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CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM 0 PACIENTE 
CIRÚRGICO 
Noêmi Garcia de Almeida Galan 
Roseli Marega Oda 
Os cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico 
variam de acordo com o tipo de cirurgia e de paciente 
para paciente, atendendo suas necessidades básicas e 
suas reações psíquicas e físicas manifestadas durante 
este período3. Neste capítulo iremos abordar os cuidados 
gerais indispensáveis a todos os tipos de cirurgia e os 
cuidados específicos voltados para cirurgias de mão e 
membro superior e de pé e membro inferior. 
A assistência pré-operatória tem como objetivo 
proporcionar uma recuperação pós-operatória mais 
rápida, reduzir complicações, diminuir o custo hospitalar 
e o período de hospitalização que se inicia na admissão e 
termina momentos antes da cirurgia, devolvendo o 
paciente o mais rápido possível ao meio familiar3. 
1- Assistência de enfermagem pré-cirúrgica geral: 
abrange o preparo sócio-psíquico-espiritual e o preparo 
físico3. 
1.1- Preparo sócio-psíquico-espiritual3: 
 Providenciar a assinatura do termo de 
responsabilidade, autorizando o hospital a realizar o 
procedimento ; 
 Explicar aos familiares sobre a cirurgia proposta, 
como o paciente retornará da sala operatória e a 
importância em apoiá-lo nesse período; 
 Explicar ao paciente sobre a cirurgia, o tipo de 
anestesia, e os exames que porventura forem necessários, 
salientar a importância de sua colaboração durante os 
procedimentos; 
 Tranqüilizá-lo em caso de ansiedade, medo do 
desconhecido e de destruição da auto-imagem, ouvir 
atentamente seu discurso, dar importância às queixas e 
seus relatos; 
- Explicar as condições que irá retornar do centro 
cirúrgico (se acordado, com ou sem gesso, etc.) e 
assegurar que terá sempre um profissional da 
enfermagem para atendê-lo; 
 Promover o entrosamento do paciente com o 
ambiente hospitalar, esclarecer sobre normas e rotinas do 
local, e proporcionar um ambiente calmo e tranqüilo e 
- Providenciar ou dar assistência religiosa, caso 
seja solicitada. 
1.2- Preparo físico3: 
 Realizar a consulta de enfermagem, atentando 
para as condições que podem atuar negativamente na 
cirurgia e reforçando as positivas; 
 Providenciar e/ou preparar o paciente para 
exames laboratoriais e outros exames auxiliares no 
diagnóstico; 
 Iniciar o jejum após o jantar ou ceia; 
 Verificar sinais vitais, notificar ao médico 
responsável se ocorreram sinais ou sintomas de 
anormalidade ou alteração dos sinais vitais; 
 Encaminhar ao banho para promover higiene, 
trocar de roupa, cortar as unhas e mantê-las limpas e 
fazer a barba; 
 Administrar medicação pré-anestésica, se prescrita; 
 Realizar a tricotomia do membro a ser operado, 
lavar com água e sabão, passar anti-séptico local e 
enfaixar (se necessário) com bandagens estéreis; 
 Remover próteses, jóias, lentes de contato ou 
óculos, 
prendedores de cabelo e roupas íntimas; 
- Promover esvaziamento vesical, colocar roupa 
cirúrgica apropriada (camisola, toucas),transportá-lo 
na maca até o centro cirúrgico com prontuário e 
exames realizados (inclusive Raios-X). 
1.3- Assistência pré-cirúrgica específica de mão, 
membro superior e pé3: 
 Exame físico minucioso, atentando 
para a qualidade e integridade da pele (deverá estar 
hidratada e lubrificada); 
 Observar sinais de infecção, 
inflamação, alergias ou reações hansênicas; 
 Se houver lesões abertas, promover 
limpeza com solução fisiológica ou água e sabão e 
ocluir com gaze e atadura de crepe. 
 Observar perfusão periférica do membro 
a ser operado; 
- No caso de cirurgia com enxerto, a pele da 
região doadora deverá estar hidratada e lubrificada. 
Este procedimento inicia-se alguns dias antes, sendo 
que, horas antes da cirurgia, realizar a tricotomia e 
limpeza da pele. 
Durante o período trans-cirúrgico, o quarto do 
paciente deverá estar pronto para recebê-lo, equipado 
com materiais suficientes como: suporte de soro e 
bomba de infusão, travesseiros para elevação do 
membro operado, cobertores, comadre ou papagaio, 
esfigmo e manômetro, termômetro, e demais 
equipamentos necessários. 
