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O ministério VIVA A IGREJA tem como:
MISSÃO
COOPERAR PARA O CRESCIMENTO DE IGREJAS SAUDÁVEIS.
VISÃO
FUNDAMENTALMENTE BÍBLICOS, MODERNAMENTE RELEVANTES,
ESPIRITUALMENTE INTELIGENTES E SINCERAMENTE AMOROSOS.
NOSSOS VALORES:
1. As Escrituras Sagradas - única regra de fé e prática; suficiente, inerrante e infalível;
2. Devoção sincera, pessoalmente e comunitariamente transformadora.
3. Amor à Igreja do Nosso Senhor - Sua noiva;
4. Reflexão sincera e profunda da realidade;
5. Dar de graça o que recebemos de graça.
NOSSAS ESTRATÉGIAS:
1. Debate sobre a sociedade, a Igreja e o Reino com base nas Escrituras;
2. Valorização da teologia sadia e da excelência hermenêutica;
3. Criação e participação de encontros, seminários, mesas redondas e outros meios para pensar a Igreja
na pós-modernidade, tendo como fundamento essencial as Escrituras;
4. Reflexão científica em benefício do Reino de Deus;
5. Fomento de treinamentos nas Igrejas locais para o desenvolvimento de uma espiritualidade e prática
cristã fundamentadas nas Escrituras;
6. Preparação de material para treinamentos e capacitação das igrejas locais.
DIREITOS AUTORAIS:
Todos os materiais postados são gratuitos e você está autorizado a baixá-los, reproduzi-los, distribuí-los,
divulgá-los ou postá-los em parte ou na íntegra desde que citada a fonte e mantida a autoria.
AJUDE O VIVA A IGREJA:
O ministério VIVA A IGREJA não cobra por seus materiais, mas você pode contribuir com qualquer va-
lor através da conta:
Banco do Brasil
Conta corrente: 4.241-2
Agência: 3900-4
Favorecido: Handerson Xavier
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Introdução
Bem-vindo ao desafio de crescer na fé!
Esperamos contribuir de forma decisiva para seu desenvolvimento em Cristo. Até aqui você tem sido perse-
verante na decisão de servir ao amado Senhor de nossas vidas, e esperamos que continue assim.
Este material foi elaborado para ser feito mediante os encontros de discipulados. Então, note as dicas abai-
xo:
1. Sempre inicie com uma oração e a leitura do texto bíblico da semana;
2. Leia com atenção o capítulo, os versículos indicados e assinalando as partes importantes;
3. Ao final, no “Reflita sobre isso...”, anote suas respostas;
4. Encerre com uma oração;
5. Não esqueça! O encontro de discipulado deve ser semanal.
Agradecemos aos nossos irmãos que contribuíram para a criação deste manual. Todas as idéias, críticas, su-
gestões e correções feitas foram essenciais para que o tivéssemos em mãos.
Que o Senhor possa nos abençoar de forma superabundante, pois o que mais desejamos é crescer na fé pa-
ra amá-lO cada vez mais.
Em Cristo.
Pr. Handerson Xavier
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Sumário
Cap. Pág
1. Você: Um discípulo de Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
2. Conhecendo a Deus: A Bíblia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
3. Conhecendo a Deus: A Oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4. Conhecendo a Deus: A Adoração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5. O discípulo e a vontade de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6. Livres em Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
7. Nossos relacionamentos: O Amor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
8. Nossos relacionamentos: O perdão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
9. Nossos relacionamentos: A Comunhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
10. Vida no Espírito: Sendo cheios dEle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
11. Vida no Espírito: Os frutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
12. Batalha espiritual: Os inimigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
13. Batalha espiritual: A Armadura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
14. Mantendo sua integridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
15. O Cristão e o Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
16. Testemunhar para fazer Discípulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
17. O Discípulo e o Dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
18. A Ressurreição do Senhor Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
19. Buscando as coisas do Alto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
20. As ordenanças do Senhor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
21. A Igreja: Corpo de Cristo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
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Capítulo 1
Você: Um discípulo de Jesus
Leitura: Mateus 28:19
Olá! Seja bem-vindo à família de Jesus! Graças a Deus que você tem perseverado em Seus caminhos. Sabe-
mos que surgirão dificuldades e barreiras para tentar fazê-lo desistir, e por isso o Senhor nos ensinou que deverí-
amos ser discipulados, pois por meio dele damos os primeiros passos na fé cristã e nos fortalecemos para resistir
aos ataques do Diabo, aos apelos dos nossos desejos pecaminosos e tentações deste mundo.
Este não é o primeiro manual que você faz, por isso deve estar consciente da necessidade de ter tempo de
leitura bíblica e oração. Será importante reservar um bom momento durante a semana a fim de estudar este ma-
nual e encontrar-se com seu discipulador para compartilhar sobre seu aprendizado, lutas, dúvidas, vitórias e mui-
to mais.
Lembre-se: no texto bíblico acima, Jesus diz que todos devemos ser discipulados e aprender a serví-lO, e es-
te manual foi preparado para ajudá-lo a crescer na fé, para a Glória de Deus.
Quem é discípulo de Jesus?
Para descobrir quem é discípulo de Jesus abra a sua Bíblia em Lucas 9:23. Aqui o Senhor Jesus diz que são
necessárias 3 atitudes para segui-lO. Quais são elas?
Muito bem! Um discípulo é, primeiramente, aquele que “negou a si mesmo”, entregando os cuidados da
sua vida à Jesus; agora Ele é quem comanda o leme do nosso barco, o Senhor direciona nossos passos. Somos
propriedade exclusiva dEle e devemos fazer, acima de tudo, a Sua vontade.
Em segundo lugar, o discípulo é aquele que “toma a cruz dia a dia”. Isto não quer dizer que a vida do crente
é sempre tomada de dores e sofrimentos e que não haja alegria e contentamento. Tomar a cruz representa a pos-
tura do crente frente ao desafio de caminhar com Jesus. Uma posição de entrega, sabendo que não devemos ter
medo de andar com Ele, porque mesmo que cheguemos a morrer, estamos com nossa salvação guardada, já que
a cruz significou para o Senhor não somente sofrimento e dor, mas também vitória! Glória a Deus por isto!
E, por último e igualmente importante, discípulo é aquele que aceita o “siga-me” de Jesus, não como uma
religião ou um clube, mas como um “aluno” ou “aprendiz”. Ele segue ao Mestre para observar o que Ele faz e age
da mesma forma.
Caso alguém não se enquadre nestes princípios, não pode e nem consegue ser um discípulo.
Faça este exercício assinalando aquilo que é importante para você neste momento:
( ) Aprender sobre a Bíblia ( ) Ganhar muito dinheiro ( ) Ver televisão
( ) Tempo de oração ( ) Lazer e diversão ( ) Compartilhar minha fé
( ) Namoro ( ) Tempo com Deus ( ) Agir como Jesus
( ) Comunhão ( ) Estudo bíblico ( ) Ausentar-se da comunhão
Deus: O maior amor do discípulo.
A palavra “amor” está tão corrompida e distorcida que muitas pessoas não sabem realmente o que significa
“amar”. Os discípulos de Jesus precisam ter uma visão clara sobre isso, pois foram chamados para amá-lO acima
de todas as coisas. Como diz Marcos 12:30: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a
tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”. Nada e nem ninguém deve nos impedir de amar a
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Deus. Coisa alguma e até mesmo nossa família – incluindo os parentes mais queridos – devem receber maior
amor do que aquele que damos a Deus.
Isto deve nos levar a refletir que tudo entregamos a quem mais amamos. Se tivermos dificuldades em amá-
lO acima de todas as coisas, nos será difícil confiar nEle de todo coração, lançar sobre Ele nossas ansiedades e
saber que Ele sempre tem o melhor para cada um de nós. Conseqüentemente, oraremos pouco, pois não teremos
muito desejo de estar na Sua presença e leremos pouco a Bíblia, porque não estaremos interessados em conhecê-
Lo.
Desta forma você percebe a necessidade de aprendermos sobre este amor que está acima de todas as coi-
sas, e isto faz parte do discipulado: abrir mão cada vez mais de mim mesmo para amar cada vez mais a Deus. Este
é nosso alvo e objetivo maior.
Aproveite o momento e assinale abaixo aquele que deve ser seu maior amor.
( ) pai/mãe ( ) irmãos ( ) esposa/marido ( ) filhos ( ) você ( ) Deus ( ) outro: _________________________
Alcançando o crescimento pelo discipulado
Para começar, leia Filipenses 2:12.
Como você percebeu, o texto fala sobre “desenvolver a salvação”. Significa que todos os que já estão salvos
devem procurar progredir a fim de se parecerem cada vez mais com o Senhor Jesus. Chamamos isto de santidade
ou “processo de santificação”. Para que este processo ocorra, precisamos ser moldados pela Palavra e aprender
sobre Deus, Seu Reino e como devemos viver esta vida.
O objetivo do discipulado é fazer com que um crente novo aprenda mais sobre Deus e Sua Palavra (a Bíblia),
sua nova fé, a vida na igreja, batalha espiritual, frutos do Espírito e tudo aquilo que possa ajudá-lo a desenvolver
uma vida santa e ativa.
O discipulado possui quatro aspectos:
1. O aspecto do conhecimento: Lendo a Bíblia, participando de seminários, estudando os manuais, ouvindo
sermões, etc. É disto que fala Mateus 22:29: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”. Muitos
estão no pecado porque, simplesmente, ignoram o que dizem as Escrituras. O discípulo deve ter uma vida de lei-
tura da Palavra e disposição para aproveitar as oportunidades de conhecê-la de forma mais profunda, pois ela é
“lâmpada para os nossos pés” (Salmo 119:105).
2. O aspecto da busca pessoal: Não adianta ler a Bíblia se não existir no coração um desejo de encontrar-se
pessoalmente com Deus. É o que diz o Salmo 63:1: “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a
minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água”. O grande anseio do cren-
te deve ser conhecer pessoalmente e cada vez mais ao Senhor, Sua Palavra e Seu poder. Fazer com que o Ele pas-
se de um grande desconhecido a um grande amigo.
3. O aspecto da prática: Muitos falham neste ponto. Lêem a Palavra sem a colocarem em prática. De nada
adianta só ler a Bíblia. É preciso colocá-la em prática. Assim diz Tiago 1:2: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra
e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. Perceba que alguém que lê e não pratica está se enga-
nando. O verdadeiro crescimento vem do conhecimento, da busca e da prática.
4. O aspecto da transmissão: A matemática é a seguinte: leio a Bíblia buscando sinceramente conhecer a
Deus; este desejo aliado ao conhecimento dEle através da Bíblia faz com que muitas áreas da minha vida (valores,
pecados, hábitos, caráter, etc) sejam transformadas, pois decido praticar aquilo que Ele me mostrou; isto me faz
compartilhar (ou transmitir) o que aprendi para outros irmãos, estimulando-os a buscarem mais a Deus. É o que
diz Colossenses 3:16: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em
toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração”.
Para facilitar seu aprendizado guarde as seguintes palavras: conhecer, buscar, praticar e transmitir.
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O discípulo e a prestação de contas
Jesus nos colocou numa comunidade para que crescêssemos juntos. Discipulado requer supervisão e acom-
panhamento. Para tanto, quando você entrou em uma célula, foi escolhida uma pessoa para lhe acompanhar du-
rante o início do seu crescimento. Esta pessoa é o seu “discipulador”. Ela tem um compromisso de ajudá-lo a cres-
cer na fé, orar pelas dificuldades que podem surgir, compartilhar de suas alegrias e vitórias e ser um exemplo para
você. O necessário é que você separe um tempo na sua semana para estar junto dela a fim de compartilharem
sobre este material de discipulado. Disto dependerá o seu crescimento espiritual.
Com certeza, o Diabo não gostará de vê-lo crescer na fé e se tornar uma “arma” poderosa nas mãos de
Deus. Ele fará de tudo para que isto não aconteça, tentando-o a desistir, não encontrando tempo, desanimando,
colocando amargura em seu coração, trazendo preocupações ou muitas dúvidas. Saiba que a Bíblia diz que maior
é o que está em nós (Deus) do que aquilo (Diabo) que está no mundo (1 João 4:4). As coisas não vão bem? “Ba-
teu” o desânimo? Muitas perseguições no trabalho, em casa ou na escola? Tentações difíceis de resistir? Tenha à
mão o telefone e o endereço do seu discipulador ou líder de célula, pois caso não seja possível uma visita no mo-
mento, poderá receber uma ministração pelo telefone. Mas não desista jamais de crescer para o Senhor Jesus.
Prepare-se para esta jornada
Ao nos entregarmos para Jesus, iniciamos uma vida de relacionamento com Deus, o que lhe permitirá expe-
rimentar cada vez mais dElei, dependendo de sua sede e fome espiritual. O Senhor nos chamou para produzir
frutos: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para
que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele
vo-lo conceda” (João 15:16). Mas só produziremos frutos que agradem a Deus se estivermos ligados a Ele: “Per-
manecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não perma-
necer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim” (João 15:4).
É isso aí amado(a)! Que nosso querido Deus derrame grandes bênçãos sobre a sua vida e lhe faça crescer,
muito, para a Glória dEle.
Reflita sobre isso...
1. Por que você precisa ser discipulado?
2. O que é necessário para você ser um discípulo de Jesus?
3. Você poderia explicar brevemente quais os QUATRO ASPECTOS DO DISCIPULADO?
4. Sente-se bem em ter um discipulador? O que você espera dos encontros de Discipulado?
5. Há algo que Deus falou ao seu coração durante este estudo?
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Capítulo 2
Conhecendo a Deus: A Bíblia
Leitura: 2 Timóteo 3:16
Consideramo-nos íntimos de alguém quando conhecemos detalhes da vida desta pessoa. Podemos conhe-
cer várias pessoas na escola, igreja, trabalho, família, mas somente com uns poucos mantemos uma profunda
intimidade. Isto ocorre quando conhecemos suas vontades, gostos, o que o desagrada e o que o agrada.
Em se tratando de Deus, isto é muito importante, pois Ele nos chamou para a intimidade.
Veja estes textos:
João 15:15: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos cha-
mado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”. Somos íntimos do Senhor e Ele
nos chama de amigos.
Romanos 8:15: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados,
mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai”. A palavra “Aba” significa “Paizinho”,
uma forma carinhosa de referir-se a Deus, demonstrando profunda intimidade.
A Bíblia sempre nos mostra a necessidade de nos aproximarmos cada vez mais de Deus – dia-a-dia – para al-
cançarmos uma intimidade profunda com Ele. No estudo desta semana falaremos sobre o papel da Bíblia nesta
busca.
Ser íntimo faz toda a diferença
Infelizmente, nem todos os cristãos se dispõem a buscar este relacionamento profundo com o Senhor, o
que os deixa fracos, desanimados e infrutíferos. No entanto, buscar intimidade é buscar o coração de Deus.
Para onde ir? O que fazer? Que emprego escolher? Como resolver meus problemas familiares? Como lidar
com aquele irmão difícil? Como agir no meio dos incrédulos? O que busca a intimidade sempre quer receber de
Deus a direção de sua vida. Na Bíblia vemos muitos exemplos:
Enoque era filho de Jarede (Gênesis 5:24) e sua intimidade com Deus foi tão profunda que Deus o levou pa-
ra o céu antes mesmo dele morrer. Deus o amava e lhe tinha tanto apreço que o tomou para Si.
Moisés, libertador do povo de Israel da escravidão (Êxodo 33:11) também era íntimo de Deus, o que o fez
ser chamado por Deus de “amigo”, pois falava com ele face a face através da Sua glória.
Davi, rei de Israel, foi o homem segundo o coração de Deus. Suas palavras em vários salmos demonstram
seu desejo de buscar ao Senhor, declaram seus momentos de angústia por causa do pecado e sua alegria pela
comunhão com Deus.
Estes são alguns dos exemplos bíblicos de pessoas que desfrutaram de uma profunda intimidade com Deus,
tendo suas vidas transformadas e sendo usados por Ele.
A Bíblia nos ensina sobre Deus
Para ter intimidade com Deus é preciso ler o livro que Ele escreveu. A Bíblia é uma autobiografia. Nela O
vemos revelando a Si mesmo, mostrando aos homens quem e como Ele é e o que devemos fazer para nos apro-
ximarmos dEle. Isto significa que para O conhecermos, devemos ler a Bíblia.
Como discípulo de Cristo, você deve tirar um tempo diário de leitura bíblica, dando preferência pela leitura
de livros inteiros, pois assim você será mais bem alimentado. Melhor do que ler um capítulo de um livro hoje e o
de outro livro amanhã, é concentrar-se em um livro, desde seu primeiro capítulo até o final.
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Bem. Isto aparentemente é fácil, mas não é. Além da falta de hábito que algumas pessoas têm da leitura, o
Diabo fará de tudo para afastá-lo deste propósito. Você, entretanto, deve permanecer firme, conhecendo Deus
através da Sua Palavra, pois isto fortalecerá sua mente e seu coração para lutar contra o seu pecado e contra as
investidas de Satanás, porque assim como o alimento físico é para o corpo físico, assim é a Bíblia para o nosso
espírito: o alimento!
Algumas dicas para a leitura da Bíblia
As dicas abaixo têm como propósito ajudá-lo a ter um tempo proveitoso de leitura:
1. Tenha um tempo determinado: Procure disciplinar seu tempo, já que muitas situações ocorrerão para lhe
afastar deste propósito. Não deve ser a hora em que você está mais cansado ou o horário mais ocupado do dia,
mas um tempo em que possa doar qualidade de atenção para a Palavra de Deus.
2. Faça a leitura em local adequado: Ler em locais com pouca ventilação, iluminação fraca e muito barulho
são fatores que desestimularão sua leitura. Ler deitado não é indicado, pois, além de causar desconforto no corpo
por causa da posição, pode provocar sono. Ler e ouvir som ao mesmo tempo divide a atenção do nosso cérebro e
diminui a apreensão. O local ideal é: pouco barulho, nenhuma interrupção, ventilação agradável, sentado e com
luz indireta. Estas dicas podem não tornar você um grande leitor, mas procuram melhor a qualidade e a quantida-
de do seu tempo disponível para a leitura da Bíblia.
3. Inicie com a oração: Nunca esqueça de orar antes de ler a Bíblia pedindo a Deus que ilumine seu coração
para compreender as verdades nela contidas e disposição para obedecer e praticar. É preciso sempre pedir: “Se-
nhor, ajuda-me a ver quem eu sou, o quanto preciso mudar e como posso ser melhor. Ajuda-me a obedecer ao
Senhor e a Sua Palavra”.
4. Siga um livro de cada vez: Algumas pessoas gostam de ler a Bíblia como a galinha come o milho: um aqui
e outro ali. A proposta de Deus na Palavra é oferecer um banquete, e não um pequeno lanche. Inicie o estudo da
Bíblia em um livro e siga-o até o fim. Se você é novo convertido, o estudo em algum dos Evangelhos (Mateus,
Marcos, Lucas e João) é aconselhável.
5. Faça anotações: Durante a leitura o Senhor falará muito com você e poderá ser útil fazer anotações. Po-
derão surgir dúvidas ou questionamentos que precisam de um esclarecimento por parte de seu discipulador, líder
ou pastor.
6. Meditar é essencial: Após ter seu tempo de leitura, você precisa meditar. Meditar é refletir, pensar sobre
o assunto, fazer um auto-questionamento sobre o que significa aquilo que acabou de ler e o que Deus quer lhe
ensinar. Na meditação você procurar aplicar à sua vida tudo o que leu.
Devemos sempre obedecer a Bíblia
Alguns lêem a Palavra até diariamente, mas falham em obedecê-la. Decoram versículos – e isto é até impor-
tante, sabem os textos mais famosos, emocionam-se ao lê-la sem, contudo, obedecê-la. Como se diz por aí: “entra
por um ouvido e sai pelo outro”.
Para buscarmos uma intimidade com o Senhor precisamos ler e praticar o que diz a Bíblia como Palavra de
Deus para nossas vidas. Ela pode nos confrontar, apontar nossos pecados, mostrar o quanto estamos errados,
mas nos revela a forma de tratarmos esses problemas.
Em Mateus 7:24-27 o Senhor Jesus compara o crente verdadeiro como aquele que constrói sua casa sobre a
rocha. Construir a casa sobre a rocha quer dizer “obedecer a Jesus”, e esta obediência é que mostra que somos
verdadeiros cristãos.
A Bíblia sempre apresenta o crente como alguém que obedece ao Senhor. Leia estes versículos:
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Lucas 11:28: “Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que OUVEM a palavra de Deus e a
GUARDAM!”.
João 10:27: “As minhas ovelhas OUVEM a minha voz; eu as conheço, e elas me SEGUEM”.
Mateus 7:21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que FAZ a
vontade de meu Pai, que está nos céus”.
Sua prioridade como discípulo é aprender a ouvir a voz de Deus através da Sua Palavra e colocá-la em práti-
ca, pois você é uma ovelha e deve ouvir a voz do Pastor. Agindo assim, você permitirá que Deus trabalhe em sua
vida, curando feridas espirituais, apontando falhas que precisam de restauração e levando-o ao crescimento espi-
ritual.
Reflita sobre isso...
1. Qual o propósito que temos para buscar intimidade com Deus?
2. Como a Bíblia pode nos ajudar nesta busca por intimidade?
3. Existe algo, hoje, que Deus tem falado a você por meio da Bíblia?
4. Como ovelha, há disposição em você para obedecer ao Senhor, permitindo que Ele trabalhe de forma profunda
e transformadora?
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Capítulo 3
Conhecendo a Deus: A Oração
Leitura: Colossenses 4:2
Nesta semana falaremos sobre outro fator importante na busca da intimidade com Deus: a oração.
A oração é um diálogo entre o crente e Deus. É uma conversa onde não apenas falamos sobre nós, mas bus-
camos ouvir a voz do Senhor para nossas vidas. Através da oração nós podemos conversar com o Pai sobre nossos
sonhos, lutas e dificuldades. Podemos falar com Ele sobre as pessoas que desejamos levar para Jesus e pedir que
cure ou liberte alguém.
