1) O documento discute a presença de escravos africanos e seus descendentes na província do Paraná no período pós-abolição da escravatura em 1888.
2) As principais atividades econômicas que envolveram trabalho escravo no Paraná foram a produção de mate e o tropeirismo, embora em menor escala do que em outras regiões.
3) Após a abolição, os libertos enfrentaram dificuldades para se incorporar na economia do Paraná, que passava por um processo de im
I. A imprensa surgiu no Brasil relativamente tarde, com a vinda da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808.
II. Os maiores contingentes de escravos no Brasil do século XIX estavam concentrados no Sudeste, região de expansão da cultura cafeeira.
III. A maior parte dos índios aldeados do período estava nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde trabalhavam na extração da borracha e em atividades mineradoras.
Este documento analisa a estrutura fundiária e o uso de mão-de-obra escrava nas primeiras décadas do século XIX no Paraná. Mostra que a maioria dos proprietários de terras não possuía escravos, embora sua participação fosse maior entre os fazendeiros de gado. Discute também que muitos donos de escravos não eram proprietários de terras, o que revela padrões complexos de posse de terra e escravos na sociedade local.
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...Vanessa Faria
Este trabalho tem por objetivo demonstrar o envolvimento da maçonaria nas manifestações de escravos que permeiam o processo de sua emancipação no Brasil, dando destaque à província do Rio de Janeiro e ao recorte temporal localizado entre 1850 e 1888. O período foi escolhido por englobar a elaboração das três principais leis a respeito da Abolição: a Lei Eusébio de Queirós, a Lei
do Ventre Livre e a Lei Áurea
Trabalho temático desenvolvido com base no livro "Fogo Morto" de José Lins do Rego no 1º semestre de 2010 sob a orientação do Profº Drº Ivan Russeff. Autoria de Cristiane Laudemar Rodrigues Assis e Thalita Doretto Brito
O documento descreve o período do Segundo Reinado no Brasil, marcado pela:
1) Consolidação do poder da aristocracia rural;
2) Expansão da economia baseada no café e na imigração européia;
3) Tensões entre a monarquia e as ideias republicanas que ganhavam força.
A colonização portuguesa no Brasil começou se limitando ao litoral no século XVI, mas no século XVII fatores econômicos e estratégicos levaram a uma interiorização da colonização, com destaque para as expedições dos bandeirantes em busca de ouro e índios para escravização no interior do país.
Este documento discute a experiência dos trabalhadores negros na Velha República brasileira (1889-1930). Primeiro, analisa a dificuldade de encontrar fontes historiográficas sobre os negros neste período devido à destruição de documentos e à proibição do voto dos analfabetos. Em seguida, apresenta evidências de que negros trabalhavam em fábricas, estaleiros e como carroceiros, apesar de serem vistos de forma preconceituosa pela elite. Por fim, reflete sobre como o regime escrav
O documento descreve a vida dos escravos no Brasil pós-abolição da escravidão em 1888. Muitos escravos libertos foram dispensados sem terra, comida ou dinheiro e tiveram dificuldades para encontrar trabalho. A sociedade branca tentou manter os negros em posições subordinadas na hierarquia social. As cidades se tornaram um refúgio para muitos negros, onde podiam encontrar trabalhos informais e manter suas culturas.
I. A imprensa surgiu no Brasil relativamente tarde, com a vinda da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808.
II. Os maiores contingentes de escravos no Brasil do século XIX estavam concentrados no Sudeste, região de expansão da cultura cafeeira.
III. A maior parte dos índios aldeados do período estava nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde trabalhavam na extração da borracha e em atividades mineradoras.
Este documento analisa a estrutura fundiária e o uso de mão-de-obra escrava nas primeiras décadas do século XIX no Paraná. Mostra que a maioria dos proprietários de terras não possuía escravos, embora sua participação fosse maior entre os fazendeiros de gado. Discute também que muitos donos de escravos não eram proprietários de terras, o que revela padrões complexos de posse de terra e escravos na sociedade local.
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...Vanessa Faria
Este trabalho tem por objetivo demonstrar o envolvimento da maçonaria nas manifestações de escravos que permeiam o processo de sua emancipação no Brasil, dando destaque à província do Rio de Janeiro e ao recorte temporal localizado entre 1850 e 1888. O período foi escolhido por englobar a elaboração das três principais leis a respeito da Abolição: a Lei Eusébio de Queirós, a Lei
do Ventre Livre e a Lei Áurea
Trabalho temático desenvolvido com base no livro "Fogo Morto" de José Lins do Rego no 1º semestre de 2010 sob a orientação do Profº Drº Ivan Russeff. Autoria de Cristiane Laudemar Rodrigues Assis e Thalita Doretto Brito
O documento descreve o período do Segundo Reinado no Brasil, marcado pela:
1) Consolidação do poder da aristocracia rural;
2) Expansão da economia baseada no café e na imigração européia;
3) Tensões entre a monarquia e as ideias republicanas que ganhavam força.
A colonização portuguesa no Brasil começou se limitando ao litoral no século XVI, mas no século XVII fatores econômicos e estratégicos levaram a uma interiorização da colonização, com destaque para as expedições dos bandeirantes em busca de ouro e índios para escravização no interior do país.
Este documento discute a experiência dos trabalhadores negros na Velha República brasileira (1889-1930). Primeiro, analisa a dificuldade de encontrar fontes historiográficas sobre os negros neste período devido à destruição de documentos e à proibição do voto dos analfabetos. Em seguida, apresenta evidências de que negros trabalhavam em fábricas, estaleiros e como carroceiros, apesar de serem vistos de forma preconceituosa pela elite. Por fim, reflete sobre como o regime escrav
O documento descreve a vida dos escravos no Brasil pós-abolição da escravidão em 1888. Muitos escravos libertos foram dispensados sem terra, comida ou dinheiro e tiveram dificuldades para encontrar trabalho. A sociedade branca tentou manter os negros em posições subordinadas na hierarquia social. As cidades se tornaram um refúgio para muitos negros, onde podiam encontrar trabalhos informais e manter suas culturas.
O documento descreve aspectos das religiões grega e egípcia. Na religião grega, os deuses habitavam o Monte Olimpo e podiam ter filhos com humanos. Na religião egípcia, os deuses podiam ter formas humanas, animais ou ambas, e a crença na vida após a morte levou ao desenvolvimento da mumificação.
1) O documento descreve a política, economia e sociedade do Brasil no período do Segundo Reinado, sob o domínio de Dom Pedro II, de 1840 a 1889.
2) Vários fatores contribuíram para o enfraquecimento do Império e a queda da Monarquia, incluindo dívidas, insatisfação de fazendeiros e crescimento de classes médias urbanas.
3) Em 15 de novembro de 1889, militares e líderes civis republicanos derrubaram o gabinete ministerial, proclam
1) O documento discute o currículo do 3o bimestre do 1o ano do ensino médio, focando na construção do Estado Nacional Brasileiro entre 1822-1930.
2) Os tópicos incluem embates políticos e culturais, trabalho e produção na sociedade imperial e republicana, e o impacto da industrialização e imigração.
3) É pedido que os alunos analisem a preponderância da cafeicultura na economia brasileira e as diferentes formas de sobrevivência dos libertos após a abolição.
A Propriedade De Escravos Em Guarapuavaguest5eb864
Este documento analisa a propriedade de escravos em Guarapuava no século XIX utilizando dados demográficos de 1828, 1835 e 1840. Em 1828, 16 propriedades (29,1% do total) tinham escravos. Em 1835, esse número aumentou para 30 propriedades (20,3%) e em 1840 caiu para 26 propriedades (18,2%), indicando movimento migratório contínuo para a região. A maioria dos proprietários eram homens brancos casados, refletindo o perfil da fronteira agrícol
1) O documento discute a Revolução Liberal do Porto de 1820 e suas consequências para a independência do Brasil.
2) Apresenta 15 questões sobre o período colonial brasileiro sob domínio de D. João VI, abordando temas como a abertura dos portos, a vinda da corte portuguesa e a independência.
3) As questões examinam fatos históricos e aspectos econômicos, políticos e sociais desse período no Brasil.
a) No século XVIII, ocorreram várias revoltas coloniais como a Guerra dos Emboabas, Guerra dos Mascates e Revolta de Vila Rica, que contestavam aspectos da política econômica portuguesa e defendiam interesses regionais contra a dominação da metrópole.
1) O documento discute a população das minas de ouro no Brasil colonial, distinguindo entre paulistas e emboabas.
2) Fala sobre o crescimento populacional de São Paulo devido à descoberta de ouro.
3) Menciona os impostos cobrados pela coroa portuguesa sobre a mineração de ouro.
1) As ganhadeiras, mulheres escravas e libertas, desempenhavam um papel econômico importante no século XIX em Salvador através do pequeno comércio de rua.
2) As escravas ganhadeiras eram obrigadas a dar parte de seus ganhos aos senhores, enquanto as libertas mantinham o controle total sobre seus próprios ganhos.
3) Muitas ganhadeiras, especialmente as africanas, conseguiam prosperar através de habilidades comerciais desenvolvidas em suas sociedades
O documento descreve o processo de urbanização no Brasil ao longo dos séculos. As primeiras cidades surgiram no século XVI, como a Bahia, Rio de Janeiro e João Pessoa. No século XVIII, a vida urbana se interiorizou com cidades como São Paulo. No século XX, a rede urbana se expandiu por todo o território brasileiro. As cidades cresceram e se tornaram centros da vida econômica, política e social.
Sociedade, cultura e cotidiano no Brasil ImperialEdenilson Morais
1) O Rio de Janeiro era uma cidade colonial com ruelas estreitas e falta de saneamento antes da chegada da corte portuguesa em 1808.
