O documento discute as desigualdades raciais no Brasil e as políticas de ações afirmativas nas universidades. Primeiro, revisita o debate sobre as relações raciais brasileiras e a existência do racismo no país. Segundo, analisa como a ideia de raça foi construída no Brasil com base em teorias raciais do século XIX que defendiam a superioridade branca. Terceiro, mostra como essas ideias levaram à imagem do "Brasil sem problemas raciais" mas estudos revelaram profundas desigualdades entre brancos e
tema atualidades. Debate sobre a desigualdade social no Brasil e a questão do negro. Existe raça ? Leis anti-desigualdade social são problemas ou soluções ?
O documento discute conceitos relacionados à desigualdade racial como raça, racismo, etnia e discriminação racial. Apresenta dados sobre a desigualdade no Brasil e políticas de redução das desigualdades como as ações afirmativas. Também aborda o mito da democracia racial e o racismo científico.
O documento discute o racismo estrutural no Brasil, explicando que: (1) A escravidão beneficiou economicamente os brancos às custas dos negros, que tiveram restrições de acesso; (2) Leis pós-abolição dificultaram o acesso de negros à terra e educação; (3) O mito da democracia racial oculta a hierarquia racial e paralisa a luta antirracista.
O documento discute o racismo, definindo-o como a crença na superioridade de determinadas raças. Apresenta suas consequências, como a exclusão e humilhação, e o que leva ao racismo, como diferenças físicas e culturais. Também aborda o racismo no emprego e na escola, além de heróis que lutaram contra ele, como Martin Luther King e Nelson Mandela.
O documento discute a desigualdade racial no Brasil, abordando temas como escravidão, racismo, movimento negro e democracia racial. Apresenta como a escravidão criou o conceito de raça e como isso impactou a sociedade brasileira por séculos, resultando em grande desigualdade racial mesmo após a abolição. Questiona a ideia de democracia racial e destaca a importância do movimento negro em conquistar direitos e enfrentar o racismo estrutural.
O documento discute raça, etnicidade e relações raciais no Brasil. Apresenta teorias como a teoria ecológica de Robert Park e estudos sobre raça e classe na Bahia. Também aborda marcação étnica na União Soviética, dilemas raciais e colonialismo interno. Por fim, discute vantagens da etnicidade e estruturas verticais na sociedade brasileira.
O documento discute o racismo no Brasil, afirmando que é uma instituição presente na cultura e atitudes brasileiras. A tentativa de omitir o racismo através do mito da democracia racial é mais uma forma de racismo, excluindo a diferença racial e a cultura negra. Apesar da miscigenação, preconceitos e desigualdades raciais permanecem enraizados na sociedade brasileira.
O documento discute diferentes formas de racismo, incluindo: 1) racismo científico que afirma a superioridade de raças brancas; 2) racismo institucional que mantém negros em situação de inferioridade através de mecanismos não percebidos; 3) novo racismo que legitima a discriminação baseada em diferenças culturais em vez de atributos biológicos.
tema atualidades. Debate sobre a desigualdade social no Brasil e a questão do negro. Existe raça ? Leis anti-desigualdade social são problemas ou soluções ?
O documento discute conceitos relacionados à desigualdade racial como raça, racismo, etnia e discriminação racial. Apresenta dados sobre a desigualdade no Brasil e políticas de redução das desigualdades como as ações afirmativas. Também aborda o mito da democracia racial e o racismo científico.
O documento discute o racismo estrutural no Brasil, explicando que: (1) A escravidão beneficiou economicamente os brancos às custas dos negros, que tiveram restrições de acesso; (2) Leis pós-abolição dificultaram o acesso de negros à terra e educação; (3) O mito da democracia racial oculta a hierarquia racial e paralisa a luta antirracista.
O documento discute o racismo, definindo-o como a crença na superioridade de determinadas raças. Apresenta suas consequências, como a exclusão e humilhação, e o que leva ao racismo, como diferenças físicas e culturais. Também aborda o racismo no emprego e na escola, além de heróis que lutaram contra ele, como Martin Luther King e Nelson Mandela.
O documento discute a desigualdade racial no Brasil, abordando temas como escravidão, racismo, movimento negro e democracia racial. Apresenta como a escravidão criou o conceito de raça e como isso impactou a sociedade brasileira por séculos, resultando em grande desigualdade racial mesmo após a abolição. Questiona a ideia de democracia racial e destaca a importância do movimento negro em conquistar direitos e enfrentar o racismo estrutural.
O documento discute raça, etnicidade e relações raciais no Brasil. Apresenta teorias como a teoria ecológica de Robert Park e estudos sobre raça e classe na Bahia. Também aborda marcação étnica na União Soviética, dilemas raciais e colonialismo interno. Por fim, discute vantagens da etnicidade e estruturas verticais na sociedade brasileira.
O documento discute o racismo no Brasil, afirmando que é uma instituição presente na cultura e atitudes brasileiras. A tentativa de omitir o racismo através do mito da democracia racial é mais uma forma de racismo, excluindo a diferença racial e a cultura negra. Apesar da miscigenação, preconceitos e desigualdades raciais permanecem enraizados na sociedade brasileira.
O documento discute diferentes formas de racismo, incluindo: 1) racismo científico que afirma a superioridade de raças brancas; 2) racismo institucional que mantém negros em situação de inferioridade através de mecanismos não percebidos; 3) novo racismo que legitima a discriminação baseada em diferenças culturais em vez de atributos biológicos.
O documento discute os conceitos de raça, etnia e etnicidade. Explica que raça é um conceito que sofreu alterações ao longo da história e atualmente não é usado na ciência para classificar humanos. Etnia refere-se a grupos com afinidades culturais e linguísticas. Etnicidade é uma identidade construída socialmente em resposta a relações de inclusão e exclusão. O Brasil reconheceu o racismo oficialmente apenas em 2001, apesar de sua população negra sofrer exclusão histórica.
Apresentação do tema mídia e racismo na disciplina Recursos Tecnológicos no Ensino de Português. Universidade Federal do Pará. Faculdade de Letras. Turma de 2010.
