3. Nordeste frágil e pobre
• Cinco décadas de “políticas regionais” mudaram
o Nordeste – mas as desigualdades persistem em
todos os níveis
• PIB continua flutuando em torno de 13% do PIB
brasileiro
• PIB per capita não chega a 50% do PIB per capita
nacional
• Indicadores sociais sempre abaixo da média
nacional (incluindo índice de pobreza)
5. Fonte: MDS-Plano Brasil sem Miséria – 2010
Legenda: Taxa de pobreza expressa pela renda familiar per capita até R$ 70,00 e pela carência
de serviços públicos - se ampliam com a coloração vermelha
12. Qualidade das Rodovias (%)
Em São
Paulo 81,2%
são ótimas
(61,7%) ou
boas (19,5%
27,7%
Péssimo e
Ruim
34,7% de
Bom e
Ótimo
13. Desigualdade interna no Nordeste
• Renda média a alta nos centros urbanos e
metropolitanos
• Dinamismo em centros metropolitanos do
litoral e médios polos (indústria), cerrados
e áreas irrigadas
• Pobreza e baixos indicadores sociais
concentrados na maioria do Semiárido
16. Atraso e pobreza no território
• atraso e pobreza têm múltiplas causas e tende a
se concentrar no território de baixa capacidade
produtiva e limitado capital humano e social
• condições do território geram atraso e pobreza
(território pobre) – principal condição está nos
baixos níveis de competitividade: educação,
qualificação, infraestrutura e inovação
• Nordeste (especialmente semiárido) perde para
o resto do Brasil em todos estes itens de
competitividade sistêmica
17. Inovação
• Inovação é fator central da competitividade sistêmica:
introdução de um produto novo (ou significativamente
melhorado) ou de um novo processo ou método de
produção, de comercialização e marketing, de gestão e
organização da empresa e da produção, ou de relação
com os clientes e o mercado
• Interação das empresas com as instituições de pesquisa
e desenvolvimento tecnológico e de formação profissional
• nível de escolaridade é fundamental para a inovação e
aprendizagem social e organizacional
18. Fonte: Movimento Brasil Competitivo - 2006
Nota: o Índice de Competitividade dos Estados foi medido por um conjunto de 34 indicadores
que tratam da Educação e qualificação, da Capacidade de inovação, e Infraestrutura
econômica
Nordeste e Norte
têm baixa ou
muito baixa
competitividade
21. Correlação entre a Economia e a CompetitividadeCorrelação entre Competitividade e Pobreza
22. Distribuição da Relação do IDH com o ICE-Índice de Competitividade dos
Estados
SP
DF
RS
PR
PB/PE
MGES MS
AL
PA
PI
RO
MA CE
RJ
SC
SUL E SUDESTE
NORDESTE
23. Distribuição da Relação da Pobreza Absoluta com o ICE-Índice de
Competitividade dos Estados
SP
DFRS
PR
MGES MS
RJ
SC
GO
MT
PB
PESE
RN
AMBA
CE
AL
PI
MA
RO
AP
PA
TO
Fonte: MBC, 2006; MDS, 2011
25. Microrregiões geográficas com mais de 5 mil empregos
industriais, 2006
DINIZ. C. C., Apresentação no Seminário Desenvolvimento Regional: Desafios e oportunidades para o Brasil
Rio de Janeiro, 31/8 a 2/9 de 2009, CEDEPLAR/UFMG
26. Rede urbana com mais de 50 mil habitantes, 2007
DINIZ. C. C., Apresentação no Seminário Desenvolvimento Regional: Desafios e oportunidades para o Brasil
Rio de Janeiro, 31/8 a 2/9 de 2009, CEDEPLAR/UFMG
27. Política Regional
• Brasil não tem política regional – incentivos são
artifício para compensar incapacidade competitiva
• Políticas concentradas em medidas
compensatórias (redistribuição de rendas) para o
Nordeste – mais da metade das famílias
beneficiadas)
• Investimentos em infraestrutura importantes –
duplicação da BR 101, Transposição do São
Francisco e Transnordestina
29. 3.031,9
7.185,3
