SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 71
Diferença entre
construção
convencional e
alvenaria estrutural
M ATCON
BLOG
0
Escolher o sistema de construção adequado para o seu projeto é muito importante,
principalmente porque é a partir dele que você determinará todo o futuro da sua
construção depois de pronta. Quando se trata de escolher a alvenaria, a dúvida
que fica é: Qual a melhor, alvenaria convencional ou a alvenaria estrutural?
Fazer essa escolha com clareza é um fator chave para o sucesso da sua
construção e, por isso, nesse artigo, você irá aprender as diferenças básicas entre
o sistema de construção convencional e a alvenaria estrutural, incluindo os
benefícios e limitações de cada um.
Com as informações que serão dadas nesse post, você poderá escolher o melhor
tipo de alvenaria para usar na sua construção e assim ter a certeza de que o
resultado final sairá conforme você espera.
Confira a seguir as principais diferenças entre a alvenaria convencional e
a alvenaria estrutural.
Alvenaria convencional
A alvenaria convencional é o tipo mais comum utilizado nas construções
brasileiras. Sua função primordial dentro de uma construção é a de promover a
vedação, a partir da separação de ambientes e fachadas.
Todo o peso é absorvido pela estrutura de pilares e vigas, onde nesse caso é
possível afirmar que as paredes construídas não possuem função estrutural.
É comum o emprego de vigas e pilares moldados por formatos de madeira.
Para a construção de uma estrutura desse tipo, é necessária a utilização
do concreto armado.
O concreto armado funciona como uma espécie de esqueleto para a construção,
sendo formado pelo uso de pilares, lajes e vigas.
Um dos benefícios de utilizar o concreto armado é que não existem limitações
referentes as medidas do projeto arquitetônico, então é dada maior liberdade ao
operador da obra, além de permitir futuras obras sem restrições.
Por outro lado, esse tipo de construção demanda mais tempo e o custo pode ser
mais elevado quando comparado ao sistema de alvenaria estrutural.
Além disso, a alvenaria convencional pode produzir bastante entulho devido ao
constante quebramento de blocos do sistema.
As paredes são erguidas e em seguida quebradas para que haja a instalação das
tubulações, prática essa que pode gerar entre 20% e 30% de prejuízo
principalmente de materiais.
Alvenaria Estrutural
A alvenaria estrutural por sua vez, tem como característica principal a ausência
de pilares e vigas, pois todas as paredes construídas têm a capacidade de
suportar o peso de instalações como lajes e coberturas por si próprias. Ou seja,
elas funcionam também como vedação.
Assim, é imprescindível que as paredes sejam erguidas de forma bem executada,
evitando cortes nos blocos.
Tudo precisa ser planejado para que seja instalado, ao mesmo tempo, sistema
elétrico e hidrossanitário, de modo que as peças se encaixem alternadamente.
Racionalizar é importante para que as medidas das paredes fiquem fora do padrão
de blocos nesse momento, evitando assim a necessidade de alterações futuras.
Além disso, o sistema de alvenaria estrutural permite um maior rendimento para
a mão de obra, já que é possível concluir uma maior área quadrada por dia.
Segundo pesquisas, optar por esse tipo de alvenaria pode gerar uma economia de
até 15% em relação à construção convencional.
A construção que utiliza alvenaria estrutural apresenta o seu tempo de execução
otimizado, diminui os gastos desnecessários e ainda tem uma boa aplicação.
Suas limitações são para prédios que possuem muitas fachadas de vidro, portas e
janelas muito grandes ou móveis de divisão interna, pois tudo isso pode
sobrecarregar a estrutura, e pela vedação conjunta, é mais difícil que uma reforma
possa ser realizada futuramente no projeto.
Ou seja, qualquer mudança que possa ser realizada futuramente precisa ser
prevista ainda durante a elaboração do projeto, não permitindo portas e janelas
que fujam do padrão, por exemplo.
Portanto, agora que já sabe a diferença entre a construção convencional e
a alvenaria estrutural, analise os pros e os contras de cada uma delas e opte por
aquela que vai proporcionar o melhor resultado para a sua construção!
Continue acompanhando o nosso blog para conferir as melhores dicas e
novidades no ramo de construção civil!
http://matconsupply.com.br/diferenca-entre-construcao-convencional-e-alvenaria-
estrutural-fibras-de-aco/
Diferenças entre alvenaria estrutural e
convencional
Saber qual dos métodos construtivos adotar na estrutura da casa é um passo
importante, que deve ser dado de acordo com a topografia, o projeto de
arquitetura, o tipo de solo entre outros fatores.
A definição do sistema construtivo deve vir de um projeto técnico, porém saber a
diferença entre alvenaria estrutural e convencional é fundamental para que o
proprietário possa participar ativamente desta escolha.
Pensando nisso preparamos uma comparação entre os dois sistemas construtivos
mais comuns.
Concreto armado
Obra com concreto armado
É o método construtivo mais adotado no Brasil para obras residenciais. Funciona
como um “esqueleto” formado a partir da combinação de pilares, lajes e vigas.
As paredes servem apenas como fechamento e separação de ambientes. Todo o
peso é absorvido pelo sistema pilares, lajes e vigas, e por isto pode-se dizer que as
paredes não possuem função estrutural.
Um ponto forte é que não há restrição quanto às medidas do projeto, o que permite
maior liberdade criativa, não há limites para futuras reformas, e podem ser
especificadas esquadrias fora do tamanho padrão.
Como ponto fraco, este método possui um tempo de execução um pouco maior e
um custo mais elevado em comparação com o sistema de alvenaria estrutural.
Alvenaria estrutural
Obra com bloco cerâmico estrutural
A principal característica deste sistema é que todas as paredes têm a função de
suportar o peso da laje ou da cobertura. Não há pilares e vigas, a estrutura é
formada pelas paredes e lajes.
Desta forma a boa execução das paredes é fundamental. Deve-se ao máximo evitar
cortes nos blocos, e por isso este sistema é chamado de racionalizado.
A racionalização está em evitar medidas de paredes fora do padrão dos blocos e
executar a hidráulica e elétrica junto com o assentamento dos blocos para evitar
cortes futuros.
A alvenaria pode ser feita de blocos de concreto estruturais ou de blocos cerâmicos
estruturais. Os blocos cerâmicos possuem peso menor, o que aumenta a velocidade
da execução, e também possibilitam um conforto térmico 3 vezes melhor do que os
blocos de concreto.
Principais vantagens: menor tempo e custo de execução em relação ao concreto
armado.
Desvantagens: não permite reformas futuras, requer mão de obra especializada,
não permite portas e janelas fora do padrão, e não pode ser utilizado em qualquer
tipo de projeto, pois as possibilidades são limitadas ao padrão dos blocos.
Fonte:www.arestoarquitetura.com.br
Alvenaria de Vedação
É uma alvenaria que não é dimensionada para resistir a ações além de seu próprio
peso. A vedação vertical é responsável pelo fechamento da edificação e também
pela compartimentação dos ambientes internos.
A maioria das edificações executadas pelo processo construtivo convencional
(estrutura reticulada de concreto armado moldada no local) utiliza para o
fechamento dos vãos paredes de alvenaria.
Alvenaria de Vedação Tradicional
Como não se utiliza projeto de alvenaria, as soluções construtivas são improvisadas
durante a execução dos serviços:
- A mão-de-obra pouco qualificada executa os serviços com facilidade, mas nem
sempre com a qualidade desejada
- O retrabalho: os tijolos ou blocos são assentados, as paredes são seccionadas
para a passagem de instalações e embutimento de caixas e, em seguida, são feitos
remendos com a utilização de argamassa para o preenchimento dos vazios
- O desperdício de materiais: a quebra de tijolos no transporte e na execução, a
utilização de marretas para abrir os rasgos nas paredes e a freqüência de retirada
de caçambas de entulho da obra evidenciam isso
- Falta de controle na execução: eventuais problemas na execução são detectados
somente por ocasião da conferência de prumo do revestimento externo, gerando
elevados consumos de argamassa e aumento das ações permanentes atuantes na
estrutura.
Alvenaria de Vedação Racionalizada
O principio básico da alvenaria racionalizada é tomar todas as decisões quanto aos
passos de execução na fase de projeto e documentá-los em forma de desenho ou
observações descritivas. Assim, o projeto contempla todo o detalhamento
executivo, estrutural, alvenaria e instalações, compatibilizando tudo.
Quando se pretende implantar conceitos de racionalização da construção, deve-se
iniciar pela estrutura da edificação. Em seguida, priorizar a alvenaria de vedação.
Isso porque o subsistema de vedação vertical interfere nos demais subsistemas da
edificação: revestimento, impermeabilização, esquadrias, instalações elétricas e de
comunicação e instalações hidrossanitárias. Todos esses serviços somados
representam uma parcela considerável do custo de uma obra.
Em contraponto à alvenaria tradicional, a alvenaria racionalizada apresenta as
seguintes características:
- Utilização de blocos de melhor qualidade, com furos na vertical para a passagem
de instalações.
- Planejamento prévio da paginação da alvenaria, cada bloco está desenhado no
seu devido lugar.
- Projeto da produção, projeto compatibilizando estrutura, alvenarias e demais
subsistemas.
- Treinamento da mão-de-obra.
- Utilização de família de blocos com blocos compensadores para evitar a quebra de
blocos na execução.
- Redução drástica do desperdício de materiais, sem quebras e sem remendos.
- Melhoria nas condições de limpeza e organização do canteiro de obras.
A racionalização construtiva pode ser entendida como a aplicação mais eficiente dos
recursos em todas as atividades desenvolvidas para a construção do edifício.
Ao terminar a alvenaria a parede está pronta, com todas as instalações executadas
paralelamente. Neste sistema não existe a necessidade de corte de canaletas,
quebração, retrabalho, limpeza de resíduos da quebra para passagem das
instalações. É uma montagem racionalizadas de peças que já foram previament e
pensadas para ocuparem cada uma o seu devido lugar.
Fonte:pauluzzi.com.br
Bloco de concreto x bloco cerâmico na
alvenaria estrutural
Na alvenaria estrutural, também chamada de alvenaria portante, vedação e
estrutura funcionam como um só. Os blocos são organizados de forma a serem
capazes de suportar todas as cargas da construção.
Há possibilidade de uso de blocos cerâmicos e de conc reto e essa escolha depende
de vários fatores. Preço, propriedade térmicas, acabamento e rapidez são
características que os consumidores devem estar atentos na hora de escolher o
produto a ser usado na construção.
Confira a seguir todas as vantagens e desvantagens de usar o bloco cerâmico e o
bloco de concreto com função estrutural:
Bloco de concreto
Esses blocos são compostos por agentes expansores, água, cal e cimento. A
mistura de materiais é preparada e colocada em uma forma e em seguida, passa
por um equipamento de vibração e prensagem. A última etapa é o processo de
cura, que é feito dentro de câmaras de vapor, a fim de evitar a formação de
fissuras.
A Associação Brasileira de Cimento Portland divulga uma lista das marcas que
possuem o selo de garantia que garante adequação às normas da ABNT.
Geralmente as peças desse material vem com tamanho padrão, o que permite que
as paredes sejam erguidas com alinhamento mais definido.
Devido ao tamanho maior dos blocos, é possível ter agilidade na construção
fazendo com que o levantamento das paredes seja mais rápido. Infelizmente, a
adição de cimento em sua composição aumenta o impacto ambiental desse
produto.
Comparado com os outros tipos de tijolos, o bloco de concreto possui a maior
resistência entre todos e no caso da alvenaria estrutural podem suportar o peso de
toda a construção sem a necessidade de vigas e pilares.
Esse tipo de material pode ser revestido internamente com apenas uma demão de
argamassa ou gesso e a cerâmica pode ser aplicada diretamente em sua superfície.
Dessa forma é possível economizar com revestimento.
Como o tijolo de concreto é em média 40% mais pesado que os modelos
cerâmicos, o manuseio do produto no canteiro de obra pode ser um pouco
complicado. As juntas de dilatação em construções erguidas com blocos de
concreto devem ser menores já que o material se movimenta mais que os outros
tipos de produto.
Bloco cerâmico
A cerâmica vermelha desse material são obtidas após a queima da argila em
altíssima temperatura, o que garante qualidade às peças. Por serem mais leves,
representam maior produtividade no canteiro de obras e por outro lado quebram
com mais facilidade.
Suas propriedades físicas oferecem excelente conforto acústico e seu coeficiente de
condutibilidade térmica é três vezes menor, o que proporciona conforto também
térmico. As emissões de CO2 no ciclo de vida do produto, o que torna o seu uso
mais sustentável.
Outra vantagem muito levado em conta pelos consumidores é o preço, já que o
bloco cerâmico é mais barato que o feito de concreto.
O bloco cerâmico, porém, é menos aderente à argamassa e exige mais
revestimento. Outra desvantagem é que ele é menos regular geometricamente e
possui menor resistência mecânica que o de concreto.
Fonte:www.hometeka.com.br
Conceitos de Alvenaria Estrutural
A alvenaria estrutural ganhou espaço nas construções na década de 1990 e hoje ela
é amplamente utilizada em obras residenciais.
A alvenaria estrutural pode ser armada, ou seja, reforçada com armadura passiva
ou até mesmo armadura ativa (protendida) e a não-armada, encontrada em
edificações mais baixas, geralmente até 04 pavimentos.
Dupla Função nas Edificações
1. Função Estrutural: a própria alvenaria da edificação é a estrutura da edificação
(casa, prédio, loja, etc)
2. Função de vedação: típica função de separar os ambientes de acordo com a
arquitetura
Assim, a alvenaria estrutural é uma técnica construtiva que difere do sistema
clássico pilar/viga/laje.
Vantagens da Alvenaria Estrutural
– Técnica executiva simplificada
– Facilidade de treinamento de mão-de-obra
– Organização do processo de produção
– Menor diversidade de mão-de-obra na fase de estrutura (não é necessária equipe
de carpintaria, armação)
– Integração com os sistemas de instalações elétricas e hidrossanitárias
– Redução nas formas, consumo de aço e concreto
Desvantagens da alvenaria estrutural
– Condiciona a arquitetura (devido a paginação de acordo com o tamanho dos
blocos)
– Restringe futuras mudanças e intervenções na edificação
– Inibe a mudança do uso dos edifícios (exemplo: de uso residencial para uso
comercial)
Os Blocos Estruturais
Os blocos de alvenaria estrutural podem ser em concreto ou em cerâmica. Eles são
sempre vazados na vertical, ou seja, não possuem fundo. Na execução das paredes
utiliza-se o meio-bloco para fazer as amarrações.
Todas as paredes são paginadas e a execução delas deve seguir rigorosamente o
projeto de paginação principalmente nos encontros de paredes e cantos.
Macete 01: Ao comprar bloco estrutural sempre deixe claro que sua necessidade é
o bloco estrutural, porque geralmente o fornecedor possui os dois tipos de bloco: o
estrutural e o de vedação.
Macete 02: O bloco não-estrutural (de vedação) é utilizado em construções onde
as paredes não possuem nenhuma função estrutural.
Fonte:pedreirao.com.br
A banalização da recuperação estrutural!
Em um outro artigo, falávamos sobre as infiltrações e os caminhos que a água
usa para apresentá-las (trincas, rachaduras, poros dos materiais, falhas no material
como, ninhos no concreto, brocas e fendas junto as armaduras) e os estragos que
elas causam nas edificações.
Apresentamos também, uma técnica revolucionária que impermeabiliza
profundamente através de injeção o interior da própria estrutura, realizando uma
rápida colmatação das trincas, fissuras e cavidades no interior do concreto,
preenchendo e impermeabilizando sem quebrar.
Sem duvida a infiltração é a causa ou o meio necessário para a grande maioria das
patologias em edificações. Dentre as diversas, podemos destacar o ataque as
estruturas de concreto armado.
A água como eletrólito da corrosão.
A água é um meio condutor de eletricidade devido á sua carga natural de íons
Cálcio, Magnésio, Sódio, Bicarbonato, Sulfato, Cloretos e Nitratos. Sem dúvida, os
cloretos são os que se relacionam mais com a corrosão, já que, como outros íons,
aumentam a condutividade elétrica da água, facilitando enormemente o fluxo da
corrente de corrosão.
Também reduzem, de forma significativa, a proteção de filmes ou películas de
proteção aplicadas, pois, por aí permeiam facilmente. Os íons nitratos, como os
sulfatos, são tão perigosos quanto os cloretos para o aço. Apresentam –se,
entretanto, em menores concentrações.
Na prática, águas com alta concentração de sulfatos atacam o concreto. O pH da
água raramente foge do em torno a 4,5 – 8,5. De todos os gases dissolvidos na
água, o OXIGÊNIO ocupa posição especial porque é um tremendo estimulante á
corrosão. Um concreto bem dosado, com recobrimento e fator a/c (água/cimento)
adequados, inclusive ao ambiente, estará protegendo suas armaduras da corrosão
pelo fato de fornecer um ambiente envolvente altamente alcalino, com um pH entre
12 e 13.
No entanto, quanto mais permeável for a camada de recobrimento mais o concreto
tornar-se-á "molhável", permitindo fácil acesso á água e aos gases, como o
oxigênio, através de sua rede de vazios. Comumente, no entanto, ter-se-á, sempre,
trincas e/ou fissuras em sua superfície, devido a processos de cura insuficientes ou
mesmo inexistentes, fazendo com que aqueles elementos tenham fácil e rápido
acesso ás armaduras.
Além de ser um dos principais "elos" da corrosão, a água também pode corroer o
concreto. A medida em que a água vai infiltrando, ela dissolve o Oca (dando
hidróxido de cálcio), e também a sílica, tornando o concreto cada vez mais poroso,
conseqüentemente mais fraco. O dióxido de carbono na atmosfera reagirá com a
umidade (devido a infiltração) existente no interior dos poros da estrutura,
convertendo o hidróxido de cálcio com alto pH, em carbonato de cálcio que tem pH
mais neutro. (pH diminui inicia a corrosão). Observe que voltamos ao ponto inicial,
CORROSÃO.
Corrosão – Transformação do metal em compostos de propriedades menos
desejáveis (normalmente, a oxidação para voltar a ser o mineral do qual foi
extraído. Retorno ao seu estado natural mais estável).
Uma força "invisível"
Todo este processo contribui para o aumento significativo da desagregação do
concreto. Esta desagregação se inicia na superfície com uma mudança de coloração
seguida de um aumento na espessura das fissuras entrecruzadas, que costumam
aparecer.
Nas regiões em que o concreto não é adequado, não recobre ou recobre
deficientemente a armadura, há a formação de óxi-hidróxidos de ferro, que passam
a ocupar volumes de três a dez vezes superiores ao volume original do aço da
armadura, podendo causar pressões de expansão superiores a 15 Mpa.
Estas tensões provocam inicialmente a fissuração do concreto na direção paralela a
armadura corrida, o que favorece ainda mais a carbonatação e a penetração de
agentes agressivos, causando o lascamento do concreto.
O comprometimento do desempenho da estrutura e o constrangimento psicológico.
É sabido que o concreto armado só funciona como um sólido composto (ou seja,
como é calculado) quando há perfeita aderência entre o concreto e o aço. É comum
encontrarmos condomínios com a filosofia – Isso pode esperar mais um pouco, não
vai cair etc!. Esperando o momento "certo" para intervir, deixando muitas vezes os
condôminos sem sono. Mas devemos alertar, que em geral, os problemas
patológicos são evolutivos e tendem a se agravar com o passar do tempo, além de
acarretarem outros problemas associados ao inicial.
Pode-se afirmar que as correções serão mais duráveis, mais efetivas, mais fáceis
de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas. A
demonstração mais expressiva dessa afirmação é a chamada "lei de Sitter" que
mostra os custos crescendo segundo uma progressão geométrica.
Dividindo as etapas construtivas e de uso em quatro períodos correspondentes ao
projeto, à execução propriamente dita, à manutenção preventiva efetuada antes
dos primeiros três anos e à manutenção corretiva efetuada após surgimento dos
problemas, a cada uma corresponderá um custo que segue uma progressão
geométrica de razão cinco (5).
Segundo SITTER, colaborador do CEB – Comitê Euro-international du Béton –
formulador dessa lei de custos amplamente citada em bibliografias especificas da
área, adiar uma intervenção significa aumentar os custos diretos em progressão
geométrica de razão 5, o que torna ainda mais atual o conhecido ditado popular
"não deixes para amanhã o que se pode fazer hoje", por cinco vezes menos.
A boa vontade que pode sair muito caro.
Síndico precavido, econômico, há anos mantendo uma administração enxuta. Um
belo dia se depara com as lajes e vigas de suas garagens em processo de corrosão
e desplacamento. Certamente, já sabe o que fazer. Deixa recado com o porteiro
para encontrar o Sr. Das obras, que há anos ronda o condomínio e adjacências.
"Profissional" barato, de confiança, muito bom por sinal. Entretanto, esquece que o
Sr. Das obras é um bom executor, mas não detém conhecimentos técnicos que os
diversos serviços de engenharia requer. Continuando, lá vão, síndico e Sr. Das
obras a loja de materiais de construção mais próxima. O resultado? Compram os
mais diversos materiais. Aquele do comercial Dr, diz o Sr. Das obras. Satisfeito com
a "economia" e com a orientação sugerida pelo balconista da loja, seguem para a
execução da "maquiagem estrutural".
Remoção do concreto danificado pela corrosão, remoção das carepas de corrosão,
pintura inibidora polimérica ou anticorrosiva, aplicação da argamassa de reparo.
Pronto !!! agora é só pintar Dr.
Bem Sr. Síndico, devemos lhe informar que o termo "recuperação estrutural"
aplicado em uma estrutura, motivado por processo de corrosão em suas armaduras
significa a restituição da sua integridade em todos os sentidos, seja o físico e
químico, sempre considerando-se que um processo é uma série de fenômenos
sucessivos com nexo de causa e efeito.
A restituição das seções do aço e do concreto, danificados por processos de
corrosão nas armaduras, representa nada mais nada menos do que o efeito. E a
causa ? Bem, a causa da corrosão nem todos sabem, mas, é de origem
eletroquímica, somente neutralizada por processo eletroquímico. Por que apenas
tratar os efeitos? Evidentemente, esta forma de recuperação estrutural conduz ao
aceleramento da deterioração da estrutura.
Todo problema patológico, chamado em linguagem jurídica de vício oculto ou vício
de construção, deve ser acompanhado ou executado por um profissional
devidamente habilitado.
O conhecimento da patologia da construção é indispensável, em maior ou menor
grau, para todos que trabalham com recuperações e construção. Quando se
conhecem os defeitos que uma construção pode vir a apresentar e suas causas, é
muito menos provável que se cometam erros.
Voltando dias depois para ver o serviço do Sr. Das obras e do Síndico econômico,
nos deparamos com o seguinte quadro: Utilização de argamassa com altíssima
resistência a compressão, invariavelmente duas a três vezes superior ao do
concreto original.
Em outras palavras, sua relação tensão – deformação (módulo de elasticidade) é
totalmente diferente da base, dando como resultado uma transmissão de carga
mais intensa e sujeitando-a a um descolamento prematuro. Bem mais impermeável
que o concreto da base, possui uma rede de vazios bem inferior.
O resultado é um comportamento dimensional (coeficiente de dilatação térmica-
relaxação-fluência) anômalo, não tão importante para espessuras correspondentes
ao recobrimento, mas extremamente prejudicial para espessuras mais profundas,
onde o volume de cargas é mais intenso.
Na verdade, o que se deseja é uma boa aderência, uma massa similar á original,
uma cura adequada (retração por secagem) e a efetiva neutralização da corrosão
através de um processo eletroquímico. Tudo a mais influencia o comportamento
dimensional da peça estrutural, devido a falta de cuidado em tentar compatibilizar a
recuperação.
A incompatibilidade nas recuperações em todos os segmentos da área é muito
comum.
Mas este será o nosso próximo assunto, não recupere antes do próximo artigo.
Leonardo Zapla, especialista em Patologias da Construção, Consultor
técnico de algumas empresas e diretor da Zapla Serviços Especiais para
Engenharia - Visite: http://www.zapla.com.br
Fonte:www.ecivilnet.com
Diferenças entre alvenaria estrutural e
convencional
Saber qual dos métodos construtivos adotar na estrutura da casa é um passo
importante, que deve ser dado de acordo com a topografia, o projeto de
arquitetura, o tipo de solo entre outros fatores.
A definição do sistema construtivo deve vir de um projeto técnico, porém saber a
diferença entre alvenaria estrutural e convencional é fundamental para que o
proprietário possa participar ativamente desta escolha.
Pensando nisso preparamos uma comparação entre os dois sistemas construtivos
mais comuns.
Concreto armado
Obra com concreto armado
É o método construtivo mais adotado no Brasil para obras residenciais. Funciona
como um “esqueleto” formado a partir da combinação de pilares, lajes e vigas.
As paredes servem apenas como fechamento e separação de ambientes. Todo o
peso é absorvido pelo sistema pilares, lajes e vigas, e por isto pode-se dizer que as
paredes não possuem função estrutural.
Um ponto forte é que não há restrição quanto às medidas do projeto, o que permite
maior liberdade criativa, não há limites para futuras reformas, e podem ser
especificadas esquadrias fora do tamanho padrão.
Como ponto fraco, este método possui um tempo de execução um pouco maior e
um custo mais elevado em comparação com o sistema de alvenaria estrutural.
Alvenaria estrutural
Obra com bloco cerâmico estrutural
A principal característica deste sistema é que todas as paredes têm a função de
suportar o peso da laje ou da cobertura. Não há pilares e vigas, a estrutura é
formada pelas paredes e lajes.
Desta forma a boa execução das paredes é fundamental. Deve-se ao máximo evitar
cortes nos blocos, e por isso este sistema é chamado de racionalizado.
A racionalização está em evitar medidas de paredes fora do padrão dos blocos e
executar a hidráulica e elétrica junto com o assentamento dos blocos para evitar
cortes futuros.
A alvenaria pode ser feita de blocos de concreto estruturais ou de blocos cerâmicos
estruturais. Os blocos cerâmicos possuem peso menor, o que aumenta a velocidade
da execução, e também possibilitam um conforto térmico 3 vezes melhor do que os
blocos de concreto.
Principais vantagens: menor tempo e custo de execução em relação ao concreto
armado.
Desvantagens: não permite reformas futuras, requer mão de obra especializada,
não permite portas e janelas fora do padrão, e não pode ser utilizado em qualquer
tipo de projeto, pois as possibilidades são limitadas ao padrão dos blocos.
Fonte:www.arestoarquitetura.com.br
Alvenaria de Vedação
É uma alvenaria que não é dimensionada para resistir a ações além de seu próprio
peso. A vedação vertical é responsável pelo fechamento da edificação e também
pela compartimentação dos ambientes internos.
A maioria das edificações executadas pelo processo construtivo convencional
(estrutura reticulada de concreto armado moldada no local) utiliza para o
fechamento dos vãos paredes de alvenaria.
Alvenaria de Vedação Tradicional
Como não se utiliza projeto de alvenaria, as soluções construtivas são improvisadas
durante a execução dos serviços.
• A mão-de-obra pouco qualificada executa os serviços com facilidade, mas nem
sempre com a qualidade desejada
• O retrabalho: os tijolos ou blocos são assentados, as paredes são seccionadas
para a passagem de instalações e embutimento de caixas e, em seguida, são feitos
remendos com a utilização de argamassa para o preenchimento dos vazios
• O desperdício de materiais: a quebra de tijolos no transporte e na execução, a
utilização de marretas para abrir os rasgos nas paredes e a frequência de retirada
de caçambas de entulho da obra evidenciam isso
• Falta de controle na execução: eventuais problemas na execução são detectados
somente por ocasião da conferência de prumo do revestimento externo, gerando
elevados consumos de argamassa e aumento das ações permanentes atuantes na
estrutura.
Alvenaria de Vedação Racionalizada
O principio básico da alvenaria racionalizada é tomar todas as decisões quanto aos
passos de execução na fase de projeto e documentá-los em forma de desenho ou
observações descritivas. Assim, o projeto contempla todo o detalhamento
executivo, estrutural, alvenaria e instalações, compatibilizando tudo.
Quando se pretende implantar conceitos de racionalização da construção, deve-se
iniciar pela estrutura da edificação. Em seguida, priorizar a alvenaria de vedação.
Isso porque o subsistema de vedação vertical interfere nos demais subsistemas da
edificação: revestimento, impermeabilização, esquadrias, instalações elétricas e de
comunicação e instalações hidrossanitárias. Todos esses serviços somados
representam uma parcela considerável do custo de uma obra.
Em contraponto à alvenaria tradicional, a alvenaria racionalizada apresenta as
seguintes características:
• Utilização de blocos de melhor qualidade, com furos na vertical para a passagem
de instalações.
• Planejamento prévio da paginação da alvenaria, cada bloco está desenhado no
seu devido lugar.
• Projeto da produção, projeto compatibilizando estrutura, alvenarias e demais
subsistemas.
• Treinamento da mão-de-obra.
• Utilização de família de blocos com blocos compensadores para evitar a quebra de
blocos na execução.
• Redução drástica do desperdício de materiais, sem quebras e sem remendos.
• Melhoria nas condições de limpeza e organização do canteiro de obras.
A racionalização construtiva pode ser entendida como a aplicação mais eficiente dos
recursos em todas as atividades desenvolvidas para a construção do edifício.
Ao terminar a alvenaria a parede está pronta, com todas as instalações executadas
paralelamente. Neste sistema não existe a necessidade de corte de canaletas,
quebração, retrabalho, limpeza de resíduos da quebra para passagem das
instalações. É uma montagem racionalizadas de peças que já foram previamente
pensadas para ocuparem cada uma o seu devido lugar.
Fonte:www.pauluzzi.com.br
Tipos de Sistemas Construtivos para Casas
Quais os principais tipos de sistemas construtivos para casas, sobrados e comércio,
mais utilizados no Brasil? Todos estes sistemas em sua essência procuram reduzir a
utilização de recursos, gastos com material e desperdício na obra.
Como o assunto é bastante abrangente, abaixo os principais sistemas mais
empregados no Brasil.
A cultura brasileira baseia-se na construção em alvenaria tradicional, utilizada pela
maioria da população. A principal influenciada direta é a grande quantidade de
madeira para queima de tijolos e uma indústria de cimento forte. Mas existem
outros sistemas construtivos que serão melhor abordados no decorrer deste artigo.
Cada um deste sistemas construtivos tem seus pontos fortes e fracos, devendo o
proprietário, arquiteto ou engenheiro, avaliar qual atenderá a todos requisitos,
tanto visuais, estruturais e econômicos de acordo com a localidade da construção
da edificação.
1. Alvenaria comum
Na construção de uma casa em alvenaria comum, utiliza-se essencialmente tijolos
cerâmicos ou de concreto, que exercem função de dividir os ambientes, não tendo
função estrutural, sendo necessário a criação de vigas e pilares composta por
vergalhões de ferro amarrado e preenchidos com concreto a base de brita, areia
grossa e cimento, como forma de criar uma estrutura de sustentação.
As principais vantagens da aplicação deste modelo são:
- Os materiais podem ser encontrados em qualquer loja de construção;
- Custo relativamente barato;
- Grande disponibilidade de mão de obra;
- Aceita por todas as modalidades de financiamento imobiliário;
