Tema 1 MOdi. Conferência. Atividade 1 [Recuperado].ppt
1. Benguela, 09 de Fevereiro 2024.
Curso curricular: Epidemiología
Tema 1: Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica.
Resumo: Conceitos e definições usualmente empregados pela Saúde Pública. Sistema
Nacional de Vigilância Epidemiológica. Atividades da Vigilância Epidemiológica. Atribuições.
Objectivos:
-Definir conceitos e definições habitualmente utilizados pela Saúde Pública.
-Identifique os diferentes tipos de vigilância que existem e que você pode usar no seu
trabalho diário.
-Analisar as actividades e competências da Vigilância Epidemiológica.
-Diferenciar quais eventos de saúde dependem da instalação de um sistema de vigilância.
Atividade: 1.
Forma de organização do ensino: Conferência.
Método: Expositivo-Explicativo
Meio de ensino: Percepção direta: Quadro negro
Duração: 90 minutos
2. CENTRO DE ESTUDOS E INVESTIGAÇÃO
EM SAÚDE E AMBIENTE
Dr Eliezer Ortiz Hidalgo. Médico. Especialista no
Primeiro Grau no Higiene e Epidemiología.
CURSO CURRICULAR DE VIGILANCIA EM
SAÚDE
Tema 1: Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica
3. 1- Ministério da Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica de doenças e repostas.
Primeira Edição. Luanda; 2013:2-71.
2- Ministério da Saúde. Módulo de Princípios de Epidemiologia para o Controlo de
Doenças. Módulo 4: Vigilância em Saúde Pública. Organização Pan-Americana da
Saúde. Brasília; 2010:8-56.
3- Ministério da Saúde. Curso básico de vigilância epidemiológica. Módulo II: Sistema
Nacional de Vigilância Epidemiológica. Brasília; 2005:11-38.
4- Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 7a edição. Brasília; 2010.
5-https://ciencia.ao/covid-19/item/1043-vigilancia-epidemiologica
6- Ministério de Saúde. Sistema de Saúde. Vigilância Epidemiológica.
https://inis.gov.ao/vigilancia-epidemiologica/
7- Álvarez Toste M. Gámez Sánchez D. Romero Placeres M. Higiene e Epidemiología
Fundamentos. Ciências Médicas: A Havana; 2021:158-226.
8- Organização Mundial de Saúde. Orientações técnicas para vigilância e resposta
integrada às doenças na região africana da OMS. Terceira edição. Março 2017:14-130.
Bibliografia
4. Definir conceitos e definições habitualmente
utilizados pela Saúde Pública.
Identifique elementos do sistema de vigilancia e
os diferentes tipos de vigilância que existem e que
você pode usar no seu trabalho diário.
Analisar as actividades e competências da
Vigilância Epidemiológica.
Objetivos
5. Conceitos e definições usualmente empregados pela
Saúde Pública.
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica.
Atividades da Vigilância Epidemiológica.
Atribuições.
Resumo
7. Epidemiologia Termo da origem grega
que significa:
epi = sobre demo = população logia =
estudo.
8. Ciência que estuda processo saúde/doença.
Analisa a frequência e distribuição das doenças na população.
Identifica factores e determinantes das doenças, danos e riscos à
saúde.
Propõe medidas de controlo/ prevenção/ eliminação/ erradicaçâo.
Fornece indicadores para o planejamento, administração e
avaliação das acções de saúde.
Conceito da Epidemiología
9. Qual foi a primeira doença a ser controlada,
eliminada e única erradicada no mundo pela
vacinação?
10. Controlo: É a redução da incidência ou prevalência em níveis
muito baixos. Requer intervenções contínuas porque não pode
ser erradicada ou eliminada, alguns exemplos: (Sarampo,
Rubéola, Coqueluche, Febre Amarela, Hepatitis, Meningitis,
Tuberculoses, etc).
Eliminação: É a redução em zero casos ou interrupção da
transmissão de um microrganismo em uma área geográfica
definida, alguns exemplos: (Sarampo, Malaria, Tuberculoses,
Lepra,Tétano neonatal, Poliomielites (em Angola no ano 2015
recibio a certificação de eliminação da doença, mas no ano 2018
tive 1 caso por virus selvagen na província de Uíge), entre outras.
Erradicação: É ausência total certificada de casos humanos, a
ausência de um reservatório para o organismo no meio
ambiente, interromper absolutamente qualquer fonte infeccioso
(Variola no ano 1971).
11. I. Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de
saúde das populações humanas.
