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ESTATÍSTICA BÁSICA
(Normalidade)
Profª. Dtdª. Jani Cleria Bezerra
DISTRIBUIÇÃO NORMAL
A “distribuição normal” também pode ser
referida como sendo “curva normal” ou
“distribuição Gaussiana”. É considerada por
muitos pesquisadores e estatísticos a
probabilidade de distribuição teórica mais
importante.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
 Pode ser completamente descrita por dois
parâmetros, a média (c) e a variância (s2);
 Tem o formato de um sino;
 É simétrica em relação a média;
 A média, a mediana e a moda são iguais;
 É unimodal;
 Assumindo a variância constante, se desloca à
direita se a média aumenta e à esquerda se a
média diminui;
 Sofre achatamento quando a variância aumenta e
alongamento quando a variância diminui.
Desenvolvida por Gauss em 1908 e chamada de
“Curva de Sino”.
É simétrica em relação à média.
Possui distribuição normal, no
entanto, possui médias diferentes
(μ2> μ1) e mesma variância.
Possui distribuição normal, no entanto,
possui variâncias diferentes (s1
2>s2
2) e
mesma média.
Quanto maior a variância, maior é a
variação ou a dispersão dos números
considerados.
Assimetria
Curtose ou Achatamento
Testes de Normalidade
1. Cálculo das medidas de assimetria e
curtose;
2. Métodos gráficos;
3. Testes estatísticos.
1. Cálculo das medidas de assimetria e curtose:
±1,96
2. Método gráfico:
A análise do histograma é uma opção interessante para a
avaliação da normalidade, no entanto, não é uma medida quantitativa
precisa de assimetria e curtose.
No gráfico Normal Q-Q Plot os dados observados são
representados no eixo horizontal e os valores esperados,
seguindo a curva normal, são representados no eixo vertical.
3. Testes Estatísticos:
Teste de Shapiro-Wilk: utilizado quando o conjunto de observações é
pequeno (N≤ 50);
Teste de Kolmogorov Smirnov: utilizado quando o conjunto de observações
é grande (N > 50);
Exemplo:
SIGNIFICÂNCIA
 Quando avaliamos os resultados de uma experiência,
os descrevemos em função da sua significância;
 A significância refere o quão seguros podemos estar
de que os nossos resultados são realmente
diferentes;
 O nível de significância é representado pela letra p;
 Os níveis de significância adotados são: 0,05, 0,01 e
0,001 (5%, 1% e 0,1%, respectivamente);
 Nas ciências do desporto, os níveis de significância
mais utilizados são o de 5% e de 1%.
 Se adotarmos o nível de significância de 5%,
aceitamos o valor da diferença obtida como sendo
uma diferença real e não uma diferença devida ao
acaso, ou seja, se repetirmos a experiência 100 vezes
admitimos que a diferença observada pode ser falsa
em cada 5 ocasiões.
 Adotar um nível de significância de 5% representa
corrermos um risco de engano de 5 vezes em cada
100. Se for 1% corremos o risco de 1 em cada 100. E
se for 0,1% corremos o risco de 0,1 em cada 100.
USANDO O SPSS
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BARROS, M.V.G.; REIS, R.S. Análise de dados em atividade
física e saúde. Demonstrando a utilização do SPSS. Ed.
Midiograf. Londrina – Paraná, 2003.
CLEGG, F. Estatística para todos. Ed. Gradiva. Lisboa –
Portugal, 1995.
PESTANA, M.H.; GAGEIRO, J.N. Análise de dados para ciências
sociais. A complementaridade do SPSS. 3º edição. Ed. Sílabo.
Lisboa – Portugal, 2003.
GAYA, A.C.A. As ciências do desporto. Introdução ao estudo
da epistemologia e metodologia da investigação científica
referenciadas a saúde. Não publicado.

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Estatística Básica para o curso de Educação Física

  • 2. DISTRIBUIÇÃO NORMAL A “distribuição normal” também pode ser referida como sendo “curva normal” ou “distribuição Gaussiana”. É considerada por muitos pesquisadores e estatísticos a probabilidade de distribuição teórica mais importante.
  • 3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS  Pode ser completamente descrita por dois parâmetros, a média (c) e a variância (s2);  Tem o formato de um sino;  É simétrica em relação a média;  A média, a mediana e a moda são iguais;  É unimodal;  Assumindo a variância constante, se desloca à direita se a média aumenta e à esquerda se a média diminui;  Sofre achatamento quando a variância aumenta e alongamento quando a variância diminui.
  • 4. Desenvolvida por Gauss em 1908 e chamada de “Curva de Sino”. É simétrica em relação à média.
  • 5. Possui distribuição normal, no entanto, possui médias diferentes (μ2> μ1) e mesma variância. Possui distribuição normal, no entanto, possui variâncias diferentes (s1 2>s2 2) e mesma média. Quanto maior a variância, maior é a variação ou a dispersão dos números considerados.
  • 8. Testes de Normalidade 1. Cálculo das medidas de assimetria e curtose; 2. Métodos gráficos; 3. Testes estatísticos.
  • 9. 1. Cálculo das medidas de assimetria e curtose: ±1,96
  • 10. 2. Método gráfico: A análise do histograma é uma opção interessante para a avaliação da normalidade, no entanto, não é uma medida quantitativa precisa de assimetria e curtose.
  • 11. No gráfico Normal Q-Q Plot os dados observados são representados no eixo horizontal e os valores esperados, seguindo a curva normal, são representados no eixo vertical.
  • 12.
  • 13. 3. Testes Estatísticos: Teste de Shapiro-Wilk: utilizado quando o conjunto de observações é pequeno (N≤ 50); Teste de Kolmogorov Smirnov: utilizado quando o conjunto de observações é grande (N > 50); Exemplo:
  • 14. SIGNIFICÂNCIA  Quando avaliamos os resultados de uma experiência, os descrevemos em função da sua significância;  A significância refere o quão seguros podemos estar de que os nossos resultados são realmente diferentes;  O nível de significância é representado pela letra p;  Os níveis de significância adotados são: 0,05, 0,01 e 0,001 (5%, 1% e 0,1%, respectivamente);  Nas ciências do desporto, os níveis de significância mais utilizados são o de 5% e de 1%.
  • 15.  Se adotarmos o nível de significância de 5%, aceitamos o valor da diferença obtida como sendo uma diferença real e não uma diferença devida ao acaso, ou seja, se repetirmos a experiência 100 vezes admitimos que a diferença observada pode ser falsa em cada 5 ocasiões.  Adotar um nível de significância de 5% representa corrermos um risco de engano de 5 vezes em cada 100. Se for 1% corremos o risco de 1 em cada 100. E se for 0,1% corremos o risco de 0,1 em cada 100.
  • 17.
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  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BARROS, M.V.G.; REIS, R.S. Análise de dados em atividade física e saúde. Demonstrando a utilização do SPSS. Ed. Midiograf. Londrina – Paraná, 2003. CLEGG, F. Estatística para todos. Ed. Gradiva. Lisboa – Portugal, 1995. PESTANA, M.H.; GAGEIRO, J.N. Análise de dados para ciências sociais. A complementaridade do SPSS. 3º edição. Ed. Sílabo. Lisboa – Portugal, 2003. GAYA, A.C.A. As ciências do desporto. Introdução ao estudo da epistemologia e metodologia da investigação científica referenciadas a saúde. Não publicado.