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Psicologia: conceito e objeto de estudo
A palavra psicologia deriva da junção de duas palavras gregas psiché e logos,
significa estudo da mente ou da alma, hoje se concentra no estudo do comportamento e
nos processos mentais de todos os animais, abrangendo tudo o que pessoas e animais
fazem: conduta, emoções, formas de comunicação, processos de desenvolvimento,
processos mentais, incluindo: formas de cognição ou formas de conhecimento; como
perceber, participar, lembrar, raciocinar e resolver problemas. Sonhar, fantasiar, desejar,
ter esperança e prever são também processos mentais.
Os psicólogos tendem a transitar de casos particulares para princípios gerais. Em
geral parte-se de observações especificas que despertam a curiosidade. Partindo nessa
medida de processos universais, com perguntas que se refere às aflições das pessoas.
Psicologia: da filosofia à ciência
A história da Psicologia se confunde com a Filosofia até meados do século XIX.
Sócrates, Platão e Aristóteles foram precursores na instigante investigação da alma
humana: Para Sócrates (469/ 399 a C.) a principal característica do ser humano era a
razão – aspecto que permitiria ao homem deixar de ser um animal irracional. Platão
(427/ 347 a C.) – discípulo de Sócrates, conclui que o lugar da razão no corpo humano
era a cabeça, representando fisicamente a psique, e a medula tria como função a ligação
entre mente e corpo. Já Aristóteles (387/322 a C.) – discípulo de Platão – entendia corpo
e mente de forma integrada, e percebia a psiqué como o princípio ativo da vida.
Durante a “era cristã” – quando todo conhecimento era produzido e mantido a
sete chaves pela Igreja, Santo Agostinho e São Tomas de Aquino partem dos
posicionamentos de Platão e Aristóteles respectivamente. Em 1649, René Descartes –
filósofo francês – publica Paixões da Alma, reafirmando a separação entre corpo e
mente. Pensamento que dominou o cenário científico até o século XX. Alguns
pesquisadores alegam que essa hipótese assumida por Descartes foi um subterfúgio
encontrado para continuar suas pesquisas, desenvolvidas a partir da dissecação de
cadáveres, com o apoio da Igreja e protegido contra a Inquisição.
O marco maior deu-se a partir da mudança do sistema feudal para o capitalismo,
quando o conhecimento tornou-se independente da fé. O homem sentiu necessidade de
construir seus conhecimentos a parte dos dogmas eclesiásticos. As situações sociais e
econômicas passaram a ser analisadas e questionadas, dando os primeiros passos para o
desenvolvimento da ciência moderna.
Na metade do século XIX, a Psicologia deixa-se de objeto de estudo apenas da
Filosofia e avança para os campos da Fisiologia e Neurofisiologia, na busca do
entendimento do funcionamento da “máquina” cerebral, já que no sistema capitalista,
tudo passa a ser visto como uma “máquina”, em que devemos compreender seu
funcionamento e regularidades para alcançarmos o conhecimento dela. Destaca-se como
estudioso da mente Gustav Fechner, que se interessou pela relação entre estimulo e
reação, demonstrando com precisão como procedimentos experimentais e matemáticos
podem ser usados para estudar a mente humana. Mas o precursor da psicologia como
ciência de fato foi Wilhelm Wundt , considerado o pai da psicologia cientifica, que
salientava a utilização de métodos experimentais obtidos a partir das ciências naturais,
destacando a relação fisiológica do cérebro e da mente. Sua experiência em fisiologia
teria um grande efeito na sua abordagem para a nova ciência da psicologia. Suas
palestras sobre psicologia foram sobre a mente das pessoas e dos animais, em 1863. Ele
foi promovido a Professor Assistente de Fisiologia em Heidelberg, em 1864.
