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Vigilância e Resposta às
Emergências de Saúde
Pública e RSI
George Santiago Dimech
Veterinário/Sanitarista / Epidemiologista
25 de Outubro de 2013
Fonte: OMS
Fonte: David M. Morens, Gregory K. Folkers & Anthony S. Fauci, The challenge of emerging and re-emerging infectious diseases. Nature 430, 242-
249(8 July 2004)
Doenças emergentes e reemergentes
Doenças Emergentes Reemergentes Dispersão intencional
Doenças emergentes e reemergentes
Novas doenças
• AIDS, Ebola, Legionelose...
Doenças antigas,
novos lugares
• FON/EUA 1999...
Reintrodução
• Peste/India;
Malária/Coréia...
Novas populações
• Cólera/Haiti;
Marburg/Alemanha...
Aumento da virulência
• Influenza H5N1/Hong
Kong...
Resistência aos
medicamentos
• Tuberculose; Malária...
~40 novas doenças nos últimos 40 anos
 Aumento do trânsito internacional de pessoas, bens e mercadorias
 Apesar da situação econômica mundial o turismo internacional mantém sua
capacidade de resistência e recuperação
 Entre jan-jun/2012 houve aumento de 5% no número de turistas internacionais em
todo o mundo (+22 milhões).
 A chegadas internacionais superam 1 bilhão ao final de 2012.
Fonte: http://www2.unwto.org/es
Trânsito internacional de pessoas
Padrão global de tráfego aéreo internacional em Londres/Reino Unido, em julho de
2009, e alertas hipotéticos de doenças infecciosas por meio de sistemas de vigilância
Fonte: The Lancet - Infectious disease surveillance and modelling across geographic frontiers and scientific specialties - 2012
Trânsito internacional de pessoas
 2003 - Europa: 35.000 óbitos associados ao calor.
 2004 – Ásia: 230.000 mortes relacionadas ao Tsunami.
 2005 – Paquistão: 20.000 mortes por causa do terremoto e EUA: mais de 1
milhão de pessoas evacuadas por casa do furacão Katrina
 2010 – Haiti: 100.000-200.000 mortes relacionadas ao terremoto.
 2011 – Japão: 13.333 mortos confirmados e ~16.000 desaparecidos pelo
terremoto seguido de tsunami.
Grandes desastres internacionais – Séc. XXI
Premissas
 Nenhum governo está completamente
preparado
 O enfrentamento às ESPIN ou ESPII não
ocorre de modo isolado.
Emergências sem resposta dos governos
Casos
Días
Notificação
Resposta
Casos potenciais
prevenidos/propagação
internacional prevenida
Casos
Días
Emergências sem oportunidade da resposta
Notificação
Resposta
Casos potenciais
prevenidos/propagação
internacional prevenida
Casos
Días
Emergências com oportunidade de resposta
Emergência de Saúde Pública de Importância
Internacional - ESPII
Evento* que constitui risco para a saúde pública de outros países,
devido à propagação internacional de um agravo e que pode
necessitar de resposta internacional coordenada.
Exemplos:
Infecciosas: Doenças de notificação imediata (notificação: <24 h)
Outros eventos em saúde: Desastres naturais, contaminação do solo, epizootias, etc.
* Evento: manifestação de doença ou ocorrência com potencial para causar doença.
Fonte: RSI 2005
CAPACIDADE BÁSICA NECESSÁRIA PARA
VIGILÂNCIA E DE RESPOSTA – ANEXO 1
Capacidades Avaliadas
Capacidade básica 1: Legislação nacional, política e financiamento
• As leis, regulamentos, requisitos administrativos, políticos ou outros instrumentos
governamentais existentes são suficientes para a execução das exigências no
âmbito do RSI.
• Financiamento disponível e acessível para a implementação e desenvolvimento
das capacidades básicas de RSI.
Capacidade básica 2: Mecanismo de coordenação disponível e funcionando
• Mecanismo está estabelecido para a coordenação dos setores relevantes à
implementação do RSI.
• Funções do Ponto Focal Nacional e operações estão em vigor, tal como definido
pelo RSI (2005)
Capacidade básica 3: Vigilância
• Vigilância de rotina (baseada em indicadores) inclui a função de alerta para
a detecção precoce de eventos de interesse de saúde pública.
• Vigilância baseada em eventos está estabelecida.
• Mecanismo de coordenação ativo propiciando coleta e integração de
informações de setores relevantes para o RSI.
Capacidade básica 4: Resposta
• Mecanismos de resposta às emergências de Saúde Pública estabelecidos.
• Procedimentos de gestão de processo para atuar sobre os riscos estão
estabelecidos e são pertinentes.
• Ações de prevenção e controle de infecção hospitalar estão estabelecidas e
implantadas.
• Programa de desinfecção, descontaminação e controle de vetores está
estabelecido.
Capacidades Avaliadas
Capacidades Avaliadas
Capacidade básica 5: Prontidão
•Plano Nacional de Saúde Pública de prontidão e resposta para emergências
(multiriscos) desenvolvido.
•Os riscos para Saúde Pública e os recursos disponíveis estão mapeados.
