Para os amados irmãos e irmãs em Cristo um livro com uma história real. Pra quem quiser baixar uma cópia, tem lá no scribd https://pt.scribd.com/document/380385275/DISFARCE-DE-PROFESSOR versão melhor
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
Disfarce de Professor
1. DISFARCE DE
PROFESSOR
A TRÁGICA HISTÓRIA DE UM
FUNCIONÁRIO PÚBLICO FEDERAL E DE
UM DUELO ENTRE A BELEZA E A
DEMÊNCIA
LILIAM DA PAIXÃO
OUTUBRO DE 2017 - 2ª EDIÇÃO
2. Liliam da Paixão 1
Agradecimentos
Agradeço a Deus em Nome de
Jesus Cristo por ter me aceitado e
insistido tanto comigo. Como eu gosto
de dizer Jesus Cristo!
Agradeço por Sua Misericórdia,
Deus, sem a qual teria sido
consumida.
Agradeço porque Seu Amor é
infinito e incondicional.
E principalmente, agradeço, por
me proteger dos inimigos e guardar a
minha fé.
Agradeço por ter escolhido amigos
para mim que tiveram coragem para
me ajudar.
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5. Liliam da Paixão 4
Prefácio
"Para que ao nome de Jesus se
dobre todo o joelho dos que estão nos
céus, e na terra, e debaixo da terra, e
toda a língua confesse que Jesus Cristo
é o Senhor, para glória de Deus Pai".
(Filipenses 2:10-11).
Este livro é o retrato de fatos
vividos por mim. Aqui eu conto como
acabei vítima de um homem
inescrupuloso. Por isso tomei a
liberdade de colocá-lo como objeto de
meu estudo. Utilizei o humor para falar
de coisas extremamente duras e
difíceis de suportar, bem mais
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6. Liliam da Paixão 5
adequado para representar histórias
trágicas, como essa que trago, pois
acredito que assim tenha conseguido
atenuar o impacto que algumas
revelações possam causar. Dessa
forma apresento então o duelo travado
entre a beleza pela qual enxergo o
mundo e a feiura daquele que optou
por viver na escuridão. Sendo assim
quero deixar claro, trata-se de um
livro para adultos. Os meus amados
irmãos e irmãs em Cristo poderão
encontrar neste livro um pequeno
manual para orientá-los quanto à
necessidade de se perceber e fechar as
brechas que é por onde o inimigo de
nossas almas encontra caminho para
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7. Liliam da Paixão 6
destruir a unidade entre os irmãos e a
família; são estas estratégias alçadas
como dardos inflamados contra os
membros da Igreja de Nosso Senhor
Jesus Cristo, único mediador entre
Deus e os Homens. Espero contribuir
de maneira positiva assim para a obra
de Deus.
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8. Liliam da Paixão 7
Introdução
“O qual se opõe, e se levanta
contra tudo o que se chama Deus,
ou se adora; de sorte que se
assentará, como Deus, no templo de
Deus, querendo parecer Deus".
(II Tessalonicences 2:4).
Eu não me lembrava mais daquele
monstro em pele de gente, desalmado,
como um lobo em pele de cordeiro,
então ao deparar-me com ele como
meu professor na faculdade, tornei-me
um alvo fácil de sua covardia e
maquinação.
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9. Liliam da Paixão 8
Quando eu era criança esse
desalmado já dava sinais de como
seria por toda a vida. E como sendo
servo de satanás imitou seu senhor
buscando brechas para se infiltrar.
Desafortunadamente, para mim, o
Feio, como eu o considero, encontrou
a brecha no cuidado que minha família
dispensava a mim.
Quem conhece Ruínas Surtado
pessoalmente sabe que sua feiura não
se compara sequer de relance ao quão
feio tornaram-se seus coração e mente
devido às suas práticas de extrema
crueldade. Abusivo e cruel são
qualidades que o definem bem. Mas
sua identidade é expressa pela
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10. Liliam da Paixão 9
esquizofrenia e demência. Embora seja
preciso esclarecer que não são essas
coisas que definem a sua maldade.
Como já havia feito anteriormente
quando eu era menina, tomou-me de
assalto para colocar-me na berlinda,
no alojamento da UFRJ, onde eu residi
enquanto me graduava em psicologia.
Não importou-se em me humilhar e
colocar-me em um RPG totalmente
fora da minha vontade. Em sua
demência acredita que o estupro
coletivo é uma oportunidade para se
seguir em frente. E em sua escolha
para servir ao mal se esforçou
desmedidamente para roubar a minha
paz, tentando apagar minhas
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lembranças a respeito da conversão à
Jesus, o Cristo, através de sugestão.
Surta quando não entende que não
pode destruir a minha fé.
Para quem não sabe sua frase,
largamente repetida, "Sou um
funcionário de uma universidade
pública federal", tem raízes na ocasião
quando tentou sugestionar a minha
mãe e ouviu: “Ô garoto, eu sou
funcionária pública federal tá”.
Confesso é difícil acreditar que um
ser humano seja capaz de agir de
maneira tão desumana quanto esse
homem chamado Ruínas. Mas é
preciso entender que quando
adolescente ele já era canalha. E foi
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naquela época que aconteceu a
sugestão decorrente desses jogos
nefastos dos quais eu não me
lembrava tamanhos foram a violência
e o trauma causado. Eu não me
lembrava. E então já não era mais o
rosto dele que eu via era de outra
pessoa. Mas a maldade dele eu lembro
bem. Ele conseguiu entrar na minha
casa com o consentimento de um
irmão mais velho e ajuda de um irmão
menor. Trata-se da brecha a que me
referi. Eu gritava o nome de meu
irmão acreditando que me socorreria,
mas sabe também havia um canalha
em minha família. Simplesmente
combinavam os dois canalhas.
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Não é à toa que dou tanta
importância ao amor de Deus em
Cristo Jesus, porque Ele sim sempre
me amou. Há aqueles que
questionarão e com certa razão. Por
que Deus não te livrou? Sabe a
responsabilidade sobre uma criança é
de seus pais. Mas Deus me guardou
sim, pois eu não sucumbi. Se uma
criança é de alguma forma
negligenciada pelos pais,
provavelmente seus irmãos e demais
parentes farão o mesmo e na
vizinhança haverá alguém para
aproveitar-se da situação, ou ao
menos comigo foi assim, alguém de
quem ninguém daria falta,
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provavelmente foram seus
pensamentos.
Ruínas me conhecia sabia da
minha vida e eu sequer me lembrava
dele. Ele poderia ter me perguntado se
eu me lembrava de um rapaz que
implicava constantemente comigo,
mas a víbora tinha ainda consigo suas
nefastas intenções, mesmo após
tantos anos. Fui uma vítima que não
tinha como me defender, mais uma
vez.
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DISFARCE DE PROFESSOR
A TRÁGICA HISTÓRIA DE UM
FUNCIONÁRIO PÚBLICO FEDERAL E DE
UM DUELO ENTRE A BELEZA E A
DEMÊNCIA
Liliam da Paixão
O Delírio
“Recordo-me da minha aflição e do
meu delírio, do meu profundo
sofrimento e do meu enorme pesar”.
(Lamentações 3:19).