2- Assistência pós-cirúrgica geral3: 
Inicia-se no momento em que o paciente sai do 
centro cirúrgico e retorna à enfermaria. Esta 
assistência tem como objetivo detectar e prevenir a 
instalação de complicações pós-operatória e 
conseqüentemente obter urna rápida recuperação3. 
A assistência pós-cirúrgica consiste em: 
 Transferir o paciente da maca para a 
cama, posicioná-lo de acordo com o tipo de cirurgia a 
que foi submetido e com o membro operado elevado; 
 Aquecê-lo, se necessário; 
 Manter a função respiratória; 
 Observar nível de consciência, estado 
geral, quadro de agitação e outros comprometimentos 
neurológicos; 
 Verificar anormalidades no curativo, 
como: secreção e presença de sangramento; 
 Observar o funcionamento de sondas, 
drenos, cateteres e conectá-los às extensões; 
 Controlar e anotar sinais vitais, bem 
como gotejamento de soro, sangue ou derivados; 
- Verificar anotações do centro cirúrgico) e 
executar a prescrição médica; 
 Promover conforto e segurança através 
de meio ambiente adequado, uso de grades na cansa, 
imobilização de mãos (se agitado); 
 Observar funcionamento e controlar, 
quando necessário, os líquidos eliminados por sondas, 
drenos, etc; 
- Realizar mudança de decúbito de acordo com a 
evolução clínica; 
 Forçar ingesta líquida e sólida assim 
que a dieta for liberada; 
 Promover movimentação ativa, passiva e 
deambulação 
125
precoces se forem permitidas e houver condições físicas; 
- Trocar curativos; 
- Orientar paciente e a família para a alta, quanto à 
importância do retomo médico para controle e cuidados a 
serem dispensados no domicílio como gesso, repouso, 
limpeza adequada; 
- Proporcionar recreação, por exemplo, revistas e TV 
2.1- Assistência Pós-cirúrgica específica para o 
membro superior: 
- Posicionar o membro operado em elevação, entre 60 e 90 
graus, apoiados em travesseiros, quando estiver em 
decúbito horizontal e, ao deambular, mantê-lo corar tipóia 
e mão elevada acima do tórax1; 
 Observar edema, palidez, cianose ou alteração da 
temperatura em extremidades das mãos1,3; 
 Realizar limpeza dos artelhos, secando bem os 
espaços interdigitais; 
- Realizar curativos a cada dois dias em incisão 
cirúrgica: limpeza com solução fisiológica a 0,9%, aplicação 
tópica de rifocina spray e oclusão com gaze e atadura. No 
caso de cirurgia de enxerto cutâneo, a freqüência da troca 
do curativo da área doadora será estabelecida conforme a 
necessidade, isto é, quando houver extravasamento de 
secreção, que varia em torno de dois a cinco dias. O da 
área receptora será realizado pelo médico responsável, 
geralmente após cinco dias, conforme seu critério, 
utilizando-se algum produto não aderente; 
 Estando com tala gessada ou somente enfaixado, 
retirar a tala ou faixa para curativos, tomando o cuidado de 
manter o mesmo alinhamento do membro superior e mão 
durante o procedimento e recolocar a tala ou a bandagem, 
obedecendo-se a ordem de início da região distal para a 
proximal; 
Movimentar passivamente e delicadamente as 
articulações não gessadas; 
 Caso esteja com aparelho gessado, mantê-lo limpo; 
não molhá-lo (durante o banho, protegê-lo coin material 
plástico, um sanito, por exemplo, e orientá-lo a não deixar 
entrar água pelo bordo superior); observar sinais de 
garroteamento como edema e palidez ou gesso apertado; 
ausência ou diminuição da sensibilidade ou motricidade, 
sinais de hemorragia como presença de sangramento no 
aparelho gessado e odor desagradável2; 
 Orientar o paciente a não introduzir objetos em 
caso de prurido e não retirar algodão do gesso 
2.2- Assistência Pós-cirúrgica específica para os 
membros inferiores 1,2,3: 
 Realizar cuidados acima citados; 
 Manter repouso absoluto do membro inferior e 
posicionamento elevado, geralmente acima do nível do 
corpo. Ao encaminhá-lo ao banho ou para deambulação, 
andar com apoio ou cadeiras adequadas; 
 Se o membro estiver gessado e com salto, aguardar 
a secagem adequada e a liberação para a deambulação, 
conforme orientação médica, alternando a deambulação e o 
repouso com elevação do membro inferior gessado. Caso o 
aparelho gessado não contenha salto, isso é indicativo de 
que a deambulação é proibida; 
 Não fletir o membro durante a secagem do gesso; 
 Proceder a retirada de pontos cirúrgicos entre sete 
a dez dias ou depois da retirada do aparelho gessado. 
