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FLORESTAN FERNANDES
BIOGRAFIA
• Nascido em 1920 no estado de São Paulo
• Foi um dos mais importantes sociólogos brasileiros
• Filho de uma mãe solteira, imigrante portuguesa que exercia o ofício de
empregada doméstica na capital paulista
• Começou a trabalhar aos seis anos de idade. Trabalhou como
engraxate, ajudante de barbearia, carregador entre outras atividades.
•Florestan Fernandes foi obrigado a abandonar os estudos aos nove anos
de idade, dedicando seu tempo para o sustento da casa. Porém, os
professores com quem Florestan estudou cumpriram seu ofício,
ensinando-o ideais de vida e destacando o gosto pela leitura.
• 1940 na Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em Ciências
Sociais.
•Alguns anos depois, é nessa mesma instituição que obtém o título de
doutor, após ter cursado seu mestrado na Escola Livre de Sociologia e
Política.
•Em ambas etapas acadêmicas, Florestan pesquisou a sociedade indígena dos
Tupinambás, gerando um estudo clássico para a etnologia brasileira.
•Nos anos seguintes se efetivou como professor da USP, onde trabalhou até o
período da ditadura militar, quando teve de permanecer um tempo
lecionando no exterior.
•Após a reabertura democrática, Florestan foi eleito deputado federal e, até
seu falecimento, em 1995, dedicou sua atuação política à defesa da
educação pública para todos.
Tinha um constante esforço para entender a
sociedade brasileira como um todo, sua formação
marcada por conflitos, seu desenvolvimento único e
suas perspectivas futuras, foi caracterizado por uma
perspectiva única que questionava não só a forma de
ser da realidade social, como o pensamento
sociológico em si. É por esse motivo que Florestan é
considerado o fundador da Sociologia crítica
brasileira.
Ele se permite reler criticamente algumas teses de
Silvio Romero, Oliveira Vianna, Sérgio Buarque de
Holanda, Gilberto Freire entre alguns outros.
Simultaneamente, retoma e desenvolve teses
esboçadas por Euclides da Cunha, Manoel Bonfim,
Caio Prado Júnior, entre outros. A partir desse diálogo
com uns e outros, a Sociologia de Florestan Fernandes
inaugura uma nova interpretação do Brasil, um novo
estilo de pensar o passado e o presente.
Em uma formulação muito breve,
pode-se afirmar que a interpretação
do Brasil formulada por Florestan
Fernandes revela a formação, os
desenvolvimentos, as lutas e as
perspectivas do povo brasileiro. Um
povo formado por populações
indígenas, conquistadores
portugueses, africanos trazidos como
escravos, imigrantes europeus, árabes
e asiáticos incorporados como
trabalhadores livres.
Uma parte importante da sociologia de Florestan Fernandes
concentra-se na pesquisa e interpretação das condições e
possibilidades das transformações sociais. A revolução social é
um dos seus temas mais freqüentes.
PRINCIPAIS IDEIAS
• A maior parte da obra de Florestan Fernandes tem como objetivo
entender a situação do negro na sociedade brasileira.
• A partir da teoria marxista, Fernandes analisa a inserção do negro
quando este passou de ser propriedade para um ser dotado de
liberdade.
• Do ponto de vista de Fernandes, o negro não teria sido integrado
dentro da sociedade capitalista, pois este grupo era o mais
desfavorecido se comparado aos brancos.
“O negro vai ser sempre, enquanto não houver
democracia no Brasil, o nosso melhor ponto de
referência para determinar que o Brasil não é uma
sociedade democrática. (...) Uma democracia deve
ser um regime político, econômico, cultural, social
que permite estabelecer igualdade entre todas as
raças.” (Entrevista para o programa Vox Popolli,
1984).
EDUCAÇÃO
Para Florestan Fernandes, a educação deveria ser laica, gratuita e
libertadora. Questionava a autoridade/autoritarismo do professor em
sala de aula, sua postura como reprodutor do conhecimento e seu
papel na construção de uma sociedade igualitária.
OBRAS
•Organização social dos
Tupinambá, 1949;
•A função social da guerra na sociedade
Tupinambá,1952;
•A etnologia e a sociologia no
Brasil,1958;
•Fundamentos empíricos da explicação
sociológica,1959;
•Mudanças sociais no Brasil,1960;
•A integração do negro na sociedade de
classes,1964;
•Corpo e Alma do Brasil,1964;
•Sociedade de classes e
subdesenvolvimento,1968;
•Capitalismo dependente e Classes Sociais na
América Latina,1973;
•A investigação etnológica no Brasil e outros
ensaios,1975;
•A revolução burguesa no Brasil: Ensaio de
Interpretação Sociológica,1975;
•Da Guerrilha ao Socialismo: A Revolução
Cubana,1979;
•O que é Revolução,1981;
•Poder e Contrapoder na América Latina,1981;
•Significado do Protesto Negro, 1989.
•Folclore e mudança social na cidade de São
Paulo,1961;
É importante destacar que Florestan Fernandes não
deixou um roteiro, um passo a passo de como fazer
para que o cenário educacional atenda às demandas
sociais, mas deixou um pensamento para a
construção de uma sociedade justa, que priorize
ações para as camadas populares, ações estas, que se
iniciam com educação pública, gratuita e de
qualidade para os mais necessitados. Assim, esta
educação, feita na escola, promove a revolução que o
povo a fará nas ruas.