O fato é que no final do século XIX, os acadêmicos da época resolveram
distanciar a Psicologia da Filosofia e da Fisiologia, dando origem ao que se chamou de
Psicologia Moderna. Os comportamentos observáveis passam a fazer parte da
investigação científica em laboratórios com o objetivo de se controlar o comportamento
humano. Nesse sentido, os teóricos objetivam suas ações na tentativa de construir um
corpo teórico consistente, buscando o reconhecimento, enfim, da Psicologia como
ciência. É neste cenário investigativo que surgem as três primeiras escolas da
Psicologia: Funcionalismo, Estruturalismo e Asssociacionismo.
Correntes precursoras da Psicologia
O Funcionalismo surge como escola em que os psicólogos deveriam estudar o
funcionamento dos processos mentais seja das crianças, dos animais, ou a anormalidade
e as diferenças individuais entre as pessoas. As principais características do
Funcionalismo seriam a utilização da introspecção informal (auto- observação e auto-
relato) e métodos objetivos. Seu maior precursor foi Willian James, que elege a
consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu
funcionamento, na medida em que o homem a utiliza para adaptar-se ao meio.
O estruturalismo também tem a consciência como objeto se estudo, mas de
forma diferenciada, uma vez que irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os
estados elementares da consciência como estrutura do sistema nervoso central; e
prevalece o método de observação, sendo os conhecimentos psicológicos produzidos
eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório. Esta escola
estudada pelo seguidor de Wundt, Titchner, que usou o termo estruturalismo para
diferenciá-la do Funcionalismo.
O associacionismo, por sua vez, tem como principal representante Edward L.
Thorndike, e sua importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de
aprendizagem na Psicologia. O termo associacionismo origina-se da concepção de que a
aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias – das mais simples às
mais complexas.
Assim, para aprender uma
coisa complexa, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que ela
estariam associadas. Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade
para a psicologia Comportamentalista.
As principais teorias da Psicologia no século XX
No início do século XX, surgem novas abordagens na psicologia, e que são
responsáveis pela sua configuração atual. Nesse sentido são identificadas quatro das
principais perspectivas: behaviorista, Gestalt e Psicanálise.
O termo Behaviorismo foi utilizado por John B. Watson. "Behavior" significa
"comportamento" e ele definiu como: "Um ramo experimental e puramente objetivo da
ciência natural. A sua meta é a previsão e controle do comportamento...". Watson
postulava o comportamento como objeto da Psicologia. O Behaviorismo nasceu como
uma reação à introspecção e à Psicanálise que tentavam lidar com o funcionamento
interior e não observável da mente. De acordo com comportamento e reflexos, Watson
observou que Psicologia tinha um objeto mensurável e observável para estudar e os
experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes sujeitos e condições. Após
Watson, o mais importante behaviorista foi B. F. Skinner linha de estudo de dele ficou
conhecida como Behaviorismo radical e, a oposta à sua, de “behaviorismo
metodológico”, e, enquanto a principal preocupação dos outros eram os métodos das
ciências naturais, a de Skinner era a explicação científica definindo como prioridade
para a ciência do comportamento o desenvolvimento de termos e conceitos que
permitissem explicações verdadeiramente científicas. E formula a idéia de conceito
operante.
A Psicologia da Gestalt, foi estudada por Ernst Mach (1838-1916), físico, e
Christian von Ehrenfels (1859-1932), filósofo e psicólogo, que desenvolveram uma
psicofísica com estudos sobre as sensações (o dado psicológico) de espaço-forma e
tempo-forma (o dado físico) e podem ser considerados como os mais diretos
antecessores da Psicologia da Gestalt. De acordo com a gestalt, a arte se funda no
princípio da pregnância da forma. O importante é perceber a forma por ela mesma; vê-la
como "todos" estruturados, resultados de relações.
A psicanálise surgiu na década de 1890, por Sigmund Freud. Através de
conversas com pacientes, Freud acreditava que seus problemas originaram-se de uma
não aceitação de tais acontecimentos em sua vida, sendo assim, reprimindo seus desejos
no inconsciente, nascendo daí uma fantasia. A análise consiste essencialmente na
evidenciação do significado inconsciente das palavras, ações e produções imaginárias
(sonhos, fantasias, etc.) de um indivíduo. Os psicólogos devem estudar leis e os
determinantes da personalidade e tratar os distúrbios mentais. Assim os aspectos
fundamentais no estudo psicanalítico se referem ao estudo da personalidade bem como
o inconsciente.