Este documento discute conceitos antropológicos de identidade étnica e cultural. Apresenta as diferenças entre povo e etnia, nacionalidade e etnia. Explora como a identidade étnica emerge de relações sociais e é uma identidade "contrastiva". Discute como ideologias e representações coletivas influenciam a identidade étnica.
Este documento discute o racismo, suas consequências e causas. Apresenta Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela como heróis que lutaram contra o racismo de forma não violenta. Defende que todas as pessoas são iguais e devem ser tratadas com respeito.
Mito da democracia racial e teoria do branquiamentoAna Antoniello
O documento discute a teoria da democracia racial no Brasil e como a escola e a mídia propagam estereótipos racistas. Apresenta como termos como "negro" são usados de forma indelicada e como a etiqueta racial varia de acordo com o tempo e o lugar no Brasil.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, e devem agir com fraternidade uns para com os outros. Racismo envolve a exclusão de pessoas por raça, sexo ou religião, justificando dominação e genocídios. Xenofobia é o medo ou aversão a estrangeiros e outras culturas, podendo levar a atitudes que impedem imigração ou defendem o extermínio de outros grupos.
Apresentação feita por Suzana Varjão (baseada nos conteúdos preparados por Lucia Xavier) na oficina Midia, Infância e Desigualdade Racial organizada pela ANDI e UNICEF em Belem no dia 17 de maio de 2011
Na sequência da leitura de UMA QUESTÃO DE COR (Ana Saldanha) e de Primavera da Europa 2009, um grupo de alunos reflectiu sobre como lutar contra o racismo criando esta apresentação.
Raça e etnicidade para aula de sociologiaJoão Cardoso
Slide contendo conteúdo sociológico sobre estudo de etnias.
Contém definições de raça para época passada, os embates teóricos.
Contém também a formação do que foi a construção da identidade brasileira
O documento discute a evolução do conceito de raça no Brasil. Inicialmente, raça era usada para explicar diferenças culturais entre povos, mas depois passou a significar um ideal de homogeneidade nacional através da mestiçagem e embranquecimento. Mais recentemente, o termo voltou a ser usado por movimentos negros como estratégia política para reivindicar inclusão e igualdade, em vez de exclusão.
O documento discute a desigualdade racial no Brasil, definindo termos como preconceito, discriminação e racismo. Aponta que pesquisas mostram um "racismo camuflado" no país, onde negros são marginalizados. A Constituição proíbe distinção de raças, mas gráficos demonstram que pretos e pardos têm menor expectativa de vida e maior taxa de mortalidade infantil.
O documento discute o racismo no Brasil, abordando suas raízes históricas e como ele ainda está presente na sociedade brasileira de maneiras veladas. O texto propõe que o racismo esteve na base da escravidão e da colonização e ainda influencia a desigualdade, a violência policial e os estereótipos.
O documento discute como o conceito de raça foi usado historicamente para desqualificar culturas e povos, impondo relações de poder e dominação. A ciência do século XIX disseminava ideias sobre supostas hierarquias raciais que influenciaram intelectuais brasileiros. Posteriormente, manifestações culturais negras como a capoeira foram criminalizadas e a população negra marginalizada nas cidades. Ainda há quem associe raça a características e comportamentos, ignorando influências sociohistóricas.
O documento discute o movimento negro no Brasil, sua luta contra o racismo e pela igualdade racial. Apresenta a história do movimento, leis contra o preconceito racial, e debate a ideia da "democracia racial" versus dados que mostram desigualdades raciais.
O documento discute o racismo na sociedade brasileira, argumentando que todos os seres humanos são iguais independente de raça, cor, classe social ou orientação sexual. A pessoa negra muitas vezes sofre discriminação em diversos ambientes apenas por sua etnia. A sociedade precisa parar de julgar as pessoas pela aparência e começar a valorizar a personalidade e humanidade de cada um. Racismo causa sofrimento e até morte, mas felizmente existem pessoas que lutam por uma sociedade justa e igualitária.
O documento discute a importância dos direitos humanos na luta contra a discriminação racial. Apresenta argumentos contra a discriminação racial, como o conceito de "raça" baseado na cor da pele não existir e ser imoral discriminar alguém pela aparência física. Defende que devemos banir a discriminação racial e incutir valores de não discriminação desde criança.
O documento discute a diversidade cultural no Brasil e os desafios da falta de harmonia entre as diferenças. A internet tem se tornado um canal para disseminação do ódio e intolerância contra minorias. Uma pesquisa monitorou comentários negativos e intolerantes nas redes sociais. O racismo é definido como a crença na superioridade de uma raça sobre as outras.
O documento discute as relações raciais no Brasil ao longo da história, desde a escravidão até os dias atuais. Apresenta o contexto histórico do trabalho escravo e como este sistema se tornou incompatível com a economia capitalista emergente no século XIX. A abolição da escravatura em 1888 não resultou na igualdade racial, e os negros continuaram enfrentando discriminação e estereótipos negativos.
O documento discute a ideia de raça, seu desenvolvimento histórico e conceitual. Apresenta como a ideia de raça surgiu na Europa no século 19 para justificar a superioridade de certos grupos, e como foi exportada para racializar outros povos. Também define termos como etnia, estereótipo, preconceito e discriminação racial, e discute como o racismo se manifesta de forma ambígua no Brasil.
Orientação técnica temas transversais set.2012Erica Frau
O documento fornece orientações sobre temas transversais como educação das relações étnico-raciais e educação ambiental. Apresenta conceitos básicos sobre racismo, preconceito e estereótipos para analisar frases que podem conter preconceitos. Discute a democracia racial brasileira e a necessidade de se ensinar a história e cultura afro-brasileiras nas escolas.
Gt4 as diferenças culturais e a educação na (re) construção da identidade ét...Andrea Cortelazzi
1) Negros e indígenas têm dificuldades em acessar a universidade e o mercado de trabalho qualificado devido a desigualdades, o que também dificulta a construção de sua identidade étnico-racial.
2) A ideologia da mestiçagem esconde o racismo na sociedade brasileira, fazendo com que negros e indígenas se sintam culpados por sua própria opressão.