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“O Senhor os afligirá com loucura,
cegueira e confusão mental”.
(Deuteronômio 28:28).
De acordo com Karl Jaspers, idéias
delirantes (ou de delírios) são juízos
patologicamente falsos, que possuem
as seguintes características externas:
acompanham-se de uma convicção
extraordinária, não são suscetíveis à
influência e possuem um conteúdo
impossível.
Em Cristo Jesus nós sabemos bem
que o amor só pode receber quem o
sabe doar também.
Ao invés de um adorador um deus
quis se tornar para destruir vidas no
falso intento de ajudar.
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De ser mal orientado não se lhe
pode culpar, mas uma hora pelo mal
decidiu optar. Talvez consumido,
corrompido pela falta da luz, que só
não foi percebida porque seus olhos
vagavam pelas extremidades da terra,
sendo assim não viu que a luz já
resplandecera nas trevas iluminando
os que moravam na região da sombra
e da morte. Desejando ser Apolo
desprezou o único que o podia salvar,
recusou o Rei Jesus que o podia
incondicionalmente amar.
Ele reclamava: “Eu sou feio, eu
sou assim”. Eu mesma não ligava para
isso, não estava nem aí. A feiura de
Ruínas não estava no rosto como ele
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podia pensar, mas em sua alma escura
e suja, negra e retorcida como o
carvão. A feiura de Ruínas estava
arraigada na alma e exalava pela sua
triste forma de agir, escondida nos
ícones do oráculo, único lugar onde ele
miseravelmente se permitia existir.
Uma verdade tão simples que toda
criança precisa descobrir o que deixa o
rosto bonito é o espírito de Deus no
coração do homem residir.
Querendo ser rei, pobre, nu e sem
Deus no mundo ficou. Uma presa fácil
e escravizada pelo mal se tornou.
Expressava então não mais a imagem
e semelhança de Deus, testificava,
agora, da angústia humana, era o
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próprio ministro do desespero. Iludido
atuava como aquele que ruge como o
leão buscando alguém para tragar. Um
pobre leão sem dentes, que pensando
ser leão agia como serpente, e gritava
um copo d'alma quero beber.
O amor de Deus é a única coisa
que pode sustentar o homem. Somos
seus filhos amados, por quem
sacrificou seu unigênito. Tão grande
amor podemos você e eu desfrutar.
Mas Ruínas ainda precisa acreditar. Ele
não acredita que Deus e Sua Real
família ainda lhe querem oferecer o
amor verdadeiro, bem diferente
daquele que é suplantado, sugerido,
que ilude, como o veneno da serpente,
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ou do escorpião; um amor falso que
por assim ser rouba e não doa nada a
ninguém.
Deus não toma ninguém de
assalto, Jesus Cristo é um gentleman.
Quem toma de assalto são os brutos e
covardes, os impiedosos.
Um dia me tomaram de assalto, e
Ruínas foi quem organizou tudo. Um
professor de uma universidade pública,
como ele mesmo gostava de dizer, a
pretexto de um trote no alojamento,
para o covarde uma vingança era seu
intento. Desejava desesperadamente
descobrir se eu me lembrava ou não
do demente que me perseguia desde a
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infância. Queria ter certeza de que eu
não o reconheceria nunca jamais.
Tortura psicológica foi o que esse
monstro do Ruínas praticou. Tentando
destruir minha fé, mais fundo no
abismo mergulhou, afastando-se ainda
mais daquele que é o Único e
Suficiente Salvador.
"Essa aqui é a Sua família", diziam
os malditos, mas no escondido de
minha mente eu sabia Jesus é a minha
Real Família. "Coloquem-na outra vez
na Matrix", mas digo aos estudantes
de todas as universidades do mundo,
matrix é a ignorância dos homens que
não temem a Deus e a Sua Palavra se
fazem surdos. Se o meu arquétipo é
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de rainha é por ter sido eleita e salva
por Deus. Hoje uma nação de Reis e
Sacerdotes são os verdadeiros filhos
de Deus, lá é onde encontro meus
amados Reais Irmãos e Irmãs.
"Você tem que negar a Deus". Mas
lá no fundo no mais secreto do meu
ser eu gritava Senhor Jesus pra
sempre vou te amar. Podem matar-me
se quiserem, era só o que conseguia
dizer, prefiro a morte a ser
considerada como amiga de qualquer
um dos inimigos de Deus. O mundo é
meu inimigo, me regozijo, porque o
mundo é inimigo de Deus. É que em
mim já existia o DNA de Deus. Como
pode ser isso qualquer um quererá
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perguntar. Não sabem que o verbo se
fez carne e entre nós veio habitar. E
vimos a Sua Glória como a do
Unigênito de Deus, cheio de graça e de
verdade. Deus é melhor que qualquer
outro. Eu prefiro Deus. Meu amigo
será quem a Deus também quiser
adorar. O jugo precisa ser igual. Quem
quer que eu o aceite como é, precisa
igualmente do jeito que eu sou me
aceitar. Assim se constroem as
verdadeiras amizades, que só são
verdadeiras porque me aproximam
ainda mais de Deus.
Ruínas não foi chocado, foi gerado
e parido como qualquer outro. Mas foi
um presente que ganhou que destruiu
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a sua vida, tornando o um parasita,
cheio de ódio e rancor. "Com esse
brinquedo você pode ser o que quiser".
Foi esse brinquedo, esse jogo do
inferno, que perverteu sua infância,
entorpeceu seus sentidos, corrompeu
seu caráter, arrancou suas emoções,
e que tornou Ruínas um monstro
desalmado e cruel a ponto de abusar
de uma aluna inocente que não podia
dele se lembrar. Sendo assim, não foi
a oportunidade, oferecida pelo
Universo, de reconciliação com aquela
menina que no passado ele tão
duramente atormentou, foi o desejo de
vingança alimentado pela mulher mau
amada, desprezada pelo meu patético
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irmão, com quem Ruínas por despeito
se casou. Uma vingança duplamente
armada por aqueles que se perderam
na vida por insistentemente não
adorarem ao Senhor.
Um convite inesperado disfarçado
para amigos fazer escondia a maldade
de quem queria suas vidas subverter.
"Nesse jogo você pode ser o que você
quiser". Era a mentira contada para
atrair súditos sem vontade própria
para o delírio de Ruínas realizar. Ele
queria ser um rei custasse o que
pudesse custar.
Sugestionados no jogo meninos e
meninas contavam para esse que
queria ser rei, quanto ganhavam no
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contracheque os pais, e se algum
imóvel próprio pudessem ter, ou mais.
Informações como essas Ruínas
conseguia obter, não era mais a
criança, mas um criminoso que
acabava de nascer.
Desafiado para um duelo um dia
ele foi, e acreditando poder vencer
aceitou o iludido terror. Levou uma
surra todos lembramos bem. E agora
ele sugestionado revelava também
qual eram os seus segredos, o que
desejava em seu ser. "Eu quero ser rei
e um exército de sugestionados leões
vou formar, para um dia a América
inteira poder conquistar, o rei do
ocidente vou me tornar". Outra surra,
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de seus leões, agora, levou, e então
derrotado ainda assim o juízo não
recobrou. Ainda existiam as mulheres,
para quem se voltou, "irei subjugá-las,
terão que me obedecer", dessa forma
o louco desacreditado um novo plano
arquitetou. Da mesma forma que um
desejo de criança em um delírio se
transformou, um menino que podia ser
qualquer coisa em um sociopata e
nada mais se transformou.
