED e como uma impor-
tante porta para o crescimento cristão. Assim, pro-
curo com que ela siga os caminhos que o Senhor
nos deixou. Sirvo ao Senhor com fé e confiança na
certeza de que Ele está ao meu lado encorajando-
me, capacitando-me e dando-me forças para conti-
nuar com esse trabalho que tanto gosto.
2 – Como se sente sendo professora da AMAS? Quais os de-
safios que você encontra no seu trabalho? Qual o perfil dos
seus alunos e pais da AMAS?
É muito fácil responder como me sinto professora da AMAS, pois sou
muito feliz, querida por todos e grata pela oportunidade de mostrar o
meu trabalho.Trabalho com algumas crianças carentes que me sensibi-
lizam com suas dificuldades: pais separados, carentes de valores, caren-
tes em saber o significado do que é ter uma família, como brigas que
acontecem na família e refletem na escola... entre outras. Procuro aco-
lhê-las com amor e carinho, pois o cuidar e o desenvolver pedagógico
estão interligados, faço o meu trabalho com todo respeito e dou o meu
melhor. Neste ano leciono com a turma do maternal 1, ou seja, alunos
entre 2 a 3 anos, ficando na escola em período integral, pela necessida-
de dos pais trabalharem, o que ocasiona a distância da família. Como
todos, encontramos desafios, mas é recompensador
e ver a alegria estampada em cada criança e apenas
um sorriso, muda meu dia. Sabemos que esta é uma
fase de grande importância para o desenvolvimento
das crianças e com todo amor e carinho, desafio os
pais e responsáveis procurando mostrar como é es-
pecial e uma bênção ter um filho em nossas vidas.
3 – Quais as formas que você encontra para
transmitir os valores cristãos para os seus
alunos da AMAS? Dê um testemunho da sua
caminhada como professora.
Na AMAS, temos todas às sextas-feiras um Momen-
to Devocional com o Rev. Luiz Ferraz e/ou outra pes-
soa convidada.As crianças amam. Nós trabalhamos
com projetos que incluem valores cristãos os quais
procuram transmitir uma educação completa. Em
sala, procuro dar continuidade a esse trabalho. Contando histórias
bíblicas e reforçando as mensagens. É muito bonitinho vê-los no mo-
mento das refeições,cantando e agradecendo ao Senhor.E,em muitas
situações, elas demonstram que o verdadeiro caminho é o do Senhor.
A cada ano leciono para crianças distintas, seguindo sempre com esse
trabalho. Elas sobem, todos os anos, um degrauzinho em suas vidas.
E muitas que por lá já passaram, lógico, deixando saudades, quando
ligam ou nos encontramos dão aquele abraço demonstrando respeito,
carinho e amor. O que me faz acreditar que estou no caminho certo e
que esta é a vocação que o Senhor reservou para mim.
Viviane Barbosa da Silva
O que eu gosto de cantar“Firme está o meu coração, ó Deus, o meu coração está firme; cantarei e entoarei louvores.” SALMOS 57.7
Ao cantarmos
alguns hinos do Hinário
Evangélico, muitas vezes
somos despertados e in-
centivados pelo momen-
to ou inspiração do autor.
Louvai ao Senhor, por-
que é bom cantar lou-
vores ao nosso Deus;
pois isso é agradável,
e decoroso é o louvor.
SALMOS 147.1
Cantar para mim, é muito bom. Em poucas
palavras cantarei e contarei a experiência que tive,
ainda criança, cantando o hino 472 do Hinário Evan-
gélico - Vigiar e Orar.
Letra: Autor Desconhecido
Música: Sophia Zuberbühler (1833-1893)
Tradução: Alfredo Henrique da Silva (1872-
1950)
Tive o privilégio de nascer em um Lar Cristão,
e sempre tive a oportunidade de começar e terminar
o dia num culto de louvor ao nosso Deus (culto do-
méstico). Era um pela manhã e outro a noite.
Morávamos em uma pacata rua, na cidade
de Colatina no interior do estado do Espírito San-
to, e nessa rua havia algumas fábricas. A maioria
dos funcionários das fábricas, justamente na hora
dos cultos, passava por perto da nossa casa para ir
trabalhar. Sempre, no momento que eles passavam,
estávamos cantando:
1. Bem de manhã, embora o céu sereno
Pareça um dia calmo anunciar,
Vigia e ora; o coração pequeno
Um temporal pode abrigar.