10.636,0
397.5
1.432,4
2.565,2
2008 2030 2040
Projeção do PIB do Brasil e do Nordeste com alto
dinamismo nordestino - 2008/2040
Brasil Nordeste
13,1%
19,9%
24,1%
O Nordeste
teria que
crescer 2
pontos
percentuais
acima do
Brasil para
chegar em
2040 com PIB
per capita
quase igual à
média
nacional
(26,6%)
31. Fonte: IPEA
Mantidas as
taxas recentes
de declínio do
analfabetismo
(1999/2009), o
Nordeste não
alcançaria Brasil
nem 2050
(Brasil declinou
3,1% ao ano e
Nordeste 3,5%)
9.7
5.85
5.0
2.7
10.6
8.36
7.8
5.8
18.7
10.65
8.9
4.4
5.7
3.45
2.9
1.6
5.5
3.13
2.6
1.3
8.0
4.97
4.3
2.4
2009 2025 2030 2035
Taxa de analfabetismo do Brasil e das Regiões -
2009/2035
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
35. Investimento em infraestrutura econômica
• Investimento em infraestrutura
econômica amplia a competitividade da
economia regional
• Falta investimento significativo e
diferenciado nos outros componentes
centrais da competitividade (educação,
qualificação e inovação)
36. Fonte: Artur Maciel – Governo do Estado de Pernambuco
Ferrovia
integra
agronegócio
dos
Cerrados
com o
Nordeste
Oriental
Ferrovia Transnordestina
40. De que depende o futuro do Nordeste?
• Crise e ritmo de recuperação da economia
mundial
Tudo indica que, na melhor das hipóteses, a economia
mundial vai atravessar um período de estagnação (2 a
5 anos)
China e BRICs devem crescer mais que a média mundial
mas sofre um freio do dinamismo passado
Recuperação futura da economia com novas
instituições, aceleradas inovações e acordos comerciais
41. • Dinamismo da economia brasileira
Capacidade de investimento público (redução dos
gastos correntes públicos)
Reformas microeconômicas para estimular o
investimento privado (tributária, trabalhista, etc.)
Volume e focalização dos investimento em educação,
qualificação e inovação (preparar o futuro)
42. • Aumento da competitividade da economia do
Nordeste
Aumento da competitividade sistêmica de Pernambuco com
investimentos fortes em educação, qualificação
profissional, e inovação tecnológica
Melhoria da habitabilidade urbana: recuperação dos
espaços urbanos (mobilidade e saneamento) e redução dos
índices de violência
Adensamento das cadeias produtivas – emprego indireto se
firmar na Região
43. Incertezas Críticas Internas
• Como os governos vão lidar com os grandes
estrangulamentos da competitividade e da
habitabilidade? – investimento para
desconcentrar competitividade versus
compensatórios
• Que postura vão assumir os atores do Nordeste
– governos e sociedade para aproveitar as
oportunidades dos novos investimentos? –
proativa e inovadora ou passiva e conservadora
44. Postura passiva e
reativa dos atores
locais
Postura proativa e
inovadora dos
atores locais
Desconcentração
das vantagens
competitivas
Manutenção de
políticas
compensatórias
1 3
2 4
Forte
desconcentração
regional e
desenvolvimento
do Nordeste
Persistência das
desigualdades
regionais e
modesta melhora
do Nordeste
Moderada e lenta
desconcentração
regional e
desenvolvimento
do Nordeste
Aumento das
desigualdades
regionais com
limitada melhora
do Nordeste
45. Estratégia de Desenvolvimento do
Nordeste
• Negociar c/União investimento diferenciado
para Nordeste nos fatores de competitividade:
educação, qualificação, inovação e infraestrutura
• Governos estaduais e parceiros regionais se
comprometerem com esta estratégia de
estruturadora em três níveis:
ampliação da competitividade da região
melhoria da habitabilidade (principalmente urbana)
adensamento das cadeias produtivas