Relacione-se com Deus pela oração.
Oração é um diálogo. É uma conversa entre você e Deus. Da mesma forma que você fala com Ele, Ele deseja
falar com você.
Oração também deve se tornar viva com a presença do Senhor na medida em que nos tornamos mais ínti-
mos dEle. A oração não foi designada para ser uma formalidade sem vida ou uma simples recitação memorizada
pela qual passamos ou uma apresentação a Deus de nossa lista de desejos.
Jesus, ao falar sobre a oração dos fariseus (Mt 6:5), condenou a oração vazia e as vãs repetições. A oração
sincera conquista a atenção de Deus. A questão não é só orar, mas orar com sinceridade e um desejo sincero de
conhecer ao Pai.
Antes de desejarmos receber as bênçãos de Deus, precisamos saber que oração é um relacionamento com
Ele. O que podemos pedir de melhor e de mais especial? Só existe uma resposta a está pergunta: o próprio Deus.
Quem entende a essência da oração sabe que nenhuma bênção se compara a isto.
O quarto de escuta.
Quando utilizamos esta expressão não o fazemos de forma literal. Queremos simplesmente dizer que de-
vemos ter um local especial para falar com o Senhor. É o seu lugar de estar a sós com Deus. Um ambiente calmo,
tranqüilo e que permita a concentração, reflexão e sua conversa com Ele. Pode ser um lugar da sua casa ou qual-
quer outro lugar onde possa desfrutar da intimidade na oração, onde haja liberdade para rir, chorar, falar, cantar
e expressar seus sentimentos na presença do Amado Pai.
Lugar para descarregar o fardo e “recarregar a bateria” da nossa vida. Lugar para aquietar a alma e descan-
sar o coração. Ali você deposita diante do Pai não somente sua vida, mas todos os irmãos da sua célula e as pes-
soas que você tem evangelizado.
A oração antes de mudar as circunstâncias ao nosso redor muda a nossa própria vida. Por meio dela nos
preparamos para fazer parte da comunhão sincera da família cristã, nos abrindo para receber a ministração dos
nossos irmãos em Cristo e nos tornando um canal dEle para as outras pessoas. A oração sincera nos faz aceitar a
vontade do Pai.
Existe uma forma correta para orar?
Esta é uma pergunta que muitos desejam a resposta. Como devemos orar? De pé, sentados, deitados ou de
joelhos? Outros se questionam: Qual é a forma mais “poderosa” de falar com Deus? Alguns chegam a declarar: “A
oração feita de joelhos tem mais efeito”. Ou ainda com relação à tonalidade da voz na oração: “Oração poderosa
é aquela de quem fala mais alto ou grita”. Outros irão defender: “A oração em tom baixo é aquela de quem tem
mais intimidade”. Bem, tudo isto é superficial diante do que é realmente importante na oração.
A Bíblia nunca impõe uma posição para orar.
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Atos 9:40: “Mas Pedro, tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se para o corpo, dis-
se: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se”.
1 Reis 19:4: “Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um
zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que
meus pais”.
2 Reis 2:20: “Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao SENHOR, dizendo: Lembra-te, SENHOR,
peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e fiz o que era reto aos teus olhos; e
chorou muitíssimo”.
Lucas 18:13, 14: “O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas
batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e
não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”. O publicano –
cobrador de impostos que sempre roubava do que arrecadava – orava de pé e foi atendido na sua oração.
Também não percebemos nenhuma referência à tonalidade da voz, se ela deve ser fraca ou forte, se deve-
mos orar baixo ou orar alto. Não há relação entre a aparência que sua oração tem e o fato dela ser atendida por
Deus.
Quando era novo convertido uma música me incomodava muito, pois dizia que a melhor oração era feita de
madrugada quando a “fila é bem menor”. Deus, dizia a música, devia estar muito ocupado durante o dia e isto
causava um congestionamento na central telefônica do céu. Este antigo cântico, na verdade, diminuía o poder de
Deus, tirando sua onipresença. O Senhor ouve nossas orações individualmente, ao mesmo tempo e sem a menor
preocupação de quanto tempo iremos levar. A melhor hora para fazermos nossas orações é aquela em que esta-
mos verdadeiramente disponíveis. Isto não depende nem da hora em que oramos e nem de quanto tempo leva-
mos.
O que pode impedir nossas orações
Não é a posição em que você ora, nem a tonalidade da sua voz e muito menos se seu português é correto. A
oração não é uma série de palavras mágicas que quando ditas na forma e na ordem corretas produzem algum
efeito. Não existem fórmulas miraculosas para tornar a oração poderosa ou mais agradável a Deus. Falar que Deus
não nos atende porque estamos orando de pé, porque falamos baixo ou nossas palavras não são utilizadas da
maneira correta é pura superficialidade. Mais importante do que saber o “sim” ou o “não” de Deus é conhecê-lO.
Veja o que pode impedir suas orações:
1. Pecado oculto: esconder e guardar pecados no coração são fortes empecilhos para que Deus ouça sua
oração. O que você precisa fazer é confessar esses pecados, abandoná-los e procurar ajuda caso não consiga su-
perá-los.
2. Mágoa ou ressentimento: estar amargurado com alguém também impede que Deus atenda nossas ora-
ções. Nossa raiva ou amargura O desagradam profundamente. Tome uma atitude correta ao perdoar aquele que
lhe fez mal, independentemente se ele lhe pediu perdão ou não.
3. Não viver a verdade: não praticar o que diz a Bíblia é não viver a verdade, e agindo assim não seremos
ouvidos. É sobre isto que Pedro falava do homem que não tratar bem sua mulher (1 Pedro 3:7). Este é o pecado
daquele que, sabendo que a Bíblia condena tal comportamento, o pratica. Precisamos, novamente, de arrepen-
dimento e mudança de vida para nos relacionarmos intimamente com Deus.
4. Busca interesseira: Buscar a Deus para satisfazer nossos prazeres carnais e pecaminosos é algo que não
será atendido. Devemos avaliar a intenção que nos leva a pedir certas coisas, pois podemos estar querendo usar
Deus para conquistarmos algo, sem, necessariamente, desejarmos estar num relacionamento com Ele. Tiago 4:3:
“pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”.
5. Falta de fé: de que adianta orar se não acreditamos que o Senhor pode – e quer – nos responder? Toda
oração pressupõe fé e desejo de ser atendido. Por isso o autor de Hebreus dizia que para nos aproximarmos de
Deus precisamos de fé (Hebreus 11:6), devemos acreditar que nosso Pai deseja relacionar-se conosco.
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O que realmente importa na oração
O importante na oração é que busquemos a Deus com um coração sincero. Para nos relacionarmos com Ele
precisamos buscá-lO de todo coração (Hebreus 10:22), desejosos por encontrá-Lo, ouvir Sua voz e não apenas
para derramarmos nossos problemas e pecados sobre Ele. Muitos procuram o poder, a bênção, os dons, os mila-
gres, as curas, sem se preocuparem em buscar ao Senhor acima de tudo; não devemos nos preocupar, pois todas
as coisas nos serão acrescentadas (Mt 6:33).
A oração deve ser, também, espontânea. Deus não aceita orações decoradas, frases que não sejam ditas pe-
lo nosso coração, palavras que, apesar de bonitas, não dizem nada do que somos ou sentimos. Nada melhor do
que a espontaneidade e a sinceridade para falarmos com o Ele.
Tenha um tempo com o Senhor
Não é interessante como separamos tempo para tudo durante o nosso dia, mas nem sempre lembramos de
orar e conversar com Deus? Um dos grandes desafios da vida cristã é mudar essa situação, buscando ao Senhor
em todos os momentos.
Se você realmente deseja isso, comece separando um tempo diário para estar com o Senhor. Procure disci-
plinar seu horário para investir tempo em oração e leitura da Palavra. Ninguém perde tempo orando ou estudan-
do a Bíblia, ao contrário, este é um tempo muito bem investido. Crentes que não agem assim são fracos e alvos
fáceis para o Diabo. O Senhor Jesus instruiu Seus discípulos a orarem para que não caíssem em tentação (Mateus
26:41).
Tendo separado este tempo, procure ser fiel a ele. Isto não quer dizer que não devemos orar em outros pe-
ríodos ou ter um tempo flexível, pois ocorrerão momentos em que não poderemos esperar chegar a hora marca-
da, mas deveremos buscar ao Senhor naquele momento. O real desafio é manter uma vida diária de oração.
Também é importante agradecer a Deus nas suas orações. Foi isto que o Senhor fez na Sua oração conheci-
da como o “Pai nosso” (Mateus 6:5-15). Jesus, antes de fazer qualquer pedido, adorou ao Pai. Quando formos
orar, precisamos agradecer, adorar, louvar. Reconhecer quem Deus É: grande, maravilhoso, misericordioso, amo-
roso, Senhor de nossas vidas, fiel, presente, etc. Tenha isto em mente quando você for conversar com Ele.
Precisamos sempre lembrar que Deus atende nossas orações se forem conforme a Sua vontade, pois Ele sa-
be o que é melhor para cada um de nós. A vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:1, 2). Po-
demos achar que determinado desejo é bom, mas Deus sabe que não é, por isso Ele sempre nos atende de acordo
com aquilo que Ele mesmo planejou para nós.
Enfim, a oração sempre é encerrada com o pedido “em nome de Jesus”. Esta não é uma fórmula, mas preci-
samos pedir tudo em nome do Senhor Jesus. Através dEle o Pai atende nossas orações.
Agora pratique a oração. Dedique-se a buscar ao Senhor, pois todo o que busca encontra e o que procura
acha – isto se você colocar seu coração no intento de encontrar ao Senhor.
Reflita sobre isso...
1. Qual sua maior dificuldade para ter uma vida de oração?
2. Você consegue ver em sua vida, hoje, algum impedimento para ter a sua oração ouvida?
3. Faça sua lista de oração e compartilhe com seu discipulador. Divida-a da seguinte maneira:
- Motivos pelos quais devo agradecer a Deus nesta semana.
- O que preciso confessar a Deus como pecado para que Ele me perdoe?
- Pessoas que precisam ouvir de Jesus através da minha vida.
- Pessoas as quais sei que necessitam de oração. Especifique quais as necessidades delas.
- Meus pedidos pessoais.
4. Encerrem este tempo orando pela lista elaborada acima.
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Capítulo 4
Conhecendo a Deus: A Adoração
Leitura: Romanos 15:9
Falar de intimidade com Deus é falar sobre louvor. Todo aquele que O conhece O adora, é impelido a exaltá-
lO por todas as Suas obras e por aquilo que Ele É.
Já estudamos sobre a Bíblia, oração, e agora aprenderemos sobre a adoração. Comece lendo o texto acima,
pois ele o ajudará a perceber o quanto isto é importante.
Isto é adoração
Adorar é honrar, louvar por algo que Deus fez ou reconhecer quem Ele É.
Louvamos a Deus por Sua infinita misericórdia, por Sua bondade e fidelidade com cada um de nós. Este é
um grande motivo para adorarmos, pois se não fosse o Seu grande amor, ainda estaríamos perdidos em nossos
pecados. Graças ao Senhor que nos amou mesmo antes de O amarmos. O Pai decidiu enviar Jesus Cristo para
morrer pelas nossas iniquidades. É importante você saber que Romanos 8:37-39 diz: “Em todas estas coisas, po-
rém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes,
nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está
em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Também O adoramos pelas Suas obras. Tudo o que Ele tem feito por nós e em nossas vidas precisa ser re-
conhecido em nosso louvor. Deus nos abençoa, ouve nossas orações, cura nossas feridas, abre portas de empre-
go, cura nossa alma e nos aceita em Sua presença. Adorar é reconhecer – e agradecer – tudo o que Ele tem feito.
Por mais que as situações estejam difíceis, Ele sempre estará ao nosso lado. Sabendo disso, nosso coração deve se
encher de uma alegria e gratidão, transformadas em um louvor vivo, sincero e maravilhoso.
Adorando com a nossa vida
A primeira forma de adoração é a louvar com nosso comportamento. Quem é agradecido a Deus pelo que
Ele É e faz, não só canta, mas vive para o Senhor. A obediência e uma vida consagrada são marcas da verdadeira
gratidão.
Este é um dos pontos mais importantes, pois caso não estejamos adorando com nossas vidas, de nada vale-
rão nossas palavras. Não adiantará cantar a Deus se não O estamos obedecendo ou então não mostramos uma
vida correta. Adorar com a vida é isto: viver como Jesus gostaria que vivêssemos e procurar agir para O agradar.
Essa é a parte mais difícil da adoração. Não é fácil abrir mão do nosso orgulho, egoísmo e pecado para dei-
xarmos o Senhor trabalhar em nossas vidas. Gostamos de “desaparecer” num culto de domingo, quando nosso
comportamento não é visto pelas pessoas. Cantamos músicas que não vivemos, mas ninguém sabe disso. A ado-
ração verdadeira e sincera começa, antes de tudo, com nossas atitudes. Desta forma adoraremos a Deus: fazendo
O que Ele aprova.
Adorando com nossas boas obras
Importante também, e que na realidade tem a ver com a adoração através da nossa vida, é a adoração por
meio das boas obras.
Esta adoração é aquela que é feita quando praticamos o bem para as pessoas, quando nossas atitudes para
com os outros são bondosas e demonstram o amor de Deus por elas. Quando ajudamos alguém, levamos pessoas
para Jesus ou trazemos os desviados novamente para Ele, socorremos aos necessitados, visitamos os enfermos ou
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praticamos qualquer ato de misericórdia, estamos adorando. Servir é adorar, e servindo às pessoas estamos ser-
vindo a Cristo.
Apesar de sermos salvos pela fé, sem a necessidade de boas obras, fomos chamados e comprados pelo san-
gue de Jesus para as praticarmos (leia Mateus 5:15 e 1 Pedro 2:12).
Para quem devemos fazer estas boas obras? Muitos podem pensar que devemos agir assim com nossos ir-
mãos em Cristo, amigos e familiares, mas isto se estende a todas as pessoas, inclusive nossos inimigos, persegui-
dores, os que falam mal de nós e os que nos maltratam. Devemos fazer o bem para todos, mesmo para aqueles
que tentam nos prejudicar. Como diz Romanos 12:21: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o
bem”. Esta é uma grande marca do verdadeiro cristão: fazer o bem para todas as pessoas. Veja o que o Senhor
Jesus nos ensina em Mateus 5:43-45: “Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu,
porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai
celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos”.
Adorando com nossas palavras
Aqui podemos incluir tudo aquilo que falamos (cânticos e orações) para o Senhor.
O livro de Salmos, um dos maiores da Bíblia, é um livro de oração e adoração. Os salmos eram músicas utili-
zadas pelos judeus em vários momentos de sua vida religiosa. Declarar o que sentimos pelo Senhor, nossa grati-
dão, nosso compromisso, nossos frutos, é resultado dos pontos anteriores: adorar com vida e praticar boas obras.
Não podemos nos calar quando devemos cantar e agradecer por tantas bênçãos que Ele tem derramado sobre
nós. Deixar de adorar através da música é pecado, assim como não viver a Palavra ou não praticar boas obras.
Muitos permitem que o desânimo, a apatia e a ingratidão penetrem em seus corações, comprometendo suas vi-
das de adoradores. Não permita que isso aconteça com você! Seja um autêntico adorador.
No livro dos Salmos encontramos com freqüência o verbo “cantar”, como no Salmo 7:17: “Eu, porém, ren-
derei graças ao Senhor, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor Altíssimo”; e o Salmo 13:6:
“Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem”; e ainda o Salmo 104:33: “Cantarei ao Senhor enquan-
to eu viver; cantarei louvores ao meu Deus durante a minha vida”.
Você pode gostar de escrever poemas ou músicas para o Senhor. Faça isso, pois Deus será adorado naquilo
que você escreve. Talvez você não saiba sobre notas musicais, melodias, mas a adoração congregacional – aquela
do domingo à noite e da célula – é para todos nós.
A adoração pelas palavras deve estar presente em nossas orações. Jesus nos ensina a iniciar a oração com
agradecimentos a Deus (Mateus 6:9), pois mesmo nos momentos mais difíceis da nossa vida, sempre teremos
motivos para louvar. Lembre-se de que você é salvo pela graça e misericórdia do Senhor. Faça da adoração um
momento importante nos cultos de domingo, nos encontros da célula e no seu período de oração.
Glorifique a Deus no que você faz
Existem outras formas de demonstrar a Deus o quanto você O ama e o quanto está disposto a adorá-lO:
- Dança: Nela utilizamos o corpo para declarar nosso amor ao Pai. Alguns talvez tenham o ministério de
dança e se dedicarão ao ensaio de coreografias e técnicas corporais, pois têm um chamado específico para isto.
Mas você pode dançar numa celebração, na célula, ou em algum momento especial com o Senhor. Dançar como
adoração a Deus não é pecado! Leia estes textos para comprovar: Êxodo 15:20; Juizes 11:34; 1 Samuel 21:11; 2
Samuel 6:14; Salmo 150:4; Jeremias 31:13; Lamentações 5:15.
- Ministério: É o lugar que cada um de nós ocupa no Corpo de Cristo. É um serviço específico para o qual
Deus nos chamou. Existem muitos ministérios: teatro, louvor, administração, infantil, adolescentes e jovens, lide-
rança, casais, servir, entre outros. Para glorificá-lO no ministério para o qual você foi chamado é preciso fazer o
melhor possível. Deus não se agrada daquele que faz a Sua obra relaxadamente (Jeremias 48:10), ao contrário,
para O adorarmos em nosso ministério, devemos procurar fazer tudo com excelência e responsabilidade.
- Ministração: Ministramos quando servimos, exortamos, admoestamos, oramos por alguém ou utilizamos
nossos dons espirituais para a edificação da igreja. Quando agimos assim, devemos ter em mente que não o faze-
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mos por nós mesmos, mas pela graça e poder de Deus. Desta forma, a glória pertence somente ao Senhor. Minis-
trar na vida do outro não somente é como nos edificamos, mas uma das formas de adoração.
- Contribuição: Dar financeiramente também é glorificar. O dinheiro sempre tenta tomar o lugar de Deus em
nossas vidas. Quando contribuímos de forma espontânea e alegre é sinal de que realmente o dinheiro não ocupa
o primeiro lugar em nosso coração, mas sim o Senhor. Além do mais, o dinheiro que investimos no Reino é rever-
tido para obras da igreja, e isto também é glorificar a Deus.
- Responsabilidade: O crente deve ser alguém que busca dar exemplo, por isso ele tem responsabilidade
com seus compromissos. Glorificar a Deus através de uma vida responsável com os horários e compromissos é
algo importante, pois é ruim ver um crente em quem ninguém confia, pois não pagas suas contas ou é visto como
alguém irresponsável. Ir para a celebração de domingo para louvar a Deus e chegar atrasado é algo que manifesta
que o crente precisa melhorar muito neste sentido. Nosso Deus merece o melhor, por isso devemos ser responsá-
veis.
- Evangelismo: o Senhor nos chamou para que mostrássemos para todo mundo o quanto Ele é bondoso
(Efésios 2:7). Fazemos isso ao levarmos as pessoas para Jesus. Quanto mais pessoas se converterem, mais irmãos
estarão glorificando a Deus. Conduzir pessoas à Cristo é glorificar ao Senhor.
Existem outras formas de adorar e você até poderia acrescentar algumas. Estas são as mais importantes pa-
ra o seu crescimento hoje. O essencial é lembrar que adorar não é apenas cantar, mas viver para o Senhor, prati-
car a Bíblia e transmitir o amor de Deus para todas as pessoas.
Os três momentos da adoração
- A adoração pessoal: é o momento em que você está no seu devocional orando e estudando a Bíblia. Por
ser um momento de intimidade, aproveite para desenvolver sua criatividade na adoração pessoal, declamando
poemas, cantando músicas, tocando algum instrumento, escrevendo cartas para Deus como agradecimento, len-
do salmos, orando agradecendo, cantando junto com um CD ou qualquer outra forma que possa utilizar para de-
monstrar seu amor e gratidão.
- A adoração na célula: é o momento que, juntamente com seu grupo familiar, você adora ao Senhor. Procu-
re envolver-se com os irmãos da sua célula neste momento. Pode haver propostas para um louvor diferente, mas
a essência da adoração sempre estará presente: agradecer a Deus. Este momento não pode faltar em sua célula,
mas há a tendência de não o levarmos a sério. A atitude de irreverência (desrespeito) para com a presença de
Deus na célula é algo condenável, um grande pecado, já que nosso Senhor merece o melhor. Envolva-se neste
momento e ajude seus irmãos a fazerem o mesmo.
- A adoração na celebração: são os encontros semanais de todas as células, quando nos reunimos para
agradecermos a Deus como uma família. Celebramos o amor de Deus, a salvação e nossa comunhão. Novamente,
precisa estar presente o elemento do respeito (reverência), pois, apesar de todos desfrutarmos de liberdade para
adorar com a postura que desejarmos (de pé, sentados, ajoelhados, etc.), não temos a liberdade de não adorar. A
atenção deve estar focalizada no Senhor, com os nossos corações atentos a Ele.
Para começar a adorar
Apesar de não merecermos a presença de Deus, Ele nos aceita por causa de Jesus Cristo que morreu por
nós. A adoração em minha vida deve causar transformação. Devo refletir sobre minha situação espiritual diante
de Deus e quais impedimentos existem para me aproximar dEle. Nossa confissão dizendo: “Pai, perdoa-me porque
pequei”, precede a adoração, preparando nossa vida para um real encontro com Deus.
Reflita sobre isso...
