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Entendendo o Hino 
Nacional 
EM “Dr Jair Mendes de Barros” – Semana Cívica 2014 
Professora Elisa Rodrigues
História 
Desde o descobrimento, o Brasil demorou 
mais de 300 anos para ter um hino. Em 
1822 o Brasil se torna independente de 
Portugal e só em 1831, Francisco Manuel da 
Silva compõe a melodia do Hino Nacional.
História 
A letra veio 91 anos mais tarde. Após várias 
opções não terem sido aprovadas, em 1922, 
o presidente Epitácio Pessoa declarou o 
texto de Osório Duque Estrada como letra 
oficial do hino nacional brasileiro.
História 
Francisco Manuel da Silva nasceu em 1795 
no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1865. 
Dedicou-se à música desde a infância, 
fundando a Sociedade Beneficente Musical 
e o Conservatório de Música do Rio de 
Janeiro.
História 
Joaquim Osório Duque Estrada nasceu em 
Pati do Alferes (RJ) em 1870 e faleceu em 
1927, no Rio de Janeiro. Além de atuar 
como professor do Colégio D. Pedro II e da 
Escola Normal, foi poeta e crítico literário.
História 
Com o advento da Proclamação da República, 
em 1889, e por decisão de Deodoro da 
Fonseca, que governava de forma provisória o 
Brasil, foi promovido um Grande Concurso 
para a composição de outra versão do Hino. 
O vencedor foi Leopoldo Miguez, mas o povo 
não aceitou o novo hino, já que o de Joaquim 
Osório e Francisco Manuel da Silva havia se 
tornado extremamente popular desde 1831.
História 
Através da comoção popular, Deodoro da 
Fonseca disse: “Prefiro o hino já existente!”. 
Deodoro, muito estrategista e para não 
contrariar o vencedor do concurso, Leopoldo 
Miguez, considerou a nova composição e a 
denominou como Hino da Proclamação da 
República.
Sobre o Hino Nacional 
É importante ressaltar que a canção que 
representa uma nação, como o Hino Nacional 
do Brasil, exalta fatos acontecidos, simboliza 
todas as lutas por ela passadas, carrega a 
identidade de um povo e a grande 
responsabilidade de ser o porta-voz da Nação 
brasileira para o restante do mundo.
Sobre o Hino Nacional 
 O Hino Nacional Brasileiro, símbolo de exaltação à 
pátria, é uma canção bastante complexa. Além de 
possuir palavras pouco usuais, sua letra é rica em 
metáforas. O texto segue o estilo parnasiano, o que 
justifica a presença de linguagem rebuscada e de 
inversões sintáticas, que dificultam a compreensão 
da mensagem. Assim, a priorização da beleza da 
forma na elaboração do hino fez com que a clareza 
ficasse comprometida.
Sobre o Hino Nacional 
A letra do hino nacional possui ao todo 50 
versos, distribuídos em duas partes 
rigorosamente simétricas, tanto na métrica 
como no ritmo. 
Na segunda parte do hino, os trechos que 
estão entre aspas foram extraídos do 
poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias.
O Hino verso a verso 
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas 
De um povo heróico o brado retumbante 
As margens plácidas do (Rio) Ipiranga 
ouviram o brado retumbante de um 
povo heróico. 
Plácido quer dizer calmo. Dom Pedro 
I vinha de Santos, ao longo do Rio 
Ipiranga, quando tomou a corajosa 
decisão de declarar a independência 
do Brasil. 
Brado é grito, retumbante é 
estrondoso, barulhento, para fazer 
contraste com a placidez das 
margens. 
As margens calmas do Rio Ipiranga 
ouviram o grito estrondoso de um 
herói (Dom Pedro I) que representava 
todo o povo brasileiro.
O Hino verso a verso 
E o sol da liberdade em raios fúlgidos 
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. 
Fúlgido significa brilhante. 
Mas não dava pra dizer: “em raios 
brilhantes brilhou”, porque ficaria 
repetitivo e pobre. 
O grito de “Independência ou Morte” 
transformava uma nação colonial, 
dependente de Portugal, em um novo 
país, autônomo e livre. 
Duque Estrada compara a liberdade 
com um sol brilhante que ilumina o 
céu, a Pátria, antes obscurecida pelo 
colonialismo.
O Hino verso a verso 
Se o penhor dessa igualdade 
Conseguimos conquistar com braço forte, 
Em teu seio, ó liberdade, 
Desafia o nosso peito a própria morte. 
Penhor equivale a garantia, segurança. 