3) É necessário reconstruir conceitos de raça e etnia que levem a uma identidade étnico-
O documento discute a ideia de raça, seu desenvolvimento histórico e conceitos relacionados como etnia, estereótipo e preconceito. A ideia de raça surgiu na Europa no século 19 para justificar a desigualdade entre grupos, e foi usada para racializar outros povos. Embora a raça biológica seja um construto, o racismo continua causando discriminação baseada em características fenotípicas.
O documento discute os conceitos de raça, etnia e etnicidade. Explica que raça é um conceito que sofreu alterações ao longo da história e atualmente não é usado na ciência para classificar humanos. Etnia refere-se a grupos com afinidades culturais e linguísticas. Etnicidade é uma identidade construída socialmente em resposta a relações de inclusão e exclusão. O Brasil reconheceu o racismo oficialmente apenas em 2001, apesar de sua população negra sofrer exclusão histórica.
Apresentação do tema mídia e racismo na disciplina Recursos Tecnológicos no Ensino de Português. Universidade Federal do Pará. Faculdade de Letras. Turma de 2010.
Este documento discute conceitos antropológicos de identidade étnica e cultural. Apresenta as diferenças entre povo e etnia, nacionalidade e etnia. Explora como a identidade étnica emerge de relações sociais e é uma identidade "contrastiva". Discute como ideologias e representações coletivas influenciam a identidade étnica.
Este documento discute o racismo, suas consequências e causas. Apresenta Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela como heróis que lutaram contra o racismo de forma não violenta. Defende que todas as pessoas são iguais e devem ser tratadas com respeito.
Mito da democracia racial e teoria do branquiamentoAna Antoniello
O documento discute a teoria da democracia racial no Brasil e como a escola e a mídia propagam estereótipos racistas. Apresenta como termos como "negro" são usados de forma indelicada e como a etiqueta racial varia de acordo com o tempo e o lugar no Brasil.
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, e devem agir com fraternidade uns para com os outros. Racismo envolve a exclusão de pessoas por raça, sexo ou religião, justificando dominação e genocídios. Xenofobia é o medo ou aversão a estrangeiros e outras culturas, podendo levar a atitudes que impedem imigração ou defendem o extermínio de outros grupos.
Apresentação feita por Suzana Varjão (baseada nos conteúdos preparados por Lucia Xavier) na oficina Midia, Infância e Desigualdade Racial organizada pela ANDI e UNICEF em Belem no dia 17 de maio de 2011
Na sequência da leitura de UMA QUESTÃO DE COR (Ana Saldanha) e de Primavera da Europa 2009, um grupo de alunos reflectiu sobre como lutar contra o racismo criando esta apresentação.
Raça e etnicidade para aula de sociologiaJoão Cardoso
Slide contendo conteúdo sociológico sobre estudo de etnias.
Contém definições de raça para época passada, os embates teóricos.
Contém também a formação do que foi a construção da identidade brasileira
O documento discute a evolução do conceito de raça no Brasil. Inicialmente, raça era usada para explicar diferenças culturais entre povos, mas depois passou a significar um ideal de homogeneidade nacional através da mestiçagem e embranquecimento. Mais recentemente, o termo voltou a ser usado por movimentos negros como estratégia política para reivindicar inclusão e igualdade, em vez de exclusão.
O documento discute a desigualdade racial no Brasil, definindo termos como preconceito, discriminação e racismo. Aponta que pesquisas mostram um "racismo camuflado" no país, onde negros são marginalizados. A Constituição proíbe distinção de raças, mas gráficos demonstram que pretos e pardos têm menor expectativa de vida e maior taxa de mortalidade infantil.
O documento discute o racismo no Brasil, abordando suas raízes históricas e como ele ainda está presente na sociedade brasileira de maneiras veladas. O texto propõe que o racismo esteve na base da escravidão e da colonização e ainda influencia a desigualdade, a violência policial e os estereótipos.
O documento discute como o conceito de raça foi usado historicamente para desqualificar culturas e povos, impondo relações de poder e dominação. A ciência do século XIX disseminava ideias sobre supostas hierarquias raciais que influenciaram intelectuais brasileiros. Posteriormente, manifestações culturais negras como a capoeira foram criminalizadas e a população negra marginalizada nas cidades. Ainda há quem associe raça a características e comportamentos, ignorando influências sociohistóricas.
O documento discute o movimento negro no Brasil, sua luta contra o racismo e pela igualdade racial. Apresenta a história do movimento, leis contra o preconceito racial, e debate a ideia da "democracia racial" versus dados que mostram desigualdades raciais.
O documento discute o racismo na sociedade brasileira, argumentando que todos os seres humanos são iguais independente de raça, cor, classe social ou orientação sexual. A pessoa negra muitas vezes sofre discriminação em diversos ambientes apenas por sua etnia. A sociedade precisa parar de julgar as pessoas pela aparência e começar a valorizar a personalidade e humanidade de cada um. Racismo causa sofrimento e até morte, mas felizmente existem pessoas que lutam por uma sociedade justa e igualitária.
O documento discute a importância dos direitos humanos na luta contra a discriminação racial. Apresenta argumentos contra a discriminação racial, como o conceito de "raça" baseado na cor da pele não existir e ser imoral discriminar alguém pela aparência física. Defende que devemos banir a discriminação racial e incutir valores de não discriminação desde criança.
O documento discute a diversidade cultural no Brasil e os desafios da falta de harmonia entre as diferenças. A internet tem se tornado um canal para disseminação do ódio e intolerância contra minorias. Uma pesquisa monitorou comentários negativos e intolerantes nas redes sociais. O racismo é definido como a crença na superioridade de uma raça sobre as outras.
O documento discute as relações raciais no Brasil ao longo da história, desde a escravidão até os dias atuais. Apresenta o contexto histórico do trabalho escravo e como este sistema se tornou incompatível com a economia capitalista emergente no século XIX. A abolição da escravatura em 1888 não resultou na igualdade racial, e os negros continuaram enfrentando discriminação e estereótipos negativos.