2) A presença da corte trouxe novos hábitos à elite carioca e impulsionou o desenvolvimento cultural, porém a pobreza e a criminalidade permaneceram problemas.
3) No século XIX, o Rio de Janeiro se urbanizou mais, mas a maioria da população vivia em más condições, enquanto a elite desfrutava de uma vida mais sofisticada.
O documento apresenta 10 questões de uma avaliação diagnóstica em história do 9o ano sobre temas como a economia brasileira no século XIX, o processo de independência na América Latina, o voto de cabresto durante o período oligárquico e o movimento modernista de 1922.
1) O documento discute a história da escravidão no Brasil colonial, incluindo os circuitos do tráfico de escravos da África para o Brasil e resistências indígenas e africanas à escravidão, como a criação de quilombos.
2) A revolta dos Malês em 1835 foi liderada por escravos muçulmanos que queriam liberdade e tornar o Brasil uma nova África.
3) A abolição da escravidão no Brasil foi um processo gradual que incluiu a Lei Eusébio de Que
Lista de exercícios 1a fase - história do brasil - uelstjamesmkt
1) O texto defende a superioridade moral e intelectual dos espanhóis sobre os indígenas americanos, justificando assim a dominação e escravização destes povos.
2) A alternativa correta é a "a", que aponta a resistência dos próprios índios à escravização como um dos obstáculos enfrentados pelos portugueses.
3) O refrão musical caracteriza a política colonial portuguesa no Brasil, que visava torná-lo um "imenso Portugal" e um "império colonial", submetendo
O documento discute o crescimento populacional colonial entre os séculos XVII e XVIII, relacionando-o com as atividades econômicas da época, principalmente a descoberta de ouro e pedras preciosas. Também compara a importância econômica do açúcar e do ouro para a colônia, concluindo que o açúcar foi o produto que mais deu lucro para a metrópole.
Sociedade, cultura e cotidiano no brasil imperialEdenilson Morais
O documento descreve as características da cidade do Rio de Janeiro no período colonial e imperial brasileiro, incluindo a falta de infraestrutura urbana, o crescimento da economia cafeeira e a introdução de novos hábitos culturais com a chegada da família real portuguesa em 1808.
1) O documento apresenta uma cruzadinha relacionando termos ligados ao mercantilismo e à expansão marítima europeia nos séculos XV-XVIII.
2) Inclui um quadro comparativo sobre as expansões marítimas portuguesa e espanhola.
3) Pede a definição de termos como absolutismo, balança comercial favorável e doutrina do direito divino dos reis.
O documento descreve a estrutura social de Esparta, Atenas, Roma, o feudalismo, as fases do capitalismo e as classes sociais no Brasil, dividindo a população em grupos com diferentes direitos e funções de acordo com cada sistema socioeconômico.
Durante o Império Romano, o ensino era valorizado e acessível a muitos. As crianças aprendiam as primeiras letras aos 7 anos com um professor primário e os mais ricos estudavam em casa. O ensino secundário focava-se em obras literárias como Virgílio e Cícero, embora disciplinas como matemática recebessem menos ênfase. O Império também expandiu a rede escolar para promover a unificação cultural em todas as suas regiões.
1) A sociedade romana era estratificada, com os imperadores e senadores no topo e escravos no fundo.
2) As instituições políticas evoluíram de uma república para um império centralizado sob o poder do imperador.
3) O direito romano foi desenvolvido para organizar a sociedade e o império, servindo como modelo para sistemas legais futuros.
Este documento descreve o processo de romanização da Península Ibérica após a conquista romana. Os romanos trouxeram sua cultura, instituições, leis e língua, transformando gradualmente a região. Eles estabeleceram três províncias e cidades que serviram como centros do poder romano e da difusão de sua civilização.
A educação em Roma adotou o modelo grego, com mestres gregos ensinando alfabeto, leitura, escrita e retórica aos jovens romanos. O sistema educativo romano privilegiava uma aprendizagem literária em detrimento de ciências, música e atletismo. As escolas romanas eram dependentes do Estado e tendiam a privilegiar uma minoria abastada.
O documento descreve aspectos das religiões grega e egípcia. Na religião grega, os deuses habitavam o Monte Olimpo e podiam ter filhos com humanos. Na religião egípcia, os deuses podiam ter formas humanas, animais ou ambas, e a crença na vida após a morte levou ao desenvolvimento da mumificação.
1) O documento descreve a política, economia e sociedade do Brasil no período do Segundo Reinado, sob o domínio de Dom Pedro II, de 1840 a 1889.
2) Vários fatores contribuíram para o enfraquecimento do Império e a queda da Monarquia, incluindo dívidas, insatisfação de fazendeiros e crescimento de classes médias urbanas.
3) Em 15 de novembro de 1889, militares e líderes civis republicanos derrubaram o gabinete ministerial, proclam
1) O documento discute o currículo do 3o bimestre do 1o ano do ensino médio, focando na construção do Estado Nacional Brasileiro entre 1822-1930.
2) Os tópicos incluem embates políticos e culturais, trabalho e produção na sociedade imperial e republicana, e o impacto da industrialização e imigração.
3) É pedido que os alunos analisem a preponderância da cafeicultura na economia brasileira e as diferentes formas de sobrevivência dos libertos após a abolição.
A Propriedade De Escravos Em Guarapuavaguest5eb864
Este documento analisa a propriedade de escravos em Guarapuava no século XIX utilizando dados demográficos de 1828, 1835 e 1840. Em 1828, 16 propriedades (29,1% do total) tinham escravos. Em 1835, esse número aumentou para 30 propriedades (20,3%) e em 1840 caiu para 26 propriedades (18,2%), indicando movimento migratório contínuo para a região. A maioria dos proprietários eram homens brancos casados, refletindo o perfil da fronteira agrícol
1) O documento discute a Revolução Liberal do Porto de 1820 e suas consequências para a independência do Brasil.
2) Apresenta 15 questões sobre o período colonial brasileiro sob domínio de D. João VI, abordando temas como a abertura dos portos, a vinda da corte portuguesa e a independência.
3) As questões examinam fatos históricos e aspectos econômicos, políticos e sociais desse período no Brasil.
a) No século XVIII, ocorreram várias revoltas coloniais como a Guerra dos Emboabas, Guerra dos Mascates e Revolta de Vila Rica, que contestavam aspectos da política econômica portuguesa e defendiam interesses regionais contra a dominação da metrópole.
1) O documento discute a população das minas de ouro no Brasil colonial, distinguindo entre paulistas e emboabas.
2) Fala sobre o crescimento populacional de São Paulo devido à descoberta de ouro.
3) Menciona os impostos cobrados pela coroa portuguesa sobre a mineração de ouro.
1) As ganhadeiras, mulheres escravas e libertas, desempenhavam um papel econômico importante no século XIX em Salvador através do pequeno comércio de rua.
2) As escravas ganhadeiras eram obrigadas a dar parte de seus ganhos aos senhores, enquanto as libertas mantinham o controle total sobre seus próprios ganhos.
3) Muitas ganhadeiras, especialmente as africanas, conseguiam prosperar através de habilidades comerciais desenvolvidas em suas sociedades
O documento descreve o processo de urbanização no Brasil ao longo dos séculos. As primeiras cidades surgiram no século XVI, como a Bahia, Rio de Janeiro e João Pessoa. No século XVIII, a vida urbana se interiorizou com cidades como São Paulo. No século XX, a rede urbana se expandiu por todo o território brasileiro. As cidades cresceram e se tornaram centros da vida econômica, política e social.
Sociedade, cultura e cotidiano no Brasil ImperialEdenilson Morais
1) O Rio de Janeiro era uma cidade colonial com ruelas estreitas e falta de saneamento antes da chegada da corte portuguesa em 1808.
2) A presença da corte trouxe novos hábitos à elite carioca e impulsionou o desenvolvimento cultural, porém a pobreza e a criminalidade permaneceram problemas.
3) No século XIX, o Rio de Janeiro se urbanizou mais, mas a maioria da população vivia em más condições, enquanto a elite desfrutava de uma vida mais sofisticada.
O documento apresenta 10 questões de uma avaliação diagnóstica em história do 9o ano sobre temas como a economia brasileira no século XIX, o processo de independência na América Latina, o voto de cabresto durante o período oligárquico e o movimento modernista de 1922.
1) O documento discute a história da escravidão no Brasil colonial, incluindo os circuitos do tráfico de escravos da África para o Brasil e resistências indígenas e africanas à escravidão, como a criação de quilombos.
2) A revolta dos Malês em 1835 foi liderada por escravos muçulmanos que queriam liberdade e tornar o Brasil uma nova África.
3) A abolição da escravidão no Brasil foi um processo gradual que incluiu a Lei Eusébio de Que
Lista de exercícios 1a fase - história do brasil - uelstjamesmkt
1) O texto defende a superioridade moral e intelectual dos espanhóis sobre os indígenas americanos, justificando assim a dominação e escravização destes povos.
2) A alternativa correta é a "a", que aponta a resistência dos próprios índios à escravização como um dos obstáculos enfrentados pelos portugueses.
3) O refrão musical caracteriza a política colonial portuguesa no Brasil, que visava torná-lo um "imenso Portugal" e um "império colonial", submetendo
O documento discute o crescimento populacional colonial entre os séculos XVII e XVIII, relacionando-o com as atividades econômicas da época, principalmente a descoberta de ouro e pedras preciosas. Também compara a importância econômica do açúcar e do ouro para a colônia, concluindo que o açúcar foi o produto que mais deu lucro para a metrópole.
Sociedade, cultura e cotidiano no brasil imperialEdenilson Morais
O documento descreve as características da cidade do Rio de Janeiro no período colonial e imperial brasileiro, incluindo a falta de infraestrutura urbana, o crescimento da economia cafeeira e a introdução de novos hábitos culturais com a chegada da família real portuguesa em 1808.
