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REVISAO P1 FARMACO
FORMA FARMACEUTICA
Solidos
Vantagens:
o Aumenta estabilidade
o Mais fácil de administrar e armazenar
o Maior adesão a terapia  os pacientes aderem melhor ao tratamento, continuam ate o
final
o Mascara o sabor amargo (comprimido principalmente, não sentimos o sabor)
o Dosagem correta e alto grau de precisao (não tem como tomar a mais como seria nos
liquidos)
o Possibilidade de revestimento, reduzindo o efeito no trato gastrointestinal
Desvantagens
o Menor absorcao comparados a solucoes
o Como são absorvidos juntos aos alimentos, alguns medicamentos acabam ter interacao
com o alimento e são eliminados nas fezes  diminui absorcao (mas alguns são
recomendados serem consumidos com os alimentos)
o Podem causar irritacao na mucosa gastrica
 Comprimidos
o Comuns  sem revestimento
o Revestidos
o Sublingual
o Drágeas  com revestimento acucarado
o Revestimento enterico  é uma barreira sobre um medicamento para evitar que ele se
dissolva até passar pelo estômago
o Retard  liberacao controlada, vai se dissolvendo e liberando o principio ativo aos
poucos
 Cápsulas
o De liberação controlada  pode ser dura ou mole
 Supositórios
o Administração via retal
o Sofrem degeneração a temperatura corporal
o Excipientes hidrossolúveis ou com baixo pontode fusão
Semi sólidos
 Pomadas e cremes
o Acao local, ou penetração percutânea
o Excipientes hidrossolúveis
Líquidos
Vantagens
o Rapidez de absorção no TGI  mais rápido que comprimidos
o Facilidade de deglutição
o Homogeneidade na dose e flexibilidade também
Desvantagens
o Dificuldade de transporte e armazenamento
o Apresentam menor estabilidade físico-quimica e microbiológica
o Solubilização realca o sabor do farmaco (amargo)
o Variação na dose final
Gasosos
Vantagem
o Aplicação local
Desvantagem
o Contaminação da bombinha (por isso sempre lavar depois de usar)
Vias de administração
 Oral
o Tem efeito de primeira passagem
 Retal
o Tem efeito de primeira passagem
 Percutânea
o Aplicada na pele
o Pode cair direto na corrente sanguínea
 Intravenosa
o Não tem absorção, pois aplicamos diretamente na corrente sanguínea
o Biodisponibilidade de 100%
 Intramuscular
o Não tem efeito de primeira passagem
o Biodisponibilidade de 100% (pois não precisa atravessar nenhuma barreira)
 Intracecal
o Através da punção lombar
o Liquor  cérebro  corrente sanguínea
 Inalação
o Pulmão  sangue
 Sublingual
o Não sofre efeito de primeira passagem
Via enteral  acesso direto ao TGI
 Oral
o Absorção ocorre no TGI
o Efeito sistêmico ou local
o Sofre efeito de primeira passagem
o Vantagens
 Administração facil
 Comodidade
 Segurança
 Economia
 Maior superfície de absorção
 Facil reversão (lavagem)
o Desvantagens
 Induzem náuseas, vômitos e diarreia
 Efeito de primeira passagem (ajuste de doses aos que tem comprometimento
hepático)
 Motilidade intestinal aumentada diminui a absorcao
 Interação com alimentos
 Inativação por enzimas digestivas
 Sublingual
o Vantagens
 Não sofre efeito de primeira passagem
o Desvantagem
 Forma farmacêutica não disponível para todos medicamentos
 Efeitos colaterais não podem ser revertido facilmente
Via parenteral  não passa pelo TGI
Vantagens
o Absorção rápida
o Não tem efeito de primeira passagem
Desvantagens
o Difícil administração
o Dor
o Possibilidades de lesões e contaminações
o Risco de flebites e embolias
 Intravascular
o Vantagens
 É uma solução para os fármacos instáveis em pH gástrico ou que sofrem
grande efeito de primeira passagem;
 Bom para administração de substancias relativamente irritantes (diluição no
soro – gotejamento);
 Infusão contínua
 Subcutanea
o Vantagens
 Efeito mais rapido que a intramuscular
 Co-admnistracao de vasoconstritor para efieto local
o Desvantagens
 Admnistracao de volume reduzido
 Intramuscular
o Vantagens
 Efeito rápido quando em solução ou prolongado quando se trata de
suspensões ou formulações oleosas
 Formacao de depositos
o Desvantafens
 Risco de lesoes musculares ou em nervos
Nomenclatura dos farmacos
 Nome quimico: nome científico que descreve sua estrutura atomica molecular, não é empregado
no dia a dia da clinica
 Nome generico: forma simples de identificar o medicamento, é o nome do principio ativo
 Nome comercial: nome de marca ou fantasia, é selecionado e registrado pelo fabricante
Tipos de medicamentos
 Referência: é quem desenvolveu o remedio primeiro, quem estudou os 20 anos para lançar e
comprovar a eficacia do remedio.