O documento discute a ideia de raça, seu desenvolvimento histórico e conceitual. Apresenta como a ideia de raça surgiu na Europa no século 19 para justificar a superioridade de certos grupos, e como foi exportada para racializar outros povos. Também define termos como etnia, estereótipo, preconceito e discriminação racial, e discute como o racismo se manifesta de forma ambígua no Brasil.
Orientação técnica temas transversais set.2012Erica Frau
O documento fornece orientações sobre temas transversais como educação das relações étnico-raciais e educação ambiental. Apresenta conceitos básicos sobre racismo, preconceito e estereótipos para analisar frases que podem conter preconceitos. Discute a democracia racial brasileira e a necessidade de se ensinar a história e cultura afro-brasileiras nas escolas.
Gt4 as diferenças culturais e a educação na (re) construção da identidade ét...Andrea Cortelazzi
1) Negros e indígenas têm dificuldades em acessar a universidade e o mercado de trabalho qualificado devido a desigualdades, o que também dificulta a construção de sua identidade étnico-racial.
2) A ideologia da mestiçagem esconde o racismo na sociedade brasileira, fazendo com que negros e indígenas se sintam culpados por sua própria opressão.
3) É necessário reconstruir conceitos de raça e etnia que levem a uma identidade étnico-
O documento discute a ideia de raça, seu desenvolvimento histórico e conceitos relacionados como etnia, estereótipo e preconceito. A ideia de raça surgiu na Europa no século 19 para justificar a desigualdade entre grupos, e foi usada para racializar outros povos. Embora a raça biológica seja um construto, o racismo continua causando discriminação baseada em características fenotípicas.
Afrobrasileiros e a construção da democracia na década de 1920Carlos Sant'Anna
Este documento discute a participação de afro-brasileiros na construção da ideia de democracia racial nos anos 1920. A peça teatral "Tudo Preto" promovia a visão do Brasil como uma terra de mestiçagem e harmonia racial, destacando a importância da cultura afro-brasileira na identidade nacional. A peça sugeria que afro-brasileiros viam a ideia de democracia racial como uma política para combater a discriminação racial de forma pacífica.
O documento discute a questão da raça e etnia no Brasil, abordando: 1) a desigualdade racial existente na sociedade brasileira; 2) a necessidade de educação sobre relações étnico-raciais para promover a igualdade; 3) o racismo científico e as ideias eugenistas que influenciaram políticas no Brasil no passado.
Este documento resume um livro de Virgínia Leone Bicudo sobre atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo. O livro analisa depoimentos de negros e mulatos das classes populares e médias, mostrando que ascensão social não elimina marcas raciais. Mulatos das classes mais altas buscam "branqueamento" para aceitação social. O documento discute como os estudos pioneiros de Bicudo e Oracy Nogueira anteciparam as críticas à ideia de "democracia racial" no Brasil.
Este documento discute o racismo e anti-racismo no Brasil. O autor argumenta que os brasileiros imaginam viver em uma sociedade livre de discriminação racial, porém esta visão está ligada a uma perspectiva social europeia e norte-americana já ultrapassada. Ele busca demonstrar que a linguagem de classe e cor no Brasil sempre foi usada de forma racializada, "naturalizando" desigualdades que poderiam comprometer a imagem do país como uma democracia racial.
O documento discute o racismo, definido como um sistema de opressão baseado na ideia de raças humanas distintas. Explora as origens do racismo, ligadas à colonização e escravidão, e como ele se manifesta de forma individual, institucional e estrutural. Também aborda como o racismo foi criminalizado no Brasil em 1986.
1) O documento discute o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira no Brasil e a importância do uso de imagens em sala de aula.
2) Ele aborda conceitos como discriminação, preconceito e racismo no contexto brasileiro e como esses conceitos foram historicamente construídos.
3) O autor defende que o uso adequado de imagens como filmes, fotos e pinturas pode ajudar os alunos a compreenderem melhor a história e cultura afro-brasileira.
Ações afirmativas e o debate sobre o racismo no brasilGeraa Ufms
1) O documento discute as ações afirmativas e o debate sobre racismo no Brasil.
2) Há divergências entre aqueles que veem as ações afirmativas como forma de superar a discriminação racial historicamente e aqueles que temem que possam instigar conflitos raciais.
3) Duas tradições teóricas divergem no debate: a sociológica, focada em desigualdades raciais, e a antropológica, preocupada com identidades e diferenças humanas.
O documento discute o movimento negro no Brasil, suas reivindicações por direitos iguais e contra o racismo, e questiona a ideia de uma democracia racial no país. Apresenta dados que mostram desigualdades raciais em áreas como renda e educação.
Este artigo discute o papel do movimento negro brasileiro em ressignificar e politizar o conceito de raça. A raça é entendida como uma construção social que estrutura as sociedades latino-americanas, especialmente a brasileira. O movimento negro ressignifica a raça de forma emancipatória e revela como ela opera nas relações de poder. Suas ações políticas, principalmente em prol da educação, têm contribuído para mudanças no Estado e na sociedade sobre as questões étnico-raciais.
1. A questão dos direitos humanos no Brasil é marcada pela concepção de que alguns humanos são mais ou menos humanos do outros, levando à naturalização da desigualdade de direitos.
2. Duas matrizes teóricas disputam na sociedade brasileira: o mito da democracia racial, que oculta desigualdades, e a ênfase na luta de classes, que obscurece o papel da raça na estrutura social.
3. Estudos recentes mostram que o Brasil é um país apartado racialmente, com grandes disparidades
NEGRITUDE AFRO-BRASILEIRA: PERSPECTIVAS E DIFICULDADESJosi Rodrigues
Este documento discute a negritude afro-brasileira, suas perspectivas e dificuldades. A negritude surgiu como uma reação racial negra à agressão racial branca e se transformou em um movimento anti-racista e de libertação dos negros. No entanto, existem problemas e contradições, como a visão de que é um movimento elitista. A identidade afro-brasileira é complexa e envolve fatores históricos, culturais e políticos.