1) O documento apresenta uma cruzadinha relacionando termos ligados ao mercantilismo e à expansão marítima europeia nos séculos XV-XVIII.
2) Inclui um quadro comparativo sobre as expansões marítimas portuguesa e espanhola.
3) Pede a definição de termos como absolutismo, balança comercial favorável e doutrina do direito divino dos reis.
O documento descreve a estrutura social de Esparta, Atenas, Roma, o feudalismo, as fases do capitalismo e as classes sociais no Brasil, dividindo a população em grupos com diferentes direitos e funções de acordo com cada sistema socioeconômico.
Durante o Império Romano, o ensino era valorizado e acessível a muitos. As crianças aprendiam as primeiras letras aos 7 anos com um professor primário e os mais ricos estudavam em casa. O ensino secundário focava-se em obras literárias como Virgílio e Cícero, embora disciplinas como matemática recebessem menos ênfase. O Império também expandiu a rede escolar para promover a unificação cultural em todas as suas regiões.
1) A sociedade romana era estratificada, com os imperadores e senadores no topo e escravos no fundo.
2) As instituições políticas evoluíram de uma república para um império centralizado sob o poder do imperador.
3) O direito romano foi desenvolvido para organizar a sociedade e o império, servindo como modelo para sistemas legais futuros.
Este documento descreve o processo de romanização da Península Ibérica após a conquista romana. Os romanos trouxeram sua cultura, instituições, leis e língua, transformando gradualmente a região. Eles estabeleceram três províncias e cidades que serviram como centros do poder romano e da difusão de sua civilização.
A educação em Roma adotou o modelo grego, com mestres gregos ensinando alfabeto, leitura, escrita e retórica aos jovens romanos. O sistema educativo romano privilegiava uma aprendizagem literária em detrimento de ciências, música e atletismo. As escolas romanas eram dependentes do Estado e tendiam a privilegiar uma minoria abastada.
O documento descreve a educação romana e sua evolução ao longo do tempo. Começou sendo aristocrática e voltada para nobres, depois se expandiu para mais classes sociais sob influência grega. No período imperial, a educação se tornou pública e universalizada pelo Império Romano.
O documento descreve a educação na Roma Antiga. Inicialmente, a educação romana era mais prática do que intelectual, focada em habilidades militares e valores patrióticos. Posteriormente, sob influência grega, surgiram escolas particulares e públicas que ministravam ensino de latim, grego, literatura e retórica. A educação passou a ser dividida em níveis elementar, médio e superior.
A economia romana cresceu com a expansão do Império, tornando-se mais urbana, comercial e baseada na moeda. As cidades se desenvolveram e o comércio entre as províncias aumentou, facilitado pelas estradas romanas. A força de trabalho principal eram os escravos.
A educação na Grécia antiga evoluiu ao longo de quatro períodos principais: o período homérico focado na religião, o período clássico caracterizado pelos modelos de Esparta e Atenas, o período clássico que viu o surgimento de Sócrates, Platão e Aristóteles, e o período helenístico/romano.
Este texto está disponível para cópia no link abaixo:
http://historiasylvio.blogspot.com.br/2013/07/inconfidencia-baiana.html
Outras publicações com textos, imagens, vídeos, PowerPoints, infográficos animados e jogos sobre História, Minas Gerais, trens e algo mais estão disponíveis para consulta e download no blog HistóriaS:
http://historiasylvio.blogspot.com.br
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A Conjuração Baiana, também conhecida como Inconfidência Baiana, Revolta dos Búzios, Revolta dos Alfaiates ou Revolta das Argolinhas, foi uma conspiração ocorrida em 1798 na capitania da Bahia, no Brasil, para se libertar da Coroa Portuguesa.
A denominação Revolta dos Alfaiates se deve ao grande número destes profissionais que participaram do movimento. Revolta dos Búzios devido ao fato de alguns revoltosos usarem um búzio (concha de molusco em forma de espiral) preso a uma pulseira para facilitar a identificação entre si. Revolta das Argolinhas porque alguns participantes usaram uma argola em uma orelha com o mesmo fim.
Em Salvador, os negros livres, impedidos de ter acesso aos cargos e posições civis, religiosas e administrativas intermediárias, trabalhavam como artesãos, no pequeno comércio, como soldados e suboficiais nas tropas de primeira linha, com soldo baixo e péssimas condições de trabalho. Comumente, para sobreviverem, os soldados tinham uma segunda atividade.
A insatisfação generalizada na região organizou-se através da ação da elite baiana culta, reunida em associações que difundiam ideias iluministas, republicanas e emancipacionistas. Na medida em que os desejos dos conspiradores se tornaram mais populista, a elite se afastou e a conspiração foi liderada pelos pobres, contando com a participação de soldados, alfaiates, negros libertos e mulatos, artesãos e pequenos comerciantes, caracterizando-se como um dos primeiros movimentos populares da História do Brasil.
Em 12 de agosto de 1798, onze papéis escritos à mão (não existia imprensa no Brasil nesta época) em pontos de grande circulação de Salvador. Estes papéis, alguns de redação imprecisa e confusa, pregavam a independência da Bahia, instituindo a “República Baianense”, transformando Salvador na capital do novo país. Defendiam a diminuição de impostos, abertura dos portos para negociar com todas as nações e exigiam o fim da discriminação social e racial, abolindo a escravidão e desenvolvendo um governo com igualdade racial. Também prometiam aumento de soldo para os soldados e oficiais de primeira linha.
Após investigações e dezenas de prisões, no dia 08 de novembro de 1799 foram enforcados e esquartejados quatro líderes (todos negros) na Praça da Piedade, em Salvador.
O documento descreve a história do Brasil colonial e do processo de independência, mencionando:
1) A sociedade colonial portuguesa, revoltas anti-coloniais e o processo de independência do Brasil no século XIX.
2) Os primeiros reinados e regências no Brasil após a independência.
3) A proclamação da República brasileira no final do século XIX.
Horacio Gutiérrez - Donos de terras e escravos no Paraná: padrões e hierarqui...hgutierrez20
O documento discute o uso de mão-de-obra escrava por proprietários de terras no Paraná no início do século XIX, comparando cadastros de terras e recenseamentos populacionais. A maioria dos proprietários não tinha escravos, variando de 7% a 52% conforme a localidade. Havia discrepâncias entre o número de escravos nos cadastros e recenseamentos, sugerindo que muitos donos de escravos não eram proprietários de terras.
O documento descreve o período do Segundo Reinado no Brasil (1840-1889), marcado pela consolidação da monarquia em prol dos interesses da elite agrária e escravocrata. O café impulsionou a economia e a estabilidade política, porém o Nordeste sofreu com o abandono do governo. Finalmente, a abolição da escravidão em 1888 selou o fim do Império e a proclamação da República no ano seguinte.
Familia Escrava Em Fazendas AbsenteíStas Prguest5eb864
1) O documento analisa as famílias escravas em fazendas de proprietários ausentes em Curitiba (1797) e Castro (1835), onde os escravos administravam as fazendas sem a supervisão dos senhores.
2) Essas fazendas diferiam do modelo caribenho, com os escravos tendo mais controle sobre suas vidas do que em fazendas administradas por brancos.
3) Um exemplo mostra como a distância dos senhores permitiu que um oficial tomasse posse de uma fazenda da Ordem do Carmo sem permissão.
1) O documento descreve a história da ocupação do espaço geográfico do Paraná, desde a mineração no século XVII até a expansão da pecuária e agricultura nos séculos posteriores.
2) Inicialmente, a mineração do ouro no litoral e primeiro planalto levou ao surgimento das primeiras vilas paranaenses como Paranaguá e Curitiba. No século XVIII, a economia passou a ser baseada na pecuária e na erva-mate, expandindo o povoamento para os Campos Gerais.
3
O documento descreve o período do Segundo Reinado no Brasil de 1840 a 1889, quando a monarquia foi substituída pela República. O período foi marcado pela consolidação do poder da elite agrária e escravista, pela abolição gradual da escravidão e pelo crescimento da economia cafeeira que impulsionou a industrialização.
A Conjuração Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) foram movimentos contrários à dominação portuguesa no Brasil no final do século XVIII. Ambos surgiram devido ao aumento do controle português e da insatisfação com impostos. Enquanto a Conjuração Mineira foi liderada por membros da elite insatisfeitos com a cobrança do quinto do ouro, a Conjuração Baiana contou com a participação de diversos setores sociais influenciados pelas ideias iluministas e revolucionárias
O documento descreve a história da escravidão no Brasil desde sua introdução no século XVI até a abolição em 1888. Detalha como os africanos eram capturados e trazidos para o Brasil, as condições de vida como escravos, formas de resistência como fugas e quilombos, e o preconceito que enfrentaram após a abolição.
O documento discute as razões para o pequeno número de escravos negros no Ceará durante o período colonial. Ele atribui isso principalmente à ocupação tardia da região, dependência de Pernambuco, abundância de mão-de-obra indígena, atividade econômica focada na pecuária e preço alto dos escravos africanos. A escravidão indígena foi mais comum no Ceará do que a escravidão negra.
Um dos principais aspectos do fenômeno das migrações transoceânicas é justame...PrimeAssessoriaAcadm3
ATIVIDADE 1 - ECO - FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL - 54/2023
Imigração e colonização forma temas sempre presentes no debate sobre o desenvolvimento econômico e social do Brasil a partir da vinda da corte de D. João, ou melhor, desde o decreto de 25 de novembro de 1808, que permitiu o acesso à propriedade fundiária a estrangeiros, antes reservada apenas aos naturais da Colônia ou do Reino. Recorrer aos contingentes de emigrantes da Europa e o aproveitamento de áreas desocupadas com pequenas propriedades policultoras, trabalhadas pelos proprietários e suas famílias, eram processos intimamente ligados até pelo menos as primeiras medidas restritivas à imigração, já no começo do governo de Getúlio Vargas.