Agora como todo tipo sistema construtivo existem algumas desvantagens:
- Tempo de construção alto;
- Possibilidade de surgimento de patologias como trincas e fissuras, após concluída
a edificação;
- A edificação pode ficar com paredes tortas ou fora de esquadro;
- Grande utilização de madeiramento para pilares, vigas, vergas e lajes;
- Alta geração de entulho;
Alvenaria estrutural
A alvenaria estrutural é uma evolução da aplicação tijolos de cerâmica e concreto,
pois toda a parte estrutural como os vigamentos, vergas e pilares, está embutido
dentro das cavidades dos tijolos, ajudando na diminuição de custos e tempo. Sua
aplicação deve ser acompanhada por um profissional qualificado que tenha
experiência no uso deste sistema construtivo, evitado problemas no decorrer da
obra.
Os tijolos usados neste sistema construtivo, têm propriedades mecânicas de tração
e compressão que ajudam na função estrutural da edificação. Os pilares e vigas são
passadas pelo interior destes tijolos, em locais pré-determinados pelo engenheiro
responsável, ajudando a diminuição significativa de concreto, ferro e madeira.
As principais vantagens no emprego deste sistema construtivo são:
- Alta velocidade construtiva;
- Redução de custos com mão de obra;
- Menor gasto com reboco;
- Facilidade no assentamento do revestimento cerâmico;
- Permite um melhor planejamento da obra;
- Criação de projetos modernos e elegantes;
- Coordenação e execução simplificada;
- Liberdade na concepção do projeto arquitetônico;
- tipos de sistemas construtivos para casas estrutural;
Algumas desvantagens podem ser descritas:
- Dificuldade na superação de grandes vãos;
- Não aplicável em balanços estruturais;
- Não pode ser alterada a estrutura planejada pelos projetos de engenharia e
arquitetura;
- Sem improvisação;
Tijolo Ecológico
A construção da edificação com o tijolo ecológico, possui características específicas
que são diferenciadas dos demais tipos de sistemas construtivos, tais como:
- Os tijolos são feitos com uma mistura de terra, cimento e areia, que são
moldados através de prensas hidráulicas ou manuais;
- Pilares, vigas e vergas são embutidos nos vãos dos tijolos;
- O assentamento é feito com a utilização de cola PVA ou uma mistura de solo e
cimento;
O sistema construtivo com tijolo ecológico tem algumas vantagens, tais como:
- Acabamento rústico;
- Diminuição de tábuas para caixarias em pilares, vigas e vergas;
- Grande conforto térmico e acústico;
- Redução em média de 25% da alvenaria comum
- Canos de elétrica e hidráulica embutidos direto nos vãos dos tijolos;
- Não necessita aplicação de chapisco e reboco, graças às superfícies regulares;
- Pela sua perfeita regularidade e porosidade pode ser aplicado o azulejo direto na
parede;
Light steel framing
A construção de casas e sobrados com a utilização de perfis aço leve, está sendo
difundido gradualmente em nosso país, já que em países desenvolvidos é
amplamente usado, influenciado principalmente pela escassez de madeira e a
imposição dos governos pela manutenção das florestas, com leis mais rígidas e
fiscalização intensa. Contudo é uma tecnologia que possibilita a construção das
edificações em um tempo muito inferior as aplicadas em nosso país.
O light steel framing é indicada em países com grande quantidade de abalos
sísmicos, por ter uma estrutura flexível e sólida, sendo aplicada em diversos locais
no mundo, mas visto principalmente em países desenvolvidos. Todavia sabemos
que no Brasil a falta de tecnologia, matéria prima e mão de obra especializada
acaba emperrando o processo de difusão do light steel framing.
As principais vantagens do light steel framing são relativos a durabilidade, tempo
de execução e solidez construtiva, como descrito abaixo:
- A vida útil da construção é de aproximadamente 300 anos;
- Resistência a ventos de até 200 km/h;
- Baixo índice de reparabilidade;
- Facilidade de manutenção da estrutura;
- Baixa produção de resíduos construtivos;
- Resistência a abalos sísmicos;
- Não apresenta patologias geradas em construções em alvenaria, como trincas,
fissuras e mapeamento, desde que realizada conforme as normas técnicas;
- Acabamento muito superior ao da alvenaria comum;
- Conforto térmico e acústico excepcionais graças ao gesso e a lã de rocha;
- Estrutura sólida se calculada por um profissional qualificado;
As principais desvantagens da construção com este tipo de sistema construtivo
são:
- Mão de obra não especializada;
- Exige treinamento da mão de obra;
- Muitos engenheiros não tiveram contato com a tecnologia;
- Dificuldade na aquisição do material;
- Dependendo da distância com as fábricas dos perfis de aço, gesso e outros, pode
não ser uma alternativa viável economicamente;
Paredes de concreto moldadas in loco
A construção de casas com paredes de concreto moldadas in loco, proporciona uma
redução de tempo gigantesco, já que a utilização de fôrmas para a modelagem das
paredes, possibilita que todos os componentes da elétrica, hidráulica, sanitária e as
aberturas da edificação, possam ser realizadas antes da concretagem.
Os tipos de fôrmas utilizadas neste sistema construtivo podem ser de aço, alumínio
e plástico cada uma tem características distintas, a mais aceita por construtoras
pelo seu menor custo e benefícios são as fôrmas de plástico.
Este tipo de sistema construtivo tem diversas vantagens quando comparadas com
outros métodos, tais como:
- Utilizando uma equipe de 12 funcionários especializados, consegue-se montar
toda a estrutura das formas, componentes, malhas de ferro, aberturas,
concretagem e desmolde em apenas 1 dia;
- A edificação fica perfeitamente esquadrejada;
- Diminuição drástica com mão de obra;
- Redução significativa de patologias como trincas e fissuras presentes na alvenaria
comum;
- Segurança estrutural;
- Toda parte de tubulações elétricas e hidráulicas fica escondida na parede;
- Redução do desperdício de materiais;
- Precisão em orçamentos de materiais para construção;
- O conforto térmico e acústico, somente é produzido com a aplicação de concreto
auto-adensável;
O que impõem dificuldades na aplicação das paredes de concreto moldadas in loco
são:
- Necessidade de todos os projetos complementares;
- Custo inviável para construção de apenas uma edificação;
- Alto custo das formas;
- A compra ou locação de formas está diretamente ligada ao projeto da edificação,
pois somente pode ser aplicado em um determinado empreendimento, não
podendo ser alterado seu modelo original para outros tipos de obra;
Sistemas construtivos com container
A construção com container é considera um sistema construtivo ecologicamente
correto, pois é simplesmente o reaproveitamento de containers que perderam sua
utilidade no transporte de mercadorias por portos, ferrovias e rodovias.
O modelo de construção é visto principalmente em países desenvolvidos em
residências, comércio, projetos sociais e hotéis. Atualmente está sendo empregado
no Brasil principalmente em ambientes comerciais, pelo seu baixo custo construtivo
e rápida entrega.
Algumas empresas estão criando residências de baixo e até alto padrão, com custo
semelhante ao valor da alvenaria comum, além de ter características muito
superiores as encontradas em vários modelos de construção.
As principais vantagens na criação de um projeto com este sistema construtivo
são:
- Construção rápida, já que o container tem sua estrutura praticamente pronta;
- Fácil instalação e transporte;
- As construções com container tem estruturas mais sólidas e altamente resistentes
a ações do tempo;
- Possibilidade de criar modelos arquitetônicos modernos e atuais em aço;
- Elétrica e hidráulica embutida na estrutura;
- Fácil manutenção da edificação;
Desvantagens:
- A restrição da dimensão dos containers impedi alguns aspectos arquitetônicos;
- Dependendo do local onde será executado falta mão de obra especializada;
- Aquecimento da estrutura, necessita que os ambientes internos sejam
climatizados;
- Alto custo com o tratamento de produtos térmicos e acústicos;
- Não financiável pela minha casa minha vida;
- Aplicação de produtos antiferrugem;
- Dependendo da localização existe alto custo do transporte;
Estes são alguns tipos de sistemas construtivos mais usados em nosso país, tanto
para aplicação em casas, sobrados ou no comércio, mas caberá a você avaliar qual
encaixará melhor em sua edificação ou projeto.
Fonte:casaseprojetos.com.br
Bloco de concreto x bloco cerâmico na
alvenaria estrutural
Na alvenaria estrutural, também chamada de alvenaria portante, vedação e
estrutura funcionam como um só. Os blocos são organizados de forma a serem
capazes de suportar todas as cargas da construção.
Há possibilidade de uso de blocos cerâmicos e de concreto e essa escolha depende
de vários fatores. Preço, propriedade térmicas, acabamento e rapidez são
características que os consumidores devem estar atentos na hora de escolher o
produto a ser usado na construção.
Confira a seguir todas as vantagens e desvantagens de usar o bloco cerâmico e o
bloco de concreto com função estrutural:
Bloco de concreto
Esses blocos são compostos por agentes expansores, água, cal e cimento. A
mistura de materiais é preparada e colocada em uma forma e em seguida, passa
por um equipamento de vibração e prensagem. A última etapa é o processo de
cura, que é feito dentro de câmaras de vapor, a fim de evitar a formação de
fissuras.
A Associação Brasileira de Cimento Portland divulga uma lista das marcas que
possuem o selo de garantia que garante adequação às normas da ABNT.
Geralmente as peças desse material vem com tamanho padrão, o que permite que
as paredes sejam erguidas com alinhamento mais definido.
Devido ao tamanho maior dos blocos, é possível ter agilidade na construção
fazendo com que o levantamento das paredes seja mais rápido. Infelizmente, a
adição de cimento em sua composição aumenta o impacto ambiental desse
produto.
Comparado com os outros tipos de tijolos, o bloco de concreto possui a maior
resistência entre todos e no caso da alvenaria estrutural podem suportar o peso de
toda a construção sem a necessidade de vigas e pilares.
Esse tipo de material pode ser revestido internamente com apenas uma demão de
argamassa ou gesso e a cerâmica pode ser aplicada diretamente em sua superfície.
Dessa forma é possível economizar com revestimento.
Como o tijolo de concreto é em média 40% mais pesado que os modelos
cerâmicos, o manuseio do produto no canteiro de obra pode ser um pouco
complicado. As juntas de dilatação em construções erguidas com blocos de
concreto devem ser menores já que o material se movimenta mais que os outros
tipos de produto.
Bloco cerâmico
A cerâmica vermelha desse material são obtidas após a queima da argila em
altíssima temperatura, o que garante qualidade às peças. Por serem mais leves,
representam maior produtividade no canteiro de obras e por outro lado quebram
com mais facilidade.
Suas propriedades físicas oferecem excelente conforto acústico e seu coeficiente de
condutibilidade térmica é três vezes menor, o que proporciona conforto também
térmico. As emissões de CO2 no ciclo de vida do produto, o que torna o seu uso
mais sustentável.
Outra vantagem muito levado em conta pelos consumidores é o preço, já que o
bloco cerâmico é mais barato que o feito de concreto.
O bloco cerâmico, porém, é menos aderente à argamassa e exige mais
revestimento. Outra desvantagem é que ele é menos regular geometricamente e
possui menor resistência mecânica que o de concreto.
Fonte:www.hometeka.com.br
Transporte do concreto requer cuidados
especiais
Um caminhão betoneira, de acordo com a ABNT NBR 7212:2012 – Execução de
concreto dosado em central – Procedimento -, precisa, independentemente das
condições de tráfego e da distância entre a central e o local da obra que contratou
o serviço, entregar o material que carrega no tempo máximo de 150 minutos (item
4.5.3, letra b).
São 90 minutos para o transporte até a obra (item 4.5.2, letra b) 30 minutos para
o inicio da descarga do concreto (item 4.5.3, letra a) e mais 30 minutos aplicar
(lançar e adensar) o concreto. É o que diz a norma, que para ser cumprida exige
logística apurada e tecnologia embarcada nos veículos que transportam o concreto.
Segundo Arcindo Vaquero y Mayor, que coordenou a revisão da ABNT NBR
7212:2012 e atualmente é consultor técnico da ABESC (Associação Brasileira das
Empresas de Serviços de Concretagem) as concreteiras que atuam em grandes
cidades, onde o trânsito é cada vez mais caótico, têm agido em duas frentes para
conseguir cumprir a norma. “Uma delas é modificar o concreto com aditivos, para
que ele permaneça com a trabalhabilidade adequada e tenha retardado o tempo de
início de pega. Outra frente é solicitar permissões específicas aos organismos de
trânsito para que os caminhões possam circular com menos restrições”, explica.
O consultor da ABESC alerta ainda que os caminhões betoneira precisam ter
tecnologia embarcada para preservar a trabalhabilidade do concreto ao longo do
percurso. Por isso, a recomendação da própria associação é que um veículo seja
usado no máximo por dez anos, sob risco de, mesmo bem conservado, tornar-se
obsoleto. “Atualmente, os caminhões dispõem de vários equipamentos voltados
para medir o abatimento do concreto (slump) e, em função da força que a bomba
hidráulica faz para movimentar a betoneira, é possível realizar a leitura e injetar
pequenas quantidades de água ou aditivo para corrigir essa trabalhabilidade”, diz.
Além das qualificações do veículo e do cumprimento das normas, os motoristas-
operadores de betoneira desempenham função estratégica para que o concreto
preserve suas características ao longo do transporte entre a central e o canteiro de
obras. “A recomendação da ABESC é que ele entregue o concreto com as
características acordadas com o cliente, seguindo as normas da ABNT, em especial
a NBR 7212:2012″, ressalta Arcindo Vaquero y Mayor. Significa que o motorista
precisa obedecer as orientações estabelecidas pelo laboratório da central, sob risco
de reduzir a resistência do concreto e vir a causar problemas estruturais na obra.
Caso o cliente solicite que seja acrescentada mais água ou aditivo na betoneira,
antes da descarga do concreto, o motorista-operador deve fazer o pedido constar
no corpo do documento de entrega. Este deve ter um campo onde o responsável
pela obra assina a autorização para modificar a especificidade do material. Neste
caso, recomenda-se que, além da NBR 7212:2012, sejam obedecidas também as
seguintes normas: ABNT NBR 12654:2000 – Controle tecnológico de materiais
componentes do concreto; NBR 12655:2006 - Concreto de cimento Portland –
Preparo, controle e recebimento – Procedimento, e NBR 6118:2007 – Projeto de
estruturas de concreto - Procedimento.
Logística
Como o concreto dosado em central é uma carga perecível, o planejamento da
concretagem é decisivo para ela seja realizada com sucesso. Por isso, o
descarregamento não pode coincidir com a chegada de outras cargas na obra.
Da mesma forma, a central de concreto deve estar preparada para atender pedidos
de socorro mecânico aos caminhões betoneira para não atrasar a entrega e
prejudicar o concreto. Muitas vezes, um simples pneu furado pode causar o
descarte total da carga, por ter ultrapassado o tempo limite de aplicação.
Vale frisar que os caminhões betoneira, quando carregados, tornam-se muito
pesados – 32 toneladas, em média, quando transportam 8 m³ de concreto dosado
em central. “Além de todos esses cuidados, existem softwares de gestão de frota e
de logística que ajudam significativamente no transporte do concreto“, destaca
Arcindo Vaquero y Mayor, orientando que quem quiser maiores informações basta
procurar a ABESC.
Fonte:www.cimentoitambe.com.br
Alvenaria estrutural: saiba como evitar
patologias
Na história da construção civil brasileira há relatos de que na década de 1960
surgiram os primeiros prédios em alvenaria estrutural. A tecnologia intensificou-se
nos anos 1970, recrudesceu, mas a partir de 2009, quando foi lançado o Minha
Casa, Minha Vida, praticamente transformou-se no sistema construtivo oficial do
programa.
Hoje, a alvenaria estrutural que utiliza blocos de concreto é a que predomina nas
obras do MCMV. A intensidade de uso do sistema levou a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) a se debruçar, entre 2010 e 2011, na revisão das
normas de blocos cerâmicos e blocos de concreto, assim como dos métodos de
construção. As medidas focaram no combate às patologias.
Segundo as diretoras do CDTEC (Centro de Desenvolvimento Tecnológico S/A)
Tayana Bianco Garcez Castellano Cunico e Lidia Krefer, as patologias que mais
afetam a alvenaria estrutural são as fissuras, decorrentes dos seguintes problemas:
variação de temperatura, principalmente nos pavimentos mais altos; cargas
atuantes que excedam a capacidade resistente da estrutura solicitada; rec alques
nas fundações e o assentamento inadequado das aberturas, como portas e janelas.
“Para que uma obra não venha a sofrer com patologias é sempre importante
respeitar o sistema construtivo, ou seja, cada etapa deve ser realizada atendendo
as particularidades de cada item”, ressalta Lidia Krefer.
A afirmação da tecnóloga é corroborada pelo gerente de desenvolvimento de
produtos da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) Cláudio Oliveira
Silva. “No último pavimento é preciso um cuidado especial com a movimentação da
laje, caso contrário surgirão fissuras entre a laje e o respaldo da parede”, frisa. Ele
alerta ainda que a alvenaria estrutural é o sistema construtivo que mais requer
cumprimento das normas. “Os projetistas têm um guia normativo para ser
cumprido. A partir do momento que o projeto segue as normas, o risco de
patologias é muito pequeno”, diz.
As especialistas destacam ainda que na concepção dos projetos arquitetônicos em
alvenaria estrutural deve-se estar atento a critérios como modulações, tipos de
blocos, argamassa e graute. “A mão de obra também deve ser treinada para
entender as particularidades do sistema construtivo, bem como ter ferramentas
adequadas. A fiscalização eficiente das etapas executadas é outro fator decisivo no
sucesso desta tecnologia”, diz Tayana Bianco, sem esquecer que a manutenção
também é componente relevante para a alvenaria estrutural. “A conservação
preventiva está prevista em norma, assim como são vetadas alterações
arquitetônicas sem autorização do projetista da obra”, complementa.
Blocos de concreto
É preciso observar ainda a conformidade dos blocos de concreto. A não obediência
das características físicas em relação à análise dimensional, como largura, altura e
comprimento, pode acarretar falhas na modulação, tanto horizontal quanto vertical,
assim como na precisão geométrica do conjunto – fundamental para a segurança
das paredes que serão elevadas.
Já quanto à absorção dos blocos, se a porcentagem recomendada for superior ao
especificado as paredes ficam porosas e podem rapidamente absorver umidade e
causar infiltrações, manchas e bolor no revestimento interno. “Se essas
especificações forem insatisfatórias, tendem a prejudicar a integridade e a
segurança de toda a estrutura”, destaca Tayana Bianco.
Neste item, mais uma vez Cláudio Oliveira Silva confirma o que diz a engenheira.
“Como estamos falando de um sistema que vai receber o carregamento da
estrutura, construir com um bloco que não atenda a resistência mecânica
especificada no projeto traz um risco muito grande para essa estrutura. Então, eu
diria que usar blocos em conformidade, aliada a uma mão de obra bem treinada,
assim como o cumprimento das normas, permite que uma edificação em alvenaria
estrutural gere uma economia de até 30% em relação à alvenaria convencional, em
se tratando de um edifício de até quatro pavimentos”, compara.
Outro elemento importante para o sucesso da alvenaria estrutural é a argamassa
de assentamento. Ela possui as funções básicas de solidarizar os blocos de
concreto, transmitir e uniformizar as tensões entre as unidades de alvenaria,
absorver as deformações naturais a que a alvenaria estiver sujeita e selar as juntas
contra a penetração da água da chuva. “Por isso, devem ser aplicadas as
espessuras de juntas horizontais e verticais dentro dos limites das superfícies
estabelecidas e tolerâncias de norma, pois é através deste material que podem ser
detectados os primeiros sinais de falhas de todo o conjunto da estrutura”, lembra
Lidia Krefer, citando as normas que regulamentam a alvenaria estrutural:
- ABNT NBR 15961- Alvenaria Estrutural – Blocos de concreto – Parte 1: Projeto.
- ABNT NBR 15961- Alvenaria Estrutural – Blocos de concreto – Parte 2: Execução e
controle de obras.
- ABNT NBR 6136 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria –
Requisitos.
- ABNT NBR 12118 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Métodos
de ensaio.
- ABNT NBR 15812 – Alvenaria Estrutural – Blocos Cerâmicos – Parte 1: Projeto.
- ABNT NBR 15812 – Alvenaria Estrutural – Blocos Cerâmicos – Parte 2: Execução e
Controle de obras.
- ABNT NBR 5738 e 5739 – Moldagem e ensaio de resistência à compressão do
graute.
Fonte:www.cimentoitambe.com.br
Alvenaria estrutural com blocos de concreto:
Como projetar a modulação?
Antes de mais nada, uma dica para os iniciantes: procure obter o máximo possível
de conhecimentos sobre o sistema construtivo. É necessário entender os como os
blocos vazados de concreto se comportam e interagem.
“Modular” a alvenaria é projetar utilizando-se de uma “unidade modular”, que é
definida pelas medidas dos blocos, comprimento e espessura. Essas medidas
podem ou não ser múltiplas umas das outras. Quando as medidas não são
múltiplas, a modulação é “quebrada” e para compensá-la precisamos lançar mão de
elementos especiais pré-fabricados ou fabricados em canteiro, como as “bolachas”,
ou utilizar métodos mais artesanais, como cortar blocos para que se ajustem às
cotas necessárias. Tanto as “bolachas” como os blocos cortados são chamados de
elementos compensadores da modulação.
Para iniciar a modulação em planta baixa é necessário definir alguns parâmetros. O
mais importante deles é definir a família de blocos a ser utilizada no
empreendimento em questão e a largura dos blocos. Esta escolha definirá em qual
“unidade modular” faremos o lançamento em planta baixa. Definir a unidade
modular é o ponto da partida.
Mais usualmente, utilizamos duas famílias de blocos: a família 29 e a família 39.
A família 29 é composta de três elementos básicos: o bloco B29 (14x19x29 cm), o
bloco B14 (14x19x19cm) e o bloco B44 (44x19x14c m).
Utilizar a família 29 é projetar usando unidade modular de 15 e múltiplos de 15,
onde 15 é a medida do bloco de 14cm, mais 1cm de espessura das juntas. No caso
da família 29, os blocos têm sempre 14cm de largura, o que evita o uso dos
elementos compensadores, salvo para ajuste de vãos de esquadrias.
A família 39 é composta de três elementos básicos: o bloco B39 (39x19cm) e
largura variável; o bloco B19 (19x19cm) e largura variável; e o bloco B54
(54x19cm) e largura variável. Utilizar a família 39 significa projetar usando a
unidade modular 20 e múltiplos de 20, onde 20 é a medida do bloco de 19cm, mais
1 cm de espessura das juntas. No caso da família 39, os blocos podem ter largura
de 14cm e 19cm. Os blocos com largura de 14cm exigem elementos
compensadores, já que seu comprimento não é múltiplo da largura. Os elementos
compensadores são necessários não só para ajuste de vãos de esquadrias, mas
também para compensação da modulação em planta baixa.
Quando utilizamos os blocos com largura de 14cm, precisamos lançar mão de um
bloco especial, que é o bloco B34 (34x19x14c m) para ajuste da unidade modular
nos encontros em “L” e em “T” para conseguirmos amarração perfeita entre as
alvenarias.
Iniciando a modulação
Projetar alvenarias moduladas com blocos vazados de concreto lembra a mont agem
de um jogo de peças de encaixes, como o “Lego”. Modular é amarrar um elemento
ao outro com juntas alternadas e amarrar as alvenarias, encaixando os elementos
de uma e de outra em fiadas alternadas.
Complicado? Não. Basta saber interagir os elementos construtivos. Daí a
necessidade de adquirir o máximo de conhecimento sobre o sistema construtivo,
como já mencionado.
Outra dica para o profissional iniciante: antes de projetar a modulação, procure
visitar uma obra onde se esteja executando alvenarias de blocos vazados de
concreto. Procure observar como a alvenaria é marcada e como os elementos são
assentados. Para “bem projetar” é necessário conhecer o que estamos projetando.
Comece a lançar o projeto pelos encontros em “L” e “T”, utilizando ou não os blocos
especiais que se façam necessários.
Em seguida, feche os vãos das alvenarias. Preocupe-se em utilizar ao máximo o
bloco B29 quando o módulo é 29, e o bloco B39, quando modular com família 39.
Lance os vãos das esquadrias e os shafts e avalie as c ompensações necessárias.
O “fechamento” definitivo da modulação em planta baixa, no entanto, só ocorre
após a execução das elevações das alvenarias, quando se dá realmente o processo
de compatibilização com as instalações. Somente quando inserimos os vãos das
janelas, e principalmente os shafts que abrigam as instalações hidrossanitárias, é
que concluímos a posição definitiva dos blocos em planta baixa.
Dica: nunca envie para a obra a planta baixa das alvenarias moduladas antes da
revisão final das elevações. O primeiro lançamento da modulação pode mudar
significativamente após a compatibilização.
Para finalizar a modulação, precisamos definir a utilização de alguns elementos
especiais pertinentes a todas as famílias, que são os blocos-canaletas, também
denominados BUs, os blocos tipo “J”, os BJs, e os blocos compensadores, chamados
BCPs. Os blocos canaletas são utilizados para execução de vergas e contravergas
dos vãos das esquadrias, para apoio das lajes ou término das alvenarias sem laje.
Os blocos tipo BJs, utilizados nas paredes externas, dispensam a necessidade de
fôrma na periferia das lajes moldadas “in loco” e pré-moldadas. Seu emprego na
alvenaria aparente é fundamental. Os blocos compensadores, utilizados
normalmente nas paredes internas, têm altura igual à altura da aba menor dos BJs.
Como exemplo, se temos uma laje de 12cm de espessura, as abas dos BCPs e a
aba menor do BJ terá altura de 7cm.
Finalmente, é importante ter mente que o projeto é a ordem de serviço para a
execução da alvenaria, ou melhor, para a montagem da alvenaria. Daí a
importância de elaborarmos um conjunto de detalhes compatibilizados também
com a técnica construtiva.
Última dica: procure sempre avaliar as soluções adotadas e minimize a
variabilidade de componentes. Normalmente, as soluções simples de um projeto
estão associadas à facilidade na hora de executar a obra
Fonte:www.brasibloco.com.br
Alvenaria estrutural: vantagens, desvantagens
e cuidados.
Na alvenaria estrutural, as paredes são as estruturas da obra, por isso elas nunca
devem ser removidas.
Vantagens da alvenaria estrutural
- Diminuição no tempo da construção;
- Economia no custo da obra;
- Menor gasto com revestimento;
- Flexibilidade e versatilidade da construção;
- Liberdade no layout;
- Resultados esteticamente modernos;
- Fácil coordenação e controle;
- Técnica executiva simplificada;
- Menor diversidade de materiais e mão de obra;
- Eliminação de interferências;
- Facilidade de integração com outros subsistemas;
Desvantagens da alvenaria estrutural
- Restrições de possibilidades de mudanças não planejadas;
- Dificuldade de imporvisações;
- Limitação de grandes vãos e balanços;
A alvenaria estrutural, exige maior esforço quanto a
- Elaboração e estudo do projeto;
- Cuidado com materiais;
- Treinamento e supervisão da mão de obra;
- Organização e planejamento na obra;
Cuidados na alvenaria estrutural
- Os andaimes devem ter dimensões adequadas ao tamnhos dos cômodos a fim de
facilitar a movimentação dos operários;
- As instalações hidráulicas devem ficar acessíveis e nunca chumbadas dentro das
paredes;
- Na obra, em caso de chuva, as paredes que acabaram de ser assentadas
(levantadas) devem ser protegidas com lonas plásticas;
- Jamais faça reformas ou reparos sem antes estudar o projeto do local.
Fonte:construfacilrj.com.br
Alvenaria estrutural, conheça seus segredos
Nada de vigas nem pilares. O nome desse método já diz tudo: são as paredes que
sustentam a casa. Com isso, a economia é certa. E a boa notícia é que, usando aço
e concreto em alguns pontos, a imaginação não tem limites.
A principal vantagem de dispensar pilares e vigas na hora de construir é a
economia. "A alvenaria estrutural pode representar uma redução de até 30% no
custo final de uma obra em relação ao sistema convencional", diz o arquiteto João
Luiz Rieth. Como não ocorre quebra de blocos, desperdiça-se pouco material. "No
convencional, as paredes são erguidas e depois rasgadas para que as tubulações
fiquem embutidas. Nesse método, canos e fios passam por dentro dos blocos ao
mesmo tempo que a parede sobe", explica o arquiteto paulista Maurício
Tuckshneider.
Também se reduz o volume de fôrmas de madeira, usadas para moldar vigas e
pilares. O canteiro fica mais limpo e organizado, com menor risco de acidente. Além
disso, como a casa será mais leve, você ainda economiza nas fundações.
Interessado? Veja abaixo as perguntas mais freqüentes sobre esse método
construtivo.
Que profissional procurar para construir com alvenaria estrutural?
O primeiro passo é contratar um arquiteto e mostrar seu interesse em usar esse
tipo de estrutura. Ele fará o projeto, mas depois vocês terão que trabalhar com
uma equipe de profissionais. Um deles é o calculista, que adapta as medidas da
construção às dimensões dos blocos utilizados. Entram em ação também os
engenheiros de hidráulica e elétrica, que devem deixar tudo pronto e integrado. Os
pedreiros que executarão a obra precisam estar familiarizados com a alvenaria
estrutural, que não permite paredes sem prumo, blocos quebrados ou retrabalho. A
contratação de tantos especialistas exige um investimento inicial alto, mas que se
paga depois, no decorrer da obra.
Os blocos devem ser especiais?
Sim. As paredes precisam ser erguidas com blocos estruturais de cerâmica,
silicocalcário ou concreto. As empresas que fabricam tais produtos oferecem várias
medidas, pois os blocos não podem ser quebrados. Há também modelos especiais
para acolher a tubulação. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) já
normatizou esses materiais e você deve requisitar ao fabricante documentos que
comprovem os ensaios de resistência já realizados. A Associação Nacional da
Indústria Cerâmica (Anicer) e a Associação de Cimento Portland (ABCP) podem
informar sobre testes e processos de fabricação. Nunca empregue blocos de
vedação comuns - eles não suportam o peso da casa. Escolha ainda uma
argamassa com qualidade. Existem normas também para a argamassa, que deve
ter boa aderência e resistência à compressão de 5MPa, no mínimo. Essa informação
está normalmente na embalagem.
Quais os problemas mais comuns?
Se o projeto for mal concebido, alguns pontos da parede próximos às portas e
janelas podem rachar. Para evitar isso, o arquiteto deve conversar com o calculista
e descobrir o melhor lugar para posicionar as aberturas, além de fazer as chamadas
amarrações com vergas e contravergas - usando barras de aço e concreto - nos
devidos pontos.
Tijolos de barro e solo-cimento. Pode?
Muitos profissionais empregam o tijolo de barro maciço na alvenaria estrutural,
embora ele seja mais recomendado para alvenaria de fechamento - ou seja, parede
que não sustenta a construção. "Ele aguenta perfeitamente os esforços", afirma o
arquiteto gaúcho Ronaldo Bastos Duarte, da Fundação de Ciência e Tecnologia
(Cientec). Há quem o escolha e deixe a tubulação aparente ou faça paredes duplas
para comportar canos e fios. O bloco de solo-cimento, fabricado com argila, areia e
cimento prensados, cumpre melhor o papel de vedação.
Quando vale a pena usar:
Em terreno plano.
É mais trabalhoso conseguir o prumo das paredes em lotes com declive acentuado.
Casa com até dois pisos.
Construções mais altas requerem reforços que podem aumentar o custo da obra.
Em condomínio horizontal com várias casas iguais.
"Nesse caso, a economia pode ultrapassar os 30% estimados normalmente", diz o
