O documento discute a importância do trabalho na perspectiva bíblica, vendo-o como meio para o desenvolvimento humano dado por Deus, e não como castigo. Também enfatiza a necessidade de ambientes de trabalho saudáveis, com respeito mútuo e resolução pacífica de conflitos.
2. TEXTO DO DIA
• “...E quanto ao homem, a quem Deus deu riquezas e
fazenda e lhe deu poder para delas comer, e tomar a
sua porção, e gozar do seu trabalho, isso é dom de
Deus...” (Ec 5.19).
3. SÍNTESE
• O Senhor deu o trabalho ao homem para o pleno
desenvolvimento de sua criatividade,
potencialidades, humanização e felicidade.
4. AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 2.4-15
• O Senhor institui o trabalho
TERÇA — Gn 3.17-19
• A desobediência tornou o trabalho penoso
QUARTA — Ec 3.11-13
• A dignidade do trabalho e direitos do trabalhador
QUINTA — Ec 2.17-24; 6.7
• Futilidade e bênçãos provenientes do trabalho
SEXTA — Ec 9.7-10
• A felicidade do trabalhador
SÁBADO — Ec 4.4
• O trabalhador competente é invejado pelo incompetente
5. OBJETIVOS
COMPREENDER os diversos conceitos de trabalho;
REFLETIR sobre o relacionamento no trabalho;
REPENSAR o relacionamento com os superiores no
trabalho.
6. TEXTO BÍBLICO
2 Tessalonicenses 3.7-13.
7 — Porque vós mesmos sabeis como convém imitar-
nos, pois que não nos houvemos desordenadamente
entre vós,
8 — nem, de graça, comemos o pão de homem algum,
mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia,
para não sermos pesados a nenhum de vós;
9 — não porque não tivéssemos autoridade, mas para
vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes.
7. 10 — Porque, quando ainda estávamos convosco, vos
mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar,
não coma também.
11 — Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam
desordenadamente, não trabalhando, antes, fazendo
coisas vãs.
12 — A esses tais, porém, mandamos e exortamos, por
nosso Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando com
sossego, comam o seu próprio pão.
13 — E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.
8. INTRODUÇÃO
• O trabalho deve ser visto pelo cristão não como peso,
ou fruto do pecado, como equivocadamente pensam
alguns, mas como possibilidade de crescimento e
desenvolvimento humano dados por Deus para a plena
humanização e realização do homem.
9. I. VOCÊ E O TRABALHO
(Ec 2.17-24; 6.7)
1. Civilização industrial e o trabalho (Jr 22.3,13; Am
8.4-6; Tg 5.4).
2. Perspectivas bíblica e humana (Gn 2.4-15,19;
1.28).
3. O trabalho em o Novo Testamento (Ef 6.5-9).
10. • Na civilização industrial, o homem está a serviço do
sistema de produção e distribuição.
• O trabalho nessa perspectiva é uma atividade racional
que se propõe a produzir bens para o consumo,
satisfação das necessidades com vistas a felicidade do
indivíduo e progresso da civilização.
• Nesse aspecto, é valorizada a pessoa que trabalha e a
que tem capacidade de consumir os bens produzidos.
• O “ter” vem à frente do “ser”.
1. Civilização industrial e o trabalho (Jr 22.3,13; Am
8.4-6; Tg 5.4).
11. • As instituições da sociedade industrial preparam e
modelam o homem para fazer dele um “trabalhador”. O
interesse não está no homem, em sua completa
humanização, mas em sua capacidade de produzir e
consumir cada vez mais.
12. • O indivíduo é preparado para ser “trabalhador”,
“consumidor” em vez de um ser pleno, realizado e
consciente.
13. • A exclusão social de um sem-número de pessoas, a
situação desumanizante de milhões de trabalhadores
nos países de Terceiro Mundo, as injustiças sociais e
trabalhistas que lhes são cometidas, e o sucateamento
das reservas naturais atestam a crueldade e
desumanização da qual os trabalhadores e o mundo são
vítimas.
14. • Notando que os avisos de "colapso" são muitas vezes
vistos como controversos, o estudo tenta dar sentido a
dados históricos interessantes que mostram que o
processo de ascensão e colapso é realmente um ciclo
recorrente encontrado ao longo da história do mundo.