II. Proporcionar dados essenciais para o planejamento,
execução e avaliação das ações de prevenção, controlo e
tratamento das doenças, bem como para estabelecer
prioridades.
III. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
Importancia da Epidemiología
13. Vigilância em Saúde
Tem a base da vigilância epidemiológica mas é
mais abrangente, integra não só dados relativos a
danos e fatores de risco, mas também incorpora
elementos ligados a recursos, estratégias e
políticas, bem como outras componentes no domínio
da saúde pública como a opinião da população com
os serviços de saúde e está intimamente
relacionada com a tomada de decisões, sendo este
o seu objectivo básico (informação para a acção).
14. É um processo de recolha/análise sistemática e contínua dos dados de
doenças, factores determinantes e as suas consequências, a fim de
gerar informação útil na toma de decisões, para lograr acções de
prevenção/controlo inmediatas e mais efectiva nos diferentes niveis do
sistema.
É focalizado para:
Doenças infecciosas,
Doenças crónico-degenerativas,
Acidentes e violências,
Factores de risco e
Riscos ambientais.
Vigilância Epidemiológica
15. ELEMENTOS DO
SISTEMA DE VIGILANCIA
ENTRADA
Colheita dinâmica
por quais os
dados são
inseridos.
PROCESSO
Ações e funções que se
realizadas entre a
entrada e saída,
para transformar dados
e analisá-los.
SAIDA
Procedimento pelo qual
os dados analizados
são produzidos com
sugestões prácticas
•Considera o feedback.
16. Vigilância passiva: Cada nível de saúde envia informação de
forma rotineira e periódica sobre os eventos sujeitos à vigilância
ao nível imediatamente superior.
Vigilância ativa: A equipe de saúde recorre à fonte de informação
para realizar uma busca intencional de casos do evento sujeito à
vigilância. Os profissionais da equipe de saúde buscam
directamente os dados objectos de vigilância, revisando até
mesmo os registros rotineiros do serviço de saúde e os registros
diários de atenção às pessoas.
Tipos de vigilância
17. Vigilância especializada o sentinela: Realiza-se sobre um
determinado problema de saúde. Pode utilizar elementos dos itens
anteriores e é caracterizado pela rápida detecção e controlo de
eventos. Baseia-se na informação proporcionada por um grupo
seleccionado como fonte de notificação do sistema ("unidades
sentinelas"), municípios, hospitais, serviços, ect; que se
comprometem a recolecta/envío para o estudo de uma amostra pré-
concebida ("amostra sentinela"), como: Hisopado nassofaríngeo,
Liquor, fezes, sangue, de indivíduos de um grupo populacional
específico, no qual é avaliada a presença de um evento de interesse
para a vigilância ("condição sentinela"), exemplo: Síndromes
Meníngeos: Meningitis meningocócica; Síndromes Diarreicos:
Cólera; Síndromes Gripais: Influenza, Covid-19; Síndromes Ictéricos-
hemorrágicos: Ébola, Febre Amarrela, ect.
Tipos de vigilância
18. Estado de alerta permanente e responsável dos
profissionais de saúde em relação å ocorrência e å
distribuição das doenças na comunidade. A
informação/rumores vem a partir da comunidade
(líderes das igrejas, activistas comunitários,
autoridades e terapeutas tradicionais).
Tipos de vigilância em função da
zona abrangida
1. Vigilância comunitária:
19. Conjunto de acções capazes de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes
do meio ambiente, da produção, circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde.
A vigilância sanitária também contribui com ações de fármaco-
vigilância, ou seja, a investigação de situações que envolvem
reações adversas a medicamentos, vacinas e outros produtos para a
saúde.
Ações regulatórias e de monitoramento de produtos e ações
normativas e fiscalizatórias sobre os serviços prestados à população,
como por exemplo na assistência à saúde, exemplo como os
hospitais, clínicas, consultórios odontológicos, laboratórios de
análises clínicas, farmácias, drogarias e outros locais como creches,
casas de repouso, supermercados, bares e restaurantes,
panificadoras estão entre os locais.
2. Vigilância sanitária:
20. Com afinalidade de recomendar e adoptar medidas de
promoção da saúde ambiental, prevenção e controle
dos factores de riscos relacionados às doenças e
outros agravos à saúde, em especial: água para
consumo humano; ar; solo; contaminantes
ambientais e substâncias químicas; desastres
naturais; acidentes com produtos perigosos;
factores físicos; e ambiente de trabalho.
3.Vigilância ambiental:
21. Subsistema do Sistema Único de Saúde baseado na
informação-decisão-controlo de doenças e agravos
específicos.