Capacidade básica 6: Comunicação de risco
• Mecanismos para comunicação eficaz dos riscos durante uma emergência de
Saúde Pública estão estabelecidos.
Capacidade básica 7: Capacidade de recursos humanos
•Recursos humanos disponíveis para implementar os requisitos das capacidade
básicas do RSI.
Capacidades Avaliadas
Capacidade básica 8: Laboratório
• Mecanismo de coordenação dos serviços de laboratório está estabelecido.
•Serviços de laboratório para realizar os exames necessários para confirmar ou
afastar
•as ameaças prioritárias de saúde estão disponíveis e acessíveis.
•Vigilância da Influenza está estabelecida.
•Sistema de coleta, acondicionamento e transporte das amostras está estabelecido.
•Laboratório de biossegurança e práticas de biossegurança estão disponíveis.
•Laboratório de gerenciamento de dados e de comunicação de risco está
estabelecido
Capacidade básica 9: Pontos de Entrada (PoE)
•Obrigações gerais com o PoE estão preenchidas.
•Cumprimento do RSI (2005) para PoE e para a saúde e documentos técnicos está
estabelecido.
•Coordenação para prevenção, detecção e resposta a eventos de Saúde Pública nos
PoE está estabelecida.
•Vigilância efetiva está estabelecida nos PoE.
•Resposta efetiva está estabelecida nos PoE.
• Vigilancia e Resposta a Doenças transmitidas por água e alimentos:
• Modelos de Vigilancia: Sentinela, epizootias, universal
• Material didático: Guias, protocolos, procedimentos de preparação e resposta
• Sistemas de Informação
• Diagnóstico Laboratorial
• Insumos Estratégicos e compras emergenciais
• Interface Internacional: GOARN, IHR, INFOSAN
• Eventos priorizados: Cólera, .....
• Vigilancia e Resposta a Doenças relacionadas a Zoonoses endêmicas e epidêmicas
• Idem anterior
• Interface Internacional: GOARN, IHR, OIE
• Eventos Priorizados
• Vigilancia e Resposta a outras doenças infecciosas (respiratórias, neurológicas,
vetoriais)
Capacidades Avaliadas
• Detectar e adotar medidas de alerta e resposta a emergências decorrentes de desast
res naturais
• Detectar e adotar medidas de alerta e resposta a emergências produzidas por agent
es químicos
• Detectar e adotar medidas de alerta e resposta a emergências produzidas por agent
es ionizantes e não‐ionizantes
• Cooperação técnica internacional no âmbito dos países sul americanos para enfrent
amento de emergência de saúde pública.
Capacidades Avaliadas
Estes eventos devem receber avaliação de risco segundo o Instrumento de decisão
para avaliação dos eventos que possam se constituir Emergências de Saúde Pública
de Importância Internacional adaptado para utilização no Brasil. Estes eventos
passam por quatro grupos de avaliação:
1. Impacto sobre a saúde pública é grave?
2. Evento é incomum ou inesperado?
3. Há risco significativo de propagação nacional?
4. Há risco significativo de restrições ao comércio ou
viagens internacionais?
AVALIAÇÃO
INSTRUMENTO DE DECISÃO PARA A AVALIAÇÃO E NOTIFICAÇÃO
DOSEVENTOS QUE POSSAM CONSTITUIR EMERGÊNCIAS DE
SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL
Os exemplos neste Anexo não são vinculantes, e são apresentados a título indicativo, com o
objetivo de auxiliar na interpretação dos critérios do instrumento de decisão.
I. O impacto do evento sobre a saúde pública é grave?
1. O número de casos e/ou o número de óbitos para esse tipo de evento é alto para
aquele local, tempo ou população determinados?
2. O evento tem potencial para causar um grande impacto sobre a saúde pública?
- Evento causado por um agente patogênico com alto potencial de causar epidemias
(patogenicidade do agente, alta letalidade, múltiplas vias de transmissão ou portadores
sãos).
- Indicação de fracasso terapêutico (resistência a antibióticos nova ou emergente,
ineficácia da vacina, resistência ou ineficácia de antídotos).
- O evento representa um risco significativo para a saúde pública, ainda que nenhum ou
poucos casos humanos tenham sido identificados.
- Relato de casos entre profissionais de saúde.
- A população de risco é especialmente vulnerável (refugiados, baixo nível de imunização,
crianças, idosos, baixa imunidade, desnutridos, etc.).
I. O impacto do evento sobre a saúde pública é grave? (Continuação)
2. O evento tem potencial para causar um grande impacto sobre a saúde pública?
(Continuação):
- Fatores concomitantes que possam impedir ou retardar a resposta de saúde pública
(catástrofes naturais, conflitos armados, condições meteorológicas desfavoráveis,
múltiplos focos no Estado Parte).
- Evento em área de alta densidade populacional.
- Propagação de materiais tóxicos, infecciosos ou de por alguma outra razão perigosos, de
origem natural ou não, que tenham contaminado ou tenham o potencial de contaminar
uma população e/ou uma grande área geográfica.
O impacto do evento sobre a saúde pública é grave? (Continuação)
É necessária assistência externa para detectar, investigar, responder e controlar o evento
atual ou evitar novos casos?
