EXAMES DE ROTINA E RASTREAMENTO - MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS(4).pdf
1. R E C O M E N D A Ç Õ E S E E X A M E S -
M E D I C I N A B A S E A D A E M E V I D Ê N C I A S
DRA THALISSA CATRICALA
MÉDICA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
2019
2. R A S T R E A M E N T O
Definição: exame de indivíduos
assintomáticos para a
identificação presuntiva de
doença não reconhecida
anteriormente.
- características do rastreio: a
abordagem de amplitude
populacional deve ser
minimamente invasiva, de baixo
custo, evitar o desconforto e a dor
e ser socialmente aceita.
3. Motivo que torna o tema do rastreamento e da detecção
precoce importante é o processo de medicalização social
intenso que pode gerar intervenções diagnósticas e
terapêuticas excessivas e, por vezes, danosas
(TESSER).
Reconhecimento da iatrogenia como importante causa
de má saúde (STARFIELD).
R A S T R E A M E N T O
4.
5. F E R R A M E N T A E P S S
Aplicativo desenvolvido para fornecer aos
médicos da atenção primária, e às
equipes de saúde, um apoio decisivo e
em tempo hábil, para triagem adequada,
aconselhamento e serviços preventivos
para os seus pacientes.
O ePSS é baseado nas recomendações
atuais do USPSTF e pode ser pesquisado
por características específicas do
paciente, como idade, sexo e fatores de
risco comportamentais selecionados.
6. H I P E R T E N S Ã O
Screening para HAS: aferir a
PA em todas as pessoas
maiores de 18 anos
(USPSTF - A)
- a cada 2-3 anos em
pacientes entre 18-39 anos
com valores normais na
primeira aferição
- anual para pacientes com
40 anos ou mais, se
sobrepeso ou obesidade
7. Recomendações: Classe I do ACC / AHA, Nível A
- perda de peso para pacientes com sobrepeso ou obesidade
- dieta "saudável para o coração" (por exemplo, a dieta DASH [Dietary
Approaches to Stop Hypertension]) que facilita alcançar o peso desejável
- redução do consumo de sódio
- recomendar suplementação de potássio, preferencialmente via
modificação dietética (a menos que contraindicado pela presença de DRC
ou uso de drogas que reduzam sua excreção)
- aconselhar os adultos que atualmente consomem álcool a não beberem
mais que 2 (para homens) e 1 (para mulheres) doses padrão por dia
H I P E R T E N S Ã O
10. D I A B E T E S
Recomendações: ADA
Sistema Grade
- A: evidência clara de estudos controlados, randomizados,
generalizados e bem conduzidos
- B: evidência de apoio de estudos de coorte bem conduzidos
- C: evidência de apoio de estudos mal controlados ou não controlados
- E: consenso de especialistas ou experiência clínica
11. D I A B E T E S
- Para o diagnóstico 2 testes igualmente apropriados (Grade B): glicemia
de jejum medida após ≥ 8 horas sem ingestão calórica; TOTG e/ou HbA1c
- Controle glicêmico (Grade E): 2x/ano se paciente dentro da meta de
tratamento; a cada 3 meses se fora da meta ou em mudança de
tratamento
12. D I A B E T E S
Testes adicionais:
- Perfil lipídico (Grade E): em adultos <40 anos que não estejam
tomando estatinas, é razoável medir os níveis lipídicos no momento do
diagnóstico e, posteriormente, em intervalos de 5 anos ou mais
frequentemente se indicado
- Taxa de filtração glomerular estimada (Grade E): calculada a partir da
creatinina sérica - obter anualmente
- Albumina urinária (Grade B): relação albumina/ creatinina na urina -
obter anualmente
13. D I A B E T E S
Testes adicionais:
- ECG: não recomendado para triagem de doença arterial coronariana em
pacientes assintomáticos, contanto que os fatores de risco para doença
aterosclerótica sejam tratados (Grade A)
14. D I A B E T E S
Medicações:
- Metformina é o fármaco inicial preferido, a menos que seja
contraindicado ou não tolerado (Grade A)
- Considerar introdução precoce de insulina, mesmo no diagnóstico ou
no início do tratamento, em pacientes com qualquer um dos seguintes
(Grade E):
- sintomas de hiperglicemia (poliúria ou polidipsia)
- hiperglicemia grave (HbA1c ≥ 10%)
- características catabólicas
15. D I A B E T E S
E a pré-DM?
Considerar a metformina em pacientes com pré-diabetes, especialmente
se o índice de massa corporal ≥ 35 kg/m2, idade <60 anos ou história de
diabetes mellitus gestacional (Grade A)
16. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
De acordo com o USPSTF, não há evidencias o suficiente para
recomendar ou contra-indicar o screening de disfunções da tireóide (I)
- em adultos assintomáticos
- em mulheres não grávidas e assintomáticas
De acordo com American Association of Clinical
Endocrinologists/American Thyroid Association (AACE/ATA), evidência
Grade B de ser pesquisada durante a gestação
17. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
De acordo com a SBEM os níveis séricos de TSH devem ser
determinados em pacientes com mais de 35 anos a cada 5 anos, em
gestantes e em pacientes de todas as idades com fatores de risco para
disfunção tireoidiana (D).
