Este documento descreve a série de televisão "A Guerra dos Tronos", resumindo que: 1) O autor criou um mundo fictício na Idade Média com reinos e clima que nunca existiram, misturando elementos reais e imaginários; 2) A história passa-se num país imaginário semelhante ao Reino Unido; 3) A popularidade entre os jovens deve-se aos seus "ingredientes" de aventura e mistura do real com o irreal.

1. DOSSIÊDOPROFESSOR PALAVRAS 5
TESTES – GRAU AVANÇADO
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TESTE DE AVALIAÇÃO 2
GRUPO I – LEITURA E EDUCAÇÃO LITERÁRIA
PARTE A
Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta as notas e o vocabulário apresentado.
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GUERRA DOS TRONOS: MAGIA DE UMA IDADE MÉDIA INVENTADA
O autor de “A Guerra dos Tronos” inventou reinos numa geografia com um clima e numa Idade
Média que nunca existiram e misturou guerreiros com dragões e zombies. A série, que a ser fiel ao
original se chamaria “Jogo dos Tronos”, tem todos os ingredientes da literatura juvenil de aventuras.
O autor faz uma ligação despreocupada ao passado medievo1
que reinventa; e, com reinos em
confronto e todos os homens a ponto de guerrearem, a história parece um jogo de vídeo (o genérico
assemelha-se a um jogo de tabuleiro gigante em movimento).
Sendo de um país que não teve Idade Média, os EUA, o autor assemelhou a geografia inventada à
Grã-Bretanha: multiplicou-lhe os reinos, a capital “King’s Landing2
” faz lembrar Londres, e, a Norte,
“The Wall3
” sugere a muralha de Adriano4
travando os “bárbaros”5
. “Guerra dos Tronos” tem peripécias
sem fim, uma teia de personagens e de “países” em permanentes alianças, traições e amores. Na
televisão, esta série oferece, como os jogos de vídeo, a mesma mistura de real e irreal através da
tecnologia digital, com movimentados combates e castelos impossíveis. As cenas são ao ar livre em
grandes espaços.
http://www.cmjornal.xl.pt/, (consultado em 12/12/2014 e adaptado).
1. medievo – medieval. 2. King’s Land – Terra do Rei. 3. The Wall – O Muro. 4. Adriano – Imperador romano (76-138) de 117 a 138 nascido em
Itálica (atual Espanha). Mandou construir, em 112, a chamada Muralha de Adriano, que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a
Escócia. 5. bárbaros – povos estrangeiros, conhecidos pela sua crueldade.
Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabas de ler, segundo as orientações
que te são dadas.
1. Assinala com , de 1.1. a 1.3., a opção que completa cada frase, de acordo com o sentido do
texto.
1.1. O mundo criado em “A Guerra dos Tronos”
□ a. existiu na Idade Média. □ c. mistura vários elementos reais e imaginários.
□ b. nunca poderia ter existido. □ d. foi inventado na Idade Média.
Nome: ________________________________________________ Nº ____ Turma ____ Data: ____/ ____/ ____

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1.2. Para o criar, o seu autor
□ a. reproduziu o ambiente dos jogos de computador.
□ b. inspirou-se apenas em factos reais.
□ c. leu livros de aventuras.
□ d. leu livros escolares.
1.3. A história passa-se
□ a. nos Estados Unidos da América.
□ b. no Reino Unido.
□ c. na Europa.
□ d. num país imaginário semelhante ao Reino Unido.
2. Indica as personagens que intervêm na “Guerra dos Tronos”. Responde com uma frase
completa.
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3. Que “ingrediente” faz com que este filme seja tão popular para os jovens? Justifica a tua
resposta.
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PARTE B
Lê o texto com atenção. Se tiveres necessidade, consulta o vocabulário, no fim do texto.
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No século catorze, vivia, na Galiza, uma donzela1
de uma grande beleza. O seu nome
era Inês de Castro.
A sua família, de linhagem nobre, era composta por homens aguerridos2
em batalhas e
escaramuças3
, mas também por homens e mulheres de grande cultura.
Assim viveu Inês, na primeira metade da sua vida, feliz e alegre, descobrindo e aprendendo…
Inocente, a sua beleza e maneiras doces, atraíam olhares insistentes e demorados.
Era época de aventuras e lendas, de castelos com muralhas protetoras…
Era a época dos camponeses, do trabalho no ferro, na pedra, na madeira… Também era a época
dos senhores, dos príncipes, das princesas, dos reis e rainhas, dos monges, de ricos e pobres, de
viajantes, de forasteiros4
, de soldados e de bandidos nos caminhos; tempo das feiticeiras no fundo de
florestas encantadas e impenetráveis, dos gnomos e dos lobos.
Quando não havia guerra, os nobres ricos passavam o tempo na caça, dançavam e bebiam;
enriqueciam à custa dos camponeses porque a sua condição os impedia de trabalhar; para se
prepararem para a guerra, organizavam torneios, nos quais mercenários5
, homens de armas,
cavaleiros errantes mediam forças na arte do combate. De alguns, ainda hoje fala a História. Os seus
nomes ressoam no ar cheio da poeira da vida dos homens de um passado longínquo. A lenda
confunde-se com a realidade e traz-nos um estranho e antigo sabor a cavaleiros, a damas, a tempos
passados.