O documento discute o movimento negro no Brasil, sua luta contra o preconceito racial e pela igualdade de direitos. Apresenta a história do movimento, leis contra o racismo, e questiona a ideia de uma democracia racial no país.
O documento discute o movimento negro no Brasil, sua luta contra o preconceito racial e pela igualdade de direitos. Apresenta a história do movimento e leis sobre o racismo, além de questionar a ideia de democracia racial no país.
O texto resume um estudo de Lilia K. M. Schwarcz sobre a questão racial e etnicidade no Brasil nos últimos 20 anos do século XX. O estudo analisa como os debates sobre raça evoluíram desde a independência do Brasil, passando pela ideia da democracia racial até os estudos que mostraram desigualdades raciais. O texto também discute como a identidade racial é construída socialmente e não é fixa.
Conceito de Raça Aplicado ao Contexto Brasileiro Ontem e HojeKatia Monteiro
1) O documento discute o conceito de raça aplicado ao contexto brasileiro segundo autores como Boas, Lévi-Strauss, Schwarcz, José Jorge de Carvalho e Peter Fry.
2) Boas e Lévi-Strauss rejeitam a noção de raça como biológica e defendem o relativismo cultural, enquanto Schwarcz descreve duas visões de raça no Brasil do século XIX.
3) José Jorge de Carvalho defende cotas raciais e Peter Fry prioriza a conceituação cultural e escola pública
Preconceito Racial_ Modos, Temas e Tempos - Antonio Sérgio A. Guimarães.pdfVIEIRA RESENDE
Este capítulo discute como as classificações de cor se desenvolveram e se transformaram em categorias de raça a partir do século XIX. A palavra "negro" originalmente se referia à cor de pele escura, mas passou a ser associada a significados negativos na cultura ocidental. Diferentes povos tinham simbolismos diversos para as cores. Estudos científicos sobre cor e classificação racial no Brasil também são abordados.
O documento discute o Movimento Negro no Brasil, sua luta contra o preconceito racial e pela igualdade de direitos. Apresenta a história do movimento, leis contra o racismo, a teoria da "democracia racial" e desigualdades raciais no acesso a oportunidades e renda.
O documento discute a desigualdade racial no Brasil, desde a chegada dos negros como escravos até os dias atuais. Apresenta estatísticas sobre a população negra ao longo dos séculos, o processo de abolição da escravatura e as tentativas de "branqueamento" da população. Apesar de avanços, ainda há grandes desigualdades raciais, principalmente na educação e renda. Programas de cotas raciais nas universidades visam corrigir essa discriminação histórica.
Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundoprimeiraopcao
O documento apresenta uma breve revisão dos conceitos e história da educação a distância no Brasil e no mundo. Resume alguns conceitos elaborados por autores sobre educação a distância e destaca marcos históricos importantes para a consolidação desta modalidade educacional no Brasil e em outros países, como a Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.
Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula ...primeiraopcao
O documento discute a importância da disciplina na educação e propõe uma abordagem "consciente e interativa". A disciplina é necessária para organizar o trabalho coletivo em sala de aula, mas deve ser construída de forma democrática com respeito e participação, não de forma autoritária. O ideal é que professores, alunos e a sociedade como um todo trabalhem juntos para transformar a realidade em direção a uma disciplina que promova a aprendizagem significativa e a formação cidadã.
Indisciplina escolar: diferentes olhares teóricosprimeiraopcao
Este documento discute diferentes perspectivas teóricas sobre indisciplina escolar. Aborda a origem do termo e apresenta visões tradicionalista e construtivista. A visão tradicionalista vê a disciplina como controle e ordem, enquanto a visão construtivista defende que a disciplina pode promover autonomia e responsabilidade quando os alunos participam do estabelecimento de regras.
Os motivos da indisciplina na escola: a perspectiva dos alunosprimeiraopcao
Este artigo explora os motivos da indisciplina escolar segundo a perspectiva dos alunos. Analisa como a indisciplina é construída no contexto escolar e como os alunos resistem à cultura escolar, levando a atos de indisciplina. A pesquisa envolveu contato com alunos do ensino fundamental que revelaram suas próprias concepções sobre indisciplina e como certas práticas pedagógicas dos professores podem ser inconsistentes.
Os desafios da indisciplina em sala de aula e na escolaprimeiraopcao
1) O documento discute os desafios da indisciplina em sala de aula e na escola no Brasil, apontando diversos fatores que contribuem para o problema, como falta de sentido no processo educativo, crise de objetivos e limites, e condições desfavoráveis de trabalho para professores.
2) Os professores reclamam da falta de interesse e desrespeito dos alunos, influência negativa da tecnologia e mídia, famílias que não cumprem seu papel, e falta de apoio da escola.
3) A questão da indisciplina
O documento descreve as normas disciplinares e os direitos e deveres dos alunos de uma instituição de ensino. Inclui os direitos dos alunos como receber ensino de qualidade e ser tratado com respeito, e os deveres como ser assíduo, respeitar professores e colegas, e cumprir as normas da instituição. Também lista atividades proibidas e as possíveis medidas disciplinares aplicadas em caso de infração.
11 cultura afro brasileira e cultura indígenaprimeiraopcao
O documento discute a importância da inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena nos currículos escolares brasileiros através das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008. A inclusão promove o reconhecimento da identidade e cultura dos povos afrodescendentes e indígenas e amplia o foco dos currículos para a diversidade cultural do Brasil. O texto também apresenta livros e autores que podem apoiar os professores na aplicação dessas leis.
08 as tecnologias de comunicação e a construção do conhecimento em comunidade...primeiraopcao
O documento discute a luta das comunidades indígenas de Roraima pelo direito à educação superior diferenciada e intercultural. As comunidades indígenas organizaram associações na década de 1970 para defender seus direitos à preservação cultural e ao conhecimento. Em 2003, foi criado o Curso de Licenciatura Intercultural na Universidade Federal de Roraima para atender a essa demanda. No entanto, há controvérsias sobre o uso de tecnologias de comunicação e ensino à distância nesse processo.