15. • O relatório propõe que, de acordo com os registros
históricos, as civilizações (mesmo avançadas e
complexas) são suscetíveis a entrar em colapso,
levantando questões sobre a sustentabilidade da
civilização moderna:
16. • "A queda do Império Romano e os igualmente
avançados Impérios e Dinastias Han, Maurya e Gupta,
assim como tantos mesopotâmicos, são testemunho do
fato de que as civilizações avançadas, sofisticadas,
complexas e criativas podem ser frágeis e inconstantes".
17. • "A mudança tecnológica pode aumentar a eficiência da
utilização de recursos, mas também tende a aumentar
tanto o consumo de recursos per capita como a escala
de extração de deles, de modo que, os efeitos políticos
ausentes e os aumentos no consumo, muitas vezes
compensem o aumento da eficiência do uso dos
mesmos".
• Avaliando uma gama de diferentes cenários, Motesharri
e seus colegas concluíram que, de acordo com as
condições que refletem de perto a realidade do mundo
de hoje, eles acreditam que o colapso é inevitável.
• Um desses cenários é a própria civilização:
18. • Embora o estudo seja em grande parte teórico, uma
série de outros estudos mais empiricamente focados
têm alertado que a convergência de alimentos, água e
crises de energia e o avanço demográfico poderia criar
uma "tempestade perfeita" dentro de cerca de 15 anos .
19. • O conceito bíblico do trabalho é muito distinto daquele
dos povos mesopotâmicos, e mais tarde também dos
gregos.
• Na epopeia de Atra-Hasis, por exemplo, o trabalho é um
castigo imposto aos homens para que os deuses
inferiores sejam libertos dos sofrimentos advindos das
atividades extenuantes.
• Entre os gregos, Hesíodo afirmava que no paraíso os
seres humanos deviam viver, assim como os deuses,
livres de trabalho e labuta, pois a própria natureza
proveria o necessário para a subsistência do homem.
2. Perspectivas bíblica e humana (Gn 2.4-15,19; 1.28).
20. • Todavia, na ótica bíblica, o trabalho realizado pelo
homem reflete o exemplo do próprio Deus (Gn 2.1-3; Jo
5.17) e a efetivação do mandato dEle (Gn 2.15).
21. • No hebraico, o termo usado para descrever a “obra” ou
o “trabalho” de Deus (mela’khto) em Gênesis 2.2 é o
mesmo para falar do “serviço” ou “trabalho” de José (Gn
39.11). O homem trabalhava no paraíso com um
propósito específico: “lavrar e o guardar” (Gn 2.5,15).
22. • O trabalho, portanto, é um meio de o ser humano
desenvolver sua criatividade, potencialidade,
transformar o mundo em cultura (“lavrar e guardar”) e
realizar-se como humano, na plena efetivação da
imagem de Deus no homem (Gn 1.26-28).
23. • Não é um modo de exploração dessas competências,
mas do pleno aperfeiçoamento delas.
• Mediante o trabalho, o homem administra
responsavelmente o mundo criado por Deus.
• O trabalho, contudo, deixa de ser lúdico para se
transformar em peso quando o homem afasta-se do
caminho proposto pelo Senhor (Gn 3.19).
• Primeiramente, a Bíblia afirma a responsabilidade do
homem em cuidar do jardim (Gn 2.15), e somente
depois, após o pecado de ser expulso do Éden, é que
vemos algo acerca do extenuante trabalho do “suor do
rosto” (Gn 3.17-19).
• Assim, não é o trabalho que é amaldiçoado, mas a terra:
“Maldita é a terra por causa de ti” (Gn 3.17).
24. • Junto ao trabalho, Deus estabeleceu o descanso (Gn
2.2; Hb 4.4; Êx 23.12; Ec 5.12) e o direito de usufruir do
fruto de suas mãos (Ec 3.13; 9.7-10). Afirmou certa vez
Elifaz que “o homem nasce para o trabalho” (Jó 5.7).
25. • Jesus valorizou o trabalho, sendo Ele próprio um
carpinteiro (Mt 13.55; Mc 6.3).
• O Deus encarnado assumiu a cultura e o trabalho como
expressões de dignidade humana e empregou diversas
profissões de seu tempo como símbolos do Reino de
Deus (Mt 13).
• Seus apóstolos também eram trabalhadores (Mt 4.18-
20; 9.9; 1Co 4.12) e ressaltaram a dignidade do trabalho
(Rm 4.4; 1Co 9.6; 1Tm 5.18; 2Tm 2.6), porquanto todo
trabalho, sem exceção, tem a mesma dignidade.