- Recursos humanos, financeiros, materiais ou técnicos inadequados – em particular:
– Capacidade laboratorial ou epidemiológica insuficiente para investigar o evento
(equipamento, pessoal, recursos financeiros) ;
– Antídotos, medicamentos e/ou vacinas e/ou equipamento de proteção, equipamento de
descontaminação ou equipamento de apoio insuficientes para atender às necessidades
estimadas
– Sistema de vigilância existente inadequado para a detectar casos novos
rapidamente.
O evento é incomum ou inesperado?
O evento é incomum?
- O evento é causado por um agente desconhecido, ou a fonte, veículo ou via de
transmissão são incomuns ou desconhecidos;
- A evolução dos casos é mais severa do que o esperado (incluindo morbidade ou
mortalidade) ou os sintomas apresentados são incomuns.
- A ocorrência do evento em si é incomum para a região, estação ou população.
- O evento é inesperado sob a perspectiva de saúde pública?
O evento é inesperado?
- Evento causado por uma doença ou agente que já tenha sido eliminado ou
erradicado do Estado Parte ou que não tenha sido notificado anteriormente.
Há risco significativo de propagação internacional?
- Há evidências de correlação epidemiológica com eventos similares em outros
Estados?
- Existe algum fator que deva alertar sobre potencial deslocamento transfronteiriço do
agente, veículo ou hospedeiro?
- Quando houver evidências de propagação local, um caso índice (ou outros casos
relacionados) com antecedente, no mês anterior, de:
– viagem internacional (ou o tempo equivalente ao período de incubação, caso o
agente patogênico for conhecido)
– participação em encontro internacional (peregrinação, evento esportivo,
conferência, etc.)
– contato próximo com viajante internacional ou com população altamente móvel.
- Evento causado por uma contaminação ambiental com potencial de propagação
através de fronteiras internacionais.
- Evento em área de tráfego internacional intenso, com capacidade limitada de controle
sanitário, de detecção ambiental ou de descontaminação.
IV. Há risco significativo de restrições ao comércio ou viagens internacionais?
- Eventos similares no passado resultaram em restrições internacionais ao comércio e/ou
viagens?
- Sabe-se ou suspeita-se que a fonte seja um produto alimentar, água ou qualquer outra
mercadoria que possa estar contaminada e que tenha sido exportada para outros
Estados ou importada de outros Estados?
- O evento ocorreu em associação com um encontro internacional ou em área de
intenso turismo internacional?
- O evento gerou pedidos de maiores informações por parte de autoridades estrangeiras
ou meios de comunicação internacionais?
Oficina CIEVS – Curitiba/PR 2012
• Transmissibilidade*
• Vulnerabilidade da População
• Magnitude Casos e óbitos
• Severidade/gravidade
• Transcendência
• inusitado/surto* e outras formas de alteração do padrão
epidemiológico
• Crise social
• * associado a outros fatores
Rotina Emergência
AVALIAÇÃO DE RISCO
AMEAÇAS, VULNERABILIDADES E RISCOS RELACIONADOS AO EVENTO
Ameaças
• Infectividade: capacidade de penetração e multiplicação nos tecidos.
• Patogenicidade: capacidade de produzir doença em um hospedeiro infectado.
• Virulência: pode designar a proporção de casos que são graves e/ou letais.
• Imunogenicidade: capacidade de induzir resposta imune específica e duradoura no hospedeiro.
• Transmissibilidade: capacidade de propagação de um hospedeiro para outro, depende da infectividade.
Vulnerabilidades
• Social, Pessoal e Institucional, como:
• Exposição e suscetibilidade (fatores do hospedeiro, do ambiente, transmissão, reservatório, vetor etc)
• Fragilidade (características da população e infraestrutura)
• Resiliência (capacidade de superação, retorno a normalidade etc)
Riscos
• Escala (magnitude, disseminação etc.)
• Urgência (velocidade)
• Complexidade
• Contexto (político, mídia, percepção do público etc)
Vigilância Internacional
Acesso em 12/11/2012
http://hisz.rsoe.hu/alertmap/index2.
php
Vigilância Internacional
Acesso em 12/11/2012
http://www.healthmap.org/pt/
DETECÇÃO
Disque Notifica
0800 644 66 45
E-Notifica
notifica@saude.gov.br
www.saude.gov.br/svs
Pesquisa de
Notícias e Sites
Clipping
• Serviços de Saúde
• CIEVS Estados e
Municípios
• Outros setores
• Outros países e órgãos
internacionais
• Mídia Nacional /
Internacional
• Sites oficiais de países e
orgãos internacionais
Como? Fontes Principais
• Casos Morbidade
• Surtos
• Outros SIS
USO DA MÍDIA ELETRÔNICA, SITES OFICIAIS E REDES
SOCIAIS E PARA DETECÇÃO DE EVENTOS
#cievs
23
Comitê de Monitoramento de Eventos
Integração, revisão e compartilhamento
• Discussão de todos os eventos novos ou em andamento monitorados
pelo Secretaria de Vigilancia em Saúde
• Participantes:
o Vigilância em Saúde: Epidemiológica (DEVIT), Ambiental (DSAST)
Sanitária (ANVISA)
o Outros Setores: Diagnóstico , Assistência, Saúde Indígena , etc
• Duas Etapas:
o Preparação:
 6ª Feiras - 10:00 - 12:00- Unidades Técnicas
o Comitê de Monitoramento de Eventos:
 2ª Feiras - 09:00 - 10:30 – Gestores
MONITORAMENTO
• Descrição do Evento:
• Pessoa, tempo, Lugar
• Contatos equipes Gestoras
• Avaliação de Risco:
• RSI
• Gestão: Alto, Médio, baixo,
Nulo
• Mapa: Google
• Centroíde
• Coordenada Lar/Long
SIME
MONITORAMENTO DE EVENTOS DE IMPORTÂNCIA EM SAÚDE
PÚBLICA - CIEVS
Resposta às Emergências
Kit de medicamentos:
 30 itens de medicamentos;
 18 itens de insumos
 Atende até 500 pessoas desabrigadas e desalojadas
por três meses.