Com Ruínas, agora, qualquer
história de desafio é forjada é como
uma desculpa esfarrapada, ele é um
mentiroso. Ataca suas vítimas sem
que essas sequer o saibam; é de
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assalto, não é desafio: é sempre a
mesma artimanha de um covarde.
Cresceu num jogo de ilusão, nunca
a realidade experimentou. Ora na
razão ora na emoção nunca um ser
pleno pode se tornar. Entre a razão e a
emoção está a cegueira, por isso
Ruínas não enxerga, por isso ele tateia
entre as trevas, chorando por aqueles
que não pode alcançar, aqueles cujas
almas não consegue tragar.
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A Brecha
“No rosto do sábio se vê a
sabedoria, mas os olhos do louco estão
nas extremidades da terra”.
(Provérbios 17:24)
Na esquizofrenia há uma
deterioração intelectiva que pode estar
relacionada às alterações formais e
empobrecimento do pensamento, ou
ao embotamento afetivo. A utilização
de conceitos em psicopatologia, neste
livro, não se destina de forma alguma
ao diagnóstico desse que veio a se
tornar um verdadeiro vilão em minha
vida, lembro me do duas caras Tião
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Gavião do desenho da Penélope
Charmosa. O intuito, além de ilustrar,
é o de mostrar alguns traços presentes
em Ruínas percebidos a partir do meu
ponto de vista, como vítima, de sua
conduta. Há aqueles que me disseram:
"Não terá ele também sido uma vítima
tanto quanto você?" Acredito eu que
quando a vítima vitimiza torna-se uma
criminosa. Então é claro que as coisas
duras, terríveis, amargas e até difíceis
de acreditar dado o seu grau de
crueldade visam revelar a tortura que
sofri. E se eu sofri tortura é porque
houve um torturador a saber Ruínas
Surtado. Mas entendam que não dou a
ele todo o crédito pelo mal, entendam
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que trata-se de um oportunista que
procura meios de entrar sem ser visto;
de atacar nos momentos em que não
há defesa. Ruínas é apenas um
organismo oportunista buscando um
meio favorável para se instalar, como
os carrapatos, piolhos ou vermes
fazem. É preciso tratar a água, lavar
os alimentos e cozinhá-los bem.
O ambiente precisa estar inadequado
para o desenvolvimento de parasitas.
Já as portas e entradas precisam estar
bem vigiadas, pois ele procura as
brechas para poder entrar e se alojar.
Em meu caso em particular e falo
só por mim, embora Ruínas tenha feito
muitas outras vítimas, as portas
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estavam sempre fechadas, mas eu a
abria para os meus irmãos, e foi por
essa brecha que ele entrou. Foi fácil
porque ele me conhecia e conhecia a
minha família, sabia das questões que
só os familiares deveriam saber, sabia
dos espancamentos, sabia que eu não
teria em minha família nenhum apoio,
ou proteção, sabia que eu estava
sozinha no mundo, e como que sem
testemunhas, então foi apenas um
covarde, foi o que ele mais sabe ser,
foi apenas Ruínas sendo Ruínas.
Eu tinha um irmão que era o irmão
do meio - para os que desejarem
melhor entendimento, Adler explica.
Algumas vezes pessoas diferentes
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falavam: "Ele não gosta da irmã". Mas
ao que me parece, hoje, penso que ele
não gostava era de ninguém mesmo,
pois chegou a revelar, porta a fora, um
apelido de família de meu irmão
caçula, que era só os familiares que
sabiam, era coisa de casa. Então
questionaram-lhe, e para nossa
surpresa, respondeu sem o menor
pudor: "É rua ele vai ter que se
acostumar". Nesse momento preciso
apontar a falta de pulso de minha
mãe, que ao meu ver deveria ter dito:
"Resolva isso". Mas, não, calou-se. Ela
mesma resolveu. Estava presente em
certa vez que Ruínas referiu-se ao
caçula pelo apelido, e falou-lhe umas
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verdades. A personalidade e o caráter
desse homem eram de natureza
podre, já, desde muito cedo, era um
canalha, em português claro. Qualquer
jovem ouviria e aceitaria o erro, mas
ele não: "Você tem que me respeitar,
porque você é mulher e eu sou
homem". Tentou sugestionar a minha
mãe a usar short - como já era de seu
feitio, desenvolveu essa habilidade
bem cedo, assim que ganhou o jogo
de inferno - como se em Niterói,
município do Rio de Janeiro, ninguém
usasse short. "Garoto, eu sou
funcionária pública federal, tá", o que
para entendidos, os dependentes
químicos e psicológicos do oráculo é
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considerado como um xeque mate.
E para quem não sabe, é daí que vem
o jargão, utilizado por Ruínas: "Eu sou
um funcionário público federal, sou
um professor de uma universidade
pública federal". Jargão que ele repete
como também querendo dar um xeque
mate. É bem possível que desse fato
venha o desejo de vingança, já que,
na faculdade, enquanto eu estava
vitimada pelo jogo de realidade virtual,
sugestionada e imobilizada pelo
Ruínas, este chegou ao cúmulo de
sussurrar pra mim: "Eu sou um
funcionário público federal igual à sua
mãe, tá".
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Era uma tortura quando eu
passava, quando criança, ouvir as
palavras que ele jogava fora, palavras
duras, muito duras, que me
consumiam, tamanha era forma
desumana com que se referia a mim
enquanto eu passava indo e voltando
da escola, da padaria da mercearia
onde comprava doces, um dos poucos
prazeres de minha infância em meio à
multidão de desagrados confesso. Era
também notório o trauma, quando
muitas vezes ao avistá-lo de longe
pensava tratar-se de meu irmão, e só
percebia quando já estava muito
perto, fato que apontava, sem sombra
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de dúvidas, para a covardia já
realizada contra mim nessa época.
Além de ser rei de todo o
continente americano seus planos
incluíam subjugar as mulheres, ou seja
levá-las à total subserviência.
Consideremos que a partir de um
jogo, muita gente pode se divertir,
mas ele não, ah não. Estamos diante
de alguém que delira e alucina, ouve
vozes, desde cedo, desde antes do
acidente que o mutilou, o que poderia
sugerir o momento exato do
acontecimento externo provocador de
um surto, mas aparentemente esse
surto já havia se dado.
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O tal do jogo incluía o estupro,
utilizado como forma de domesticar e
sugestionar as meninas. Esse meu
irmão do meio era filho de outro pai,
do casamento anterior, e morava com
o pai, sendo assim não deveria estar
tão presente, principalmente nos
horários de aula, lá no condomínio,
onde ele cuidou de dizer como eu aos
9 anos de idade era... bem, do jeito
que ele falava. Foi como a união de
dois sociopatas em prol da realização
de um mal comum. Combinaram
então o procedimento para que eu
pudesse ficar mais obediente e lavasse
a louça quando me mandassem. Não
era suficiente as tarefas de casa e
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estudar, trabalho infantil até a
exaustão, havia uma intenção excusa
desse irmão que encontrou respaldo
no Ruínas. Eu gritava e chorava,
chamava pelo nome de meu irmão que
respondia fica quieta senão, é pior, foi
aí que houve a sugestão que me levou
a ver o rosto de Rogério quando eu via
Ruínas, por isso não o reconhecia
mais, por isso não o reconheci na
faculdade, onde acabei por ir andando
na direção daquele que queria
destroçar-me na boca. Fui andando
inocentemente em direção do
devorador.