engenheiro gaúcho Ronaldo Bastos Duarte, da Cientec. Como o mais trabalhoso e
caro na alvenaria estrutural é a elaboração do projeto, se ele já estiver pronto
basta repeti-lo, sem custo nenhum.
Se a opção for deixar os blocos aparentes,é indicada porque, nesse caso, não
haverá pilares de concreto interferindo no visual.
Quando não vale (tanto) a pena:
Há pretensão de alterar a casa. A não ser que as mudanças já tenham sido
previstas no projeto inicial, até a abertura de uma simples porta exige a
interferência de profissionais que calculem a viabilidade da reforma.
No caso de querer portas e janelas muito amplas. Se a abertura for grande, a
estrutura precisará de muito reforço, o que aumenta seu custo.
Fonte:www.casa.com.br
Alvenaria estrutural. O que é?
A alvenaria estrutural é um processo construtivo que pode ser empregado tanto em
casas como em edifícios de múltiplos pavimentos. Há dois tipos de alvenaria
estrutural: não armada e armada. A primeira emprega como estrutura-suporte
paredes de alvenaria sem armação. Os reforços metálicos são colocados apenas em
cintas, vergas, contravergas, na amarração entre paredes e nas juntas horizontais
com a finalidade de evitar fissuras localizadas.
Já a alvenaria estrutural armada caracteriza-se por ter os vazados verticais dos
blocos preenchidos com graute (microconcreto de grande fluidez) envolvendo
barras e fios de aço.
A foto abaixo mostra uma típica construção de um prédio, com estrutura reticular
em concreto armado. Alvenaria executada no andar inferior, blocos de vedação já
colocados no andar imediatamente acima, penúltima laje ainda escorada,
preparação de formas da laje superior, tubulação elétrica parcialmente colocada.
Estas são etapas sucessivas, a serem complementadas, após a alvenaria de
vedação integralizada, pelas instalações sanitárias, de telefonia e outras, em geral
exigindo “rasgamento” das alvenarias, seguindo-se as etapas de revestimento,
esquadrias e pintura.
Ou seja, cada etapa tem uma inexorável dependência temporal de outra,
determinando o prazo final da construção.
O avanço da tecnologia do aço e mais recentemente do concreto, associado ao
desenvolvimento dos softwares de cálculo, tem resultado em estruturas cada vez
mais esbeltas e, por conseqüência, mais deformáveis. O reflexo disto está na
grande quantidade de paredes fissuradas, motivo de grandes preocupações,
atualmente, uma vez que muitos continuam usando os mesmos blocos de vedação
de antes (a própria norma cerâmica não exige blocos com mais de 1MPa para
vedação); e deformações de vigas de L/350 ou mesmo L/500, como sugere a
revisão da NBR 6118, podem ser demasiadas para este tipo de alvenaria, sem falar
nos esforços de compressão na biela comprimida, face às deformações laterais dos
pórticos.
Não somente por isso, mas também por isso, muitas construtoras passaram a
adotar uma alvenaria de vedação racionalizada, com emprego de blocos modulares
de concreto ou cerâmicos, com vazados na vertical, e só por esta razão mais
resistentes, pelos quais passam as tubulações, evitando os “rasgos, muitas vezes
indiscriminados e geradores de entulho (junto com as fôrmas vencidas). Isto exige,
no entanto, um conhecimento prévio do calculista, para que o mesmo possa
“modular” as distâncias entre os elementos estruturais.
Considerado este avanço na nossa tradicional construção, pensemos, talvez quase
num raciocínio lógico, na possibilidade de utilizarmos blocos modulares de maior
resistência e retirarmos toda a estrutura reticulada de concreto armado! Pois bem,
é isto, em poucas palavras, a ALVENARIA ESTRUTURAL. As fotos abaixo mostram
prédio (em execução e acabado) da Sispar Empreendimentos, São Paulo, onde
vigas de transição e pilares também são em alvenaria estrutural.
Este sistema construtivo, permite a simultaneidade de etapas; pode dispensar
integralmente as fôrmas; utiliza menos aço; permite acabamentos de menor
espessura, face à precisão dimensional dos blocos utilizados; gera menos entulho;
necessita de mão de obra menos diversificada; oferece mais segurança ao operário,
que trabalha sempre por dentro da construção, entre outras vantagens.
Como resultado, quando seguidos os preceitos básicos do sistema, tem-se uma
construção que consome menos tempo e bem mais econômica. É mais uma
interessante alternativa, tanto para obras de caráter social quanto para aquelas
destinadas a classes mais abastadas, como pode-se verificar na foto abaixo
(projeto do arquiteto Nivaldo Callegari de Jundiaí):
Vantagens:
Na Alvenaria Estrutural elimina-se a estrutura convencional, o que conduz a
importante simplificação do processo construtivo, reduzindo etapas e mão-de-obra,
com conseqüente redução do tempo de execução.
Quando de blocos, é possível a aplicação da técnic a de coordenação modular, que
implica em estabelecer todas as dimensões da obra como múltiplo da unidade
básica. Dessa forma são evitados cortes, desperdícios e improvisações.
Os projetos complementares podem ser desenvolvidos na forma de 'Kits', montados
e testados no canteiro de obras antes de sua instalação. Blocos e elementos
especiais podem ser definidos e previamente preparados para posterior utilização.
Enfim, é possível desenvolver um sistema racionalizado que resulta na melhoria da
qualidade do produto final e em significativa economia.
Fontes:
www.arq.ufsc.br
www.abcp.org.br
Sistema construtivo: Universidade Federal da
Paraíba desenvolve proposta modular à base de
blocos de gesso
Integrada ao Programa de Tecnologia de Habitação (Programa Habitare), da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) busca maior aproveitamento dessa matéria-prima em habitações de
interesse social
O Brasil possui as maiores reservas de gesso do mundo - mas usa muito pouco
essa matéria-prima. No país são empregados cerca de 15 kg/hab/ano de gesso,
enquanto nos Estados Unidos, maior produtor mundial, são mais de 100
kg/hab/ano. Na Europa são consumidos cerca de 80 kg/hab/ano.
Integrada ao Programa de Tecnologia de Habitação (Programa Habitare), da
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Universidade Federal da Paraíba
(UFPB) busca maior aproveitamento dessa matéria-prima em habitações de
interesse social.
O projeto é direcionado ao desenvolvimento de um sistema construtivo modular à
base de blocos de gesso. "Trata-se de um sistema racionalizado que busca reduzir
o desperdício de materiais, racionalizar a mão-de-obra, os tempos de execução e,
conseqüentemente, os custos finais da construção", explica o professor Normando
Perazzo Barbosa, coordenador do trabalho que faz parte da rede de pesquisa
´Desenvolvimento e difusão de tecnologias construtivas para a habitação de
interesse social/Coordenação Modular`.
Blocos de encaixe
O sistema proposto é composto por três tipos de blocos de encaixe, sendo um de
canto. A peça principal possui características de um painel, com 90 centímetros de
altura. As dimensões dos blocos e do sistema, bem como do projeto, são múltiplos
inteiros de 10 centímetros - unidade básica da coordenação modular no Brasil.
Além de tomar esse cuidado, o grupo trabalha também com a preocupação de
desenvolver os componentes de forma simplificada, principalmente nos detalhes de
moldagem, para permitir a fabricação artesanal. O processo é o mesmo empregado
para produção de blocos convencionais de gesso, com um misturador, mesas e
réguas.
A sistemática também permite que com apenas três fiadas assentadas seja
alcançada a altura piso-teto equivalente a 2,90 metros, o que torna possível
prolongar o beiral para abrigar as paredes da chuva. Proteger os blocos da água é
um dos desafios enfrentados pelo projeto, já que o gesso tem características de
solubilidade.
"Estudos estão sendo feitos no sentido de intervir na matriz de gesso para
aumentar sua resistência em relação à água", explica o professor Normando. Em
outros países, resinas são usadas para manter a integridade do bloco de gesso em
relação à água. Na UFPB, nas próximas etapas do estudo a construção de um
protótipo vai permitir a aplicação dos blocos e a percepção de novas frentes de
pesquisa para aprimoramento do material.
Saiba Mais
Os blocos propostos
Possuem uma superfície texturizada e outra lisa. A face com a textura é obtida com
linhas horizontais eqüidistantes 10 cm (a medida estipulada pela norma de
coordenação modular no Brasil) e uma linha vertical central. Esta face é a que deve
ser voltada para o exterior da edificação. As linhas possuem a função de guia para
auxiliar e orientar o corte do bloco sem que haja desperdício de material, quando
houver a necessidade de originar sub-blocos. Esta estratégia permite que a
improvisação da obra seja tratada como um mecanismo de construção.
Preocupação estética
A superfície texturizada também possui fins decorativos. O desenho geométrico
sugere uma impressão de tijolos aparentes, atribuindo valor estético ao material e
à moradia. A técnica texturizada dá boa aparência aos blocos e busca vencer
preconceitos relacionados à habitação de interesse social, como a baixa ou
nenhuma preocupação estética.
As vantagens do gesso
É um material de maior eficiência energética. Enquanto a fabricação de cimento
requer temperaturas da ordem de 1.450 °C, e a cal e os blocos cerâmicos
requerem 900 ºC a 1000 ºC, a fabricação do gesso necessita de temperaturas de
apenas 150 ºC a 170 ºC. Além disso, enquanto a fabricação do cimento e da cal
lançam CO2 na atmosfera, a de gesso emite vapor d´água.
Por esse motivo, o gesso é um aglomerante que, comparado com outros materiais
como cal e cimento Portland, pode ser considerado muito menos agressivo ao
ambiente.
Mais informações: Professor Normando Perazzo Barbosa / UFPB Fone: (83) 3244-
4506 e-mail: nperazzob@yahoo.com.br
Fontes:
Assessoria de imprensa do programa Habitare - www.habitare.org.br
www.metalica.com.b
Alvenaria com tijolos comuns
Em nosso artigo anterior sobre Alvenaria Estrutural citamos que você
provavelmente já conhecia este sistema, talvez até já tenha morado em uma
residência feita com Alvenaria Estrutural. Com efeito, antigamente era comum
construir sobrados residenciais com tijolos maciços de barro. Esta técnica é bem
antiga e serviu de base para todos os tipos de alvenaria, inclusive a Estrutural. Vale
a pena conhecê-la.
Por definição, alvenaria é toda obra constituída de elementos como pedras naturais,
tijolos ou blocos de concreto, ligados ou não por argamassa. Em nosso artigo
anterior mostramos os vários tipos de elementos que podem ser usados nas
alvenarias.
Quando se fala em alvenaria geralmente se pensa em paredes, mas a alvenaria
também é usada em blocos de fundação, muros de arrimo e colunas, sem falar de
obras estruturais como arcos e abóbadas, como se utilizava na antiguidade, ou
seja, antes do concreto armado. Muitas igrejas foram construídas com alvenaria
estrutural em arco estrutural e/ou arco botante e estão lá, firmes e fortes, há
séculos.
Isto porque a parede de alvenaria satisfaz plenamente as condições de resistência e
durabilidade por si só, desde que utilizados de forma que as cargas sobre ela sejam
só de compressão, sem flexão ou cizalhamento.
No artigo anterior vimos os diferentes tipos de tijolos para alvenaria, agora
vejamos a alvenaria básica, aquela feita com tijolos comum.
Fabricação do tijolo comum
A matéria prima do tijolo comum é a argila misturada com um pouco de terra
arenosa. Depois de selecionada e misturada a argila é misturada com água até
formar uma pasta, que é moldada em formas apropriadas que vão dar o formato ao
tijolo. As formas são retiradas com a massa ainda mole, os tijolos c rus são
deixados a secar no sol formando o que se chama de adobe.
Uma vez atingida a dureza inicial e retirado o excesso de umidade, os tijolos são
cozidos em fornos com temperatura entre 900 a 1.100ºC. As peças que ficarem
mais próximas do fogo ficarão mais escuros e terão resistência física maior. A cor
do tijolo varia com o tipo da argila, porém a mais encontrada é aquela que fica
entre o vermelho e o amarelo.
Como saber se o tijolo é bom?
Testes mais específicos, para selecionar material em obras de responsabilidade
maior, precisam ser feitos em laboratório. Mas com um pouco de experiência e
algumas dicas básicas será possível fazermos um bom exame preliminar:
• O tijolo bem cozido produz um som peculiar quando batido com a colher de
pedreiro. Através da sonoridade pode-se distinguir o grau de cozimento, quando
mais metálico e firme for o som melhor será o tijolo.
• Outro teste para saber se o tijolo é bom é quebrá-lo e verificar seu interior. Se o
meio ainda estiver meio barrento ou com cor mais escura é sinal de que o tijolo
está mal cozido.
• A superfície do bom tijolo é porosa e áspera, suas arestas são vivas e duras.
Quando quebrado apresenta saliências e reentrâncias.
• A absorção da água deve estar por volta de 7% do peso do tijolo, que deveria
variar entre 2 a 3 kg, mas infelizmente hoje se encontra tijolos até mesmo de 1
kg...
Formato e dimensões
O tijolo comum pode ter vários formatos,
atendendo a várias finalidades como paredes
curvas, cantos arredondados e efeitos
decorativos. Além do tradicional em formato de
paralelepípedo existem os redondos e os
fracionados: meio-tijolo no sentido horizontal e
meio-tijolo no formato vertical. Existem também
com largura de e 1/4 de tijolo, usados no
revestimento de fachadas. Algumas olarias fornecem peças com meio-corte, para
facilitar a separação das metades na obra, mas nada impede que se corte com uma
serra elétrica ou até mesmo com a colher de pedreiro. Já também os em formato
de tramela e em curva (vide ilustração ao lado)
As medidas dos tijolos seguem a chamada “Regra de Frisch” que determina que o
comprimento (C) deve ser igual a duas vezes a largura (L) mais a espessura da
junta (J), e também que a largura (L) seja duas vezes a altura (H) mais a
espessura da junta, ou seja,
C = 2L + J
e também
L = 2H + I
Estas proporções foram pensadas para possibilitar diferentes formas de
assentamento, conforme veremos a seguir. Considerando-se a junta de 1
cm conseguimos as seguintes medidas (em cm):
MEDIDAS DE TIJOLOS COMUNS SEGUNDO A REGRA DE
FRISCH
JUNTA DE 1 CM
C (cm) L (cm) H (cm)
23 11 5
20 9,5 4,25
11 8 3,5
Entretanto, atualmente é quase ficção imaginar que um pedreiro vai ter a paciência
de trabalhar com junta de 1 cm. O mais realista seríamos falar em junta de 1,5 cm,
assim teríamos as seguinte medidas:
MEDIDAS DE TIJOLOS COMUNS SEGUNDO A REGRA DE
FRISCH
JUNTA DE 1,5 CM
C (cm) L (cm) H (cm)
23 10,75 4,63
21 9,75 4,13
17 7,75 3,13
Devemos alertar que estas medidas são teóricas. Na prática o que se encontra no
mercado é bem diferente, por isto é conveniente saber a regra de Frisch para poder
fazer o cálculo da junta em função do material adquirido. A espessura da junta
influi também na quantidade de tijolos por m², conforme vemos a seguir:
Quantidade de tijolos por m²
Em função do tamanho dos tijolos e da espessura da junta podemos calcular
quantas unidades de tijolos precisamos para preencher um metro quadrado de
alvenari, e, a partir daí, chegar ao consumo de material. O cálculo é bem simples,
basta ver quantos tijolos precisamos na horizontal, quantos na vertical e multiplicar
um pelo outro, ou seja,
N = TH x TV
Onde:
N = Número de tijolos por m²
TH = Quantidade de tijolos na horizontal, por metro linear
TV = Quantidade de tijolos na vertical, por metro linear
A variável TH é igual a:
TH = 100 / (C + J)
Enquanto que:
TV = 100 / (H + J)
Exemplo: supondo-se uma parede de ½ tijolo de 23 x 11 x 5 e junta de 1 cm,
temos:
N = 100 / (23 + 1) x 100 / (5 + 1) = 4,2 x 16,7 = 70
Portanto, para esta parede precisamos de 70 tijolos por m².
Outro exemplo: parede de 1/2 tijolo feita com tijolos de 21 x 9,8 x 4,1 e junta de
1,5 cm. Neste caso ficaria assim:
N = 100 / (21 + 1,5) x 100 / (4,1 + 1,5) = 79
Nos exemplos acima, fizemos o cálculo para paredes de ½ tijolo. Se a parede for de
1 tijolo de espessura, basta multiplicar o resultado por 2.
Tipos de parede com tijolo comum
As paredes feitas com tijolo comum se diferenciam pela espessura e,
consequentemente, pela maneira com que os tijolos são assentados. Assim, temos
as espessuras de ½ tijolo, 1 tijolo, 1 ½ tijolo e até de 2 tijolos ou mais. Aqui em
São Paulo temos vários prédios construídos em alvenaria estrutura de mais de 2
tijolos como, por exemplo, os prédios antigos da Universidade Mackenzie e as
construções da antiga Rede Ferroviária, uma das quais virou um requintado
auditório.
Para cada largura de parede é feito um tipo de amarração dos tijolos. A intenção é
desencontrar as juntas e com isto conseguir maior resistência ao cizalhamento,
além de melhorar o comportamento geral da alvenaria quando recebe as cargas, ou
seja, a parede fica mais resistente com as juntas devidamente amarradas. Veja a
seguir as amarrações feitas nos diversos tipos de alvenaria com tijolo comum:
Alvenaria de ½ tijolo
É a mais usada para as paredes internas, pois recomenda-se que as paredes
externas ou que recebem mais carga sejam feitas com espessura de 1 tijolo (vide a
seguir). As alvernarias de ½ tijolo devem ser feitas com as juntas desencontradas
fiadas a fiadas, inclusive nas junções de parede. Vide o desenho a seguir:
No desenho acima vemos a junção de duas paredes de ½ tijolo, onde a primeira
fiada é assentada normalmente enquanto que a segunda fiada é desencontrada da
primeira exatamente a metade do comprimento do tijolo. A terceira fiada será igual
à primeira, a quarta igual à segunda e assim por diante. Quando ocorrer o
cruzamento de duas paredes o procedimento será o mesmo, conforme mostrado na
figura abaixo:
Quando ocorrer a a junção entre parede de ½ tijolo e outra de 1 tijolo as fiadas
ficam desencontradas da mesma forma, conseguindo a amarração necessária, vide
figura abaixo:
Seguindo estes mesmos princípios para desencontrar as juntas, é só usar a
criatividade e conseguiremos solucionar os mais diversos tipos de encontros.
Vejamos então como fica no caso de paredes de 1 tijolo:
Alvenaria de 1 tijolo
A idéia é a mesma, ou seja, deslocar as fiadas ½ tijolo de uma para outra, só que
aqui o deslocamento acontece juntamente com um travamento no mesmo sentido
da colocação dos tijolos, conforme ilustra a figura a seguir:
Repare no desenho acima que há duas alternativas de travamento. O primeiro caso
é usado quando o tijolo vai ficar à vista, pois quem olha a parede de um lado não
sabe se ela é de 1 ou de 1/2 tijolo pois a amarração é igual. Entretanto, em
paredes de mais responsabilidade o certo é usar a alternativa 2, pois causa uma
distribuição mais uniforme das cargas.
Atualmente não se costuma usar outras espessuras de alvenaria de tijolo maciço,
mas é possível fazer também de 1½ tijolo e até de 2 tijolos ou mais. Os cuidados
são os mesmo, as juntas devem ser desencontradas o tanto quanto possível.
Execução de pilares
Além de servirem para paredes de vedação ou estruturais, os tijolos maciços se
prestam muito bem à execução de pilares, meramente decorativos ou mesmo com
função estrutual sendo comuns em varandas, por exemplo, pelo seu efeito estético.
A figura abaixo mostra algumas possibilidades de pilares executados com tijolos
maciços:
Analisando a figura acima, vemos ser possível fazer pilares simples -- dois tijolos
lado a lado e aproximadamente 24 x 24 cm de largura -- até pilares de dois tijolos -
- aproximadamente 48 x 48 cm -- passando pelo pilar de 1 ½ tijolo e cerca de 37 x
37 cm.
Note que nos pilares feitos com mais de 1 tijolo fica um espaço central, que pode
ser deixado vazio ou pode ser preenchido com cacos de tijolos ou até mesmo com
concreto armado, para aumentar a resistência do pilar, tanto à compressão quanto
à flexão, fator muito importante quando o pilar vai ser usado para fixar uma viga
de telhado. A dilatação térmica da estrutura pode causar esforços de flexão no pilar
e o consequente rompimento da alvenaria.
Formato das juntas
A forma e o acabamento das juntas nas alvenarias, principalmente as que ficarão
aparentes, pode influir na qualidade e na durabilidade. A figura abaixo mostra os
tipos de junta mais comuns.
As juntas côncavas, planas e em “V” são recomendáveis, enquanto que não se
recomenda as juntas rebaixadas pois diminuem a área de contato com o tijolo e
aumentam a fragilidade do canto do tijolo, que pode se romper mesmo com um
pequeno choque, além de facilitar a infiltração de umidade, retenção de poeira e
formação de limo. Além das juntas acima, também se pode fazer nos formatos
abaixo:
As chanfradas e as aprofundadas são recomendáveis, enquanto que as corridas e
com chanfro invertido devem ser evitadas.
Conclusão
Há muito o que dizer sobre as alvenarias com tijolos comuns, vimos aqui apenas
uma pequena introdução. O tijolo comum é muito versátil, mas vem sendo
condenado pois sua execução precisa dos fornos a lenha, que devastam as florestas
e poluem o ar, assim os preocupados com as construções sustentáveis e ecologia
recomendam o uso dos tijolos laminados pois consomem menos energia na sua
execução. Poderíamos também citar o uso dos tijolos de solo-cimento, que podem
ser feitas nos mesmos formatos e usados nas mesmas finalidades que o tijolo
comum, infelizmente a sociedade ainda não descobriu as vantagens do tijolo de
solo-cimento.
Os conceitos básicos que vimos aqui neste pequeno artigo em relação ao
assentamento servem também para alvenarias feitas com outros elementos como
blocos de concreto, tijolos laminados e outros.
O que é alvenaria estrutural?
Você provavelmente já sabe o que é Alvenaria Estrutural, mas talvez ainda não
tinha percebido isto. É o mais antigo sistema construtivo usado pela humanidade.
Nos tempos bíblicos, o pessoal da Babilônia já construía com tijolos de barro seco
ao sol, os antigos egípcios usavam alvenaria de pedra, e na Idade Média foram
construídas pontes e catedrais que estão de pé até hoje – e provavelmente ainda
estarão por lá durante muitos séculos.
Mais recentemente, na era da industrialização na Construção Civil, a Alvenaria
Estrutural está em uso já há mais de um século. Aqui mesmo, no Brasil, existem
edifícios com mais de 30 anos cuja estrutura foi executada usando blocos de
concreto. Em termos de edifícios públicos, temos os prédios antigos da
Universidade Mackenzie, feitos com tijolos de barro e construídos há cerca de 100
anos.
Mas o que diferencia uma alvenaria comum de uma
estrutural? A função básica de uma alvenaria comum é a
vedação (ou fechamento), enquanto que a Alvenaria
Estrutural substitui dois principais sistemas de uma
construção: a estrutura de concreto armado e os
fechamentos de alvenaria. Portanto, na Alvenaria
Estrutural as paredes da edificação são também a
estrutura que suporta todas as cargas: além do peso
próprio, também das lajes, coberturas e carga, além de
fatores externos como o vento.
Um exemplo bem comum de Alvenaria Estrutural são os
“sobradinhos” de dois pavimentos construídos aos
milhões por aqui, onde as lajes de piso e de forro apoiam-se diretamente sobre a
alvenaria ou sobre uma pequena cinta de concreto armado, enquanto que as
paredes se encarregam de transportar as cargas para o solo, através dos
baldrames apoiados em sapatas corridas ou pequenas estacas (“brocas”).
Este tipo simples de construção evoluiu bastante, atualmente é possível construir
edifícios de vários pavimentos com o mesmo princípio de funcionamento
estrutural.
Vantagens
As vantagens mais imediatas da Alvenaria Estrutural são a redução de custo e o
menor prazo de execução. Estes fatores são muito bem-vindos num mercado
imobiliário que está cada vez mais competitivo. Atualmente o preço de venda de
um imóvel não é mais determinado por seus custos, mas sim pela capacidade
financeira dos compradores, portanto a construção precisa ser o mais econômica
possível.
Já vai longe o tempo em que o preço final de venda de um imóvel era calculado
colocando-se uma porcentagem sobre o custo da obra. Agora, é preciso encontrar
uma solução técnico-econômica que nos permita, uma vez definido o preço de
venda, ter lucro para cada empreendimento em particular.
É neste contexto que aparecem as vantagens da alvenaria estrutural, por ser a
maneira mais simples, rápida e barata de se construir. É claro que não pode ser
usada para todo e qualquer tipo de edifício, mas tem se mostrada c ompetitiva até
para edifícios de vários andares, conforme vemos a seguir:
Onde deve ser usada
A evolução experimentada pelo sistema, em especial no cálculo estrutural, na
técnica construtiva e nas transições, a alvenaria estrutural hoje pode ser utilizada
numa ampla gama de obras como, por exemplo:
Imóveis residenciais – A Alvenaria Estrutural pode ser usada tanto para fazer
casas isoladas como para conjuntos habitacionais de sobrados e para prédios de 3 a
20 pavimentos, com ou sem subsolos.
Imóveis comerciais – Prédios de escritórios pequenos e médios, consultórios,
escolas, hospitais de até 20 andares, sem falar dos salões comerciais e industriais
de pequeno e médio porte, e de prédios públicos como igrejas e auditórios.
A limitação fica por conta de prédios com poucas paredes (muitas fachadas de vidro
ou com divisórias internas móveis). Também deve ser evitada em edifícios onde as
paredes não são planejadas, para permitir liberdade de modificações nas divisões
internas.
Porque construir com alvenaria estrutural?
A alvenaria estrutural com blocos de concreto apresenta vantagens muito
superiores aos outros tipos de alvenarias, tais como confiabilidade, qualidade
garantida por normas, ensaios e pelo Selo da Qualidade, custos competitivos e
benefícios à sociedade.
O emprego de alvenaria estrutural como suporte de edifícios não se constitui em
uma inovação tecnológica recente. Na realidade, até o início deste século a
alvenaria era o mais utilizado, seguro, durável, e o único aceito na estruturação de
edificações de grande porte. Em São Paulo, o exemplo mais destacado desta
utilização é o Teatro Municipal, inaugurado em 1911 e totalmente estruturado em
paredes de alvenaria resistente.
O extraordinário crescimento do mercado imobiliário nos últimos anos tem levado
ao aumento na demanda por sistemas construtivos que aliem economia e qualidade
técnica, sempre de olho na equação final clientes satisfeitos e aumento das
margens de lucro apertadas. Afinal, empreendimentos como os desenvolvidos para
o programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal se propõe a
construir 1 milhão de moradias num prazo relativamente curto, o que exigem
controle preciso de todos os componentes da construção.
Esse sistema construtivo, que utiliza a alvenaria estrutural com blocos de concreto
oferece solução eficaz, testada em empreendimentos públicos e privados há mais
de três décadas e que, ao longo desse tempo, evoluiu extraordinaria mente. Hoje,
grandes construtoras recorrem ao sistema construtivo de alvenaria estrutural com
blocos de concreto para imprimir métodos produtivos industrializados, diminuir
cronograma, garantir custos e qualidade.
O desenvolvimento técnico do sistema inclui completa normalização dos materiais
(blocos), produzidos com garantia de resistência e uniformidade, por exemplo, e
dos serviços envolvidos (projeto, construção da estrutura, execução de instalações
e acabamento). A somatória desses elementos montou o alicerce para o enorme
salto técnico-econômico no sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos
de concreto.
Estudos realizados por especialistas em construção, comprovam que a alvenaria
estrutural com blocos de concreto permite reduzir o custo das obras em até 30%
(em torres de até quatro pavimentos) e 15% (em torres com 20 pavimentos), com
ganhos ambientais, por praticamente não gerar rejeitos de canteiro e quase não
utilizar fôrmas e escoras de madeira.
A construção civil brasileira tem hoje fornecedores de blocos de concreto
qualificados, analisados por instrumentos como o Selo de Qualidade, fornecido sob
critérios rigorosos de inspeção pela Associação Brasileira de Cimento Portland.
Assim, a alvenaria estrutural com blocos de concreto é a melhor alternativa – para
construtores e incorporadores, para seus clientes, que compram qualidade a custos
menores, e para a sociedade, pelo seu potencial de emprego e geração de renda.
Entenda a diferença entre
construção convencional e
alvenaria estrutural
2 D E J U N H O D E 2 0 1 4
Construção convencional vs. alvenaria estrutural: qual método é mais
barato? Que materiais utilizar? Quais as vantagens de cada um? Para
responder a essas dúvidas, a Hometeka preparou um guia completo com
custos por m2 e uma tabela comparativa entre os sistemas construtivos.
Construção convencional
A principal característica da construção convencional é sua função
primária de vedação (ou fechamento), separando ambientes e fachadas.
O emprego de vigas e pilares moldados por formas de madeira também
é grande, sendo este o método construtivo mais utilizado pelos
brasileiros.
Para estruturar um projeto desse tipo, é preciso contar com materiais
como o concreto armado, que ficou popular durante o
período modernista da arquitetura nacional.
Juntas, estrutura e vedação dão diversas possibilidades estéticas a um
projeto e deixam as reformas mais flexíveis, embora possam conter
vícios construtivos de fora de prumo, nível e esquadro, além de ficarem
mais suscetíveis a “gambiarras” e improvisos.
A maioria das construções convencionais também gera bastante entulho
devido à quebra de blocos do sistema: as paredes são normalmente
erguidas e depois rasgadas para receberem a tubulação – inclusive, esta
é sua principal desvantagem econômica e ambiental, calculada em cerca
de 20 a 30% de prejuízo em mão de obra e materiais.
Alvenaria estrutural
Por outro lado, a alvenaria estrutural, também chamada de
alvenaria/parede portante, exige planejamento e profissionais
qualificados. Isso acontece porque esse método de construção tem
função estrutural em um projeto, e é indispensável para a sua
estabilidade.
Funciona como 2 em 1, juntando as funções de estrutura e vedação em
um só sistema racionalizado, que utiliza medidas padrões de elementos
construtivos, como blocos concretos e cerâmicos, acrescidos de
elementos compensadores para uma melhor modulação.
Tudo é previamente organizado para que as peças se encaixem de
forma alternada, instalando de forma simultânea todos os sistemas
elétricos e hidrossanitários.
Quando devidamente planejada, a alvenaria estrutural deve ser capaz de
suportar todas as cargas; a de seu próprio peso, lajes, coberturas. Além
disso, é resistente a intempéries externas, como chuvas e ventos.
O método diminui os custos, otimiza o tempo e é frequentemente
encontrado em pequenos sobrados. Considerado um dos métodos
construtivos mais antigos do mundo, a alvenaria estrutural vem
evoluindo e é capaz de sustentar projetos residenciais de 3 a 20
pavimentos, ambientes comerciais e prédios públicos.
As limitações se aplicam a prédios com muitas fachadas em vidro, portas
e janelas muito amplas ou divisórias internas móveis, já que o fator de
carregar estrutura + vedação torna a alvenaria estrutural difícil de ser
modificada, restringindo a liberdade de reformas e alterações no projeto.
Qualquer mudança deve ser prevista ainda na fase de projeto e bem
coordenada na execução, principalmente as amarras com vergas e
contravergas, que podem ser feitas com aço e concreto e podem causar
rachaduras se não forem feitas nos pontos corretos.
Construção convencional
Na questão da mão de obra, exige-se mais dos profissionais dedicados à
alvenaria estrutural. O projeto ser deve feito por um arquiteto,
acompanhado por um calculista e executado por pedreiros muito
familiarizados com alvenaria estrutural, que não permite retrabalho.
O custo dos materiais também depende da execução. De primeiro
momento, um bloco de alvenaria estrutural custa mais do que um tijolo
cerâmico de vedação (convencional). No entanto, a necessidade de
quebrar blocos na construção convencional exige mais material, que
pode tender a prejuízo quando comparada com a estrutural.
Veja também: Acessibilidade: conheça os condomínios projetados para
idosos no Brasil
Diferenças entre alvenaria estrutural e convencional
Diferenças entre alvenaria estrutural e convencional
Diferenças entre alvenaria estrutural e convencional

