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M E D I C I N A B A S E A D A E M E V I D Ê N C I A S
DRA THALISSA CATRICALA
MÉDICA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
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R A S T R E A M E N T O
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anteriormente.
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populacional deve ser
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Aplicativo desenvolvido para fornecer aos
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para os seus pacientes.
O ePSS é baseado nas recomendações
atuais do USPSTF e pode ser pesquisado
por características específicas do
paciente, como idade, sexo e fatores de
risco comportamentais selecionados.
H I P E R T E N S Ã O
Screening para HAS: aferir a
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maiores de 18 anos
(USPSTF - A)
- a cada 2-3 anos em
pacientes entre 18-39 anos
com valores normais na
primeira aferição
- anual para pacientes com
40 anos ou mais, se
sobrepeso ou obesidade
Recomendações: Classe I do ACC / AHA, Nível A
- perda de peso para pacientes com sobrepeso ou obesidade
- dieta "saudável para o coração" (por exemplo, a dieta DASH [Dietary
Approaches to Stop Hypertension]) que facilita alcançar o peso desejável
- redução do consumo de sódio
- recomendar suplementação de potássio, preferencialmente via
modificação dietética (a menos que contraindicado pela presença de DRC
ou uso de drogas que reduzam sua excreção)
- aconselhar os adultos que atualmente consomem álcool a não beberem
mais que 2 (para homens) e 1 (para mulheres) doses padrão por dia
H I P E R T E N S Ã O
H I P E R T E N S Ã O
H I P E R T E N S Ã O
D I A B E T E S
Recomendações: ADA
Sistema Grade
- A: evidência clara de estudos controlados, randomizados,
generalizados e bem conduzidos
- B: evidência de apoio de estudos de coorte bem conduzidos
- C: evidência de apoio de estudos mal controlados ou não controlados
- E: consenso de especialistas ou experiência clínica
D I A B E T E S
- Para o diagnóstico 2 testes igualmente apropriados (Grade B): glicemia
de jejum medida após ≥ 8 horas sem ingestão calórica; TOTG e/ou HbA1c
- Controle glicêmico (Grade E): 2x/ano se paciente dentro da meta de
tratamento; a cada 3 meses se fora da meta ou em mudança de
tratamento
D I A B E T E S
Testes adicionais:
- Perfil lipídico (Grade E): em adultos <40 anos que não estejam
tomando estatinas, é razoável medir os níveis lipídicos no momento do
diagnóstico e, posteriormente, em intervalos de 5 anos ou mais
frequentemente se indicado
- Taxa de filtração glomerular estimada (Grade E): calculada a partir da
creatinina sérica - obter anualmente
- Albumina urinária (Grade B): relação albumina/ creatinina na urina -
obter anualmente
D I A B E T E S
Testes adicionais:
- ECG: não recomendado para triagem de doença arterial coronariana em
pacientes assintomáticos, contanto que os fatores de risco para doença
aterosclerótica sejam tratados (Grade A)
D I A B E T E S
Medicações:
- Metformina é o fármaco inicial preferido, a menos que seja
contraindicado ou não tolerado (Grade A)
- Considerar introdução precoce de insulina, mesmo no diagnóstico ou
no início do tratamento, em pacientes com qualquer um dos seguintes
(Grade E):
- sintomas de hiperglicemia (poliúria ou polidipsia)
- hiperglicemia grave (HbA1c ≥ 10%)
- características catabólicas
D I A B E T E S
E a pré-DM?
Considerar a metformina em pacientes com pré-diabetes, especialmente
se o índice de massa corporal ≥ 35 kg/m2, idade <60 anos ou história de
diabetes mellitus gestacional (Grade A)
D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
De acordo com o USPSTF, não há evidencias o suficiente para
recomendar ou contra-indicar o screening de disfunções da tireóide (I)
- em adultos assintomáticos
- em mulheres não grávidas e assintomáticas
De acordo com American Association of Clinical
Endocrinologists/American Thyroid Association (AACE/ATA), evidência
Grade B de ser pesquisada durante a gestação
D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
De acordo com a SBEM os níveis séricos de TSH devem ser
determinados em pacientes com mais de 35 anos a cada 5 anos, em
gestantes e em pacientes de todas as idades com fatores de risco para
disfunção tireoidiana (D).
- história prévia de disfunção tireoidiana; incidência de bócio; história
prévia de surto tireoidiano; história prévia de radioterapia cervical;
outras doenças auto-imunes (por exemplo, diabetes mellitus tipo 1,
vitiligo, anemia perniciosa e insuficiência adrenal primária); uso de
medicamentos específicos: lítio, citocinas, amiodarona e agentes de
contraste; histórico familiar de doença da tireoide ou outra doença
autoimune.