1. De acordo com a leitura dessa semana, como podemos adorar a Deus?
2. Pense e compartilhe sobre formas de adorar a Deus.
3. Compartilhe sobre como você tem experimentado os três momentos da adoração.
4. Consegue perceber em sua vida alguma atitude que impeça seu louvor?
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Capítulo 5
O discípulo e a vontade de Deus
Leitura: Romanos 12:1 e 2
Muito temos falado sobre Deus e Sua vontade. Aprendemos que Ele ama seus filhos e deseja o melhor para
eles. Aqui surge uma questão muito importante: como saber qual a vontade de Deus para nossas vidas? Corremos
o risco de confundir nosso desejo pessoal com o “sim” dEle para aquilo que pedimos. Sentimo-nos empolgados
com uma ótima proposta de emprego ou um namoro em vista e nos questionamos: Deus quer isto para minha
vida? Então começamos a “interpretar os sinais” de Deus baseados neste anseio de recebermos uma resposta
positiva de Sua parte.
Podemos estar “cegos” por causa dos nossos desejos. Deixamos de ver as coisas como elas realmente são.
Desprezamos as desvantagens, os problemas e os defeitos. Então, chega o momento em que confundimos a von-
tade de Deus com a nossa ou, simplesmente, começamos a pensar se Ele realmente sabe o que é melhor.
No estudo desta semana abordaremos este importante tema para a vida espiritual: Como saber e fazer a
vontade de Deus? Não garantimos respostas fáceis ou fórmulas prontas para resolver esta questão, mas procura-
remos dar direcionamentos para melhor ouvir ao Senhor, descobrir qual Sua vontade e ter condições de experi-
mentá-la.
Leia o texto da semana, e dedique especial atenção ao estudo abaixo.
A vontade de Deus e a nossa
Não nascemos preparados para conhecer e fazer a vontade de Deus. Com efeito, alguns podem prová-la e
ainda assim não se sentirem satisfeitos. Isto ocorre por causa do espírito de rebelião que existe na raça humana
caída e pecaminosa. Herdamos este descontentamento em nossa natureza. Nossa vontade, então, mostra-se con-
trária à vontade de Deus.
Sem Cristo, somos movidos pelos nossos desejos, paixões e ambições. Buscamos a satisfação pessoal acima
de qualquer coisa; desejamos a felicidade pessoal a todo custo; queremos realizar nossos desejos mesmo que
para isso tenhamos que pecar. A vontade de Deus é contrária a tudo isto. Ela é antagônica à nossa natureza des-
truída pelo pecado. Por isso dizemos que, naturalmente, o ser humano não tem condições de sentir-se plenamen-
te realizado ao provar a vontade do Senhor.
Salmo 34:8 diz: “Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia”.
Somos convidados por Deus a provar dEle. Conhecê-lO. Mas sem uma certa preparação não estaremos prontos
para este encontro. De fato, o Senhor é bom, mas nem todos conseguem chegar a esta conclusão, principalmente
quando Sua vontade é contrária àquilo que se deseja.
Ao contrário, aquele que confia sua vida ao Senhor é feliz, como diz o Salmo 84:12: “Ó Senhor dos Exércitos,
feliz o homem que em ti confia”. Descobrimos muitos ensinamentos interessantes sobre a vontade do Senhor na
Bíblia. Veja estes versículos:
- Mateus 7:21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus”. Os que fazem a vontade do Senhor mostram que são salvos.
- Mateus 12:50: “Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe”.
O Senhor Jesus considera como parte de Sua família aqueles que fazem Sua vontade.
- João 9:31: “Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pra-
tica a sua vontade, a este atende”. Deus ouve aqueles que fazem Sua vontade.
- 1 Tessalonicenses 4:3: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prosti-
tuição”. A vontade de Deus é que nos santifiquemos e purifiquemos do pecado.
- Hebreus 10:36: “Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de
Deus, alcanceis a promessa”. Devemos perseverar em fazer a vontade de Deus, seja ela qual for.
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- 1 Pedro 2:15: “Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância
dos insensatos”. A vontade de Deus é que demos bom testemunho e pratiquemos o bem para calar aqueles que
falam contra o Evangelho.
- 1 Pedro 3:17: “Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do
que praticando o mal”. Pode ser da vontade de Deus o passar por algum sofrimento.
Aprenda a fazer a vontade de Deus
Já dizia o salmista: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por
terreno plano” (Salmo 143:10). Esta é uma oração sábia! Talvez muito possam dizer ao final de suas orações: “Seja
de acordo com o Teu querer, Senhor”, mas precisamos com igual interesse pedir a Deus que nos ensine como
fazer a Sua vontade.
Existem dois grupos de pessoas que buscam conhecer a vontade de Deus:
1. Os convenientes: Querem saber a vontade de Deus, mas sem o compromisso de realizá-la. São curiosos,
mas não obedientes. Estão dispostos a obedecer desde que ela esteja de acordo com o que querem. Na verdade,
eles oram com a decisão já tomada.
2. Os sinceros: Buscam de todo coração agradar a Deus, não importando qual seja Sua vontade. O que inte-
resa aos sinceros é obedecer. Confiam que o Senhor tem o melhor para oferecer. Os sinceros têm desejos e an-
seios assim como os convenientes. A diferença está na maneira de reagir ao “não” e ao “sim” de Deus. Os sinceros
obedecem.
Para que passemos de convenientes a sinceros devemos encarar uma tríplice mudança em nossa vida:
1. Devemos nos oferecer como sacrifício. Romanos 12:1 diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de
Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.
Sacrificar-se quer dizer consagrar-se inteiramente a Deus, incluindo a vontade. É pertencer inteiramente à Ele,
depositando tudo que temos e somos em Sua presença – sentimentos, dores, desejos, sonhos, frustrações e me-
dos – e dizer: “Faça em mim, Senhor, a Tua vontade”. É abrir mão daquilo que mais quero em favor da vontade de
Deus para a minha vida. Alguém que não esteja completamente disposto a agir desta maneira não conseguirá
provar da vontade de Deus.
2. Não devemos nos conformar com este século. Romanos 12:2 diz: “E não vos conformeis com este sécu-
lo”. O “século” representa os valores deste mundo distante de Deus. Valores contaminados pelo pecado, pela
vaidade e pelo orgulho. Podemos encontrar dificuldades em fazer a vontade de Deus pelo fato dos nossos valores
ainda estarem comprometidos pelo pecado. Devemos fazer uma profunda avaliação interior e descobrir o que
existe em nós que precisa ser mudado. Talvez Deus já esteja mostrando qual a Sua vontade e, até mesmo, fazen-
do com que você a experimente, mas tendo seus valores contaminados por este “século” fica difícil sentir-se satis-
feito. Estes valores envolvem toda a nossa vida: família, dinheiro, trabalho, objetivos de vida, entre tantos outros.
O nosso desafio é identificar quais são eles e seguir o terceiro ponto.
3. Devemos ter nossa mente transformada. Romanos 12:2 diz: “Mas transformai-vos pela renovação da
vossa mente”. Saber quais valores precisam ser mudados não é suficiente para provar a vontade de Deus. É preci-
so mudá-los, e isto ocorre à medida que são substituídos por valores construídos segundo a Bíblia. Quanto mais
formos transformados, mais teremos condições de experimentar o melhor do Senhor para nossas vidas. Precisa-
mos passar por esta renovação interior, o que não é fácil, pois somos confrontados a todo o momento por velhos
hábitos e desejos pecaminosos que precisam ser abandonados, mas se desejamos experimentar a boa, perfeita e
agradável vontade de Deus, devemos passar por este doloroso processo.
Somente desta forma estaremos preparados para descobrir e obedecer a vontade de Deus.
A vontade de Deus é boa, agradável e perfeita
Todos desejamos coisas boas. Buscamos aquilo que acreditamos nos fazer bem, mesmo que os outros
achem que seja algo muito ruim. Queremos o melhor para nossa família, o melhor na nossa vida profissional, as
melhores posições no mercado de trabalho, a melhor casa, os melhores eletrodomésticos. Somos muito apegados
à qualidade. Quando queremos adquirir algum bem pensamos em qualidade e preço.
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Gastamos muito dinheiro numa boa casa para, após alguns meses, descobrir que ela foi construída com ma-
terial de baixa qualidade e surgem infiltrações e goteiras nos dias de chuva. Compramos uma roupa nova e logo
percebemos que ela encolheu na primeira lavagem. Com muita alegria compramos um carro novo, mas nossa
felicidade se desfaz quando começam os defeitos e as peças de reposição são caras e a mão-de-obra dispendiosa.
Damos de presente aos nossos filhos um vídeo game de última geração para, no mês seguinte sermos surpreendi-
dos por um mais novo ainda. Em todos esses casos e todos os outros que acontecem existe algo em comum: bus-
camos o melhor que nosso dinheiro possa pagar. Ao final das contas dizemos muitas vezes: “Ah, se eu soubesse
disso não teria comprado”. Não sabemos o futuro, não dispomos de todos os fatos, não acompanhamos a linha de
produção daquilo que adquirimos.
O que quero dizer é que a nossa capacidade de decidir entre o que é bom ou ruim é muito limitada. Como
aquele investidor da bolsa de valores que compra várias ações de uma empresa que, ninguém imaginava, estava
desviando seus recursos e maquiando os resultados para esconder os prejuízos. Sim, todos nós somos limitados e
nossas escolhas refletem exatamente isso. Muitos utilizam o ditado: “Se arrependimento matasse, eu já estaria
morto”.
Não é imprudente, então, substituir o nosso melhor pelo excelente de Deus. Isto diz Filipenses 1:10: “Para
aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo”. Você deseja o melhor para a
sua vida? Fico feliz por isso. Mas saiba que Deus tem para você aquilo que é excelente!
A vontade de Deus é descrita em Romanos 12:2 da seguinte forma: “Para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
O Senhor é onisciente. Ele conhece todas as coisas em todos os momentos, não tendo uma visão limitada
como a nossa. Conhece o passado, sabe o presente e vê o futuro. Podemos confiar nEle por causa de Sua bonda-
de, do Seu amor, do Seu poder e da Sua onisciência, que é um de Seus atributos, lhe conferindo o poder de saber
tudo, em todo tempo e em todos os lugares.
Experimentar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável só é possível através da fé, pois submeter-
se ao propósito de Deus não significa uma vida sem sofrimento ou angústia. O que pode ocorrer é justamente o
contrário! Obedecemos e acabamos sofrendo. Devemos confiar nEle, sabendo que Seus planos não podem ser
frustrados (Jó 42:2). Podemos não saber a razão do que passamos no momento, mas temos a convicção de que o
Senhor está no controle, tomando conta de nós. Não há porque temer, pois Deus quer o excelente para Seus fi-
lhos.
Como descobrir a vontade de Deus
Até aqui vimos que não estamos naturalmente preparados para provar a vontade de Deus. Pedir algo que
Deus não quer nos dar mostra-se uma experiência comum e multiplica o número de “orações não atendidas”.
Para experimentar e gostar daquilo que o Senhor tem para nós é necessário sacrifício e mudança de vida, trocan-
do valores seculares por valores bíblicos. Só desta forma teremos condições de saber e aprovar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.
Partindo do princípio que você não busca conhecer a vontade do Senhor por pura conveniência, mas é sin-
cero em seu desejo; que sacrificou a si mesmo e tem procurado mudar seus valores pecaminosos por valores san-
tos, vale terminar este estudo dando alguns conselhos sobre como saber a vontade de Deus para a sua vida.
1. Primeiro conselho: CONHEÇA-O! Como saber o que alguém deseja se não conhecermos essa pessoa?
Quanto mais você saber sobre Deus, mais condições terá de descobrir qual a Sua vontade. Baseado nisto, leia a
Bíblia diariamente. Nela encontramos muito da vontade de Deus claramente revelada. Um exemplo: Você recebe
uma proposta de emprego que lhe trará muito dinheiro, mas que o deixará sem tempo para a família. Será que é
da vontade de Deus? A Bíblia já dá a resposta: Não! O compromisso do marido é no cuidado espiritual de sua fa-
mília, e nisto não deve ser negligente. Portanto, muitas das orações que fazemos já estão respondidas nas Escritu-
ras.
2. Segundo conselho: ORE! Quer descobrir a vontade de Deus? Pergunte a Ele! Busque a Deus sinceramente
em suas orações. Não se aproxime dEle com as “cartas marcadas” ou com tudo resolvido. Esteja aberto a mudar
completamente seus planos em favor daquilo que o Senhor deseja,
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3. Terceiro conselho: ESPERE! Não seja precipitado. Seja cauteloso e paciente. Deus não responde orações
de acordo com a nossa agenda. Ele tem a forma correta de agir e intervir no momento certo. Temos a tendência
de interpretar este “silêncio” de Deus como desinteresse. Muitas vezes é nesta “demora” que Ele está trabalhan-
do em nosso coração para ouvirmos a Sua resposta.
4. Quarto conselho: ACONSELHE-SE! Lemos em Provérbios 11:14 que “na multidão de conselheiros há segu-
rança”. Podemos estar tão hipnotizados com aquilo que queremos que deixamos de perceber eventuais armadi-
lhas diabólicas, pecados, erros e complicações. Ouvir alguém que não está envolvido é útil para tirarmos uma me-
lhor conclusão, além do que Deus pode usar as pessoas para nos revelar a Sua vontade. Também não adianta pe-
dir conselhos para aquelas pessoas que dirão o que queremos ouvir. Esteja aberto a posições contrárias.
5. Quinto conselho: OUÇA! Não tente manipular a resposta ou fingir que não entendeu. Quando Deus diz
“não” quando esperávamos que Ele dissesse “sim”, podemos ter esta tendência. Lembre-se, Ele quer para você o
excelente, aquilo que é bom, agradável e perfeito. Então, compreenda o “não” de Deus como o excelente para a
sua vida. De igual forma, o “sim” dEle é bom, agradável e perfeito.
A vontade de Deus e o Seu plano em nossa vida
Resta-nos, por fim, lembrar que o excelente não é aquilo que desejamos, mas o que o Senhor tem planeja-
do para nós. A vontade é boa, agradável e perfeita porque foi assim avaliada por Deus. Como dissemos, somos
limitados, avaliamos muito mal os riscos e as implicações daquilo que pedimos.
Filipenses 1:6 diz: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la
até ao Dia de Cristo Jesus”. Esta é a vontade de Deus, é isto que Ele deseja: concluir em nós aquilo que Ele come-
çou. Esta vontade sempre se realizará. Deus não abrirá mão de Seu plano em nosso favor por causa das nossas
orações. Ele sempre nos atende à medida da Sua vontade, como lemos em 1 João 5:14: “E esta é a confiança que
temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”. O nosso grande desa-
fio é orar na direção daquilo que Deus deseja, assim como aprendeu o rei Davi: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó
Deus meu” (Salmo 40:8a).
Agindo assim seremos abençoados por Deus, recebendo dEle aquilo que é excelente para nós. O Senhor nos
surpreenderá com muitas bênçãos boas, agradáveis e perfeitas.
Reflita sobre isso...
1. Em se tratando de conhecer e fazer a vontade de Deus você se considera um conveniente ou um sincero? Pro-
cure definir cada um dos dois tipos. Talvez você precise dizer que em alguns momentos é conveniente e, em ou-
tros, sincero. Procure discutir com seu discipulador sobre as ocasiões em que isto acontece.
2. A vontade de Deus só é experimentada por aqueles que passaram pelas 3 transformações. Compartilhe com o
seu discipulador sobre suas dificuldades em permitir que estas mudanças ocorram em sua vida. Compartilhe,
também, valores seculares que precisam ser mudados.
3. A vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. Como podemos aplicar este conhecimento às situações de gran-
de dificuldade pelas quais passamos?
4. Como aplicar os 5 conselhos para saber a vontade de Deus para a sua vida? Você está buscando alguma respos-
ta de Deus neste momento? Como estes conselhos podem ajudá-lo?
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Capítulo 6
Livres em Jesus
Leitura: Colossenses 1:13, 14
Estar em Cristo significa ser livre. Nesta semana aprenderemos sobre a nossa liberdade em Jesus. Libertos
de que ou de quem? Livres para quê? Como fomos libertos? Estas são algumas perguntas que procuraremos res-
ponder neste estudo.
Quando estamos sem Cristo experimentamos uma falsa liberdade. Temos “liberdade” para fazer o que der
em nossa cabeça, mesmo que sejam muitas loucuras e pecados. Não temos que prestar contas a ninguém. Por
essa aparente liberdade, alguns julgam ruim o caminho de Cristo, mas precisamos lembrar que o nosso inimigo –
o Diabo – não faz o bem nem mesmo para aqueles que são seus escravos.
Nosso propósito é lhe apresentar a sua liberdade em Jesus, como vivê-la e, também, a vantagem de sermos
servos de Cristo. Com isso, desejamos fortalecer o seu coração contra as investidas do Diabo, firmando suas con-
vicções de que você não é mais um escravo do inimigo, mas servo de Deus.
Sem Cristo somos escravos do Diabo
Basta ler o texto de Tito 3:3 para ter uma visão da nossa escravidão no mundo: “Pois nós também, outrora,
éramos néscios, desobedientes, desgarrados, ESCRAVOS de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia
e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros”. No mundo, a nossa “liberdade” é utilizada para desagradar a
Deus e fazer aquilo que o Diabo gosta. Por mais tentador que seja viver no pecado, o resultado é a separação
eterna de Deus, isto é, o inferno.
A Bíblia diz que tudo que fizermos nos será cobrado, pois prestaremos contas de cada uma de nossas atitu-
des e palavras. Viver uma vida de liberdade sem Jesus pode parecer melhor do que submeter-se a Ele, mas os
resultados serão trágicos no dia do juízo, em que o Senhor julgará todas as pessoas.
Satanás e seus anjos têm como ministério roubar, matar e destruir (João 10:10), e não poupará esforços pa-
ra alcançar estes propósitos. Tudo o que é oferecido por ele tem aparência de inocência, prazer, alegria e satisfa-
ção, mas o que ele realmente quer é matar, roubar e destruir. Existem várias formas de fazer isto, e Satanás é
muito astuto: adultério, mentira, fofoca, maledicência, inveja, amargura, vícios, infidelidade e avareza entre ou-
tros pecados, são grandes laços lançados por ele. Uma vez na armadilha, ele não perderá tempo em devorar sua
vítima.
A morte de Jesus: O preço da nossa liberdade
Nossa liberdade teve um preço. Veja o que diz Apocalipse 5:9: “e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és
de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue COMPRASTE para Deus os que
procedem de toda tribo, língua, povo e nação”.
Perceba que fomos comprados com o sangue de Jesus para pertencermos a Deus. Se antes éramos escravos
do Diabo e a ele servíamos, agora somos escravos do Senhor. Nosso dono mudou, mas ainda temos proprietário.
O Senhor é o dono de nossas vidas. Ele é o nosso Pastor e nós as suas ovelhas. Leia 1 Pedro 1:18: “Ora, se invocais
como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante
o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que
fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de
cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”.
Este foi o nosso preço: o sangue de Jesus. Ele morreu por nossos pecados, com diz 1 Coríntios 15:3: “Cristo
morreu por nossos pecados”. Na cruz, o Senhor estava sofrendo pelas nossas dores, apagando nossas faltas, lim-
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pando nossa vida. Fez isto para que nos sujeitássemos a Ele e não mais ao Diabo. Isto é algo pelo qual devemos
agradecer sempre!
Em Cristo somos servos de Deus
Ao entregarmos nossa vida para Jesus deixamos de servir ao Diabo e passamos a servir a Deus. Isto significa
que Ele é o Senhor das nossas vidas. Devemos, portanto, fazer o que O agrada. A Bíblia chama isto de “consagra-
ção” ou “santidade”, que é aquele que Deus escolheu e separou para Si. Como santos, devemos lutar para pare-
cermos cada vez mais com o nosso Senhor.
A nossa separação do mundo não envolve apenas as regras negativas do tipo “não faça isso” ou “não faça
aquilo”. Devemos obedecer muitos mandamentos que a Bíblia tanto recomenda como ordena. Veja o que diz 2
Coríntios 5:15: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele
que por eles morreu e ressuscitou”. A Palavra de Deus diz que Jesus morreu por nós, para que vivêssemos não
para nós mesmos, mas para o Senhor. Este é o grande propósito e ideal de vida do discípulo: parecer-se cada vez
mais com Jesus.
A Bíblia diz que não devemos mentir, mas falar a verdade; diz que não devemos usar a nossa língua para
amaldiçoar, mas abençoar; não devemos roubar, mas trabalhar; não devemos fazer o mal, mas praticar o bem;
entre tantas outras coisas que não devemos fazer, mas muitas atitudes que devem fazer parte de nossa vida cris-
tã.
Você não pode ter dois senhores (Mateus 6:24). Não pode amar o mundo e a Jesus (1 João 2:15). Quem ama
o mundo e as coisas do mundo se torna um inimigo de Deus. Por isso a sua vida precisa ser consagrada para per-
tencer inteiramente ao Senhor.
Jesus nos livra da culpa
Quando algumas pessoas se convertem, ainda sentem o peso de seus pecados. Não conseguem se livrar da
culpa e sempre se questionam: “Será que Deus realmente me perdoou?”. Para respondermos esta questão preci-
samos ler Romanos 8:2: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.
Aqui diz que Cristo nos livrou da lei do pecado e da morte. A culpa pelos nossos erros é coisa do passado.
A Bíblia também nos dá a certeza baseada no fato de que em Cristo nós somos novas criaturas. É o que diz 2
Coríntios 5:17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fize-
ram novas”. A nossa velha vida ficou para trás. Nossos erros, nossas maldições, nossas dívidas diante de Deus e
nossas ofensas foram apagadas. Como crentes nós precisamos tomar consciência e ter plena certeza de nossa
posição de novas criaturas. O Diabo tentará lançar sobre você o peso dos velhos pecados e das velhas culpas, mas
tenha certeza de que você é uma nova criação de Deus em Cristo Jesus. Leia o Salmo 103:12.
Mudando velhos hábitos e valores
Mesmo convertidos, ainda precisamos experimentar uma vida cada vez mais transformada. A Bíblia sempre
coloca a consagração como um processo, algo que leva tempo e esforço durante a caminhada cristã, onde somos
confrontados com hábitos e valores contrários à Palavra de Deus. Este doloroso processo é necessário para o cris-
tão e é necessária a disposição de trilhar este caminho de humildade para se parecer cada vez mais com o Senhor
Jesus.