 Generico: é o laboratório que estudou e comprovou que era bioequivalente ao medicamento
referencia
o Pode ser comercializado assim que a patente do medicamento de referencia vencer.
o Não tem nome fantasia, tem que ser o nome do PA.
o Passa pelo teste de bioequivalência
 Similar: desenvolvido com base no referência, mas não necessariamente tem comprovacao de
bioequivalencia
o Não pode ser trocado pelo genérico, pois ele é desenvolvido com base no referência.
o Pode ser usado no lugar do referência apenas se tiver comprovacao de
bioequivalência, e geralmente tem.
o Mesmo PA, mesma dosagem, não necessariamente mesma FF (por isso nem sempre é
bioequivalente)
o Vendido pelo nome fantasia
Biodisponibilidade X Bioequivalencia
 Biodisponibilidade: Fração do fármaco administrado que chega na circulação sistêmica, como
fármaco intacto, levando em conta sua absorção e metabolização.
 Equivalencia farmaceutica: duas formulacoes que apresentam o mesmo farmaco, mesma
dosagem, mesma FF e são indicadas pela mesma via de adm - a biodisponibilidade é igual
 Bioequivalencia: dois equivalentes farmaceuticos quapresentam biodisponibilidade comparavel,
mesmo perfil de eficacia e seguranca
Tempo de meia vida
 É o tempo necessario para que a concentracao plasmatica máxima de determinado farmaco seja
reduzida pela metade
Indice terapeutico
 Relacao entre dose efetiva e dose letal (tóxica), que contêm a margem de seguranca do farmaco
(janela terapeutica)
Efeitos adversos
 Resposta a um medicamento que seja nociva, não intencional e que ocorra nas doses
normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnostico, terapia de doenca ou para
modificacao de uma funcao fisiologica
o Ex: dramin dá sono como um efeito adverso
Interacoes medicamentosas
 Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco,
alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Constitui causa comum de efeitos adversos.
 Quando dois medicamentos são administrados, concomitantemente, a um paciente, eles podem
agir de forma independente ou interagirem entre si, com aumento ou diminuição de efeito
terapêutico ou tóxico de um ou de outro.
ABSORCAO E DISTRIBUICAO DOS FARMACOS
Farmacocinética
 É o estudo da absocao, distribuição, metabolização e excreção dos fármacos
Absorção
 É quando o fármaco cai na corrente sanguínea sistêmica
Biodisponibilidade
 Cmax = é a concentração máxima que chega a corrente sanguínea
 Meia vida = tempo que o medicamento demora para chegar a Cmax
 Janela terapêutica = diferença entre a Cmax e a Cmin
 Cmin = é a quantidade mínima de medicamento na corrente sanguínea que tem efeito no corpo. É
quando chega a essa quantidade que temos que tomar o medicamento novamente
100mg via oral  90mg chega ao intestino  cai no sistema porta  chega ao fígado
onde sofre efeito de primeira passagem (torna hidrossolúvel o medicamento para ser
excretado)  50mg chega na corrente sanguínea (A BIODISPONIBILIDADE DELE FOI
DE 50 MG)
 É necessário tomar o medicamento na hora certa, pois demorar para tomar, o medicamento
diminui a quantidade na corrente sanguínea e para de agir. E se tomar antes, a concentração do
medicamento no plasma sera maior que o indicado
Efeito de primeira passagem
 Quais vias tem?
o Oral
o Retal
 Quais vias não tem?
o Sublingual  cai diretamente no sangue
o Intravenoso
Metabolização
 Paciente com insuficiência hepática ou renal, a melhor via é a intravenosa, para não sofrer EPP.
E as doses devem ser reajustadas para que o paciente consiga eliminar o medicamento e não
sofra toxicidade
Solubilidade dos fármacos
 Coeficiente de participação óleo/agua = razão entre a fracao do fármaco dissolvida em óleo pela
fracao dissolvida em agua. Isso mostra o quanto o fármaco é lipossolúvel, e sua capacidade de
atravessar mem
o Quanto maior o CP, maior a sua concentração em óleo, mais lipossolúvel ele é  maior
sua absorção
o Quanto menor o CP, menor sua concentração em óleo, menos lipossolúvel ele é 
menor sua absorção
 Fármacos hidrossolúveis  atuam nos receptores de membrana
 Fármacos lipossolúveis  passam pela membrana e atuam nos receptores intercelulares
Grau de ionização
 pKa = constante de dissociação
 Ácido fraco:
 Base fraca:
 Fármaco/pKa ácido é melhor absorvido em pH acido
 Fármaco/pKa básico é melhor absorvido em pH básico
Perfusão sanguínea
 Onde o fluxo sanguíneo for maior, a distribuição é maior
Ligacao do fármaco a proteínas
 O fármaco livre é o que esta ativo para fazer sua acao
 Para o fármaco ser distribuído, metabolizado e excretado, ele deve estar na sua forma livre
 Quem são essas proteínas
o Fármacos ácidos  albumina
o Fármacos básicos  1 glicoproteina ácida
Reservatório de drogas
 Locais de reserva onde mais se concentram:
o Gordura
o Fígado
o Musculo
 Há medicamentos que se depositam em reservatórios teciduais, como dentes e ossos.
METABOLIZACAO DOS FÁRMACOS
 O que é a biotransformação?
o É a metabolização dos farmacos
 Funções
o Facilitar a excreção
o Inativar o fármaco
o Ativar o fármaco
o Potencializar a ativação, aumentando o efeito
Órgãos de metabolização
 Intestino  pelas enzimas
 Sangue  pelas enzimas
 Pulmão
 Fígado (principal)
Fases da metabolização
Fase 1
 Enzimática
 Quem executa é a CYP450 (complexo enzimático), que tem varias isoformas, cada uma com uma
afinidade maior por cada molécula
Fase 2
 Não enzimática
 Onde ocorre a conjugação
 Existem vários tipos: acetilacao, conjugação com acido glicuronico
 Depois de conjugado, o fármaco não consegue mais exercer nenhuma função. Não
necessariamente já sera excretado, pode precisar conjugar mais de uma vez.
