O documento discute a adoração a Deus como um ato integral que envolve amar a Deus com todo o coração e amar ao próximo. Apresenta a parábola do bom samaritano para ensinar que o próximo é qualquer pessoa necessitada de compaixão, não importando sua origem.
2. TEXTO DO DIA
• “...amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de
toda a alma. e de todas as forças e amar o próximo como a si
mesmo é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios...”
(Mc 12.33)
3. SÍNTESE
• Jesus, em seu ministério, preocupou-se em apresentar o
verdadeiro caminho de adoração ao Pai.
4. AGENDA DE LEITURA
• SEGUNDA -Lc 4.8: Adorar só a Deus
• TERÇA - Mt 211: Jesus foi adorado desde o seu
nascimento
• QUARTA - Mt 15.9: A falsa adoração
• QUINTA - Jo 12.13: Adoração sem profundidade
• SEXTA - Lc 16.13: Adoração sem mistura
• SÁBADO - Mt 14.33; Adoração como ato de
reconhecimento da natureza de Jesus
5. OBJETIVOS
• APRESENTAR a adoração como
uma ação integral do ser
humano.
• DISCUTIR a respeito do amor ao
próximo como um requisito da
adoração.
• PROBLEMATIZAR e contextualizar
o conceito de próximo na Igreja
contemporânea.
6. TEXTO BÍBLICO
Lucas 10.25-35
• 25 E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e
dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
• 26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?
• 27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas
forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como
a ti mesmo.
• 28 E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás.
• 29 Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a
Jesus: E quem é o meu próximo?
7. • 30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de
Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os
quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram,
deixando-o meio morto.
8. • 31 E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo
sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.
• 32 E de igual modo também um levita, chegando àquele
lugar, e, vendo-o, passou de largo.
• 33 Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele
e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão;
• 34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes
azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o
para uma estalagem, e cuidou dele;
• 35 E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao
hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais
gastares eu to pagarei quando voltar.
9. INTRODUÇÃO
• Jesus, através de sua vida, demonstra que adorar a Deus é
muito mais do que cumprir exigências cerimoniais: louvar ao
Criador envolve a totalidade de nosso ser todo nosso espírito,
alma e corpo.
• Logo, se é tudo o que somos, a adoração está ligada também
com nossos relacionamentos.
• Deste modo, a maneira pela qual nos relacionamos com as
pessoas denuncia se somos ou não adoradores Partindo da
célebre parábola de Jesus, em Lucas 10, refletiremos nesta
lição a respeito do caráter integral da verdadeira adoração a
Deus.
12. • Mais uma vez. Jesus está às voltas
com uma pergunta feita por um
dos religiosos da época.
• A questão suscitada pelo escriba
referia-se a problemática da vida
eterna e o recebimento desta
Jesus, numa estratégia discursiva
típica dos sábios da época, devolve
a pergunta com outras duas: Que
está escrito na lei?
• Como lês?
13. • Apesar de não responder diretamente, as indagações de Jesus
direcionam e restringem as opções que o doutor tem para
apresentar sua tréplica.
• O acesso a vida eterna estava intimamente relacionado a duas
questões muito sérias: tanto às verdades eternas já
manifestas por Deus e registradas nas Escrituras, como
também ao modo pelo qual as pessoas a interpretavam.
• É claro que a Bíblia é nosso manual sobre adoração e louvor,
todavia, corremos sérios riscos de negarmos ao Pai.
• se a lermos de maneira errónea.
15. • Imediatamente o doutor da Lei responde a primeira
indagação de Jesus.
• Cita com perfeição o texto de Deuteronômio 6.5.
• Como é possível receber a vida eterna?
• Amando, adorando a Deus com tudo aquilo que temos e
somos: coração, alma, forças e entendimento Percebe-se
assim que a adoração não está relacionada com aquilo que
recebemos, mas com nossa percepção sobre quem é Deus.
• Basta que tenhamos um simples vislumbre da sua pessoa (Êx
33.18-23: 2 Co 12.1-10), e será o suficiente para não
desejarmos mais nada, senão apenas um relacionamento
intenso e genuíno com Ele.
17. • Uma vez que pouquíssimas pessoas terão o privilégio de ter
uma experiência reveladora e direta com a divindade, como
poderemos adorá-lo? A resposta parece explicita no final da
fala do escriba: “...e o teu próximo como a ti mesmo...” (Lv
19.18).
• O amor. que nos identifica universalmente uns com os outros,
é a ferramenta capaz de revelar a face de Deus à humanidade.
Posso ver Deus através de quem está próximo a mim; por
meio daqueles que. assim como eu. são filhos, adoradores e
amados do Pai. Não devo divinizar nenhuma pessoa, isto é
idolatria, mas todas ás vezes que eu concedo àqueles que
estão próximos a mim a dignidade inerente a eles (Gn 1.26).
estou amando-os e. per uma inevitável conseqüência,
oferecendo a Deus a verdadeira adoração que lhe é devida (Jo
15.1-14).