Fonte: DECRETO No- 7.615, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011
Legislação
ESPIN – EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA NACIONAL
Epidemias
• Apresente risco de
disseminação nacional
• Seja produzidos por agentes
infecciosos inesperados
• Represente a reintrodução
de doença erradicada
• Apresente gravidade elevada
• Extrapole a capacidade de
resposta da direção estadual
do SUS
Desastres
• Situação de Emergência ou
Estado de Calamidade
Pública reconhecido pelo
Poder Executivo Federal e
que implique atuação direta
na área de Saúde Pública;
• Evento que supere a
capacidade de resposta do
nível local;
Desassistência
• Evento que, devidamente
reconhecido mediante a
decretação de situação de
emergência ou calamidade
pública pelo ente federado
afetado, coloque em risco à
saúde dos cidadãos por
incapacidade de resposta
das direções estadual,
distrital e municipal do SUS
• Ações Estratégicas:
• Centro de Operações de Emergência e Plano de Emergência:
• Canadá, GOARN-OMS e CDC
• Eventos de Massa: Copa do Mundo
• Força Nacional do SUS – Força Tarefa
• Rede Nacional de Alerta e Resposta a Emergências em
Saúde Pública – RNR-SUS / GOARN-Brasil
EMERGENCIA
Urgência e
Emergência
Vigilância
Sanitária
Vigilância
Epidemiológica
Desastres
Zoonoses
Alimentos
Ambiental
Laboratórios
Vetores
Mídia
População
Vacinas
Portos,
Aeroportos
e Fronteiras
Vigílancia
Hospitalar
Atenção
Básica
Produtos
Serviços
Eventos
Massivos
Respiratórias
Educação
Deliberados
CBRN
Agricultura
PAHO
WHO
Mercosul
e Unasul
Defesa Civil
Bombeiros
Força
Nacional
• Detecção – Mobilização – Resposta: Interlocutor Estratégico
EMERGENCIA
CENTRO DE OPERAÇÃO DE EMERGÊNCIA - ATIVAÇÃO DURANTE A PANDEMIA DE INFLUENZA
RESPOSTA: COE Saúde
Energia Eletrica:
Gerador / nobreak
Internet:
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Comunicação
 Informações ao viajante
 Educação em Saúde
Assistência
 Rede hospitalar e de urgência
 Regulação
Vigilância
 Monitoramento das ações e eventos em saúde pública
 Controle sanitário de produtos e serviços
 Vigilância em Pontos de Entrada (Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos
Alfandegados)
Resposta
 Resposta Coordenada às Eventos de Importância em Saúde Pública
Promoção e prevenção
 Promoção da saúde
 Oferta de serviços e divulgação de estratégias governamentais
Plano de Ação do Ministério da Saúde
Responsáveis: SE|SAS|SVS|ANVISA
OPERAÇÃO
COES=
ESTRUTUR
A
SCO=
ESTRATÉ
GIA
Sistema de Comando de
Operações
Centro de Operações de
Emergências em Saúde
MUDANÇA DE CULTURA INSTITUCIONAL
Processos temporários para responder adequadamente ao problema
FORÇAS DE RESPOSTA
Objetivos do Plano Mestre
Proteger a saúde da população;
Reduzir o impacto dos eventos e limitar a progressão de
uma crise;
Reduzir a morbi-mortalidade das emergências em saúde
pública;
Minimizar os prejuízos econômicos;
Manter a confiança do público;
Regulamentar a atuação do setor saúde segundo as
normativas;
Estabelecer uma resposta rápida, coordenada e efetiva
em nível federal;
Estabelecer um mecanismo de matriz operacional.