Tipos de metabolização
Situação 1
 Fármaco entra ativo  não sofre a fase 1  sofre a fase 2
 Apenas uma parte dele sofre a fase 2, a que não sofrer, sera distribuída e fará sua acao.
 Fármaco entra ativo  degradação no estomago  chega ao intestino  cai na circulação porta
e vai para o fígado (efeito de primeira passagem)  fígado faz a conjugação  o que for
conjugado vai para o rim e é excretado, o que não for conjugado vai para o sangue  executa
suas funções  vai para o rim e é excretado.
Situação 2
 É um pró-farmaco (fármaco inativo)
 Pró-farmaco entra inativo  sofre degradação no estomago  chega ao intestino  cai no
sistema porta e vai para o fígado (EPP)  fígado faz a fase 1, ativando o fármaco  é distribuído
e exerce sua função  volta para o fígado e sofre a fase 2  cai no sangue novamente  vai
para o rim  excreção
Situação 3
 Fármaco entra ativo  uma parte exerce sua função e outra vai para o fígado (EPP)  fígado faz
a fase 1  fármaco fica inativo  mas como ainda não pode ser excretado, volta para o fígado e
faz a fase 2  sangue  rim  excreção
Situação 4
 Fármaco sofre não sofre metabolização e é eliminado de forma inalterada
! Se o farmaco sai do figado, vai pra bile e cai no intestino as bacterias da flora PODEM reativar o
farmaco e trazer ele para sua forma não ionizada novamente e ele cai na corrente sanguinea ativado
novamente.
Reação de fase 1
 Oxidases (enzimas CYP) fazem oxidação ou redução de farmacos
 Para que essa reação ocorre é necessário enzimas da família do gene citocromo p450
o As 3 principais são CYP1, CYP2, CYP3 (e suas isoformas)
 Outras enzimas:
o Alcool desidrogenase
o Aldeído desidrogenase
o Peroxidase
o Colinaesterases plasmáticas
o Monoaminoxidases
 Alem dessas enzimas precisamos de NADPH e oxigênio molecular
Reação de fase 2
 Ocorre conjugação
 São produtos diversos do nosso metabolismo que se conjugam aos farmacos
 Exige a participação de enzimas (mas não a CYP)
 Enzimas que podem estar envolvidas:
o UDP-glicuronil transferase
o Acetil CoA
 Produtos do metabolismo que podem estar envolvidos:
Fatores que modificam o metabolismo
 Idade
 Doenças
 Genética
 Gênero
 Período neonatal
 Gestação
 Fatores ambientais
o Indução e inibição enzimática
o Dieta
Indução enzimática
 Alguns farmacos aumentam a atividade das enzimas hepáticas
 Resulta no:
o Aumento da metabolização
o Aumento da concentração da droga
o Diminuição do efeito da droga
 Como não resolver
o Aumentar gradativamente a dose
Inibição enzimática
 Alguns farmacos inibem a atividade das enzimas hepáticas
 Resulta no:
o Diminuição da metabolização
o Aumento da concentração plasmática da droga
o Aumento do efeito (toxicidade)
 Como resolver:
o Diminuir a dose
Circulação entero-hepatica
 Fármacos depositados na vesícula e excretados pela bile podem ser e reativados (ex.:beta-
glicuronidase produzida por bactérias da microbiota, que remove conjugados como o
glicuronídeo), e assim reabsorvidos com atividade na circulação.
Excreção renal
 20% é filtrado por glomérulo
 80% passam pelo túbulo proximal (transporte ativo), onde tem transportadores como:
o Transportador de drogas acidas
o Transportador de drogas básicas
o Glicoproteína p (aumenta saída de fármaco das células)
Filtração glomerular
 Condições para passar por essa filtração:
o Peso molecular menos que 20kDa
o Não pode estar ligado a proteínas plasmáticas
 Após filtrado cai na urina
Secreção tubular
 Quando não puder ser filtrado, ele pode sofrer secreção tubular
 Isso ocorre por transporte ativo
Reabsorção tuular
 O que favorece a reabsorção é:
o Grau de ionização
A ionização e a excreção
 Na absorção a melhor forma absorvida é a não ionizada (sem carga)
 Na excreção o fármaco sera melhor excretado se ele estiver ionizado
 Se o paciente toma o remedio nos horarios certinhos, chega um momento que o farmaco chega a
um equilibrio na nossa corrente sanguinea, onde ocorrem menos oscilações.