É comum a gente penhorar algo de 
valor (em troca de dinheiro) e receber 
um papel que garanta a recuperação do 
objeto penhorado. O Brasil passou a ser 
independente e, portanto, conquistou o 
penhor da igualdade, ou seja, daquele 
momento em diante Portugal e Brasil 
eram nações iguais, sem que uma fosse 
superior à outra. E a frase continua, 
dizendo: o nosso peito desafia a própria 
morte. 
Simplificando: agora que o povo 
brasileiro conquistou seu passe para a 
liberdade, por sua força e coragem, 
inspirado nesta nova liberdade não 
hesitará em enfrentar a própria morte 
(isto é, se tiver de lutar e morrer, o 
povo não sentirá medo, nem irá 
recuar).
O Hino verso a verso 
Ó Pátria Amada, 
Idolatrada, 
Salve! Salve! 
Idolatrar é transformar algo ou 
alguém em ídolo, como se costuma 
fazer com artistas de modo geral. 
Salve equivale a uma saudação. 
Originalmente se dizia: “Deus te 
salve!”
O Hino verso a verso 
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido 
De amor e de esperança à terra desce, 
Se em teu formoso céu risonho e límpido 
A imagem do Cruzeiro resplandece! 
Vívido é intenso, ardente, vivo. 
Formoso é belo. 
Límpido significa transparente, 
claro. 
Resplandecer equivale a brilhar ou 
luzir intensamente. 
Aqui o poeta compara o Brasil a um 
sonho intenso, porque ainda tem 
muito a realizar. 
Sabe-se que o Cruzeiro do Sul é uma 
constelação que aparece no céu do 
Brasil. Ela tem forma de cruz, que 
nos lembra Jesus Cristo e as práticas 
cristãs. 
Ou seja, o Brasil está sob o amparo e 
a proteção de Cristo.
O Hino verso a verso 
Gigante pela própria natureza, 
És belo, és forte, impávido colosso, 
E o teu futuro espelha essa grandeza. 
Se você olhar o mapa mundial, vai notar que 
o Brasil é o quinto maior país do mundo 
(depois de Rússia, Canadá, Estados Unidos e 
China). Com mais de 8.500.000 km2, o Brasil 
é naturalmente gigantesco. 
Note que às vezes os poetas têm o costume 
de falar diretamente com as coisas, como se 
elas fossem pessoas, ou seja, personificando-as 
: “és belo, és forte...” 
Impávido significa sem medo, destemido, 
corajoso. 
Colosso é uma pessoa ou objeto de tamanho 
muito grande. 
Vamos reescrever a frase: Tu (Brasil) és belo, 
forte e, graças ao tamanho imenso que a 
natureza te deu, não tens medo de nada. 
Além disso, a tua grandeza de hoje vai se 
revelar no futuro.
O Hino verso a verso 
Terra adorada, entre outras mil, 
És tu, Brasil, ó Pátria Amada! 
Dos filhos deste solo és mãe gentil, 
Pátria amada, Brasil! 
Este trecho é mais fácil de se 
entender, embora também utilize 
algumas inversões: 
Brasil, tu és nossa terra adorada e te 
escolhemos entre outras mil terras; 
tu és nossa Pátria amada, mãe gentil 
(carinhosa, generosa) dos filhos 
deste solo (de nós, brasileiros).
O Hino verso a verso 
Deitado eternamente em berço esplêndido 
Ao som do mar e à luz do céu profundo, 
Fulguras, ó Brasil, florão da América, 
Iluminado ao sol do Novo Mundo! 
A ideia que Duque Estrada quer transmitir é a 
de que a localização geográfica do Brasil é 
mesmo muito privilegiada: as montanhas, as 
matas, os rios, toda a natureza, enfim, forma a 
imagem de um berço (porque, além do mais, o 
Brasil, uma nação que se tornara recentemente 
independente, era como um imenso país recém-nascido). 
Esplêndido é maravilhoso, deslumbrante. 
Fulgurar é brilhar, resplandecer. Também pode 
significar distinguir-se ou sobressair (entre 
outros). 
Florão é uma decoração bonita e grande em 
forma de flor, que fica no centro de algo, em 
destaque. 
“Ao som do mar”, porque temos um litoral 
muito vasto, com belíssimas praias; “e à luz do 
céu profundo”, isto é, ensolarado, típico dos 
trópicos. 
O “sol do Novo Mundo” coloca o Brasil mais uma 
vez como uma nação jovem e promissora. 
O Velho Mundo (Europa) conquistou e colonizou 
o Novo Mundo (América).
O Hino verso a verso 
Do que a terra mais garrida 
Teus risonhos lindos campos têm mais 
flores. 