Resposta Coordenada
Centro de Operação de Emergências em Saúde (COES-Influenza)
 Estratégia de gestão institucional
 Reuniões sistemáticas
 Estratégia de comunicação de
risco
 Atualização de normas e
protocolos
 Monitoramento diário
Gabinete de Crise e
missão exploratória
Resposta I
Resposta II
Resposta III
Articulação loco-regional e intersetorial
Estabelecer a magnitude do evento
Definir Nível de Resposta
Monitoramento a distância
Orientação técnica
Insumos básicos
Operação local de suporte básico e avançado
Envio de profissionais
Envio de profissionais
Hosp. Campanha de acordo com a
magnitude do evento
EPIDEMIAS DE IMPORTÂNCIA
NACIONAL
DESASTRES QUE SUPEREM
CAPACIDADE DE RESPOSTA
LOCAL
DESASSISTÊNCIA EM ESTADO
DE CALAMIDADE
Criada pelo Decreto
Presidencial Nº 7.616 de
17/11/11
Avaliação do risco relacionado ao local do evento: Arena
Eventos de Massa
1. Natureza da competição / do evento
2. Local da competição / do evento
3. Condição de acomodação do público
4. Perfil da audiência
5. História pregressa da competição / do
evento
6. Expectativa de público
7. Duração do evento
8. Época do ano
9. Distância entre o local do evento e o
hospital
10. Perfil do hospital
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Vigilância e resposta a emergências de saúde pública

  • 1. Vigilância e Resposta às Emergências de Saúde Pública e RSI George Santiago Dimech Veterinário/Sanitarista / Epidemiologista 25 de Outubro de 2013
  • 2. Fonte: OMS Fonte: David M. Morens, Gregory K. Folkers & Anthony S. Fauci, The challenge of emerging and re-emerging infectious diseases. Nature 430, 242- 249(8 July 2004) Doenças emergentes e reemergentes Doenças Emergentes Reemergentes Dispersão intencional
  • 3. Doenças emergentes e reemergentes Novas doenças • AIDS, Ebola, Legionelose... Doenças antigas, novos lugares • FON/EUA 1999... Reintrodução • Peste/India; Malária/Coréia... Novas populações • Cólera/Haiti; Marburg/Alemanha... Aumento da virulência • Influenza H5N1/Hong Kong... Resistência aos medicamentos • Tuberculose; Malária... ~40 novas doenças nos últimos 40 anos
  • 4.  Aumento do trânsito internacional de pessoas, bens e mercadorias  Apesar da situação econômica mundial o turismo internacional mantém sua capacidade de resistência e recuperação  Entre jan-jun/2012 houve aumento de 5% no número de turistas internacionais em todo o mundo (+22 milhões).  A chegadas internacionais superam 1 bilhão ao final de 2012. Fonte: http://www2.unwto.org/es Trânsito internacional de pessoas
  • 5. Padrão global de tráfego aéreo internacional em Londres/Reino Unido, em julho de 2009, e alertas hipotéticos de doenças infecciosas por meio de sistemas de vigilância Fonte: The Lancet - Infectious disease surveillance and modelling across geographic frontiers and scientific specialties - 2012 Trânsito internacional de pessoas
  • 6.  2003 - Europa: 35.000 óbitos associados ao calor.  2004 – Ásia: 230.000 mortes relacionadas ao Tsunami.  2005 – Paquistão: 20.000 mortes por causa do terremoto e EUA: mais de 1 milhão de pessoas evacuadas por casa do furacão Katrina  2010 – Haiti: 100.000-200.000 mortes relacionadas ao terremoto.  2011 – Japão: 13.333 mortos confirmados e ~16.000 desaparecidos pelo terremoto seguido de tsunami. Grandes desastres internacionais – Séc. XXI
  • 7. Premissas  Nenhum governo está completamente preparado  O enfrentamento às ESPIN ou ESPII não ocorre de modo isolado.
  • 8. Emergências sem resposta dos governos Casos Días
  • 11. Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - ESPII Evento* que constitui risco para a saúde pública de outros países, devido à propagação internacional de um agravo e que pode necessitar de resposta internacional coordenada. Exemplos: Infecciosas: Doenças de notificação imediata (notificação: <24 h) Outros eventos em saúde: Desastres naturais, contaminação do solo, epizootias, etc. * Evento: manifestação de doença ou ocorrência com potencial para causar doença. Fonte: RSI 2005
  • 12. CAPACIDADE BÁSICA NECESSÁRIA PARA VIGILÂNCIA E DE RESPOSTA – ANEXO 1
  • 13. Capacidades Avaliadas Capacidade básica 1: Legislação nacional, política e financiamento • As leis, regulamentos, requisitos administrativos, políticos ou outros instrumentos governamentais existentes são suficientes para a execução das exigências no âmbito do RSI. • Financiamento disponível e acessível para a implementação e desenvolvimento das capacidades básicas de RSI. Capacidade básica 2: Mecanismo de coordenação disponível e funcionando • Mecanismo está estabelecido para a coordenação dos setores relevantes à implementação do RSI. • Funções do Ponto Focal Nacional e operações estão em vigor, tal como definido pelo RSI (2005)
  • 14. Capacidade básica 3: Vigilância • Vigilância de rotina (baseada em indicadores) inclui a função de alerta para a detecção precoce de eventos de interesse de saúde pública. • Vigilância baseada em eventos está estabelecida. • Mecanismo de coordenação ativo propiciando coleta e integração de informações de setores relevantes para o RSI. Capacidade básica 4: Resposta • Mecanismos de resposta às emergências de Saúde Pública estabelecidos. • Procedimentos de gestão de processo para atuar sobre os riscos estão estabelecidos e são pertinentes. • Ações de prevenção e controle de infecção hospitalar estão estabelecidas e implantadas. • Programa de desinfecção, descontaminação e controle de vetores está estabelecido. Capacidades Avaliadas
  • 15. Capacidades Avaliadas Capacidade básica 5: Prontidão •Plano Nacional de Saúde Pública de prontidão e resposta para emergências (multiriscos) desenvolvido. •Os riscos para Saúde Pública e os recursos disponíveis estão mapeados. Capacidade básica 6: Comunicação de risco • Mecanismos para comunicação eficaz dos riscos durante uma emergência de Saúde Pública estão estabelecidos. Capacidade básica 7: Capacidade de recursos humanos •Recursos humanos disponíveis para implementar os requisitos das capacidade básicas do RSI.