o Isso é o steady state
o Isso ocorre geralmente apor 5 meias vidas do farmaco
Clearance renal
 É a taxa de eliminacao do farmaco
 Não precisa saber calcular
 Todo medicamento tem seu clearance renal determinado, fica na bula
 Tempo de eliminacao do farmaco no organismo, é 5x a sua meia vida
FARMACODINAMICA
Receptor
 Agonista  ativa o receptor, imitando a acao de um ligante endógeno (ativa uma sinalização
intracelular)
 Antagonista  se liga ao receptor mas não há resposta, fica parado (não ativa sinalização
intracelular)
Canais iônicos
 Bloqueador  não deixa o íon entrar
 Modulador  aumenta ou diminui a abertura do canal, aumentando o efeito do agonista ou ligante
endógeno
Enzima
 Inibidor  inibe a acao da enzima
 Falso substrato  a molécula do fármaco sofre transformações químicas, dando origem a um
produto anômalo que perturba a via metabólica normal
 Pró fármaco  quando passa pelo fígado sofre acao enzimática e se torna um fármaco ativo
Transportador
 Inibidor  não permite a passagem de uma certa subs endógena para dentro da célula
Tipos de receptores
 Canais iônicos controlados por ligantes
 Acoplados a proteína G
o Estimulatorio (gs ou gq)  ativa uma enzima amplificadora de sinal que gera os
segundos mensageiros para fosforilarem proteínas, gerando o efeito celular
o Inibitórios (gi)  inibe uma enzima amplificadora de sinal, diminuindo a quantidade de
segundos mensageiros, diminuindo a fosforilação oxidativa
 Ligados a quinases
 Nucleares
Afinidade
 Capacidade do fármaco se ligar a um determinado receptor
 Medida pelo:
Grau de afinidade (k) = interação do fármaco + receptor
Atividade intrínseca
 Capacidade de ativar o receptor depois de ligado
 Varia entre 0 e 1
Eficácia
 Capacidade de gerar resposta biológica
 Aqui devemos comparar fármacos com a mesma finalidade apenas (ex: analgésico com
analgésico, anticoncepcional com anticoncepcional...)
 Pautado nisso, os agonistas podem ser:
o Agonista total: gera uma resposta máxima de 100%
o Agonista parcial: ativa o receptor mas nao gera uma resposta máxima de 100%, apenas
50%
o Antagonista: o receptor não gera sinalizacao, entao não tem atividade intrinseca
Potência
 Quantidade de fármaco necessária para gerar uma resposta, esta relacionada a dosagem
 Quanto menor a dose para uma resposta X, mais potente ele é!
 Podemos comparar fármacos com o mesmo mecanismo de acao APENAS!
 Só podemos comparar potencia se a eficácia for semelhante!
 Vemos a potencia pelo EC50
o Concentração efetiva para produzir 50% da resposta máxima.
o Quanto menor ele for, mais potente é o medicamento!
Eficácia X Potencia
Janela terapêutica ou índice terapêutico
 Concentração mínima eficaz  minima quantidade de fármaco no plasma que faz efeito
 Concentracao máxima eficaz  máxima quantidade de fármaco no plasma que faz efeito
 Concentração mínima de efeito indesejado  o mínimo que o paciente precisa ter no sangue
para ter os efeitos adversos
 Concentração máxima de efeito indesejado  o máximo que o paciente tem na corrente
sanguínea causando o máximo de efeitos indesejados
 A janela é o intervalo entre a concentração mínima eficaz e a concentração mínima de efeito
indesejado
 A curvatura é vai da concentração mínima a concentração máxima de cada um dos aspectos
1. A janela terapêutica é menor  a diferença entre a concentração máxima eficaz e a mínima
de efeito indesejada é bem estreita. Então podemos trabalhar com uma variedade de
dosagens bem menor
2. A janela terapêutica é grande  a diferença entre a concentração máxima eficaz e a mínima
de efeito indesejado é bem maior. Então podemos trabalhar com uma grande variedade de
dosagens
IT = indice terapeutico
DE = dose efetiva
DT = dose tóxica
DL = dose letal
Antagonista e agonista
 Norepinefrina  agonista endógeno do receptor alfa e causa vasoconstricao
 Fenilefrina  agonista exógeno do receptor alfa e causa vasocontricao
 Prazosina  antagonista que impede que a norepinefrina aja no seu sitio de ligacao, bloqueando
ele. Aqui o receptor não desencadeia sinalização celular.
Agonistas
 Pleno/total
o Atinge 100% da resposta, leva a resposta máxima
o Atividade intrínseca = 1
 Parcial
o Não consegue levar a resposta maxima
o Atividade intrínseca menor que 1
 Inverso
o Faz a ação contrária a da substancia natural (mas não bloqueia como o antagonista)
o Ex: o receptor de histamina fica variando entre ativo e inativo mesmo na ausencia de
ligante (histamina). Obvio que quando não tem ligante, fica mais inativo do que ativo.
Na presença de ligante ele fica muito mais ativado.
o O agonista inverso vai se ligar no receptor de histamina no mesmo sitio de ligacao que
ela. E vai trazer e manter o receptor no seu estado inativo.
 Indireto
o Aumento a quantidade de agonista endógeno de maneira indireta
Antagonista
 Competitivo (reversível)
o Se liga no sitio de maneira irreversível e compete com o agonista para isso.
o Se aumentar muito a concentração do agonista, ele consegue reverter a situação e tira
o antagonista do receptor
 Irreversivel
o Se liga ao sitio do agonista, mas mesmo eu aumentando a quantidade do outro, ele não
consegue tirá-lo de lá
 Químico
o Interação entre as substâncias que reagem quimicamente produzindo a inativação do
fármaco
 Farmacocinéticos
o Duas ou mais substâncias podem interagir e diminuir a concentração da droga ativa
o
 Fisiológico
o Representa dois agentes que produzem efeitos contrários em um mesmo sistema
biológico, atuando em receptores diferentes
 Indireto
o Fármacos que podem aumentar a metabolização de outro fármaco
Por que um fármaco reduz seus efeitos quando usado por longos períodos?
