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DICAS PARA ENSINAR FENOMENOLOGIA
(Feinmann, 02/11/2013)
Quando usando a razão nos referimos à razão, transformamos o sujeito num objeto.
Logo, será possível à razão inquirir sobre a própria razão?
É possível ao pensamento pensar o pensamento?
É possível ao sujeito se tornar objeto, objetar-se a si mesmo?
Ora, se é possível ao sujeito objetar-se, o sujeito não é sujeito é objeto, pois teriam a mesma
essência.
Então, o que é a consciência senão consciência de algo.
Ora, se consciência, só o é se for consciência de algo, ela não é ela é o algo.
Logo, a consciência é nada, como afirmou Sartre.
Em suma, só o objeto, que sob este aspecto, é fenômeno é o ser,
Que entra em contato conosco, sem um meio,
Logo, todo saber é intuição, intuição do fenômeno.

Heidegger: o ser que se pergunta sobre o ser é o “ser aí” (dasein), o homem.
O ser é aquilo que ilumina o ser.
“O homem é o ser ao qual lhe preocupa seu ser”. Infinitas possibilidades, dentre elas, a de
morrer
Influência do expressionismo.
Estou perseguindo um táxi, esqueço todo o resto, se penso que estou perseguindo um táxi,
perco o táxi.
Husserl (1859-1938) grande mestre de Heidegger, criador da escola fenomenológica. Antes,
partia-se do sujeito, parte-se da relação sujeito-mundo. A consciência não reside em si mesma,
é intencionalidade (Husserl).
Existencialismo, o homem não é realidade é possibilidade.
Martelo, prego, quadro não há relação, não há sentido.
Dasein, martelo põe prego na parede para pendurar o quadro, dá um sentido no mundo.
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