2.3- Assistência Pós-cirúrgica especifica em amputação 
de membro inferior2: 
- Promover o alívio da dor se houver; 
 Os amputados experimentam com freqüência dor 
fantasma ou sensação fantasma. Tais sensações são reais e 
devem ser aceitas pelo paciente e pelas pessoas que lhe 
prestam assistência. 
 Apesar da amputação ser uni procedimento de 
reconstrução, a mesma altera a imagem corporal do 
paciente. O enfermeiro deverá estabelecer uma relação de 
confiança, com a qual encorajará o paciente a olhar, sentir 
e a cuidar do membro residual, tornando-o apto e 
participante ativo no autocuidado; 
 Observar sinais de secreções hemáticas em incisão 
cirúrgicas, coloração, temperatura e aspecto da 
cicatrização; 
 Evitar o edema enfaixando-o sem compressão 
exagerada e não deixar o membro residual pendurado. A 
pressão excessiva sobre o membro residual deve ser 
evitada, pois pode comprometer a cicatrização da incisão 
cirúrgica; 
 O membro residual não deverá ser apoiado sobre o 
travesseiro, o que pode resultarem contratura e flexão do 
quadril. Uma contratura da próxima articulação acima da 
amputação constitui complicação freqüente. De acordo 
com a preferência do cirurgião, o membro residual poderá 
ser posicionado em extensão ou elevação por curto período 
de tempo após a cirurgia. Deve-se desestimular a posição 
sentada por períodos prolongados para evitar as 
contraturas em flexão de quadril e de joelho; 
 Estimular e ajudar nos exercícios precoces de 
amplitude. O paciente pode utilizar um trapézio acima da 
cabeça ou um lençol amarrado na cabeceira do leito para 
ajudar a mudá-lo de posição e fortalecer o bíceps. Solicitar 
orientação ao serviço de fisioterapia sobre a adequação dos 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1 BRUNNER/ SADDARTH. Tratado de Enfermagem Médico- 
Cirúrgica in Avaliação e Assistência aos Pacientes com 
Distúrbios Vasculares e Problemas na Circulação 
Periférica. Vol.2, 7a ed. Koogan. Rio de janeiro, 1994. 
2 . Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica in Afecções 
do aparelho locomotor Paciente Submetido a Amputação. 
Vol.4, 7a ed. Koogan, Rio de Janeiro, 1994. 
3 KAWAMOTO, E. E. Enfermagem em Clínica Cirúrgica. 
EPU, São Paulo, 1986. 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
4 OPROMOLIA, D. V A , ed. Noções de Hansenologia; por 
Diltor Vladimir Araújo Opromolla, e colaboradores. Bauru: 
Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato, SP, 2000. 
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Cuidados enferm

  • 1. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM 0 PACIENTE CIRÚRGICO Noêmi Garcia de Almeida Galan Roseli Marega Oda Os cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico variam de acordo com o tipo de cirurgia e de paciente para paciente, atendendo suas necessidades básicas e suas reações psíquicas e físicas manifestadas durante este período3. Neste capítulo iremos abordar os cuidados gerais indispensáveis a todos os tipos de cirurgia e os cuidados específicos voltados para cirurgias de mão e membro superior e de pé e membro inferior. A assistência pré-operatória tem como objetivo proporcionar uma recuperação pós-operatória mais rápida, reduzir complicações, diminuir o custo hospitalar e o período de hospitalização que se inicia na admissão e termina momentos antes da cirurgia, devolvendo o paciente o mais rápido possível ao meio familiar3. 1- Assistência de enfermagem pré-cirúrgica geral: abrange o preparo sócio-psíquico-espiritual e o preparo físico3. 1.1- Preparo sócio-psíquico-espiritual3:  Providenciar a assinatura do termo de responsabilidade, autorizando o hospital a realizar o procedimento ;  Explicar aos familiares sobre a cirurgia proposta, como o paciente retornará da sala operatória e a importância em apoiá-lo nesse período;  Explicar ao paciente sobre a cirurgia, o tipo de anestesia, e os exames que porventura forem necessários, salientar a importância de sua colaboração durante os procedimentos;  Tranqüilizá-lo em caso de ansiedade, medo do desconhecido e de destruição da auto-imagem, ouvir atentamente seu discurso, dar importância às queixas e seus relatos; - Explicar as condições que irá retornar do centro cirúrgico (se acordado, com ou sem gesso, etc.) e assegurar que terá sempre um profissional da enfermagem para atendê-lo;  Promover o entrosamento do paciente com o ambiente hospitalar, esclarecer sobre normas e rotinas do local, e proporcionar um ambiente calmo e tranqüilo e - Providenciar ou dar assistência religiosa, caso seja solicitada. 