 Isso ocorre pois temos processos de taxilafilaxia (poucos min) e tolerancia (gradual), onde
temos
o Alteracao dos receptores
o Perda de receptores pois eles estao sendo tao ativados que saem da membrana
o Deplecao de mediadores
o Aumento na degradacao metabolica do farmacao (indutor enzimatico)
o Adaptacao fisiologica (reduz os efeitos colaterais)

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Farmacologia resumo quinto semestre faculdade medicina

  • 1. REVISAO P1 FARMACO FORMA FARMACEUTICA Solidos Vantagens: o Aumenta estabilidade o Mais fácil de administrar e armazenar o Maior adesão a terapia  os pacientes aderem melhor ao tratamento, continuam ate o final o Mascara o sabor amargo (comprimido principalmente, não sentimos o sabor) o Dosagem correta e alto grau de precisao (não tem como tomar a mais como seria nos liquidos) o Possibilidade de revestimento, reduzindo o efeito no trato gastrointestinal Desvantagens o Menor absorcao comparados a solucoes o Como são absorvidos juntos aos alimentos, alguns medicamentos acabam ter interacao com o alimento e são eliminados nas fezes  diminui absorcao (mas alguns são recomendados serem consumidos com os alimentos) o Podem causar irritacao na mucosa gastrica  Comprimidos o Comuns  sem revestimento o Revestidos o Sublingual o Drágeas  com revestimento acucarado o Revestimento enterico  é uma barreira sobre um medicamento para evitar que ele se dissolva até passar pelo estômago o Retard  liberacao controlada, vai se dissolvendo e liberando o principio ativo aos poucos  Cápsulas o De liberação controlada  pode ser dura ou mole  Supositórios o Administração via retal o Sofrem degeneração a temperatura corporal o Excipientes hidrossolúveis ou com baixo pontode fusão Semi sólidos  Pomadas e cremes o Acao local, ou penetração percutânea o Excipientes hidrossolúveis Líquidos Vantagens o Rapidez de absorção no TGI  mais rápido que comprimidos o Facilidade de deglutição o Homogeneidade na dose e flexibilidade também Desvantagens o Dificuldade de transporte e armazenamento o Apresentam menor estabilidade físico-quimica e microbiológica o Solubilização realca o sabor do farmaco (amargo) o Variação na dose final Gasosos Vantagem o Aplicação local Desvantagem o Contaminação da bombinha (por isso sempre lavar depois de usar) Vias de administração  Oral o Tem efeito de primeira passagem  Retal o Tem efeito de primeira passagem  Percutânea o Aplicada na pele o Pode cair direto na corrente sanguínea  Intravenosa o Não tem absorção, pois aplicamos diretamente na corrente sanguínea o Biodisponibilidade de 100%  Intramuscular o Não tem efeito de primeira passagem o Biodisponibilidade de 100% (pois não precisa atravessar nenhuma barreira)  Intracecal o Através da punção lombar o Liquor  cérebro  corrente sanguínea  Inalação o Pulmão  sangue  Sublingual o Não sofre efeito de primeira passagem Via enteral  acesso direto ao TGI  Oral o Absorção ocorre no TGI o Efeito sistêmico ou local o Sofre efeito de primeira passagem o Vantagens  Administração facil  Comodidade  Segurança  Economia  Maior superfície de absorção  Facil reversão (lavagem) o Desvantagens  Induzem náuseas, vômitos e diarreia  Efeito de primeira passagem (ajuste de doses aos que tem comprometimento hepático)  Motilidade intestinal aumentada diminui a absorcao  Interação com alimentos  Inativação por enzimas digestivas  Sublingual o Vantagens  Não sofre efeito de primeira passagem o Desvantagem  Forma farmacêutica não disponível para todos medicamentos  Efeitos colaterais não podem ser revertido facilmente Via parenteral  não passa pelo TGI Vantagens o Absorção rápida o Não tem efeito de primeira passagem Desvantagens o Difícil administração o Dor o Possibilidades de lesões e contaminações o Risco de flebites e embolias
  • 2.  Intravascular o Vantagens  É uma solução para os fármacos instáveis em pH gástrico ou que sofrem grande efeito de primeira passagem;  Bom para administração de substancias relativamente irritantes (diluição no soro – gotejamento);  Infusão contínua  Subcutanea o Vantagens  Efeito mais rapido que a intramuscular  Co-admnistracao de vasoconstritor para efieto local o Desvantagens  Admnistracao de volume reduzido  Intramuscular o Vantagens  Efeito rápido quando em solução ou prolongado quando se trata de suspensões ou formulações oleosas  Formacao de depositos o Desvantafens  Risco de lesoes musculares ou em nervos Nomenclatura dos farmacos  Nome quimico: nome científico que descreve sua estrutura atomica molecular, não é empregado no dia a dia da clinica  Nome generico: forma simples de identificar o medicamento, é o nome do principio ativo  Nome comercial: nome de marca ou fantasia, é selecionado e registrado pelo fabricante Tipos de medicamentos  Referência: é quem desenvolveu o remedio primeiro, quem estudou os 20 anos para lançar e comprovar a eficacia do remedio.  