20. • O escriba quis justificar-se (v.20); mas desculpar-se de quê?
De, contraditoriamente, afirmar que amava a Deus sem amar
aqueles que estavam ao seu lado.
• Para aquele homem era impossível amar determinadas
pessoas ou grupos sociais: os publicanos traidores, os
leprosos impuros, as meretrizes promíscuas, os samaritanos
etnicamente rejeitados.
• Indagou então o doutor ‘Quem é meu próximo?
• O termo grego para ‘próximo" é literalmente vizinho,
metaforicamente, ‘aquele que é o mais intimo’ Ao indagar
sobre quem era seu próximo, arrogantemente o escriba
questionava, ‘quem é semelhante a mim?, postura análoga ã
do Fariseu em Lucas 18.11.
• Para aquele homem, a religiosidade o fazia superior, e
qualitativamente diferente de todas as demais pessoas; deste
modo. amar a quem. senão apenas a si mesmo?
22. • A fim de esclarecer o escriba, mais uma vez. Jesus não oferece
uma resposta direta, mas por meio de uma parábola,
denuncia a arrogância daquele homem.
• A parábola do samaritano, como é tradicionalmente nomeada
esta imagem bíblica, é um dos mais belos textos da Escritura;
lembremo-nos, todavia, que seu objetivo central é responder
ao questionamento: ‘Quem é meu próximo?’
• Se levarmos em conta está questão perceberemos que,
dentre os três personagens secundários do enredo: o
sacerdote, o levita e o samaritano, a ajuda ao homem
assaltado vem de quem o escriba jamais se identificaria: o
samaritano.
23. • Os samaritanos eram os descendentes do Reino do Norte que,
colonizados pela Assiria, desenvolveram uma religiosidade
mista, considerada impura e espúria pelos judeus. Por isso,
um judeu, particularmente um especialista em
conhecimentos da Torá, jamais consideraria um samaritano
digno de amor ou compaixão.
25. • Diante da cena que Jesus elabora, o quadro tradicional muda;
temos um sacerdote e um levita, não misericordiosos,
cerimonial mente puros, mas cheios de preconceitos.
https://sites.google.com/site/expositivocom3/judeus-e-samaritanos
26. • Por outro lado temos um samaritano, socialmente rejeitado,
mas graciosamente acolhedor; etnicamente odiado,
entretanto o único que demonstra amor.
• A quem o escriba comparar-se-ia, aos dois primeiros?
• Se fizesse isso Jesus demonstraria que não havia amor a Deus
naquele homem.
• O escriba, num exercício de superação de seus preconceitos,
teve de comparar-se ao samaritano.
• Por esta parábola Jesus demonstra que o próximo, o intimo, é
todo aquele que é carente de amor, assim como é aquele que
desinteressadamente ama.
29. • O culto não pode ser nosso
único momento de adoração.
• Não é saudável que reduzamos
nossa adoração apenas a
louvores, pregações, orações e
contribuições Devemos adorar
com tudo o que somos, em
todo o tempo (Sl 32.6; Ef 6.18),
com tudo o que temos (At
20.35; Cl 3.22-25).
31. • Que tipo de pessoas a espiritualidade que praticamos tem
desenvolvido?
• Indivíduos insensíveis à dor do outro, que em nome de rituais
e tradições observam de maneira Inerte multidões morrendo
á míngua sob o domínio do pecado, sem sequer estender a
mão.
• Ou nossa fé, que é simultaneamente resultado e causa de
nossa adoração (Hb 11.1), tem cotidianamente transformado
nosso ser, quebrando nossa arrogância e exaltação (Pv 8.13),
levando-nos a perceber àquele que está a nossa volta não
apenas como um outro (Gr heteros), distante e diferente, mas
como o próximo (Gr. ptesion), íntimo, amigo mais chegado
que irmão (Pv 18.24).
33. • Quem são os samaritanos de
nossa sociedade?
• Nossa fé não é excludente. o
Reino de Deus é inclusivo (Mt
9.10-13). O evangelho do Senhor
Jesus é a boa-nova de Deus para
a humanidade.
• Ele é convidativo, acolhedor.
Assim como Jesus, não tenhamos
medo de aproximarmo-nos das
pessoas que necessitam de Deus
(Fp 2.6-9; Hb 2.11).
34. CONCLUSÃO
• O tipo de vida que Deus deseja que desenvolvamos está
intimamente ligada à vivência do louvor e da adoração; por
isso vai muito além da mera observação de tradições ou
ordenamentos humanos.
• Adorar ao Pai significa amá-lo, e tal experiência somente é
possível quando nos permitimos amar e ser amados pelas
pessoas que estão à nossa volta.
• Viva o melhor de Deus para você: adore, Ame e perdoe.