Veja o que Deus precisa trabalhar:
1. Problemas pessoais: Pode ser uma falta de perdão que gera mágoa em seu coração; um erro do passado
que prejudicou alguém; a timidez que o impede de relacionar-se; indisposição com alguém por motivo de discor-
dância; dificuldades familiares de respeito ou submissão; problemas no trabalho; falta de sabedoria em relacio-
nar-se na escola, mau testemunho, entre outros pecados na área pessoal.
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2. Valores errados: Isto é muito comum, pois trazemos valores e conceitos errados quando viemos do mun-
do para a igreja. Precisamos conhecer a Palavra de Deus para aprendermos o que ela nos revela sobre os valores
do Reino. Um exemplo: no mundo, os maiores são considerados aqueles que são servidos; no Reino, os maiores
são os que servem. A lógica de Deus é diferente da lógica do mundo, e isto precisa de ajustes quando entramos na
vida da Igreja.
3. Hábitos nocivos: Outra área que precisamos de libertação diz respeito aos nossos hábitos. São costumes e
vícios aprendidos no mundo dos quais precisamos nos libertar. Podem prejudicar o nosso corpo (1 Coríntios 6:19),
ou não. Somos moradas do Espírito Santo, e por isso devemos nos cuidar. Cigarro e álcool são apenas dois dos
vários vícios que podem nos prejudicar. Existem outros hábitos nocivos, como pedir dinheiro a agiota, música com
mensagens anticristãs, tempo gasto com inutilidades, preguiça, maledicência, mentira, roubo, entre outros.
4. Problemas sexuais: Umas das áreas que mais tocam o ser humano é a sexualidade. A forma bíblica de tra-
tar sobre este tema é completamente diferente do mundo. Além de serem pecados, estas questões podem criar
hábitos em nossa vida, dificultando ainda mais o nosso crescimento. Tendências ou práticas homossexuais, mas-
turbação, sexo antes do casamento, adultério, casais com dificuldades no relacionamento sexual, e outros peca-
dos ligados a esta área formam grandes fraquezas. Precisam de libertação e cura.
5. Problemas financeiros: Incapacidade de cuidar bem de suas finanças, gastando muito mais do que rece-
be; apego exagerado ao dinheiro; falta de vontade de contribuir com a obra de Deus; egoísmo por não querer
ajudar aos irmãos que passam por dificuldades e uma vida constantemente insatisfeita e amargurada por não
receber o que merece. Como cristãos, devemos ter sabedoria para lidar com o dinheiro, pois ele pode ser uma
grande armadilha para aprisioná-lo ao pecado.
Buscando e alcançando libertação
Nossos pecados impedem nosso crescimento e podem levar ao desvio da fé. Abaixo, damos algumas dicas
para alcançar a libertação. Mas lembre-se: o caminho pode ser doloroso e humilhante, mas a gratificação é a li-
berdade e a aprovação de Deus.
1. Primeiro passo: Identifique suas fraquezas. Cuidado! Nem sempre elas são percebidas de forma clara,
podendo estar oculta. É interessante ao Diabo deixá-lo na ignorância e convencê-lo de que tal prática não repre-
senta um risco à espiritualidade. Identificar as fraquezas é como cavar um poço: pode faltar ar, ser quente e até
mesmo ter muita lama, mas é lá no fundo que as encontramos.
A identificação é uma conquista de Deus em nossas vidas. Por mais que tenhamos capacidade de saber
quais são elas, nos falta coragem e sinceridade o suficiente para as confessarmos. Neste momento é importante
pedirmos a ajuda de Deus através da oração e meditação na Palavra. A identificação torna-se não a busca por um
dia, mas uma busca insistente e diária, até que Deus mostre e eu consiga – ou queira – ver. Devemos fazer como o
salmista: “Examina-me, SENHOR, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos” (Salmo 26:2). Nossa oração
deve ser neste molde, pedindo ao Senhor que Ele faça uma sondagem profunda em nossa alma.
Quando conseguir identificá-las, tenha o cuidado de anotá-las, pois há o risco de você esquecer ou deixar
para lá quando passar o impacto da descoberta. Faça anotações do que Deus lhe mostrou de forma específica e
procure lembrar os momentos em que essas fraquezas se manifestam.
Algo importante durante todo o processo é contar com a ajuda de algum irmão que interceda por sua vida e
tenha condições de ministrar para você.
2. Segundo passo: Confesse a sua fraqueza. Talvez este seja o passo mais doloroso. Coisas banais podem ser
fáceis de confessarmos, mas alguns dos nossos dramas, dores e pecados podem nos causar vergonha.
Lemos em 1 João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e
nos purificar de toda injustiça”. Uma vez descoberta a fraqueza, confesse-a a Deus, pois Ele o perdoará. Esta é
uma maravilhosa promessa para você. A luta contra o pecado pode não ser resolvida em um dia ou um momento.
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Não existem palavras mágicas para libertar ou curar, mas Deus tem poder para fazer isto na sua vida, podendo,
entretanto, levar algum tempo. Tome cuidado, pois o Diabo pode tentá-lo a desistir do processo, desestimulando-
o a crer no perdão de Deus.
Confesse aos seus irmãos. Sobre isto Tiago nos recomenda: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos ou-
tros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16).
Quando confessamos nossos pecados uns aos outros, abrimos o coração para a cura, pois podemos receber a
ministração de nossa célula ou algum irmão sobre nossa vida. Esteja disposto a compartilhar sua dificuldade, pois
isto é um passo importante em sua libertação. Confie na sua célula, pois ela tem um pacto de fidelidade e amor,
não sendo permitido comentar fora do grupo o que foi confessado.
3. Terceiro passo: Persevere. Ser perseverante é insistir até conseguir. A libertação pode demorar algum
tempo, mas não desista! Neste momento, torna-se de grande importância a “prestação de contas”, onde você
compartilha com seu discipulador ou líder sobre como anda o processo, quais são suas dificuldades e como têm
sido as vitórias. Ao ser perseverante seja sincero. O seu discipulador quer ajudá-lo a alcançar a libertação, mas
você precisa ser transparente. Não esconda informações, não minta e não fuja do problema, pois a cura é alcan-
çada encarando a verdade com coragem.
Ao identificar certos pecados, poderá ser feita alguma espécie de “restituição”. Se alguma atitude sua casou
prejuízo para outra pessoa, é preciso que haja um momento de restituir o mal que você fez. Pode ser necessário
quitar uma dívida que foi feita; concertar algo que você quebrou; assumir uma mentira que você falou; pedir per-
dão a quem magoou. A restituição é sempre na medida do erro e é feita para reparar o mal praticado.
A libertação é possível se colocarmos o nosso coração diante de Deus e desejarmos o crescimento espiritu-
al.
Não existem maldições para os que estão com Jesus
Você é livre! Não pesam sobre a sua vida maldições, pois Jesus as quebrou quando morreu na cruz. Lembre-
se que você é uma nova criatura e deve viver livre de todas as fraquezas que impedem seu crescimento. Busque
ao Senhor de todo o seu coração e Ele mostrará no que você precisa melhorar.
Reflita sobre isso...
1. Procure lembrar seu tempo de escravo no mundo. Como o diabo escravizava você?
2. Como Deus tem transformado sua vida e o libertado após a conversão?
3. Você ainda tem algum problema de culpa que gostaria de compartilhar?
4. Você já consegue identificar alguma fortaleza em sua vida nas áreas citadas no estudo?
5. Dos passos para a libertação das fortalezas, qual deles é mais difícil para você seguir?
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Capítulo 7
Nossos relacionamentos: O Amor
Leitura: João 13:35
No estudo desta semana falaremos sobre nossos relacionamentos. Aparentemente relacionar-se parece fá-
cil, mas pode tornar-se difícil. Em momento algum o Senhor prometeu uma vida terrena sem dificuldades, princi-
palmente no que diz respeito aos nossos relacionamentos. Somos diferentes, com problemas diferentes e formas
de agir peculiares. Uns gostam de jogar bola, outros de vôlei. Uns gostam de rock, enquanto outros preferem mú-
sica clássica. Relacionar-se no Corpo de Cristo é um desafio que precisamos vencer.
Não existe forma melhor de tratar sobre isso do que falando acerca do amor. Esta grande marca do discípu-
lo em João 13:35 é essencial para o bom relacionamento entre os irmãos.
Antes de tudo, precisamos ser humildes. Não podemos tratar os outros como inferiores a nós mesmos por-
que têm gostos diferentes dos nossos. Na verdade, a Bíblia diz que devemos considerar os outros “superiores a
nós mesmos” (Filipenses 2:3). Portanto, esteja revestido deste espírito de humildade para aprender sobre o amor,
pois somente os humildes conseguem aprender a amar.
Por que precisamos amar uns aos outros?
Um dos mandamentos mais repetidos em toda a Bíblia é sobre o amor. Precisamos refletir sobre esta ques-
tão: Por que a Bíblia insiste tanto que devemos amar uns aos outros? Isto tem muitas algumas explicações impor-
tantes.
Primeiramente, Deus diz que devemos amar uns aos outros porque Ele é amor. Como diz 1 João 4:8: “Aque-
le que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. Ele nos deu o maior exemplo ao nos escolher quando
ainda éramos Seus inimigos. Foi dEle a decisão de enviar a Jesus para morrer por nós na cruz. Perceba que este
texto diz que quem conhece a Deus ama, pois o amor é uma marca que é impressa em nossas vidas quando nos
entregamos para Jesus. Então o Senhor diz que devemos seguir seu exemplo (João 13:15) e ser como Ele (João
13:15). Então, ser discípulo de Jesus é amar.
Em segundo lugar, há tanto esta insistência em amar porque não é uma tarefa fácil. Se definirmos amor
como um mero sentimento, chegaremos à conclusão de que é muito fácil, mas não é só isto. O amor de Deus foi
demonstrado em atitudes, não apenas em algo que Ele sentia (João 3:16). Ele não apenas declarou-Se para nós,
mas decidiu agir motivado por este amor. O resultado foi o gesto mais amoroso e misericordioso de toda a histó-
ria da humanidade: Jesus fazendo-Se carne para morrer em nosso lugar. Quando falamos sobre amarmos aos
outros estamos nos referindo não apenas a sentir, a falar, mas, principalmente, ao que fazemos. Sobre isto diz 1
João 3:18: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”.
O amor em 1 Coríntios 13
O texto de 1 Coríntios 13 é o mais lembrado ao falarmos sobre este tema. Nesta passagem, Paulo mostra
que o amor é um dom de Deus dado para todos os crentes, sendo chamado de “dom mais importante”. Leia 1
Coríntios 13 e veja quais as características do verdadeiro amor.
Em primeiro lugar, Paulo fala da importância de fazer as tudo com amor: caridade, sacrifício, profetizar,
operar milagres, ministrar com dons espirituais, ofertar, etc. O amor deve estar presente em tudo que fazemos,
tanto por Deus quanto pelas pessoas. Podemos adorar sem amar a Deus; dar esmolas sem amarmos realmente
aos necessitados; manifestar os dons miraculosos sem amor; evangelizar sem amor; orar sem amor e até mesmo
sermos mortos por causa da fé, mas sem amarmos verdadeiramente a Deus. O amor deve estar presente em tudo
o que fazemos.
Em seguida, Paulo nos apresenta algumas das características:
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1. O amor é paciente (v. 4): paciência (ou perseverança) é a capacidade de sofrer infortúnios, dificuldades e
lutas sem perder o amor. Quem ama suporta as perseguições sem amargura ou ódio. Em outras palavras, o amor
não tem “pavio curto”. Ssabe esperar, colocando diante de Deus suas dificuldades sem procurar a vingança.
2. O amor é benigno (v. 4): aquele que faz ou age com bondade. Mesmo recebendo o mal, é capaz de fazer
o bem. Assim fez o nosso Senhor, pois quando éramos seus inimigos por causa do pecado (Efésios 2:3), Ele nos
deu a vida através de Jesus Cristo. Amar é não pagar o mal com o mal (Romanos 12:21), mas vencer o mal com o
bem. Esta benignidade não deve se resumir aos irmãos na fé, mas para com todos, inclusive para com os que nos
fazem mal, falam contra nós ou nos perseguem (Mateus 6:27-36).
3. O amor não arde em ciúmes (v. 4): já ouvimos falar que o ciúme é o tempero do amor. Grande mentira
esta, pois o ciúme não é amor. Ao contrário, o verdadeiro amor não arde em ciúmes. Nada tem a ver o cuidado
que devemos ter uns pelos outros e o ciúme. O ciúme é possessivo e inseguro, ao passo que o verdadeiro amor é
compartilhar e confiar. Por isso, o amor não pode envolver ciúmes.
4. O amor não se orgulha ou se ufana (v. 4): são duas palavras com o mesmo significado. Ufanar-se é contar
vantagem ou querer posicionar-se acima das outras pessoas. Como o princípio do amor é a humildade e conside-
rar os outros superiores a si mesmo, a atitude da ufania não demonstra o verdadeiro amor. Quem ama enxerga o
outro numa posição de igualdade. Uma das marcas do amor é a ausência do orgulho por algo que fez por alguém.
5. O amor não se ensoberbece (v. 4): soberba tem o mesmo significado que arrogância. Aqui também está
presente a atitude de humildade, pois o amor não é arrogante, não vive destratando as pessoas. O soberbo gosta
de exaltar-se, mostrando o quanto é importante ou que faz algo melhor que os outros. Gosta de exaltar suas qua-
lificações e capacidades. O verdadeiro amor não se preocupa com essas coisas, nem se julga superior por causa
delas.
6. O amor não age inconvenientemente (v. 5): quem ama sabe se comportar e tratar as pessoas. O amor nos
leva a refletir sobre nossas ações antes mesmo as praticarmos. A pessoa que ama reflete: “Será conveniente agir
assim?”, “Quais serão as conseqüências dos meus atos?”. O amor faz somente o que convém, o que seja puro,
agradável e sábio.
7. O amor não procura seus próprios interesses (v. 5): esta é um das grandes marcas do verdadeiro amor.
Quem ama procura o bem do próximo, pensa nas necessidades dos outros e não somente nas suas. Um grande
exemplo deste amor é o de Jesus, que sofreu e morreu pelos nossos interesses. Sobre isso, o apóstolo Paulo diz:
“Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”.
8. O amor não se exaspera (v. 5): a pessoa que ama não trata os outros de maneira áspera ou grosseira.
Quem ama procura ser gentil. Precisamos tomar cuidado quando passamos por problemas, pois temos a tendên-
cia de descontar nos outros nossas dificuldades. Temos que ter cuidado ao compartilhar nossas decepções, para
que não acabemos ferindo os que nada têm a ver com isso. Precisamos tomar cuidado, também, quando os ou-
tros passam por problemas, pois elas ficam sem paciência e têm a tendência de tratar-nos de forma áspera.
9. O amor não se ressente do mal (v. 5): em palavras bem simples, quem ama não se amargura. Mesmo que
alguém faça o mal, quem ama não ficará amargurado ou desejando a vingança, ao contrário, pagará o mal que lhe
foi feito com uma boa atitude. Se alguém falar mal, retribuirá com palavras de bênçãos. Ao ser perseguido, orará
pelo perseguidor, pois o amor não fica ressentido ou amargurado por algo ruim que lhe aconteceu.
10. O amor não se alegra com a injustiça, mas folga com a verdade (v. 6): umas das coisas que entristece o
coração de quem ama é ver alguém sofrendo uma injustiça. Quem ama não aprova o que está errado, não fecha
os olhos para o pecado e não fica calado diante da opressão. Amar é “botar a boca no trombone”, apontando os
erros e não praticando as coisas que tais pessoas praticam. Se quem ama é entristecido pela injustiça, por outro
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lado alegra-se ao ver a verdade sendo dita e defendida. Enquanto a injustiça representa um peso, a verdade tor-
na-se um alívio.
11. O amor tudo sofre (v. 7): o amor não é apagado pelas adversidades. O sofrimento não é capaz de destru-
ir o verdadeiro amor, mas termina por aumentá-lo. Quem ama sabe ser empático e sensível ao sofrimento do
próximo, como se ele mesmo sofresse. Isto significa que o amor consegue passar por todo tipo de adversidade, de
dor e de angústia sem deixar de ser amor.
12. O amor tudo espera (v. 7): alguém já disse que “o amor não tem pressa de vencer, mas contenta-se com
a certeza”. Quem ama sabe esperar, perseverar, aguardar com paciência. O amor não nos torna ansiosos ou pre-
cipitados, mas nos faz ter o que chamamos de “longanimidade”, que é a capacidade de esperar por muito tempo.
Quem ama não desiste de amar.
13. O amor tudo suporta (v. 7): É a capacidade sobrenatural dada por Deus aos cristãos. O amor nos faz su-
portar as perseguições, tentações, ameaças, injúrias, calúnias e tudo mais. Jesus suportou, por amor a nós, a cruz
que tão cruelmente Lhe tirou a vida. O amor nos faz estar dispostos para sofrer tudo pela causa de Cristo.
Exercendo o amor pelos seus irmãos
Como vimos, o amor não é um mero sentimento, mas sim prática. Por isso, sempre que a Bíblia fala do
amor, o faz demonstrando uma série de atitudes. Veja alguns versículos e o que eles dizer sobre como devemos
amar.
Romanos 12:9 – O nosso amor deve ser sincero.
Romanos 12:10 – O amor deve ser cordial, tratando bem todas as pessoas.
1 Coríntios 16:14 – Todos os nossos atos devem ser feitos com amor.
Gálatas 5:13 – O amor deve nos levar a servirmos uns aos outros.
Efésios 4:2 – Suportar com amor as pessoas difíceis.
1 Tessalonicenses 3:12 – Nosso amor precisa crescer e aumentar.
Hebreus 10:24 – Precisamos ajudar as pessoas a amarem cada vez mais.
1 Pedro 1:22 – O amor deve ser intenso e vivo.
1 João 5:3 – Quem ama a Jesus de verdade obedece aos Seus mandamentos.
Estes são apenas alguns exemplos deste assunto tão abundante em toda a Bíblia, e vez por outra você se
deparará com alguma exortação ou mandamento para amarmos uns aos outros.
Veja agora algumas formas práticas para demonstrar amor para seus irmãos:
1. Sensibilidade: O amor é sensível ao próximo, e sem sensibilidade não há amor. Demonstar que você se in-
teressa pelos problemas do outro é uma ótima forma de demonstar e viver o amor que você tem. Não podemos
ficar de braços cruzados quando vemos algum irmão passando por lutas. Quem ama procura fazer algo para dimi-
nuir um sofrimento alheio. Quanto mais formos sensíveis, mais teremos a possibilidade de aumentarmos o nosso
amor.
2. Ministração com o dom espiritual: O dom espiritual é a capacitação que Deus dá ao crente no momento
da conversão, quando o Espírito Santo passa a habitar nele. Utilizar o dom para abençoar vidas é uma forma de
amar. Existem vários dons, e futuramente você aprenderá quais são eles para poder utilizá-los para edificar a igre-
ja.
3. Serviço cristão: Existem muitas atitudes recomendadas pela Bíblia, mesmo que não faça parte do nosso
dom espiritual, como por exemplo: consolar, repreender, orar, dar uma Palavra, aconselhar, usar de misericórdia,
servir fisicamente, etc. Não podemos esperar que só quem que tenha o dom faça, mas devemos fazer a nossa
parte, ministrando na vida das pessoas.
4. Doando seu tempo: O bem mais precioso dos nossos dias é o tempo. Em se tratando de amor, este é um
importante investimento. Quando você demonstra seu amor através do cuidado, do dom espiritual ou do serviço,
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não está perdendo ou gastando o seu tempo, mas investindo. Tenha isso em mente, pois relacionamentos de-
mandam tempo, e ninguém que não está disposto a agir assim conseguirá amar de verdade.
Amar. Uma decisão para hoje
Algo muito forte sobre o amor descrito na Bíblia é que ele não nos deixa outra escolha a não ser amar. Não
existe, em nenhuma passagem da Palavra de Deus, qualquer desculpa que possa liberar você deste compromisso.
Este é um mandamento para ser obedecido, mesmo antes de ser sentido. A nossa decisão deve ser a de
amar as pessoas com um amor prático e sensível. Esta é uma escolha não para amanhã, mas para HOJE!
Muitos irmãos precisam dos seus dons, do seu serviço e da sua atenção, por isso, esteja preparado para in-
vestir tempo em demonstrar amor para as pessoas.
Lembre-se! O amor é uma decisão que acontece no coração de quem foi amado por Deus: você.
Reflita sobre isso...
1. Por que precisamos amar uns aos outros?
2. Avalie seu amor diante do trecho de 1 Coríntios 13 que foi estudado.
3. O que você poderia fazer em termos práticos para demonstrar seu amor pelos irmãos?
4. Existe alguém que, para você, é difícil de amar?
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29
Capítulo 8
Nossos relacionamentos: O Perdão
Leitura: Colossenses 3:13
Todo aquele que se relaciona corre o risco de entrar em conflito por causa de algum pecado que tenha co-
metido ou por ser alvo do pecado alheio. Isto ocorre porque, além da natureza pecaminosa, somos diferentes uns
dos outros, e conviver nesta diversidade de sentimentos e pensamentos não é tarefa fácil, mas possível e até ne-
cessária para o cristão.
O autor de Hebreus nos exorta: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, faça-
mos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10:25). Nossos problemas pesso-
ais não são barreiras para a comunhão, mas desafios para nos ajustarmos à vida no Corpo de Cristo.
Nesta semana aprenderemos como resolver certos problemas na comunhão através do perdão, este mara-
vilhoso mecanismo criado por Deus para resolver conflitos e intrigas. Devemos ressaltar que para perdoarmos,
precisamos amar, e por isto falamos sobre o amor no estudo passado.
Quando não há perdão
Viver sem perdão na Igreja é algo impossível. Podemos até levar uma vida religiosa, mas sem perdão ela fica
sem vida, sem ânimo e sem a bênção de Deus. Deixar de perdoar ou de pedir perdão contamina não só a nossa
vida, mas a de outras pessoas, trazendo sérias conseqüências.