Esse homem sempre dava um jeito
de se aproximar de mim, e eu nunca o
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reconhecia, e também não me
lembrava dele depois. Mas o fato é que
sempre que essas aproximações se
davam, eu terminava extremamente
desgastada e deprimida, o que
comprometeu muitas vezes a minha
vida, meus planos para o futuro, como
qualquer outra jovem teria, meus
estudos, tudo.
Ele mesmo dizia durante as aulas
em uma explicação doentia: "Se o
homem bate à porta e a mulher abre,
é estupro?" A resposta é simples: "Se
ela estiver sugestionada, sim". Pelo
que vim a lembrar-me depois que
passou o efeito do veneno, era dessa
forma que ele revelava, em sala de
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aula, que fazia-me visitas no
alojamento. Lembro-me que cheguei a
perguntar a ele porque me fazia
esquecer, não havia impedimentos
para ele ir lá, não haveria problemas
se quisesse ser meu amigo, mas não
era isso o que ele queria, e me disse
que era casado, então entendendo
suas reais intenções disse-lhe que não
viesse mais. Mas, ele não aceitou,
alegou que eu não iria me lembrar, e
que continuaria vindo ao alojamento.
Não obstante, recordava me do
encontro como se o mesmo se tratasse
de um sonho de transferência tão
somente. A verdade é que se eu me
lembrasse dele, lá da infância, nem
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suas aulas iria assistir. Tratava-se da
sugestão, uma arma mortífera na mão
de um rato covarde, perdoem-me os
ratos pela comparação, porque os
ratos também são criaturas de Deus.
A forma com que eu era tratada
em casa, foi mais uma brecha
encontrada pelo demente, ganhou
espaço porta a fora, então era como se
eu fosse a persona não grata de todos,
o inimigo comum, não tinha apoio e
recebia o desprezo da família, então o
investimento de Ruínas em mim fez
todo o sentido, já que qualquer coisa
podia acontecer comigo que não tinha
importância para ninguém. A brecha
perfeita para esse sociopata. A vítima
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perfeita para um criminoso. A intenção
era deixar-me isolada e sem vontade
própria, eu ainda mais que qualquer
outra menina no condomínio, porque
ele fez o mesmo com muitas outras,
mas eu tinha o nome de Liliam e para
um sociopata, como Ruínas, esse era o
estopim que legitimava a sua
perseguição, uma menina para
sacrificar nos jogos de realidade
virtual, uma menina sempre disponível
porque o trauma não lhe permitia
lembrar. Para esse demente qualquer
Evaristo servia também, qualquer
nome de origem judaica desprovido de
sobrenome judaico, servia para
legitimar sua loucura. Esse homem
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tinha por meta também deixar as
meninas, moças e jovens mais sujeitas
às propostas masculinas, como se
fosse obrigação das meninas
aceitarem quaisquer porcarias que as
quisessem, isso é o que passa na
mente desse demente. Trata-se de um
jogo, onde depois de ser vítima de um
estupro coletivo, a mulher ainda tem
que escolher um dos estupradores
para redimi-la. Fazia parte jogo
procurar saber quem era o rapaz de
quem a moça gostava, para
sugestioná-la a ver esse rosto em
qualquer um e assim induzir a moça a
aceitar qualquer um, o que poderia
conduzir até mesmo à promiscuidade
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45. Liliam da Paixão 44
aquela moça ou deixá-la mais fácil,
para algum rapaz que a desejasse.
Isso é um jogo demoníaco. Um jogo
que traz destruição. É perfeitamente
saudável moças e rapazes se
apaixonarem, faz parte do
crescimento, do processo de
amadurecimento até que esses jovens
estejam prontos para um
relacionamento maduro e duradouro.
Com esse jogo consegue-se interferir e
destruir algo que é saudável e
necessário para o desenvolvimento dos
jovens. Um relacionamento que
começa com esse tipo de manipulação
externa está fadado a trazer desgosto,
porque ele surge da sugestão de
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46. Liliam da Paixão 45
terceiros e não da vontade da pessoa
que quer se relacionar. O livre arbítrio
da jovem é assim violado e uma
mulher sujeita a ser sugestionada por
qualquer um ou com dificuldades em
dizer não, com dificuldades de expor e
impor sua vontade quando necessário
é o resultado desse crime contra o
livre arbítrio. Um crime contra Deus.
Esse foi o resultado da idéia de jerico
em dar de presente um jogo para
Ruínas que ele utilizou para
sugestionar pessoas, tentar criar um
exército de sugestionados à vontade
dele e tornar as meninas subjugadas à
vontade masculina, com dificuldade de
dizer não; tudo em seu intento
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47. Liliam da Paixão 46
delirante de tornar-se um rei e até
mesmo um deus, como Apolo, o que é
patético, assim como patética é a
expressão da saúde mental desse
homem que deu-me aulas no Instituto
de Psicologia da UFRJ. Ser um deus
era sua motivação para destruir a vida
sentimental de qualquer um que ele
pudesse. Por isso também os golpes
de boa noite Cinderela, para entre
outras coisas sugestionar as meninas
de que estavam apaixonadas por
aquele monstro, pois, só através de
sugestão mesmo uma mulher poderia
se interessar por ele. Refiro-me assim
não a algum defeito físico, ou sua
aparência, mas sim a sua brutalidade.
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48. Liliam da Paixão 47
Ser o deus do amor é mais um dos
delírios desse lunático que encontrou
uma brecha para infestar o Instituto
de Psicologia.
Não fosse o suficiente todo esse
mal eis que surge mais um agravante
nessa que parece a história de quem
tropeçou na vida, uma outra brecha.
A terapia de arquétipos para curar as
meninas traumatizadas é outra
ferramenta que fica à disposição de
Ruínas. "Bem, já que eu fiz o mal,
agora preciso fazer o bem, para
equilibrar o cosmos"; sabe-se lá de
onde vem tanta asneira. Trata-se, na
verdade, da formação de um
sociopata, parece que tudo concorreu
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49. Liliam da Paixão 48
para tornar esse homem nesse veículo
para uso e desfrute do mal. É como o
criminoso, que comete o crime e
depois ele mesmo quer confortar a
vítima, que, inocente, desconhece que
o perigo está bem próximo.
A Palavra de Deus nos orienta a
sermos símplices, porém sagazes; e
também alerta que o povo de Deus
sofre porque lhe falta o conhecimento.
Se soubermos identificar o bandido
poderemos nos desviar dele e nos
mantermos a salvo.