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos wendellnml
 
Fundações 01
Fundações 01Fundações 01
Fundações 01dmr2403
 
Churrasqueira alvenaria
Churrasqueira alvenariaChurrasqueira alvenaria
Churrasqueira alvenariawolverine
 
Aula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasAula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasUNAERP
 
Inspeção visual e ensaios NDT Estruturas de concreto_ COTEQ 2019
Inspeção visual e ensaios NDT Estruturas de concreto_ COTEQ 2019Inspeção visual e ensaios NDT Estruturas de concreto_ COTEQ 2019
Inspeção visual e ensaios NDT Estruturas de concreto_ COTEQ 2019Adriana de Araujo
 
Construindo sua casa passo a-passo
Construindo sua casa passo a-passoConstruindo sua casa passo a-passo
Construindo sua casa passo a-passonx_own
 
Trabalho paredes exteriores_final
Trabalho paredes exteriores_finalTrabalho paredes exteriores_final
Trabalho paredes exteriores_finalTS-Cunha
 
Patologias na construção civil detalhes construtivos fissuras na alvenaria
Patologias na construção civil   detalhes construtivos fissuras na alvenariaPatologias na construção civil   detalhes construtivos fissuras na alvenaria
Patologias na construção civil detalhes construtivos fissuras na alvenariaRicardo Lopes
 
Estruturas metalicas -_sistemas_-_tipologias_modo_de_compatibilidade_
Estruturas metalicas -_sistemas_-_tipologias_modo_de_compatibilidade_Estruturas metalicas -_sistemas_-_tipologias_modo_de_compatibilidade_
Estruturas metalicas -_sistemas_-_tipologias_modo_de_compatibilidade_Carlos Elson Cunha
 
3 dimensionamento de-base-de-pilares-metalicos-em-secoes-retangulares-e-circu...
3 dimensionamento de-base-de-pilares-metalicos-em-secoes-retangulares-e-circu...3 dimensionamento de-base-de-pilares-metalicos-em-secoes-retangulares-e-circu...
3 dimensionamento de-base-de-pilares-metalicos-em-secoes-retangulares-e-circu...Jacyara Costa
 
Apostila sap2000 unicamp
Apostila sap2000 unicampApostila sap2000 unicamp
Apostila sap2000 unicampSofia Neves
 
Patologia das Estruturas de Betão
Patologia das Estruturas de BetãoPatologia das Estruturas de Betão
Patologia das Estruturas de Betãoengenhariacivil91
 
Revestimento argamassado
Revestimento argamassadoRevestimento argamassado
Revestimento argamassadoBruno Leonardo
 

Mais procurados (20)

Extrusão [Síntese]
Extrusão [Síntese]Extrusão [Síntese]
Extrusão [Síntese]
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos
 
Fundações 01
Fundações 01Fundações 01
Fundações 01
 
Churrasqueira alvenaria
Churrasqueira alvenariaChurrasqueira alvenaria
Churrasqueira alvenaria
 
Aula 02 alvenaria
Aula 02   alvenariaAula 02   alvenaria
Aula 02 alvenaria
 
Aulas de concreto armado
Aulas de concreto armadoAulas de concreto armado
Aulas de concreto armado
 
Aula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenariasAula patologias em alvenarias
Aula patologias em alvenarias
 
Inspeção visual e ensaios NDT Estruturas de concreto_ COTEQ 2019
Inspeção visual e ensaios NDT Estruturas de concreto_ COTEQ 2019Inspeção visual e ensaios NDT Estruturas de concreto_ COTEQ 2019
Inspeção visual e ensaios NDT Estruturas de concreto_ COTEQ 2019
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Construindo sua casa passo a-passo
Construindo sua casa passo a-passoConstruindo sua casa passo a-passo
Construindo sua casa passo a-passo
 
Pré moldados
Pré moldadosPré moldados
Pré moldados
 
Trabalho paredes exteriores_final
Trabalho paredes exteriores_finalTrabalho paredes exteriores_final
Trabalho paredes exteriores_final
 
Aula 15 vidro construção civil 2 alyne osterne
Aula 15   vidro construção civil 2 alyne osterneAula 15   vidro construção civil 2 alyne osterne
Aula 15 vidro construção civil 2 alyne osterne
 
Patologias na construção civil detalhes construtivos fissuras na alvenaria
Patologias na construção civil   detalhes construtivos fissuras na alvenariaPatologias na construção civil   detalhes construtivos fissuras na alvenaria
Patologias na construção civil detalhes construtivos fissuras na alvenaria
 
Estruturas metalicas -_sistemas_-_tipologias_modo_de_compatibilidade_
Estruturas metalicas -_sistemas_-_tipologias_modo_de_compatibilidade_Estruturas metalicas -_sistemas_-_tipologias_modo_de_compatibilidade_
Estruturas metalicas -_sistemas_-_tipologias_modo_de_compatibilidade_
 
Estruturas de madeira aula
Estruturas de madeira aulaEstruturas de madeira aula
Estruturas de madeira aula
 
3 dimensionamento de-base-de-pilares-metalicos-em-secoes-retangulares-e-circu...
3 dimensionamento de-base-de-pilares-metalicos-em-secoes-retangulares-e-circu...3 dimensionamento de-base-de-pilares-metalicos-em-secoes-retangulares-e-circu...
3 dimensionamento de-base-de-pilares-metalicos-em-secoes-retangulares-e-circu...
 