A primeira conseqüência por não perdoarmos é que Deus também não nos perdoa. Veja o que diz Mateus
6:15: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofen-
sas”. Este texto deixa claro que para recebermos o perdão de Deus precisamos também perdoar. Então, não per-
doar significa quebrar o nosso relacionamento com os irmãos e com Deus.
Por que Ele nos trata assim? Por sabes o quanto vale o perdão. O fato de ter perdoado nossos pecados signi-
fica que devemos perdoar as ofensas que os outros praticam contra nós. Nosso Pai sacrificou a Jesus para nos
perdoar e por isso não podemos reter o perdão – afinal, será que somos maiores ou mais justos do que Deus? O
que ocorre é que, quando nos sentimos perdoados por Deus, ganhamos uma disposição para perdoarmos aos
outros.
Uma segunda conseqüência é a amargura. Se não perdoamos é porque temos amargura em nosso coração
e não estamos demonstrando o amor de Deus. Não perdoar, além de tudo, é pecado, e por isso também precisa-
mos pedir perdão. Muitos sentem dificuldades em perdoar porque ainda não compreenderam a totalidade do
amor do Pai.
Outro problema com a amargura é que ela é contamina os outros. Hebreus 12:15 diz: “Atentando, diligen-
temente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que,
brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. Este versículo mostra que a amargura é
uma raiz que cresce a ponto de invadir o coração dos outros. Desta forma, quando estamos amargurados, acaba-
mos de levar outros a se amargurarem. Com toda a certeza não é só a falta de perdão a causa da amargura, mas é
importante nos avaliarmos para saber se não a sentimos por alguém.
Uma última conseqüência é o enfraquecimento da igreja. Quando não perdoamos o nosso coração se con-
tamina de amargura e, uma vez contaminado, leva outros a se contaminarem. Isto traz um enfraquecimento na
comunhão, afastando os irmãos uns dos outros e de Deus, tornando-os alvos fáceis para o Diabo. É muito preocu-
pando que muitos cristãos não saibam perdoar. O Senhor Jesus orou: “Perdoais nossas ofensas assim como nós
perdoamos a quem nos tem ofendido” (Mateus 6:12).
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30
Quando é preciso perdoar
Devemos perdoar quando alguém comete um pecado contra nós. Não existe um número máximo de vezes
que podemos perdoar. Em nosso coração precisamos desenvolver amor, paciência e tolerância para com o outro,
pois o perdão deve ser um presente dado aos que pecam.
Caso alguém peque contra você, esteja consciente que, como cristão, deve perdoá-lo, mesmo que ele não
se arrependa do que fez. O nosso perdão deve ser incondicional, pois não depende do arrependimento do outro.
Não podemos esperar que alguém se arrependa para que decidamos perdoar. O que acontece é que, quando
aquele que errou vem lhe pedir perdão, você verbaliza o que já aconteceu em seu coração. O perdão já foi dado,
você não tem mágoa em seu coração, e a declaração é para a restauração do relacionamento.
Caso alguém venha lhe pedir perdão e você o negar, a pessoa é justificada, pois agiu corretamente ao que-
rer restaurar o relacionamento, mas você peca, por ter retido o perdão. Tome como exemplo o Senhor Jesus que,
morrendo na cruz, insistiu em perdoar aqueles que tiravam a Sua vida (Lucas 23:34).
Devemos perdoar porque, acima de tudo, Deus nos perdoou quando vivíamos longe dEle. Seu perdão nos
foi dado para apagar a multidão dos nossos erros. Como forma de manifestar a gratidão por tamanho perdão,
devemos ser levados pelo amor que temos por Ele a perdoar os que pecarem contra nós. Não temos outra esco-
lha a não ser perdoar os pecados que são cometidos contra nós.
Quando é preciso pedir perdão
No caso acima, alguém pecou e você deveria perdoar. Agora acontece justamente o contrário: você pecou
contra alguém e precisa pedir perdão. Vamos procurar entender bem o que a Bíblia fala sobre ARREPENDIMENTO.
O Novo Dicionário da Bíblia diz que “arrependimento” é “uma radical transformação de pensamento, atitu-
de e direção” e ainda, que “consiste de um abandono ao pecado e de um voltar-se para Deus e Seu serviço”.
Podemos pecar contra Deus, mas pecando contra as pessoas estamos pecando contra Ele também. Entre-
tanto, devemos avaliar se o nosso arrependimento é sincero. Para isto procure questionar-se o porquê de você
estar se arrependendo. Caso seja por causa do sofrimento que o erro trouxe, pode não ser realmente sincero, mas
se, em meio ao sofrimento do pecado, você percebeu que magoou o coração de Deus, tem tudo para ser o verda-
deiro arrependimento.
O Arrependimento sincero é aquele que:
1. Reconhece: Quando nos damos conta que magoamos ao Pai e que agimos contrários a Sua Palavra. O re-
conhecimento do pecado não deve ser porque perdeu alguma coisa ou deixou de ganhar algo, mas é o profundo
constrangimento e a vergonha por ter desobedecido. Este é o reconhecimento, e ele deve ser profundo, procu-
rando ter consciência de todos os atos que praticamos com o nosso pecado, não escondendo nenhum deles.
Lembre-se: O MOTIVO DO NOSSO ARREPENDIMENTO DEVE SER PORQUE MAGOAMOS A DEUS E O DESOBEDECE-
MOS.
2. Confessa: Quando declaramos a Deus tudo o que fizemos de errado, passo a passo. Devemos ser sinceros
quando confessamos, não ocultado pecado algum ou diminuindo a sua seriedade. Uma tendência que temos ao
confessarmos nossos pecados é a de responsabilizar os outros pelo que fizemos. Esta tentativa de “aliviar nossa
barra” com Deus colocando parte da responsabilidade nos outros demonstra que não estamos sendo sinceros o
suficiente. Na confissão não somos acusadores dos outros, mas pedimos perdão pelas nossas faltas.
3. Muda: Quando abandonamos o pecado e nos voltamos para Deus. Não basta reconhecer e confessar, é
preciso abandonar o pecado. Deixar o que estamos praticando de errado é parte inseparável do arrependimento.
A idéia é que quando pecamos, trilhamos o caminho errado, mas ao nos arrependemos voltamos a caminhar em
santidade. Abandonar o pecado pode ser muito doloroso, mas não podemos afastar esta necessidade de sofrer tal
dor para restaurar a nossa comunhão com Deus.
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Crescendo na Fé

  • 1. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 1
  • 2. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 2 O ministério VIVA A IGREJA tem como: MISSÃO COOPERAR PARA O CRESCIMENTO DE IGREJAS SAUDÁVEIS. VISÃO FUNDAMENTALMENTE BÍBLICOS, MODERNAMENTE RELEVANTES, ESPIRITUALMENTE INTELIGENTES E SINCERAMENTE AMOROSOS. NOSSOS VALORES: 1. As Escrituras Sagradas - única regra de fé e prática; suficiente, inerrante e infalível; 2. Devoção sincera, pessoalmente e comunitariamente transformadora. 3. Amor à Igreja do Nosso Senhor - Sua noiva; 4. Reflexão sincera e profunda da realidade; 5. Dar de graça o que recebemos de graça. NOSSAS ESTRATÉGIAS: 1. Debate sobre a sociedade, a Igreja e o Reino com base nas Escrituras; 2. Valorização da teologia sadia e da excelência hermenêutica; 3. Criação e participação de encontros, seminários, mesas redondas e outros meios para pensar a Igreja na pós-modernidade, tendo como fundamento essencial as Escrituras; 4. Reflexão científica em benefício do Reino de Deus; 5. Fomento de treinamentos nas Igrejas locais para o desenvolvimento de uma espiritualidade e prática cristã fundamentadas nas Escrituras; 6. Preparação de material para treinamentos e capacitação das igrejas locais. DIREITOS AUTORAIS: Todos os materiais postados são gratuitos e você está autorizado a baixá-los, reproduzi-los, distribuí-los, divulgá-los ou postá-los em parte ou na íntegra desde que citada a fonte e mantida a autoria. AJUDE O VIVA A IGREJA: O ministério VIVA A IGREJA não cobra por seus materiais, mas você pode contribuir com qualquer va- lor através da conta: Banco do Brasil Conta corrente: 4.241-2 Agência: 3900-4 Favorecido: Handerson Xavier
  • 3. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 3 Introdução Bem-vindo ao desafio de crescer na fé! Esperamos contribuir de forma decisiva para seu desenvolvimento em Cristo. Até aqui você tem sido perse- verante na decisão de servir ao amado Senhor de nossas vidas, e esperamos que continue assim. Este material foi elaborado para ser feito mediante os encontros de discipulados. Então, note as dicas abai- xo: 1. Sempre inicie com uma oração e a leitura do texto bíblico da semana; 2. Leia com atenção o capítulo, os versículos indicados e assinalando as partes importantes; 3. Ao final, no “Reflita sobre isso...”, anote suas respostas; 4. Encerre com uma oração; 5. Não esqueça! O encontro de discipulado deve ser semanal. Agradecemos aos nossos irmãos que contribuíram para a criação deste manual. Todas as idéias, críticas, su- gestões e correções feitas foram essenciais para que o tivéssemos em mãos. Que o Senhor possa nos abençoar de forma superabundante, pois o que mais desejamos é crescer na fé pa- ra amá-lO cada vez mais. Em Cristo. Pr. Handerson Xavier
  • 4. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 4 Sumário Cap. Pág 1. Você: Um discípulo de Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 2. Conhecendo a Deus: A Bíblia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 3. Conhecendo a Deus: A Oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 4. Conhecendo a Deus: A Adoração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 5. O discípulo e a vontade de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 6. Livres em Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 7. Nossos relacionamentos: O Amor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 8. Nossos relacionamentos: O perdão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 9. Nossos relacionamentos: A Comunhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 10. Vida no Espírito: Sendo cheios dEle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 11. Vida no Espírito: Os frutos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 12. Batalha espiritual: Os inimigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 13. Batalha espiritual: A Armadura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 14. Mantendo sua integridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 15. O Cristão e o Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54 16. Testemunhar para fazer Discípulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 17. O Discípulo e o Dinheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 18. A Ressurreição do Senhor Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 19. Buscando as coisas do Alto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 20. As ordenanças do Senhor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 21. A Igreja: Corpo de Cristo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
  • 5. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 5 Capítulo 1 Você: Um discípulo de Jesus Leitura: Mateus 28:19 Olá! Seja bem-vindo à família de Jesus! Graças a Deus que você tem perseverado em Seus caminhos. Sabe- mos que surgirão dificuldades e barreiras para tentar fazê-lo desistir, e por isso o Senhor nos ensinou que deverí- amos ser discipulados, pois por meio dele damos os primeiros passos na fé cristã e nos fortalecemos para resistir aos ataques do Diabo, aos apelos dos nossos desejos pecaminosos e tentações deste mundo. Este não é o primeiro manual que você faz, por isso deve estar consciente da necessidade de ter tempo de leitura bíblica e oração. Será importante reservar um bom momento durante a semana a fim de estudar este ma- nual e encontrar-se com seu discipulador para compartilhar sobre seu aprendizado, lutas, dúvidas, vitórias e mui- to mais. Lembre-se: no texto bíblico acima, Jesus diz que todos devemos ser discipulados e aprender a serví-lO, e es- te manual foi preparado para ajudá-lo a crescer na fé, para a Glória de Deus. Quem é discípulo de Jesus? Para descobrir quem é discípulo de Jesus abra a sua Bíblia em Lucas 9:23. Aqui o Senhor Jesus diz que são necessárias 3 atitudes para segui-lO. Quais são elas? Muito bem! Um discípulo é, primeiramente, aquele que “negou a si mesmo”, entregando os cuidados da sua vida à Jesus; agora Ele é quem comanda o leme do nosso barco, o Senhor direciona nossos passos. Somos propriedade exclusiva dEle e devemos fazer, acima de tudo, a Sua vontade. Em segundo lugar, o discípulo é aquele que “toma a cruz dia a dia”. Isto não quer dizer que a vida do crente é sempre tomada de dores e sofrimentos e que não haja alegria e contentamento. Tomar a cruz representa a pos- tura do crente frente ao desafio de caminhar com Jesus. Uma posição de entrega, sabendo que não devemos ter medo de andar com Ele, porque mesmo que cheguemos a morrer, estamos com nossa salvação guardada, já que a cruz significou para o Senhor não somente sofrimento e dor, mas também vitória! Glória a Deus por isto! E, por último e igualmente importante, discípulo é aquele que aceita o “siga-me” de Jesus, não como uma religião ou um clube, mas como um “aluno” ou “aprendiz”. Ele segue ao Mestre para observar o que Ele faz e age da mesma forma. Caso alguém não se enquadre nestes princípios, não pode e nem consegue ser um discípulo. Faça este exercício assinalando aquilo que é importante para você neste momento: ( ) Aprender sobre a Bíblia ( ) Ganhar muito dinheiro ( ) Ver televisão ( ) Tempo de oração ( ) Lazer e diversão ( ) Compartilhar minha fé ( ) Namoro ( ) Tempo com Deus ( ) Agir como Jesus ( ) Comunhão ( ) Estudo bíblico ( ) Ausentar-se da comunhão Deus: O maior amor do discípulo. A palavra “amor” está tão corrompida e distorcida que muitas pessoas não sabem realmente o que significa “amar”. Os discípulos de Jesus precisam ter uma visão clara sobre isso, pois foram chamados para amá-lO acima de todas as coisas. Como diz Marcos 12:30: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força”. Nada e nem ninguém deve nos impedir de amar a
  • 6. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 6 Deus. Coisa alguma e até mesmo nossa família – incluindo os parentes mais queridos – devem receber maior amor do que aquele que damos a Deus. Isto deve nos levar a refletir que tudo entregamos a quem mais amamos. Se tivermos dificuldades em amá- lO acima de todas as coisas, nos será difícil confiar nEle de todo coração, lançar sobre Ele nossas ansiedades e saber que Ele sempre tem o melhor para cada um de nós. Conseqüentemente, oraremos pouco, pois não teremos muito desejo de estar na Sua presença e leremos pouco a Bíblia, porque não estaremos interessados em conhecê- Lo. Desta forma você percebe a necessidade de aprendermos sobre este amor que está acima de todas as coi- sas, e isto faz parte do discipulado: abrir mão cada vez mais de mim mesmo para amar cada vez mais a Deus. Este é nosso alvo e objetivo maior. Aproveite o momento e assinale abaixo aquele que deve ser seu maior amor. ( ) pai/mãe ( ) irmãos ( ) esposa/marido ( ) filhos ( ) você ( ) Deus ( ) outro: _________________________ Alcançando o crescimento pelo discipulado Para começar, leia Filipenses 2:12. Como você percebeu, o texto fala sobre “desenvolver a salvação”. Significa que todos os que já estão salvos devem procurar progredir a fim de se parecerem cada vez mais com o Senhor Jesus. Chamamos isto de santidade ou “processo de santificação”. Para que este processo ocorra, precisamos ser moldados pela Palavra e aprender sobre Deus, Seu Reino e como devemos viver esta vida. O objetivo do discipulado é fazer com que um crente novo aprenda mais sobre Deus e Sua Palavra (a Bíblia), sua nova fé, a vida na igreja, batalha espiritual, frutos do Espírito e tudo aquilo que possa ajudá-lo a desenvolver uma vida santa e ativa. O discipulado possui quatro aspectos: 1. O aspecto do conhecimento: Lendo a Bíblia, participando de seminários, estudando os manuais, ouvindo sermões, etc. É disto que fala Mateus 22:29: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus”. Muitos estão no pecado porque, simplesmente, ignoram o que dizem as Escrituras. O discípulo deve ter uma vida de lei- tura da Palavra e disposição para aproveitar as oportunidades de conhecê-la de forma mais profunda, pois ela é “lâmpada para os nossos pés” (Salmo 119:105). 2. O aspecto da busca pessoal: Não adianta ler a Bíblia se não existir no coração um desejo de encontrar-se pessoalmente com Deus. É o que diz o Salmo 63:1: “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água”. O grande anseio do cren- te deve ser conhecer pessoalmente e cada vez mais ao Senhor, Sua Palavra e Seu poder. Fazer com que o Ele pas- se de um grande desconhecido a um grande amigo. 3. O aspecto da prática: Muitos falham neste ponto. Lêem a Palavra sem a colocarem em prática. De nada adianta só ler a Bíblia. É preciso colocá-la em prática. Assim diz Tiago 1:2: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. Perceba que alguém que lê e não pratica está se enga- nando. O verdadeiro crescimento vem do conhecimento, da busca e da prática. 4. O aspecto da transmissão: A matemática é a seguinte: leio a Bíblia buscando sinceramente conhecer a Deus; este desejo aliado ao conhecimento dEle através da Bíblia faz com que muitas áreas da minha vida (valores, pecados, hábitos, caráter, etc) sejam transformadas, pois decido praticar aquilo que Ele me mostrou; isto me faz compartilhar (ou transmitir) o que aprendi para outros irmãos, estimulando-os a buscarem mais a Deus. É o que diz Colossenses 3:16: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração”. Para facilitar seu aprendizado guarde as seguintes palavras: conhecer, buscar, praticar e transmitir.
  • 7. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 7 O discípulo e a prestação de contas Jesus nos colocou numa comunidade para que crescêssemos juntos. Discipulado requer supervisão e acom- panhamento. Para tanto, quando você entrou em uma célula, foi escolhida uma pessoa para lhe acompanhar du- rante o início do seu crescimento. Esta pessoa é o seu “discipulador”. Ela tem um compromisso de ajudá-lo a cres- cer na fé, orar pelas dificuldades que podem surgir, compartilhar de suas alegrias e vitórias e ser um exemplo para você. O necessário é que você separe um tempo na sua semana para estar junto dela a fim de compartilharem sobre este material de discipulado. Disto dependerá o seu crescimento espiritual. Com certeza, o Diabo não gostará de vê-lo crescer na fé e se tornar uma “arma” poderosa nas mãos de Deus. Ele fará de tudo para que isto não aconteça, tentando-o a desistir, não encontrando tempo, desanimando, colocando amargura em seu coração, trazendo preocupações ou muitas dúvidas. Saiba que a Bíblia diz que maior é o que está em nós (Deus) do que aquilo (Diabo) que está no mundo (1 João 4:4). As coisas não vão bem? “Ba- teu” o desânimo? Muitas perseguições no trabalho, em casa ou na escola? Tentações difíceis de resistir? Tenha à mão o telefone e o endereço do seu discipulador ou líder de célula, pois caso não seja possível uma visita no mo- mento, poderá receber uma ministração pelo telefone. Mas não desista jamais de crescer para o Senhor Jesus. Prepare-se para esta jornada Ao nos entregarmos para Jesus, iniciamos uma vida de relacionamento com Deus, o que lhe permitirá expe- rimentar cada vez mais dElei, dependendo de sua sede e fome espiritual. O Senhor nos chamou para produzir frutos: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda” (João 15:16). Mas só produziremos frutos que agradem a Deus se estivermos ligados a Ele: “Per- manecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não perma- necer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim” (João 15:4). É isso aí amado(a)! Que nosso querido Deus derrame grandes bênçãos sobre a sua vida e lhe faça crescer, muito, para a Glória dEle. Reflita sobre isso... 1. Por que você precisa ser discipulado? 2. O que é necessário para você ser um discípulo de Jesus? 3. Você poderia explicar brevemente quais os QUATRO ASPECTOS DO DISCIPULADO? 4. Sente-se bem em ter um discipulador? O que você espera dos encontros de Discipulado? 5. Há algo que Deus falou ao seu coração durante este estudo?
  • 8. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 8 Capítulo 2 Conhecendo a Deus: A Bíblia Leitura: 2 Timóteo 3:16 Consideramo-nos íntimos de alguém quando conhecemos detalhes da vida desta pessoa. Podemos conhe- cer várias pessoas na escola, igreja, trabalho, família, mas somente com uns poucos mantemos uma profunda intimidade. Isto ocorre quando conhecemos suas vontades, gostos, o que o desagrada e o que o agrada. Em se tratando de Deus, isto é muito importante, pois Ele nos chamou para a intimidade. Veja estes textos: João 15:15: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos cha- mado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”. Somos íntimos do Senhor e Ele nos chama de amigos. Romanos 8:15: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai”. A palavra “Aba” significa “Paizinho”, uma forma carinhosa de referir-se a Deus, demonstrando profunda intimidade. A Bíblia sempre nos mostra a necessidade de nos aproximarmos cada vez mais de Deus – dia-a-dia – para al- cançarmos uma intimidade profunda com Ele. No estudo desta semana falaremos sobre o papel da Bíblia nesta busca. Ser íntimo faz toda a diferença Infelizmente, nem todos os cristãos se dispõem a buscar este relacionamento profundo com o Senhor, o que os deixa fracos, desanimados e infrutíferos. No entanto, buscar intimidade é buscar o coração de Deus. Para onde ir? O que fazer? Que emprego escolher? Como resolver meus problemas familiares? Como lidar com aquele irmão difícil? Como agir no meio dos incrédulos? O que busca a intimidade sempre quer receber de Deus a direção de sua vida. Na Bíblia vemos muitos exemplos: Enoque era filho de Jarede (Gênesis 5:24) e sua intimidade com Deus foi tão profunda que Deus o levou pa- ra o céu antes mesmo dele morrer. Deus o amava e lhe tinha tanto apreço que o tomou para Si. Moisés, libertador do povo de Israel da escravidão (Êxodo 33:11) também era íntimo de Deus, o que o fez ser chamado por Deus de “amigo”, pois falava com ele face a face através da Sua glória. Davi, rei de Israel, foi o homem segundo o coração de Deus. Suas palavras em vários salmos demonstram seu desejo de buscar ao Senhor, declaram seus momentos de angústia por causa do pecado e sua alegria pela comunhão com Deus. Estes são alguns dos exemplos bíblicos de pessoas que desfrutaram de uma profunda intimidade com Deus, tendo suas vidas transformadas e sendo usados por Ele. A Bíblia nos ensina sobre Deus Para ter intimidade com Deus é preciso ler o livro que Ele escreveu. A Bíblia é uma autobiografia. Nela O vemos revelando a Si mesmo, mostrando aos homens quem e como Ele é e o que devemos fazer para nos apro- ximarmos dEle. Isto significa que para O conhecermos, devemos ler a Bíblia. Como discípulo de Cristo, você deve tirar um tempo diário de leitura bíblica, dando preferência pela leitura de livros inteiros, pois assim você será mais bem alimentado. Melhor do que ler um capítulo de um livro hoje e o de outro livro amanhã, é concentrar-se em um livro, desde seu primeiro capítulo até o final.