Correntes da Psicologia
À luz da Psicologia Moderna estão as seguintes perspectivas:
Perspectiva biológica: busca as causas do comportamento no funcionamento dos
genes, do cérebro e dos sistemas nervoso e endócrino. O comportamento e os
processos mentais são assim compreendidos com base nas estruturas corporais e
nos processos bioquímicos no corpo humano, de forma que esta corrente de
pensamento se encontra muito próxima das áreas da genética, da neurociência e
da neurologia.
Perspectiva psicodinâmica: o comportamento é movido e motivado por uma série de
forças internas, que buscam dissolver a tensão existente entre os instintos, as
pulsões e as necessidades internas de um lado e as exigências sociais de outro.
O objetivo do comportamento é assim a diminuição dessa tensão interna. Esta
teoria teve sua origem nos trabalhos do médico vienense Sigmund Freud
(1856-1939) com pacientes psiquiátricos, mas ele acreditava serem esses
princípios válidos também para o comportamento normal. O modelo freudiano
foi o primeiro a afirmar que a natureza humana não é sempre racional e que as
ações podem ser motivadas por fatores não acessíveis à consciência. Além
disso Freud dava muita importância à infância, como uma fase importantíssima
na formação da personalidade.
Perspectiva comportamentista: procura explicar o comportamento em relação aos
estímulos do meio ambiente que o influenciam. A atenção do pesquisador é
assim dirigida para as condições ambientais em que determinado indivíduo se
encontra, para a reação desse indivíduo a essas condições (comportamento) e
para as consequências que essa reação traz para ele (ver também
condicionamento).
Perspectiva humanista: vê o homem não como um ser controlado tanto por pulsões
interiores quanto pelo ambiente, mas ainda assim como um ser ativo, que busca
seu próprio crescimento e desenvolvimento. A principal fonte de conhecimento
do humanismo psicológico é o estudo biográfico, com o fim de descobrir como
essa pessoa vivencia sua existência, ao contrário do comportamentismo, que
dava mais valor à observação externa. A perspectiva humanista procura assim
um acesso holístico para o ser humano.
Perspectiva cognitiva: foca-se no pensar humano e todos os processos baseados no
conhecimento - atenção, memória, compreensão, recordação, tomada de
decisão, linguagem etc. A perspectiva cognitiva se dedica assim à compreensão
dos processos cognitivos que influenciam o comportamento e a influência do
comportamento sobre os processos cognitivos.
Perspectiva evolucionista: procura explicar o desenvolvimento do comportamento e
das capacidades mentais como parte da adaptação humana ao meio ambiente.
Por recorrer a acontecimentos ocorridos há milhões de anos, os psicólogos
evolucionistas não podem realizar experimentos para comprovar suas teorias,
mas contam somente com sua capacidade de observação e com o
conhecimento adquirido por outras disciplinas como a antropologia e a
arqueologia.
Perspectiva sociocultural: volta-se ao entendimento de como se assemellham
pessoas de diferentes culturas quanto ao comportamento e aos processos
mentais, em que se diferenciam. Enfatiza a importancia cultural na formaçao
da personalidade.
Perspectiva biopsicossocial: o comportamento humano e os processos mentais sao
gerados por influências de fatores biologicos, como a predisposiçao genetica e
os processo de mutaçao; fatores psicologicos, expectativas, medos, reaçoes,
percepçoes, etc; e os fatores socioculturais, que estuda como outras pessoas
eo meio cultural influenciam o indivíduo.