Apostila sap2000 unicamp
Apostila sap2000 unicampApostila sap2000 unicamp
Apostila sap2000 unicamp
 
Patologia das Estruturas de Betão
Patologia das Estruturas de BetãoPatologia das Estruturas de Betão
Patologia das Estruturas de Betão
 
Revestimento argamassado
Revestimento argamassadoRevestimento argamassado
Revestimento argamassado
 

Semelhante a Diferenças entre alvenaria estrutural e convencional

Habitações com paredes em concreto armado
Habitações com paredes em concreto armadoHabitações com paredes em concreto armado
Habitações com paredes em concreto armadoLuigi Ribeiro
 
Cartilla de cómo hacer bloques ecológica
Cartilla de cómo hacer bloques ecológicaCartilla de cómo hacer bloques ecológica
Cartilla de cómo hacer bloques ecológicadanius2009
 
Artigo mais completo de Portugal sobre Construção em Aço Leve
Artigo mais completo de Portugal sobre Construção em Aço LeveArtigo mais completo de Portugal sobre Construção em Aço Leve
Artigo mais completo de Portugal sobre Construção em Aço LeveSandra de Sá
 
Obra da construtora Caparaó
Obra da construtora CaparaóObra da construtora Caparaó
Obra da construtora CaparaóLudmila Souza
 
Artigo - Alvenaria estrutural vs Alvenaria convencional - Estudo de Caso
Artigo - Alvenaria estrutural vs Alvenaria convencional - Estudo de CasoArtigo - Alvenaria estrutural vs Alvenaria convencional - Estudo de Caso
Artigo - Alvenaria estrutural vs Alvenaria convencional - Estudo de CasoRennan Italiano
 
2 pat e acidentes
2  pat e acidentes2  pat e acidentes
2 pat e acidentesJho05
 
sistemas de vedação vertical
sistemas de vedação verticalsistemas de vedação vertical
sistemas de vedação verticalLucas Ferreira
 
Precise Forms - Apresentação ao Brasil !
Precise Forms - Apresentação ao Brasil !Precise Forms - Apresentação ao Brasil !
Precise Forms - Apresentação ao Brasil !RamonJCRibeiro
 
Apresentação BubbleDeck MODIFICADA.pptx
Apresentação BubbleDeck MODIFICADA.pptxApresentação BubbleDeck MODIFICADA.pptx
Apresentação BubbleDeck MODIFICADA.pptxCarlosMilani1
 

Semelhante a Diferenças entre alvenaria estrutural e convencional (20)

Sistema construtivo
Sistema construtivoSistema construtivo
Sistema construtivo
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Alvenaria estrutural
Alvenaria estruturalAlvenaria estrutural
Alvenaria estrutural
 
Alvenaria 2
Alvenaria 2Alvenaria 2
Alvenaria 2
 
Habitações com paredes em concreto armado
Habitações com paredes em concreto armadoHabitações com paredes em concreto armado
Habitações com paredes em concreto armado
 
Cartilla de cómo hacer bloques ecológica
Cartilla de cómo hacer bloques ecológicaCartilla de cómo hacer bloques ecológica
Cartilla de cómo hacer bloques ecológica
 
Artigo mais completo de Portugal sobre Construção em Aço Leve
Artigo mais completo de Portugal sobre Construção em Aço LeveArtigo mais completo de Portugal sobre Construção em Aço Leve
Artigo mais completo de Portugal sobre Construção em Aço Leve
 
Obra da construtora Caparaó
Obra da construtora CaparaóObra da construtora Caparaó
Obra da construtora Caparaó
 
A execução in situ com lajes protendidas
A execução in situ com lajes protendidasA execução in situ com lajes protendidas
A execução in situ com lajes protendidas
 
Artigo - Alvenaria estrutural vs Alvenaria convencional - Estudo de Caso
Artigo - Alvenaria estrutural vs Alvenaria convencional - Estudo de CasoArtigo - Alvenaria estrutural vs Alvenaria convencional - Estudo de Caso
Artigo - Alvenaria estrutural vs Alvenaria convencional - Estudo de Caso
 
2 pat e acidentes
2  pat e acidentes2  pat e acidentes
2 pat e acidentes
 
Aula3_Alvenaria Estrutural.pdf
Aula3_Alvenaria Estrutural.pdfAula3_Alvenaria Estrutural.pdf
Aula3_Alvenaria Estrutural.pdf
 
sistemas de vedação vertical
sistemas de vedação verticalsistemas de vedação vertical
sistemas de vedação vertical
 
IBRACON2008_0123
IBRACON2008_0123IBRACON2008_0123
IBRACON2008_0123
 
Precise Forms - Apresentação ao Brasil !
Precise Forms - Apresentação ao Brasil !Precise Forms - Apresentação ao Brasil !
Precise Forms - Apresentação ao Brasil !
 
Alvennaria 1
Alvennaria 1Alvennaria 1
Alvennaria 1
 
Manual alvenaria estrutural
Manual alvenaria estruturalManual alvenaria estrutural
Manual alvenaria estrutural
 
Apresentação BubbleDeck MODIFICADA.pptx
Apresentação BubbleDeck MODIFICADA.pptxApresentação BubbleDeck MODIFICADA.pptx
Apresentação BubbleDeck MODIFICADA.pptx
 
Alvenaria
AlvenariaAlvenaria
Alvenaria
 
Palestra Drywall
Palestra DrywallPalestra Drywall
Palestra Drywall
 

Último

07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp txrafaelacushman21
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06AndressaTenreiro
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaWilliamCruz402522
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 

Último (7)

07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     txNR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp     tx
NR10 - Treinamento LOTO - 2023.pp tx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06Lista de presença treinamento de EPI NR-06
Lista de presença treinamento de EPI NR-06
 
apresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aulaapresentação de Bancos de Capacitores aula
apresentação de Bancos de Capacitores aula
 