  • 9. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 9 Bem. Isto aparentemente é fácil, mas não é. Além da falta de hábito que algumas pessoas têm da leitura, o Diabo fará de tudo para afastá-lo deste propósito. Você, entretanto, deve permanecer firme, conhecendo Deus através da Sua Palavra, pois isto fortalecerá sua mente e seu coração para lutar contra o seu pecado e contra as investidas de Satanás, porque assim como o alimento físico é para o corpo físico, assim é a Bíblia para o nosso espírito: o alimento! Algumas dicas para a leitura da Bíblia As dicas abaixo têm como propósito ajudá-lo a ter um tempo proveitoso de leitura: 1. Tenha um tempo determinado: Procure disciplinar seu tempo, já que muitas situações ocorrerão para lhe afastar deste propósito. Não deve ser a hora em que você está mais cansado ou o horário mais ocupado do dia, mas um tempo em que possa doar qualidade de atenção para a Palavra de Deus. 2. Faça a leitura em local adequado: Ler em locais com pouca ventilação, iluminação fraca e muito barulho são fatores que desestimularão sua leitura. Ler deitado não é indicado, pois, além de causar desconforto no corpo por causa da posição, pode provocar sono. Ler e ouvir som ao mesmo tempo divide a atenção do nosso cérebro e diminui a apreensão. O local ideal é: pouco barulho, nenhuma interrupção, ventilação agradável, sentado e com luz indireta. Estas dicas podem não tornar você um grande leitor, mas procuram melhor a qualidade e a quantida- de do seu tempo disponível para a leitura da Bíblia. 3. Inicie com a oração: Nunca esqueça de orar antes de ler a Bíblia pedindo a Deus que ilumine seu coração para compreender as verdades nela contidas e disposição para obedecer e praticar. É preciso sempre pedir: “Se- nhor, ajuda-me a ver quem eu sou, o quanto preciso mudar e como posso ser melhor. Ajuda-me a obedecer ao Senhor e a Sua Palavra”. 4. Siga um livro de cada vez: Algumas pessoas gostam de ler a Bíblia como a galinha come o milho: um aqui e outro ali. A proposta de Deus na Palavra é oferecer um banquete, e não um pequeno lanche. Inicie o estudo da Bíblia em um livro e siga-o até o fim. Se você é novo convertido, o estudo em algum dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) é aconselhável. 5. Faça anotações: Durante a leitura o Senhor falará muito com você e poderá ser útil fazer anotações. Po- derão surgir dúvidas ou questionamentos que precisam de um esclarecimento por parte de seu discipulador, líder ou pastor. 6. Meditar é essencial: Após ter seu tempo de leitura, você precisa meditar. Meditar é refletir, pensar sobre o assunto, fazer um auto-questionamento sobre o que significa aquilo que acabou de ler e o que Deus quer lhe ensinar. Na meditação você procurar aplicar à sua vida tudo o que leu. Devemos sempre obedecer a Bíblia Alguns lêem a Palavra até diariamente, mas falham em obedecê-la. Decoram versículos – e isto é até impor- tante, sabem os textos mais famosos, emocionam-se ao lê-la sem, contudo, obedecê-la. Como se diz por aí: “entra por um ouvido e sai pelo outro”. Para buscarmos uma intimidade com o Senhor precisamos ler e praticar o que diz a Bíblia como Palavra de Deus para nossas vidas. Ela pode nos confrontar, apontar nossos pecados, mostrar o quanto estamos errados, mas nos revela a forma de tratarmos esses problemas. Em Mateus 7:24-27 o Senhor Jesus compara o crente verdadeiro como aquele que constrói sua casa sobre a rocha. Construir a casa sobre a rocha quer dizer “obedecer a Jesus”, e esta obediência é que mostra que somos verdadeiros cristãos. A Bíblia sempre apresenta o crente como alguém que obedece ao Senhor. Leia estes versículos:
  • 10. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 10 Lucas 11:28: “Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que OUVEM a palavra de Deus e a GUARDAM!”. João 10:27: “As minhas ovelhas OUVEM a minha voz; eu as conheço, e elas me SEGUEM”. Mateus 7:21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que FAZ a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Sua prioridade como discípulo é aprender a ouvir a voz de Deus através da Sua Palavra e colocá-la em práti- ca, pois você é uma ovelha e deve ouvir a voz do Pastor. Agindo assim, você permitirá que Deus trabalhe em sua vida, curando feridas espirituais, apontando falhas que precisam de restauração e levando-o ao crescimento espi- ritual. Reflita sobre isso... 1. Qual o propósito que temos para buscar intimidade com Deus? 2. Como a Bíblia pode nos ajudar nesta busca por intimidade? 3. Existe algo, hoje, que Deus tem falado a você por meio da Bíblia? 4. Como ovelha, há disposição em você para obedecer ao Senhor, permitindo que Ele trabalhe de forma profunda e transformadora?
  • 11. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 11 Capítulo 3 Conhecendo a Deus: A Oração Leitura: Colossenses 4:2 Nesta semana falaremos sobre outro fator importante na busca da intimidade com Deus: a oração. A oração é um diálogo entre o crente e Deus. É uma conversa onde não apenas falamos sobre nós, mas bus- camos ouvir a voz do Senhor para nossas vidas. Através da oração nós podemos conversar com o Pai sobre nossos sonhos, lutas e dificuldades. Podemos falar com Ele sobre as pessoas que desejamos levar para Jesus e pedir que cure ou liberte alguém. Relacione-se com Deus pela oração. Oração é um diálogo. É uma conversa entre você e Deus. Da mesma forma que você fala com Ele, Ele deseja falar com você. Oração também deve se tornar viva com a presença do Senhor na medida em que nos tornamos mais ínti- mos dEle. A oração não foi designada para ser uma formalidade sem vida ou uma simples recitação memorizada pela qual passamos ou uma apresentação a Deus de nossa lista de desejos. Jesus, ao falar sobre a oração dos fariseus (Mt 6:5), condenou a oração vazia e as vãs repetições. A oração sincera conquista a atenção de Deus. A questão não é só orar, mas orar com sinceridade e um desejo sincero de conhecer ao Pai. Antes de desejarmos receber as bênçãos de Deus, precisamos saber que oração é um relacionamento com Ele. O que podemos pedir de melhor e de mais especial? Só existe uma resposta a está pergunta: o próprio Deus. Quem entende a essência da oração sabe que nenhuma bênção se compara a isto. O quarto de escuta. Quando utilizamos esta expressão não o fazemos de forma literal. Queremos simplesmente dizer que de- vemos ter um local especial para falar com o Senhor. É o seu lugar de estar a sós com Deus. Um ambiente calmo, tranqüilo e que permita a concentração, reflexão e sua conversa com Ele. Pode ser um lugar da sua casa ou qual- quer outro lugar onde possa desfrutar da intimidade na oração, onde haja liberdade para rir, chorar, falar, cantar e expressar seus sentimentos na presença do Amado Pai. Lugar para descarregar o fardo e “recarregar a bateria” da nossa vida. Lugar para aquietar a alma e descan- sar o coração. Ali você deposita diante do Pai não somente sua vida, mas todos os irmãos da sua célula e as pes- soas que você tem evangelizado. A oração antes de mudar as circunstâncias ao nosso redor muda a nossa própria vida. Por meio dela nos preparamos para fazer parte da comunhão sincera da família cristã, nos abrindo para receber a ministração dos nossos irmãos em Cristo e nos tornando um canal dEle para as outras pessoas. A oração sincera nos faz aceitar a vontade do Pai. Existe uma forma correta para orar? Esta é uma pergunta que muitos desejam a resposta. Como devemos orar? De pé, sentados, deitados ou de joelhos? Outros se questionam: Qual é a forma mais “poderosa” de falar com Deus? Alguns chegam a declarar: “A oração feita de joelhos tem mais efeito”. Ou ainda com relação à tonalidade da voz na oração: “Oração poderosa é aquela de quem fala mais alto ou grita”. Outros irão defender: “A oração em tom baixo é aquela de quem tem mais intimidade”. Bem, tudo isto é superficial diante do que é realmente importante na oração. A Bíblia nunca impõe uma posição para orar.
  • 12. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 12 Atos 9:40: “Mas Pedro, tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se para o corpo, dis- se: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se”. 1 Reis 19:4: “Ele mesmo, porém, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta; toma agora, ó SENHOR, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais”. 2 Reis 2:20: “Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao SENHOR, dizendo: Lembra-te, SENHOR, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo”. Lucas 18:13, 14: “O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado”. O publicano – cobrador de impostos que sempre roubava do que arrecadava – orava de pé e foi atendido na sua oração. Também não percebemos nenhuma referência à tonalidade da voz, se ela deve ser fraca ou forte, se deve- mos orar baixo ou orar alto. Não há relação entre a aparência que sua oração tem e o fato dela ser atendida por Deus. Quando era novo convertido uma música me incomodava muito, pois dizia que a melhor oração era feita de madrugada quando a “fila é bem menor”. Deus, dizia a música, devia estar muito ocupado durante o dia e isto causava um congestionamento na central telefônica do céu. Este antigo cântico, na verdade, diminuía o poder de Deus, tirando sua onipresença. O Senhor ouve nossas orações individualmente, ao mesmo tempo e sem a menor preocupação de quanto tempo iremos levar. A melhor hora para fazermos nossas orações é aquela em que esta- mos verdadeiramente disponíveis. Isto não depende nem da hora em que oramos e nem de quanto tempo leva- mos. O que pode impedir nossas orações Não é a posição em que você ora, nem a tonalidade da sua voz e muito menos se seu português é correto. A oração não é uma série de palavras mágicas que quando ditas na forma e na ordem corretas produzem algum efeito. Não existem fórmulas miraculosas para tornar a oração poderosa ou mais agradável a Deus. Falar que Deus não nos atende porque estamos orando de pé, porque falamos baixo ou nossas palavras não são utilizadas da maneira correta é pura superficialidade. Mais importante do que saber o “sim” ou o “não” de Deus é conhecê-lO. Veja o que pode impedir suas orações: 1. Pecado oculto: esconder e guardar pecados no coração são fortes empecilhos para que Deus ouça sua oração. O que você precisa fazer é confessar esses pecados, abandoná-los e procurar ajuda caso não consiga su- perá-los. 2. Mágoa ou ressentimento: estar amargurado com alguém também impede que Deus atenda nossas ora- ções. Nossa raiva ou amargura O desagradam profundamente. Tome uma atitude correta ao perdoar aquele que lhe fez mal, independentemente se ele lhe pediu perdão ou não. 3. Não viver a verdade: não praticar o que diz a Bíblia é não viver a verdade, e agindo assim não seremos ouvidos. É sobre isto que Pedro falava do homem que não tratar bem sua mulher (1 Pedro 3:7). Este é o pecado daquele que, sabendo que a Bíblia condena tal comportamento, o pratica. Precisamos, novamente, de arrepen- dimento e mudança de vida para nos relacionarmos intimamente com Deus. 4. Busca interesseira: Buscar a Deus para satisfazer nossos prazeres carnais e pecaminosos é algo que não será atendido. Devemos avaliar a intenção que nos leva a pedir certas coisas, pois podemos estar querendo usar Deus para conquistarmos algo, sem, necessariamente, desejarmos estar num relacionamento com Ele. Tiago 4:3: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”. 5. Falta de fé: de que adianta orar se não acreditamos que o Senhor pode – e quer – nos responder? Toda oração pressupõe fé e desejo de ser atendido. Por isso o autor de Hebreus dizia que para nos aproximarmos de Deus precisamos de fé (Hebreus 11:6), devemos acreditar que nosso Pai deseja relacionar-se conosco.
  • 13. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 13 O que realmente importa na oração O importante na oração é que busquemos a Deus com um coração sincero. Para nos relacionarmos com Ele precisamos buscá-lO de todo coração (Hebreus 10:22), desejosos por encontrá-Lo, ouvir Sua voz e não apenas para derramarmos nossos problemas e pecados sobre Ele. Muitos procuram o poder, a bênção, os dons, os mila- gres, as curas, sem se preocuparem em buscar ao Senhor acima de tudo; não devemos nos preocupar, pois todas as coisas nos serão acrescentadas (Mt 6:33). A oração deve ser, também, espontânea. Deus não aceita orações decoradas, frases que não sejam ditas pe- lo nosso coração, palavras que, apesar de bonitas, não dizem nada do que somos ou sentimos. Nada melhor do que a espontaneidade e a sinceridade para falarmos com o Ele. Tenha um tempo com o Senhor Não é interessante como separamos tempo para tudo durante o nosso dia, mas nem sempre lembramos de orar e conversar com Deus? Um dos grandes desafios da vida cristã é mudar essa situação, buscando ao Senhor em todos os momentos. Se você realmente deseja isso, comece separando um tempo diário para estar com o Senhor. Procure disci- plinar seu horário para investir tempo em oração e leitura da Palavra. Ninguém perde tempo orando ou estudan- do a Bíblia, ao contrário, este é um tempo muito bem investido. Crentes que não agem assim são fracos e alvos fáceis para o Diabo. O Senhor Jesus instruiu Seus discípulos a orarem para que não caíssem em tentação (Mateus 26:41). Tendo separado este tempo, procure ser fiel a ele. Isto não quer dizer que não devemos orar em outros pe- ríodos ou ter um tempo flexível, pois ocorrerão momentos em que não poderemos esperar chegar a hora marca- da, mas deveremos buscar ao Senhor naquele momento. O real desafio é manter uma vida diária de oração. Também é importante agradecer a Deus nas suas orações. Foi isto que o Senhor fez na Sua oração conheci- da como o “Pai nosso” (Mateus 6:5-15). Jesus, antes de fazer qualquer pedido, adorou ao Pai. Quando formos orar, precisamos agradecer, adorar, louvar. Reconhecer quem Deus É: grande, maravilhoso, misericordioso, amo- roso, Senhor de nossas vidas, fiel, presente, etc. Tenha isto em mente quando você for conversar com Ele. Precisamos sempre lembrar que Deus atende nossas orações se forem conforme a Sua vontade, pois Ele sa- be o que é melhor para cada um de nós. A vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:1, 2). Po- demos achar que determinado desejo é bom, mas Deus sabe que não é, por isso Ele sempre nos atende de acordo com aquilo que Ele mesmo planejou para nós. Enfim, a oração sempre é encerrada com o pedido “em nome de Jesus”. Esta não é uma fórmula, mas preci- samos pedir tudo em nome do Senhor Jesus. Através dEle o Pai atende nossas orações. Agora pratique a oração. Dedique-se a buscar ao Senhor, pois todo o que busca encontra e o que procura acha – isto se você colocar seu coração no intento de encontrar ao Senhor. Reflita sobre isso... 1. Qual sua maior dificuldade para ter uma vida de oração? 2. Você consegue ver em sua vida, hoje, algum impedimento para ter a sua oração ouvida? 3. Faça sua lista de oração e compartilhe com seu discipulador. Divida-a da seguinte maneira: - Motivos pelos quais devo agradecer a Deus nesta semana. - O que preciso confessar a Deus como pecado para que Ele me perdoe? - Pessoas que precisam ouvir de Jesus através da minha vida. - Pessoas as quais sei que necessitam de oração. Especifique quais as necessidades delas. - Meus pedidos pessoais. 4. Encerrem este tempo orando pela lista elaborada acima.
  • 14. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 14 Capítulo 4 Conhecendo a Deus: A Adoração Leitura: Romanos 15:9 Falar de intimidade com Deus é falar sobre louvor. Todo aquele que O conhece O adora, é impelido a exaltá- lO por todas as Suas obras e por aquilo que Ele É. Já estudamos sobre a Bíblia, oração, e agora aprenderemos sobre a adoração. Comece lendo o texto acima, pois ele o ajudará a perceber o quanto isto é importante. Isto é adoração Adorar é honrar, louvar por algo que Deus fez ou reconhecer quem Ele É. Louvamos a Deus por Sua infinita misericórdia, por Sua bondade e fidelidade com cada um de nós. Este é um grande motivo para adorarmos, pois se não fosse o Seu grande amor, ainda estaríamos perdidos em nossos pecados. Graças ao Senhor que nos amou mesmo antes de O amarmos. O Pai decidiu enviar Jesus Cristo para morrer pelas nossas iniquidades. É importante você saber que Romanos 8:37-39 diz: “Em todas estas coisas, po- rém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Também O adoramos pelas Suas obras. Tudo o que Ele tem feito por nós e em nossas vidas precisa ser re- conhecido em nosso louvor. Deus nos abençoa, ouve nossas orações, cura nossas feridas, abre portas de empre- go, cura nossa alma e nos aceita em Sua presença. Adorar é reconhecer – e agradecer – tudo o que Ele tem feito. Por mais que as situações estejam difíceis, Ele sempre estará ao nosso lado. Sabendo disso, nosso coração deve se encher de uma alegria e gratidão, transformadas em um louvor vivo, sincero e maravilhoso. Adorando com a nossa vida A primeira forma de adoração é a louvar com nosso comportamento. Quem é agradecido a Deus pelo que Ele É e faz, não só canta, mas vive para o Senhor. A obediência e uma vida consagrada são marcas da verdadeira gratidão. Este é um dos pontos mais importantes, pois caso não estejamos adorando com nossas vidas, de nada vale- rão nossas palavras. Não adiantará cantar a Deus se não O estamos obedecendo ou então não mostramos uma vida correta. Adorar com a vida é isto: viver como Jesus gostaria que vivêssemos e procurar agir para O agradar. Essa é a parte mais difícil da adoração. Não é fácil abrir mão do nosso orgulho, egoísmo e pecado para dei- xarmos o Senhor trabalhar em nossas vidas. Gostamos de “desaparecer” num culto de domingo, quando nosso comportamento não é visto pelas pessoas. Cantamos músicas que não vivemos, mas ninguém sabe disso. A ado- ração verdadeira e sincera começa, antes de tudo, com nossas atitudes. Desta forma adoraremos a Deus: fazendo O que Ele aprova. Adorando com nossas boas obras Importante também, e que na realidade tem a ver com a adoração através da nossa vida, é a adoração por meio das boas obras. Esta adoração é aquela que é feita quando praticamos o bem para as pessoas, quando nossas atitudes para com os outros são bondosas e demonstram o amor de Deus por elas. Quando ajudamos alguém, levamos pessoas para Jesus ou trazemos os desviados novamente para Ele, socorremos aos necessitados, visitamos os enfermos ou
  • 15. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 15 praticamos qualquer ato de misericórdia, estamos adorando. Servir é adorar, e servindo às pessoas estamos ser- vindo a Cristo. Apesar de sermos salvos pela fé, sem a necessidade de boas obras, fomos chamados e comprados pelo san- gue de Jesus para as praticarmos (leia Mateus 5:15 e 1 Pedro 2:12). Para quem devemos fazer estas boas obras? Muitos podem pensar que devemos agir assim com nossos ir- mãos em Cristo, amigos e familiares, mas isto se estende a todas as pessoas, inclusive nossos inimigos, persegui- dores, os que falam mal de nós e os que nos maltratam. Devemos fazer o bem para todos, mesmo para aqueles que tentam nos prejudicar. Como diz Romanos 12:21: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”. Esta é uma grande marca do verdadeiro cristão: fazer o bem para todas as pessoas. Veja o que o Senhor Jesus nos ensina em Mateus 5:43-45: “Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos”. Adorando com nossas palavras Aqui podemos incluir tudo aquilo que falamos (cânticos e orações) para o Senhor. O livro de Salmos, um dos maiores da Bíblia, é um livro de oração e adoração. Os salmos eram músicas utili- zadas pelos judeus em vários momentos de sua vida religiosa. Declarar o que sentimos pelo Senhor, nossa grati- dão, nosso compromisso, nossos frutos, é resultado dos pontos anteriores: adorar com vida e praticar boas obras. Não podemos nos calar quando devemos cantar e agradecer por tantas bênçãos que Ele tem derramado sobre nós. Deixar de adorar através da música é pecado, assim como não viver a Palavra ou não praticar boas obras. Muitos permitem que o desânimo, a apatia e a ingratidão penetrem em seus corações, comprometendo suas vi- das de adoradores. Não permita que isso aconteça com você! Seja um autêntico adorador. No livro dos Salmos encontramos com freqüência o verbo “cantar”, como no Salmo 7:17: “Eu, porém, ren- derei graças ao Senhor, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor Altíssimo”; e o Salmo 13:6: “Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem”; e ainda o Salmo 104:33: “Cantarei ao Senhor enquan- to eu viver; cantarei louvores ao meu Deus durante a minha vida”. Você pode gostar de escrever poemas ou músicas para o Senhor. Faça isso, pois Deus será adorado naquilo que você escreve. Talvez você não saiba sobre notas musicais, melodias, mas a adoração congregacional – aquela do domingo à noite e da célula – é para todos nós. A adoração pelas palavras deve estar presente em nossas orações. Jesus nos ensina a iniciar a oração com agradecimentos a Deus (Mateus 6:9), pois mesmo nos momentos mais difíceis da nossa vida, sempre teremos motivos para louvar. Lembre-se de que você é salvo pela graça e misericórdia do Senhor. Faça da adoração um momento importante nos cultos de domingo, nos encontros da célula e no seu período de oração. Glorifique a Deus no que você faz Existem outras formas de demonstrar a Deus o quanto você O ama e o quanto está disposto a adorá-lO: - Dança: Nela utilizamos o corpo para declarar nosso amor ao Pai. Alguns talvez tenham o ministério de dança e se dedicarão ao ensaio de coreografias e técnicas corporais, pois têm um chamado específico para isto. Mas você pode dançar numa celebração, na célula, ou em algum momento especial com o Senhor. Dançar como adoração a Deus não é pecado! Leia estes textos para comprovar: Êxodo 15:20; Juizes 11:34; 1 Samuel 21:11; 2 Samuel 6:14; Salmo 150:4; Jeremias 31:13; Lamentações 5:15. - Ministério: É o lugar que cada um de nós ocupa no Corpo de Cristo. É um serviço específico para o qual Deus nos chamou. Existem muitos ministérios: teatro, louvor, administração, infantil, adolescentes e jovens, lide- rança, casais, servir, entre outros. Para glorificá-lO no ministério para o qual você foi chamado é preciso fazer o melhor possível. Deus não se agrada daquele que faz a Sua obra relaxadamente (Jeremias 48:10), ao contrário, para O adorarmos em nosso ministério, devemos procurar fazer tudo com excelência e responsabilidade. - Ministração: Ministramos quando servimos, exortamos, admoestamos, oramos por alguém ou utilizamos nossos dons espirituais para a edificação da igreja. Quando agimos assim, devemos ter em mente que não o faze-
  • 16. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 16 mos por nós mesmos, mas pela graça e poder de Deus. Desta forma, a glória pertence somente ao Senhor. Minis- trar na vida do outro não somente é como nos edificamos, mas uma das formas de adoração. - Contribuição: Dar financeiramente também é glorificar. O dinheiro sempre tenta tomar o lugar de Deus em nossas vidas. Quando contribuímos de forma espontânea e alegre é sinal de que realmente o dinheiro não ocupa o primeiro lugar em nosso coração, mas sim o Senhor. Além do mais, o dinheiro que investimos no Reino é rever- tido para obras da igreja, e isto também é glorificar a Deus. - Responsabilidade: O crente deve ser alguém que busca dar exemplo, por isso ele tem responsabilidade com seus compromissos. Glorificar a Deus através de uma vida responsável com os horários e compromissos é algo importante, pois é ruim ver um crente em quem ninguém confia, pois não pagas suas contas ou é visto como alguém irresponsável. Ir para a celebração de domingo para louvar a Deus e chegar atrasado é algo que manifesta que o crente precisa melhorar muito neste sentido. Nosso Deus merece o melhor, por isso devemos ser responsá- veis. - Evangelismo: o Senhor nos chamou para que mostrássemos para todo mundo o quanto Ele é bondoso (Efésios 2:7). Fazemos isso ao levarmos as pessoas para Jesus. Quanto mais pessoas se converterem, mais irmãos estarão glorificando a Deus. Conduzir pessoas à Cristo é glorificar ao Senhor. Existem outras formas de adorar e você até poderia acrescentar algumas. Estas são as mais importantes pa- ra o seu crescimento hoje. O essencial é lembrar que adorar não é apenas cantar, mas viver para o Senhor, prati- car a Bíblia e transmitir o amor de Deus para todas as pessoas. Os três momentos da adoração - A adoração pessoal: é o momento em que você está no seu devocional orando e estudando a Bíblia. Por ser um momento de intimidade, aproveite para desenvolver sua criatividade na adoração pessoal, declamando poemas, cantando músicas, tocando algum instrumento, escrevendo cartas para Deus como agradecimento, len- do salmos, orando agradecendo, cantando junto com um CD ou qualquer outra forma que possa utilizar para de- monstrar seu amor e gratidão. - A adoração na célula: é o momento que, juntamente com seu grupo familiar, você adora ao Senhor. Procu- re envolver-se com os irmãos da sua célula neste momento. Pode haver propostas para um louvor diferente, mas a essência da adoração sempre estará presente: agradecer a Deus. Este momento não pode faltar em sua célula, mas há a tendência de não o levarmos a sério. A atitude de irreverência (desrespeito) para com a presença de Deus na célula é algo condenável, um grande pecado, já que nosso Senhor merece o melhor. Envolva-se neste momento e ajude seus irmãos a fazerem o mesmo. - A adoração na celebração: são os encontros semanais de todas as células, quando nos reunimos para agradecermos a Deus como uma família. Celebramos o amor de Deus, a salvação e nossa comunhão. Novamente, precisa estar presente o elemento do respeito (reverência), pois, apesar de todos desfrutarmos de liberdade para adorar com a postura que desejarmos (de pé, sentados, ajoelhados, etc.), não temos a liberdade de não adorar. A atenção deve estar focalizada no Senhor, com os nossos corações atentos a Ele. Para começar a adorar Apesar de não merecermos a presença de Deus, Ele nos aceita por causa de Jesus Cristo que morreu por nós. A adoração em minha vida deve causar transformação. Devo refletir sobre minha situação espiritual diante de Deus e quais impedimentos existem para me aproximar dEle. Nossa confissão dizendo: “Pai, perdoa-me porque pequei”, precede a adoração, preparando nossa vida para um real encontro com Deus. Reflita sobre isso... 1. De acordo com a leitura dessa semana, como podemos adorar a Deus? 2. Pense e compartilhe sobre formas de adorar a Deus. 3. Compartilhe sobre como você tem experimentado os três momentos da adoração. 4. Consegue perceber em sua vida alguma atitude que impeça seu louvor?