Hoje, século XXI os conhecimentos produzidos pela Psicologia e a
complexidade e capacidade de transformação do ser humano, acabaram por ampliar em
grande medida sua área de atuação. Como: a Psicologia Clínica (Diagnóstico,
investigação das causas e tratamento de comportamentos desajustados), Psicologia
Organizacional (Investigação dos processos tendentes à otimização do rendimento no
trabalho, motivação e formação dos trabalhadores)Psicologia da Educação (Aplicação
dos princípios psicológicos à prática educativa. incluindo métodos de ensino na sala de
aula, concepção do currículo escolar), psicologia social (investigação do
comportamento de grupos, da dinâmica de grupos, das características de um líder),,
psicologia jurídica (Aplicação dos conhecimentos psicológicos aos assuntos
relacionados ao Direito, principalmente quanto à saúde mental, quanto aos estudos
sócio-jurídicos dos crimes e quanto a personalidade da Pessoa Natural e seus embates
subjetivos), entre outras.
Considerações Finais
É inegável a importância da Psicologia na vida humana atualmente. Entender o
funcionamento de si mesmo e de si diante do mundo torna-se imprecinsdivel ao homem
para que este evolua. A Psicologia desde seu surgimento busca aprimorar esse
entendimento para que a vida humana e seus naturais percalços sejam vividos de forma
mais natural e saudavel.
Suas diversas perspectivas mostram como é complexo o entendimento do
homem, e que este nao deve ser visto por um único campo de visão, ou mesmo que este
papel seja exercido apenas pelo psicólogo. Com o decorrer dos anos, os estudos da
Psicologia se ampliaram e o homem passou a ser estudado sob diferentes aspectos, e nos
seus diferentes ambitos da sua atuação.Trabalho esse que deve ser auxiliado, ou mesmo,
complementado por um trabalho multiprofissional, que procure objetivamente auxiliar a
vida humana, beneficiando o homem com seu entendimento de si mesmo. Ja que o
homem deve ser visto, estudado e compreendido sob diferentes aspectos.
Ser psicólogo é um trabalho que influencia diretamente na vida do outro, o que o
torna, então, de extrema responsabilidade, através de um exercicio de alta sensibilidade,
que usa o dom de falar, de silenciar, do olhar, para compreender a natureza humana nos
deus pontos mais profundos e muitas vezes obscuros.
A Psicologia é, portanto, uma grande luz ao melhoramento do modo de lidarmos
com a nossa natureza humana, com as convivências, com os obstáculos naturais
surgidos na vida, sendo essencial ter por objetivo beneficiar a saude do homem,
independentemente de que metodologia, abordagem ou área em que ela se apresente,
visto que tudo rege em torno do ser humano e seu bem-estar.
Psicologia: da mente à ciência

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  • 1. Psicologia: conceito e objeto de estudo A palavra psicologia deriva da junção de duas palavras gregas psiché e logos, significa estudo da mente ou da alma, hoje se concentra no estudo do comportamento e nos processos mentais de todos os animais, abrangendo tudo o que pessoas e animais fazem: conduta, emoções, formas de comunicação, processos de desenvolvimento, processos mentais, incluindo: formas de cognição ou formas de conhecimento; como perceber, participar, lembrar, raciocinar e resolver problemas. Sonhar, fantasiar, desejar, ter esperança e prever são também processos mentais. Os psicólogos tendem a transitar de casos particulares para princípios gerais. Em geral parte-se de observações especificas que despertam a curiosidade. Partindo nessa medida de processos universais, com perguntas que se refere às aflições das pessoas. Psicologia: da filosofia à ciência A história da Psicologia se confunde com a Filosofia até meados do século XIX. Sócrates, Platão e Aristóteles foram precursores na instigante investigação da alma humana: Para Sócrates (469/ 399 a C.) a principal característica do ser humano era a razão – aspecto que permitiria ao homem deixar de ser um animal irracional. Platão (427/ 347 a C.) – discípulo de Sócrates, conclui que o lugar da razão no corpo humano era a cabeça, representando fisicamente a psique, e a medula tria como função a ligação entre mente e corpo. Já Aristóteles (387/322 a C.) – discípulo de Platão – entendia corpo e mente de forma integrada, e percebia a psiqué como o princípio ativo da vida. Durante a “era cristã” – quando todo conhecimento era produzido e mantido a sete chaves pela Igreja, Santo Agostinho e São Tomas de Aquino partem dos posicionamentos de Platão e Aristóteles respectivamente. Em 1649, René Descartes – filósofo francês – publica Paixões da Alma, reafirmando a separação entre corpo e mente. Pensamento que dominou o cenário científico até o século XX. Alguns pesquisadores alegam que essa hipótese assumida por Descartes foi um subterfúgio encontrado para continuar suas pesquisas, desenvolvidas a partir da dissecação de cadáveres, com o apoio da Igreja e protegido contra a Inquisição. O marco maior deu-se a partir da mudança do sistema feudal para o capitalismo, quando o conhecimento tornou-se independente da fé. O homem sentiu necessidade de construir seus conhecimentos a parte dos dogmas eclesiásticos. As situações sociais e econômicas passaram a ser analisadas e questionadas, dando os primeiros passos para o