Generico: é o laboratório que estudou e comprovou que era bioequivalente ao medicamento referencia o Pode ser comercializado assim que a patente do medicamento de referencia vencer. o Não tem nome fantasia, tem que ser o nome do PA. o Passa pelo teste de bioequivalência  Similar: desenvolvido com base no referência, mas não necessariamente tem comprovacao de bioequivalencia o Não pode ser trocado pelo genérico, pois ele é desenvolvido com base no referência. o Pode ser usado no lugar do referência apenas se tiver comprovacao de bioequivalência, e geralmente tem. o Mesmo PA, mesma dosagem, não necessariamente mesma FF (por isso nem sempre é bioequivalente) o Vendido pelo nome fantasia Biodisponibilidade X Bioequivalencia  Biodisponibilidade: Fração do fármaco administrado que chega na circulação sistêmica, como fármaco intacto, levando em conta sua absorção e metabolização.  Equivalencia farmaceutica: duas formulacoes que apresentam o mesmo farmaco, mesma dosagem, mesma FF e são indicadas pela mesma via de adm - a biodisponibilidade é igual  Bioequivalencia: dois equivalentes farmaceuticos quapresentam biodisponibilidade comparavel, mesmo perfil de eficacia e seguranca Tempo de meia vida  É o tempo necessario para que a concentracao plasmatica máxima de determinado farmaco seja reduzida pela metade Indice terapeutico  Relacao entre dose efetiva e dose letal (tóxica), que contêm a margem de seguranca do farmaco (janela terapeutica)
  • 3. Efeitos adversos  Resposta a um medicamento que seja nociva, não intencional e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnostico, terapia de doenca ou para modificacao de uma funcao fisiologica o Ex: dramin dá sono como um efeito adverso Interacoes medicamentosas  Evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Constitui causa comum de efeitos adversos.  Quando dois medicamentos são administrados, concomitantemente, a um paciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. ABSORCAO E DISTRIBUICAO DOS FARMACOS Farmacocinética  É o estudo da absocao, distribuição, metabolização e excreção dos fármacos Absorção  É quando o fármaco cai na corrente sanguínea sistêmica Biodisponibilidade  Cmax = é a concentração máxima que chega a corrente sanguínea  Meia vida = tempo que o medicamento demora para chegar a Cmax  Janela terapêutica = diferença entre a Cmax e a Cmin  Cmin = é a quantidade mínima de medicamento na corrente sanguínea que tem efeito no corpo. É quando chega a essa quantidade que temos que tomar o medicamento novamente 100mg via oral  90mg chega ao intestino  cai no sistema porta  chega ao fígado onde sofre efeito de primeira passagem (torna hidrossolúvel o medicamento para ser excretado)  50mg chega na corrente sanguínea (A BIODISPONIBILIDADE DELE FOI DE 50 MG)  É necessário tomar o medicamento na hora certa, pois demorar para tomar, o medicamento diminui a quantidade na corrente sanguínea e para de agir. E se tomar antes, a concentração do medicamento no plasma sera maior que o indicado Efeito de primeira passagem  Quais vias tem? o Oral o Retal  Quais vias não tem? o Sublingual  cai diretamente no sangue o Intravenoso Metabolização  Paciente com insuficiência hepática ou renal, a melhor via é a intravenosa, para não sofrer EPP. E as doses devem ser reajustadas para que o paciente consiga eliminar o medicamento e não sofra toxicidade Solubilidade dos fármacos  Coeficiente de participação óleo/agua = razão entre a fracao do fármaco dissolvida em óleo pela fracao dissolvida em agua. Isso mostra o quanto o fármaco é lipossolúvel, e sua capacidade de atravessar mem o Quanto maior o CP, maior a sua concentração em óleo, mais lipossolúvel ele é  maior sua absorção o Quanto menor o CP, menor sua concentração em óleo, menos lipossolúvel ele é  menor sua absorção  Fármacos hidrossolúveis  atuam nos receptores de membrana  Fármacos lipossolúveis  passam pela membrana e atuam nos receptores intercelulares Grau de ionização  pKa = constante de dissociação  Ácido fraco:  Base fraca:  Fármaco/pKa ácido é melhor absorvido em pH acido  Fármaco/pKa básico é melhor absorvido em pH básico Perfusão sanguínea  Onde o fluxo sanguíneo for maior, a distribuição é maior Ligacao do fármaco a proteínas  O fármaco livre é o que esta ativo para fazer sua acao  Para o fármaco ser distribuído, metabolizado e excretado, ele deve estar na sua forma livre  Quem são essas proteínas o Fármacos ácidos  albumina o Fármacos básicos  1 glicoproteina ácida Reservatório de drogas  Locais de reserva onde mais se concentram: o Gordura o Fígado o Musculo  Há medicamentos que se depositam em reservatórios teciduais, como dentes e ossos. METABOLIZACAO DOS FÁRMACOS  O que é a biotransformação? o É a metabolização dos farmacos  Funções o Facilitar a excreção o Inativar o fármaco o Ativar o fármaco o Potencializar a ativação, aumentando o efeito Órgãos de metabolização  Intestino  pelas enzimas  Sangue  pelas enzimas  Pulmão  Fígado (principal) Fases da metabolização Fase 1  Enzimática  Quem executa é a CYP450 (complexo enzimático), que tem varias isoformas, cada uma com uma afinidade maior por cada molécula Fase 2  Não enzimática