- história prévia de disfunção tireoidiana; incidência de bócio; história
prévia de surto tireoidiano; história prévia de radioterapia cervical;
outras doenças auto-imunes (por exemplo, diabetes mellitus tipo 1,
vitiligo, anemia perniciosa e insuficiência adrenal primária); uso de
medicamentos específicos: lítio, citocinas, amiodarona e agentes de
contraste; histórico familiar de doença da tireoide ou outra doença
autoimune.
18. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
Se os resultados indicarem níveis elevados de TSH, uma segunda
amostra confirmatória, incluindo níveis de TSH e T4 livre, deve ser testada
antes do início do tratamento (D).
19. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
De acordo com o DynaMed, os testes de diagnóstico inicial incluem:
- TSH: como teste inicial na maioria dos pacientes
- T4 livre: para confirmação de TSH elevado, ou suspeita de doença
hipofisária ou hipotalâmica
- T3: não é útil (geralmente normal mesmo em hipotireoidismo grave)
- Anticorpo antitireoidiano peroxidase (TPOAb) se houver suspeita de
doença autoimune
20. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
Manejo do hipotireoidismo: tratar com
levotiroxina se
- TSH maior ou igual a 10
- TSH entre 5 e 10 se sintomas, TPO positivo
ou risco cardiovascular aumentado
- em gestantes, de acordo com os seguintes
valores de referência por trimestre: 1º
trimestre TSH> 2,5 / 2º trimestre TSH> 3 / 3º
trimestre TSH> 3-3,5 / ou passado de TPOAb
positivo
21. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
Endocrine Society of Australia - não recomenda a realização de USG de
tireóide em pacientes que não tenham alteração a palpação da tireóide,
independentemente dos valores do TSH (Choosing Wisely 2015 Feb 3)
Canadian Society of Endocrinology and Metabolism - não recomenda a
dosagem rotineira de anti-TPO para a população (Choosing Wisely
Canada 2014 Oct 29)
22. S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
De acordo com o INCA/MS:
O exame citopatológico é recomendado dos 25 aos 64 anos
- as duas primeiras amostras devem ser anuais, e após isso trianual
- interromper quando a mulher tiver 64 anos e 2 exames consecutivos
dentro dos últimos 5 anos sendo normais
- se mais de 64 anos sem ter coletado previamente, coletar 2 amostras
dentro de 3 anos e se normais interromper a coleta
23. S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de
periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres (A).
Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem
história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto
grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem
exames anteriores normais (A).
Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas
ao rastreamento do câncer do colo do útero (D).
Em mulheres HIV positivas deve-se inciar após o início da atividade
sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais,
manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de
imunossupressão (B).
24. S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
Achados microbiológicos:
- Lactobacillus sp.
- Cocos.
- Outros Bacilos.
São considerados achados
normais, pois fazem parte da
microbiota normal da vagina. Na
ausência de sinais e sintomas, a
presença desses
microorganismos não caracteriza
infecção que necessite
tratamento (evidência alta).
25. S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
26. S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A
De acordo com o
INCA/MS:
27. S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A
De acordo com
um consenso do:
Colégio Brasileiro
de Radiologia
Diagnóstico por
Imagem, da
Sociedade
Brasileira de
Mastologia e da
Febrasgo (2017)
28. S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A
De acordo com
um consenso do:
Colégio Brasileiro
de Radiologia
Diagnóstico por
Imagem, da
Sociedade
Brasileira de
Mastologia e da
Febrasgo (2017)
29. D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A
A Academia Americana de Médicos de Família recomenda que não se faça
imagens para dor lombar nas primeiras 6 semanas, a menos que estejam
presentes "red flags" (déficits neurológicos graves ou progressivos;
condições subjacentes sérias como osteomielite).
30. D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A
Para a Academia Americana de Dor a maioria dos pacientes com
lombalgia aguda não precisam de imagens imediatas, porém recomenda-
se em situações clínicas selecionadas:
- Rx + taxa de sedimentação de eritrócitos se forte suspeita ou história de
câncer
- RNM se suspeita de:
- infecção espinhal (início de dor nas costas com febre e história de
uso de drogas intravenosas ou infecção recente)
- síndrome da cauda eqüina (retenção de urina, incontinência fecal
ou anestesia em sela)
- déficits neurológicos severos
31. D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A
33. USPSTF
DynaMed
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial
Caderno de Atenção Primária - Rastreamento -
2010
SBEM
Choosing Wisely
R E F E R Ê N C I A S :