Desde o período de D. João VI, o Brasil passou, portanto, a disputar parcela das correntes de emigrantes europeus a fim de estabelecê-los em àreas desabitadas como pequenos proprietários policultores. Em 1818 criou-se, assim, Nova Friburgo, nos arredores do Rio de Janeiro, com imigrantes suíços. Recorrendo a alemães, instalou-se próximo a Porto Alegre em 1824 o núcleo colonial de São Leopoldo. Daí para frente, até o fim da Primeira República, esses projetos de colonização com imigrantes sucederam-se, sendo vastas áreas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do Espírito Santo ocupadas dessa maneira.
A partir da década de 1840, entretanto, parcela dos imigrantes que procuravam o Brasil foi disputada pelos cafeicultores paulistas que pretendiam usar o imigrante como braço nas suas lavouras em substituição ao escravo. Os projetos de colonização com imigrantes terão, portanto, a fazenda de café, principalmente a de São Paulo, como concorrente ao destino do imigrante, sendo essa concorrência particularmente sentida nos anos que se seguem à abolição da escravidão.
Migrações transoceânicas, êxodo rural, industrial e urbanização mais acelerada são aspectos de um mesmo fenômeno. A procura de trabalho e o sonho de conseguir um pedaço de terra tornavam a América, onde havia terras disponíveis em abundância, o centro das atenções de grandes massas de europeus que em muitos casos viviam em estado de pauperismo.
PETRONE, M. O imigrante e a pequena propriedade (1824-1930). São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
Um dos principais aspectos do fenômeno das migrações transoceânicas é justamente a miragem ou a possibilidade de acesso à propriedade fundiária. Nas fontes alternativas - cartas, diários e relatos dos emigrantes - aparece constantemente o fascínio que o apelo à possibilidade de acesso à terra exerceu sobre os emigrantes. Até populações urbanas, frente ao pauperismo ao qual foram relegadas pela industrialização, sonham romanticamente,em se transformar em proprietários de um pequeno pedaço de terra e assim deixar de pertencer ao proletariado. Dentro dessa temática, para o caso brasileiro, a economia cafeeira teve um papel fundamental.
Diante disso, elabore um texto, que justifique o fim da escravidão com a política imigratória, no contexto econômico
O documento resume o período do Segundo Reinado no Brasil (1840-1889), dividido em dois momentos: o apogeu do Império até 1871 e sua degradação posterior. Destaca eventos como as "Eleições do Cacete" em 1840, a Revolução Praieira em 1848 e o fim do tráfico negreiro na década de 1850, que forçaram transformações econômicas e sociais no país.
Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...Geraa Ufms
1) O artigo apresenta um estudo sobre anúncios de escravos fugidos publicados no jornal O Cruzeiro no século XIX em Recife.
2) Os anúncios evidenciam as relações sociais da época e ações legitimadas pelo contexto, como a manutenção da escravidão.
3) A análise dos anúncios mostra como o gênero estabelecia uma interação entre anunciantes e leitores para cooperar na manutenção do status quo da escravidão.
Imigração e colonização forma temas sempre presentes no debate sobre o desenv...PrimeAssessoriaAcadm3
ATIVIDADE 1 - ECO - FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL - 54/2023
Imigração e colonização forma temas sempre presentes no debate sobre o desenvolvimento econômico e social do Brasil a partir da vinda da corte de D. João, ou melhor, desde o decreto de 25 de novembro de 1808, que permitiu o acesso à propriedade fundiária a estrangeiros, antes reservada apenas aos naturais da Colônia ou do Reino. Recorrer aos contingentes de emigrantes da Europa e o aproveitamento de áreas desocupadas com pequenas propriedades policultoras, trabalhadas pelos proprietários e suas famílias, eram processos intimamente ligados até pelo menos as primeiras medidas restritivas à imigração, já no começo do governo de Getúlio Vargas.
Desde o período de D. João VI, o Brasil passou, portanto, a disputar parcela das correntes de emigrantes europeus a fim de estabelecê-los em àreas desabitadas como pequenos proprietários policultores. Em 1818 criou-se, assim, Nova Friburgo, nos arredores do Rio de Janeiro, com imigrantes suíços. Recorrendo a alemães, instalou-se próximo a Porto Alegre em 1824 o núcleo colonial de São Leopoldo. Daí para frente, até o fim da Primeira República, esses projetos de colonização com imigrantes sucederam-se, sendo vastas áreas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do Espírito Santo ocupadas dessa maneira.
A partir da década de 1840, entretanto, parcela dos imigrantes que procuravam o Brasil foi disputada pelos cafeicultores paulistas que pretendiam usar o imigrante como braço nas suas lavouras em substituição ao escravo. Os projetos de colonização com imigrantes terão, portanto, a fazenda de café, principalmente a de São Paulo, como concorrente ao destino do imigrante, sendo essa concorrência particularmente sentida nos anos que se seguem à abolição da escravidão.
Migrações transoceânicas, êxodo rural, industrial e urbanização mais acelerada são aspectos de um mesmo fenômeno. A procura de trabalho e o sonho de conseguir um pedaço de terra tornavam a América, onde havia terras disponíveis em abundância, o centro das atenções de grandes massas de europeus que em muitos casos viviam em estado de pauperismo.
PETRONE, M. O imigrante e a pequena propriedade (1824-1930). São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
Um dos principais aspectos do fenômeno das migrações transoceânicas é justamente a miragem ou a possibilidade de acesso à propriedade fundiária. Nas fontes alternativas - cartas, diários e relatos dos emigrantes - aparece constantemente o fascínio que o apelo à possibilidade de acesso à terra exerceu sobre os emigrantes. Até populações urbanas, frente ao pauperismo ao qual foram relegadas pela industrialização, sonham romanticamente,em se transformar em proprietários de um pequeno pedaço de terra e assim deixar de pertencer ao proletariado. Dentro dessa temática, para o caso brasileiro, a economia cafeeira teve um papel fundamental.
Diante disso, elabore um texto, que justifique o fim da escravidão com a política imigratória, no contexto econômico
Diante disso, elabore um texto, que justifique o fim da escravidão com a polí...PrimeEducacional
ATIVIDADE 1 - ECO - FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL - 54/2023
Imigração e colonização forma temas sempre presentes no debate sobre o desenvolvimento econômico e social do Brasil a partir da vinda da corte de D. João, ou melhor, desde o decreto de 25 de novembro de 1808, que permitiu o acesso à propriedade fundiária a estrangeiros, antes reservada apenas aos naturais da Colônia ou do Reino. Recorrer aos contingentes de emigrantes da Europa e o aproveitamento de áreas desocupadas com pequenas propriedades policultoras, trabalhadas pelos proprietários e suas famílias, eram processos intimamente ligados até pelo menos as primeiras medidas restritivas à imigração, já no começo do governo de Getúlio Vargas.
Desde o período de D. João VI, o Brasil passou, portanto, a disputar parcela das correntes de emigrantes europeus a fim de estabelecê-los em àreas desabitadas como pequenos proprietários policultores. Em 1818 criou-se, assim, Nova Friburgo, nos arredores do Rio de Janeiro, com imigrantes suíços. Recorrendo a alemães, instalou-se próximo a Porto Alegre em 1824 o núcleo colonial de São Leopoldo. Daí para frente, até o fim da Primeira República, esses projetos de colonização com imigrantes sucederam-se, sendo vastas áreas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do Espírito Santo ocupadas dessa maneira.
A partir da década de 1840, entretanto, parcela dos imigrantes que procuravam o Brasil foi disputada pelos cafeicultores paulistas que pretendiam usar o imigrante como braço nas suas lavouras em substituição ao escravo. Os projetos de colonização com imigrantes terão, portanto, a fazenda de café, principalmente a de São Paulo, como concorrente ao destino do imigrante, sendo essa concorrência particularmente sentida nos anos que se seguem à abolição da escravidão.
Migrações transoceânicas, êxodo rural, industrial e urbanização mais acelerada são aspectos de um mesmo fenômeno. A procura de trabalho e o sonho de conseguir um pedaço de terra tornavam a América, onde havia terras disponíveis em abundância, o centro das atenções de grandes massas de europeus que em muitos casos viviam em estado de pauperismo.
PETRONE, M. O imigrante e a pequena propriedade (1824-1930). São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
Um dos principais aspectos do fenômeno das migrações transoceânicas é justamente a miragem ou a possibilidade de acesso à propriedade fundiária. Nas fontes alternativas - cartas, diários e relatos dos emigrantes - aparece constantemente o fascínio que o apelo à possibilidade de acesso à terra exerceu sobre os emigrantes. Até populações urbanas, frente ao pauperismo ao qual foram relegadas pela industrialização, sonham romanticamente,em se transformar em proprietários de um pequeno pedaço de terra e assim deixar de pertencer ao proletariado. Dentro dessa temática, para o caso brasileiro, a economia cafeeira teve um papel fundamental.
Diante disso, elabore um texto, que justifique o fim da escravidão com a política imigratória, no contexto econômico
Um dos principais aspectos do fenômeno das migrações transoceânicas é justame...PrimeEducacional
ATIVIDADE 1 - ECO - FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL - 54/2023
Imigração e colonização forma temas sempre presentes no debate sobre o desenvolvimento econômico e social do Brasil a partir da vinda da corte de D. João, ou melhor, desde o decreto de 25 de novembro de 1808, que permitiu o acesso à propriedade fundiária a estrangeiros, antes reservada apenas aos naturais da Colônia ou do Reino. Recorrer aos contingentes de emigrantes da Europa e o aproveitamento de áreas desocupadas com pequenas propriedades policultoras, trabalhadas pelos proprietários e suas famílias, eram processos intimamente ligados até pelo menos as primeiras medidas restritivas à imigração, já no começo do governo de Getúlio Vargas.