D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
Se os resultados indicarem níveis elevados de TSH, uma segunda
amostra confirmatória, incluindo níveis de TSH e T4 livre, deve ser testada
antes do início do tratamento (D).
D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
De acordo com o DynaMed, os testes de diagnóstico inicial incluem:
- TSH: como teste inicial na maioria dos pacientes
- T4 livre: para confirmação de TSH elevado, ou suspeita de doença
hipofisária ou hipotalâmica
- T3: não é útil (geralmente normal mesmo em hipotireoidismo grave)
- Anticorpo antitireoidiano peroxidase (TPOAb) se houver suspeita de
doença autoimune
D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
Manejo do hipotireoidismo: tratar com
levotiroxina se
- TSH maior ou igual a 10
- TSH entre 5 e 10 se sintomas, TPO positivo
ou risco cardiovascular aumentado
- em gestantes, de acordo com os seguintes
valores de referência por trimestre: 1º
trimestre TSH> 2,5 / 2º trimestre TSH> 3 / 3º
trimestre TSH> 3-3,5 / ou passado de TPOAb
positivo
D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E
Endocrine Society of Australia - não recomenda a realização de USG de
tireóide em pacientes que não tenham alteração a palpação da tireóide,
independentemente dos valores do TSH (Choosing Wisely 2015 Feb 3)
Canadian Society of Endocrinology and Metabolism - não recomenda a
dosagem rotineira de anti-TPO para a população (Choosing Wisely
Canada 2014 Oct 29)
S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
De acordo com o INCA/MS:
O exame citopatológico é recomendado dos 25 aos 64 anos
- as duas primeiras amostras devem ser anuais, e após isso trianual
- interromper quando a mulher tiver 64 anos e 2 exames consecutivos
dentro dos últimos 5 anos sendo normais
- se mais de 64 anos sem ter coletado previamente, coletar 2 amostras
dentro de 3 anos e se normais interromper a coleta
S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de
periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres (A).
Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem
história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto
grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem
exames anteriores normais (A).
Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas
ao rastreamento do câncer do colo do útero (D).
Em mulheres HIV positivas deve-se inciar após o início da atividade
sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais,
manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de
imunossupressão (B).
S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
Achados microbiológicos:
- Lactobacillus sp.
- Cocos.
- Outros Bacilos.
São considerados achados
normais, pois fazem parte da
microbiota normal da vagina. Na
ausência de sinais e sintomas, a
presença desses
microorganismos não caracteriza
infecção que necessite
tratamento (evidência alta).
S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A
De acordo com o
INCA/MS:
S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A
De acordo com
um consenso do:
Colégio Brasileiro
de Radiologia
Diagnóstico por
Imagem, da
Sociedade
Brasileira de
Mastologia e da
Febrasgo (2017)
S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A
De acordo com
um consenso do:
Colégio Brasileiro
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Imagem, da
Sociedade
Brasileira de
Mastologia e da
Febrasgo (2017)
D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A
A Academia Americana de Médicos de Família recomenda que não se faça
imagens para dor lombar nas primeiras 6 semanas, a menos que estejam
presentes "red flags" (déficits neurológicos graves ou progressivos;
condições subjacentes sérias como osteomielite).
D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A
Para a Academia Americana de Dor a maioria dos pacientes com
lombalgia aguda não precisam de imagens imediatas, porém recomenda-
se em situações clínicas selecionadas:
- Rx + taxa de sedimentação de eritrócitos se forte suspeita ou história de
câncer
- RNM se suspeita de:
- infecção espinhal (início de dor nas costas com febre e história de
uso de drogas intravenosas ou infecção recente)
- síndrome da cauda eqüina (retenção de urina, incontinência fecal
ou anestesia em sela)
- déficits neurológicos severos
D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A
D E C I S Õ E S . . .
USPSTF
DynaMed
7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial
Caderno de Atenção Primária - Rastreamento -
2010
SBEM
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  • 1. R E C O M E N D A Ç Õ E S E E X A M E S - M E D I C I N A B A S E A D A E M E V I D Ê N C I A S DRA THALISSA CATRICALA MÉDICA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE 2019
  • 2. R A S T R E A M E N T O Definição: exame de indivíduos assintomáticos para a identificação presuntiva de doença não reconhecida anteriormente. - características do rastreio: a abordagem de amplitude populacional deve ser minimamente invasiva, de baixo custo, evitar o desconforto e a dor e ser socialmente aceita.