Bem de manhã, e sem cessar,
Vigiar e orar!
2. Ao meio-dia, e quando os sons da terra
Abafam mais de Deus a voz de amor,
Recorre a Cristo, o coração descerra,
E goza paz com o Senhor.
3. Do dia ao fim, após os teus lidares,
Relembra as bênçãos do celeste amor,
E conta a Deus prazeres e pesares,
Depondo em suas mãos a dor.
Quando os trabalhadores passavam e não
estávamos cantando eles falavam: “Estamos
perdendo hora. Vamos chegar atrasados. Os
crentes até já cantaram”.
Que maneira maravilhosa de ir ao trabalho!
O que me marcou também, além dos traba-
lhadores que ouviam os hinos, foram nossos vizinhos
que moravam ao lado da nossa casa e que de tanto
nos ouvir cantando, toda família aceitou Jesus como
seu único e verdadeiro Salvador para honra e glória
do nosso Deus. Os hinos que cantamos, nos cultos
domésticos, sempre serão uma grande oportunidade
de acolhermos e evangelizarmos nossos vizinhos.
O autor deste hino é desconhecido. O pastor
Alfredo Henrique da Silva traduziu, em 1913, do hiná-
rio francês Psaumes et Cantiques (Salmos e Cânticos),
que, como muitos hinários da época, não registravam
os autores. Sua versão está em quase todos os Hi-
nários Evangélicos do Brasil, demonstrando seu valor.
A linda melodia VEILLE TOUJOURS (Vigie Sem-
pre),escolhida para este hino,é de Sophia Zuberbühler
(1833-1893). Não há outras informações biográficas
disponíveis sobre esta compositora no momento.
Bibliografia: BRAGA, Henriqueta Rosa Fer-
nandes. Música Sacra Evangélica no Brasil. Rio de
Janeiro: Livraria Kosmos Editora, 1961, p. 338.
“Desde o nascimento do sol até ao ocaso,
seja louvado o nome do SENHOR”. SALMOS 113.3
Nicéia N. Ramos de Souza
Secretária Correspondente da SMM da CMP, Cora-
lista do Coral Rev. James William Koger, Graduada
em Letras com habilitação em Língua Portuguesa,
Língua Francesa e respectivas Literaturas (FAFIC-
-ES), Mestre em Filosofia da Educação (UNIMEP),
Graduada em Interprete de Língua Brasileira de Si-
nais – Libras (UNIMEP). Assistente Administrativo
da Faculdade de Ciências da Saúde da UNIMEP
ROSÁLIAOMETTO
ROSÁLIAOMETTO
8. GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 9
MEMÓRIAS DA SMM
1
Maria Amélia P. Villara uma das sócias mais antigas da SMM hoje com 90 anos.
Presidente da SMM, aluna da classe Esperança da ED.
E
stivemos Silvia e eu visitando Maria
Amélia1
. Nossa intenção era conversar
com ela para que nos contasse um pou-
co de sua rica trajetória como sócia da SMM.
Entretanto, por conta de limitações da idade
e de saúde, ela não consegue articular frases
longas, somente poucas palavras. Assim sen-
do, eu resolvi falar por ela e tentar contar um
pouquinho de seu profícuo trabalho na SMM
da nossa Igreja.
Quando veio para Piracicaba, no início
dos anos 60, M. Amélia tornou-se grande
amiga de minha mãe Sarah e logo foi eleita
presidente da SMM. Formaram uma dupla in-
crível, prontas para tudo. Maria Amélia, muito
prendada, caprichosa, artesã de mão cheia,
logo implementou um bazar de artesanato.
Encontrou no Sr. Serafim dos Santos um parceiro especial (espe-
cialista em artesanado em madeira). Ela se empenhou tanto nes-
sa empreitada que foi preciso requisitar
o Salão Nobre do Colégio Piracicabano
para o evento, tal o número de peças pa-
ra serem expostas. Esse foi o embrião de
nosso famoso bazar anual.
Outra grande preocupação dela era
com as sócias acamadas ou que por mo-
tivo da idade não podiam frequentar as
reuniões. Ela fazia uma escala, distribuin-
do entre as sócias um papel com o nome da pessoa a ser visitada.