“Nossos bosques têm mais vida”, 
“Nossa vida” no teu seio, “mais amores”. 
Garrida é colorida, alegre, vistosa. 
Teus campos risonhos [e] lindos têm mais 
flores do que a terra mais garrida (vistosa). 
Ou seja, nossa natureza é mais colorida e 
bela que a de outras terras. 
“Nossos bosques têm mais vida” (mais beleza 
e vitalidade), “Nossa vida”, em teu seio 
(dentro de ti, Brasil), “mais amores”. 
Equivale a dizer que nós, brasileiros, por 
vivermos no Brasil, somos mais capazes de 
amar. 
As aspas são usadas por Duque Estrada no 
original, pois representam citações dos 
versos de Gonçalves Dias em “Canção do 
Exílio”: 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o sabiá... 
... Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores,
O Hino verso a verso 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida, mais amores. 
Brasil, de amor eterno seja símbolo 
O lábaro que ostentas estrelado 
Um símbolo é um tipo de signo (pode 
ser uma palavra, uma medalha, um 
emblema, uma cor, um escudo etc.) 
que serve para representar alguma 
outra coisa. 
Ostentar é mostrar com orgulho. 
Um lábaro era um estandarte muito 
usado pelos romanos. Aqui está 
representado por nossa bandeira, 
repleta de estrelas. O poeta compara a 
Bandeira Brasileira a um estandarte e 
deseja que ele represente o amor 
eterno. 
O verso está invertido. Sem a inversão, 
ficaria assim: Brasil, o lábaro estrelado 
que ostentas seja símbolo de amor 
eterno. 
O poeta está tentando dizer: tomara 
que as estrelas da tua bandeira sejam 
símbolo de amor eterno.
O Hino verso a verso 
E diga o verde-louro dessa flâmula 
Paz no futuro e glória no passado. 
Flâmula, aqui, é sinônimo de 
bandeira. 
Duque Estrada torce para que as 
cores verde e amarela da bandeira 
simbolizem um poder que venceu 
batalhas gloriosas no passado, 
quando isso foi necessário para se 
conseguir a independência, mas só 
deseja paz daquele momento em 
diante, pois o verde, além da 
esperança, também simboliza a paz. 
O autor refere-se, portanto, ao verde 
como símbolo da paz e ao amarelo 
como símbolo da glória.
O Hino verso a verso 
Mas se ergues da justiça a clava forte 
Verás que um filho teu não foge à luta 
Nem teme quem te adora a própria morte! 
Clava é um pedaço de pau pesado 
(mais grosso numa ponta que na 
outra), que era usado como arma, 
semelhante ao tacape, usado por 
nossos índios. 
Vimos que, no verso anterior, o poeta 
sonha com a paz no futuro. De 
repente, entretanto, este novo verso 
diz: mas se ergues (levantas) a clava 
forte da justiça, ou seja, se o país 
tiver de lutar contra a injustiça, 
verás que um brasileiro (filho teu) 
enfrenta a guerra (não foge à luta). 
E quem te adora não teme a própria 
morte, quer dizer: o brasileiro, que 
ama tanto seu País, seria capaz de 
sacrificar sua própria vida para 
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Entendendo o hino nacional brasileiro

  • 1. Entendendo o Hino Nacional EM “Dr Jair Mendes de Barros” – Semana Cívica 2014 Professora Elisa Rodrigues
  • 2. História Desde o descobrimento, o Brasil demorou mais de 300 anos para ter um hino. Em 1822 o Brasil se torna independente de Portugal e só em 1831, Francisco Manuel da Silva compõe a melodia do Hino Nacional.
  • 3. História A letra veio 91 anos mais tarde. Após várias opções não terem sido aprovadas, em 1922, o presidente Epitácio Pessoa declarou o texto de Osório Duque Estrada como letra oficial do hino nacional brasileiro.
  • 4. História Francisco Manuel da Silva nasceu em 1795 no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1865. Dedicou-se à música desde a infância, fundando a Sociedade Beneficente Musical e o Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
  • 5. História Joaquim Osório Duque Estrada nasceu em Pati do Alferes (RJ) em 1870 e faleceu em 1927, no Rio de Janeiro. Além de atuar como professor do Colégio D. Pedro II e da Escola Normal, foi poeta e crítico literário.
  • 6. História Com o advento da Proclamação da República, em 1889, e por decisão de Deodoro da Fonseca, que governava de forma provisória o Brasil, foi promovido um Grande Concurso para a composição de outra versão do Hino. O vencedor foi Leopoldo Miguez, mas o povo não aceitou o novo hino, já que o de Joaquim Osório e Francisco Manuel da Silva havia se tornado extremamente popular desde 1831.