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 

Diferenças entre alvenaria estrutural e convencional

  • 1. Diferença entre construção convencional e alvenaria estrutural M ATCON BLOG 0 Escolher o sistema de construção adequado para o seu projeto é muito importante, principalmente porque é a partir dele que você determinará todo o futuro da sua construção depois de pronta. Quando se trata de escolher a alvenaria, a dúvida que fica é: Qual a melhor, alvenaria convencional ou a alvenaria estrutural? Fazer essa escolha com clareza é um fator chave para o sucesso da sua construção e, por isso, nesse artigo, você irá aprender as diferenças básicas entre o sistema de construção convencional e a alvenaria estrutural, incluindo os benefícios e limitações de cada um.
  • 2. Com as informações que serão dadas nesse post, você poderá escolher o melhor tipo de alvenaria para usar na sua construção e assim ter a certeza de que o resultado final sairá conforme você espera. Confira a seguir as principais diferenças entre a alvenaria convencional e a alvenaria estrutural. Alvenaria convencional A alvenaria convencional é o tipo mais comum utilizado nas construções brasileiras. Sua função primordial dentro de uma construção é a de promover a vedação, a partir da separação de ambientes e fachadas. Todo o peso é absorvido pela estrutura de pilares e vigas, onde nesse caso é possível afirmar que as paredes construídas não possuem função estrutural. É comum o emprego de vigas e pilares moldados por formatos de madeira. Para a construção de uma estrutura desse tipo, é necessária a utilização do concreto armado. O concreto armado funciona como uma espécie de esqueleto para a construção, sendo formado pelo uso de pilares, lajes e vigas. Um dos benefícios de utilizar o concreto armado é que não existem limitações referentes as medidas do projeto arquitetônico, então é dada maior liberdade ao operador da obra, além de permitir futuras obras sem restrições. Por outro lado, esse tipo de construção demanda mais tempo e o custo pode ser mais elevado quando comparado ao sistema de alvenaria estrutural.
  • 3. Além disso, a alvenaria convencional pode produzir bastante entulho devido ao constante quebramento de blocos do sistema. As paredes são erguidas e em seguida quebradas para que haja a instalação das tubulações, prática essa que pode gerar entre 20% e 30% de prejuízo principalmente de materiais. Alvenaria Estrutural A alvenaria estrutural por sua vez, tem como característica principal a ausência de pilares e vigas, pois todas as paredes construídas têm a capacidade de suportar o peso de instalações como lajes e coberturas por si próprias. Ou seja, elas funcionam também como vedação. Assim, é imprescindível que as paredes sejam erguidas de forma bem executada, evitando cortes nos blocos. Tudo precisa ser planejado para que seja instalado, ao mesmo tempo, sistema elétrico e hidrossanitário, de modo que as peças se encaixem alternadamente. Racionalizar é importante para que as medidas das paredes fiquem fora do padrão de blocos nesse momento, evitando assim a necessidade de alterações futuras. Além disso, o sistema de alvenaria estrutural permite um maior rendimento para a mão de obra, já que é possível concluir uma maior área quadrada por dia. Segundo pesquisas, optar por esse tipo de alvenaria pode gerar uma economia de até 15% em relação à construção convencional.
  • 4. A construção que utiliza alvenaria estrutural apresenta o seu tempo de execução otimizado, diminui os gastos desnecessários e ainda tem uma boa aplicação. Suas limitações são para prédios que possuem muitas fachadas de vidro, portas e janelas muito grandes ou móveis de divisão interna, pois tudo isso pode sobrecarregar a estrutura, e pela vedação conjunta, é mais difícil que uma reforma possa ser realizada futuramente no projeto. Ou seja, qualquer mudança que possa ser realizada futuramente precisa ser prevista ainda durante a elaboração do projeto, não permitindo portas e janelas que fujam do padrão, por exemplo. Portanto, agora que já sabe a diferença entre a construção convencional e a alvenaria estrutural, analise os pros e os contras de cada uma delas e opte por aquela que vai proporcionar o melhor resultado para a sua construção! Continue acompanhando o nosso blog para conferir as melhores dicas e novidades no ramo de construção civil! http://matconsupply.com.br/diferenca-entre-construcao-convencional-e-alvenaria- estrutural-fibras-de-aco/ Diferenças entre alvenaria estrutural e convencional Saber qual dos métodos construtivos adotar na estrutura da casa é um passo importante, que deve ser dado de acordo com a topografia, o projeto de arquitetura, o tipo de solo entre outros fatores. A definição do sistema construtivo deve vir de um projeto técnico, porém saber a diferença entre alvenaria estrutural e convencional é fundamental para que o proprietário possa participar ativamente desta escolha. Pensando nisso preparamos uma comparação entre os dois sistemas construtivos mais comuns. Concreto armado
  • 5. Obra com concreto armado É o método construtivo mais adotado no Brasil para obras residenciais. Funciona como um “esqueleto” formado a partir da combinação de pilares, lajes e vigas. As paredes servem apenas como fechamento e separação de ambientes. Todo o peso é absorvido pelo sistema pilares, lajes e vigas, e por isto pode-se dizer que as paredes não possuem função estrutural. Um ponto forte é que não há restrição quanto às medidas do projeto, o que permite maior liberdade criativa, não há limites para futuras reformas, e podem ser especificadas esquadrias fora do tamanho padrão. Como ponto fraco, este método possui um tempo de execução um pouco maior e um custo mais elevado em comparação com o sistema de alvenaria estrutural. Alvenaria estrutural
  • 6. Obra com bloco cerâmico estrutural A principal característica deste sistema é que todas as paredes têm a função de suportar o peso da laje ou da cobertura. Não há pilares e vigas, a estrutura é formada pelas paredes e lajes. Desta forma a boa execução das paredes é fundamental. Deve-se ao máximo evitar cortes nos blocos, e por isso este sistema é chamado de racionalizado. A racionalização está em evitar medidas de paredes fora do padrão dos blocos e executar a hidráulica e elétrica junto com o assentamento dos blocos para evitar cortes futuros. A alvenaria pode ser feita de blocos de concreto estruturais ou de blocos cerâmicos estruturais. Os blocos cerâmicos possuem peso menor, o que aumenta a velocidade da execução, e também possibilitam um conforto térmico 3 vezes melhor do que os blocos de concreto. Principais vantagens: menor tempo e custo de execução em relação ao concreto armado. Desvantagens: não permite reformas futuras, requer mão de obra especializada, não permite portas e janelas fora do padrão, e não pode ser utilizado em qualquer
  • 7. tipo de projeto, pois as possibilidades são limitadas ao padrão dos blocos. Fonte:www.arestoarquitetura.com.br Alvenaria de Vedação É uma alvenaria que não é dimensionada para resistir a ações além de seu próprio peso. A vedação vertical é responsável pelo fechamento da edificação e também pela compartimentação dos ambientes internos. A maioria das edificações executadas pelo processo construtivo convencional (estrutura reticulada de concreto armado moldada no local) utiliza para o fechamento dos vãos paredes de alvenaria.
  • 8. Alvenaria de Vedação Tradicional Como não se utiliza projeto de alvenaria, as soluções construtivas são improvisadas durante a execução dos serviços: - A mão-de-obra pouco qualificada executa os serviços com facilidade, mas nem sempre com a qualidade desejada - O retrabalho: os tijolos ou blocos são assentados, as paredes são seccionadas para a passagem de instalações e embutimento de caixas e, em seguida, são feitos remendos com a utilização de argamassa para o preenchimento dos vazios - O desperdício de materiais: a quebra de tijolos no transporte e na execução, a utilização de marretas para abrir os rasgos nas paredes e a freqüência de retirada de caçambas de entulho da obra evidenciam isso - Falta de controle na execução: eventuais problemas na execução são detectados somente por ocasião da conferência de prumo do revestimento externo, gerando elevados consumos de argamassa e aumento das ações permanentes atuantes na estrutura. Alvenaria de Vedação Racionalizada O principio básico da alvenaria racionalizada é tomar todas as decisões quanto aos passos de execução na fase de projeto e documentá-los em forma de desenho ou observações descritivas. Assim, o projeto contempla todo o detalhamento executivo, estrutural, alvenaria e instalações, compatibilizando tudo. Quando se pretende implantar conceitos de racionalização da construção, deve-se iniciar pela estrutura da edificação. Em seguida, priorizar a alvenaria de vedação. Isso porque o subsistema de vedação vertical interfere nos demais subsistemas da edificação: revestimento, impermeabilização, esquadrias, instalações elétricas e de comunicação e instalações hidrossanitárias. Todos esses serviços somados representam uma parcela considerável do custo de uma obra. Em contraponto à alvenaria tradicional, a alvenaria racionalizada apresenta as seguintes características: - Utilização de blocos de melhor qualidade, com furos na vertical para a passagem de instalações. - Planejamento prévio da paginação da alvenaria, cada bloco está desenhado no seu devido lugar. - Projeto da produção, projeto compatibilizando estrutura, alvenarias e demais subsistemas. - Treinamento da mão-de-obra.
  • 9. - Utilização de família de blocos com blocos compensadores para evitar a quebra de blocos na execução. - Redução drástica do desperdício de materiais, sem quebras e sem remendos. - Melhoria nas condições de limpeza e organização do canteiro de obras. A racionalização construtiva pode ser entendida como a aplicação mais eficiente dos recursos em todas as atividades desenvolvidas para a construção do edifício. Ao terminar a alvenaria a parede está pronta, com todas as instalações executadas paralelamente. Neste sistema não existe a necessidade de corte de canaletas, quebração, retrabalho, limpeza de resíduos da quebra para passagem das instalações. É uma montagem racionalizadas de peças que já foram previament e pensadas para ocuparem cada uma o seu devido lugar. Fonte:pauluzzi.com.br Bloco de concreto x bloco cerâmico na alvenaria estrutural Na alvenaria estrutural, também chamada de alvenaria portante, vedação e estrutura funcionam como um só. Os blocos são organizados de forma a serem capazes de suportar todas as cargas da construção.
  • 10. Há possibilidade de uso de blocos cerâmicos e de conc reto e essa escolha depende de vários fatores. Preço, propriedade térmicas, acabamento e rapidez são características que os consumidores devem estar atentos na hora de escolher o produto a ser usado na construção. Confira a seguir todas as vantagens e desvantagens de usar o bloco cerâmico e o bloco de concreto com função estrutural: Bloco de concreto Esses blocos são compostos por agentes expansores, água, cal e cimento. A mistura de materiais é preparada e colocada em uma forma e em seguida, passa por um equipamento de vibração e prensagem. A última etapa é o processo de cura, que é feito dentro de câmaras de vapor, a fim de evitar a formação de fissuras. A Associação Brasileira de Cimento Portland divulga uma lista das marcas que possuem o selo de garantia que garante adequação às normas da ABNT. Geralmente as peças desse material vem com tamanho padrão, o que permite que as paredes sejam erguidas com alinhamento mais definido.
  • 11. Devido ao tamanho maior dos blocos, é possível ter agilidade na construção fazendo com que o levantamento das paredes seja mais rápido. Infelizmente, a adição de cimento em sua composição aumenta o impacto ambiental desse produto. Comparado com os outros tipos de tijolos, o bloco de concreto possui a maior resistência entre todos e no caso da alvenaria estrutural podem suportar o peso de toda a construção sem a necessidade de vigas e pilares. Esse tipo de material pode ser revestido internamente com apenas uma demão de argamassa ou gesso e a cerâmica pode ser aplicada diretamente em sua superfície. Dessa forma é possível economizar com revestimento. Como o tijolo de concreto é em média 40% mais pesado que os modelos cerâmicos, o manuseio do produto no canteiro de obra pode ser um pouco complicado. As juntas de dilatação em construções erguidas com blocos de concreto devem ser menores já que o material se movimenta mais que os outros tipos de produto. Bloco cerâmico A cerâmica vermelha desse material são obtidas após a queima da argila em altíssima temperatura, o que garante qualidade às peças. Por serem mais leves, representam maior produtividade no canteiro de obras e por outro lado quebram com mais facilidade. Suas propriedades físicas oferecem excelente conforto acústico e seu coeficiente de condutibilidade térmica é três vezes menor, o que proporciona conforto também térmico. As emissões de CO2 no ciclo de vida do produto, o que torna o seu uso mais sustentável. Outra vantagem muito levado em conta pelos consumidores é o preço, já que o bloco cerâmico é mais barato que o feito de concreto. O bloco cerâmico, porém, é menos aderente à argamassa e exige mais revestimento. Outra desvantagem é que ele é menos regular geometricamente e possui menor resistência mecânica que o de concreto. Fonte:www.hometeka.com.br Conceitos de Alvenaria Estrutural A alvenaria estrutural ganhou espaço nas construções na década de 1990 e hoje ela é amplamente utilizada em obras residenciais.
  • 12. A alvenaria estrutural pode ser armada, ou seja, reforçada com armadura passiva ou até mesmo armadura ativa (protendida) e a não-armada, encontrada em edificações mais baixas, geralmente até 04 pavimentos. Dupla Função nas Edificações 1. Função Estrutural: a própria alvenaria da edificação é a estrutura da edificação (casa, prédio, loja, etc) 2. Função de vedação: típica função de separar os ambientes de acordo com a arquitetura Assim, a alvenaria estrutural é uma técnica construtiva que difere do sistema clássico pilar/viga/laje. Vantagens da Alvenaria Estrutural – Técnica executiva simplificada – Facilidade de treinamento de mão-de-obra
  • 13. – Organização do processo de produção – Menor diversidade de mão-de-obra na fase de estrutura (não é necessária equipe de carpintaria, armação) – Integração com os sistemas de instalações elétricas e hidrossanitárias – Redução nas formas, consumo de aço e concreto Desvantagens da alvenaria estrutural – Condiciona a arquitetura (devido a paginação de acordo com o tamanho dos blocos) – Restringe futuras mudanças e intervenções na edificação – Inibe a mudança do uso dos edifícios (exemplo: de uso residencial para uso comercial) Os Blocos Estruturais Os blocos de alvenaria estrutural podem ser em concreto ou em cerâmica. Eles são sempre vazados na vertical, ou seja, não possuem fundo. Na execução das paredes utiliza-se o meio-bloco para fazer as amarrações. Todas as paredes são paginadas e a execução delas deve seguir rigorosamente o projeto de paginação principalmente nos encontros de paredes e cantos.
  • 14. Macete 01: Ao comprar bloco estrutural sempre deixe claro que sua necessidade é o bloco estrutural, porque geralmente o fornecedor possui os dois tipos de bloco: o estrutural e o de vedação. Macete 02: O bloco não-estrutural (de vedação) é utilizado em construções onde as paredes não possuem nenhuma função estrutural. Fonte:pedreirao.com.br A banalização da recuperação estrutural!
  • 15. Em um outro artigo, falávamos sobre as infiltrações e os caminhos que a água usa para apresentá-las (trincas, rachaduras, poros dos materiais, falhas no material como, ninhos no concreto, brocas e fendas junto as armaduras) e os estragos que elas causam nas edificações. Apresentamos também, uma técnica revolucionária que impermeabiliza profundamente através de injeção o interior da própria estrutura, realizando uma rápida colmatação das trincas, fissuras e cavidades no interior do concreto, preenchendo e impermeabilizando sem quebrar. Sem duvida a infiltração é a causa ou o meio necessário para a grande maioria das patologias em edificações. Dentre as diversas, podemos destacar o ataque as estruturas de concreto armado. A água como eletrólito da corrosão.
  • 16. A água é um meio condutor de eletricidade devido á sua carga natural de íons Cálcio, Magnésio, Sódio, Bicarbonato, Sulfato, Cloretos e Nitratos. Sem dúvida, os cloretos são os que se relacionam mais com a corrosão, já que, como outros íons, aumentam a condutividade elétrica da água, facilitando enormemente o fluxo da corrente de corrosão. Também reduzem, de forma significativa, a proteção de filmes ou películas de proteção aplicadas, pois, por aí permeiam facilmente. Os íons nitratos, como os sulfatos, são tão perigosos quanto os cloretos para o aço. Apresentam –se, entretanto, em menores concentrações. Na prática, águas com alta concentração de sulfatos atacam o concreto. O pH da água raramente foge do em torno a 4,5 – 8,5. De todos os gases dissolvidos na água, o OXIGÊNIO ocupa posição especial porque é um tremendo estimulante á corrosão. Um concreto bem dosado, com recobrimento e fator a/c (água/cimento) adequados, inclusive ao ambiente, estará protegendo suas armaduras da corrosão pelo fato de fornecer um ambiente envolvente altamente alcalino, com um pH entre 12 e 13. No entanto, quanto mais permeável for a camada de recobrimento mais o concreto tornar-se-á "molhável", permitindo fácil acesso á água e aos gases, como o oxigênio, através de sua rede de vazios. Comumente, no entanto, ter-se-á, sempre, trincas e/ou fissuras em sua superfície, devido a processos de cura insuficientes ou mesmo inexistentes, fazendo com que aqueles elementos tenham fácil e rápido acesso ás armaduras. Além de ser um dos principais "elos" da corrosão, a água também pode corroer o concreto. A medida em que a água vai infiltrando, ela dissolve o Oca (dando hidróxido de cálcio), e também a sílica, tornando o concreto cada vez mais poroso, conseqüentemente mais fraco. O dióxido de carbono na atmosfera reagirá com a umidade (devido a infiltração) existente no interior dos poros da estrutura, convertendo o hidróxido de cálcio com alto pH, em carbonato de cálcio que tem pH mais neutro. (pH diminui inicia a corrosão). Observe que voltamos ao ponto inicial, CORROSÃO. Corrosão – Transformação do metal em compostos de propriedades menos desejáveis (normalmente, a oxidação para voltar a ser o mineral do qual foi extraído. Retorno ao seu estado natural mais estável). Uma força "invisível" Todo este processo contribui para o aumento significativo da desagregação do concreto. Esta desagregação se inicia na superfície com uma mudança de coloração seguida de um aumento na espessura das fissuras entrecruzadas, que costumam aparecer. Nas regiões em que o concreto não é adequado, não recobre ou recobre deficientemente a armadura, há a formação de óxi-hidróxidos de ferro, que passam a ocupar volumes de três a dez vezes superiores ao volume original do aço da
  • 17. armadura, podendo causar pressões de expansão superiores a 15 Mpa. Estas tensões provocam inicialmente a fissuração do concreto na direção paralela a armadura corrida, o que favorece ainda mais a carbonatação e a penetração de agentes agressivos, causando o lascamento do concreto. O comprometimento do desempenho da estrutura e o constrangimento psicológico. É sabido que o concreto armado só funciona como um sólido composto (ou seja, como é calculado) quando há perfeita aderência entre o concreto e o aço. É comum encontrarmos condomínios com a filosofia – Isso pode esperar mais um pouco, não vai cair etc!. Esperando o momento "certo" para intervir, deixando muitas vezes os condôminos sem sono. Mas devemos alertar, que em geral, os problemas patológicos são evolutivos e tendem a se agravar com o passar do tempo, além de acarretarem outros problemas associados ao inicial. Pode-se afirmar que as correções serão mais duráveis, mais efetivas, mais fáceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas. A demonstração mais expressiva dessa afirmação é a chamada "lei de Sitter" que mostra os custos crescendo segundo uma progressão geométrica. Dividindo as etapas construtivas e de uso em quatro períodos correspondentes ao projeto, à execução propriamente dita, à manutenção preventiva efetuada antes dos primeiros três anos e à manutenção corretiva efetuada após surgimento dos problemas, a cada uma corresponderá um custo que segue uma progressão geométrica de razão cinco (5). Segundo SITTER, colaborador do CEB – Comitê Euro-international du Béton – formulador dessa lei de custos amplamente citada em bibliografias especificas da área, adiar uma intervenção significa aumentar os custos diretos em progressão geométrica de razão 5, o que torna ainda mais atual o conhecido ditado popular "não deixes para amanhã o que se pode fazer hoje", por cinco vezes menos. A boa vontade que pode sair muito caro. Síndico precavido, econômico, há anos mantendo uma administração enxuta. Um belo dia se depara com as lajes e vigas de suas garagens em processo de corrosão e desplacamento. Certamente, já sabe o que fazer. Deixa recado com o porteiro para encontrar o Sr. Das obras, que há anos ronda o condomínio e adjacências. "Profissional" barato, de confiança, muito bom por sinal. Entretanto, esquece que o Sr. Das obras é um bom executor, mas não detém conhecimentos técnicos que os diversos serviços de engenharia requer. Continuando, lá vão, síndico e Sr. Das obras a loja de materiais de construção mais próxima. O resultado? Compram os mais diversos materiais. Aquele do comercial Dr, diz o Sr. Das obras. Satisfeito com a "economia" e com a orientação sugerida pelo balconista da loja, seguem para a execução da "maquiagem estrutural". Remoção do concreto danificado pela corrosão, remoção das carepas de corrosão, pintura inibidora polimérica ou anticorrosiva, aplicação da argamassa de reparo.
  • 18. Pronto !!! agora é só pintar Dr. Bem Sr. Síndico, devemos lhe informar que o termo "recuperação estrutural" aplicado em uma estrutura, motivado por processo de corrosão em suas armaduras significa a restituição da sua integridade em todos os sentidos, seja o físico e químico, sempre considerando-se que um processo é uma série de fenômenos sucessivos com nexo de causa e efeito. A restituição das seções do aço e do concreto, danificados por processos de corrosão nas armaduras, representa nada mais nada menos do que o efeito. E a causa ? Bem, a causa da corrosão nem todos sabem, mas, é de origem eletroquímica, somente neutralizada por processo eletroquímico. Por que apenas tratar os efeitos? Evidentemente, esta forma de recuperação estrutural conduz ao aceleramento da deterioração da estrutura. Todo problema patológico, chamado em linguagem jurídica de vício oculto ou vício de construção, deve ser acompanhado ou executado por um profissional devidamente habilitado. O conhecimento da patologia da construção é indispensável, em maior ou menor grau, para todos que trabalham com recuperações e construção. Quando se conhecem os defeitos que uma construção pode vir a apresentar e suas causas, é muito menos provável que se cometam erros. Voltando dias depois para ver o serviço do Sr. Das obras e do Síndico econômico, nos deparamos com o seguinte quadro: Utilização de argamassa com altíssima resistência a compressão, invariavelmente duas a três vezes superior ao do concreto original. Em outras palavras, sua relação tensão – deformação (módulo de elasticidade) é totalmente diferente da base, dando como resultado uma transmissão de carga mais intensa e sujeitando-a a um descolamento prematuro. Bem mais impermeável que o concreto da base, possui uma rede de vazios bem inferior. O resultado é um comportamento dimensional (coeficiente de dilatação térmica- relaxação-fluência) anômalo, não tão importante para espessuras correspondentes ao recobrimento, mas extremamente prejudicial para espessuras mais profundas, onde o volume de cargas é mais intenso. Na verdade, o que se deseja é uma boa aderência, uma massa similar á original, uma cura adequada (retração por secagem) e a efetiva neutralização da corrosão através de um processo eletroquímico. Tudo a mais influencia o comportamento dimensional da peça estrutural, devido a falta de cuidado em tentar compatibilizar a recuperação. A incompatibilidade nas recuperações em todos os segmentos da área é muito comum. Mas este será o nosso próximo assunto, não recupere antes do próximo artigo.
  • 19. Leonardo Zapla, especialista em Patologias da Construção, Consultor técnico de algumas empresas e diretor da Zapla Serviços Especiais para Engenharia - Visite: http://www.zapla.com.br Fonte:www.ecivilnet.com Diferenças entre alvenaria estrutural e convencional Saber qual dos métodos construtivos adotar na estrutura da casa é um passo importante, que deve ser dado de acordo com a topografia, o projeto de arquitetura, o tipo de solo entre outros fatores. A definição do sistema construtivo deve vir de um projeto técnico, porém saber a diferença entre alvenaria estrutural e convencional é fundamental para que o proprietário possa participar ativamente desta escolha. Pensando nisso preparamos uma comparação entre os dois sistemas construtivos mais comuns. Concreto armado
  • 20. Obra com concreto armado É o método construtivo mais adotado no Brasil para obras residenciais. Funciona como um “esqueleto” formado a partir da combinação de pilares, lajes e vigas. As paredes servem apenas como fechamento e separação de ambientes. Todo o peso é absorvido pelo sistema pilares, lajes e vigas, e por isto pode-se dizer que as paredes não possuem função estrutural. Um ponto forte é que não há restrição quanto às medidas do projeto, o que permite maior liberdade criativa, não há limites para futuras reformas, e podem ser especificadas esquadrias fora do tamanho padrão. Como ponto fraco, este método possui um tempo de execução um pouco maior e um custo mais elevado em comparação com o sistema de alvenaria estrutural. Alvenaria estrutural
  • 21. Obra com bloco cerâmico estrutural A principal característica deste sistema é que todas as paredes têm a função de suportar o peso da laje ou da cobertura. Não há pilares e vigas, a estrutura é formada pelas paredes e lajes. Desta forma a boa execução das paredes é fundamental. Deve-se ao máximo evitar cortes nos blocos, e por isso este sistema é chamado de racionalizado. A racionalização está em evitar medidas de paredes fora do padrão dos blocos e executar a hidráulica e elétrica junto com o assentamento dos blocos para evitar cortes futuros. A alvenaria pode ser feita de blocos de concreto estruturais ou de blocos cerâmicos estruturais. Os blocos cerâmicos possuem peso menor, o que aumenta a velocidade da execução, e também possibilitam um conforto térmico 3 vezes melhor do que os blocos de concreto. Principais vantagens: menor tempo e custo de execução em relação ao concreto armado. Desvantagens: não permite reformas futuras, requer mão de obra especializada, não permite portas e janelas fora do padrão, e não pode ser utilizado em qualquer
  • 22. tipo de projeto, pois as possibilidades são limitadas ao padrão dos blocos. Fonte:www.arestoarquitetura.com.br Alvenaria de Vedação É uma alvenaria que não é dimensionada para resistir a ações além de seu próprio peso. A vedação vertical é responsável pelo fechamento da edificação e também pela compartimentação dos ambientes internos. A maioria das edificações executadas pelo processo construtivo convencional (estrutura reticulada de concreto armado moldada no local) utiliza para o fechamento dos vãos paredes de alvenaria.
  • 23. Alvenaria de Vedação Tradicional Como não se utiliza projeto de alvenaria, as soluções construtivas são improvisadas durante a execução dos serviços. • A mão-de-obra pouco qualificada executa os serviços com facilidade, mas nem sempre com a qualidade desejada • O retrabalho: os tijolos ou blocos são assentados, as paredes são seccionadas para a passagem de instalações e embutimento de caixas e, em seguida, são feitos remendos com a utilização de argamassa para o preenchimento dos vazios • O desperdício de materiais: a quebra de tijolos no transporte e na execução, a utilização de marretas para abrir os rasgos nas paredes e a frequência de retirada de caçambas de entulho da obra evidenciam isso • Falta de controle na execução: eventuais problemas na execução são detectados somente por ocasião da conferência de prumo do revestimento externo, gerando elevados consumos de argamassa e aumento das ações permanentes atuantes na estrutura. Alvenaria de Vedação Racionalizada O principio básico da alvenaria racionalizada é tomar todas as decisões quanto aos passos de execução na fase de projeto e documentá-los em forma de desenho ou observações descritivas. Assim, o projeto contempla todo o detalhamento executivo, estrutural, alvenaria e instalações, compatibilizando tudo. Quando se pretende implantar conceitos de racionalização da construção, deve-se iniciar pela estrutura da edificação. Em seguida, priorizar a alvenaria de vedação. Isso porque o subsistema de vedação vertical interfere nos demais subsistemas da edificação: revestimento, impermeabilização, esquadrias, instalações elétricas e de comunicação e instalações hidrossanitárias. Todos esses serviços somados representam uma parcela considerável do custo de uma obra. Em contraponto à alvenaria tradicional, a alvenaria racionalizada apresenta as seguintes características: • Utilização de blocos de melhor qualidade, com furos na vertical para a passagem de instalações. • Planejamento prévio da paginação da alvenaria, cada bloco está desenhado no seu devido lugar. • Projeto da produção, projeto compatibilizando estrutura, alvenarias e demais subsistemas. • Treinamento da mão-de-obra.
  • 24. • Utilização de família de blocos com blocos compensadores para evitar a quebra de blocos na execução. • Redução drástica do desperdício de materiais, sem quebras e sem remendos. • Melhoria nas condições de limpeza e organização do canteiro de obras. A racionalização construtiva pode ser entendida como a aplicação mais eficiente dos recursos em todas as atividades desenvolvidas para a construção do edifício. Ao terminar a alvenaria a parede está pronta, com todas as instalações executadas paralelamente. Neste sistema não existe a necessidade de corte de canaletas, quebração, retrabalho, limpeza de resíduos da quebra para passagem das instalações. É uma montagem racionalizadas de peças que já foram previamente pensadas para ocuparem cada uma o seu devido lugar. Fonte:www.pauluzzi.com.br Tipos de Sistemas Construtivos para Casas Quais os principais tipos de sistemas construtivos para casas, sobrados e comércio, mais utilizados no Brasil? Todos estes sistemas em sua essência procuram reduzir a utilização de recursos, gastos com material e desperdício na obra. Como o assunto é bastante abrangente, abaixo os principais sistemas mais empregados no Brasil. A cultura brasileira baseia-se na construção em alvenaria tradicional, utilizada pela maioria da população. A principal influenciada direta é a grande quantidade de madeira para queima de tijolos e uma indústria de cimento forte. Mas existem outros sistemas construtivos que serão melhor abordados no decorrer deste artigo. Cada um deste sistemas construtivos tem seus pontos fortes e fracos, devendo o proprietário, arquiteto ou engenheiro, avaliar qual atenderá a todos requisitos, tanto visuais, estruturais e econômicos de acordo com a localidade da construção da edificação. 1. Alvenaria comum
  • 25. Na construção de uma casa em alvenaria comum, utiliza-se essencialmente tijolos cerâmicos ou de concreto, que exercem função de dividir os ambientes, não tendo função estrutural, sendo necessário a criação de vigas e pilares composta por vergalhões de ferro amarrado e preenchidos com concreto a base de brita, areia grossa e cimento, como forma de criar uma estrutura de sustentação. As principais vantagens da aplicação deste modelo são: - Os materiais podem ser encontrados em qualquer loja de construção; - Custo relativamente barato; - Grande disponibilidade de mão de obra; - Aceita por todas as modalidades de financiamento imobiliário; Agora como todo tipo sistema construtivo existem algumas desvantagens: - Tempo de construção alto; - Possibilidade de surgimento de patologias como trincas e fissuras, após concluída a edificação; - A edificação pode ficar com paredes tortas ou fora de esquadro; - Grande utilização de madeiramento para pilares, vigas, vergas e lajes; - Alta geração de entulho; Alvenaria estrutural