07 aperfeiçoamento em estudos indígenasprimeiraopcao
Este documento apresenta três resumos de pesquisas realizadas por bolsistas do Programa Internacional de Bolsas de Pós-Graduação da Fundação Ford sobre povos indígenas no Brasil:
1) Estudo sobre etnodesenvolvimento entre os povos do Alto Rio Negro.
2) Análise do protagonismo indígena na inclusão de escolas em sistemas oficiais de ensino em Mato Grosso.
3) Interpretação dos contatos entre os povos Akwen e os conquistadores portugueses em Goiás entre 1749-1811
O documento discute como a escola indígena Cacique Vanhkrê pode contribuir para a revitalização da cultura e identidade do povo indígena Caingangue. A pesquisa mostra que a escola tem um projeto pedagógico focado nisso, mas nem todos os professores estão preparados. Ainda assim, é possível desenvolver um trabalho histórico-cultural crítico que atenda às necessidades da comunidade, mas requer esforço coletivo.
O documento discute o patrimônio cultural imaterial de povos indígenas no Amapá e norte do Pará. Ele apresenta exemplos de diferentes aspectos do patrimônio cultural imaterial de grupos como os Tiriyó, Katxuyana, Wayana, Aparai, Wajãpi e povos do Oiapoque. Além disso, discute estratégias para a valorização e salvaguarda desse patrimônio cultural, incluindo a importância de registros e documentação das tradições culturais desses grupos.
O documento contém várias canções infantis brasileiras curtas. As letras descrevem elementos da natureza como limoeiros, jacarandás e alecrim, e animais como aranhas, gatos e cupins. As canções usam rimas e repetições simples para entreter crianças.
O documento apresenta receitas típicas da culinária baiana, como caruru, acarajé, vatapá, pé-de-moleque, cuscuz doce, quindim e paçoca. As receitas fornecem detalhes sobre ingredientes, modo de preparo e tempo de preparo para cada prato típico.
A história narra a lenda guineense sobre a primeira viagem à Lua, realizada pelo Macaquinho de Nariz Branco. Segundo a lenda, o macaquinho conseguiu chegar à Lua após subir empilhado com outros macacos. A Lua gostou dele e lhe deu um tamborinho como presente. Ao retornar para a Terra, o macaquinho tocou o tamborinho antes de chegar, fazendo a Lua cortar a corda e fazê-lo cair. Antes de morrer, contou sobre o tamborinho, dando in
Acreditamos ser importante que o professor conheça um pouco sobre a religiosidade e as religiões de matrizes africanas, por isso, selecionamos algumas das muitas lendas dos Orixás.
O documento discute as influências culturais africanas na cultura brasileira, incluindo a culinária, música, dança, religião e língua. Ele destaca como elementos culturais africanos, como o samba, o candomblé e palavras da língua, se tornaram parte integrante da identidade brasileira.
O documento discute a ressignificação da história e cultura africana e afro-brasileira na escola. Argumenta que é necessário rever como estas culturas são marginalizadas e estereotipadas nos currículos escolares. Defende que a educação pode ajudar a valorizar estas culturas e construir novos olhares sobre a diversidade étnico-racial brasileira. Também reflete sobre como o racismo ainda está enraizado na sociedade brasileira e a escola pode ter um papel no combate a preconceitos.
O documento discute as desigualdades raciais no Brasil, mostrando que negros enfrentam desvantagens em relação aos brancos na infraestrutura urbana e habitação, educação, mercado de trabalho e distribuição de renda. Dados demonstram que negros têm menos acesso a saneamento e eletricidade, taxas maiores de mortalidade infantil, menos anos de estudo, empregos menos qualificados e menores salários.
O artigo descreve a experiência de um ex-escravo chamado Hipólito Xavier Ribeiro que testemunhou importantes eventos da história brasileira como a abolição da escravidão em 1888. No entanto, apesar da liberdade, os descendentes de escravos não conquistaram a cidadania de fato. As elites tentaram apagar o passado escravista e substituíram a discriminação institucionalizada no lugar da escravidão.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
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1. Fragmento do texto:
Desigualdades Raciais no Brasil e
Políticas de Ações Afirmativas na
Universidade
Texto de Delcele Mascarenhas Queiroz
Universidade do Estado da Bahia Faculdade de
Educação. Brasil.
E-mail: dmqueiroz@uol.com.br.
Veja o texto completo em:
http://www.colombiaaprende.edu.co/html/mediateca/1607/articles-174654_archivo.pdf
2. 1. Revisitando o debate sobre as
relações raciais brasileiras
Em que pese a idealização do Brasil como uma sociedade sem problemas
raciais, a partir, mais exatamente, da III Conferência Mundial contra o Racismo e
Formas Correlatas de Intolerância, em 2001, publicizou-se, entre nós, o debate em
torno da questão racial. Uma das posições expressas nesse debate admite a
existência do racismo e de desigualdades raciais na sociedade brasileira e defende,
como forma de tratamento, a adoção de políticas de ações afirmativas, que
possam corrigir as profundas distâncias entre negros e brancos, nos diversos espaços
da sociedade. A outra, contesta a pertinência dessas políticas, por entender que não
é o racismo, mas a condição de pobreza que penaliza a população negra brasileira
e, desse modo, defende políticas de cunho universalista como forma de corrigir as
desigualdades existentes entre negros e brancos na sociedade brasileira. A análise
de tais posições nos impele a olhar historicamente a questão, retomando os estudos
que discutem a construção da ideia de raça no Brasil e o modo como foram
interpretadas as relações raciais no País, no período pós-abolição.
3. “Raça”: um critério de ordenação social
O pensamento dos séculos XVIII e XIX na Medicina, no Direito, na
Antropologia, abraçava a ideia da existência de diferenças profundas
entre os seres humanos. Isto é, acreditava-se que os humanos, como
outros animais, estavam divididos em raças. Dessa perspectiva, se
buscava estabelecer uma relação entre as características biológicas dos
seres humanos e seus atributos morais e culturais.
