Educação Conectada e Inovação Mediada por Tecnologias Educacionais:
- Discute os desafios contemporâneos da educação e o papel das tecnologias educacionais para promover qualidade, equidade e aprendizagem ao longo da vida.
- Argumenta que a educação conectada requer modelos híbridos que conjugam atividades presenciais e virtuais com mediação docente persistente e infraestrutura adequada.
- Defende que a inovação educacional mediada por tecnologia exige formação docente
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Educação Conectada e Inovação
1. Educação Conectada e
Inovação Mediada por
Tecnologias Educacionais
Elena Maria Mallmann
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
elena.mallmann@ufsm.br – elena.ufsm@gmail.com
2. Motivação: desafios contemporâneos da educação
Taxas de reprovação, abandono e redução de matrículas na Educação Básica;
Defasagem idade-série, infraestrutura física das escolas e formação dos
profissionais da educação;
•
2019: quase 1,1 milhão de crianças e adolescentes em idade escolar obrigatória fora da
escola no Brasil (Fonte: Cenário da Exclusão Escolar no Brasil - Unicef).
Baixos níveis de escolarização;
Restrito acesso ao ensino superior.
4.
Crianças e adolescentes fora da escola:
problema social, cultural e histórico;
não é tarefa somente da instituição escolar ou dos profissionais da educação;
não resolve com medidas distributivas de equipamentos, pré-produção de
materiais didáticos para aplicação e capacitações instrumentalizadoras e
aligeiradas.
5. Análises: políticas públicas e modelos de educação híbrida
Ampliação das tecnologias nas práticas educacionais:
Plano Nacional da Educação (PNE 2014-2024);
Programa de Inovação Educação Conectada instituído como Política em 2021 com a
publicação da Lei no 14.180, de 1o de julho de 2021, em articulação entre MEC,
Undime e Secretarias Municipais de Educação;
Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Argumento: qualidade, equidade, inovação e aprendizagem
ao longo da vida.
6.
Educação Conectada - Modelos de educação híbrida:
Presencial e virtual;
Institucional e domiciliar/extraescolar;
Mediação tecnológica;
Planejamento e orientação docente persistente e
recorrente;
Infraestrutura, logística, mobilidade e acessibilidade.
7. Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB)
Currículo de Referência em Tecnologia e Computação
Currículo Educação Básica Infantil e
Fundamental
Fonte: https://curriculo.cieb.net.br/
8.
Macro e micro contextos da educação mediada pelas tecnologias:
Papel do Estado: políticas articuladoras das prioridades;
Profissionais da educação: coautores das políticas, currículos e recursos;
Sistema de relações sociais: campo de disputas e interesses diversos
inovações científico-tecnológicas e os conteúdos da tradição histórica.
Demandas históricas:
técnica e tecnologia no mundo do trabalho e sistemas
formativos.
Resultados: problematizações necessárias
9.
Problematizações a respeito da romantização das tecnologias:
Formação e desenvolvimento profissional: o que se resolve com capacitação esporádica?
Condições de trabalho e arquitetura das instituições: autonomia no espectro dos
itinerários formativos?
Concepção de tecnologia: caráter instrumental na formação de usuários?
Democratização da inovação: investimento em REA,
software livre e acessibilidade?
Gestão e governança: responsabilização e papel pouco
ativo dos gestores locais e dos professores?
10.
Inovação na educação mediada por tecnologias, especialmente quando se
trata de situações remotas, a distância, online ou híbridas, não se restringe
à práticas e recursos esporádicos e desconexos:
ampliação de acesso e conectividade;
potencialidades híbridas que conjugam redes
de mediadores Humanos e Não-humanos (H-Nh).
11.
12.
Educação Conectada e Inovação Educacional:
Direitos autorais;
Desafios ético-estéticos da (co)autoria;
Integração das tecnologias: metodologias ativas, alternância
presencial/virtual, reconfiguração temporalidade/espacialidade;
Seleção de recursos, redes, plataformas com
amplo conhecimento e condições operacionais.
13.
Educação Conectada e Inovação Educacional:
Fluência Tecnológico-Pedagógica (FTP): formação;
Hipermídia e acessibilidade;
Recursos Educacionais Abertos (REA): prática das cinco liberdades => reter
cópias, reutilizar, revisar, remixar e recompartilhar.
14. Considerações finais
Textualidade das políticas públicas: materialidade das diretrizes, regramentos avaliativos,
processos regulatórios e normativas que expressam acordos;
Instituições educativas: ideários éticos no sistema de relações sociais baseadas nas condições
reais;
Gestão e governança educacional: construção de ambiências interativas, participativas e
colaborativas;
15.
Performance pedagógica: investigativa e orientada pela resolução de problemas;
Concepções educacionais: valorização da (co)autoria;
Inovação educacional: formação crítica e com potencial para ciclos virtuosos de
produção de conhecimento científico-tecnológico na escola;
Fluência Tecnológico-Pedagógica (FTP): independência em ciência e tecnologia,
cultura e sociedade.
16. Referências
BAUER, F. Cenário da Exclusão Escolar no BrasilUm alerta sobre os impactos da pandemia da COVID-19 na Educação. São Paulo:
CENPEC/UNICEF, 2021. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/media/14026/file/cenario-da-exclusao-escolar-no-brasil.pdf Acesso em:
11 abr. 2022.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Texto referência – Diretrizes Gerais Aprendizagem Híbrida. Brasília, 2021. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=227271-texto-referencia-educacao-
hibrida&category_slug=novembro-2021-pdf&Itemid=30192 Acesso em: 11 abr. 2022.
BUTCHER, N. A Basic Guide to Open Educational Resources. British Columbia/Paris: COL e UNESCO, 2011. Disponível em:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000215804 Acessoem: 10 jan. 2022.
HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: Usando a Inovação Disruptiva para Aprimorar a Educação [recurso eletrônico]. Tradução: Maria Cristina
Monteiro. Porto Alegre: Penso, 2015.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
MALLMANN, E. M. e SCHNEIDER, D. da R. Políticas públicas, tecnologias educacionais e Recursos Educacionais Abertos (REA). Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp2, p. 1113–1130, 2021. DOI: 10.21723/riaee.v16iesp2.15118. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/15118. Acesso
em: 5 jul. 2022.
VIEIRA PINTO, Á. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.v.1.
17. Elena Maria Mallmann
Universidade Federal de Santa Maria
elena.mallmann@ufsm.br
“Pela faculdade tecnopoiética o homem se afirma como ser
pensante não em caráter abstrato, mas porque pensa segundo
as leis da realidade”
(Álvaro Vieira Pinto – O conceito de tecnologia – Vol. II)