  • 26. A alvenaria estrutural é uma evolução da aplicação tijolos de cerâmica e concreto, pois toda a parte estrutural como os vigamentos, vergas e pilares, está embutido dentro das cavidades dos tijolos, ajudando na diminuição de custos e tempo. Sua aplicação deve ser acompanhada por um profissional qualificado que tenha experiência no uso deste sistema construtivo, evitado problemas no decorrer da obra. Os tijolos usados neste sistema construtivo, têm propriedades mecânicas de tração e compressão que ajudam na função estrutural da edificação. Os pilares e vigas são passadas pelo interior destes tijolos, em locais pré-determinados pelo engenheiro responsável, ajudando a diminuição significativa de concreto, ferro e madeira. As principais vantagens no emprego deste sistema construtivo são: - Alta velocidade construtiva; - Redução de custos com mão de obra; - Menor gasto com reboco; - Facilidade no assentamento do revestimento cerâmico; - Permite um melhor planejamento da obra; - Criação de projetos modernos e elegantes; - Coordenação e execução simplificada; - Liberdade na concepção do projeto arquitetônico; - tipos de sistemas construtivos para casas estrutural; Algumas desvantagens podem ser descritas:
  • 27. - Dificuldade na superação de grandes vãos; - Não aplicável em balanços estruturais; - Não pode ser alterada a estrutura planejada pelos projetos de engenharia e arquitetura; - Sem improvisação; Tijolo Ecológico A construção da edificação com o tijolo ecológico, possui características específicas que são diferenciadas dos demais tipos de sistemas construtivos, tais como: - Os tijolos são feitos com uma mistura de terra, cimento e areia, que são moldados através de prensas hidráulicas ou manuais; - Pilares, vigas e vergas são embutidos nos vãos dos tijolos; - O assentamento é feito com a utilização de cola PVA ou uma mistura de solo e cimento; O sistema construtivo com tijolo ecológico tem algumas vantagens, tais como: - Acabamento rústico; - Diminuição de tábuas para caixarias em pilares, vigas e vergas; - Grande conforto térmico e acústico; - Redução em média de 25% da alvenaria comum - Canos de elétrica e hidráulica embutidos direto nos vãos dos tijolos; - Não necessita aplicação de chapisco e reboco, graças às superfícies regulares; - Pela sua perfeita regularidade e porosidade pode ser aplicado o azulejo direto na parede; Light steel framing
  • 28. A construção de casas e sobrados com a utilização de perfis aço leve, está sendo difundido gradualmente em nosso país, já que em países desenvolvidos é amplamente usado, influenciado principalmente pela escassez de madeira e a imposição dos governos pela manutenção das florestas, com leis mais rígidas e fiscalização intensa. Contudo é uma tecnologia que possibilita a construção das edificações em um tempo muito inferior as aplicadas em nosso país. O light steel framing é indicada em países com grande quantidade de abalos sísmicos, por ter uma estrutura flexível e sólida, sendo aplicada em diversos locais no mundo, mas visto principalmente em países desenvolvidos. Todavia sabemos que no Brasil a falta de tecnologia, matéria prima e mão de obra especializada acaba emperrando o processo de difusão do light steel framing. As principais vantagens do light steel framing são relativos a durabilidade, tempo de execução e solidez construtiva, como descrito abaixo: - A vida útil da construção é de aproximadamente 300 anos; - Resistência a ventos de até 200 km/h; - Baixo índice de reparabilidade; - Facilidade de manutenção da estrutura; - Baixa produção de resíduos construtivos; - Resistência a abalos sísmicos; - Não apresenta patologias geradas em construções em alvenaria, como trincas, fissuras e mapeamento, desde que realizada conforme as normas técnicas; - Acabamento muito superior ao da alvenaria comum; - Conforto térmico e acústico excepcionais graças ao gesso e a lã de rocha; - Estrutura sólida se calculada por um profissional qualificado; As principais desvantagens da construção com este tipo de sistema construtivo são: - Mão de obra não especializada; - Exige treinamento da mão de obra; - Muitos engenheiros não tiveram contato com a tecnologia; - Dificuldade na aquisição do material; - Dependendo da distância com as fábricas dos perfis de aço, gesso e outros, pode não ser uma alternativa viável economicamente; Paredes de concreto moldadas in loco A construção de casas com paredes de concreto moldadas in loco, proporciona uma redução de tempo gigantesco, já que a utilização de fôrmas para a modelagem das paredes, possibilita que todos os componentes da elétrica, hidráulica, sanitária e as aberturas da edificação, possam ser realizadas antes da concretagem. Os tipos de fôrmas utilizadas neste sistema construtivo podem ser de aço, alumínio e plástico cada uma tem características distintas, a mais aceita por construtoras pelo seu menor custo e benefícios são as fôrmas de plástico.
  • 29. Este tipo de sistema construtivo tem diversas vantagens quando comparadas com outros métodos, tais como: - Utilizando uma equipe de 12 funcionários especializados, consegue-se montar toda a estrutura das formas, componentes, malhas de ferro, aberturas, concretagem e desmolde em apenas 1 dia; - A edificação fica perfeitamente esquadrejada; - Diminuição drástica com mão de obra; - Redução significativa de patologias como trincas e fissuras presentes na alvenaria comum; - Segurança estrutural; - Toda parte de tubulações elétricas e hidráulicas fica escondida na parede; - Redução do desperdício de materiais; - Precisão em orçamentos de materiais para construção; - O conforto térmico e acústico, somente é produzido com a aplicação de concreto auto-adensável; O que impõem dificuldades na aplicação das paredes de concreto moldadas in loco são: - Necessidade de todos os projetos complementares; - Custo inviável para construção de apenas uma edificação; - Alto custo das formas; - A compra ou locação de formas está diretamente ligada ao projeto da edificação, pois somente pode ser aplicado em um determinado empreendimento, não podendo ser alterado seu modelo original para outros tipos de obra; Sistemas construtivos com container
  • 30. A construção com container é considera um sistema construtivo ecologicamente correto, pois é simplesmente o reaproveitamento de containers que perderam sua utilidade no transporte de mercadorias por portos, ferrovias e rodovias. O modelo de construção é visto principalmente em países desenvolvidos em residências, comércio, projetos sociais e hotéis. Atualmente está sendo empregado no Brasil principalmente em ambientes comerciais, pelo seu baixo custo construtivo e rápida entrega. Algumas empresas estão criando residências de baixo e até alto padrão, com custo semelhante ao valor da alvenaria comum, além de ter características muito superiores as encontradas em vários modelos de construção. As principais vantagens na criação de um projeto com este sistema construtivo são: - Construção rápida, já que o container tem sua estrutura praticamente pronta; - Fácil instalação e transporte; - As construções com container tem estruturas mais sólidas e altamente resistentes a ações do tempo; - Possibilidade de criar modelos arquitetônicos modernos e atuais em aço; - Elétrica e hidráulica embutida na estrutura;
  • 31. - Fácil manutenção da edificação; Desvantagens: - A restrição da dimensão dos containers impedi alguns aspectos arquitetônicos; - Dependendo do local onde será executado falta mão de obra especializada; - Aquecimento da estrutura, necessita que os ambientes internos sejam climatizados; - Alto custo com o tratamento de produtos térmicos e acústicos; - Não financiável pela minha casa minha vida; - Aplicação de produtos antiferrugem; - Dependendo da localização existe alto custo do transporte; Estes são alguns tipos de sistemas construtivos mais usados em nosso país, tanto para aplicação em casas, sobrados ou no comércio, mas caberá a você avaliar qual encaixará melhor em sua edificação ou projeto. Fonte:casaseprojetos.com.br Bloco de concreto x bloco cerâmico na alvenaria estrutural Na alvenaria estrutural, também chamada de alvenaria portante, vedação e estrutura funcionam como um só. Os blocos são organizados de forma a serem capazes de suportar todas as cargas da construção.
  • 32. Há possibilidade de uso de blocos cerâmicos e de concreto e essa escolha depende de vários fatores. Preço, propriedade térmicas, acabamento e rapidez são características que os consumidores devem estar atentos na hora de escolher o produto a ser usado na construção. Confira a seguir todas as vantagens e desvantagens de usar o bloco cerâmico e o bloco de concreto com função estrutural: Bloco de concreto Esses blocos são compostos por agentes expansores, água, cal e cimento. A mistura de materiais é preparada e colocada em uma forma e em seguida, passa por um equipamento de vibração e prensagem. A última etapa é o processo de cura, que é feito dentro de câmaras de vapor, a fim de evitar a formação de fissuras. A Associação Brasileira de Cimento Portland divulga uma lista das marcas que possuem o selo de garantia que garante adequação às normas da ABNT. Geralmente as peças desse material vem com tamanho padrão, o que permite que as paredes sejam erguidas com alinhamento mais definido.
  • 33. Devido ao tamanho maior dos blocos, é possível ter agilidade na construção fazendo com que o levantamento das paredes seja mais rápido. Infelizmente, a adição de cimento em sua composição aumenta o impacto ambiental desse produto. Comparado com os outros tipos de tijolos, o bloco de concreto possui a maior resistência entre todos e no caso da alvenaria estrutural podem suportar o peso de toda a construção sem a necessidade de vigas e pilares. Esse tipo de material pode ser revestido internamente com apenas uma demão de argamassa ou gesso e a cerâmica pode ser aplicada diretamente em sua superfície. Dessa forma é possível economizar com revestimento. Como o tijolo de concreto é em média 40% mais pesado que os modelos cerâmicos, o manuseio do produto no canteiro de obra pode ser um pouco complicado. As juntas de dilatação em construções erguidas com blocos de concreto devem ser menores já que o material se movimenta mais que os outros tipos de produto. Bloco cerâmico A cerâmica vermelha desse material são obtidas após a queima da argila em altíssima temperatura, o que garante qualidade às peças. Por serem mais leves, representam maior produtividade no canteiro de obras e por outro lado quebram com mais facilidade. Suas propriedades físicas oferecem excelente conforto acústico e seu coeficiente de condutibilidade térmica é três vezes menor, o que proporciona conforto também térmico. As emissões de CO2 no ciclo de vida do produto, o que torna o seu uso mais sustentável. Outra vantagem muito levado em conta pelos consumidores é o preço, já que o bloco cerâmico é mais barato que o feito de concreto. O bloco cerâmico, porém, é menos aderente à argamassa e exige mais revestimento. Outra desvantagem é que ele é menos regular geometricamente e possui menor resistência mecânica que o de concreto. Fonte:www.hometeka.com.br Transporte do concreto requer cuidados especiais Um caminhão betoneira, de acordo com a ABNT NBR 7212:2012 – Execução de concreto dosado em central – Procedimento -, precisa, independentemente das
  • 34. condições de tráfego e da distância entre a central e o local da obra que contratou o serviço, entregar o material que carrega no tempo máximo de 150 minutos (item 4.5.3, letra b). São 90 minutos para o transporte até a obra (item 4.5.2, letra b) 30 minutos para o inicio da descarga do concreto (item 4.5.3, letra a) e mais 30 minutos aplicar (lançar e adensar) o concreto. É o que diz a norma, que para ser cumprida exige logística apurada e tecnologia embarcada nos veículos que transportam o concreto. Segundo Arcindo Vaquero y Mayor, que coordenou a revisão da ABNT NBR 7212:2012 e atualmente é consultor técnico da ABESC (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem) as concreteiras que atuam em grandes cidades, onde o trânsito é cada vez mais caótico, têm agido em duas frentes para conseguir cumprir a norma. “Uma delas é modificar o concreto com aditivos, para que ele permaneça com a trabalhabilidade adequada e tenha retardado o tempo de início de pega. Outra frente é solicitar permissões específicas aos organismos de trânsito para que os caminhões possam circular com menos restrições”, explica. O consultor da ABESC alerta ainda que os caminhões betoneira precisam ter tecnologia embarcada para preservar a trabalhabilidade do concreto ao longo do percurso. Por isso, a recomendação da própria associação é que um veículo seja usado no máximo por dez anos, sob risco de, mesmo bem conservado, tornar-se obsoleto. “Atualmente, os caminhões dispõem de vários equipamentos voltados para medir o abatimento do concreto (slump) e, em função da força que a bomba hidráulica faz para movimentar a betoneira, é possível realizar a leitura e injetar pequenas quantidades de água ou aditivo para corrigir essa trabalhabilidade”, diz. Além das qualificações do veículo e do cumprimento das normas, os motoristas- operadores de betoneira desempenham função estratégica para que o concreto preserve suas características ao longo do transporte entre a central e o canteiro de obras. “A recomendação da ABESC é que ele entregue o concreto com as características acordadas com o cliente, seguindo as normas da ABNT, em especial a NBR 7212:2012″, ressalta Arcindo Vaquero y Mayor. Significa que o motorista precisa obedecer as orientações estabelecidas pelo laboratório da central, sob risco
  • 35. de reduzir a resistência do concreto e vir a causar problemas estruturais na obra. Caso o cliente solicite que seja acrescentada mais água ou aditivo na betoneira, antes da descarga do concreto, o motorista-operador deve fazer o pedido constar no corpo do documento de entrega. Este deve ter um campo onde o responsável pela obra assina a autorização para modificar a especificidade do material. Neste caso, recomenda-se que, além da NBR 7212:2012, sejam obedecidas também as seguintes normas: ABNT NBR 12654:2000 – Controle tecnológico de materiais componentes do concreto; NBR 12655:2006 - Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento, e NBR 6118:2007 – Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Logística Como o concreto dosado em central é uma carga perecível, o planejamento da concretagem é decisivo para ela seja realizada com sucesso. Por isso, o descarregamento não pode coincidir com a chegada de outras cargas na obra. Da mesma forma, a central de concreto deve estar preparada para atender pedidos de socorro mecânico aos caminhões betoneira para não atrasar a entrega e prejudicar o concreto. Muitas vezes, um simples pneu furado pode causar o descarte total da carga, por ter ultrapassado o tempo limite de aplicação. Vale frisar que os caminhões betoneira, quando carregados, tornam-se muito pesados – 32 toneladas, em média, quando transportam 8 m³ de concreto dosado em central. “Além de todos esses cuidados, existem softwares de gestão de frota e de logística que ajudam significativamente no transporte do concreto“, destaca Arcindo Vaquero y Mayor, orientando que quem quiser maiores informações basta procurar a ABESC. Fonte:www.cimentoitambe.com.br Alvenaria estrutural: saiba como evitar patologias Na história da construção civil brasileira há relatos de que na década de 1960 surgiram os primeiros prédios em alvenaria estrutural. A tecnologia intensificou-se nos anos 1970, recrudesceu, mas a partir de 2009, quando foi lançado o Minha Casa, Minha Vida, praticamente transformou-se no sistema construtivo oficial do programa. Hoje, a alvenaria estrutural que utiliza blocos de concreto é a que predomina nas
  • 36. obras do MCMV. A intensidade de uso do sistema levou a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) a se debruçar, entre 2010 e 2011, na revisão das normas de blocos cerâmicos e blocos de concreto, assim como dos métodos de construção. As medidas focaram no combate às patologias. Segundo as diretoras do CDTEC (Centro de Desenvolvimento Tecnológico S/A) Tayana Bianco Garcez Castellano Cunico e Lidia Krefer, as patologias que mais afetam a alvenaria estrutural são as fissuras, decorrentes dos seguintes problemas: variação de temperatura, principalmente nos pavimentos mais altos; cargas atuantes que excedam a capacidade resistente da estrutura solicitada; rec alques nas fundações e o assentamento inadequado das aberturas, como portas e janelas. “Para que uma obra não venha a sofrer com patologias é sempre importante respeitar o sistema construtivo, ou seja, cada etapa deve ser realizada atendendo as particularidades de cada item”, ressalta Lidia Krefer. A afirmação da tecnóloga é corroborada pelo gerente de desenvolvimento de produtos da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) Cláudio Oliveira Silva. “No último pavimento é preciso um cuidado especial com a movimentação da laje, caso contrário surgirão fissuras entre a laje e o respaldo da parede”, frisa. Ele alerta ainda que a alvenaria estrutural é o sistema construtivo que mais requer
  • 37. cumprimento das normas. “Os projetistas têm um guia normativo para ser cumprido. A partir do momento que o projeto segue as normas, o risco de patologias é muito pequeno”, diz. As especialistas destacam ainda que na concepção dos projetos arquitetônicos em alvenaria estrutural deve-se estar atento a critérios como modulações, tipos de blocos, argamassa e graute. “A mão de obra também deve ser treinada para entender as particularidades do sistema construtivo, bem como ter ferramentas adequadas. A fiscalização eficiente das etapas executadas é outro fator decisivo no sucesso desta tecnologia”, diz Tayana Bianco, sem esquecer que a manutenção também é componente relevante para a alvenaria estrutural. “A conservação preventiva está prevista em norma, assim como são vetadas alterações arquitetônicas sem autorização do projetista da obra”, complementa. Blocos de concreto É preciso observar ainda a conformidade dos blocos de concreto. A não obediência das características físicas em relação à análise dimensional, como largura, altura e comprimento, pode acarretar falhas na modulação, tanto horizontal quanto vertical, assim como na precisão geométrica do conjunto – fundamental para a segurança das paredes que serão elevadas. Já quanto à absorção dos blocos, se a porcentagem recomendada for superior ao especificado as paredes ficam porosas e podem rapidamente absorver umidade e causar infiltrações, manchas e bolor no revestimento interno. “Se essas especificações forem insatisfatórias, tendem a prejudicar a integridade e a segurança de toda a estrutura”, destaca Tayana Bianco. Neste item, mais uma vez Cláudio Oliveira Silva confirma o que diz a engenheira. “Como estamos falando de um sistema que vai receber o carregamento da estrutura, construir com um bloco que não atenda a resistência mecânica especificada no projeto traz um risco muito grande para essa estrutura. Então, eu diria que usar blocos em conformidade, aliada a uma mão de obra bem treinada, assim como o cumprimento das normas, permite que uma edificação em alvenaria estrutural gere uma economia de até 30% em relação à alvenaria convencional, em se tratando de um edifício de até quatro pavimentos”, compara. Outro elemento importante para o sucesso da alvenaria estrutural é a argamassa de assentamento. Ela possui as funções básicas de solidarizar os blocos de concreto, transmitir e uniformizar as tensões entre as unidades de alvenaria, absorver as deformações naturais a que a alvenaria estiver sujeita e selar as juntas contra a penetração da água da chuva. “Por isso, devem ser aplicadas as espessuras de juntas horizontais e verticais dentro dos limites das superfícies estabelecidas e tolerâncias de norma, pois é através deste material que podem ser detectados os primeiros sinais de falhas de todo o conjunto da estrutura”, lembra Lidia Krefer, citando as normas que regulamentam a alvenaria estrutural: - ABNT NBR 15961- Alvenaria Estrutural – Blocos de concreto – Parte 1: Projeto. - ABNT NBR 15961- Alvenaria Estrutural – Blocos de concreto – Parte 2: Execução e controle de obras.
  • 38. - ABNT NBR 6136 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos. - ABNT NBR 12118 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Métodos de ensaio. - ABNT NBR 15812 – Alvenaria Estrutural – Blocos Cerâmicos – Parte 1: Projeto. - ABNT NBR 15812 – Alvenaria Estrutural – Blocos Cerâmicos – Parte 2: Execução e Controle de obras. - ABNT NBR 5738 e 5739 – Moldagem e ensaio de resistência à compressão do graute. Fonte:www.cimentoitambe.com.br Alvenaria estrutural com blocos de concreto: Como projetar a modulação? Antes de mais nada, uma dica para os iniciantes: procure obter o máximo possível de conhecimentos sobre o sistema construtivo. É necessário entender os como os blocos vazados de concreto se comportam e interagem. “Modular” a alvenaria é projetar utilizando-se de uma “unidade modular”, que é
  • 39. definida pelas medidas dos blocos, comprimento e espessura. Essas medidas podem ou não ser múltiplas umas das outras. Quando as medidas não são múltiplas, a modulação é “quebrada” e para compensá-la precisamos lançar mão de elementos especiais pré-fabricados ou fabricados em canteiro, como as “bolachas”, ou utilizar métodos mais artesanais, como cortar blocos para que se ajustem às cotas necessárias. Tanto as “bolachas” como os blocos cortados são chamados de elementos compensadores da modulação. Para iniciar a modulação em planta baixa é necessário definir alguns parâmetros. O mais importante deles é definir a família de blocos a ser utilizada no empreendimento em questão e a largura dos blocos. Esta escolha definirá em qual “unidade modular” faremos o lançamento em planta baixa. Definir a unidade modular é o ponto da partida. Mais usualmente, utilizamos duas famílias de blocos: a família 29 e a família 39. A família 29 é composta de três elementos básicos: o bloco B29 (14x19x29 cm), o bloco B14 (14x19x19cm) e o bloco B44 (44x19x14c m). Utilizar a família 29 é projetar usando unidade modular de 15 e múltiplos de 15, onde 15 é a medida do bloco de 14cm, mais 1cm de espessura das juntas. No caso da família 29, os blocos têm sempre 14cm de largura, o que evita o uso dos elementos compensadores, salvo para ajuste de vãos de esquadrias. A família 39 é composta de três elementos básicos: o bloco B39 (39x19cm) e largura variável; o bloco B19 (19x19cm) e largura variável; e o bloco B54 (54x19cm) e largura variável. Utilizar a família 39 significa projetar usando a unidade modular 20 e múltiplos de 20, onde 20 é a medida do bloco de 19cm, mais 1 cm de espessura das juntas. No caso da família 39, os blocos podem ter largura de 14cm e 19cm. Os blocos com largura de 14cm exigem elementos compensadores, já que seu comprimento não é múltiplo da largura. Os elementos compensadores são necessários não só para ajuste de vãos de esquadrias, mas também para compensação da modulação em planta baixa. Quando utilizamos os blocos com largura de 14cm, precisamos lançar mão de um bloco especial, que é o bloco B34 (34x19x14c m) para ajuste da unidade modular nos encontros em “L” e em “T” para conseguirmos amarração perfeita entre as alvenarias. Iniciando a modulação Projetar alvenarias moduladas com blocos vazados de concreto lembra a mont agem de um jogo de peças de encaixes, como o “Lego”. Modular é amarrar um elemento ao outro com juntas alternadas e amarrar as alvenarias, encaixando os elementos de uma e de outra em fiadas alternadas. Complicado? Não. Basta saber interagir os elementos construtivos. Daí a necessidade de adquirir o máximo de conhecimento sobre o sistema construtivo, como já mencionado.
  • 40. Outra dica para o profissional iniciante: antes de projetar a modulação, procure visitar uma obra onde se esteja executando alvenarias de blocos vazados de concreto. Procure observar como a alvenaria é marcada e como os elementos são assentados. Para “bem projetar” é necessário conhecer o que estamos projetando. Comece a lançar o projeto pelos encontros em “L” e “T”, utilizando ou não os blocos especiais que se façam necessários. Em seguida, feche os vãos das alvenarias. Preocupe-se em utilizar ao máximo o bloco B29 quando o módulo é 29, e o bloco B39, quando modular com família 39. Lance os vãos das esquadrias e os shafts e avalie as c ompensações necessárias. O “fechamento” definitivo da modulação em planta baixa, no entanto, só ocorre após a execução das elevações das alvenarias, quando se dá realmente o processo de compatibilização com as instalações. Somente quando inserimos os vãos das janelas, e principalmente os shafts que abrigam as instalações hidrossanitárias, é que concluímos a posição definitiva dos blocos em planta baixa. Dica: nunca envie para a obra a planta baixa das alvenarias moduladas antes da revisão final das elevações. O primeiro lançamento da modulação pode mudar significativamente após a compatibilização. Para finalizar a modulação, precisamos definir a utilização de alguns elementos especiais pertinentes a todas as famílias, que são os blocos-canaletas, também denominados BUs, os blocos tipo “J”, os BJs, e os blocos compensadores, chamados BCPs. Os blocos canaletas são utilizados para execução de vergas e contravergas dos vãos das esquadrias, para apoio das lajes ou término das alvenarias sem laje. Os blocos tipo BJs, utilizados nas paredes externas, dispensam a necessidade de fôrma na periferia das lajes moldadas “in loco” e pré-moldadas. Seu emprego na alvenaria aparente é fundamental. Os blocos compensadores, utilizados normalmente nas paredes internas, têm altura igual à altura da aba menor dos BJs. Como exemplo, se temos uma laje de 12cm de espessura, as abas dos BCPs e a aba menor do BJ terá altura de 7cm. Finalmente, é importante ter mente que o projeto é a ordem de serviço para a execução da alvenaria, ou melhor, para a montagem da alvenaria. Daí a importância de elaborarmos um conjunto de detalhes compatibilizados também com a técnica construtiva. Última dica: procure sempre avaliar as soluções adotadas e minimize a variabilidade de componentes. Normalmente, as soluções simples de um projeto estão associadas à facilidade na hora de executar a obra Fonte:www.brasibloco.com.br
  • 41. Alvenaria estrutural: vantagens, desvantagens e cuidados. Na alvenaria estrutural, as paredes são as estruturas da obra, por isso elas nunca devem ser removidas. Vantagens da alvenaria estrutural - Diminuição no tempo da construção; - Economia no custo da obra; - Menor gasto com revestimento; - Flexibilidade e versatilidade da construção; - Liberdade no layout; - Resultados esteticamente modernos; - Fácil coordenação e controle; - Técnica executiva simplificada; - Menor diversidade de materiais e mão de obra; - Eliminação de interferências; - Facilidade de integração com outros subsistemas;
  • 42. Desvantagens da alvenaria estrutural - Restrições de possibilidades de mudanças não planejadas; - Dificuldade de imporvisações; - Limitação de grandes vãos e balanços; A alvenaria estrutural, exige maior esforço quanto a - Elaboração e estudo do projeto; - Cuidado com materiais; - Treinamento e supervisão da mão de obra; - Organização e planejamento na obra; Cuidados na alvenaria estrutural - Os andaimes devem ter dimensões adequadas ao tamnhos dos cômodos a fim de facilitar a movimentação dos operários; - As instalações hidráulicas devem ficar acessíveis e nunca chumbadas dentro das paredes; - Na obra, em caso de chuva, as paredes que acabaram de ser assentadas (levantadas) devem ser protegidas com lonas plásticas; - Jamais faça reformas ou reparos sem antes estudar o projeto do local. Fonte:construfacilrj.com.br Alvenaria estrutural, conheça seus segredos Nada de vigas nem pilares. O nome desse método já diz tudo: são as paredes que sustentam a casa. Com isso, a economia é certa. E a boa notícia é que, usando aço e concreto em alguns pontos, a imaginação não tem limites. A principal vantagem de dispensar pilares e vigas na hora de construir é a economia. "A alvenaria estrutural pode representar uma redução de até 30% no custo final de uma obra em relação ao sistema convencional", diz o arquiteto João Luiz Rieth. Como não ocorre quebra de blocos, desperdiça-se pouco material. "No convencional, as paredes são erguidas e depois rasgadas para que as tubulações fiquem embutidas. Nesse método, canos e fios passam por dentro dos blocos ao mesmo tempo que a parede sobe", explica o arquiteto paulista Maurício Tuckshneider.
  • 43. Também se reduz o volume de fôrmas de madeira, usadas para moldar vigas e pilares. O canteiro fica mais limpo e organizado, com menor risco de acidente. Além disso, como a casa será mais leve, você ainda economiza nas fundações. Interessado? Veja abaixo as perguntas mais freqüentes sobre esse método construtivo. Que profissional procurar para construir com alvenaria estrutural? O primeiro passo é contratar um arquiteto e mostrar seu interesse em usar esse tipo de estrutura. Ele fará o projeto, mas depois vocês terão que trabalhar com uma equipe de profissionais. Um deles é o calculista, que adapta as medidas da construção às dimensões dos blocos utilizados. Entram em ação também os engenheiros de hidráulica e elétrica, que devem deixar tudo pronto e integrado. Os pedreiros que executarão a obra precisam estar familiarizados com a alvenaria estrutural, que não permite paredes sem prumo, blocos quebrados ou retrabalho. A contratação de tantos especialistas exige um investimento inicial alto, mas que se paga depois, no decorrer da obra. Os blocos devem ser especiais? Sim. As paredes precisam ser erguidas com blocos estruturais de cerâmica, silicocalcário ou concreto. As empresas que fabricam tais produtos oferecem várias medidas, pois os blocos não podem ser quebrados. Há também modelos especiais para acolher a tubulação. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) já normatizou esses materiais e você deve requisitar ao fabricante documentos que
  • 44. comprovem os ensaios de resistência já realizados. A Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer) e a Associação de Cimento Portland (ABCP) podem informar sobre testes e processos de fabricação. Nunca empregue blocos de vedação comuns - eles não suportam o peso da casa. Escolha ainda uma argamassa com qualidade. Existem normas também para a argamassa, que deve ter boa aderência e resistência à compressão de 5MPa, no mínimo. Essa informação está normalmente na embalagem. Quais os problemas mais comuns? Se o projeto for mal concebido, alguns pontos da parede próximos às portas e janelas podem rachar. Para evitar isso, o arquiteto deve conversar com o calculista e descobrir o melhor lugar para posicionar as aberturas, além de fazer as chamadas amarrações com vergas e contravergas - usando barras de aço e concreto - nos devidos pontos. Tijolos de barro e solo-cimento. Pode? Muitos profissionais empregam o tijolo de barro maciço na alvenaria estrutural, embora ele seja mais recomendado para alvenaria de fechamento - ou seja, parede que não sustenta a construção. "Ele aguenta perfeitamente os esforços", afirma o arquiteto gaúcho Ronaldo Bastos Duarte, da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec). Há quem o escolha e deixe a tubulação aparente ou faça paredes duplas para comportar canos e fios. O bloco de solo-cimento, fabricado com argila, areia e cimento prensados, cumpre melhor o papel de vedação. Quando vale a pena usar: Em terreno plano. É mais trabalhoso conseguir o prumo das paredes em lotes com declive acentuado. Casa com até dois pisos. Construções mais altas requerem reforços que podem aumentar o custo da obra. Em condomínio horizontal com várias casas iguais. "Nesse caso, a economia pode ultrapassar os 30% estimados normalmente", diz o engenheiro gaúcho Ronaldo Bastos Duarte, da Cientec. Como o mais trabalhoso e caro na alvenaria estrutural é a elaboração do projeto, se ele já estiver pronto basta repeti-lo, sem custo nenhum. Se a opção for deixar os blocos aparentes,é indicada porque, nesse caso, não haverá pilares de concreto interferindo no visual. Quando não vale (tanto) a pena: Há pretensão de alterar a casa. A não ser que as mudanças já tenham sido previstas no projeto inicial, até a abertura de uma simples porta exige a interferência de profissionais que calculem a viabilidade da reforma. No caso de querer portas e janelas muito amplas. Se a abertura for grande, a estrutura precisará de muito reforço, o que aumenta seu custo.