Desde o período de D. João VI, o Brasil passou, portanto, a disputar parcela das correntes de emigrantes europeus a fim de estabelecê-los em àreas desabitadas como pequenos proprietários policultores. Em 1818 criou-se, assim, Nova Friburgo, nos arredores do Rio de Janeiro, com imigrantes suíços. Recorrendo a alemães, instalou-se próximo a Porto Alegre em 1824 o núcleo colonial de São Leopoldo. Daí para frente, até o fim da Primeira República, esses projetos de colonização com imigrantes sucederam-se, sendo vastas áreas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do Espírito Santo ocupadas dessa maneira.
A partir da década de 1840, entretanto, parcela dos imigrantes que procuravam o Brasil foi disputada pelos cafeicultores paulistas que pretendiam usar o imigrante como braço nas suas lavouras em substituição ao escravo. Os projetos de colonização com imigrantes terão, portanto, a fazenda de café, principalmente a de São Paulo, como concorrente ao destino do imigrante, sendo essa concorrência particularmente sentida nos anos que se seguem à abolição da escravidão.
Migrações transoceânicas, êxodo rural, industrial e urbanização mais acelerada são aspectos de um mesmo fenômeno. A procura de trabalho e o sonho de conseguir um pedaço de terra tornavam a América, onde havia terras disponíveis em abundância, o centro das atenções de grandes massas de europeus que em muitos casos viviam em estado de pauperismo.
PETRONE, M. O imigrante e a pequena propriedade (1824-1930). São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
Um dos principais aspectos do fenômeno das migrações transoceânicas é justamente a miragem ou a possibilidade de acesso à propriedade fundiária. Nas fontes alternativas - cartas, diários e relatos dos emigrantes - aparece constantemente o fascínio que o apelo à possibilidade de acesso à terra exerceu sobre os emigrantes. Até populações urbanas, frente ao pauperismo ao qual foram relegadas pela industrialização, sonham romanticamente,em se transformar em proprietários de um pequeno pedaço de terra e assim deixar de pertencer ao proletariado. Dentro dessa temática, para o caso brasileiro, a economia cafeeira teve um papel fundamental.
Diante disso, elabore um texto, que justifique o fim da escravidão com a política imigratória, no contexto econômico
Diante disso, elabore um texto, que justifique o fim da escravidão com a polí...PrimeAssessoriaAcadm3
ATIVIDADE 1 - ECO - FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL - 54/2023
Imigração e colonização forma temas sempre presentes no debate sobre o desenvolvimento econômico e social do Brasil a partir da vinda da corte de D. João, ou melhor, desde o decreto de 25 de novembro de 1808, que permitiu o acesso à propriedade fundiária a estrangeiros, antes reservada apenas aos naturais da Colônia ou do Reino. Recorrer aos contingentes de emigrantes da Europa e o aproveitamento de áreas desocupadas com pequenas propriedades policultoras, trabalhadas pelos proprietários e suas famílias, eram processos intimamente ligados até pelo menos as primeiras medidas restritivas à imigração, já no começo do governo de Getúlio Vargas.
Desde o período de D. João VI, o Brasil passou, portanto, a disputar parcela das correntes de emigrantes europeus a fim de estabelecê-los em àreas desabitadas como pequenos proprietários policultores. Em 1818 criou-se, assim, Nova Friburgo, nos arredores do Rio de Janeiro, com imigrantes suíços. Recorrendo a alemães, instalou-se próximo a Porto Alegre em 1824 o núcleo colonial de São Leopoldo. Daí para frente, até o fim da Primeira República, esses projetos de colonização com imigrantes sucederam-se, sendo vastas áreas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do Espírito Santo ocupadas dessa maneira.
A partir da década de 1840, entretanto, parcela dos imigrantes que procuravam o Brasil foi disputada pelos cafeicultores paulistas que pretendiam usar o imigrante como braço nas suas lavouras em substituição ao escravo. Os projetos de colonização com imigrantes terão, portanto, a fazenda de café, principalmente a de São Paulo, como concorrente ao destino do imigrante, sendo essa concorrência particularmente sentida nos anos que se seguem à abolição da escravidão.
Migrações transoceânicas, êxodo rural, industrial e urbanização mais acelerada são aspectos de um mesmo fenômeno. A procura de trabalho e o sonho de conseguir um pedaço de terra tornavam a América, onde havia terras disponíveis em abundância, o centro das atenções de grandes massas de europeus que em muitos casos viviam em estado de pauperismo.
PETRONE, M. O imigrante e a pequena propriedade (1824-1930). São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
Um dos principais aspectos do fenômeno das migrações transoceânicas é justamente a miragem ou a possibilidade de acesso à propriedade fundiária. Nas fontes alternativas - cartas, diários e relatos dos emigrantes - aparece constantemente o fascínio que o apelo à possibilidade de acesso à terra exerceu sobre os emigrantes. Até populações urbanas, frente ao pauperismo ao qual foram relegadas pela industrialização, sonham romanticamente,em se transformar em proprietários de um pequeno pedaço de terra e assim deixar de pertencer ao proletariado. Dentro dessa temática, para o caso brasileiro, a economia cafeeira teve um papel fundamental.
Diante disso, elabore um texto, que justifique o fim da escravidão com a política imigratória, no contexto econômico
Desde o período de D. João VI, o Brasil passou, portanto, a disputar parcela ...PrimeAssessoriaAcadm3
ATIVIDADE 1 - ECO - FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL - 54/2023
Imigração e colonização forma temas sempre presentes no debate sobre o desenvolvimento econômico e social do Brasil a partir da vinda da corte de D. João, ou melhor, desde o decreto de 25 de novembro de 1808, que permitiu o acesso à propriedade fundiária a estrangeiros, antes reservada apenas aos naturais da Colônia ou do Reino. Recorrer aos contingentes de emigrantes da Europa e o aproveitamento de áreas desocupadas com pequenas propriedades policultoras, trabalhadas pelos proprietários e suas famílias, eram processos intimamente ligados até pelo menos as primeiras medidas restritivas à imigração, já no começo do governo de Getúlio Vargas.
Desde o período de D. João VI, o Brasil passou, portanto, a disputar parcela das correntes de emigrantes europeus a fim de estabelecê-los em àreas desabitadas como pequenos proprietários policultores. Em 1818 criou-se, assim, Nova Friburgo, nos arredores do Rio de Janeiro, com imigrantes suíços. Recorrendo a alemães, instalou-se próximo a Porto Alegre em 1824 o núcleo colonial de São Leopoldo. Daí para frente, até o fim da Primeira República, esses projetos de colonização com imigrantes sucederam-se, sendo vastas áreas do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do Espírito Santo ocupadas dessa maneira.
A partir da década de 1840, entretanto, parcela dos imigrantes que procuravam o Brasil foi disputada pelos cafeicultores paulistas que pretendiam usar o imigrante como braço nas suas lavouras em substituição ao escravo. Os projetos de colonização com imigrantes terão, portanto, a fazenda de café, principalmente a de São Paulo, como concorrente ao destino do imigrante, sendo essa concorrência particularmente sentida nos anos que se seguem à abolição da escravidão.
Migrações transoceânicas, êxodo rural, industrial e urbanização mais acelerada são aspectos de um mesmo fenômeno. A procura de trabalho e o sonho de conseguir um pedaço de terra tornavam a América, onde havia terras disponíveis em abundância, o centro das atenções de grandes massas de europeus que em muitos casos viviam em estado de pauperismo.
PETRONE, M. O imigrante e a pequena propriedade (1824-1930). São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
Um dos principais aspectos do fenômeno das migrações transoceânicas é justamente a miragem ou a possibilidade de acesso à propriedade fundiária. Nas fontes alternativas - cartas, diários e relatos dos emigrantes - aparece constantemente o fascínio que o apelo à possibilidade de acesso à terra exerceu sobre os emigrantes. Até populações urbanas, frente ao pauperismo ao qual foram relegadas pela industrialização, sonham romanticamente,em se transformar em proprietários de um pequeno pedaço de terra e assim deixar de pertencer ao proletariado. Dentro dessa temática, para o caso brasileiro, a economia cafeeira teve um papel fundamental.
Diante disso, elabore um texto, que justifique o fim da escravidão com a política imigratória, no contexto econômico
A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates de 1798 foi um movimento inspirado pelas ideias da Revolução Francesa que visava contestar a dominação colonial portuguesa na Bahia. Liderado inicialmente por membros da elite local maçônica, o movimento acabou sendo radicalizado e liderado por mulatos, alfaiates e soldados que buscavam a proclamação da república e o fim da escravidão. A rebelião foi frustrada após vazamentos de informação e prisões ordenadas pelo governador port
O documento discute a Guerra dos Emboabas no início do século XVIII em Minas Gerais, quando bandeirantes paulistas entraram em conflito com forasteiros sobre o controle da exploração de minas. Também menciona a administração portuguesa na região e o surgimento de núcleos urbanos como Vila Rica.
Secretaria Da Educação Realiza Simpósio De História E Cultura Afrobrasileir...guest5eb864
A Secretaria da Educação do Paraná realizou o 1o Simpósio de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Quilombola com 650 participantes, incluindo professores e representantes de comunidades quilombolas. O objetivo foi promover a formação continuada de professores sobre esses temas e discutir formas de implementar a legislação sobre a cultura afro-brasileira nas escolas.
1) O documento descreve a história de João Cândido Felisberto, um marinheiro negro nascido no final da escravidão que participou da Revolta da Chibata em 1910.