  • 17. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 17 Capítulo 5 O discípulo e a vontade de Deus Leitura: Romanos 12:1 e 2 Muito temos falado sobre Deus e Sua vontade. Aprendemos que Ele ama seus filhos e deseja o melhor para eles. Aqui surge uma questão muito importante: como saber qual a vontade de Deus para nossas vidas? Corremos o risco de confundir nosso desejo pessoal com o “sim” dEle para aquilo que pedimos. Sentimo-nos empolgados com uma ótima proposta de emprego ou um namoro em vista e nos questionamos: Deus quer isto para minha vida? Então começamos a “interpretar os sinais” de Deus baseados neste anseio de recebermos uma resposta positiva de Sua parte. Podemos estar “cegos” por causa dos nossos desejos. Deixamos de ver as coisas como elas realmente são. Desprezamos as desvantagens, os problemas e os defeitos. Então, chega o momento em que confundimos a von- tade de Deus com a nossa ou, simplesmente, começamos a pensar se Ele realmente sabe o que é melhor. No estudo desta semana abordaremos este importante tema para a vida espiritual: Como saber e fazer a vontade de Deus? Não garantimos respostas fáceis ou fórmulas prontas para resolver esta questão, mas procura- remos dar direcionamentos para melhor ouvir ao Senhor, descobrir qual Sua vontade e ter condições de experi- mentá-la. Leia o texto da semana, e dedique especial atenção ao estudo abaixo. A vontade de Deus e a nossa Não nascemos preparados para conhecer e fazer a vontade de Deus. Com efeito, alguns podem prová-la e ainda assim não se sentirem satisfeitos. Isto ocorre por causa do espírito de rebelião que existe na raça humana caída e pecaminosa. Herdamos este descontentamento em nossa natureza. Nossa vontade, então, mostra-se con- trária à vontade de Deus. Sem Cristo, somos movidos pelos nossos desejos, paixões e ambições. Buscamos a satisfação pessoal acima de qualquer coisa; desejamos a felicidade pessoal a todo custo; queremos realizar nossos desejos mesmo que para isso tenhamos que pecar. A vontade de Deus é contrária a tudo isto. Ela é antagônica à nossa natureza des- truída pelo pecado. Por isso dizemos que, naturalmente, o ser humano não tem condições de sentir-se plenamen- te realizado ao provar a vontade do Senhor. Salmo 34:8 diz: “Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia”. Somos convidados por Deus a provar dEle. Conhecê-lO. Mas sem uma certa preparação não estaremos prontos para este encontro. De fato, o Senhor é bom, mas nem todos conseguem chegar a esta conclusão, principalmente quando Sua vontade é contrária àquilo que se deseja. Ao contrário, aquele que confia sua vida ao Senhor é feliz, como diz o Salmo 84:12: “Ó Senhor dos Exércitos, feliz o homem que em ti confia”. Descobrimos muitos ensinamentos interessantes sobre a vontade do Senhor na Bíblia. Veja estes versículos: - Mateus 7:21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Os que fazem a vontade do Senhor mostram que são salvos. - Mateus 12:50: “Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe”. O Senhor Jesus considera como parte de Sua família aqueles que fazem Sua vontade. - João 9:31: “Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pra- tica a sua vontade, a este atende”. Deus ouve aqueles que fazem Sua vontade. - 1 Tessalonicenses 4:3: “Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prosti- tuição”. A vontade de Deus é que nos santifiquemos e purifiquemos do pecado. - Hebreus 10:36: “Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa”. Devemos perseverar em fazer a vontade de Deus, seja ela qual for.
  • 18. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 18 - 1 Pedro 2:15: “Porque assim é a vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos insensatos”. A vontade de Deus é que demos bom testemunho e pratiquemos o bem para calar aqueles que falam contra o Evangelho. - 1 Pedro 3:17: “Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal”. Pode ser da vontade de Deus o passar por algum sofrimento. Aprenda a fazer a vontade de Deus Já dizia o salmista: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano” (Salmo 143:10). Esta é uma oração sábia! Talvez muito possam dizer ao final de suas orações: “Seja de acordo com o Teu querer, Senhor”, mas precisamos com igual interesse pedir a Deus que nos ensine como fazer a Sua vontade. Existem dois grupos de pessoas que buscam conhecer a vontade de Deus: 1. Os convenientes: Querem saber a vontade de Deus, mas sem o compromisso de realizá-la. São curiosos, mas não obedientes. Estão dispostos a obedecer desde que ela esteja de acordo com o que querem. Na verdade, eles oram com a decisão já tomada. 2. Os sinceros: Buscam de todo coração agradar a Deus, não importando qual seja Sua vontade. O que inte- resa aos sinceros é obedecer. Confiam que o Senhor tem o melhor para oferecer. Os sinceros têm desejos e an- seios assim como os convenientes. A diferença está na maneira de reagir ao “não” e ao “sim” de Deus. Os sinceros obedecem. Para que passemos de convenientes a sinceros devemos encarar uma tríplice mudança em nossa vida: 1. Devemos nos oferecer como sacrifício. Romanos 12:1 diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Sacrificar-se quer dizer consagrar-se inteiramente a Deus, incluindo a vontade. É pertencer inteiramente à Ele, depositando tudo que temos e somos em Sua presença – sentimentos, dores, desejos, sonhos, frustrações e me- dos – e dizer: “Faça em mim, Senhor, a Tua vontade”. É abrir mão daquilo que mais quero em favor da vontade de Deus para a minha vida. Alguém que não esteja completamente disposto a agir desta maneira não conseguirá provar da vontade de Deus. 2. Não devemos nos conformar com este século. Romanos 12:2 diz: “E não vos conformeis com este sécu- lo”. O “século” representa os valores deste mundo distante de Deus. Valores contaminados pelo pecado, pela vaidade e pelo orgulho. Podemos encontrar dificuldades em fazer a vontade de Deus pelo fato dos nossos valores ainda estarem comprometidos pelo pecado. Devemos fazer uma profunda avaliação interior e descobrir o que existe em nós que precisa ser mudado. Talvez Deus já esteja mostrando qual a Sua vontade e, até mesmo, fazen- do com que você a experimente, mas tendo seus valores contaminados por este “século” fica difícil sentir-se satis- feito. Estes valores envolvem toda a nossa vida: família, dinheiro, trabalho, objetivos de vida, entre tantos outros. O nosso desafio é identificar quais são eles e seguir o terceiro ponto. 3. Devemos ter nossa mente transformada. Romanos 12:2 diz: “Mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”. Saber quais valores precisam ser mudados não é suficiente para provar a vontade de Deus. É preci- so mudá-los, e isto ocorre à medida que são substituídos por valores construídos segundo a Bíblia. Quanto mais formos transformados, mais teremos condições de experimentar o melhor do Senhor para nossas vidas. Precisa- mos passar por esta renovação interior, o que não é fácil, pois somos confrontados a todo o momento por velhos hábitos e desejos pecaminosos que precisam ser abandonados, mas se desejamos experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, devemos passar por este doloroso processo. Somente desta forma estaremos preparados para descobrir e obedecer a vontade de Deus. A vontade de Deus é boa, agradável e perfeita Todos desejamos coisas boas. Buscamos aquilo que acreditamos nos fazer bem, mesmo que os outros achem que seja algo muito ruim. Queremos o melhor para nossa família, o melhor na nossa vida profissional, as melhores posições no mercado de trabalho, a melhor casa, os melhores eletrodomésticos. Somos muito apegados à qualidade. Quando queremos adquirir algum bem pensamos em qualidade e preço.
  • 19. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 19 Gastamos muito dinheiro numa boa casa para, após alguns meses, descobrir que ela foi construída com ma- terial de baixa qualidade e surgem infiltrações e goteiras nos dias de chuva. Compramos uma roupa nova e logo percebemos que ela encolheu na primeira lavagem. Com muita alegria compramos um carro novo, mas nossa felicidade se desfaz quando começam os defeitos e as peças de reposição são caras e a mão-de-obra dispendiosa. Damos de presente aos nossos filhos um vídeo game de última geração para, no mês seguinte sermos surpreendi- dos por um mais novo ainda. Em todos esses casos e todos os outros que acontecem existe algo em comum: bus- camos o melhor que nosso dinheiro possa pagar. Ao final das contas dizemos muitas vezes: “Ah, se eu soubesse disso não teria comprado”. Não sabemos o futuro, não dispomos de todos os fatos, não acompanhamos a linha de produção daquilo que adquirimos. O que quero dizer é que a nossa capacidade de decidir entre o que é bom ou ruim é muito limitada. Como aquele investidor da bolsa de valores que compra várias ações de uma empresa que, ninguém imaginava, estava desviando seus recursos e maquiando os resultados para esconder os prejuízos. Sim, todos nós somos limitados e nossas escolhas refletem exatamente isso. Muitos utilizam o ditado: “Se arrependimento matasse, eu já estaria morto”. Não é imprudente, então, substituir o nosso melhor pelo excelente de Deus. Isto diz Filipenses 1:10: “Para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo”. Você deseja o melhor para a sua vida? Fico feliz por isso. Mas saiba que Deus tem para você aquilo que é excelente! A vontade de Deus é descrita em Romanos 12:2 da seguinte forma: “Para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. O Senhor é onisciente. Ele conhece todas as coisas em todos os momentos, não tendo uma visão limitada como a nossa. Conhece o passado, sabe o presente e vê o futuro. Podemos confiar nEle por causa de Sua bonda- de, do Seu amor, do Seu poder e da Sua onisciência, que é um de Seus atributos, lhe conferindo o poder de saber tudo, em todo tempo e em todos os lugares. Experimentar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável só é possível através da fé, pois submeter- se ao propósito de Deus não significa uma vida sem sofrimento ou angústia. O que pode ocorrer é justamente o contrário! Obedecemos e acabamos sofrendo. Devemos confiar nEle, sabendo que Seus planos não podem ser frustrados (Jó 42:2). Podemos não saber a razão do que passamos no momento, mas temos a convicção de que o Senhor está no controle, tomando conta de nós. Não há porque temer, pois Deus quer o excelente para Seus fi- lhos. Como descobrir a vontade de Deus Até aqui vimos que não estamos naturalmente preparados para provar a vontade de Deus. Pedir algo que Deus não quer nos dar mostra-se uma experiência comum e multiplica o número de “orações não atendidas”. Para experimentar e gostar daquilo que o Senhor tem para nós é necessário sacrifício e mudança de vida, trocan- do valores seculares por valores bíblicos. Só desta forma teremos condições de saber e aprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Partindo do princípio que você não busca conhecer a vontade do Senhor por pura conveniência, mas é sin- cero em seu desejo; que sacrificou a si mesmo e tem procurado mudar seus valores pecaminosos por valores san- tos, vale terminar este estudo dando alguns conselhos sobre como saber a vontade de Deus para a sua vida. 1. Primeiro conselho: CONHEÇA-O! Como saber o que alguém deseja se não conhecermos essa pessoa? Quanto mais você saber sobre Deus, mais condições terá de descobrir qual a Sua vontade. Baseado nisto, leia a Bíblia diariamente. Nela encontramos muito da vontade de Deus claramente revelada. Um exemplo: Você recebe uma proposta de emprego que lhe trará muito dinheiro, mas que o deixará sem tempo para a família. Será que é da vontade de Deus? A Bíblia já dá a resposta: Não! O compromisso do marido é no cuidado espiritual de sua fa- mília, e nisto não deve ser negligente. Portanto, muitas das orações que fazemos já estão respondidas nas Escritu- ras. 2. Segundo conselho: ORE! Quer descobrir a vontade de Deus? Pergunte a Ele! Busque a Deus sinceramente em suas orações. Não se aproxime dEle com as “cartas marcadas” ou com tudo resolvido. Esteja aberto a mudar completamente seus planos em favor daquilo que o Senhor deseja,
  • 20. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 20 3. Terceiro conselho: ESPERE! Não seja precipitado. Seja cauteloso e paciente. Deus não responde orações de acordo com a nossa agenda. Ele tem a forma correta de agir e intervir no momento certo. Temos a tendência de interpretar este “silêncio” de Deus como desinteresse. Muitas vezes é nesta “demora” que Ele está trabalhan- do em nosso coração para ouvirmos a Sua resposta. 4. Quarto conselho: ACONSELHE-SE! Lemos em Provérbios 11:14 que “na multidão de conselheiros há segu- rança”. Podemos estar tão hipnotizados com aquilo que queremos que deixamos de perceber eventuais armadi- lhas diabólicas, pecados, erros e complicações. Ouvir alguém que não está envolvido é útil para tirarmos uma me- lhor conclusão, além do que Deus pode usar as pessoas para nos revelar a Sua vontade. Também não adianta pe- dir conselhos para aquelas pessoas que dirão o que queremos ouvir. Esteja aberto a posições contrárias. 5. Quinto conselho: OUÇA! Não tente manipular a resposta ou fingir que não entendeu. Quando Deus diz “não” quando esperávamos que Ele dissesse “sim”, podemos ter esta tendência. Lembre-se, Ele quer para você o excelente, aquilo que é bom, agradável e perfeito. Então, compreenda o “não” de Deus como o excelente para a sua vida. De igual forma, o “sim” dEle é bom, agradável e perfeito. A vontade de Deus e o Seu plano em nossa vida Resta-nos, por fim, lembrar que o excelente não é aquilo que desejamos, mas o que o Senhor tem planeja- do para nós. A vontade é boa, agradável e perfeita porque foi assim avaliada por Deus. Como dissemos, somos limitados, avaliamos muito mal os riscos e as implicações daquilo que pedimos. Filipenses 1:6 diz: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus”. Esta é a vontade de Deus, é isto que Ele deseja: concluir em nós aquilo que Ele come- çou. Esta vontade sempre se realizará. Deus não abrirá mão de Seu plano em nosso favor por causa das nossas orações. Ele sempre nos atende à medida da Sua vontade, como lemos em 1 João 5:14: “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”. O nosso grande desa- fio é orar na direção daquilo que Deus deseja, assim como aprendeu o rei Davi: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu” (Salmo 40:8a). Agindo assim seremos abençoados por Deus, recebendo dEle aquilo que é excelente para nós. O Senhor nos surpreenderá com muitas bênçãos boas, agradáveis e perfeitas. Reflita sobre isso... 1. Em se tratando de conhecer e fazer a vontade de Deus você se considera um conveniente ou um sincero? Pro- cure definir cada um dos dois tipos. Talvez você precise dizer que em alguns momentos é conveniente e, em ou- tros, sincero. Procure discutir com seu discipulador sobre as ocasiões em que isto acontece. 2. A vontade de Deus só é experimentada por aqueles que passaram pelas 3 transformações. Compartilhe com o seu discipulador sobre suas dificuldades em permitir que estas mudanças ocorram em sua vida. Compartilhe, também, valores seculares que precisam ser mudados. 3. A vontade de Deus é boa, agradável e perfeita. Como podemos aplicar este conhecimento às situações de gran- de dificuldade pelas quais passamos? 4. Como aplicar os 5 conselhos para saber a vontade de Deus para a sua vida? Você está buscando alguma respos- ta de Deus neste momento? Como estes conselhos podem ajudá-lo?