  • 3. Motivo que torna o tema do rastreamento e da detecção precoce importante é o processo de medicalização social intenso que pode gerar intervenções diagnósticas e terapêuticas excessivas e, por vezes, danosas (TESSER). Reconhecimento da iatrogenia como importante causa de má saúde (STARFIELD). R A S T R E A M E N T O
  • 4.
  • 5. F E R R A M E N T A E P S S Aplicativo desenvolvido para fornecer aos médicos da atenção primária, e às equipes de saúde, um apoio decisivo e em tempo hábil, para triagem adequada, aconselhamento e serviços preventivos para os seus pacientes. O ePSS é baseado nas recomendações atuais do USPSTF e pode ser pesquisado por características específicas do paciente, como idade, sexo e fatores de risco comportamentais selecionados.
  • 6. H I P E R T E N S Ã O Screening para HAS: aferir a PA em todas as pessoas maiores de 18 anos (USPSTF - A) - a cada 2-3 anos em pacientes entre 18-39 anos com valores normais na primeira aferição - anual para pacientes com 40 anos ou mais, se sobrepeso ou obesidade
  • 7. Recomendações: Classe I do ACC / AHA, Nível A - perda de peso para pacientes com sobrepeso ou obesidade - dieta "saudável para o coração" (por exemplo, a dieta DASH [Dietary Approaches to Stop Hypertension]) que facilita alcançar o peso desejável - redução do consumo de sódio - recomendar suplementação de potássio, preferencialmente via modificação dietética (a menos que contraindicado pela presença de DRC ou uso de drogas que reduzam sua excreção) - aconselhar os adultos que atualmente consomem álcool a não beberem mais que 2 (para homens) e 1 (para mulheres) doses padrão por dia H I P E R T E N S Ã O
  • 8. H I P E R T E N S Ã O
  • 9. H I P E R T E N S Ã O
  • 10. D I A B E T E S Recomendações: ADA Sistema Grade - A: evidência clara de estudos controlados, randomizados, generalizados e bem conduzidos - B: evidência de apoio de estudos de coorte bem conduzidos - C: evidência de apoio de estudos mal controlados ou não controlados - E: consenso de especialistas ou experiência clínica
  • 11. D I A B E T E S - Para o diagnóstico 2 testes igualmente apropriados (Grade B): glicemia de jejum medida após ≥ 8 horas sem ingestão calórica; TOTG e/ou HbA1c - Controle glicêmico (Grade E): 2x/ano se paciente dentro da meta de tratamento; a cada 3 meses se fora da meta ou em mudança de tratamento
  • 12. D I A B E T E S Testes adicionais: - Perfil lipídico (Grade E): em adultos <40 anos que não estejam tomando estatinas, é razoável medir os níveis lipídicos no momento do diagnóstico e, posteriormente, em intervalos de 5 anos ou mais frequentemente se indicado - Taxa de filtração glomerular estimada (Grade E): calculada a partir da creatinina sérica - obter anualmente - Albumina urinária (Grade B): relação albumina/ creatinina na urina - obter anualmente
  • 13. D I A B E T E S Testes adicionais: - ECG: não recomendado para triagem de doença arterial coronariana em pacientes assintomáticos, contanto que os fatores de risco para doença aterosclerótica sejam tratados (Grade A)
  • 14. D I A B E T E S Medicações: - Metformina é o fármaco inicial preferido, a menos que seja contraindicado ou não tolerado (Grade A) - Considerar introdução precoce de insulina, mesmo no diagnóstico ou no início do tratamento, em pacientes com qualquer um dos seguintes (Grade E): - sintomas de hiperglicemia (poliúria ou polidipsia) - hiperglicemia grave (HbA1c ≥ 10%) - características catabólicas
  • 15. D I A B E T E S E a pré-DM? Considerar a metformina em pacientes com pré-diabetes, especialmente se o índice de massa corporal ≥ 35 kg/m2, idade <60 anos ou história de diabetes mellitus gestacional (Grade A)
  • 16. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E De acordo com o USPSTF, não há evidencias o suficiente para recomendar ou contra-indicar o screening de disfunções da tireóide (I) - em adultos assintomáticos - em mulheres não grávidas e assintomáticas De acordo com American Association of Clinical Endocrinologists/American Thyroid Association (AACE/ATA), evidência Grade B de ser pesquisada durante a gestação
  • 17. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E De acordo com a SBEM os níveis séricos de TSH devem ser determinados em pacientes com mais de 35 anos a cada 5 anos, em gestantes e em pacientes de todas as idades com fatores de risco para disfunção tireoidiana (D). - história prévia de disfunção tireoidiana; incidência de bócio; história prévia de surto tireoidiano; história prévia de radioterapia cervical; outras doenças auto-imunes (por exemplo, diabetes mellitus tipo 1, vitiligo, anemia perniciosa e insuficiência adrenal primária); uso de medicamentos específicos: lítio, citocinas, amiodarona e agentes de contraste; histórico familiar de doença da tireoide ou outra doença autoimune.