  • 2. desenvolvimento da ciência moderna. Na metade do século XIX, a Psicologia deixa-se de objeto de estudo apenas da Filosofia e avança para os campos da Fisiologia e Neurofisiologia, na busca do entendimento do funcionamento da “máquina” cerebral, já que no sistema capitalista, tudo passa a ser visto como uma “máquina”, em que devemos compreender seu funcionamento e regularidades para alcançarmos o conhecimento dela. Destaca-se como estudioso da mente Gustav Fechner, que se interessou pela relação entre estimulo e reação, demonstrando com precisão como procedimentos experimentais e matemáticos podem ser usados para estudar a mente humana. Mas o precursor da psicologia como ciência de fato foi Wilhelm Wundt , considerado o pai da psicologia cientifica, que salientava a utilização de métodos experimentais obtidos a partir das ciências naturais, destacando a relação fisiológica do cérebro e da mente. Sua experiência em fisiologia teria um grande efeito na sua abordagem para a nova ciência da psicologia. Suas palestras sobre psicologia foram sobre a mente das pessoas e dos animais, em 1863. Ele foi promovido a Professor Assistente de Fisiologia em Heidelberg, em 1864. O fato é que no final do século XIX, os acadêmicos da época resolveram distanciar a Psicologia da Filosofia e da Fisiologia, dando origem ao que se chamou de Psicologia Moderna. Os comportamentos observáveis passam a fazer parte da investigação científica em laboratórios com o objetivo de se controlar o comportamento humano. Nesse sentido, os teóricos objetivam suas ações na tentativa de construir um corpo teórico consistente, buscando o reconhecimento, enfim, da Psicologia como ciência. É neste cenário investigativo que surgem as três primeiras escolas da Psicologia: Funcionalismo, Estruturalismo e Asssociacionismo. Correntes precursoras da Psicologia O Funcionalismo surge como escola em que os psicólogos deveriam estudar o funcionamento dos processos mentais seja das crianças, dos animais, ou a anormalidade e as diferenças individuais entre as pessoas. As principais características do Funcionalismo seriam a utilização da introspecção informal (auto- observação e auto- relato) e métodos objetivos. Seu maior precursor foi Willian James, que elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a utiliza para adaptar-se ao meio. O estruturalismo também tem a consciência como objeto se estudo, mas de forma diferenciada, uma vez que irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os
  • 3. estados elementares da consciência como estrutura do sistema nervoso central; e prevalece o método de observação, sendo os conhecimentos psicológicos produzidos eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório. Esta escola estudada pelo seguidor de Wundt, Titchner, que usou o termo estruturalismo para diferenciá-la do Funcionalismo. O associacionismo, por sua vez, tem como principal representante Edward L. Thorndike, e sua importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias – das mais simples às mais complexas. Assim, para aprender uma coisa complexa, a pessoa precisaria primeiro aprender as idéias mais simples, que ela estariam associadas. Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a psicologia Comportamentalista. As principais teorias da Psicologia no século XX No início do século XX, surgem novas abordagens na psicologia, e que são responsáveis pela sua configuração atual. Nesse sentido são identificadas quatro das principais perspectivas: behaviorista, Gestalt e Psicanálise. O termo Behaviorismo foi utilizado por John B. Watson. "Behavior" significa "comportamento" e ele definiu como: "Um ramo experimental e puramente objetivo da ciência natural. A sua meta é a previsão e controle do comportamento...". Watson postulava o comportamento como objeto da Psicologia. O Behaviorismo nasceu como uma reação à introspecção e à Psicanálise que tentavam lidar com o funcionamento interior e não observável da mente. De acordo com comportamento e reflexos, Watson observou que Psicologia tinha um objeto mensurável e observável para estudar e os experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes sujeitos e condições. Após Watson, o mais importante behaviorista foi B. F. Skinner linha de estudo de dele ficou conhecida como Behaviorismo radical e, a oposta à sua, de “behaviorismo metodológico”, e, enquanto a principal preocupação dos outros eram os métodos das ciências naturais, a de Skinner era a explicação científica definindo como prioridade para a ciência do comportamento o desenvolvimento de termos e conceitos que permitissem explicações verdadeiramente científicas. E formula a idéia de conceito operante.