2) A Revolta da Chibata foi um levante de marinheiros contra os maus-tratos e castigos corporais ainda presentes na Marinha brasileira após a abolição.
3) Apesar de conquistar o fim dos castigos, a revolta foi violentamente reprimida e João Cândido e outros marinheiros sofr
RelaçõEs Entre Senhores E Escravos Em áRea Voltada Para O Abastecimento Inter...guest5eb864
1) O documento analisa as possibilidades de formação de famílias escravas em Guarapuava no século XIX, apesar de ter uma escravidão pequena para os padrões brasileiros.
2) Os registros de casamento de escravos na paróquia local entre 1813-1886 mostram que havia interesse tanto dos senhores quanto dos escravos na formação de famílias, sejam elas nucleares ou matrifocais.
3) As propriedades com 1-4 escravos tinham o maior percentual de escravos
PresençA Negra Na Lapa Paraná E Cultura Materialguest5eb864
O documento descreve a presença negra na história da cidade de Lapa, no Paraná, Brasil, através da análise da cultura material. Aponta que escravos participaram da economia local, especialmente no tropeirismo, porém sua história foi ocultada. Recentemente, descobertas arqueológicas como uma fonte de água construída por escravos têm ajudado a reconstruir este passado e a importância do patrimônio afro-brasileiro.
Este documento discute a noção de "stablishment" de Elias e como ela se aplica ao estudo da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Curitiba no final do século XVIII. Analisa como fatores como a antiguidade, organização e coesão de grupos influenciam as relações de poder entre eles. Também aborda perspectivas processuais sobre a escravidão e como variáveis como tempo e contexto influenciaram a formação de laços familiares e comunidades entre escravos.
1) O documento descreve o caso de Ambrozina, uma menina escrava de 12-13 anos acusada de assassinar uma mulher branca em 1852 na fazenda onde trabalhava. 2) Detalha as relações sociais na sociedade escravocrata e como as crianças negras eram socializadas desde cedo a viverem em dois mundos e aprenderem a obediência. 3) Analisa como a pedagogia da escravidão transformava as crianças negras em escravos domésticos desde os 6-7 anos de idade.
FamíLia E Trabalho Escravo Sociedade E Poder Em SãO José Dos Pinhaisguest5eb864
1) O documento discute a presença de escravos em São José dos Pinhais no século XIX, quando a economia local era baseada na erva-mate e agricultura de subsistência.
2) Havia poucos escravos na região, com a maioria dos proprietários tendo 5 ou menos cativos. Isso levou a uma sociedade mais hierarquizada entre os livres.
3) O valor médio dos escravos aumentou ao longo do século XIX, refletindo o fim do tráfico negreiro e a expansão da produção agrí
1) O documento discute as relações de compadrio entre escravos na região de Guarapuava entre 1810 e 1888.
2) A maioria dos batismos de escravos ocorreu na segunda metade do século XIX, possivelmente devido ao aumento da aquisição de escravos nesse período.
3) Os índices de ilegitimidade entre as crianças escravas batizadas em Guarapuava foram altos, variando entre 74,5% no período de 1810-1849 até 94,1% no período
Compadrio De Escravos & Paternalismo Em SãO José Pinhaisguest5eb864
Este documento discute as relações de compadrio entre escravos na Freguesia de São José dos Pinhais no século XVIII e início do XIX. Analisa os batismos dos filhos do casal de escravos Antonio e Simoa, que pertenciam a Bernardo Martins Ferreira, e mostra que seus filhos tiveram padrinhos e madrinhas livres ligados à família senhorial. Também examina o compadrio da escrava Liberata e seus filhos, que provavelmente pertenciam ao mesmo senhor. Conclui que em São José dos P
O documento descreve trajetórias de casais mistos (escravos e livres) que viveram entre os séculos XVIII e XIX na vila de São José dos Pinhais, Paraná. Analisa como o casamento e o compadrio eram estratégias sociais utilizadas pela elite escravocrata para controlar dependentes e manter a hierarquia social. Para a população de origem africana e indígena, esses laços familiares representavam uma forma de ascensão social e afirmação da liberdade.
Paulo Freire e as tecnologias na educaçãoguest5eb864
Este documento discute a formação de professores reflexivos para o uso da internet na educação de acordo com os ensinamentos de Paulo Freire. Ele argumenta que os professores devem ser incluídos no processo de formação e devem ter a oportunidade de debater e criar seus próprios projetos usando a tecnologia, em vez de serem excluídos por projetos governamentais. Além disso, defende que a tecnologia pode ser usada de forma a expandir a capacidade crítica e criativa dos alunos, desde que seja usada de maneira responsável e a
1. II Encontro “Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional”
Escravos e libertos no Paraná
Lúcia Helena Oliveira Silva1
Pretendemos nesta comunicação refletir sobre a presença de escravos africanos,
afro-brasileiros e seus descendentes na província paranaense em especial no período
depois que foi decretada a extinção da escravidão, a lei Áurea em 1888. Nosso intuito é
investigar as relações entre população liberta com a livre no período imediatamente
posterior ao término da escravidão para ver como se constituía a liberdade.
A historiografia a respeito da escravidão no Paraná apontou uma participação
menos intensa de escravos na região do que em outras partes do Brasil. Em parte, tal
assertiva baseou-se no fato do Paraná estar fora do eixo das economias agro-
exportadoras de grande porte como a região Nordeste ou extrativas como Minas Gerais.
Neste sentido, houve uma interpretação onde se minimizou o trabalho escravo feito na
província confirmada em trabalhos como de Romário Martins (1995), Wilson
Martins(1975) e Ruy Wachowicz (1967).
Contudo, a economia paranaense embora não rivalizasse com os grandes ciclos
usou a mão-de-obra escrava. Segundo Carlos R. A.Lima, a economia colonial
paranaense cresceu baseada na ocupação do solo, na valorização de atividades
econômicas e no uso sistemático da mão-de-obra escrava. A produção realizada
abastecia de forma cada vez mais crescente o mercado interno e transpôs as fronteiras
da região do Prata (Lima, 2001, p.36).
As atividades econômicas mais significativas que envolveram o escravo foram a
produção do mate e o tropeirismo. O tropeirismo iniciou-se ainda no século XVIII e
seguiu por todo o XIX com algumas interrupções devido à exploração da prata. Durante
o século XVIII (1780), os escravos africanos foram introduzidos em inúmeras
1
Docente do departamento de História da Universidade Estadual de Londrina., doutora em História
Social do Trabalho pela Unicamp.
1
2. atividades onde trabalhavam ao lado de pessoas livres. O primeiro levantamento da
população neste mesmo ano contabilizava 12.349 brancos e de 5.336 negros e mulatos
(Martins, 1995).
O tropeirismo surgiu inicialmente a partir da criação e comercialização de gado
nos campos de Curitiba vendidos em São Paulo. Com o interesse voltado para a região
de Sacramento houve a abertura de um novo caminho que saia de São Paulo e ia ao Rio
Grande do Sul (Campos de Viamão). Em São Paulo o destino eram as feiras de
Sorocaba que finalizavam o longo caminho da pecuária e a intensa movimentação de
tropas que foi de 1750 a 1897 quando se extinguiram as feiras de Sorocaba. Muitas
áreas que estavam no caminho se beneficiaram da movimentação tornando-se
entrepostos de tropas como foi o caso da cidade de Castro.
Já a cultura do mate ocorreu nas primeiras décadas do século XIX e necessitou
de maior concentração de mão-de-obra. A produção representou a intensificação de
comércio com a região da bacia do Prata. Segundo Carlos Lima o mate, devido aos seus
lucros, mobilizou muito daqueles que se dedicavam até então, às atividades de
subsistência levando a produção em escala de exportação. Segundo o autor durante o
período de 1842 a 1861, mais 96% da produção paranaense foi comercializada com o
exterior, principalmente com a Argentina, Uruguai e Chile. (Lima ,2001, p. 43).
Mas nem todos concordam que o mate e o tropeirismo reunissem
significativamente escravos. Segundo Enezila de Lima a maior parte dos escravos havia
sido vendida para regiões auríferas(Lima, 1982, p?). De qualquer modo, não há como
negar que o mate foi uma das atividades mais duradouras durante o período colonial.
Plantado no planalto curitibano ele era levado para engenhos nas cidades litorâneas
como Morretes, Antonina e Paranaguá, esta última usada como porto de escoamento.
Toda essa movimentação trouxe o fortalecimento de núcleos urbanos indicavam onde
os escravos se faziam presentes.
É possível que com a identidade econômica mais fortalecida se processasse
maior atração para a o Paraná pois em 1858, cinco anos após a emancipação política e
criação da província, a composição da população havia crescido com brancos eram
60.380 brancos, 8.493 negros e 507 mulatos livres que indicam um aumento da
população mestiça.
Em 1872, a composição da população havia novamente se alterado com aumento
no número de brancos que somavam 116.162. Já os negros e mulatos totalizavam
10.560 e indicava um crescimento mais lento em relação aos números de 1858 (Martins,
2
3. 1995). Uma das causas possíveis seria o tráfico interno após a segunda metade do
século XIX que passou a abastecer Rio de Janeiro e São Paulo que expandiam a cultura
de café.
Em conseqüência da organização econômica podemos concluir que áreas
agrícolas acabaram por reunir mais escravos que demais. Os portos também eram
lugares de presença braços africanos situação confirmadas por Cecília Westphalen que
estudou Paranaguá. Segundo a autora, o porto de Paranaguá atraia uma população de
composição diversa de outros lugares onde no século XVIII. Enquanto os escravos
africanos eram em um número inferior o número de brancos em outras partes do Paraná,
em Paranaguá de um total de 3193 pessoas 1414 eram escravos ou seja quase 50% da
população.(Westphalen, 1969). Em suas análises ela concluiu que os plantéis de
escravos eram pequenos e que o uso da mão-de-obra escrava se estendia aos trabalhos
rurais e urbanos.