1.2- Preparo físico3:  Realizar a consulta de enfermagem, atentando para as condições que podem atuar negativamente na cirurgia e reforçando as positivas;  Providenciar e/ou preparar o paciente para exames laboratoriais e outros exames auxiliares no diagnóstico;  Iniciar o jejum após o jantar ou ceia;  Verificar sinais vitais, notificar ao médico responsável se ocorreram sinais ou sintomas de anormalidade ou alteração dos sinais vitais;  Encaminhar ao banho para promover higiene, trocar de roupa, cortar as unhas e mantê-las limpas e fazer a barba;  Administrar medicação pré-anestésica, se prescrita;  Realizar a tricotomia do membro a ser operado, lavar com água e sabão, passar anti-séptico local e enfaixar (se necessário) com bandagens estéreis;  Remover próteses, jóias, lentes de contato ou óculos, prendedores de cabelo e roupas íntimas; - Promover esvaziamento vesical, colocar roupa cirúrgica apropriada (camisola, toucas),transportá-lo na maca até o centro cirúrgico com prontuário e exames realizados (inclusive Raios-X). 1.3- Assistência pré-cirúrgica específica de mão, membro superior e pé3:  Exame físico minucioso, atentando para a qualidade e integridade da pele (deverá estar hidratada e lubrificada);  Observar sinais de infecção, inflamação, alergias ou reações hansênicas;  Se houver lesões abertas, promover limpeza com solução fisiológica ou água e sabão e ocluir com gaze e atadura de crepe.  Observar perfusão periférica do membro a ser operado; - No caso de cirurgia com enxerto, a pele da região doadora deverá estar hidratada e lubrificada. Este procedimento inicia-se alguns dias antes, sendo que, horas antes da cirurgia, realizar a tricotomia e limpeza da pele. Durante o período trans-cirúrgico, o quarto do paciente deverá estar pronto para recebê-lo, equipado com materiais suficientes como: suporte de soro e bomba de infusão, travesseiros para elevação do membro operado, cobertores, comadre ou papagaio, esfigmo e manômetro, termômetro, e demais equipamentos necessários. 2- Assistência pós-cirúrgica geral3: Inicia-se no momento em que o paciente sai do centro cirúrgico e retorna à enfermaria. Esta assistência tem como objetivo detectar e prevenir a instalação de complicações pós-operatória e conseqüentemente obter urna rápida recuperação3. A assistência pós-cirúrgica consiste em:  Transferir o paciente da maca para a cama, posicioná-lo de acordo com o tipo de cirurgia a que foi submetido e com o membro operado elevado;  Aquecê-lo, se necessário;  Manter a função respiratória;  Observar nível de consciência, estado geral, quadro de agitação e outros comprometimentos neurológicos;  Verificar anormalidades no curativo, como: secreção e presença de sangramento;  Observar o funcionamento de sondas, drenos, cateteres e conectá-los às extensões;  Controlar e anotar sinais vitais, bem como gotejamento de soro, sangue ou derivados; - Verificar anotações do centro cirúrgico) e executar a prescrição médica;  Promover conforto e segurança através de meio ambiente adequado, uso de grades na cansa, imobilização de mãos (se agitado);  Observar funcionamento e controlar, quando necessário, os líquidos eliminados por sondas, drenos, etc; - Realizar mudança de decúbito de acordo com a evolução clínica;  Forçar ingesta líquida e sólida assim que a dieta for liberada;  Promover movimentação ativa, passiva e deambulação 125
  • 2. precoces se forem permitidas e houver condições físicas; - Trocar curativos; - Orientar paciente e a família para a alta, quanto à importância do retomo médico para controle e cuidados a serem dispensados no domicílio como gesso, repouso, limpeza adequada; - Proporcionar recreação, por exemplo, revistas e TV 2.1- Assistência Pós-cirúrgica específica para o membro superior: - Posicionar o membro operado em elevação, entre 60 e 90 graus, apoiados em travesseiros, quando estiver em decúbito horizontal e, ao deambular, mantê-lo corar tipóia e mão elevada acima do tórax1;  Observar edema, palidez, cianose ou alteração da temperatura em extremidades das mãos1,3;  Realizar limpeza dos artelhos, secando bem os espaços interdigitais; - Realizar curativos a cada dois dias em incisão cirúrgica: limpeza com solução fisiológica a 0,9%, aplicação tópica de rifocina spray e oclusão com gaze e atadura. No caso de cirurgia de enxerto