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O príncipe Pedro, herdeiro do trono do reino de Portugal, espera, na inconstância 6
da sua
juventude, que os anos passem e o destino se realize. Um dia, o rei Afonso IV, seu pai, decidiu casá -lo
com Dona Constança, filha do rei de Castela. Com esta aliança, os dois países garantiriam a paz, o
progresso e a amizade.
Um pouco mais tarde, na capital, tudo estava preparado para acolher, como era devido a uma dama
da sua estirpe7
, Dona Constança e a sua comitiva8
, constituída por guardas, diplomatas e damas de
companhia, entre as quais sobressaía Inês de Castro.
As portas monumentais da sala do trono abriram-se e Dona Constança e Inês de Castro
prostraram-se9
diante do rei; presente também a fina-flor da nobreza, representantes do clero,
ministros, guarda real e outros dignitários10
do reino.
Dona Constança dirigiu-se então ao rei dizendo:
– Senhor, meu pai combateu a vosso lado. Ambos ganharam uma grande batalha. Com esta união,
a paz será uma garantia de prosperidade. Aceito assim casar-me com Pedro, vosso filho e futuro rei de
Portugal.
A estas palavras respondeu o rei, pedindo-lhe autorização para a chamar sua filha e, dando-lhe as
boas-vindas, disse-lhe que, embora o reino precisasse de uma mão de ferro para o dirigir, também
necessitava, por outro lado, de uma boa rainha, de uma boa estrela que ajudasse a guiar e equilibrar o
reino.
Ângelo da Silva, A História de Inês de Castro, 1.ª edição, Letras & Coisas, Leça da Palmeira, 2009.
1. donzela – senhora solteira. 2. aguerridos – valentes. 3. escaram uças – pequenas lutas. 4. forasteiros – pessoas que são de fora da terra. 5.
mercenários – soldados que servem por dinheiro um governo estrangeiro. 6. inconstância – característica de quem não é persistente. 7. estirpe –
ascendência; raça; linhagem. 8. comitiva – pessoas que, por dever, acompanham outra em viagem. 9. prostraram -se – curvaram-se. 10.
dignitários – pessoas que exercem altos cargos.
Responde ao que te é pedido sobre o texto que acabas de ler, segundo as orientações que te
são dadas.
4. Atenta no segundo parágrafo do texto.
4.1. Predomina nele a descrição ou a narração? Porquê?
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5. Recorda a estrutura do texto narrativo, que já estudaste.
5.1. Em que sequência se insere este excerto? Justifica a tua resposta.
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6. Diz-se, no 6.º parágrafo, que a lenda se confunde, por vezes, com a realidade (linhas 16-17).
6.1. Diz, por palavras tuas, o que é uma lenda.
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6.2. Imagina um motivo por que, de acordo com este texto, a lenda se confunde, por vezes, com a
realidade.

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7. Faz a paráfrase do que Dona Constança disse ao rei (linhas 30-33).
Inicia assim: Dona Constança disse ao rei que o seu pai tinha combatido ao lado dele.
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GRUPO II – GRAMÁTICA
Responde aos itens seguintes de acordo com as orientações que te são dadas.
1. Repara no conjunto de palavras seguinte:
a. aguerrido
b. guerrear
c. guerrinha
d. guerreiro
1.1. Identifica o radical comum a estas palavras e, a partir dela, identifica a família a que pertencem.
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2. Constrói a família da palavra “cavalo”, escrevendo, no mínimo três vocábulos diferentes.
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3. Atenta na palavra “beleza” (linha 1).
3.1. Identifica o radical e o afixo.
Radical
Afixo
3.2. Descreve-a quanto ao processo de formação.
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3.3. Explica o sentido do afixo.
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GRUPO III – ESCRITA
Recorda uma lenda que conheças. Escreve-a, por palavras tuas, num texto de 80 a 120
palavras.
Respeita as orientações seguintes.
• Elabora previamente o esquema do teu texto, copiando-o para a folha de prova. Podes utilizar
o quadro seguinte:
Personagens (principal e secundárias)
Espaço
Tempo
Ação
• Planifica, de seguida, o texto, de acordo com a estrutura do texto narrativo, que já conheces:
– Situação inicial;
– Desenvolvimento da ação (desencadeador dos problemas, ponto culminante e resolução dos
problemas);
– Situação final.
• Utiliza, para iniciar o texto, uma das expressões seguintes:
– Em tempos que já lá vão
– Noutros tempos
– Há muitos séculos
• Inclui, no mínimo, uma sequência de diálogo.
• Insere uma curta sequência descritiva.
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