  • 16. Capacidades Avaliadas Capacidade básica 8: Laboratório • Mecanismo de coordenação dos serviços de laboratório está estabelecido. •Serviços de laboratório para realizar os exames necessários para confirmar ou afastar •as ameaças prioritárias de saúde estão disponíveis e acessíveis. •Vigilância da Influenza está estabelecida. •Sistema de coleta, acondicionamento e transporte das amostras está estabelecido. •Laboratório de biossegurança e práticas de biossegurança estão disponíveis. •Laboratório de gerenciamento de dados e de comunicação de risco está estabelecido Capacidade básica 9: Pontos de Entrada (PoE) •Obrigações gerais com o PoE estão preenchidas. •Cumprimento do RSI (2005) para PoE e para a saúde e documentos técnicos está estabelecido. •Coordenação para prevenção, detecção e resposta a eventos de Saúde Pública nos PoE está estabelecida. •Vigilância efetiva está estabelecida nos PoE. •Resposta efetiva está estabelecida nos PoE.
  • 17. • Vigilancia e Resposta a Doenças transmitidas por água e alimentos: • Modelos de Vigilancia: Sentinela, epizootias, universal • Material didático: Guias, protocolos, procedimentos de preparação e resposta • Sistemas de Informação • Diagnóstico Laboratorial • Insumos Estratégicos e compras emergenciais • Interface Internacional: GOARN, IHR, INFOSAN • Eventos priorizados: Cólera, ..... • Vigilancia e Resposta a Doenças relacionadas a Zoonoses endêmicas e epidêmicas • Idem anterior • Interface Internacional: GOARN, IHR, OIE • Eventos Priorizados • Vigilancia e Resposta a outras doenças infecciosas (respiratórias, neurológicas, vetoriais) Capacidades Avaliadas
  • 18. • Detectar e adotar medidas de alerta e resposta a emergências decorrentes de desast res naturais • Detectar e adotar medidas de alerta e resposta a emergências produzidas por agent es químicos • Detectar e adotar medidas de alerta e resposta a emergências produzidas por agent es ionizantes e não‐ionizantes • Cooperação técnica internacional no âmbito dos países sul americanos para enfrent amento de emergência de saúde pública. Capacidades Avaliadas
  • 19. Estes eventos devem receber avaliação de risco segundo o Instrumento de decisão para avaliação dos eventos que possam se constituir Emergências de Saúde Pública de Importância Internacional adaptado para utilização no Brasil. Estes eventos passam por quatro grupos de avaliação: 1. Impacto sobre a saúde pública é grave? 2. Evento é incomum ou inesperado? 3. Há risco significativo de propagação nacional? 4. Há risco significativo de restrições ao comércio ou viagens internacionais? AVALIAÇÃO
  • 20. INSTRUMENTO DE DECISÃO PARA A AVALIAÇÃO E NOTIFICAÇÃO DOSEVENTOS QUE POSSAM CONSTITUIR EMERGÊNCIAS DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA INTERNACIONAL Os exemplos neste Anexo não são vinculantes, e são apresentados a título indicativo, com o objetivo de auxiliar na interpretação dos critérios do instrumento de decisão. I. O impacto do evento sobre a saúde pública é grave? 1. O número de casos e/ou o número de óbitos para esse tipo de evento é alto para aquele local, tempo ou população determinados? 2. O evento tem potencial para causar um grande impacto sobre a saúde pública? - Evento causado por um agente patogênico com alto potencial de causar epidemias (patogenicidade do agente, alta letalidade, múltiplas vias de transmissão ou portadores sãos). - Indicação de fracasso terapêutico (resistência a antibióticos nova ou emergente, ineficácia da vacina, resistência ou ineficácia de antídotos). - O evento representa um risco significativo para a saúde pública, ainda que nenhum ou poucos casos humanos tenham sido identificados. - Relato de casos entre profissionais de saúde. - A população de risco é especialmente vulnerável (refugiados, baixo nível de imunização, crianças, idosos, baixa imunidade, desnutridos, etc.).
  • 21. I. O impacto do evento sobre a saúde pública é grave? (Continuação) 2. O evento tem potencial para causar um grande impacto sobre a saúde pública? (Continuação): - Fatores concomitantes que possam impedir ou retardar a resposta de saúde pública (catástrofes naturais, conflitos armados, condições meteorológicas desfavoráveis, múltiplos focos no Estado Parte). - Evento em área de alta densidade populacional. - Propagação de materiais tóxicos, infecciosos ou de por alguma outra razão perigosos, de origem natural ou não, que tenham contaminado ou tenham o potencial de contaminar uma população e/ou uma grande área geográfica.