A economia é um fator preponderante para explicar a presença ou não de
escravos no Paraná uma vez que eles eram pensados como mão-de-obra nas principais
atividades comerciais. Porém aconteceram outras influências como a proibição
definitiva do tráfico em 1850, resultado das discussões no Parlamento brasileiro e
inglês. O final do tráfico legal levou a um rearranjo da população escrava do Paraná e
do resto do país, além de representar a primeira ação no processo de desagregação na
estrutura escravista (Rocha, 2205, cap 1).
Sem poder conta com novos braços vindos da África foi necessário buscar mão-
de-obra compulsória dentro do próprio país o que elevou o preço do escravo e criou um
processo de migração de escravos vindos de várias províncias, inclusive do Paraná para
áreas carentes de braços e economicamente mais desenvolvidas. Tal situação
representou desarranjos na organização sócio-econômica de várias localidades e
representou mudanças radicais na vida dos escravos que estavam há muito, radicados
em algumas regiões onde haviam construído laços e relações ali onde moravam. Por
vezes, a venda e a mudança não eram aceitas e tornaram-se motivo de revolta como a
que aconteceu na fazenda Capão Alto de propriedade dos Carmelitas na região de
Castroi
Pouco se sabe como foi a vida dos escravos que moraram no Paraná. Os dados
permitem-nos saber dos números mas pouco sabemos das relações e dos processos de
resistência e acomodação que nela aconteceu na província. Coube a Eduardo Spiller
Pena um dos primeiros estudos a partir da ótica da história social, sobre a escravidão
3
4. paranaense, em especial na cidade de Curitiba. Nele o autor buscou recuperar padrões
de sociabilidade entre os escravos a recuperação dos aspectos cotidianos da escravidão
bem como revelar as tentativas dos escravos obter brechas frente à lei e aos senhores
(Pena,1999). Traçando similaridades com outros estudos dedicados à história social da
escravidão, Spiller apontou a lei do Ventre Livre de 1871 como importante marco para
a obtenção da alforria, pois reconhecia o pecúlio, dinheiro poupado para a compra da
liberdade e, instituía as figuras jurídicas para a tramitação da compra da alforriaii
Vida depois da escravidão
O período que se seguiu a Lei Áurea (1.888), somou uma grande expectativa por
parte dos emancipados tornados libertos por esta lei ou, mesmo antes dela. A derrocada
da escravidão, foi apenas uma das etapas do longo processo para obter o tratamento e
direitos igualitários de cidadão para os negros. No Paraná junto a essa expectativa havia
a contínua entrada de imigrantes europeus. Eles desenvolveram principalmente a
policultura e mais tarde a criação de gado. Essas atividades eram desenvolvidas no
âmbito familiar e se somaram à economia voltada para o abastecimento do mercado
interno. Visto assim, a incorporação dos libertos poderia ser mais difícil.
Não possuímos dados sobre o Paraná mas em outros estados como Santa
Catarina e Rio Grande do Sul a presença negra na zona rural está fortemente associada
aos remanescentes de quilombos ou de propriedades herdadas por ex-senhoresiii.
Recentemente, a entregado título de propriedade da terra a quatro grupos de
remanescentes de quilombos e o pronunciamento do processo de reconhecimento de
mais 8 grupos trazendo novos dados sobre a presença negra no estadoiv.
Se nas regiões de grande predomínio de população escrava, pouco se sabe sobre
a vida dos ex-cativos, essa dificuldade é maior em lugares onde os escravos tiveram
uma participação menos eqüitativa como na região sul. Ruben G. Oliven ao estudar os
negros no estado do Rio Grande do Sul aponta invisibilidade do índio e do negro nos
estudos dedicados às contribuições econômico-culturais do estado, ainda que várias
atividades econômicas tenham sido feitas exclusivamente por escravos, como as
charqueadas (Oliven, 1996, p. 21). Para o autor, trata-se de uma invisibilidade social e
simbólica que foi influenciada pelas ideologias raciais no momento de formação da
identidade nacional e de formação da república.
Nesta mesma perspectiva, nosso trabalho, apontou a mesma invisibilidade nos
estudos centrados em um estado que concentrou o 3º maior grupo de escravos na
4
5. segunda metade do século XIX e, que portanto, tinha muito negros em sua população
por ocasião da Abolição, o estado de São Paulo. Ali verificamos que os negros tiveram
sua população matizada em meio à entrada de 3 milhões de imigrantes europeus e,
encontraram grandes dificuldades de serem incorporados no mercado de trabalho. Os
periódicos de época estavam permeados das mesmas ideologias raciais perpetuaram os
estereótipos negativos remanescentes da escravidão que desqualificavam os negros da
condição de trabalhador preferencial e quase único por tantos séculos. (Silva, 2001, p.
15).
Em um outro estado da região sul Santa Catarina, Ilka B. Leite verificou que as
memórias históricas constroem-no como espaço predominantemente imigrante e,
portanto branco. Assim como o Paraná, em Santa Catarina aconteceram atividades que
não estavam ligadas diretamente ao circuito agro-exportador. Ainda assim a ocupação
da ilha se deu com a produção de açúcar, mandioca, criação de gado e indústria
extrativa como caça de baleia e beneficiamento dos produtos como óleo de baleia, carne
e curtume do couro, atividades que eram feitas pelos escravos. Leite indica que uma
leitura atenta ao relato de viajantes como Saint Hilaire indicava que mesmo os
lavradores pobres recorriam ao braço escravo (Leite, 1996, p. 46).
No Paraná a vida dos libertos apresentou a mesma invisibilidade presente na
história do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A vinda de imigrantes à região parece
ser incompatível com a presença de escravos e quase não há registros diretos sobre as
vidas de libertos e seus descendentes. Como de praxe, as informações sobre os negros
podem ser encontradas na contraleitura de documentos oficiais: queixas encaminhadas à
polícia contra eles, posturas municipais ou na documentação dos órgãos do Poder
judiciário envolvidos na condição de réu, testemunha ou vítima. Embora nos processos
imperem os filtros da linguagem jurídica e o registro da fala indireta dos réus e
testemunhas através do escrivão, foi possível perceber evidências de conflitos diretos e
dissimulados, as relações dos envolvidos com o contexto social imediato, o olhar
jurídico sobre os réus, assim como as alianças tecidas entre os vários segmentos da
sociedade.
Foi a partir de um recurso de uma ação que pudemos encontrar alguns Gabriel,
Maria, Vicência, João Pinheiro e Luzia todos libertos e saber um pouco de suas vidas
agora como pessoas livres. A ação datava do mês de outubro de ano de 1889, portanto
um pouco mais de um ano da Abolição e se constituía em uma apelação ao Juizado de
5
6. Curitiba onde se pedia a reconsideração de sentença, uma vez que ela não havia sido
aceita pelo Juízo da cidade onde havia sido iniciada .
Os autores da ação eram Sebastião Pereira de Almeida e sua mulher Rosa
Ferreira dos Santosv Eles pediam que fossem revertidas disposições testamentárias do
falecido Mariano Cardoso ex-marido de Rosa em cujo testamento ele deixado seus bens
que totalizavam 2 contos e quinhentos réis para seus ex-escravos Gabriel, Maria,
Vicência, João Pinheiro e Luzia de Oliveira uma quantia razoável para época.
Rosa e seu atual marido questionavam na justiça a falta de cumprimento da
disposição testamentária e requeria a anulação do testamento e a retomada para si dos
bens doados. A doação revelava que houvera uma relação estreita entre o antigo senhor
e aquele grupo de escravos, forte suficiente para que ele legasse seus bens, um gesto
pouco usual.
Era bem possível que o gesto não fosse aceito pela esposa que tentava reaver os
bens que não descritos. No entanto, a estratégia da viúva não se opunha oficialmente à
vontade de seu finado marido. Rosa buscava mostrar que os herdeiros não haviam
procedido corretamente o que pode ser nas afirmações onde dizia que
Porque depois do falecimento do testador os referidos ex-escravos legatários
retiraram-se da companhia da suplicante para não lhe prestarem serviço algum depois
de causar grande incômodos e prejuízosvi.
Ora, pelas suas alegações Rosa queria que os ex-escravos permanecessem
servindo-na como forma de gratidão pela herança. Talvez essa condição até fosse o
desejo do senhor mas com a extinção da escravidão, não era mais possível exigir tal
comportamento. A liberdade para muitos que haviam vivido o cativeiro era sobretudo, o
direito de ir e vir, de estar onde quisesse o que confrontava com o desejo dos libertos.
Uma das queixas da viúva era que os escravos não haviam ficado com ela para servi-la.
De fato, Maria, Gabriel e sua mulher Vicência haviam se mudado para Rio Negro
enquanto José Pinheiro e Luzia moravam no termo do Iguassu em São José dos Pinhais.
Nenhum deles quis permanecer em Palmeira.
A mudança para outro lugar ainda que próximo não era uma atitude qualquer.
Muitas vezes, os libertos buscavam viver sua nova condição e refazer suas relações em
outros lugares onde não eram conhecidos, o que nem sempre implicava em uma grande
6
7. distância física (SILVA, 2001, cap. 2). Era na realidade, o que afirmou Maria Cristina
Wissenbach
Ao se por em trânsito, após a experiência do trabalho compulsório, de margens
mínimas de autonomia e de lazer e da impossibilidade de manifestações culturais
diretas , os trabalhadores negros, aderindo ao lençol da economia de subsistência,
puderam concretizar alguns de seus valores relativos à liberdade (Wissenbach, 1998, p.
60).
.