Com isso todas, semanalmente, eram lembradas e abraçadas por
duas sócias da sociedade.
Essas mulheres, lideradas por Maria Amélia foram respon-
sáveis por inúmeros feitos: reforma da cozinha, equipando-a com
toda a infraestrutura necessária, reforma dos banheiros, da lavan-
deria, etc. Para conseguirem verba, organizavam almoços, feijoa-
das, venda de pasteizinhos e muitas outras
atividades.
A ação social era outro alvo que obti-
nha especial atenção. Os célebres “comandos
de limpeza” (veja detalhes na entrevista de
Sarah, na Gaivota 177, mar/abr 2014), a con-
fecção de enxovais para bebês, distribuição de
mantimentos e remédios e acompanhamento
de gestantes. As famílias mais necessitadas
eram visitadas regularmente.
Maria Amélia também se empenhou
em arrumar o jardim defronte ao templo,
contratando (por conta própria) firma de jar-
dinagem para executar o serviço.
Foi excelente pianista e organista. Fez
parte do coral “Marshlea Dawsey”.
Dirigiu por anos a reunião de oração das
terças-feiras, o que fazia com grande amor e dedicação.
Tive o prazer e o privilégio de trabalhar e aprender com ela,
foi minha mentora e meu espelho. Claro
que nunca cheguei e nem chegarei perto
do que ela foi. Sua dedicação ao trabalho
da SMM e da Igreja foi tanta, que sinaliza
para mim o quanto tenho a percorrer e
aprender.
Este espaço é pequeno demais para
contar tudo o que sei desta maravilhosa
serva de Deus, mas fica aqui registrada,
como homenagem, esta pálida mostra do quanto esta fabulosa
mulher trabalhou em prol da expansão do reino de Deus.
Sua benção, querida amiga.
Inayá Toledo Veiga Ometto
INAYÁOMETTO
ACERVOPESSOAL:INAYÁOMETTO
ACERVOPESSOAL:INAYÁOMETTO
Fique por dentro
RESENHA DO LIVRO DE
Rubem Alves
Por Rosália Ometto
O corpo editorial da Gaivota, reunido no dia 18.06.14, de-
liberou que o livro a ser destaque na edição de setembro e ou-
tubro seria o livro de Rubem Alves, Ostra feliz não faz pérolas, 2º
colocado no Prêmio Jabuti 2009, na categoria Melhores Contos
e Crônicas, e ficaria a cargo da sócia Eliane Klesener de Oliveira
compartilhar seu testemunho sobre esse livro.
Infelizmente o querido autor e educador Rubem Alves fa-
leceu em 19.07.14 em Campinas, deixando todos muito tristes e
por conta disso aproveitamos para destacar nossa homenagem já
prevista, antecipando um destaque àquele que, por muitas vezes,
foi a alegria (de adultos e de crianças), o consolo e as palavras
de conforto em momentos de dores indescritíveis, e foi também
quem instigou pensamentos e reflexões diversos sobre educação e
religião, sobre a vida e a morte.
Aguardem a próxima edição e para quem quiser se ante-
cipar, fica a dica: qualquer um dos livros de Rubem Alves é
sempre uma deliciosa leitura. Lá em casa todos temos nos-
sos preferidos: meu filho, A história dos três porquinhos (re-
contada), minha filha, A princesinha que falava sapos, meu
marido, E ai? Cartas aos adolescentes e a seus pais e eu,
dentre tantos destaco, O médico e A montanha encantada
dos gansos selvagens. Montanha essa que sei que lá está
Rubem Alves.
9. A série Resenhas da Gaivota apresenta neste número o livro
A HISTÓRIA DE DEUS e a sua história (1ª Edição - 2011, Editora Mundo
Cristão), de autoria de Max Lucado, escritor e pastor norte-americano, que já pu-
blicou mais de setenta livros, cuja venda ultrapassou 70 milhões de exemplares
em todo o mundo, em mais de vinte e oito idiomas. O livro está disponível na
Biblioteca da Escola Dominical. Participem do projeto da ED em parceria com a
Gaivota Ler faz bem, instrui e edifica.
GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 10
A HISTÓRIA DE DEUS e a sua história
“Você é muito mais do que alguns dias passados entre o útero e o túmulo.”
“À medida que a história de Deus se torna a nossa história, o poder dele se torna o nosso poder.”
“Você é parte de uma sinfonia magistralmente orquestrada por Deus e [...]
é um instrumento indispensável dela. Descubra o que sua vida tem a ver com o plano divino
e o que você pode se tornar quando a história de Deus se torna a sua história.”
• 100000000000000000000000000000000000
RESENHA
E
sta Resenha começa por garimpar algumas afirmações de Lu-
cado em seu livro A HISTÓRIA DE DEUS e a sua história para
ajudar o(a) leitor(a) a inserir-se no eixo central do livro, que leva
a refletir como descobrir a história de cada um(a) e encontrar signi-
ficado e coisas valiosas em sua existência. Para isso o autor trabalha
conceitos, afirmações, experiências do cotidiano e as referencia em
textos bíblicos e faz um convite, como ele mesmo afirma para “[...]
uma jornada pelo NovoTestamento em busca da narrativa de Deus”.
Para cada capítulo Lucado apresenta uma promessa divina que se
enquadra nos desafios e nas (des)motivações humanas. Ele exem-
plifica, ainda, situações do cotidiano que mostram como as pessoas
vivem seus dias na terra fechadas em si mesmas e sem consciência
de que são parte de um maravilhoso plano divino; não conseguem
associar a sua história de vida com a História de Deus e seu projeto.
Em todos os capítulos da obra há pérolas preciosas que nos
chamam à reflexão sobre como devemos valorizar a nossa história
de vida e dar-lhe significado com nossa participação no plano divino
e que nos desafiam a pensar além das limitações humanas – efême-
ras, limitadas, imperfeitas – mas abrir-nos para as promessas de um
nova vida em Cristo e do Reino dos Céus. “A medida que a história
de Deus se tornar a sua história , você fará esta descoberta: a forma-
tura desta vida será no céu. O plano de Jesus é fazer convergir em
Cristo todas as coisas” (EF 1.10).
O livro está organizado em dez capítulos, além da introdu-
ção e conclusão. No final da publicação há um Guia de Estudos
e Atividades, elaborado por David Drury, que tem como propósito
ajudar o(a) leitor(a) a refletir sobre o livro. Para cada capítulo há
um roteiro com “Questões para discussâo” e “Ideias para ação”,
recursos que facilitam o estudo do livro, individual ou em grupo, de
forma prática e motivadora. Com certeza a sua leitura o(a) ajudará
a melhor entender o plano divino para sua vida! Abençoada leitura!
Almir de Souza Maia
Q
uando me foi sugerida a leitura do livro:“A história de Deus e
a sua história” de imediato fui atraída pelo seu título. Come-
cei, então, a ler o que Max Lucano teria para me dizer. Fiquei
encantada com tudo o que lia e só parei ao final do livro.
Max nos lembra que a nossa história está dentro da história de
Deus. Que nunca seremos abandonados uma vez que Jesus, no seu
imenso amor, sofreu tudo por nós, estando assim todos os nossos
pecados perdoados.
O livro nos mostra que não precisamos e nem devemos usar
nossas roupas de remorso, rebelião, condenação, de tristeza, falta de
amor próprio e outras vestimentas dessa ordem, mas que procure-
mos nos adornar com o que nos sugerem os versículos:
Sacerdote real (IPEDRO 2.9)
Pleno (CL 2.10)
Livre de condenação (ROM 8.1)
Seguro (JOÃO 10.28)
Cooperador de Deus (2 COR 6.1)
Santuário de Deus (1COR 16-17) e muitas outra passagens.
“Agora estão vestidos com roupa nova. Cada item do seu novo
modo de vida foi feito, para você, sob medida, pelo Criador e cada
uma dessas suas novas vestimentas traz a sua própria marca. Os
velhos costumes já eram...CL 3.10)”
Leiam o que Max tem mais para lhes dizer e tenho certeza
vocês se sentirão muito fortalecidos!
Graça e paz.
Sílvia Rolim
Sócia e Tesoureira da SMM
Coordenador da ED da CMP, educador, ex-reitor da Unimep, coordenador
do CDP – Centro de Documentação e Pesquisa.
10. GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 11
O culto matutino
no dia 15 de junho foi
maravilhoso, todo ele dedi-
cado ao canto. A maestrina
Suzana Cabral, especial-
mente convidada, foi impe-
cável na apresentação e na
sua condução. Ela nos trou-
xe à memória aqueles hinos
antigos, que tanto gosta-
mos de cantar. Cada um (fo-
ram 12) vinha acompanha-
do de um pequeno histórico
sobre o mesmo, e sobre seu
autor, levando-nos a compreender o significado de muitos deles. O
acompanhamento pelo órgão ficou a cargo da competente maes-
trina Joanice Casemiro,
que como sempre, encantou-
-nos. Destacamos o momento
magistral da participação de
Viviane Santana, quando fez
o descante do cântico – Gran-
dioso és Tu – maravilhoso! Foi
uma manhã muito inspiradora,
que encheu nossos corações
de doçura e encantamento.
Muito obrigada ao Ministério de Ação Docente (Rinalva Cassiano)
pelo presente que nos foi ofertado. Suzana e Joanice, agradecemos
a Deus pelo dom maravilhoso que Ele concedeu a vocês e que conti-
nuem a repartir conosco esses momentos de puro deleite.
O pessoal que sempre está à frente da cozinha para os almoços de
nossa Igreja está feliz da vida, pois duas excelentes cozinheiras se junta-
ram ao grupo, Viviane Santana e Melissa Caiuá. Além de Nicéia
e Nailda que, também, têm comparecido com frequência. Bem vindas!
Faleceu em Taubaté no
mês de junho, nossa querida
amiga Jerusa Lopes.
Convivemos com ela
vários anos e mesmo distan-
te nunca perdemos o vínculo.
Dona de uma lindíssima voz,
simpática, alegre, carismática,
cativava todos com sua perso-
nalidade exuberante. Aos fami-
liares nossas condolências e o
certeza de que Deus permane-
cerá com vocês confortando-os
nestes momentos de dor tão
profunda. Jerusa está agora
engrossando e abrilhantando o
coro celeste.
No dia 02 de ju-
lho o queridíssimo ca-
sal Vera e Umberto
Cantoni completou
50 anos de casa-
dos. A auspiciosa efe-
méride foi comemorada
em sua casa de Águas
de São Pedro, com uma
deliciosa feijoada em
companhia de familia-
res e amigos queridos. Junto com todos os cumprimentos já recebidos,
acrescentamos nosso abraço carinhoso por essa data tão marcante. De-
sejamos que Deus continue regando suas vidas com bênçãos sem fim.
Nossa companheira Clóris
Alessi concedeu importante entre-
vista para o informativo “Esalq notí-
cias” da prestigiada Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz. Na
seção “Projeto memória” ela conta
fatos de sua trajetória profissional
como bibliotecária dessa centená-
ria e muito conceituada instituição
educacional. Parabéns Clóris!
O Ministério de Ação Docente (Rinalva C. Silva) organi-
zou com a participação da SMM, no dia 05 de agosto, uma ativi-
dade especial, em comemoração ao dia Nacional da Saúde.
A fisioterapeuta Mariana Salviati proferiu uma esclarecedora palestra
enfocando os cuidados com a saúde na 3ª idade, orientando-nos sobre
a melhor forma de preservamos nosso bem estar e a equipe do labo-
ratório Previlab, gentilmente, promoveu um workshop com aferição da
pressão arterial, teste de glicose e cadastro para acompanhamento da
saúde total.
Um certificado de participação e um delicado presentinho foi ofe-
recido por Rinalva às dedicadas profissionais.
Agradecemos à
Mariana, Fernan-
da, Érica, Daiane,
Alice, Pamela, Ju-
liana e Ana Flávia
por tarde tão provei-
tosa, que se encerrou
com um farto e deli-
cioso lanche oferecido
pelas sócias da SMM.
Prezada sócia: não se esqueça de procurar a tesoureira
Silvia Rolim para acertar a sua mensalidade (R$ 7,00). Essa é uma
das atribuições que assumimos ao fazer parte da SMM.