A partir dessa ideia, foram produzidos inúmeros esquemas para
classificar os grupos humanos. A criação dessas classificações baseava-se
não apenas na crença da diferença entre as “raças”, mas, sobretudo,
numa hierarquia entre elas. Na construção dessa hierarquia eram levados
em conta traços físicos como o tamanho do crânio, a cor de pele, o tipo
de cabelo e também traços culturais, comportamentos, atitudes. No topo
da hierarquia estava colocada a “raça ariana”, sendo outros povos,
como negros, índios e mestiços, considerados grupos inferiores.
4. Nesse cenário, em que os povos passaram a ser vistos como biologicamente
diferentes e a humanidade dividida em raças, as diferenças entre os grupos
humanos foram explicadas pela natureza distinta das “raças” (Munanga, 2004).
Desencadeia-se, nesse período, uma rica produção de estudos sobre o tema das
diferenças físicas dentro da espécie humana, levando a um processo que Michel
Banton (1979) denominou de racialização do mundo.
Esse tipo de interpretação talvez tenha sido a forma que a intelectualidade,
a partir dos séculos XVIII e XIX, encontrou para conciliar a ideia de humanismo,
que passa a circular no mundo europeu, desde o século XV, com a prática da
escravidão que, no contexto da colonização, assume uma dimensão nunca
antes experimentada. Observa Silva (2002) que embora fosse uma prática
difundida desde o mundo antigo, a partir do século XV a escravidão assume
características muito peculiares, passando a concentrar-se, quase que
exclusivamente, nas populações da África ao sul do Saara, isto é, da dita África
negra. Escravo passa a ser, a partir daí, sinônimo de negro. Assim, o pensamento
europeu constrói uma concepção específica de humanidade, na qual o povo
africano é visto como pertencente a uma humanidade diferente, incompleta,
inferior. O africano seria um “outro”, “biologicamente” distinto. Dessa perspectiva,
tal população seria passível de escravidão por não pertencer àquela
humanidade “superior”, à qual se aplicariam os princípios do humanismo.
5. O pensamento calcado na desigualdade entre as “raças” chega ao Brasil no
final do século XIX, com profundas implicações para a auto-imagem da sociedade
brasileira. Sob sua influência, os estudiosos brasileiros viram, de início, na enorme
miscigenação existente no País, uma séria ameaça ao processo de constituição da
nação. Assinala Munanga (2004) que a pluralidade racial nascida no processo
colonial representava, na cabeça dessa elite, uma ameaça, e um grande
obstáculo no caminho da construção de uma nação que se pensava branca.
O fato de ser esse um “povo mestiço” criava um dilema para os cientistas
brasileiros, pela defasagem entre as teorias importadas e a realidade racial do País.
No entanto, aqui, tais teorias terminam por se desenvolver de um modo muito
próprio, sofrendo um processo de adaptação à realidade brasileira.
No Brasil, a preservação da unidade nacional exigiu a construção de uma noção
peculiar de “raça” (Marx 1996). Assim, ao contrário da ideia de pureza racial, do
caráter degenerativo da miscigenação, e da perspectiva pessimista sobre a mistura
entre “raças”, presentes nas formulações dos pensadores europeus, e também de
brasileiros como Oliveira Viana e Euclides da Cunha, a solução encontrada foi um
original arranjo, no qual a miscigenação adquiriu um sentido positivo, contrariando,
os cânones da ciência vigente.
6. No Brasil, o discurso racial se articulou ao projeto de cunho nacionalista. A
construção da identidade nacional exigiu uma leitura e uma aplicação
peculiares das teorias raciais à realidade brasileira. Já não era mais possível,
àquela altura do contato entre os grupos raciais adotar, no País, um rígido sistema
de classificação birracial, como ocorreu em outras realidades. A solução
apropriada à realidade racial brasileira foi encontrada na forma de um elogio à
miscigenação. A tese do “embranquecimento” e, vinculada a ela, a adoção de
um sistema amplo de classificação racial, se apresentaram como a solução
possível para o caso brasileiro (Skidmore, 1976).
A propósito dessa maneira peculiar de explicar a mistura racial no contexto
brasileiro, é ilustrativo o clássico episódio da participação de João Batista de
Lacerda, então diretor do Museu Nacional, no Congresso das Raças, em Londres
em 1911. Apesar de ter sido, até aquele momento, um dos mais enfáticos
defensores da tese da determinação biológica das características sociais e
culturais, e adepto de requintados estudos estatísticos que buscavam demonstrar
a inferioridade racial dos mestiços, defendeu a tese do “branqueamento” como
solução para a questão racial no Brasil (entre outros Seyfert, 1995; Schwarcz, 1993,
Munanga, 2004).
7. Nesse processo de reelaboração do conceito de raça, para adequar-se a
determinado projeto de sociedade, é fácil perceber o quanto é arbitrária a própria ideia
de raça, como também o são os critérios de ordenação social. E como, em certas
circunstâncias, o mundo acadêmico produz interpretações da realidade que, indo além
daquilo que os dados da realidade permitem afirmar, procuram adequar-se a interesses
que se encontram para além do campo acadêmico.
Apesar de ser o Brasil um país de mestiços, a expectativa da elite brasileira era de
que o processo evolucionista levaria a um “embranquecimento” da nação. Esse discurso
foi estratégico para demonstrar que o Brasil era um país viável, capaz de embranquecer
e, portanto, civilizar- se, modernizar-se. Os formuladores desse pensamento partiam da
convicção de que sendo o branco o elemento superior, sairia triunfante no processo de
miscigenação. Daí a necessidade da adoção de políticas que incentivassem o processo
da imigração europeia, como forma de aumentar a população branca no País,
apressando o processo de embranquecimento. “Embranquecimento” que, para
Guimarães (1995), traduz a racionalização de “sentimentos de inferioridade racial e
cultural; seria o produto de um orgulho ferido” pelo “racismo científico”, ao por em dúvida
a capacidade civilizatória da nação brasileira, sua capacidade para desenvolver-se
economicamente, para industrializar-se.