  • 4.  Onde ocorre a conjugação  Existem vários tipos: acetilacao, conjugação com acido glicuronico  Depois de conjugado, o fármaco não consegue mais exercer nenhuma função. Não necessariamente já sera excretado, pode precisar conjugar mais de uma vez. Tipos de metabolização Situação 1  Fármaco entra ativo  não sofre a fase 1  sofre a fase 2  Apenas uma parte dele sofre a fase 2, a que não sofrer, sera distribuída e fará sua acao.  Fármaco entra ativo  degradação no estomago  chega ao intestino  cai na circulação porta e vai para o fígado (efeito de primeira passagem)  fígado faz a conjugação  o que for conjugado vai para o rim e é excretado, o que não for conjugado vai para o sangue  executa suas funções  vai para o rim e é excretado. Situação 2  É um pró-farmaco (fármaco inativo)  Pró-farmaco entra inativo  sofre degradação no estomago  chega ao intestino  cai no sistema porta e vai para o fígado (EPP)  fígado faz a fase 1, ativando o fármaco  é distribuído e exerce sua função  volta para o fígado e sofre a fase 2  cai no sangue novamente  vai para o rim  excreção Situação 3  Fármaco entra ativo  uma parte exerce sua função e outra vai para o fígado (EPP)  fígado faz a fase 1  fármaco fica inativo  mas como ainda não pode ser excretado, volta para o fígado e faz a fase 2  sangue  rim  excreção Situação 4  Fármaco sofre não sofre metabolização e é eliminado de forma inalterada ! Se o farmaco sai do figado, vai pra bile e cai no intestino as bacterias da flora PODEM reativar o farmaco e trazer ele para sua forma não ionizada novamente e ele cai na corrente sanguinea ativado novamente. Reação de fase 1  Oxidases (enzimas CYP) fazem oxidação ou redução de farmacos  Para que essa reação ocorre é necessário enzimas da família do gene citocromo p450 o As 3 principais são CYP1, CYP2, CYP3 (e suas isoformas)  Outras enzimas: o Alcool desidrogenase o Aldeído desidrogenase o Peroxidase o Colinaesterases plasmáticas o Monoaminoxidases  Alem dessas enzimas precisamos de NADPH e oxigênio molecular Reação de fase 2  Ocorre conjugação  São produtos diversos do nosso metabolismo que se conjugam aos farmacos  Exige a participação de enzimas (mas não a CYP)  Enzimas que podem estar envolvidas: o UDP-glicuronil transferase o Acetil CoA  Produtos do metabolismo que podem estar envolvidos: Fatores que modificam o metabolismo  Idade  Doenças  Genética  Gênero  Período neonatal  Gestação  Fatores ambientais o Indução e inibição enzimática o Dieta Indução enzimática  Alguns farmacos aumentam a atividade das enzimas hepáticas  Resulta no: o Aumento da metabolização o Aumento da concentração da droga o Diminuição do efeito da droga  Como não resolver o Aumentar gradativamente a dose Inibição enzimática  Alguns farmacos inibem a atividade das enzimas hepáticas  Resulta no: o Diminuição da metabolização o Aumento da concentração plasmática da droga o Aumento do efeito (toxicidade)  Como resolver: o Diminuir a dose Circulação entero-hepatica  Fármacos depositados na vesícula e excretados pela bile podem ser e reativados (ex.:beta- glicuronidase produzida por bactérias da microbiota, que remove conjugados como o glicuronídeo), e assim reabsorvidos com atividade na circulação. Excreção renal  20% é filtrado por glomérulo  80% passam pelo túbulo proximal (transporte ativo), onde tem transportadores como: o Transportador de drogas acidas o Transportador de drogas básicas o Glicoproteína p (aumenta saída de fármaco das células) Filtração glomerular  Condições para passar por essa filtração: o Peso molecular menos que 20kDa o Não pode estar ligado a proteínas plasmáticas  Após filtrado cai na urina Secreção tubular  Quando não puder ser filtrado, ele pode sofrer secreção tubular  Isso ocorre por transporte ativo Reabsorção tuular  O que favorece a reabsorção é: o Grau de ionização
  • 5. A ionização e a excreção  Na absorção a melhor forma absorvida é a não ionizada (sem carga)  Na excreção o fármaco sera melhor excretado se ele estiver ionizado  Se o paciente toma o remedio nos horarios certinhos, chega um momento que o farmaco chega a um equilibrio na nossa corrente sanguinea, onde ocorrem menos oscilações. o Isso é o steady state o Isso ocorre geralmente apor 5 meias vidas do farmaco Clearance renal  É a taxa de eliminacao do farmaco  Não precisa saber calcular  Todo medicamento tem seu clearance renal determinado, fica na bula  Tempo de eliminacao do farmaco no organismo, é 5x a sua meia vida FARMACODINAMICA Receptor  Agonista  ativa o receptor, imitando a acao de um ligante endógeno (ativa uma sinalização intracelular)  Antagonista  se liga ao receptor mas não há resposta, fica parado (não ativa sinalização intracelular) Canais iônicos  Bloqueador  não deixa o íon entrar  Modulador  aumenta ou diminui a abertura do canal, aumentando o efeito do agonista ou ligante endógeno Enzima  Inibidor  inibe a acao da enzima  Falso substrato  a molécula do fármaco sofre transformações químicas, dando origem a um produto anômalo que perturba a via metabólica normal  Pró fármaco  quando passa pelo fígado sofre acao