3. O trabalho em o Novo Testamento (Ef 6.5-9).
26. • Eles, inclusive, combateram aqueles que deixavam de
trabalhar por causa da iminente Vinda de Cristo (1Ts
4.11; 2Ts 3.10-12), e os que faziam do evangelho uma
fonte de lucro, evitando assim, o trabalho braçal (1Tm
6.5).
27. • Ambos se eximiram de suas responsabilidades materiais
esperando com isso agradar a Deus, seja ao esperar o
seu retorno iminente, seja dedicando-se à pregação
itinerante. Paulo, no entanto, repreende-os aberta e
severamente (1Ts 4.11; 2Ts 3.10).
28. • Jesus chamou doze discípulos para serem seus
ajudantes e companheiros mais próximos, conforme se
lê em Mateus 10, 1-4 e Lucas 6, 13-16.
• Em João 1, 37-49 encontra-se o relato do chamado de
André, Pedro, Tiago, João, Filipe e Bartolomeu.
• Mateus organizou uma festa após se juntar ao grupo.
• Filipe trouxe Bartolomeu. Tomé, que tinha um irmão
gêmeo; Tiago, primo de Jesus; Simão, o Zelote; Judas
Tadeu e Judas Iscariotes completam o grupo original
dos doze apóstolos.
• Alguns teólogos consideram Paulo como substituto de
Judas Iscariotes.
29. Pescadores
• André, Pedro, Tiago e João, os filhos de Zebedeu,
trabalhavam como pescadores. Mateus 4,18-22 relata
que André e Pedro estavam pescando, exercendo seu
ofício, quando foram chamados.
30. II. VOCÊ E AS PESSOAS NO
AMBIENTE DE TRABALHO (Gl 5.22)
1. Ambiente de trabalho saudável
2. Construindo ambientes saudáveis (Rm 12.18; Mc
9.50; 1Pe 3.11).
3. Lidando com os conflitos (Pv 15.1,18; Ec 4.4).
31. • É no ambiente de trabalho que se realiza boa parte das
atividades profissionais.
• Independente de qual seja a profissão e o lugar de
trabalho, a pessoa passa mais tempo com os demais
profissionais do que com a própria família.
• Isto é suficiente para que cada profissional se dedique a
cultivar um ambiente de trabalho saudável, onde seja
possível a valorização do indivíduo, o respeito às
diferenças, e a solidariedade.
1. Ambiente de trabalho saudável.
32. • A má qualidade no ambiente de trabalho é responsável
por muitos problemas: exclusão, isolamento,
individualismo, estresse, frustrações, falta de
entusiasmo, desmotivações e improdutividade.
33. • Coisas que afetam a saúde psicofísica da pessoa. É
responsabilidade de todos cultivar um ambiente de
trabalho saudável!
34. • Infelizmente, a construção de um ambiente de trabalho
saudável não depende exclusivamente de você.
• É responsabilidade de todos!
• Ele é construído na relação cotidiana dos profissionais
que não poucas vezes, esbarram nos valores e
interesses do outro que são diferentes dos seus (Mt 5-7)
e, às vezes, da própria empresa.
2. Construindo ambientes saudáveis (Rm 12.18; Mc
9.50; 1Pe 3.11).
35. • Todavia é necessário desenvolver uma relação de
confiança, respeito, cooperação, cordialidade,
imparcialidade e solidariedade, sempre respeitando a
dignidade alheia e as diferenças (Rm 12.17-21; Pv
25.9,10).
36. • Os conflitos fazem parte das relações humanas e da
vida em sociedade.
• Ele surge todas as vezes que os interesses, opiniões e
tendências de alguém do grupo são incompatíveis com
os do outro.
• É preciso que haja maturidade, paciência, compreensão
e rapidez das partes para resolver os conflitos, uma vez
que eles provocam rusgas nos relacionamentos e geram
sentimentos negativos e prejudiciais, tanto para o
profissional quanto para a organização (Pv. 3.29; 27.9;
Mt 5.22-25; Ef 4.26).
3. Lidando com os conflitos (Pv 15.1,18; Ec 4.4).
37. • As diferenças estarão sempre presentes em qualquer
ambiente de trabalho, os desacordos também. Não são
necessariamente as diferenças e os desacordos que
afetam a harmonia no trabalho, mas como o profissional
lida nessas e com essas situações.