Algumas pessoas chegavam
inadvertidamente a comentar que é o
oráculo que faz isso, não pode falar,
ela tem que lembrar sozinha, ela tem
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50. Liliam da Paixão 49
que acreditar, mas o mal veio através
da associação de ferramentas mais
concretas: a sugestão, a hipnose, o
condicionamento operante, a terapia
junguiana, e é claro o copo de
guaravita que eu bebia e que Ruínas
Surtado trocou. Não passou pela
minha cabeça que um professor
pudesse descer tão baixo. A conduta
daquele que me perseguiu lembra hora
a de um sociopata ora um
esquizofrênico, que terríveis
semelhanças. Saibam, as vezes não é
necessário fazer nada de errado, é
como sair de casa e ser assaltada; o
criminoso escolhe a vítima e é tudo.
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51. Liliam da Paixão 50
Em minha estadia no alojamento
da UFRJ, fui novamente vítima desse
criminoso, e como o jogo da berlinda
não saiu como ele queria, tentou me
examinar para verificar se eu era
virgem. Como o mundo inteiro sabe
sou remida por Jesus Cristo, sendo
assim não preciso de nenhum
estuprador para me remir, porque a
Palavra de Deus ensina que se um
homem olhar de maneira impura para
uma mulher, em seu coração já
adulterou com ela. Esses jogos
consideram que se pode pecar à
vontade no pensamento, mas nós que
amamos a Deus sabemos a verdade.
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52. Liliam da Paixão 51
Essas afirmações que faço aqui
neste livro são capazes de causar
estranhamentos eu entendo, mas foi o
que aconteceu comigo, e eu digo a
verdade. Naquele momento eu estava
drogada, não sei que droga Ruínas
utilizou em mim, estava sem condições
de sair dali, embora fosse esta a
minha vontade, estava sem controle
dos meus movimentos, então eu
pensei: "Sou uma rocha", e me contraí
toda, minha musculatura ficou rígida,
por isso ele não conseguiu me
examinar, mas essa é a evidência de
um estupro iminente, alguns
entenderão e de um abuso hediondo
consumado. Os irmãos e irmãs
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estranharão ainda mais, e eu entendo
dado o teor aparentemente absurdo
das minhas alegações. Estou falando
de um demente, que acreditava poder
me examinar por ser médico, no
oráculo, ou seja no jogo. Então, esse
homem é o que, talvez queiram me
perguntar, algum doido mesmo? Bem,
amados irmãos e irmãs em Cristo, o
termo politicamente correto é
PSICÓTICO. Mas o teor de canalhice
não pode ser descartado, porque
nem todo doido faz coisas erradas.
É preciso desvincularmos a loucura da
maldade. Depois disso ainda tentou
forjar memórias de que eu teria uma
vida promíscua como se isso fosse
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54. Liliam da Paixão 53
legitimar a participação de um
professor de uma faculdade pública
federal em uma humilhação pública de
uma estudante que já havia sido
vítima de bullying pelo mesmo,
quando criança, e considerando a
diferença de idade, pois ele já era um
rapaz, o que pode nos levar à outra
inquietação. O que um rapaz pode
querer com uma menina? Preciso
revelar ainda que como o confundia
com meu irmão, Ruínas chegou a
entrar lá em casa como se fosse
Rogério, para beber água e almoçar, e
antes de sair ainda me dava um beijo.
Mas quem é ele é o próprio mal em
pessoa? Não, é só Ruínas sendo
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55. Liliam da Paixão 54
Ruínas. Perdoem-me a brincadeira,
mas nem mesmo o mal o quer, porque
o mal não quer porcaria, quer coisa
boa, o mal quer os tementes a Deus.
Mas é de conhecimento popular que
"mente vazia, oficina de satanás".
Particularmente tenho convicção de
que o mal apropriou-se daquela
mente. Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu filho unigênito
para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna;
precisamos deixar de lado a soberba
da vida, precisamos receber o amor de
Deus. Qualquer um pode se
arrepender sinceramente, qualquer
um, até mesmo Ruínas.
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56. Liliam da Paixão 55
Mesmo considerando a conduta
totalmente questionável, parecem
pessoas diferentes o homem que me
dá aulas, o que participa da berlinda
no alojamento, e o que me visita. É
assim que ele age com duas, três,
inúmeras caras, para ser mais precisa.
No entanto são mais recorrentes as
antíteses, uma sempre afetuosa outra
sempre ranzinza, uma doce e outra
amarga como o fel: as duas faces do
oráculo, a alegria e a tristeza de um
drama teatral. Ele está completamente
imerso em um mundo surreal.
A realidade, para esse homem, nunca
experimentada se manifesta insólita,
sempre dentro de um jogo, sempre
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uma personagem escolhida, sempre
uma máscara, sempre uma fala
ensaiada, frases prontas, protocolos de
um jogo virtual, cego e demente na
vida real.
Cada experiência nova se traduz
em um novo texto copiado. Quer
tragar as pessoas para absorver suas
habilidades e sua subjetividade, em
troca de um boa noite Cinderela,
esquecimento, dor e perseguição.
Rouba a vida de suas vítimas porque
a dele própria nunca veio a existir.
Trata-se mais de um verme do que
uma pessoa ou talvez um vampiro que
vagueia à noite, mas certamente uma
mente onde o mal encontrou a brecha
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para se instalar, um zumbi, e sendo
assim ele mesmo busca as brechas e
se instala como um vírus. É dessa
forma que ataca e vitima, sem
qualquer possibilidade de compaixão.
Não há amor em Ruínas Surtado. Não
possui inteligência, e se alguma
habilidade há é a do verme que
procura um organismo para infestar.
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Um Anticristo
"Mas os covardes, os incrédulos,
os depravados, os assassinos, os que
cometem imoralidade sexual, os que
praticam feitiçaria, os idólatras e todos
os mentirosos — o lugar deles será no
lago de fogo que arde com enxofre.
Esta é a segunda morte" (Apocalipse
21:8).
Neste capítulo há o registro de
palavrões. O aviso se dá para que
ninguém seja pego de surpresa e
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tenha a opção de poder evitar essa
leitura se assim desejar.
A Palavra de Deus revela que se
nós nos calarmos as próprias pedras
clamarão. Nessa história terrível mas
verídica houve pedras que clamaram.
Havia um menina do curso de
enfermagem, que estava sugestionada
também, devo esclarecer, que sempre
se aproximava de mim para dizer: "Se
o sal se tornar insípido, para nada
mais presta, a não ser ser pisado pelos
homens, e é isso que tá acontecendo
com você", dizia-me ela. Sem dúvida
alguma comecei a evitar essa menina
e posteriormente a ignorá-la, é claro.