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  • 2. BIOGRAFIA • Nascido em 1920 no estado de São Paulo • Foi um dos mais importantes sociólogos brasileiros • Filho de uma mãe solteira, imigrante portuguesa que exercia o ofício de empregada doméstica na capital paulista • Começou a trabalhar aos seis anos de idade. Trabalhou como engraxate, ajudante de barbearia, carregador entre outras atividades. •Florestan Fernandes foi obrigado a abandonar os estudos aos nove anos de idade, dedicando seu tempo para o sustento da casa. Porém, os professores com quem Florestan estudou cumpriram seu ofício, ensinando-o ideais de vida e destacando o gosto pela leitura. • 1940 na Universidade de São Paulo (USP), onde se formou em Ciências Sociais.
  • 3. •Alguns anos depois, é nessa mesma instituição que obtém o título de doutor, após ter cursado seu mestrado na Escola Livre de Sociologia e Política. •Em ambas etapas acadêmicas, Florestan pesquisou a sociedade indígena dos Tupinambás, gerando um estudo clássico para a etnologia brasileira. •Nos anos seguintes se efetivou como professor da USP, onde trabalhou até o período da ditadura militar, quando teve de permanecer um tempo lecionando no exterior. •Após a reabertura democrática, Florestan foi eleito deputado federal e, até seu falecimento, em 1995, dedicou sua atuação política à defesa da educação pública para todos.
  • 4. Tinha um constante esforço para entender a sociedade brasileira como um todo, sua formação marcada por conflitos, seu desenvolvimento único e suas perspectivas futuras, foi caracterizado por uma perspectiva única que questionava não só a forma de ser da realidade social, como o pensamento sociológico em si. É por esse motivo que Florestan é considerado o fundador da Sociologia crítica brasileira.
  • 5. Ele se permite reler criticamente algumas teses de Silvio Romero, Oliveira Vianna, Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freire entre alguns outros. Simultaneamente, retoma e desenvolve teses esboçadas por Euclides da Cunha, Manoel Bonfim, Caio Prado Júnior, entre outros. A partir desse diálogo com uns e outros, a Sociologia de Florestan Fernandes inaugura uma nova interpretação do Brasil, um novo estilo de pensar o passado e o presente.
  • 6. Em uma formulação muito breve, pode-se afirmar que a interpretação do Brasil formulada por Florestan Fernandes revela a formação, os desenvolvimentos, as lutas e as perspectivas do povo brasileiro. Um povo formado por populações indígenas, conquistadores portugueses, africanos trazidos como escravos, imigrantes europeus, árabes e asiáticos incorporados como trabalhadores livres.
  • 7. Uma parte importante da sociologia de Florestan Fernandes concentra-se na pesquisa e interpretação das condições e possibilidades das transformações sociais. A revolução social é um dos seus temas mais freqüentes.
  • 8. PRINCIPAIS IDEIAS • A maior parte da obra de Florestan Fernandes tem como objetivo entender a situação do negro na sociedade brasileira. • A partir da teoria marxista, Fernandes analisa a inserção do negro quando este passou de ser propriedade para um ser dotado de liberdade. • Do ponto de vista de Fernandes, o negro não teria sido integrado dentro da sociedade capitalista, pois este grupo era o mais desfavorecido se comparado aos brancos.
  • 9. “O negro vai ser sempre, enquanto não houver democracia no Brasil, o nosso melhor ponto de referência para determinar que o Brasil não é uma sociedade democrática. (...) Uma democracia deve ser um regime político, econômico, cultural, social que permite estabelecer igualdade entre todas as raças.” (Entrevista para o programa Vox Popolli, 1984).
  • 10. EDUCAÇÃO Para Florestan Fernandes, a educação deveria ser laica, gratuita e libertadora. Questionava a autoridade/autoritarismo do professor em sala de aula, sua postura como reprodutor do conhecimento e seu papel na construção de uma sociedade igualitária.
  • 11. OBRAS •Organização social dos Tupinambá, 1949; •A função social da guerra na sociedade Tupinambá,1952; •A etnologia e a sociologia no Brasil,1958; •Fundamentos empíricos da explicação sociológica,1959; •Mudanças sociais no Brasil,1960; •A integração do negro na sociedade de classes,1964; •Corpo e Alma do Brasil,1964; •Sociedade de classes e subdesenvolvimento,1968; •Capitalismo dependente e Classes Sociais na América Latina,1973; •A investigação etnológica no Brasil e outros ensaios,1975; •A revolução burguesa no Brasil: Ensaio de Interpretação Sociológica,1975; •Da Guerrilha ao Socialismo: A Revolução Cubana,1979; •O que é Revolução,1981; •Poder e Contrapoder na América Latina,1981; •Significado do Protesto Negro, 1989. •Folclore e mudança social na cidade de São Paulo,1961;
  • 12. É importante destacar que Florestan Fernandes não deixou um roteiro, um passo a passo de como fazer para que o cenário educacional atenda às demandas sociais, mas deixou um pensamento para a construção de uma sociedade justa, que priorize ações para as camadas populares, ações estas, que se iniciam com educação pública, gratuita e de qualidade para os mais necessitados. Assim, esta educação, feita na escola, promove a revolução que o povo a fará nas ruas.