38. • A postura, o tom de voz, o modo de falar e de se
comportar devem refletir segurança e maturidade
quando tais situações surgirem. Os conflitos existem e
podem contribuir para a resolução de problemas e
maturidade afetiva dos profissionais.
39. • Os funcionários são órgãos vitais no dia a dia e nos
projetos desenvolvidos ao longo da jornada de trabalho.
• Por isso, é importante que a empresa esteja disposta a
entender as necessidades de cada integrante da equipe.
• Cada um tem seu ritmo, suas técnicas de trabalho e
seus limites.
• A seguir, veja algumas dicas sobre como lidar de forma
eficiente com sua equipe.
40. • Faça com que cada pessoa entenda o significado de
seu trabalho: mostrar a um funcionário o significado de
seu trabalho pode estimulá-lo e aumentar a qualidade
de seu serviço.
41. • Esteja aberto a novas ideias: de preferência, tenha um
programa de melhorias específico para novas ideias.
• Naturalmente, isso influencia no resultado final.
42. • Elogie: Não deixe de pontuar a importância das boas
atitudes que uma pessoa tem tomado. O feedback é
importante para a continuação do trabalho.
43. • Critique com motivação: trazer uma crítica de forma
delicada, junto a um “eu sei que você consegue fazer
melhor” tira o peso de um feedback ruim. Isto só traz
coisas boas.
44. III. VOCÊ E SEUS SUPERIORES NO
TRABALHO (Ef 6.5-9)
1. Relacionamento equilibrado.
2. Obediência aos princípios divinos.
3. Relacionamento com chefe incompetente.
45. • No trabalho, principalmente quando se está iniciando a
carreira, o profissional ou aprendiz precisa lidar com
alguns superiores: diretor, chefe, gerente, encarregado,
outros. De modo geral, cria-se no ambiente de trabalho
tanto uma relação profissional quanto de amizade,
sendo necessário distinguir a ambas.
• Seja, portanto, diligente (Pv 22.29), humilde (Pv 25.6,7)
de comunicação precisa (Pv 25.11), e exerça seu
trabalho com satisfação (Ef 6.7). Não seja bajulador,
mas saiba elogiar os colegas e chefes sem exagerar (Pv
15.23).
1. Relacionamento equilibrado.
46. • O bajulador é o profissional que elogia exageradamente
aos superiores para obter algum benefício pessoal no
ambiente de trabalho.
47. • Essa atitude pode prejudicar a imagem profissional entre
os colegas, mesmo que funcione com certos chefes
vaidosos. O bajulador procura manipular o outro e suas
decisões com elogios.
48. • Todavia, o elogio sincero demonstra a vontade do
profissional de estabelecer laços de confiança e
reciprocidade (Sl 12.2; Pv 10.31; 12.6,18).
49. • A Bíblia ensina o cristão à obediência de coração aos
superiores (Rm 13.7), como se estivesse submetendo-
se ao próprio Cristo (Ef 6.5,7), porque esta é a vontade
de Deus (Ef 6.6).
• Dificilmente alguém crescerá em sua profissão tomando
atitude de insubordinação aos seus líderes.
2. Obediência aos princípios divinos.
50. • Estes, no entanto, devem liderar sem ameaças ou
revanchismo, sabendo que Deus não faz acepção de
pessoas (Ef 6.8,9).
51. • Essa é uma realidade em muitas profissões e empresas,
lamentavelmente.
• O incompetente é inseguro, desconfiado, imaturo e
invejoso e, às vezes, de difícil relacionamento.
• O que fazer?
• Procure trabalhar em parceria com ele; não o desonre;
não comente as falhas dele com outros; suporte
resignado os agravos.
3. Relacionamento com chefe incompetente.
52. • O chefe incompetente pode desestabilizar a equipe,
colocar um contra o outro, abafar os talentos dos
profissionais e ser responsável pelo mau ambiente de
trabalho.
53. COMO SE RELACIONAR BEM COM O CHEFE
1. IMPRESSÕES
• É importante saber como o seu chefe lhe enxerga.
• Preste atenção na reação dele quando você chega.
54. 3. FORÇA DE VONTADE
• Mostre-lhe que está sempre pronto para novos desafios
e que a sua força de vontade é diretamente proporcional
à sua vontade de ser bem-sucedido na carreira.
55. CONCLUSÃO
• O relacionamento do cristão no trabalho deve ser
impulsionado por uma atitude de temor e obediência aos
princípios da Palavra de Deus e de respeito e
cooperação com os colegas de profissão.