  • 4. A Psicologia da Gestalt, foi estudada por Ernst Mach (1838-1916), físico, e Christian von Ehrenfels (1859-1932), filósofo e psicólogo, que desenvolveram uma psicofísica com estudos sobre as sensações (o dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico) e podem ser considerados como os mais diretos antecessores da Psicologia da Gestalt. De acordo com a gestalt, a arte se funda no princípio da pregnância da forma. O importante é perceber a forma por ela mesma; vê-la como "todos" estruturados, resultados de relações. A psicanálise surgiu na década de 1890, por Sigmund Freud. Através de conversas com pacientes, Freud acreditava que seus problemas originaram-se de uma não aceitação de tais acontecimentos em sua vida, sendo assim, reprimindo seus desejos no inconsciente, nascendo daí uma fantasia. A análise consiste essencialmente na evidenciação do significado inconsciente das palavras, ações e produções imaginárias (sonhos, fantasias, etc.) de um indivíduo. Os psicólogos devem estudar leis e os determinantes da personalidade e tratar os distúrbios mentais. Assim os aspectos fundamentais no estudo psicanalítico se referem ao estudo da personalidade bem como o inconsciente. Correntes da Psicologia À luz da Psicologia Moderna estão as seguintes perspectivas: Perspectiva biológica: busca as causas do comportamento no funcionamento dos genes, do cérebro e dos sistemas nervoso e endócrino. O comportamento e os processos mentais são assim compreendidos com base nas estruturas corporais e nos processos bioquímicos no corpo humano, de forma que esta corrente de pensamento se encontra muito próxima das áreas da genética, da neurociência e da neurologia. Perspectiva psicodinâmica: o comportamento é movido e motivado por uma série de forças internas, que buscam dissolver a tensão existente entre os instintos, as pulsões e as necessidades internas de um lado e as exigências sociais de outro. O objetivo do comportamento é assim a diminuição dessa tensão interna. Esta teoria teve sua origem nos trabalhos do médico vienense Sigmund Freud (1856-1939) com pacientes psiquiátricos, mas ele acreditava serem esses princípios válidos também para o comportamento normal. O modelo freudiano
  • 5. foi o primeiro a afirmar que a natureza humana não é sempre racional e que as ações podem ser motivadas por fatores não acessíveis à consciência. Além disso Freud dava muita importância à infância, como uma fase importantíssima na formação da personalidade. Perspectiva comportamentista: procura explicar o comportamento em relação aos estímulos do meio ambiente que o influenciam. A atenção do pesquisador é assim dirigida para as condições ambientais em que determinado indivíduo se encontra, para a reação desse indivíduo a essas condições (comportamento) e para as consequências que essa reação traz para ele (ver também condicionamento). Perspectiva humanista: vê o homem não como um ser controlado tanto por pulsões interiores quanto pelo ambiente, mas ainda assim como um ser ativo, que busca seu próprio crescimento e desenvolvimento. A principal fonte de conhecimento do humanismo psicológico é o estudo biográfico, com o fim de descobrir como essa pessoa vivencia sua existência, ao contrário do comportamentismo, que dava mais valor à observação externa. A perspectiva humanista procura assim um acesso holístico para o ser humano. Perspectiva cognitiva: foca-se no pensar humano e todos os processos baseados no conhecimento - atenção, memória, compreensão, recordação, tomada de decisão, linguagem etc. A perspectiva cognitiva se dedica assim à compreensão dos processos cognitivos que influenciam o comportamento e a influência do comportamento sobre os processos cognitivos. Perspectiva evolucionista: procura explicar o desenvolvimento do comportamento e das capacidades mentais como parte da adaptação humana ao meio ambiente. Por recorrer a acontecimentos ocorridos há milhões de anos, os psicólogos evolucionistas não podem realizar experimentos para comprovar suas teorias, mas contam somente com sua capacidade de observação e com o conhecimento adquirido por outras disciplinas como a antropologia e a arqueologia.