  • 22. O impacto do evento sobre a saúde pública é grave? (Continuação) É necessária assistência externa para detectar, investigar, responder e controlar o evento atual ou evitar novos casos? - Recursos humanos, financeiros, materiais ou técnicos inadequados – em particular: – Capacidade laboratorial ou epidemiológica insuficiente para investigar o evento (equipamento, pessoal, recursos financeiros) ; – Antídotos, medicamentos e/ou vacinas e/ou equipamento de proteção, equipamento de descontaminação ou equipamento de apoio insuficientes para atender às necessidades estimadas – Sistema de vigilância existente inadequado para a detectar casos novos rapidamente.
  • 23. O evento é incomum ou inesperado? O evento é incomum? - O evento é causado por um agente desconhecido, ou a fonte, veículo ou via de transmissão são incomuns ou desconhecidos; - A evolução dos casos é mais severa do que o esperado (incluindo morbidade ou mortalidade) ou os sintomas apresentados são incomuns. - A ocorrência do evento em si é incomum para a região, estação ou população. - O evento é inesperado sob a perspectiva de saúde pública? O evento é inesperado? - Evento causado por uma doença ou agente que já tenha sido eliminado ou erradicado do Estado Parte ou que não tenha sido notificado anteriormente.
  • 24. Há risco significativo de propagação internacional? - Há evidências de correlação epidemiológica com eventos similares em outros Estados? - Existe algum fator que deva alertar sobre potencial deslocamento transfronteiriço do agente, veículo ou hospedeiro? - Quando houver evidências de propagação local, um caso índice (ou outros casos relacionados) com antecedente, no mês anterior, de: – viagem internacional (ou o tempo equivalente ao período de incubação, caso o agente patogênico for conhecido) – participação em encontro internacional (peregrinação, evento esportivo, conferência, etc.) – contato próximo com viajante internacional ou com população altamente móvel. - Evento causado por uma contaminação ambiental com potencial de propagação através de fronteiras internacionais. - Evento em área de tráfego internacional intenso, com capacidade limitada de controle sanitário, de detecção ambiental ou de descontaminação.
  • 25. IV. Há risco significativo de restrições ao comércio ou viagens internacionais? - Eventos similares no passado resultaram em restrições internacionais ao comércio e/ou viagens? - Sabe-se ou suspeita-se que a fonte seja um produto alimentar, água ou qualquer outra mercadoria que possa estar contaminada e que tenha sido exportada para outros Estados ou importada de outros Estados? - O evento ocorreu em associação com um encontro internacional ou em área de intenso turismo internacional? - O evento gerou pedidos de maiores informações por parte de autoridades estrangeiras ou meios de comunicação internacionais?
  • 26. Oficina CIEVS – Curitiba/PR 2012 • Transmissibilidade* • Vulnerabilidade da População • Magnitude Casos e óbitos • Severidade/gravidade • Transcendência • inusitado/surto* e outras formas de alteração do padrão epidemiológico • Crise social • * associado a outros fatores
  • 28. AMEAÇAS, VULNERABILIDADES E RISCOS RELACIONADOS AO EVENTO Ameaças • Infectividade: capacidade de penetração e multiplicação nos tecidos. • Patogenicidade: capacidade de produzir doença em um hospedeiro infectado. • Virulência: pode designar a proporção de casos que são graves e/ou letais. • Imunogenicidade: capacidade de induzir resposta imune específica e duradoura no hospedeiro. • Transmissibilidade: capacidade de propagação de um hospedeiro para outro, depende da infectividade. Vulnerabilidades • Social, Pessoal e Institucional, como: • Exposição e suscetibilidade (fatores do hospedeiro, do ambiente, transmissão, reservatório, vetor etc) • Fragilidade (características da população e infraestrutura) • Resiliência (capacidade de superação, retorno a normalidade etc) Riscos • Escala (magnitude, disseminação etc.) • Urgência (velocidade) • Complexidade • Contexto (político, mídia, percepção do público etc)
  • 29. Vigilância Internacional Acesso em 12/11/2012 http://hisz.rsoe.hu/alertmap/index2. php
  • 30. Vigilância Internacional Acesso em 12/11/2012 http://www.healthmap.org/pt/
  • 31. DETECÇÃO Disque Notifica 0800 644 66 45 E-Notifica notifica@saude.gov.br www.saude.gov.br/svs Pesquisa de Notícias e Sites Clipping • Serviços de Saúde • CIEVS Estados e Municípios • Outros setores • Outros países e órgãos internacionais • Mídia Nacional / Internacional • Sites oficiais de países e orgãos internacionais Como? Fontes Principais • Casos Morbidade • Surtos • Outros SIS
  • 32. USO DA MÍDIA ELETRÔNICA, SITES OFICIAIS E REDES SOCIAIS E PARA DETECÇÃO DE EVENTOS #cievs
  • 33. 23 Comitê de Monitoramento de Eventos Integração, revisão e compartilhamento • Discussão de todos os eventos novos ou em andamento monitorados pelo Secretaria de Vigilancia em Saúde • Participantes: o Vigilância em Saúde: Epidemiológica (DEVIT), Ambiental (DSAST) Sanitária (ANVISA) o Outros Setores: Diagnóstico , Assistência, Saúde Indígena , etc • Duas Etapas: o Preparação:  6ª Feiras - 10:00 - 12:00- Unidades Técnicas o Comitê de Monitoramento de Eventos:  2ª Feiras - 09:00 - 10:30 – Gestores MONITORAMENTO
  • 34. • Descrição do Evento: • Pessoa, tempo, Lugar • Contatos equipes Gestoras • Avaliação de Risco: • RSI • Gestão: Alto, Médio, baixo, Nulo • Mapa: Google • Centroíde • Coordenada Lar/Long SIME MONITORAMENTO DE EVENTOS DE IMPORTÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA - CIEVS
  • 35. Resposta às Emergências Kit de medicamentos:  30 itens de medicamentos;  18 itens de insumos  Atende até 500 pessoas desabrigadas e desalojadas por três meses.