Apenas mais uma brecha que o mal
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61. Liliam da Paixão 60
procura era essa menina da
enfermagem cujo irmão participara do
trote. A hipocrisia é assim se faz de
bem para destruir quem realmente
escolhe o bem, da mesma forma
aquela menina cega, em trevas,
sugestionada, buscava e apontava na
vítima uma culpa forjada para
inocentar o violador. Mas as pedras as
quais me refiro falaram; trata-se de
pessoas que perceberam que eu era
vítima de Ruínas, e me sugeriram,
quando disserem pra você trocar de
curso você diz que não. Um menino,
falou assim pra mim: "Dá um xeque
mate, fala assim quero ver quem vai
ser a piranha ou o veado que vai me
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62. Liliam da Paixão 61
obrigar a sair da psicologia". "Por que
eu vou falar assim?". "Quando você
estiver no jogo você vai lembrar, fala
assim mesmo, quero ver...". Incrível,
foi assim mesmo que aconteceu. No
alojamento havia estudantes que
trocavam mesmo de curso, mas eu
não entendia porque. Estudei, me
privei de algumas coisas, fiz o
vestibular, passei pra UFRJ, e aí
quando eu mal chego no alojamento
uma menina que já tinha trocado
sabe-se lá quantas vezes de curso, me
disse que iria abrir inscrição pra quem
quisesse trocar de curso, e que eu
poderia escolher outro curso; não
demorou muito tratei de afastar-me
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63. Liliam da Paixão 62
dessa menina também, mas isso me
inquietava, porque a escolha de um
curso de faculdade é coisa séria, e eu
havia pensado bem antes de decidir,
como agora eu iria no pior dos
pesadelos pensar em trocar isso que
eu considerava como um prêmio? Mas
havia algo de podre no ar, e era
Ruínas.
Na faculdade em sala de aula
Ruínas já me sugerira que eu fosse
para a engenharia que eu iria me dar
bem lá. Como se ele tivesse
competência para orientar alguém,
nem das próprias bolas ele cuidou - e
é esse o álibi que ele usa, eu não
posso abusar de ninguém, mentiroso,
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porque ele abusa sim. Disse-me que
eu me daria bem na engenharia ao
que retruquei que como já estava na
psicologia iria continuar ali. O que esse
monstro queria mesmo era que eu
saísse da psicologia fosse por qualquer
motivo, talvez para que eu não me
lembrasse dele. O fato é que já nessas
aulas ele estava me sugestionando,
me humilhando, me sugestionava para
esquecer, com a desculpa de que eu
deveria me lembrar sozinha, o que é
claro não faz sentido algum, mas é
assim que ele é. Lembro - me que ele
me perguntou se eu me lembrava de
um menino que implicava comigo, mas
essas perguntas eram feitas nos jogos
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do oráculo, enquanto eu estava
sugestionada o que indica que sua
intenção era certificar-se de que eu
não havia me lembrado; então minha
resposta era sempre uma negativa
seguida da alegação de Ruínas de que
eu iria me lembrar. Mas não havia a
mais remota possibilidade disso
acontecer, pois ele se assegurava
bem. Eram sempre as mesmas coisas,
oráculo, sugestão, hipnose,
condicionamento operante, e o que ele
chama de vírus, enviado por e-mails.
Se lhe perguntarem ele negará, não
trabalho com sugestão, não trabalho
com condicionamento operante, com o
que ironicamente vejo me obrigada a
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66. Liliam da Paixão 65
concordar, pois é criminosa a forma
como Ruínas faz uso dessas
ferramentas, o que não deve e nem
pode ser associado ao trabalho se
considerarmos que o trabalho trata-se
de uma forma honesta de se ganhar a
vida.
Sua intenção de me levar a
abandonar o curso não foi deixada de
lado, pois em sua incompetência sem
tamanho utilizou-se do jogo para
chegar a conclusão de que minha
vocação era engenharia, no entanto
ficou claro que quanto à interpretação
e avaliação das informações deixadas
disponíveis pelo jogo, Ruínas deixava
muito a desejar, e não podia ser
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67. Liliam da Paixão 66
diferente; pois a sua motivação em
interferir na vida dos outros era tão
somente fruto de seus delírios de
deidade, de sua saúde mental.
Quando lemos a bíblia
encontramos ali um norte para nossas
vidas. Quando chegar o tempo em que
ouvirem dizer que Jesus está aqui ou
que está ali devemos entender que
está próxima a volta de Nosso Senhor
e Salvador Jesus. Acredito que não
seja difícil deduzir ao que me refiro.
Lembram do delírio de deidade? É isso
mesmo. Uma personalidade como a
dele acaba por absorver tudo para os
seus delírios. O delírio mais central é
quanto a tornar-se um rei. Pois bem,
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2017 - 2ª Edição
68. Liliam da Paixão 67
essa é a idéia que ele tenta suplantar
na mente dos irmãos e irmãs em
Cristo Jesus, de que ele é o Rei Jesus.
A leitura do livro o código da Vinci
pode nos revelar qual é a brecha que
Ruínas procura usar, em relação aos
jovens irmãos em Cristo. Se há uma
linhagem na terra de Jesus, então
porque Ruínas não pode ser Jesus?
Amados, lembram que o mal é
capaz de se transfigurar em anjo de
luz? E a respeito do risco de serem
enganados até mesmo aqueles que
são os próprios eleitos de Deus? Mais
uma vez esclareço, estou referindo-me
a um homem que é completamente
insano, que delira e alucina.
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69. Liliam da Paixão 68
Mas coisas não são tão evidentes
assim, são bem mais sutis. Imaginem
um RPG ou um jogo de realidade
virtual com idéias que são totalmente
voltadas para a perversão da Palavra
de Deus. A utilização de hipnose e
sugestão para se suplantar a dúvida
quanto ao amor de nosso Deus.
A utilização do questionamento
socrático subvertido para induzir a
idéia de que não existe Deus e em seu
lugar sugerir e suplantar a idéia de
que Deus foi criado pelo arquétipo.
Estou falando da utilização dessas
ferramentas de maneira associada e
do que pode ser considerado em linhas
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2017 - 2ª Edição
70. Liliam da Paixão 69
gerais, no dito popular, como lavagem
cerebral.
A verdade é que Ruínas surtou
quando não conseguiu tirar de mim a
negação, surtou literalmente, falo de
um surto psicótico. Ele não aceitou que
eu acredito em Deus. E depois disso
sua artimanha foi tentar suplantar a
idéia de que ele era Deus.
A ferocidade com que nós somos
atacados no meio acadêmico é
tamanha e tão covarde, que não é
direta, é com ferramentas que podem
ser utilizadas em terapias
comportamentais. Os neófitos são os
mais sujeitos. Então só depois eu
entendi porque tanta gente no
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2017 - 2ª Edição
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alojamento esperava que eu
professasse o ateísmo. Lá e na
faculdade cheguei a ser chamada de
fundamentalista. Saibam que nós
somos seres que vivem em grupo, o
ser humano além disso vive em
sociedade, onde as idéias são
compartilhadas. Mas há o risco de se
ter uma idéia dominante na sociedade
e dessa forma a perseguição daqueles
que pensam diferente. Por isso se fala
nos dias de hoje tanto em diversidade,
porque as pessoas possuem maneiras
diferentes de pensar e nos dias de
hoje saber viver em sociedade é
respeitar a diversidade, mas em nosso
caso parece-me que estão sempre nos
Produção Independente de Liliam da Paixão
2017 - 2ª Edição
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querendo massacrar. A intenção em se
colocar um cristão nesses jogos é tão
somente a de envergonhá-lo e de
suplantar em sua mente idéias de
prostituição, hossexualismo, drogas,
alcolismo, ateísmo, idéias que são a
base do programa para a destruição da
família cristã. Fala-se tanto em
diversidade mas não aceitam a
conduta cristã como parte da
diversidade. Então acredito sim ser
necessário uma bancada evangélica no
congresso, para podermos ter
expressão nesse país. Acredito que nas
universidades federais devam estar
nas salas de aula, de graduação e pós
graduação, nas secretarias, como
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2017 - 2ª Edição
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professores e funcionários, ocupando o
cargo de reitor, nossos amados irmãos
e irmãs em cristo. Porque as
universidades públicas são
principalmente para nós que somos a
nação de reis e sacerdotes e a igreja
de Jesus na terra. Não falo de
totalitarismo, mas acredito que uma
expressão forte dos protestantes e
evangélicos nas universidades públicas
podem trazer uma estadia mais
tranquila, justa e digna para os
estudantes cristãos. Professores
aceitam participar de estupros
coletivos nos jogos virtuais, mas os
abusos do Ruínas acontecem na vida
Produção Independente de Liliam da Paixão
2017 - 2ª Edição
74. Liliam da Paixão 73
real, e suas maiores vítimas são as
irmãs em Cristo.