  • 45. Fonte:www.casa.com.br Alvenaria estrutural. O que é? A alvenaria estrutural é um processo construtivo que pode ser empregado tanto em casas como em edifícios de múltiplos pavimentos. Há dois tipos de alvenaria estrutural: não armada e armada. A primeira emprega como estrutura-suporte paredes de alvenaria sem armação. Os reforços metálicos são colocados apenas em cintas, vergas, contravergas, na amarração entre paredes e nas juntas horizontais com a finalidade de evitar fissuras localizadas. Já a alvenaria estrutural armada caracteriza-se por ter os vazados verticais dos blocos preenchidos com graute (microconcreto de grande fluidez) envolvendo barras e fios de aço. A foto abaixo mostra uma típica construção de um prédio, com estrutura reticular em concreto armado. Alvenaria executada no andar inferior, blocos de vedação já colocados no andar imediatamente acima, penúltima laje ainda escorada, preparação de formas da laje superior, tubulação elétrica parcialmente colocada. Estas são etapas sucessivas, a serem complementadas, após a alvenaria de vedação integralizada, pelas instalações sanitárias, de telefonia e outras, em geral exigindo “rasgamento” das alvenarias, seguindo-se as etapas de revestimento, esquadrias e pintura. Ou seja, cada etapa tem uma inexorável dependência temporal de outra, determinando o prazo final da construção.
  • 46. O avanço da tecnologia do aço e mais recentemente do concreto, associado ao desenvolvimento dos softwares de cálculo, tem resultado em estruturas cada vez mais esbeltas e, por conseqüência, mais deformáveis. O reflexo disto está na grande quantidade de paredes fissuradas, motivo de grandes preocupações, atualmente, uma vez que muitos continuam usando os mesmos blocos de vedação de antes (a própria norma cerâmica não exige blocos com mais de 1MPa para vedação); e deformações de vigas de L/350 ou mesmo L/500, como sugere a revisão da NBR 6118, podem ser demasiadas para este tipo de alvenaria, sem falar nos esforços de compressão na biela comprimida, face às deformações laterais dos pórticos. Não somente por isso, mas também por isso, muitas construtoras passaram a adotar uma alvenaria de vedação racionalizada, com emprego de blocos modulares de concreto ou cerâmicos, com vazados na vertical, e só por esta razão mais resistentes, pelos quais passam as tubulações, evitando os “rasgos, muitas vezes indiscriminados e geradores de entulho (junto com as fôrmas vencidas). Isto exige, no entanto, um conhecimento prévio do calculista, para que o mesmo possa “modular” as distâncias entre os elementos estruturais. Considerado este avanço na nossa tradicional construção, pensemos, talvez quase num raciocínio lógico, na possibilidade de utilizarmos blocos modulares de maior resistência e retirarmos toda a estrutura reticulada de concreto armado! Pois bem, é isto, em poucas palavras, a ALVENARIA ESTRUTURAL. As fotos abaixo mostram prédio (em execução e acabado) da Sispar Empreendimentos, São Paulo, onde vigas de transição e pilares também são em alvenaria estrutural.
  • 47. Este sistema construtivo, permite a simultaneidade de etapas; pode dispensar integralmente as fôrmas; utiliza menos aço; permite acabamentos de menor espessura, face à precisão dimensional dos blocos utilizados; gera menos entulho; necessita de mão de obra menos diversificada; oferece mais segurança ao operário, que trabalha sempre por dentro da construção, entre outras vantagens. Como resultado, quando seguidos os preceitos básicos do sistema, tem-se uma construção que consome menos tempo e bem mais econômica. É mais uma interessante alternativa, tanto para obras de caráter social quanto para aquelas destinadas a classes mais abastadas, como pode-se verificar na foto abaixo (projeto do arquiteto Nivaldo Callegari de Jundiaí):
  • 48. Vantagens: Na Alvenaria Estrutural elimina-se a estrutura convencional, o que conduz a importante simplificação do processo construtivo, reduzindo etapas e mão-de-obra, com conseqüente redução do tempo de execução. Quando de blocos, é possível a aplicação da técnic a de coordenação modular, que implica em estabelecer todas as dimensões da obra como múltiplo da unidade básica. Dessa forma são evitados cortes, desperdícios e improvisações. Os projetos complementares podem ser desenvolvidos na forma de 'Kits', montados e testados no canteiro de obras antes de sua instalação. Blocos e elementos especiais podem ser definidos e previamente preparados para posterior utilização. Enfim, é possível desenvolver um sistema racionalizado que resulta na melhoria da qualidade do produto final e em significativa economia. Fontes: www.arq.ufsc.br www.abcp.org.br
  • 49. Sistema construtivo: Universidade Federal da Paraíba desenvolve proposta modular à base de blocos de gesso Integrada ao Programa de Tecnologia de Habitação (Programa Habitare), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) busca maior aproveitamento dessa matéria-prima em habitações de interesse social O Brasil possui as maiores reservas de gesso do mundo - mas usa muito pouco essa matéria-prima. No país são empregados cerca de 15 kg/hab/ano de gesso, enquanto nos Estados Unidos, maior produtor mundial, são mais de 100 kg/hab/ano. Na Europa são consumidos cerca de 80 kg/hab/ano. Integrada ao Programa de Tecnologia de Habitação (Programa Habitare), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) busca maior aproveitamento dessa matéria-prima em habitações de interesse social. O projeto é direcionado ao desenvolvimento de um sistema construtivo modular à base de blocos de gesso. "Trata-se de um sistema racionalizado que busca reduzir o desperdício de materiais, racionalizar a mão-de-obra, os tempos de execução e, conseqüentemente, os custos finais da construção", explica o professor Normando Perazzo Barbosa, coordenador do trabalho que faz parte da rede de pesquisa ´Desenvolvimento e difusão de tecnologias construtivas para a habitação de interesse social/Coordenação Modular`. Blocos de encaixe O sistema proposto é composto por três tipos de blocos de encaixe, sendo um de canto. A peça principal possui características de um painel, com 90 centímetros de altura. As dimensões dos blocos e do sistema, bem como do projeto, são múltiplos inteiros de 10 centímetros - unidade básica da coordenação modular no Brasil. Além de tomar esse cuidado, o grupo trabalha também com a preocupação de desenvolver os componentes de forma simplificada, principalmente nos detalhes de moldagem, para permitir a fabricação artesanal. O processo é o mesmo empregado para produção de blocos convencionais de gesso, com um misturador, mesas e
  • 50. réguas. A sistemática também permite que com apenas três fiadas assentadas seja alcançada a altura piso-teto equivalente a 2,90 metros, o que torna possível prolongar o beiral para abrigar as paredes da chuva. Proteger os blocos da água é um dos desafios enfrentados pelo projeto, já que o gesso tem características de solubilidade. "Estudos estão sendo feitos no sentido de intervir na matriz de gesso para aumentar sua resistência em relação à água", explica o professor Normando. Em outros países, resinas são usadas para manter a integridade do bloco de gesso em relação à água. Na UFPB, nas próximas etapas do estudo a construção de um protótipo vai permitir a aplicação dos blocos e a percepção de novas frentes de pesquisa para aprimoramento do material. Saiba Mais Os blocos propostos Possuem uma superfície texturizada e outra lisa. A face com a textura é obtida com linhas horizontais eqüidistantes 10 cm (a medida estipulada pela norma de coordenação modular no Brasil) e uma linha vertical central. Esta face é a que deve ser voltada para o exterior da edificação. As linhas possuem a função de guia para auxiliar e orientar o corte do bloco sem que haja desperdício de material, quando houver a necessidade de originar sub-blocos. Esta estratégia permite que a improvisação da obra seja tratada como um mecanismo de construção. Preocupação estética A superfície texturizada também possui fins decorativos. O desenho geométrico sugere uma impressão de tijolos aparentes, atribuindo valor estético ao material e à moradia. A técnica texturizada dá boa aparência aos blocos e busca vencer preconceitos relacionados à habitação de interesse social, como a baixa ou nenhuma preocupação estética. As vantagens do gesso É um material de maior eficiência energética. Enquanto a fabricação de cimento requer temperaturas da ordem de 1.450 °C, e a cal e os blocos cerâmicos requerem 900 ºC a 1000 ºC, a fabricação do gesso necessita de temperaturas de apenas 150 ºC a 170 ºC. Além disso, enquanto a fabricação do cimento e da cal
  • 51. lançam CO2 na atmosfera, a de gesso emite vapor d´água. Por esse motivo, o gesso é um aglomerante que, comparado com outros materiais como cal e cimento Portland, pode ser considerado muito menos agressivo ao ambiente. Mais informações: Professor Normando Perazzo Barbosa / UFPB Fone: (83) 3244- 4506 e-mail: nperazzob@yahoo.com.br Fontes: Assessoria de imprensa do programa Habitare - www.habitare.org.br www.metalica.com.b Alvenaria com tijolos comuns Em nosso artigo anterior sobre Alvenaria Estrutural citamos que você provavelmente já conhecia este sistema, talvez até já tenha morado em uma residência feita com Alvenaria Estrutural. Com efeito, antigamente era comum construir sobrados residenciais com tijolos maciços de barro. Esta técnica é bem antiga e serviu de base para todos os tipos de alvenaria, inclusive a Estrutural. Vale a pena conhecê-la. Por definição, alvenaria é toda obra constituída de elementos como pedras naturais, tijolos ou blocos de concreto, ligados ou não por argamassa. Em nosso artigo anterior mostramos os vários tipos de elementos que podem ser usados nas alvenarias. Quando se fala em alvenaria geralmente se pensa em paredes, mas a alvenaria também é usada em blocos de fundação, muros de arrimo e colunas, sem falar de obras estruturais como arcos e abóbadas, como se utilizava na antiguidade, ou seja, antes do concreto armado. Muitas igrejas foram construídas com alvenaria estrutural em arco estrutural e/ou arco botante e estão lá, firmes e fortes, há séculos.
  • 52. Isto porque a parede de alvenaria satisfaz plenamente as condições de resistência e durabilidade por si só, desde que utilizados de forma que as cargas sobre ela sejam só de compressão, sem flexão ou cizalhamento. No artigo anterior vimos os diferentes tipos de tijolos para alvenaria, agora vejamos a alvenaria básica, aquela feita com tijolos comum. Fabricação do tijolo comum A matéria prima do tijolo comum é a argila misturada com um pouco de terra arenosa. Depois de selecionada e misturada a argila é misturada com água até formar uma pasta, que é moldada em formas apropriadas que vão dar o formato ao tijolo. As formas são retiradas com a massa ainda mole, os tijolos c rus são deixados a secar no sol formando o que se chama de adobe. Uma vez atingida a dureza inicial e retirado o excesso de umidade, os tijolos são cozidos em fornos com temperatura entre 900 a 1.100ºC. As peças que ficarem mais próximas do fogo ficarão mais escuros e terão resistência física maior. A cor do tijolo varia com o tipo da argila, porém a mais encontrada é aquela que fica entre o vermelho e o amarelo. Como saber se o tijolo é bom? Testes mais específicos, para selecionar material em obras de responsabilidade maior, precisam ser feitos em laboratório. Mas com um pouco de experiência e algumas dicas básicas será possível fazermos um bom exame preliminar: • O tijolo bem cozido produz um som peculiar quando batido com a colher de pedreiro. Através da sonoridade pode-se distinguir o grau de cozimento, quando mais metálico e firme for o som melhor será o tijolo. • Outro teste para saber se o tijolo é bom é quebrá-lo e verificar seu interior. Se o meio ainda estiver meio barrento ou com cor mais escura é sinal de que o tijolo está mal cozido. • A superfície do bom tijolo é porosa e áspera, suas arestas são vivas e duras. Quando quebrado apresenta saliências e reentrâncias.
  • 53. • A absorção da água deve estar por volta de 7% do peso do tijolo, que deveria variar entre 2 a 3 kg, mas infelizmente hoje se encontra tijolos até mesmo de 1 kg... Formato e dimensões O tijolo comum pode ter vários formatos, atendendo a várias finalidades como paredes curvas, cantos arredondados e efeitos decorativos. Além do tradicional em formato de paralelepípedo existem os redondos e os fracionados: meio-tijolo no sentido horizontal e meio-tijolo no formato vertical. Existem também com largura de e 1/4 de tijolo, usados no revestimento de fachadas. Algumas olarias fornecem peças com meio-corte, para facilitar a separação das metades na obra, mas nada impede que se corte com uma serra elétrica ou até mesmo com a colher de pedreiro. Já também os em formato de tramela e em curva (vide ilustração ao lado) As medidas dos tijolos seguem a chamada “Regra de Frisch” que determina que o comprimento (C) deve ser igual a duas vezes a largura (L) mais a espessura da junta (J), e também que a largura (L) seja duas vezes a altura (H) mais a espessura da junta, ou seja, C = 2L + J e também L = 2H + I Estas proporções foram pensadas para possibilitar diferentes formas de assentamento, conforme veremos a seguir. Considerando-se a junta de 1 cm conseguimos as seguintes medidas (em cm): MEDIDAS DE TIJOLOS COMUNS SEGUNDO A REGRA DE FRISCH JUNTA DE 1 CM C (cm) L (cm) H (cm)
  • 54. 23 11 5 20 9,5 4,25 11 8 3,5 Entretanto, atualmente é quase ficção imaginar que um pedreiro vai ter a paciência de trabalhar com junta de 1 cm. O mais realista seríamos falar em junta de 1,5 cm, assim teríamos as seguinte medidas: MEDIDAS DE TIJOLOS COMUNS SEGUNDO A REGRA DE FRISCH JUNTA DE 1,5 CM C (cm) L (cm) H (cm) 23 10,75 4,63 21 9,75 4,13 17 7,75 3,13 Devemos alertar que estas medidas são teóricas. Na prática o que se encontra no mercado é bem diferente, por isto é conveniente saber a regra de Frisch para poder fazer o cálculo da junta em função do material adquirido. A espessura da junta influi também na quantidade de tijolos por m², conforme vemos a seguir: Quantidade de tijolos por m² Em função do tamanho dos tijolos e da espessura da junta podemos calcular quantas unidades de tijolos precisamos para preencher um metro quadrado de alvenari, e, a partir daí, chegar ao consumo de material. O cálculo é bem simples, basta ver quantos tijolos precisamos na horizontal, quantos na vertical e multiplicar um pelo outro, ou seja, N = TH x TV Onde: N = Número de tijolos por m² TH = Quantidade de tijolos na horizontal, por metro linear TV = Quantidade de tijolos na vertical, por metro linear A variável TH é igual a: TH = 100 / (C + J)
  • 55. Enquanto que: TV = 100 / (H + J) Exemplo: supondo-se uma parede de ½ tijolo de 23 x 11 x 5 e junta de 1 cm, temos: N = 100 / (23 + 1) x 100 / (5 + 1) = 4,2 x 16,7 = 70 Portanto, para esta parede precisamos de 70 tijolos por m². Outro exemplo: parede de 1/2 tijolo feita com tijolos de 21 x 9,8 x 4,1 e junta de 1,5 cm. Neste caso ficaria assim: N = 100 / (21 + 1,5) x 100 / (4,1 + 1,5) = 79 Nos exemplos acima, fizemos o cálculo para paredes de ½ tijolo. Se a parede for de 1 tijolo de espessura, basta multiplicar o resultado por 2. Tipos de parede com tijolo comum As paredes feitas com tijolo comum se diferenciam pela espessura e, consequentemente, pela maneira com que os tijolos são assentados. Assim, temos as espessuras de ½ tijolo, 1 tijolo, 1 ½ tijolo e até de 2 tijolos ou mais. Aqui em São Paulo temos vários prédios construídos em alvenaria estrutura de mais de 2 tijolos como, por exemplo, os prédios antigos da Universidade Mackenzie e as construções da antiga Rede Ferroviária, uma das quais virou um requintado auditório. Para cada largura de parede é feito um tipo de amarração dos tijolos. A intenção é desencontrar as juntas e com isto conseguir maior resistência ao cizalhamento, além de melhorar o comportamento geral da alvenaria quando recebe as cargas, ou seja, a parede fica mais resistente com as juntas devidamente amarradas. Veja a seguir as amarrações feitas nos diversos tipos de alvenaria com tijolo comum: Alvenaria de ½ tijolo É a mais usada para as paredes internas, pois recomenda-se que as paredes externas ou que recebem mais carga sejam feitas com espessura de 1 tijolo (vide a seguir). As alvernarias de ½ tijolo devem ser feitas com as juntas desencontradas fiadas a fiadas, inclusive nas junções de parede. Vide o desenho a seguir:
  • 56. No desenho acima vemos a junção de duas paredes de ½ tijolo, onde a primeira fiada é assentada normalmente enquanto que a segunda fiada é desencontrada da primeira exatamente a metade do comprimento do tijolo. A terceira fiada será igual à primeira, a quarta igual à segunda e assim por diante. Quando ocorrer o cruzamento de duas paredes o procedimento será o mesmo, conforme mostrado na figura abaixo: Quando ocorrer a a junção entre parede de ½ tijolo e outra de 1 tijolo as fiadas ficam desencontradas da mesma forma, conseguindo a amarração necessária, vide figura abaixo: Seguindo estes mesmos princípios para desencontrar as juntas, é só usar a criatividade e conseguiremos solucionar os mais diversos tipos de encontros. Vejamos então como fica no caso de paredes de 1 tijolo: Alvenaria de 1 tijolo A idéia é a mesma, ou seja, deslocar as fiadas ½ tijolo de uma para outra, só que aqui o deslocamento acontece juntamente com um travamento no mesmo sentido
  • 57. da colocação dos tijolos, conforme ilustra a figura a seguir: Repare no desenho acima que há duas alternativas de travamento. O primeiro caso é usado quando o tijolo vai ficar à vista, pois quem olha a parede de um lado não sabe se ela é de 1 ou de 1/2 tijolo pois a amarração é igual. Entretanto, em paredes de mais responsabilidade o certo é usar a alternativa 2, pois causa uma distribuição mais uniforme das cargas. Atualmente não se costuma usar outras espessuras de alvenaria de tijolo maciço, mas é possível fazer também de 1½ tijolo e até de 2 tijolos ou mais. Os cuidados são os mesmo, as juntas devem ser desencontradas o tanto quanto possível. Execução de pilares Além de servirem para paredes de vedação ou estruturais, os tijolos maciços se prestam muito bem à execução de pilares, meramente decorativos ou mesmo com função estrutual sendo comuns em varandas, por exemplo, pelo seu efeito estético. A figura abaixo mostra algumas possibilidades de pilares executados com tijolos maciços:
  • 58. Analisando a figura acima, vemos ser possível fazer pilares simples -- dois tijolos lado a lado e aproximadamente 24 x 24 cm de largura -- até pilares de dois tijolos - - aproximadamente 48 x 48 cm -- passando pelo pilar de 1 ½ tijolo e cerca de 37 x 37 cm. Note que nos pilares feitos com mais de 1 tijolo fica um espaço central, que pode ser deixado vazio ou pode ser preenchido com cacos de tijolos ou até mesmo com concreto armado, para aumentar a resistência do pilar, tanto à compressão quanto à flexão, fator muito importante quando o pilar vai ser usado para fixar uma viga de telhado. A dilatação térmica da estrutura pode causar esforços de flexão no pilar e o consequente rompimento da alvenaria. Formato das juntas A forma e o acabamento das juntas nas alvenarias, principalmente as que ficarão aparentes, pode influir na qualidade e na durabilidade. A figura abaixo mostra os tipos de junta mais comuns. As juntas côncavas, planas e em “V” são recomendáveis, enquanto que não se recomenda as juntas rebaixadas pois diminuem a área de contato com o tijolo e aumentam a fragilidade do canto do tijolo, que pode se romper mesmo com um pequeno choque, além de facilitar a infiltração de umidade, retenção de poeira e formação de limo. Além das juntas acima, também se pode fazer nos formatos abaixo:
  • 59. As chanfradas e as aprofundadas são recomendáveis, enquanto que as corridas e com chanfro invertido devem ser evitadas. Conclusão Há muito o que dizer sobre as alvenarias com tijolos comuns, vimos aqui apenas uma pequena introdução. O tijolo comum é muito versátil, mas vem sendo condenado pois sua execução precisa dos fornos a lenha, que devastam as florestas e poluem o ar, assim os preocupados com as construções sustentáveis e ecologia recomendam o uso dos tijolos laminados pois consomem menos energia na sua execução. Poderíamos também citar o uso dos tijolos de solo-cimento, que podem ser feitas nos mesmos formatos e usados nas mesmas finalidades que o tijolo comum, infelizmente a sociedade ainda não descobriu as vantagens do tijolo de solo-cimento. Os conceitos básicos que vimos aqui neste pequeno artigo em relação ao assentamento servem também para alvenarias feitas com outros elementos como blocos de concreto, tijolos laminados e outros. O que é alvenaria estrutural? Você provavelmente já sabe o que é Alvenaria Estrutural, mas talvez ainda não tinha percebido isto. É o mais antigo sistema construtivo usado pela humanidade. Nos tempos bíblicos, o pessoal da Babilônia já construía com tijolos de barro seco ao sol, os antigos egípcios usavam alvenaria de pedra, e na Idade Média foram construídas pontes e catedrais que estão de pé até hoje – e provavelmente ainda estarão por lá durante muitos séculos. Mais recentemente, na era da industrialização na Construção Civil, a Alvenaria
  • 60. Estrutural está em uso já há mais de um século. Aqui mesmo, no Brasil, existem edifícios com mais de 30 anos cuja estrutura foi executada usando blocos de concreto. Em termos de edifícios públicos, temos os prédios antigos da Universidade Mackenzie, feitos com tijolos de barro e construídos há cerca de 100 anos. Mas o que diferencia uma alvenaria comum de uma estrutural? A função básica de uma alvenaria comum é a vedação (ou fechamento), enquanto que a Alvenaria Estrutural substitui dois principais sistemas de uma construção: a estrutura de concreto armado e os fechamentos de alvenaria. Portanto, na Alvenaria Estrutural as paredes da edificação são também a estrutura que suporta todas as cargas: além do peso próprio, também das lajes, coberturas e carga, além de fatores externos como o vento. Um exemplo bem comum de Alvenaria Estrutural são os “sobradinhos” de dois pavimentos construídos aos milhões por aqui, onde as lajes de piso e de forro apoiam-se diretamente sobre a alvenaria ou sobre uma pequena cinta de concreto armado, enquanto que as paredes se encarregam de transportar as cargas para o solo, através dos baldrames apoiados em sapatas corridas ou pequenas estacas (“brocas”). Este tipo simples de construção evoluiu bastante, atualmente é possível construir edifícios de vários pavimentos com o mesmo princípio de funcionamento estrutural. Vantagens As vantagens mais imediatas da Alvenaria Estrutural são a redução de custo e o menor prazo de execução. Estes fatores são muito bem-vindos num mercado imobiliário que está cada vez mais competitivo. Atualmente o preço de venda de um imóvel não é mais determinado por seus custos, mas sim pela capacidade financeira dos compradores, portanto a construção precisa ser o mais econômica possível. Já vai longe o tempo em que o preço final de venda de um imóvel era calculado
  • 61. colocando-se uma porcentagem sobre o custo da obra. Agora, é preciso encontrar uma solução técnico-econômica que nos permita, uma vez definido o preço de venda, ter lucro para cada empreendimento em particular. É neste contexto que aparecem as vantagens da alvenaria estrutural, por ser a maneira mais simples, rápida e barata de se construir. É claro que não pode ser usada para todo e qualquer tipo de edifício, mas tem se mostrada c ompetitiva até para edifícios de vários andares, conforme vemos a seguir: Onde deve ser usada A evolução experimentada pelo sistema, em especial no cálculo estrutural, na técnica construtiva e nas transições, a alvenaria estrutural hoje pode ser utilizada numa ampla gama de obras como, por exemplo: Imóveis residenciais – A Alvenaria Estrutural pode ser usada tanto para fazer casas isoladas como para conjuntos habitacionais de sobrados e para prédios de 3 a 20 pavimentos, com ou sem subsolos. Imóveis comerciais – Prédios de escritórios pequenos e médios, consultórios, escolas, hospitais de até 20 andares, sem falar dos salões comerciais e industriais de pequeno e médio porte, e de prédios públicos como igrejas e auditórios. A limitação fica por conta de prédios com poucas paredes (muitas fachadas de vidro ou com divisórias internas móveis). Também deve ser evitada em edifícios onde as paredes não são planejadas, para permitir liberdade de modificações nas divisões internas. Porque construir com alvenaria estrutural? A alvenaria estrutural com blocos de concreto apresenta vantagens muito superiores aos outros tipos de alvenarias, tais como confiabilidade, qualidade garantida por normas, ensaios e pelo Selo da Qualidade, custos competitivos e benefícios à sociedade.
  • 62. O emprego de alvenaria estrutural como suporte de edifícios não se constitui em uma inovação tecnológica recente. Na realidade, até o início deste século a alvenaria era o mais utilizado, seguro, durável, e o único aceito na estruturação de edificações de grande porte. Em São Paulo, o exemplo mais destacado desta utilização é o Teatro Municipal, inaugurado em 1911 e totalmente estruturado em paredes de alvenaria resistente. O extraordinário crescimento do mercado imobiliário nos últimos anos tem levado ao aumento na demanda por sistemas construtivos que aliem economia e qualidade técnica, sempre de olho na equação final clientes satisfeitos e aumento das margens de lucro apertadas. Afinal, empreendimentos como os desenvolvidos para o programa Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo federal se propõe a construir 1 milhão de moradias num prazo relativamente curto, o que exigem controle preciso de todos os componentes da construção. Esse sistema construtivo, que utiliza a alvenaria estrutural com blocos de concreto oferece solução eficaz, testada em empreendimentos públicos e privados há mais de três décadas e que, ao longo desse tempo, evoluiu extraordinaria mente. Hoje, grandes construtoras recorrem ao sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto para imprimir métodos produtivos industrializados, diminuir cronograma, garantir custos e qualidade. O desenvolvimento técnico do sistema inclui completa normalização dos materiais (blocos), produzidos com garantia de resistência e uniformidade, por exemplo, e dos serviços envolvidos (projeto, construção da estrutura, execução de instalações e acabamento). A somatória desses elementos montou o alicerce para o enorme salto técnico-econômico no sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto. Estudos realizados por especialistas em construção, comprovam que a alvenaria estrutural com blocos de concreto permite reduzir o custo das obras em até 30% (em torres de até quatro pavimentos) e 15% (em torres com 20 pavimentos), com
  • 63. ganhos ambientais, por praticamente não gerar rejeitos de canteiro e quase não utilizar fôrmas e escoras de madeira. A construção civil brasileira tem hoje fornecedores de blocos de concreto qualificados, analisados por instrumentos como o Selo de Qualidade, fornecido sob critérios rigorosos de inspeção pela Associação Brasileira de Cimento Portland. Assim, a alvenaria estrutural com blocos de concreto é a melhor alternativa – para construtores e incorporadores, para seus clientes, que compram qualidade a custos menores, e para a sociedade, pelo seu potencial de emprego e geração de renda. Entenda a diferença entre construção convencional e alvenaria estrutural 2 D E J U N H O D E 2 0 1 4
  • 64. Construção convencional vs. alvenaria estrutural: qual método é mais barato? Que materiais utilizar? Quais as vantagens de cada um? Para responder a essas dúvidas, a Hometeka preparou um guia completo com custos por m2 e uma tabela comparativa entre os sistemas construtivos.
  • 65. Construção convencional A principal característica da construção convencional é sua função primária de vedação (ou fechamento), separando ambientes e fachadas. O emprego de vigas e pilares moldados por formas de madeira também é grande, sendo este o método construtivo mais utilizado pelos brasileiros. Para estruturar um projeto desse tipo, é preciso contar com materiais como o concreto armado, que ficou popular durante o período modernista da arquitetura nacional. Juntas, estrutura e vedação dão diversas possibilidades estéticas a um projeto e deixam as reformas mais flexíveis, embora possam conter vícios construtivos de fora de prumo, nível e esquadro, além de ficarem mais suscetíveis a “gambiarras” e improvisos.
  • 66. A maioria das construções convencionais também gera bastante entulho devido à quebra de blocos do sistema: as paredes são normalmente erguidas e depois rasgadas para receberem a tubulação – inclusive, esta é sua principal desvantagem econômica e ambiental, calculada em cerca de 20 a 30% de prejuízo em mão de obra e materiais. Alvenaria estrutural Por outro lado, a alvenaria estrutural, também chamada de alvenaria/parede portante, exige planejamento e profissionais qualificados. Isso acontece porque esse método de construção tem função estrutural em um projeto, e é indispensável para a sua estabilidade.
  • 67. Funciona como 2 em 1, juntando as funções de estrutura e vedação em um só sistema racionalizado, que utiliza medidas padrões de elementos construtivos, como blocos concretos e cerâmicos, acrescidos de elementos compensadores para uma melhor modulação. Tudo é previamente organizado para que as peças se encaixem de forma alternada, instalando de forma simultânea todos os sistemas elétricos e hidrossanitários. Quando devidamente planejada, a alvenaria estrutural deve ser capaz de suportar todas as cargas; a de seu próprio peso, lajes, coberturas. Além disso, é resistente a intempéries externas, como chuvas e ventos. O método diminui os custos, otimiza o tempo e é frequentemente encontrado em pequenos sobrados. Considerado um dos métodos construtivos mais antigos do mundo, a alvenaria estrutural vem evoluindo e é capaz de sustentar projetos residenciais de 3 a 20 pavimentos, ambientes comerciais e prédios públicos. As limitações se aplicam a prédios com muitas fachadas em vidro, portas e janelas muito amplas ou divisórias internas móveis, já que o fator de carregar estrutura + vedação torna a alvenaria estrutural difícil de ser modificada, restringindo a liberdade de reformas e alterações no projeto. Qualquer mudança deve ser prevista ainda na fase de projeto e bem coordenada na execução, principalmente as amarras com vergas e contravergas, que podem ser feitas com aço e concreto e podem causar rachaduras se não forem feitas nos pontos corretos.
  • 68. Construção convencional Na questão da mão de obra, exige-se mais dos profissionais dedicados à alvenaria estrutural. O projeto ser deve feito por um arquiteto, acompanhado por um calculista e executado por pedreiros muito familiarizados com alvenaria estrutural, que não permite retrabalho. O custo dos materiais também depende da execução. De primeiro momento, um bloco de alvenaria estrutural custa mais do que um tijolo cerâmico de vedação (convencional). No entanto, a necessidade de quebrar blocos na construção convencional exige mais material, que pode tender a prejuízo quando comparada com a estrutural. Veja também: Acessibilidade: conheça os condomínios projetados para idosos no Brasil