cutâneo, a freqüência da troca do curativo da área doadora será estabelecida conforme a necessidade, isto é, quando houver extravasamento de secreção, que varia em torno de dois a cinco dias. O da área receptora será realizado pelo médico responsável, geralmente após cinco dias, conforme seu critério, utilizando-se algum produto não aderente;  Estando com tala gessada ou somente enfaixado, retirar a tala ou faixa para curativos, tomando o cuidado de manter o mesmo alinhamento do membro superior e mão durante o procedimento e recolocar a tala ou a bandagem, obedecendo-se a ordem de início da região distal para a proximal; Movimentar passivamente e delicadamente as articulações não gessadas;  Caso esteja com aparelho gessado, mantê-lo limpo; não molhá-lo (durante o banho, protegê-lo coin material plástico, um sanito, por exemplo, e orientá-lo a não deixar entrar água pelo bordo superior); observar sinais de garroteamento como edema e palidez ou gesso apertado; ausência ou diminuição da sensibilidade ou motricidade, sinais de hemorragia como presença de sangramento no aparelho gessado e odor desagradável2;  Orientar o paciente a não introduzir objetos em caso de prurido e não retirar algodão do gesso 2.2- Assistência Pós-cirúrgica específica para os membros inferiores 1,2,3:  Realizar cuidados acima citados;  Manter repouso absoluto do membro inferior e posicionamento elevado, geralmente acima do nível do corpo. Ao encaminhá-lo ao banho ou para deambulação, andar com apoio ou cadeiras adequadas;  Se o membro estiver gessado e com salto, aguardar a secagem adequada e a liberação para a deambulação, conforme orientação médica, alternando a deambulação e o repouso com elevação do membro inferior gessado. Caso o aparelho gessado não contenha salto, isso é indicativo de que a deambulação é proibida;  Não fletir o membro durante a secagem do gesso;  Proceder a retirada de pontos cirúrgicos entre sete a dez dias ou depois da retirada do aparelho gessado. 2.3- Assistência Pós-cirúrgica especifica em amputação de membro inferior2: - Promover o alívio da dor se houver;  Os amputados experimentam com freqüência dor fantasma ou sensação fantasma. Tais sensações são reais e devem ser aceitas pelo paciente e pelas pessoas que lhe prestam assistência.  Apesar da amputação ser uni procedimento de reconstrução, a mesma altera a imagem corporal do paciente. O enfermeiro deverá estabelecer uma relação de confiança, com a qual encorajará o paciente a olhar, sentir e a cuidar do membro residual, tornando-o apto e participante ativo no autocuidado;  Observar sinais de secreções hemáticas em incisão cirúrgicas, coloração, temperatura e aspecto da cicatrização;  Evitar o edema enfaixando-o sem compressão exagerada e não deixar o membro residual pendurado. A pressão excessiva sobre o membro residual deve ser evitada, pois pode comprometer a cicatrização da incisão cirúrgica;  O membro residual não deverá ser apoiado sobre o travesseiro, o que pode resultarem contratura e flexão do quadril. Uma contratura da próxima articulação acima da amputação constitui complicação freqüente. De acordo com a preferência do cirurgião, o membro residual poderá ser posicionado em extensão ou elevação por curto período de tempo após a cirurgia. Deve-se desestimular a posição sentada por períodos prolongados para evitar as contraturas em flexão de quadril e de joelho;  Estimular e ajudar nos exercícios precoces de amplitude. O paciente pode utilizar um trapézio acima da cabeça ou um lençol amarrado na cabeceira do leito para ajudar a mudá-lo de posição e fortalecer o bíceps. Solicitar orientação ao serviço de fisioterapia sobre a adequação dos exercícios ao paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BRUNNER/ SADDARTH. Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica in Avaliação e Assistência aos Pacientes com Distúrbios Vasculares e Problemas na Circulação Periférica. Vol.2, 7a ed. Koogan. Rio de janeiro, 1994. 2 . Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica in Afecções do aparelho locomotor Paciente Submetido a Amputação. Vol.4, 7a ed. Koogan, Rio de Janeiro, 1994. 3 KAWAMOTO, E. E. Enfermagem em Clínica Cirúrgica. EPU, São Paulo, 1986. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 4 OPROMOLIA, D. V A , ed. Noções de Hansenologia; por Diltor Vladimir Araújo Opromolla, e colaboradores. Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato, SP, 2000. 126