Então voltando ao delírio do
Ruínas, a idéia concebe tornar-se um
rei tendo como súditos os leões de
judá, e é aí, que entra a igreja em seu
plano doentio. A importância de frisar
as idéias delirantes de Ruínas é que
ele chega a basear-se no próprio
escrito bíblico para formular seu
intento.
Quando não conseguiu provar-me
a inexistência de Deus, considerando
que esse foi um erro simples e ao
mesmo tempo contraditório para quem
chega a alegar possuir a própria
deidade. O fato é que cientificamente
Produção Independente de Liliam da Paixão
2017 - 2ª Edição
75. Liliam da Paixão 74
não se pode provar nem a existência
nem a inexistência de Deus, ao passo
que nós evangélicos temos a certeza
da existência de Deus tão somente
pela fé. Por isso a conduta desse
funcionário público federal
constituiu-se além da falta de ética e
prevaricação, um verdadeiro ataque
diabólico à minha fé. Ele teve a
coragem de tentar me levar a
esquecer do sentido encontrado por
mim na minha experiência de
conversão. Um ataque covarde. Foi
então que entendi, em meu estado de
hipnose, sugestão, e tendo sendo
vítima de drogas, que estava na época
do antigo testamento. E essa forma de
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76. Liliam da Paixão 75
encarar uma realidade em que não há
Jesus e explicá-la pela fé é que levou
Ruínas a surtar. Para mim só havia
uma forma de Jesus não existir, eu
voltara no tempo.
A minha idéia de escrever essas
coisas foi mostrar que não precisamos
fazer nada para levantarmos a fúria de
quem quer que seja. Satanás utiliza-se
das brechas para isolar as pessoas,
estigmatizá-las e deixá-las sem o
apoio daqueles que são os seus pares
na fé. Eu entendo que foi a
Misericórdia de Deus e o Seu Amor
que me guardaram. Alguns podem até
perguntar isso é guardar?. Bem eu
guardei a minha fé. Até mesmo nas
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2017 - 2ª Edição
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igrejas eu encontrava esse homem
que me conhecia desde criança. Está
claro a má intenção, pois ele sempre
me perseguia, me difamava, criava
situações muito desfavoráveis
socialmente, pelo simples motivo de
ter se decidido a fazer isso. Mas eu
decidi que eu quero Deus. E reconheço
Seu amor porque Ele enviou Jesus
Cristo para nos salvar. E lá no Antigo
Testamento Deus já havia planejado a
vinda de Nosso Salvador. Eu sou
pecadora, mas o sangue de Jesus me
purifica de todo o pecado e sendo
assim não há mais acusação para
quem está em Cristo Jesus.
Compartilho o nome desse que sugou
Produção Independente de Liliam da Paixão
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minha energia a vida toda,
perseguia-me a vida toda e quando eu
chego à faculdade e ele podia
simplesmente deixar-me de lado, já
que não lembrava-me dele, sua
decisão foi mais uma vez me
perseguir. Eu só me lembrei pela
misericórdia de Deus, porque Ruínas
teve o cuidado de continuar as
sugestões através dos e-mails,
telefonemas e encontros nos quais eu
não conseguia reconhecê-lo, mesmo
depois da colação de grau. Então é
preciso entender que não há um lugar
seguro. A única segurança é a nossa fé
e a comunhão com os irmãos. Nossa
única segurança está em Deus. É claro
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79. Liliam da Paixão 78
que o fato dessa maldade ter
começado quando eu era criança
explica bastante porque eu fiquei tão
vulnerável, por tanto tempo. Mas
mesmo em minha vulnerabilidade
Deus nunca me faltou. Sugiro que
cada vez mais irmãos e irmãs
ingressem nos cursos de psicologia e
psiquiatria, tornando-se mestres e
doutores nas faculdades públicas, pois
somos nós os pastores e pastoras que
precisamos entender muito bem como
funciona o comportamento humano, a
mente, o cérebro, o sistema límbico,
precisamos entender dessas coisas
pois é daí, do conhecimento de como
funciona o sistema nervoso, de teoria
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81. Liliam da Paixão 80
A Criança Fragilizada
"Instrui o menino no caminho em
que deve andar, e até quando
envelhecer não se desviará dele".
(Provérbios 22:6).
Para nós que somos pais ou que
nos vemos na condição de cuidador e
orientador de uma criança é
necessário olhar, prestar a atenção,
ouvir e estranhar o que a criança traz
em sua fala ou em seu
comportamento, em suas brincadeiras,
qual é a fonte que origina tudo o que
podemos perceber no agir das crianças
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82. Liliam da Paixão 81
em casa ou que até mesmo deixamos
de perceber.
Mais uma vez trarei minhas
próprias experiências como ilustração.
Lá no condomínio onde cresci havia
uma febre de RPG e jogo da berlinda.
Esse tipos de jogos não são os mais
adequados para crianças, mas ainda
que o fossem, as crianças não
deveriam participar disso sem o
consentimento dos pais. Lá naquela
época havia alguns moradores que
faziam parte de um grupo religioso
que é considerado como uma seita
herética por nós que somos
evangélicos e eram justamente essas
pessoas que difundiam essas
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83. Liliam da Paixão 82
brincadeiras demoníacas entre as
crianças; não é de se admirar. Na
escola pode chegar a acontecer isso
também, sem que os pais evangélicos
o saibam. É preciso orientar as
crianças, mas é preciso que se fiscalize
também o que acontece lá no
ambiente escolar, dentro da sala de
aula. Corremos o risco de termos
nossas crianças subvertidas por idéias
provenientes de professores oriundos
de uma prática religiosa diferente da
nossa cuja intenção seja subverter a
nossa fé, confundir a nossa forma de
compreender a Palavra de Deus.
Contudo, uma das estratégias de
satanás é destruir a fé através do
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84. Liliam da Paixão 83
convívio das crianças e jovens com
seus pares, com crianças e jovens da
mesma idade, colegas de escola ou de
vizinhança, em um contexto onde o
respeito a diversidade seja
comprometido. Nada de novo, nada
que já não saibamos, mas muitas
vezes coisas que deixamos de
observar.