  • 6. Perspectiva sociocultural: volta-se ao entendimento de como se assemellham pessoas de diferentes culturas quanto ao comportamento e aos processos mentais, em que se diferenciam. Enfatiza a importancia cultural na formaçao da personalidade. Perspectiva biopsicossocial: o comportamento humano e os processos mentais sao gerados por influências de fatores biologicos, como a predisposiçao genetica e os processo de mutaçao; fatores psicologicos, expectativas, medos, reaçoes, percepçoes, etc; e os fatores socioculturais, que estuda como outras pessoas eo meio cultural influenciam o indivíduo. Hoje, século XXI os conhecimentos produzidos pela Psicologia e a complexidade e capacidade de transformação do ser humano, acabaram por ampliar em grande medida sua área de atuação. Como: a Psicologia Clínica (Diagnóstico, investigação das causas e tratamento de comportamentos desajustados), Psicologia Organizacional (Investigação dos processos tendentes à otimização do rendimento no trabalho, motivação e formação dos trabalhadores)Psicologia da Educação (Aplicação dos princípios psicológicos à prática educativa. incluindo métodos de ensino na sala de aula, concepção do currículo escolar), psicologia social (investigação do comportamento de grupos, da dinâmica de grupos, das características de um líder),, psicologia jurídica (Aplicação dos conhecimentos psicológicos aos assuntos relacionados ao Direito, principalmente quanto à saúde mental, quanto aos estudos sócio-jurídicos dos crimes e quanto a personalidade da Pessoa Natural e seus embates subjetivos), entre outras.
  • 7. Considerações Finais É inegável a importância da Psicologia na vida humana atualmente. Entender o funcionamento de si mesmo e de si diante do mundo torna-se imprecinsdivel ao homem para que este evolua. A Psicologia desde seu surgimento busca aprimorar esse entendimento para que a vida humana e seus naturais percalços sejam vividos de forma mais natural e saudavel. Suas diversas perspectivas mostram como é complexo o entendimento do homem, e que este nao deve ser visto por um único campo de visão, ou mesmo que este papel seja exercido apenas pelo psicólogo. Com o decorrer dos anos, os estudos da Psicologia se ampliaram e o homem passou a ser estudado sob diferentes aspectos, e nos seus diferentes ambitos da sua atuação.Trabalho esse que deve ser auxiliado, ou mesmo, complementado por um trabalho multiprofissional, que procure objetivamente auxiliar a vida humana, beneficiando o homem com seu entendimento de si mesmo. Ja que o homem deve ser visto, estudado e compreendido sob diferentes aspectos. Ser psicólogo é um trabalho que influencia diretamente na vida do outro, o que o torna, então, de extrema responsabilidade, através de um exercicio de alta sensibilidade, que usa o dom de falar, de silenciar, do olhar, para compreender a natureza humana nos deus pontos mais profundos e muitas vezes obscuros. A Psicologia é, portanto, uma grande luz ao melhoramento do modo de lidarmos com a nossa natureza humana, com as convivências, com os obstáculos naturais surgidos na vida, sendo essencial ter por objetivo beneficiar a saude do homem, independentemente de que metodologia, abordagem ou área em que ela se apresente, visto que tudo rege em torno do ser humano e seu bem-estar.