Por Inayá Ometto
ACERVOPESSOAL:NICEIARAMOSDESOUZAMÁRCIANICOLAU
MÁRCIANICOLAU
INAYÁOMETTO
RAÍZATRONQUIN(ACOM)
INAYÁOMETTO
11. GAIVOTA • Julho/Agosto • 2014 • 12
Disse ela: Tu me favoreces muito, senhor meu, pois me consolastes e
falastes ao coração de tua serva, não sendo eu nem ainda como uma das tuas servas.
RUTE 2.13
Sim… não foi fácil, mas já há algum tempo, eu me
divorciei da amargura, da tristeza, da inveja e do egoísmo,
dos rancores, das caras feias, de pensar mal dos outros, das
classificações grosseiras e baratas dos seres humanos; eu
me divorciei da solidão, da ignorância espiritual, da hipocri-
sia, da falta de sensibilidade.
Divorciei-me da mediocridade, da arrogância e da
petulância, dos atropelos, de pensar que sou melhor que
os demais (LUCAS 6.41 Por que vês tu o argueiro no olho
de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu
próprio?). Divorciei-me de todo o negativismo que possa
privar-me de ser uma pessoa feliz e honesta comigo mesmo.
Não quero dizer aqui que atingi a perfeição, o que
é humanamente impossível. Não
tenho a santidade daqueles que
vivem em comunhão com Deus,
em tempo integral. Tenho minhas
recaídas, mas procurando forças
nas palavras e promessas do Pai
(Não to mandei eu? Sê forte e co-
rajoso; não temas, nem te espan-
tes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer
que andares. JOSUÉ 1.9) continuo divorciada da angústia e
do stress produzidos por buscar a aprovação dos demais,
por impressioná-los com a forma de me vestir, de onde vivo,
pelo meu carro, pelos lugares que frequento, como decoro a
minha casa. Não faço alarde a respeito de coisas pequenas,
nem grandes. Confio no Senhor para fazer as minhas pró-
prias escolhas, sem me deixar governar pela sociedade e por
aquilo que vão dizer. (PROVÉRBIOS 3.5-6 Confia no SENHOR
de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio en-
tendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele
endireitará as tuas veredas.)
Esse divórcio, que é sempre um novo desafio para
mim, serviu-me para eu me aceitar como sou, com meu fí-
sico e minha maneira de ser. Aceito, também, as coisas que
me rodeiam, sem me queixar por elas: o clima, o barulho, as
pessoas ingratas, fofoqueiras… procuro não as frequentar,
para que não me desestabilizem. Tudo faz parte do mundo
natural e eu o aceito como uma criança que vê tudo e não
se ofende.
Eu me divorciei do sentimento de culpa e de toda
a ansiedade que surge quando, fatos que aconteceram no
passado insistem em me imobilizar no momento presen-
te. Reconheço que cometi erros e cuido para não voltar a
repeti-los. (APOCALIPSE 1.5 parte final lemos: Aquele que nos
ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados).
Eu me divorciei da lamentação pelo que passou e
também, me esforço para não fazer os outros se sentirem
culpados. Assim, me desliguei de minha pobre imagem e
descobri que é melhor APRENDER com o passado do que
me QUEIXAR daquilo que já acon-
teceu ou me ANGUSTIAR por um
futuro incerto.
Assim, estou solteira, di-
vorciada desses maus sentimen-
tos e estou casada com minha fé
que me proporciona felicidade,
harmonia e tranquilidade. É bom
ser feliz e viver esperando o novo dia com expectativas, de
criar sonhos para logo despertar e começar a realizá-los.
Encontrar muitos amigos que estão por todos os lugares,
esperando que cheguemos e digamos algo de bom. Sou fe-
liz em poder fazer a diferença positiva mesmo que pequena
e à distância.
Saber, que com minhas palavras posso fazer alguém
se sentir bem, que posso estender a mão e ajudar sem fa-
zer muita pompa… Simplesmente, sou feliz por estar viva e
poder escrever esta mensagem. Eu me encho de alegria em
poder sentir esta agradável sensação por coisas tão triviais
ou banais para algumas pessoas… e tão especiais para
mim!... (FILIPENSES 4.4 Alegrai-vos sempre no Senhor; outra
vez digo: alegrai-vos).
Adeli Bacchi
Sócia da SMM, aluna da classe Esperança; ex-vereadora; professora
e diretora da escola de idiomas PARTNERS.