Seus principais objectivos são elaborar, recomendar e
avaliar as medidas de controlo e o planeamento.
As doenças transmissíveis e não transmissíveis são
monitorizadas.
Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica
22. Desenvolver estudos epidemiológicos descritivos e
analíticos.
Promoção e educação em saúde.
Estudar e identificar surtos de doenças, mudanças nas
taxas de mortalidade e morbilidade, índices de risco para a
população, e factores de protecção contra a morte e
doenças.
Divulgação das informações epidemiológicas.
Capacitação dos profissionais de saúde ao respeito das
medidas de controlo apropriadas de prevenção e promoção
da saúde para doenças transmissíveis e não
transmissíveis.
Acções desenvolvidas pela
Vigilância Epidemiológica
23. Dados demográficos, ambientais e socioeconómicos.
Dados de morbilidade.
Dados de mortalidade.
Dados de acções de controlo de doenças e de serviços de
saúde.
Dados de laboratório.
Dados de uso de produtos biológicos, farmacológicos,
químicos.
Rumores vindos da comunidade, notícias de jornais e
outros meios de comunicação.
Fontes de dados utilizados pela
vigilância epidemiológica
24. Zelar por todas as acções de vigilância, de prevenção e de
controlo de doenças transmissíveis.
Zelar pela vigilância de factores de risco para o
desenvolvimento de doenças não transmissíveis.
Controlar a saúde ambiental e profissional.
Efectuar a análise de situação de saúde da população.
Atribuições do Sistema Vigilância
Epidemiológica
25. 1. Identificação de casos e eventos.
2. Notificação.
3. Análise e interpretação dos dados.
4. Investigação e confirmação de casos suspeitos, surtos e
eventos.
5. Preparação.
6. Resposta.
7. Retroinformação.
Actividades de vigilância
epidemiológica integrada.
26. 1. Identificação de casos e eventos: Usando definições
padronizadas de caso, identificando eventos e doenças prioritárias:
• a) Caso suspeito: Pessoa cuja história clínica e epidemiológica,
sintomas e possível exposição a uma fonte de
infecção/contaminação sugerem estar desenvolvendo ou em vias de
desenvolver alguma doença.
• b) Caso confirmado: Pessoa ou animal de quem foi isolado e
identificado o agente etiológico ou de quem foram obtidas outras
evidências epidemiológicas ou laboratoriais da presença do agente
etiológico.
• c) Caso descartado: Pessoa que não preenche os critérios de
confirmação e compatibilidade; ou para a qual é diagnosticada outra
patologia que não aquela que se está apurando.
Actividades de vigilância
epidemiológica integrada 1/5.
27. 2. Notificação: Realiza-se atraves das fichas de
investigação de doenças transmissíveis e não transmissíveis,
que são preenchidas pelos profissionais da saúde da rede de
saúde a nível do país e que depois do preenchimento, são
enviadas para a nível superior, que irá processar, analisar,
interpretar e recomendar quais medidas deverão ser
efectivadas.
Se tratar-se de casos suspeitos de uma doença de potencial
epidémico, uma Emergência de Saúde pública de Potencial
Ambito Internacional (*ESPAI) ou de uma doença visada para
eliminação ou erradicação, notificar imediatamente,
investigando o caso ou ocorrência e apresentar um relatório
detalhado.
Actividades de vigilância
epidemiológica integrada 2/5.
28. 3. Análise e interpretação dos dados: compilar os dados,
analisar as tendências, comparar a informação com os
períodos anteriores e divulgar os resultados ao nível superior;
decidir se as actuais fichas respeitam as prioridades da
estratégia de Vigilância Integrada de Doenças e Resposta e
recolher e apresentar dados relevantes acerca do município
que possam ser usados na advocacia de recursos adicionais,
para melhorar as actividades de vigilância e resposta.
Actividades de vigilância
epidemiológica integrada 3/5
29. • Investigação e confirmação de casos suspeitos, surtos
e eventos: Actuar no sentido de garantir a confirmação dos
casos incluindo a confirmação laboratorial. Recolher
evidências acerca das eventuais causas do surto ou
evento e usá-las para seleccionar estratégias adequadas
de prevenção e controlo.
• Preparação: Preparar com antecedência iniciativas para
enfrentar os surtos ou eventos de saúde pública (Plano de
contingência), para que as equipas possam responder
rapidamente e para que haja disponibilidade de materiais e
equipamentos essenciais para uma acção imediata.
Actividades de vigilância
epidemiológica integrada 4/5.