  • 7. História Através da comoção popular, Deodoro da Fonseca disse: “Prefiro o hino já existente!”. Deodoro, muito estrategista e para não contrariar o vencedor do concurso, Leopoldo Miguez, considerou a nova composição e a denominou como Hino da Proclamação da República.
  • 8. Sobre o Hino Nacional É importante ressaltar que a canção que representa uma nação, como o Hino Nacional do Brasil, exalta fatos acontecidos, simboliza todas as lutas por ela passadas, carrega a identidade de um povo e a grande responsabilidade de ser o porta-voz da Nação brasileira para o restante do mundo.
  • 9. Sobre o Hino Nacional  O Hino Nacional Brasileiro, símbolo de exaltação à pátria, é uma canção bastante complexa. Além de possuir palavras pouco usuais, sua letra é rica em metáforas. O texto segue o estilo parnasiano, o que justifica a presença de linguagem rebuscada e de inversões sintáticas, que dificultam a compreensão da mensagem. Assim, a priorização da beleza da forma na elaboração do hino fez com que a clareza ficasse comprometida.
  • 10. Sobre o Hino Nacional A letra do hino nacional possui ao todo 50 versos, distribuídos em duas partes rigorosamente simétricas, tanto na métrica como no ritmo. Na segunda parte do hino, os trechos que estão entre aspas foram extraídos do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias.
  • 11. O Hino verso a verso Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante As margens plácidas do (Rio) Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico. Plácido quer dizer calmo. Dom Pedro I vinha de Santos, ao longo do Rio Ipiranga, quando tomou a corajosa decisão de declarar a independência do Brasil. Brado é grito, retumbante é estrondoso, barulhento, para fazer contraste com a placidez das margens. As margens calmas do Rio Ipiranga ouviram o grito estrondoso de um herói (Dom Pedro I) que representava todo o povo brasileiro.
  • 12. O Hino verso a verso E o sol da liberdade em raios fúlgidos Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Fúlgido significa brilhante. Mas não dava pra dizer: “em raios brilhantes brilhou”, porque ficaria repetitivo e pobre. O grito de “Independência ou Morte” transformava uma nação colonial, dependente de Portugal, em um novo país, autônomo e livre. Duque Estrada compara a liberdade com um sol brilhante que ilumina o céu, a Pátria, antes obscurecida pelo colonialismo.
  • 13. O Hino verso a verso Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte. Penhor equivale a garantia, segurança. É comum a gente penhorar algo de valor (em troca de dinheiro) e receber um papel que garanta a recuperação do objeto penhorado. O Brasil passou a ser independente e, portanto, conquistou o penhor da igualdade, ou seja, daquele momento em diante Portugal e Brasil eram nações iguais, sem que uma fosse superior à outra. E a frase continua, dizendo: o nosso peito desafia a própria morte. Simplificando: agora que o povo brasileiro conquistou seu passe para a liberdade, por sua força e coragem, inspirado nesta nova liberdade não hesitará em enfrentar a própria morte (isto é, se tiver de lutar e morrer, o povo não sentirá medo, nem irá recuar).
  • 14. O Hino verso a verso Ó Pátria Amada, Idolatrada, Salve! Salve! Idolatrar é transformar algo ou alguém em ídolo, como se costuma fazer com artistas de modo geral. Salve equivale a uma saudação. Originalmente se dizia: “Deus te salve!”
  • 15. O Hino verso a verso Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu risonho e límpido A imagem do Cruzeiro resplandece! Vívido é intenso, ardente, vivo. Formoso é belo. Límpido significa transparente, claro. Resplandecer equivale a brilhar ou luzir intensamente. Aqui o poeta compara o Brasil a um sonho intenso, porque ainda tem muito a realizar. Sabe-se que o Cruzeiro do Sul é uma constelação que aparece no céu do Brasil. Ela tem forma de cruz, que nos lembra Jesus Cristo e as práticas cristãs. Ou seja, o Brasil está sob o amparo e a proteção de Cristo.
  • 16. O Hino verso a verso Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Se você olhar o mapa mundial, vai notar que o Brasil é o quinto maior país do mundo (depois de Rússia, Canadá, Estados Unidos e China). Com mais de 8.500.000 km2, o Brasil é naturalmente gigantesco. Note que às vezes os poetas têm o costume de falar diretamente com as coisas, como se elas fossem pessoas, ou seja, personificando-as : “és belo, és forte...” Impávido significa sem medo, destemido, corajoso. Colosso é uma pessoa ou objeto de tamanho muito grande. Vamos reescrever a frase: Tu (Brasil) és belo, forte e, graças ao tamanho imenso que a natureza te deu, não tens medo de nada. Além disso, a tua grandeza de hoje vai se revelar no futuro.