Além disso, as migrações internas foram um dos fatores que caracterizaram o
período entre o final do século XIX e início do XX , além de ser uma prática comum
entre os libertos segundo Eric Foner (Foner, 1988, cap.1). Porém, ao contrário de
muitos libertos que saíam de pequenas cidades e migravam para grandes centros, o
grupo de ex-escravos não fora longe. Possivelmente os bens herdados pesassem na
decisão. Estavam longe o suficiente para vigiar os bens que eram casinhas e longe o
suficiente para fugir de qualquer ingerência senhorial. Além disso a mudança
possibilitava criar novas relações e romper com as antigas feitas no tempo do cativeiro.
Hebe Castro aos estudar os significados da liberdade no Sudeste escravista observou
que os novos comportamentos dos libertos frustrava os antigos senhores, sobretudo os
mais conservadores. Após as festas e até coroamento dos antigos senhores e enterro da
palmatória os fazendeiros esperavam contar o sentimento de gratidão o que nem sempre
aconteceu. Atraso no pagamento, condições de trabalho diferenciadas eram entendidas
por boa parte da classe senhorial como “despreparo do escravo para liberdade”( Castro,
1998,p. 259).
No tramitar da ação os libertos são citados para comparecerem junto aos autores
diante do juiz. Apenas Vicência compareceu e não houve conciliação. Percebendo que a
necessidade de oficializarem uma melhor defesa no caso Maria e os demais libertos réus
buscaram um advogado para constituir defesa contratando os advogados Pedro Augusto
de Souza e Rafael Aguiar, além de chamarem várias testemunhas.
Em nova audiência eles fizeram questão reafirmar sua condição, afirmando que
a ex-senhora buscava reescravizá-los, condição a qual eles na se submeteriam. Além
disso, os libertos davam a entender que Mariano Cardoso, o benfeitor havia deixado a
herança de caso pensado, queria agradecê-los pelos seus bens e desconfiava de traição
por parte de sua mulher justificativa que se somava à condição de liberdade que eles
gozavam. Vemos que a participação na vida privada do senhor dava acesso a situações
7
8. íntimas que ainda que não fossem verídicas demonstravam que aquelas pessoas haviam
participado da vida de finado senhor. Outra questão relaciona-se aos fatos relatados, que
davam a entender que a herança poderia ser motivo de vingança por tal desconfiança ou
ainda um misto das duas condições; vingança e gratidão aos escravos.
Nos autos algumas permanências eram visíveis dos tempos de cativeiro. Os ex-
escravos eram chamados o tempo todo com o prenome de ex-escravos uma manutenção
conferia uma distinção ligada a sua condição anterior a liberdade. Entre aquele grupo
dois apresentavam sobrenome José Pinheiro e Luzia de Oliveira. De onde vinham os
sobre nomes? Eles não haviam adotado o mesmo sobrenome do senhor que era
Cardoso? Haveria conflito?
Em Memórias do cativeiro de Hebe Castro e Ana Lugão Rios em um
depoimentos vê-se que o uso do sobrenome estava ligada a uma relação estreita com o
senhor
Os sinhôs do lado do pai eram todos muito bons! O sobrenome deles é
Mendes... a minha mãe também tem o sobrenome Mendes. Porque os escravos tinham o
sobrenome dos sinhôs. O pai da minha mãe chamava Inácio Mendes, então todos lá
eram Mendes. Usavam o sobrenome do senhor.(Mattos e Rios, 2005, p. 91.)
O depoimento aponta que a boa relação entre senhores e escravos poderia ser
um canal para a permissão do uso do sobrenome do senhor. Nem todos porém puderam
ou quiseram adotar o mesmo procedimento. Em um país onde grande parte das pessoas
não era alfabetizada a oralidade substituía os documentos. Mesmo depois do surgimento
do registro civil em 1891, não houve um uso sistemático do registro de pessoas,
situação que ainda hoje tem recorrência por todo os país.
É interessante observar que cada um deles adotara um sobrenome diferente. A
regra da adoção do nome do pai e da mãe poderia ter sido utilizada mas também seria
possível que eles houvessem simplesmente escolhido os sobrenomes. O sobrenome
dava um sentido de igualdade, de equiparação aos demais cidadãos. Talvez adotar um
sobrenome fosse um das estratégias para ressignificar a liberdade. Qual sobrenome e
porque adotar eram questões que obedeciam a razões pessoais de cada ex-escravos e
afro-descendentes. Assim como alguns emprestaram os sobrenome s de ex-senhores
outros adotaram as identidades de seus grupos como Congo, Benguela entre outros.
8
9. No auto uma das questões de maior contestação era o fato dos libertos se
mudarem da casa de seu antigo senhor. Para a ex-senhora, aquele ato os desabonava
como herdeiros e ela era entendido como uma recusa das obrigações que eles deviam
pela herança. Era claro também o desejo de disciplinarização daquele grupo ou talvez
da antiga condição. Aos libertos parecia ser a mudança um dos aspectos cruciais para a
concretização de sua autonomia, uma recusa de submeter aquele processo de
disciplinarização impunha condições à vida de pessoas livres, condições que não
estavam estabelecidas na herança.
O cerceamento á liberdade dos novos cidadãos era constantemente questionado
em nome de uma liberdade que “os disciplinasse”.Ações neste sentido tornaram-se
comuns não só nas relações cotidianas mas também fizeram parte das políticas públicas
que buscava afastara população pobre dos centros urbanos e das benfeitorias
arquitetônicas presentes nos núcleos urbanos. Assim vemos que a rebeldia dos libertos
não era portanto uma simples recusa mas o exercício de um direito duramente
conquistado.
A recente emancipação não os impedia de lutar pelos seus direitos nas formas
da lei. Assim buscar um advogado era estar em condição paritária à antiga senhora na
luta para assegurar os bens que lhe haviam sido legado. Outra importante estratégia era
a o conhecimento das relações pessoais que ali eram usadas para demonstrar a
legitimidade dos bens herdados. Pode ser que o finado tivesse feito aquele testamento
para propositalmente despontar sua esposa. Talvez essa situação fosse apenas hipotética
o que nunca saberemos. Interessa-no aqui perceber que como em outros lugares os
libertos procuraram na medida do possível, reelaborar suas vidas buscando concretizar
projetos que por vezes eram opostos ao das elites ou de senhores que esperavam o
comportamento igual ao do tempo da escravidão.
O final da ação após quase um ano, sem a sentença permite-nos concluir que
ela havia sido bastante contestada por ambas as partes e que pelos últimos despachos, a
decisão parecia ser favorável aos herdeiros, isto é, é bem provável que eles mantido a
herança.
Ainda que fosse uma situação bastante incomum, Maria e seus colegas de
cativeiro indicavam que buscavam seguir seus projetos de vida autônoma. A disposição
de não abrir mão do que haviam ganho e, de não sujeitar-se à interpretação de
9
10. obrigação que a viúva de seu benfeitor exigia, demonstra que em meio a condições
desfavoráveis como as que se seguiram após a Abolição, não iriam deixar de lutar e era
defender o lhe teria sido dado, condição que possivelmente lhes minorasse o tratamento
desigual e as ausência de condições para uma vida digna.
i A fazenda Capão Alto era de propriedade da Ordem dos Carmelitas Calçados e possuía uma extensa
propriedade onde viviam perto de 300 escravos. Este grupo é vendido mas não aceitava mudar de dono e
realizam uma revolta onde um padre é assassinado. Os revoltosos são reprimidos e acabam por serem
levados para São Paulo para trabalhar na cultura de café
ii
Sobre esse assunto podemos verificar o trabalho de Joseli Nunes Mendonça Entre a mão e os anéis: a lei
dos sexagenários e os caminhos da Abolição No Brasil. Campinas-SP: Ed. da Unicamp- Cecult, 1999.
iiiPara mais informações sobre os negros em Santa Catarina e Rio Grande do Sul a respeito do assunto ver
o livro de Ilka Boaventura Leite(org.) Negros no sul do Brasil: invisibilidade e territorialidade. Santa
Catarina : letras Contemporâneas, 1996.
iv
Estas informações foram obtidas no Fórum Estadual Educação e Diversidade Étnico-racial ocorrido em
julho de 2005 em Curitiba.
v
Arquivo Público do Paraná, cx 117, processo 2436, folha 1.
vi Arquivo Público do Paraná, cx 117, 2436, folha 2 e verso.
Bibliografia
FONER, Eric, Nada além da liberdade. RJ: Paz e Terra , 1988.
LEITE, Ilka Boaventura (org.) Negros no sul do Brasil: invisibilidade e territorialidade.
Santa Catarina : letras Contemporâneas, 1996
MARTINS, Romário. História do Paraná. Curitiba: Travessia dos Editores, 1995
MARTINS, Wilson. Um Brasil diferente: ensaios sobre fenômenos de aculturação no
Paraná. 2ª.ed., SP: T. A . Queiroz, 1989.
MATTOS, Hebe Das cores dos silêncios:os significados da Liberdade no Sudeste
escravista. RJ: Nova Fronteira, 1998
___________& RIOS, Ana L. Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no
pós-abolição. RJ: Civilização Brasileira, 2005.
MENDONÇA, Joseli Nunes Entre a mão e os anéis: a lei dos sexagenários e os
caminhos da Abolição No Brasil. Campinas-SP: Ed. da Unicamp- Cecult, 1999.
SANTOS, Carlos R. A . Vida material, vida econômica.Curitiba: SEED, 2001.
PENA, Eduardo S. O jogo da face: a astúcia escrava frente aos senhores e a lei na
Curitiba provincial. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 1999
WACHOWICZ, RUY. História do Paraná. Curitiba, Ed. dos Autores, 1969.
WISSENBACH, Maria C. Sonhos africanos, vivências ladinas: escravos e forros em
São Paulo. SP: Hucitec, 1998.
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