  • 36. Fonte: DECRETO No- 7.615, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 Legislação ESPIN – EMERGÊNCIA DE SAÚDE PÚBLICA DE IMPORTÂNCIA NACIONAL Epidemias • Apresente risco de disseminação nacional • Seja produzidos por agentes infecciosos inesperados • Represente a reintrodução de doença erradicada • Apresente gravidade elevada • Extrapole a capacidade de resposta da direção estadual do SUS Desastres • Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública reconhecido pelo Poder Executivo Federal e que implique atuação direta na área de Saúde Pública; • Evento que supere a capacidade de resposta do nível local; Desassistência • Evento que, devidamente reconhecido mediante a decretação de situação de emergência ou calamidade pública pelo ente federado afetado, coloque em risco à saúde dos cidadãos por incapacidade de resposta das direções estadual, distrital e municipal do SUS
  • 37. • Ações Estratégicas: • Centro de Operações de Emergência e Plano de Emergência: • Canadá, GOARN-OMS e CDC • Eventos de Massa: Copa do Mundo • Força Nacional do SUS – Força Tarefa • Rede Nacional de Alerta e Resposta a Emergências em Saúde Pública – RNR-SUS / GOARN-Brasil EMERGENCIA
  • 39. CENTRO DE OPERAÇÃO DE EMERGÊNCIA - ATIVAÇÃO DURANTE A PANDEMIA DE INFLUENZA RESPOSTA: COE Saúde Energia Eletrica: Gerador / nobreak Internet: Datasus / Infovia
  • 40. Comunicação  Informações ao viajante  Educação em Saúde Assistência  Rede hospitalar e de urgência  Regulação Vigilância  Monitoramento das ações e eventos em saúde pública  Controle sanitário de produtos e serviços  Vigilância em Pontos de Entrada (Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados) Resposta  Resposta Coordenada às Eventos de Importância em Saúde Pública Promoção e prevenção  Promoção da saúde  Oferta de serviços e divulgação de estratégias governamentais Plano de Ação do Ministério da Saúde Responsáveis: SE|SAS|SVS|ANVISA
  • 41. OPERAÇÃO COES= ESTRUTUR A SCO= ESTRATÉ GIA Sistema de Comando de Operações Centro de Operações de Emergências em Saúde MUDANÇA DE CULTURA INSTITUCIONAL Processos temporários para responder adequadamente ao problema
  • 43. Objetivos do Plano Mestre Proteger a saúde da população; Reduzir o impacto dos eventos e limitar a progressão de uma crise; Reduzir a morbi-mortalidade das emergências em saúde pública; Minimizar os prejuízos econômicos; Manter a confiança do público; Regulamentar a atuação do setor saúde segundo as normativas; Estabelecer uma resposta rápida, coordenada e efetiva em nível federal; Estabelecer um mecanismo de matriz operacional.
  • 44. Resposta Coordenada Centro de Operação de Emergências em Saúde (COES-Influenza)  Estratégia de gestão institucional  Reuniões sistemáticas  Estratégia de comunicação de risco  Atualização de normas e protocolos  Monitoramento diário
  • 45. Gabinete de Crise e missão exploratória Resposta I Resposta II Resposta III Articulação loco-regional e intersetorial Estabelecer a magnitude do evento Definir Nível de Resposta Monitoramento a distância Orientação técnica Insumos básicos Operação local de suporte básico e avançado Envio de profissionais Envio de profissionais Hosp. Campanha de acordo com a magnitude do evento EPIDEMIAS DE IMPORTÂNCIA NACIONAL DESASTRES QUE SUPEREM CAPACIDADE DE RESPOSTA LOCAL DESASSISTÊNCIA EM ESTADO DE CALAMIDADE Criada pelo Decreto Presidencial Nº 7.616 de 17/11/11
  • 46.
  • 47. Avaliação do risco relacionado ao local do evento: Arena Eventos de Massa 1. Natureza da competição / do evento 2. Local da competição / do evento 3. Condição de acomodação do público 4. Perfil da audiência 5. História pregressa da competição / do evento 6. Expectativa de público 7. Duração do evento 8. Época do ano 9. Distância entre o local do evento e o hospital 10. Perfil do hospital 11. Riscos adicionais 12. Estruturas adicionais no local