8. Desse processo, emerge no Brasil um peculiar sistema de hierarquização social
em que se associam elementos como ‘raça’ status e classe. Esse sistema obedece
a gradações de prestígio em que a ‘cor’ é contaminada por outros
discriminadores, tais como renda, origem familiar, educação, que atuam
empurrando o indivíduo para um ou outro pólo da dicotomia “branco/preto”. Foi
essa dicotomia que, assinala Guimarães (op. cit.), sustentou a ordem escravocrata,
e que serviu, desde o início da sociedade brasileira, para demarcar a distância
entre privilégios e direitos, deveres e privações.
Essa forma original de compreender as relações entre os grupos raciais foi
também responsável pela construção de uma representação sobre Brasil, tanto
interna quanto externamente, como um País sem problemas raciais. É desse modo
que, embora o século XIX tenha sido marcado pelo conflito social, sob as mais
diversas formas de resistência à escravidão (entre outros, Reis, 1986; Mattos, 2004;
Castro, 1999), o Brasil chega ao século seguinte, com a imagem de um “paraíso
racial”. Essa imagem se constituiu em contraste com sociedades, marcadas pelo
ódio racial, como os Estados Unidos e a África do Sul, que adotaram medidas
legais de segregação e onde o conflito racial produzia episódios violentos como
distúrbios urbanos e linchamentos (Skidmore, op.cit.).
9. Desigualdades no “paraíso racial”
A imagem do Brasil como uma sociedade de convivência harmônica entre as
“raças”, de um “paraíso racial”, difundiu-se e consolidou-se na ideia de
“democracia racial”. Tal foi a força dessa imagem, que no final dos anos 40,
do século passado, o Brasil é escolhido pela UNESCO como imagem positiva
de convivência entre povos, para sediar um amplo programa de pesquisas
sobre relações raciais, destinado a mostrar ao mundo, traumatizado pelo
Holocausto, o exemplo de uma experiência bem sucedida de relações
raciais.
Esses estudos, que ficaram conhecidos como O Programa UNESCO, foram
realizados na Bahia, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Recife, e
coordenados, respectivamente, por: Tales de Azevedo, Luiz Carlos Costa
Pinto, Florestan Fernandes e Roger Bastide, e René Ribeiro (Maio, 1997). Os
resultados das pesquisas trouxeram à tona uma realidade insuspeitada:
contrariando a expectativa otimista dos seus patrocinadores, mostraram a
anti-imagem do “paraíso racial”, isto é, revelaram uma sociedade marcada
pelo preconceito racial, com significativa distinção nas condições de vida de
brancos e negros.
10. Muito embora os resultados desses estudos pusessem por terra a imagem do “paraíso”,
revelando a realidade de um país racialmente desigual, seus autores, mantinham a fé na
“democracia racial” e a crença de que essa desigualdade era um legado do período
escravista, marcado por relações estamentais, alimentando a expectativa de que tais
desigualdades fossem paulatinamente desaparecendo por efeito do processo de
modernização que se consolidava no país. Ao revelar a realidade do preconceito racial na
sociedade brasileira, contudo, esses estudos abriam caminho para a formulação de novas
hipóteses. O aprofundamento dos estudos raciais, nessa vertente, irá evidenciar que o
tempo decorrido, desde a extinção do trabalho escravo, já não autorizava a invocar a
escravidão como fator explicativo da inferioridade social dos negros. No final dos anos 70,
uma tese de doutorado torna-se um marco nos estudos sobre relações raciais no Brasil. Ao
examinar as estatísticas oficiais, produzidas pelo IBGE, Carlos Hasembalg constata que havia
profundas distâncias entre negros e brancos, na sociedade brasileira; que as desigualdades
existentes entre esses segmentos sociais no mercado de trabalho, na distribuição de renda e
no acesso à educação são desigualdades marcadas pelas características raciais desses
grupos e não apenas pela condição de classe. Essas conclusões o levam a assinalar que [...]
a persistência histórica do racismo não deve ser explicada como mero legado do passado,
mas como servindo aos complexos e diversificados, interesses do grupo racialmente
dominante no presente (Hasenbalg, 1979:11).
11. Para o autor, o preconceito e a discriminação funcionam como
mecanismos de exclusão, cotidianamente atualizados, pela realidade brasileira.
Daí a sua observação de que embora se saiba, hoje, que a raça é tão somente
uma representação, um atributo que é elaborado socialmente, a partir de
marcas corporais, essa representação “continua a operar como um dos critérios
mais importantes no recrutamento dos indivíduos às posições da hierarquia
social” (idem:180).
Hasenbalg (op. cit) irá defender que a perpetuação da estrutura desigual
de oportunidades entre brancos e negros na sociedade brasileira se dá, por um
lado, em decorrência de um padrão de segregação geográfica, condicionado
pela escravidão e, posteriormente, reforçado pelo estímulo à política migratória,
que concentrou desproporcionalmente os negros nas regiões
predominantemente agrárias e, portanto, menos desenvolvidas do país, onde as
oportunidades econômicas e educacionais eram menores. E, por outro, porque
as práticas racistas, abertas e sutis, e a violência simbólica exercida contra os
negros, impedem sua mobilidade social ascendente, na medida em que os
obriga a regular suas aspirações “de acordo com o que é culturalmente imposto
e definido como o ‘lugar apropriado’ para as pessoas de cor” (idem: 181).
12. A perspectiva adotada por Hasenbalg inaugura, deste modo, uma
nova interpretação sobre as relações sociais brasileiras, desencadeando
uma rica produção de estudos buscando apreender as relações entre
brancos e negros em vários espaços como o mercado de trabalho, a
educação, a política, entre outros espaços sociais, resultando num
consistente mapeamento das desigualdades raciais no País (Hasenbalg e
Silva, 1988; Guimarães, 1990, 1995, 2002; Castro e Sá Barreto, 1992; Bairros,
1991; Agier, 1994; Santos, 1994; Telles, 1990 e 2003; Oliveira, 1997; Santos,
1997; Silva, 1994; Queiroz, 1994, entre outros), o que contribuiu para abrir
caminho para a formulação das políticas de combate ao racismo e à
discriminação racial, em curso, no Brasil, na contemporaneidade.
13. Referências
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