30. • Resposta: Coordenar e mobilizar recursos e pessoal, para
implementar uma resposta adequada e em tempo oportuno
ao problema de saúde pública ou ao surto epidémico
identificado.
• Retroinformação: Motivar/Encorajar a cooperação,
comunicando com os níveis, que forneceram os dados e
notificaram surtos, casos e eventos, acerca dos resultados
da investigação e do êxito dos esforços de resposta; definir
as necessidades de formação para pessoas de saúde;
descrever de que forma se processa a comunicação e
métodos de a retroinformação.
Actividades de vigilância
epidemiológica integrada 5/5
31. Quadro1: Doenças, Eventos Prioritários para Estratégia Integrada de Vigilância e Resposta às
Doenças
Doenças Potenciamente Epidémicas
Doenças visadas
paramerradicação ou
eliminação
Outrasdoenças,ou eventos de
importância para a
saúdepública
-Febre hemorrágica Viral
-Sarampo
-Meningite meningocócica
-Ébola
-Marburgo
-Vale do Rift
-Lassa
-Congo-Crimeia
-Febre do Nilo Ocidental
Doenças especificadas pelo RSI(2005)
para notificação imediata:
varíola, poliomielite devida ao poliovírus
selvagem, gripe humana causada por um
novo subtipo do vírus influenza e Covid-
19, Cólera, peste, febre-amarela, febre
-Lepra
-Filaríaselinfática
-Tétano neonatal
-Oncocercose
– Poliomielite tipo
1.
-Hepatiteviralaguda
-Efeitosadversosapósa
vacinação(EAAV)
-Diabetesmellitus
-Diarreiacomdesidratação em
menoresde5anos
-Diarreiacomsangue
-VIH/SIDA(novoscasos) -
Hipertensão Arterial
-Traumatismoporacidentes
rodoviários
-Malária
-IRAG
-Febretifóide
-Malnutriçãoemmenoresde5
anos
32. SISTEMA DE V/E INTEGRADA (ALERTA CÓLERA)
US-Prov-Fonteiras
(Diarreia)
1.Dispõem de definição de
casos de Cólera.
2. Protocolos de tratamento
da cólera estão disponíveis
em todas as unidades de
saúde.
3. Estão a ser formadas
equipas de resposta rápida.
4. Distribuição SRO e IV nas
US.
RDC ZAMBIA
DVE (Provincias “X”)
DVE (MINSA)
Notificação
Notificação
Fezes
Fezes
ETAPA PRE-EPIDÉMICA
OMS (ÁFRICA)
33. A Epidemiologia permite a avaliação das medidas de
controlo e das acções de promoção e prevenção e deteção
e acompanhamento de alterações e tendências futuras dos
agentes patogénicos.
A Vigilância em saúde é essencial para as actividades de
prevenção e controlo das doenças e constitui um
instrumento para a afectação dos recursos do sistema de
saúde, bem como para a avaliação do impacto dos
programas e serviços de saúde.
Resumo
34. PRÓXIMA ATIVIDADE DOCENTE
Estrutura do sistema de Vigilância Epidemiológica
Integrada.
Competência dos diversos níveis do Sistema
Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE).
35. 1- Ministério da Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica de doenças e repostas.
Primeira Edição. Luanda; 2013:2-71.
2- Ministério da Saúde. Módulo de Princípios de Epidemiologia para o Controlo de
Doenças. Módulo 4: Vigilância em Saúde Pública. Organização Pan-Americana da
Saúde. Brasília; 2010:8-56.
3- Ministério da Saúde. Curso básico de vigilância epidemiológica. Módulo II: Sistema
Nacional de Vigilância Epidemiológica. Brasília; 2005:11-38.
4- Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 7a edição. Brasília; 2010.
5-https://ciencia.ao/covid-19/item/1043-vigilancia-epidemiologica
6- Ministério de Saúde. Sistema de Saúde. Vigilância Epidemiológica.
https://inis.gov.ao/vigilancia-epidemiologica/
7- Álvarez Toste M. Gámez Sánchez D. Romero Placeres M. Higiene e Epidemiología
Fundamentos. Ciências Médicas: A Havana; 2021:158-226.
8- Organização Mundial de Saúde. Orientações técnicas param vigilância e resposta
integrada às doenças na região africana da OMS. Terceira edição. Março 2017:14-130.
Bibliografia próxima atividade
36. “ A boa vigilância
não
necessariamente
garante a tomada
de decisões
corretas, mas
reduz a chance de
tomarmos
decisões erradas”
Alexandre D. Langmuir
New England Journal of Medicine; 1963;
268: 182-191