Nossa prática como pregadores e
pregadoras da Palavra de Deus é levar
os ensinamentos bíblicos a todos, mas
o livre arbítrio, a escolha é de cada
um. Aceita Jesus quem quer aceitar,
refuta quem quer refutar, mas essa
não é a conduta de todos os
seguimentos religiosos, ou de todas
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as instituições e organizações
religiosas, a respeito de suas crenças,
sendo assim precisamos nos voltar
para uma prática pela qual possamos
proteger nossas crianças de
ensinamentos que podem corroer o
convívio na vida familiar, a conduta
desejada pelos cristãos, e os planos
para o futuro, nosso direito.
É muito curioso que Ruínas tenha
considerado como um ícone a ser
copiado justamente a Cuca, sim,
aquela personagem jacaré e bruxa do
Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro
Lobato, pelo motivo de que ela
aparece e desaparece e ser,
justamente, este o desejo de Ruínas,
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poder aparecer e desaparecer. Cuca
veio a ser um entre muitos dos
pseudônimos adotados por Ruínas.
É intrigante a escolha de um ícone
feminino por um menino, inquietante
eu diria; um menino com um
pseudônimo e disfarce femininos.
Ainda mais intrigante, e porque não
dizer paradoxal, é o fato de ter
provocado o bullying que sofri no
condomínio quando as crianças me
chamavam de bruxa considerando que
o próprio Ruínas queria ser uma. Mas
é claro, tratando-se de Ruínas havia
mesmo uma outra bruxa a quem ele
almejava antagonizar, uma certa
bruxa branca de um RPGzinho. Uma
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bruxa branca para tirar-lhe o coração
pulsante, uma bruxa branca para
sacrificar e se auto afirmar como deus.
Sempre projetando um ícone quer
para assumí-lo quer para confrontá-lo.
Uma vida assim não é vida, acredito
que os irmãos e irmãs concordarão
comigo. Sabemos nós que a realidade
na presença de Deus é o que
precisamos.
Ruínas queria ser como um deus
no centro de tudo fruto de sua auto
imagem corrompida não mais
egocêntrica, mas egoísta e uma
personalidade altamente narcisista e
hedonista. A verdade é que esse
homem não desenvolveu a habilidade
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de ter compaixão, se era um quilo de
açúcar a única coisa disponível era um
quilo de açúcar o que ele roubava.
Trata-se de um covarde em todos os
sentidos, pois até mesmo quando era
vítima de algum bullying vingava-se
dos inocentes sem coragem de
confrontar seus próprios agressores.
Sendo assim podemos considerar essa
maneira de agir como mais uma
habilidade desenvolvida de copiar, de
absorver subjetividades, ou seja, fazer
mal aos outros da mesma forma que
ele foi objeto da maldade de outros é
uma expressão de como Ruínas
compartilha suas experiências de vida.
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Outra coisa que podemos no
mínimo chamar de intrigante era o
jeito como ele se apresentava: "Como
você prefere me chamar? Vagner,
Carlos, Roberto, Ivanhoé, Marcelo,...?"
E isso Continua até os dias atuais.
Ruínas sequer era um nome
conhecido. No condomínio, só ficamos
sabendo seu nome por ocasião do
duelo quando foi vencido e
sugestionado pelo oponente, como
fazia com todo mundo no condomínio
e mais tarde veio a fazer no
alojamento e no Instituto de
Psicologia, na UFRJ.
A pergunta que não me deixa calar
é será que a família não percebeu que
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havia alguma coisa errada com esse
menino? A conduta de Ruínas não era
uma coisa pra se deixar passar sem
intervenções. Teria sido também uma
brecha para satanás entrar, a família?
Não sei dizer, com certeza, mais
apresento aqui minhas considerações.
O que teria levado Ruínas a se tornar
alguém tão miserável a ponto de
alegar ser ele seu próprio deus e rei? A
ferida narcísica?
"Cuidado co’a Cuca
que a Cuca te pega,
e pega daqui e pega de lá.
Cuidado co’a Cuca
que a Cuca é malvada…”
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Temos assim uma personalidade
fragilizada, sem contornos, espalhada.
O caráter dúbio, a identidade
dilacerada. Uma subjetividade
fantasma. Sua expressão como uma
pessoa se dá quando há alguém para
copiar, seja sua imagem ou idéias.
Mas seja como for a escolha dessa
subjetividade se dá por sua maldade
ou crueldade. A benevolência é uma
ilusão, é só um disfarce, uma máscara,
quando encaramos Ruínas.
Considero haver dessa forma uma
questão quanto a auto imagem, a
questão quanto ao gênero está
subjacente também, apresentada
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como dualidade. Há uma
representação fragilizada da
identidade e dos valores morais.
A Cuca é fêmea, Ruínas macho.
A Cuca é uma bruxa e faz maldades,
aparece e desaparece, enfeitiça as
pessoas; e é isso que o jovem
Ruínas quer ser quando crescer?
Aparentemente ele alcançou esses
objetivos. Pois é com a aparência de
uma mulher que Ruínas entra nos
vestiários femininos na UFRJ, e sobe
os degraus do alojamento feminino
para abusar de alguma jovem
sugestionada e chega a criar a ilusão
que desapareceu, sumiu, exatamente
como a Cuca, não como o Saci Pererê,
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mas a Cuca. Como um mágico em um
show de ilusionismo bem ensaiado.
Acredito que é preciso considerar
que a família tem suma importância no
desenvolvimento da criança; no
entanto, o ponto é que muitas vezes a
família não percebe o desvio de
conduta da criança, e quando percebe
pode relegar a alguma coisa de menor
importância ou como brincadeira de
faz de conta, coisa de criança, sem
necessidade preocupação, conversa ou
intervenção, só uma fase.
Ruínas sempre queria ser alguma
coisa que considerava o livre arbítrio
alheio, as escolhas alheias, as decisões
alheias como sem importância. Pensar
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no bem estar do outro nunca foi uma
preocupação a não ser em sua
concepção de equilibrar o cosmo.
Sendo assim, como criança, estar
próximo de outras crianças veio a
trazer prejuízo para inúmeras vidas.
Então vejamos, temos aqui um
jovenzinho, sem restrições morais com
o poder de programar pessoas, pois é
isso que precisava ser feito depois do
jogo de tão violento que é para a
psiquê. Um menino com tais valores
não teria escrúpulos e certamente
sugestionaria crianças ao roubo,
meninos à práticas homossexuais,
meninas tanto à prostituição quanto ao
homossexualismo, intentaria contra a
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vocação profissional, ou religiosa, e
roubaria o que quisesse sem que sua
vítima pudesse ao menos dar-se
conta, tramaria contra a auto estima
de quem ele escolhesse por inimigo,
como decidiu fazer comigo. Ruínas se
sente feio e repugnante, sei disso, pois
essas foram suas palavras, mas esses
sentimentos só encontram abrigo,
porque suas práticas são feias e
repugnantes. Por isso induzia e
sugestionava as pessoas a me
agredirem tão duramente, dessa forma
feia e repugnante, quando eu era
criança e voltou a fazer isso na UFRJ,
queria que eu me sentisse como ele se
sente, mas nesse intento ele alcançou
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