  • 18. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E Se os resultados indicarem níveis elevados de TSH, uma segunda amostra confirmatória, incluindo níveis de TSH e T4 livre, deve ser testada antes do início do tratamento (D).
  • 19. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E De acordo com o DynaMed, os testes de diagnóstico inicial incluem: - TSH: como teste inicial na maioria dos pacientes - T4 livre: para confirmação de TSH elevado, ou suspeita de doença hipofisária ou hipotalâmica - T3: não é útil (geralmente normal mesmo em hipotireoidismo grave) - Anticorpo antitireoidiano peroxidase (TPOAb) se houver suspeita de doença autoimune
  • 20. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E Manejo do hipotireoidismo: tratar com levotiroxina se - TSH maior ou igual a 10 - TSH entre 5 e 10 se sintomas, TPO positivo ou risco cardiovascular aumentado - em gestantes, de acordo com os seguintes valores de referência por trimestre: 1º trimestre TSH> 2,5 / 2º trimestre TSH> 3 / 3º trimestre TSH> 3-3,5 / ou passado de TPOAb positivo
  • 21. D O E N Ç A S D A T I R E Ó I D E Endocrine Society of Australia - não recomenda a realização de USG de tireóide em pacientes que não tenham alteração a palpação da tireóide, independentemente dos valores do TSH (Choosing Wisely 2015 Feb 3) Canadian Society of Endocrinology and Metabolism - não recomenda a dosagem rotineira de anti-TPO para a população (Choosing Wisely Canada 2014 Oct 29)
  • 22. S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O De acordo com o INCA/MS: O exame citopatológico é recomendado dos 25 aos 64 anos - as duas primeiras amostras devem ser anuais, e após isso trianual - interromper quando a mulher tiver 64 anos e 2 exames consecutivos dentro dos últimos 5 anos sendo normais - se mais de 64 anos sem ter coletado previamente, coletar 2 amostras dentro de 3 anos e se normais interromper a coleta
  • 23. S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres (A). Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais (A). Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero (D). Em mulheres HIV positivas deve-se inciar após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão (B).
  • 24. S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O Achados microbiológicos: - Lactobacillus sp. - Cocos. - Outros Bacilos. São considerados achados normais, pois fazem parte da microbiota normal da vagina. Na ausência de sinais e sintomas, a presença desses microorganismos não caracteriza infecção que necessite tratamento (evidência alta).
  • 25. S A Ú D E D A M U L H E R - C I T O P A T O L Ó G I C O
  • 26. S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A De acordo com o INCA/MS:
  • 27. S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A De acordo com um consenso do: Colégio Brasileiro de Radiologia Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Febrasgo (2017)
  • 28. S A Ú D E D A M U L H E R - M A M A De acordo com um consenso do: Colégio Brasileiro de Radiologia Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Febrasgo (2017)
  • 29. D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A A Academia Americana de Médicos de Família recomenda que não se faça imagens para dor lombar nas primeiras 6 semanas, a menos que estejam presentes "red flags" (déficits neurológicos graves ou progressivos; condições subjacentes sérias como osteomielite).
  • 30. D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A Para a Academia Americana de Dor a maioria dos pacientes com lombalgia aguda não precisam de imagens imediatas, porém recomenda- se em situações clínicas selecionadas: - Rx + taxa de sedimentação de eritrócitos se forte suspeita ou história de câncer - RNM se suspeita de: - infecção espinhal (início de dor nas costas com febre e história de uso de drogas intravenosas ou infecção recente) - síndrome da cauda eqüina (retenção de urina, incontinência fecal ou anestesia em sela) - déficits neurológicos severos
  • 31. D O R N A C O L U N A - L O M B A L G I A M E C Â N I C A
  • 32. D E C I S Õ E S . . .
  • 33. USPSTF DynaMed 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial Caderno de Atenção Primária - Rastreamento - 2010 SBEM Choosing Wisely R E F E R Ê N C I A S :