enzimática e se torna um fármaco ativo Transportador  Inibidor  não permite a passagem de uma certa subs endógena para dentro da célula Tipos de receptores  Canais iônicos controlados por ligantes  Acoplados a proteína G o Estimulatorio (gs ou gq)  ativa uma enzima amplificadora de sinal que gera os segundos mensageiros para fosforilarem proteínas, gerando o efeito celular o Inibitórios (gi)  inibe uma enzima amplificadora de sinal, diminuindo a quantidade de segundos mensageiros, diminuindo a fosforilação oxidativa  Ligados a quinases  Nucleares Afinidade  Capacidade do fármaco se ligar a um determinado receptor  Medida pelo: Grau de afinidade (k) = interação do fármaco + receptor Atividade intrínseca  Capacidade de ativar o receptor depois de ligado  Varia entre 0 e 1 Eficácia  Capacidade de gerar resposta biológica
  • 6.  Aqui devemos comparar fármacos com a mesma finalidade apenas (ex: analgésico com analgésico, anticoncepcional com anticoncepcional...)  Pautado nisso, os agonistas podem ser: o Agonista total: gera uma resposta máxima de 100% o Agonista parcial: ativa o receptor mas nao gera uma resposta máxima de 100%, apenas 50% o Antagonista: o receptor não gera sinalizacao, entao não tem atividade intrinseca Potência  Quantidade de fármaco necessária para gerar uma resposta, esta relacionada a dosagem  Quanto menor a dose para uma resposta X, mais potente ele é!  Podemos comparar fármacos com o mesmo mecanismo de acao APENAS!  Só podemos comparar potencia se a eficácia for semelhante!  Vemos a potencia pelo EC50 o Concentração efetiva para produzir 50% da resposta máxima. o Quanto menor ele for, mais potente é o medicamento! Eficácia X Potencia Janela terapêutica ou índice terapêutico  Concentração mínima eficaz  minima quantidade de fármaco no plasma que faz efeito  Concentracao máxima eficaz  máxima quantidade de fármaco no plasma que faz efeito  Concentração mínima de efeito indesejado  o mínimo que o paciente precisa ter no sangue para ter os efeitos adversos  Concentração máxima de efeito indesejado  o máximo que o paciente tem na corrente sanguínea causando o máximo de efeitos indesejados  A janela é o intervalo entre a concentração mínima eficaz e a concentração mínima de efeito indesejado  A curvatura é vai da concentração mínima a concentração máxima de cada um dos aspectos 1. A janela terapêutica é menor  a diferença entre a concentração máxima eficaz e a mínima de efeito indesejada é bem estreita. Então podemos trabalhar com uma variedade de dosagens bem menor 2. A janela terapêutica é grande  a diferença entre a concentração máxima eficaz e a mínima de efeito indesejado é bem maior. Então podemos trabalhar com uma grande variedade de dosagens IT = indice terapeutico DE = dose efetiva DT = dose tóxica DL = dose letal
  • 7. Antagonista e agonista  Norepinefrina  agonista endógeno do receptor alfa e causa vasoconstricao  Fenilefrina  agonista exógeno do receptor alfa e causa vasocontricao  Prazosina  antagonista que impede que a norepinefrina aja no seu sitio de ligacao, bloqueando ele. Aqui o receptor não desencadeia sinalização celular. Agonistas  Pleno/total o Atinge 100% da resposta, leva a resposta máxima o Atividade intrínseca = 1  Parcial o Não consegue levar a resposta maxima o Atividade intrínseca menor que 1  Inverso o Faz a ação contrária a da substancia natural (mas não bloqueia como o antagonista) o Ex: o receptor de histamina fica variando entre ativo e inativo mesmo na ausencia de ligante (histamina). Obvio que quando não tem ligante, fica mais inativo do que ativo. Na presença de ligante ele fica muito mais ativado. o O agonista inverso vai se ligar no receptor de histamina no mesmo sitio de ligacao que ela. E vai trazer e manter o receptor no seu estado inativo.  Indireto o Aumento a quantidade de agonista endógeno de maneira indireta Antagonista  Competitivo (reversível) o Se liga no sitio de maneira irreversível e compete com o agonista para isso. o Se aumentar muito a concentração do agonista, ele consegue reverter a situação e tira o antagonista do receptor  Irreversivel o Se liga ao sitio do agonista, mas mesmo eu aumentando a quantidade do outro, ele não consegue tirá-lo de lá  Químico o Interação entre as substâncias que reagem quimicamente produzindo a inativação do fármaco  Farmacocinéticos o Duas ou mais substâncias podem interagir e diminuir a concentração da droga ativa o  Fisiológico o Representa dois agentes que produzem efeitos contrários em um mesmo sistema biológico, atuando em receptores diferentes  Indireto o Fármacos que podem aumentar a metabolização de outro fármaco Por que um fármaco reduz seus efeitos quando usado por longos períodos?  Isso ocorre pois temos processos de taxilafilaxia (poucos min) e tolerancia (gradual), onde temos o Alteracao dos receptores o Perda de receptores pois eles estao sendo tao ativados que saem da membrana o Deplecao de mediadores o Aumento na degradacao metabolica do farmacao (indutor enzimatico) o Adaptacao fisiologica (reduz os efeitos colaterais)