  • 17. O Hino verso a verso Terra adorada, entre outras mil, És tu, Brasil, ó Pátria Amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Este trecho é mais fácil de se entender, embora também utilize algumas inversões: Brasil, tu és nossa terra adorada e te escolhemos entre outras mil terras; tu és nossa Pátria amada, mãe gentil (carinhosa, generosa) dos filhos deste solo (de nós, brasileiros).
  • 18. O Hino verso a verso Deitado eternamente em berço esplêndido Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! A ideia que Duque Estrada quer transmitir é a de que a localização geográfica do Brasil é mesmo muito privilegiada: as montanhas, as matas, os rios, toda a natureza, enfim, forma a imagem de um berço (porque, além do mais, o Brasil, uma nação que se tornara recentemente independente, era como um imenso país recém-nascido). Esplêndido é maravilhoso, deslumbrante. Fulgurar é brilhar, resplandecer. Também pode significar distinguir-se ou sobressair (entre outros). Florão é uma decoração bonita e grande em forma de flor, que fica no centro de algo, em destaque. “Ao som do mar”, porque temos um litoral muito vasto, com belíssimas praias; “e à luz do céu profundo”, isto é, ensolarado, típico dos trópicos. O “sol do Novo Mundo” coloca o Brasil mais uma vez como uma nação jovem e promissora. O Velho Mundo (Europa) conquistou e colonizou o Novo Mundo (América).
  • 19. O Hino verso a verso Do que a terra mais garrida Teus risonhos lindos campos têm mais flores. “Nossos bosques têm mais vida”, “Nossa vida” no teu seio, “mais amores”. Garrida é colorida, alegre, vistosa. Teus campos risonhos [e] lindos têm mais flores do que a terra mais garrida (vistosa). Ou seja, nossa natureza é mais colorida e bela que a de outras terras. “Nossos bosques têm mais vida” (mais beleza e vitalidade), “Nossa vida”, em teu seio (dentro de ti, Brasil), “mais amores”. Equivale a dizer que nós, brasileiros, por vivermos no Brasil, somos mais capazes de amar. As aspas são usadas por Duque Estrada no original, pois representam citações dos versos de Gonçalves Dias em “Canção do Exílio”: Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá... ... Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores,
  • 20. O Hino verso a verso Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida, mais amores. Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado Um símbolo é um tipo de signo (pode ser uma palavra, uma medalha, um emblema, uma cor, um escudo etc.) que serve para representar alguma outra coisa. Ostentar é mostrar com orgulho. Um lábaro era um estandarte muito usado pelos romanos. Aqui está representado por nossa bandeira, repleta de estrelas. O poeta compara a Bandeira Brasileira a um estandarte e deseja que ele represente o amor eterno. O verso está invertido. Sem a inversão, ficaria assim: Brasil, o lábaro estrelado que ostentas seja símbolo de amor eterno. O poeta está tentando dizer: tomara que as estrelas da tua bandeira sejam símbolo de amor eterno.
  • 21. O Hino verso a verso E diga o verde-louro dessa flâmula Paz no futuro e glória no passado. Flâmula, aqui, é sinônimo de bandeira. Duque Estrada torce para que as cores verde e amarela da bandeira simbolizem um poder que venceu batalhas gloriosas no passado, quando isso foi necessário para se conseguir a independência, mas só deseja paz daquele momento em diante, pois o verde, além da esperança, também simboliza a paz. O autor refere-se, portanto, ao verde como símbolo da paz e ao amarelo como símbolo da glória.
  • 22. O Hino verso a verso Mas se ergues da justiça a clava forte Verás que um filho teu não foge à luta Nem teme quem te adora a própria morte! Clava é um pedaço de pau pesado (mais grosso numa ponta que na outra), que era usado como arma, semelhante ao tacape, usado por nossos índios. Vimos que, no verso anterior, o poeta sonha com a paz no futuro. De repente, entretanto, este novo verso diz: mas se ergues (levantas) a clava forte da justiça, ou seja, se o país tiver de lutar contra a injustiça, verás que um brasileiro (filho teu) enfrenta a guerra (não foge à luta). E quem te adora não teme a própria morte, quer dizer: o brasileiro, que ama tanto seu País, seria capaz de sacrificar sua própria vida para defendê-lo.