  • 21. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 21 Capítulo 6 Livres em Jesus Leitura: Colossenses 1:13, 14 Estar em Cristo significa ser livre. Nesta semana aprenderemos sobre a nossa liberdade em Jesus. Libertos de que ou de quem? Livres para quê? Como fomos libertos? Estas são algumas perguntas que procuraremos res- ponder neste estudo. Quando estamos sem Cristo experimentamos uma falsa liberdade. Temos “liberdade” para fazer o que der em nossa cabeça, mesmo que sejam muitas loucuras e pecados. Não temos que prestar contas a ninguém. Por essa aparente liberdade, alguns julgam ruim o caminho de Cristo, mas precisamos lembrar que o nosso inimigo – o Diabo – não faz o bem nem mesmo para aqueles que são seus escravos. Nosso propósito é lhe apresentar a sua liberdade em Jesus, como vivê-la e, também, a vantagem de sermos servos de Cristo. Com isso, desejamos fortalecer o seu coração contra as investidas do Diabo, firmando suas con- vicções de que você não é mais um escravo do inimigo, mas servo de Deus. Sem Cristo somos escravos do Diabo Basta ler o texto de Tito 3:3 para ter uma visão da nossa escravidão no mundo: “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, ESCRAVOS de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros”. No mundo, a nossa “liberdade” é utilizada para desagradar a Deus e fazer aquilo que o Diabo gosta. Por mais tentador que seja viver no pecado, o resultado é a separação eterna de Deus, isto é, o inferno. A Bíblia diz que tudo que fizermos nos será cobrado, pois prestaremos contas de cada uma de nossas atitu- des e palavras. Viver uma vida de liberdade sem Jesus pode parecer melhor do que submeter-se a Ele, mas os resultados serão trágicos no dia do juízo, em que o Senhor julgará todas as pessoas. Satanás e seus anjos têm como ministério roubar, matar e destruir (João 10:10), e não poupará esforços pa- ra alcançar estes propósitos. Tudo o que é oferecido por ele tem aparência de inocência, prazer, alegria e satisfa- ção, mas o que ele realmente quer é matar, roubar e destruir. Existem várias formas de fazer isto, e Satanás é muito astuto: adultério, mentira, fofoca, maledicência, inveja, amargura, vícios, infidelidade e avareza entre ou- tros pecados, são grandes laços lançados por ele. Uma vez na armadilha, ele não perderá tempo em devorar sua vítima. A morte de Jesus: O preço da nossa liberdade Nossa liberdade teve um preço. Veja o que diz Apocalipse 5:9: “e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue COMPRASTE para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”. Perceba que fomos comprados com o sangue de Jesus para pertencermos a Deus. Se antes éramos escravos do Diabo e a ele servíamos, agora somos escravos do Senhor. Nosso dono mudou, mas ainda temos proprietário. O Senhor é o dono de nossas vidas. Ele é o nosso Pastor e nós as suas ovelhas. Leia 1 Pedro 1:18: “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”. Este foi o nosso preço: o sangue de Jesus. Ele morreu por nossos pecados, com diz 1 Coríntios 15:3: “Cristo morreu por nossos pecados”. Na cruz, o Senhor estava sofrendo pelas nossas dores, apagando nossas faltas, lim-
  • 22. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 22 pando nossa vida. Fez isto para que nos sujeitássemos a Ele e não mais ao Diabo. Isto é algo pelo qual devemos agradecer sempre! Em Cristo somos servos de Deus Ao entregarmos nossa vida para Jesus deixamos de servir ao Diabo e passamos a servir a Deus. Isto significa que Ele é o Senhor das nossas vidas. Devemos, portanto, fazer o que O agrada. A Bíblia chama isto de “consagra- ção” ou “santidade”, que é aquele que Deus escolheu e separou para Si. Como santos, devemos lutar para pare- cermos cada vez mais com o nosso Senhor. A nossa separação do mundo não envolve apenas as regras negativas do tipo “não faça isso” ou “não faça aquilo”. Devemos obedecer muitos mandamentos que a Bíblia tanto recomenda como ordena. Veja o que diz 2 Coríntios 5:15: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. A Palavra de Deus diz que Jesus morreu por nós, para que vivêssemos não para nós mesmos, mas para o Senhor. Este é o grande propósito e ideal de vida do discípulo: parecer-se cada vez mais com Jesus. A Bíblia diz que não devemos mentir, mas falar a verdade; diz que não devemos usar a nossa língua para amaldiçoar, mas abençoar; não devemos roubar, mas trabalhar; não devemos fazer o mal, mas praticar o bem; entre tantas outras coisas que não devemos fazer, mas muitas atitudes que devem fazer parte de nossa vida cris- tã. Você não pode ter dois senhores (Mateus 6:24). Não pode amar o mundo e a Jesus (1 João 2:15). Quem ama o mundo e as coisas do mundo se torna um inimigo de Deus. Por isso a sua vida precisa ser consagrada para per- tencer inteiramente ao Senhor. Jesus nos livra da culpa Quando algumas pessoas se convertem, ainda sentem o peso de seus pecados. Não conseguem se livrar da culpa e sempre se questionam: “Será que Deus realmente me perdoou?”. Para respondermos esta questão preci- samos ler Romanos 8:2: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”. Aqui diz que Cristo nos livrou da lei do pecado e da morte. A culpa pelos nossos erros é coisa do passado. A Bíblia também nos dá a certeza baseada no fato de que em Cristo nós somos novas criaturas. É o que diz 2 Coríntios 5:17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fize- ram novas”. A nossa velha vida ficou para trás. Nossos erros, nossas maldições, nossas dívidas diante de Deus e nossas ofensas foram apagadas. Como crentes nós precisamos tomar consciência e ter plena certeza de nossa posição de novas criaturas. O Diabo tentará lançar sobre você o peso dos velhos pecados e das velhas culpas, mas tenha certeza de que você é uma nova criação de Deus em Cristo Jesus. Leia o Salmo 103:12. Mudando velhos hábitos e valores Mesmo convertidos, ainda precisamos experimentar uma vida cada vez mais transformada. A Bíblia sempre coloca a consagração como um processo, algo que leva tempo e esforço durante a caminhada cristã, onde somos confrontados com hábitos e valores contrários à Palavra de Deus. Este doloroso processo é necessário para o cris- tão e é necessária a disposição de trilhar este caminho de humildade para se parecer cada vez mais com o Senhor Jesus. Veja o que Deus precisa trabalhar: 1. Problemas pessoais: Pode ser uma falta de perdão que gera mágoa em seu coração; um erro do passado que prejudicou alguém; a timidez que o impede de relacionar-se; indisposição com alguém por motivo de discor- dância; dificuldades familiares de respeito ou submissão; problemas no trabalho; falta de sabedoria em relacio- nar-se na escola, mau testemunho, entre outros pecados na área pessoal.
  • 23. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 23 2. Valores errados: Isto é muito comum, pois trazemos valores e conceitos errados quando viemos do mun- do para a igreja. Precisamos conhecer a Palavra de Deus para aprendermos o que ela nos revela sobre os valores do Reino. Um exemplo: no mundo, os maiores são considerados aqueles que são servidos; no Reino, os maiores são os que servem. A lógica de Deus é diferente da lógica do mundo, e isto precisa de ajustes quando entramos na vida da Igreja. 3. Hábitos nocivos: Outra área que precisamos de libertação diz respeito aos nossos hábitos. São costumes e vícios aprendidos no mundo dos quais precisamos nos libertar. Podem prejudicar o nosso corpo (1 Coríntios 6:19), ou não. Somos moradas do Espírito Santo, e por isso devemos nos cuidar. Cigarro e álcool são apenas dois dos vários vícios que podem nos prejudicar. Existem outros hábitos nocivos, como pedir dinheiro a agiota, música com mensagens anticristãs, tempo gasto com inutilidades, preguiça, maledicência, mentira, roubo, entre outros. 4. Problemas sexuais: Umas das áreas que mais tocam o ser humano é a sexualidade. A forma bíblica de tra- tar sobre este tema é completamente diferente do mundo. Além de serem pecados, estas questões podem criar hábitos em nossa vida, dificultando ainda mais o nosso crescimento. Tendências ou práticas homossexuais, mas- turbação, sexo antes do casamento, adultério, casais com dificuldades no relacionamento sexual, e outros peca- dos ligados a esta área formam grandes fraquezas. Precisam de libertação e cura. 5. Problemas financeiros: Incapacidade de cuidar bem de suas finanças, gastando muito mais do que rece- be; apego exagerado ao dinheiro; falta de vontade de contribuir com a obra de Deus; egoísmo por não querer ajudar aos irmãos que passam por dificuldades e uma vida constantemente insatisfeita e amargurada por não receber o que merece. Como cristãos, devemos ter sabedoria para lidar com o dinheiro, pois ele pode ser uma grande armadilha para aprisioná-lo ao pecado. Buscando e alcançando libertação Nossos pecados impedem nosso crescimento e podem levar ao desvio da fé. Abaixo, damos algumas dicas para alcançar a libertação. Mas lembre-se: o caminho pode ser doloroso e humilhante, mas a gratificação é a li- berdade e a aprovação de Deus. 1. Primeiro passo: Identifique suas fraquezas. Cuidado! Nem sempre elas são percebidas de forma clara, podendo estar oculta. É interessante ao Diabo deixá-lo na ignorância e convencê-lo de que tal prática não repre- senta um risco à espiritualidade. Identificar as fraquezas é como cavar um poço: pode faltar ar, ser quente e até mesmo ter muita lama, mas é lá no fundo que as encontramos. A identificação é uma conquista de Deus em nossas vidas. Por mais que tenhamos capacidade de saber quais são elas, nos falta coragem e sinceridade o suficiente para as confessarmos. Neste momento é importante pedirmos a ajuda de Deus através da oração e meditação na Palavra. A identificação torna-se não a busca por um dia, mas uma busca insistente e diária, até que Deus mostre e eu consiga – ou queira – ver. Devemos fazer como o salmista: “Examina-me, SENHOR, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos” (Salmo 26:2). Nossa oração deve ser neste molde, pedindo ao Senhor que Ele faça uma sondagem profunda em nossa alma. Quando conseguir identificá-las, tenha o cuidado de anotá-las, pois há o risco de você esquecer ou deixar para lá quando passar o impacto da descoberta. Faça anotações do que Deus lhe mostrou de forma específica e procure lembrar os momentos em que essas fraquezas se manifestam. Algo importante durante todo o processo é contar com a ajuda de algum irmão que interceda por sua vida e tenha condições de ministrar para você. 2. Segundo passo: Confesse a sua fraqueza. Talvez este seja o passo mais doloroso. Coisas banais podem ser fáceis de confessarmos, mas alguns dos nossos dramas, dores e pecados podem nos causar vergonha. Lemos em 1 João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. Uma vez descoberta a fraqueza, confesse-a a Deus, pois Ele o perdoará. Esta é uma maravilhosa promessa para você. A luta contra o pecado pode não ser resolvida em um dia ou um momento.
  • 24. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 24 Não existem palavras mágicas para libertar ou curar, mas Deus tem poder para fazer isto na sua vida, podendo, entretanto, levar algum tempo. Tome cuidado, pois o Diabo pode tentá-lo a desistir do processo, desestimulando- o a crer no perdão de Deus. Confesse aos seus irmãos. Sobre isto Tiago nos recomenda: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos ou- tros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16). Quando confessamos nossos pecados uns aos outros, abrimos o coração para a cura, pois podemos receber a ministração de nossa célula ou algum irmão sobre nossa vida. Esteja disposto a compartilhar sua dificuldade, pois isto é um passo importante em sua libertação. Confie na sua célula, pois ela tem um pacto de fidelidade e amor, não sendo permitido comentar fora do grupo o que foi confessado. 3. Terceiro passo: Persevere. Ser perseverante é insistir até conseguir. A libertação pode demorar algum tempo, mas não desista! Neste momento, torna-se de grande importância a “prestação de contas”, onde você compartilha com seu discipulador ou líder sobre como anda o processo, quais são suas dificuldades e como têm sido as vitórias. Ao ser perseverante seja sincero. O seu discipulador quer ajudá-lo a alcançar a libertação, mas você precisa ser transparente. Não esconda informações, não minta e não fuja do problema, pois a cura é alcan- çada encarando a verdade com coragem. Ao identificar certos pecados, poderá ser feita alguma espécie de “restituição”. Se alguma atitude sua casou prejuízo para outra pessoa, é preciso que haja um momento de restituir o mal que você fez. Pode ser necessário quitar uma dívida que foi feita; concertar algo que você quebrou; assumir uma mentira que você falou; pedir per- dão a quem magoou. A restituição é sempre na medida do erro e é feita para reparar o mal praticado. A libertação é possível se colocarmos o nosso coração diante de Deus e desejarmos o crescimento espiritu- al. Não existem maldições para os que estão com Jesus Você é livre! Não pesam sobre a sua vida maldições, pois Jesus as quebrou quando morreu na cruz. Lembre- se que você é uma nova criatura e deve viver livre de todas as fraquezas que impedem seu crescimento. Busque ao Senhor de todo o seu coração e Ele mostrará no que você precisa melhorar. Reflita sobre isso... 1. Procure lembrar seu tempo de escravo no mundo. Como o diabo escravizava você? 2. Como Deus tem transformado sua vida e o libertado após a conversão? 3. Você ainda tem algum problema de culpa que gostaria de compartilhar? 4. Você já consegue identificar alguma fortaleza em sua vida nas áreas citadas no estudo? 5. Dos passos para a libertação das fortalezas, qual deles é mais difícil para você seguir?
  • 25. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 25 Capítulo 7 Nossos relacionamentos: O Amor Leitura: João 13:35 No estudo desta semana falaremos sobre nossos relacionamentos. Aparentemente relacionar-se parece fá- cil, mas pode tornar-se difícil. Em momento algum o Senhor prometeu uma vida terrena sem dificuldades, princi- palmente no que diz respeito aos nossos relacionamentos. Somos diferentes, com problemas diferentes e formas de agir peculiares. Uns gostam de jogar bola, outros de vôlei. Uns gostam de rock, enquanto outros preferem mú- sica clássica. Relacionar-se no Corpo de Cristo é um desafio que precisamos vencer. Não existe forma melhor de tratar sobre isso do que falando acerca do amor. Esta grande marca do discípu- lo em João 13:35 é essencial para o bom relacionamento entre os irmãos. Antes de tudo, precisamos ser humildes. Não podemos tratar os outros como inferiores a nós mesmos por- que têm gostos diferentes dos nossos. Na verdade, a Bíblia diz que devemos considerar os outros “superiores a nós mesmos” (Filipenses 2:3). Portanto, esteja revestido deste espírito de humildade para aprender sobre o amor, pois somente os humildes conseguem aprender a amar. Por que precisamos amar uns aos outros? Um dos mandamentos mais repetidos em toda a Bíblia é sobre o amor. Precisamos refletir sobre esta ques- tão: Por que a Bíblia insiste tanto que devemos amar uns aos outros? Isto tem muitas algumas explicações impor- tantes. Primeiramente, Deus diz que devemos amar uns aos outros porque Ele é amor. Como diz 1 João 4:8: “Aque- le que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. Ele nos deu o maior exemplo ao nos escolher quando ainda éramos Seus inimigos. Foi dEle a decisão de enviar a Jesus para morrer por nós na cruz. Perceba que este texto diz que quem conhece a Deus ama, pois o amor é uma marca que é impressa em nossas vidas quando nos entregamos para Jesus. Então o Senhor diz que devemos seguir seu exemplo (João 13:15) e ser como Ele (João 13:15). Então, ser discípulo de Jesus é amar. Em segundo lugar, há tanto esta insistência em amar porque não é uma tarefa fácil. Se definirmos amor como um mero sentimento, chegaremos à conclusão de que é muito fácil, mas não é só isto. O amor de Deus foi demonstrado em atitudes, não apenas em algo que Ele sentia (João 3:16). Ele não apenas declarou-Se para nós, mas decidiu agir motivado por este amor. O resultado foi o gesto mais amoroso e misericordioso de toda a histó- ria da humanidade: Jesus fazendo-Se carne para morrer em nosso lugar. Quando falamos sobre amarmos aos outros estamos nos referindo não apenas a sentir, a falar, mas, principalmente, ao que fazemos. Sobre isto diz 1 João 3:18: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade”. O amor em 1 Coríntios 13 O texto de 1 Coríntios 13 é o mais lembrado ao falarmos sobre este tema. Nesta passagem, Paulo mostra que o amor é um dom de Deus dado para todos os crentes, sendo chamado de “dom mais importante”. Leia 1 Coríntios 13 e veja quais as características do verdadeiro amor. Em primeiro lugar, Paulo fala da importância de fazer as tudo com amor: caridade, sacrifício, profetizar, operar milagres, ministrar com dons espirituais, ofertar, etc. O amor deve estar presente em tudo que fazemos, tanto por Deus quanto pelas pessoas. Podemos adorar sem amar a Deus; dar esmolas sem amarmos realmente aos necessitados; manifestar os dons miraculosos sem amor; evangelizar sem amor; orar sem amor e até mesmo sermos mortos por causa da fé, mas sem amarmos verdadeiramente a Deus. O amor deve estar presente em tudo o que fazemos. Em seguida, Paulo nos apresenta algumas das características:
  • 26. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 26 1. O amor é paciente (v. 4): paciência (ou perseverança) é a capacidade de sofrer infortúnios, dificuldades e lutas sem perder o amor. Quem ama suporta as perseguições sem amargura ou ódio. Em outras palavras, o amor não tem “pavio curto”. Ssabe esperar, colocando diante de Deus suas dificuldades sem procurar a vingança. 2. O amor é benigno (v. 4): aquele que faz ou age com bondade. Mesmo recebendo o mal, é capaz de fazer o bem. Assim fez o nosso Senhor, pois quando éramos seus inimigos por causa do pecado (Efésios 2:3), Ele nos deu a vida através de Jesus Cristo. Amar é não pagar o mal com o mal (Romanos 12:21), mas vencer o mal com o bem. Esta benignidade não deve se resumir aos irmãos na fé, mas para com todos, inclusive para com os que nos fazem mal, falam contra nós ou nos perseguem (Mateus 6:27-36). 3. O amor não arde em ciúmes (v. 4): já ouvimos falar que o ciúme é o tempero do amor. Grande mentira esta, pois o ciúme não é amor. Ao contrário, o verdadeiro amor não arde em ciúmes. Nada tem a ver o cuidado que devemos ter uns pelos outros e o ciúme. O ciúme é possessivo e inseguro, ao passo que o verdadeiro amor é compartilhar e confiar. Por isso, o amor não pode envolver ciúmes. 4. O amor não se orgulha ou se ufana (v. 4): são duas palavras com o mesmo significado. Ufanar-se é contar vantagem ou querer posicionar-se acima das outras pessoas. Como o princípio do amor é a humildade e conside- rar os outros superiores a si mesmo, a atitude da ufania não demonstra o verdadeiro amor. Quem ama enxerga o outro numa posição de igualdade. Uma das marcas do amor é a ausência do orgulho por algo que fez por alguém. 5. O amor não se ensoberbece (v. 4): soberba tem o mesmo significado que arrogância. Aqui também está presente a atitude de humildade, pois o amor não é arrogante, não vive destratando as pessoas. O soberbo gosta de exaltar-se, mostrando o quanto é importante ou que faz algo melhor que os outros. Gosta de exaltar suas qua- lificações e capacidades. O verdadeiro amor não se preocupa com essas coisas, nem se julga superior por causa delas. 6. O amor não age inconvenientemente (v. 5): quem ama sabe se comportar e tratar as pessoas. O amor nos leva a refletir sobre nossas ações antes mesmo as praticarmos. A pessoa que ama reflete: “Será conveniente agir assim?”, “Quais serão as conseqüências dos meus atos?”. O amor faz somente o que convém, o que seja puro, agradável e sábio. 7. O amor não procura seus próprios interesses (v. 5): esta é um das grandes marcas do verdadeiro amor. Quem ama procura o bem do próximo, pensa nas necessidades dos outros e não somente nas suas. Um grande exemplo deste amor é o de Jesus, que sofreu e morreu pelos nossos interesses. Sobre isso, o apóstolo Paulo diz: “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros”. 8. O amor não se exaspera (v. 5): a pessoa que ama não trata os outros de maneira áspera ou grosseira. Quem ama procura ser gentil. Precisamos tomar cuidado quando passamos por problemas, pois temos a tendên- cia de descontar nos outros nossas dificuldades. Temos que ter cuidado ao compartilhar nossas decepções, para que não acabemos ferindo os que nada têm a ver com isso. Precisamos tomar cuidado, também, quando os ou- tros passam por problemas, pois elas ficam sem paciência e têm a tendência de tratar-nos de forma áspera. 9. O amor não se ressente do mal (v. 5): em palavras bem simples, quem ama não se amargura. Mesmo que alguém faça o mal, quem ama não ficará amargurado ou desejando a vingança, ao contrário, pagará o mal que lhe foi feito com uma boa atitude. Se alguém falar mal, retribuirá com palavras de bênçãos. Ao ser perseguido, orará pelo perseguidor, pois o amor não fica ressentido ou amargurado por algo ruim que lhe aconteceu. 10. O amor não se alegra com a injustiça, mas folga com a verdade (v. 6): umas das coisas que entristece o coração de quem ama é ver alguém sofrendo uma injustiça. Quem ama não aprova o que está errado, não fecha os olhos para o pecado e não fica calado diante da opressão. Amar é “botar a boca no trombone”, apontando os erros e não praticando as coisas que tais pessoas praticam. Se quem ama é entristecido pela injustiça, por outro
  • 27. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 27 lado alegra-se ao ver a verdade sendo dita e defendida. Enquanto a injustiça representa um peso, a verdade tor- na-se um alívio. 11. O amor tudo sofre (v. 7): o amor não é apagado pelas adversidades. O sofrimento não é capaz de destru- ir o verdadeiro amor, mas termina por aumentá-lo. Quem ama sabe ser empático e sensível ao sofrimento do próximo, como se ele mesmo sofresse. Isto significa que o amor consegue passar por todo tipo de adversidade, de dor e de angústia sem deixar de ser amor. 12. O amor tudo espera (v. 7): alguém já disse que “o amor não tem pressa de vencer, mas contenta-se com a certeza”. Quem ama sabe esperar, perseverar, aguardar com paciência. O amor não nos torna ansiosos ou pre- cipitados, mas nos faz ter o que chamamos de “longanimidade”, que é a capacidade de esperar por muito tempo. Quem ama não desiste de amar. 13. O amor tudo suporta (v. 7): É a capacidade sobrenatural dada por Deus aos cristãos. O amor nos faz su- portar as perseguições, tentações, ameaças, injúrias, calúnias e tudo mais. Jesus suportou, por amor a nós, a cruz que tão cruelmente Lhe tirou a vida. O amor nos faz estar dispostos para sofrer tudo pela causa de Cristo. Exercendo o amor pelos seus irmãos Como vimos, o amor não é um mero sentimento, mas sim prática. Por isso, sempre que a Bíblia fala do amor, o faz demonstrando uma série de atitudes. Veja alguns versículos e o que eles dizer sobre como devemos amar. Romanos 12:9 – O nosso amor deve ser sincero. Romanos 12:10 – O amor deve ser cordial, tratando bem todas as pessoas. 1 Coríntios 16:14 – Todos os nossos atos devem ser feitos com amor. Gálatas 5:13 – O amor deve nos levar a servirmos uns aos outros. Efésios 4:2 – Suportar com amor as pessoas difíceis. 1 Tessalonicenses 3:12 – Nosso amor precisa crescer e aumentar. Hebreus 10:24 – Precisamos ajudar as pessoas a amarem cada vez mais. 1 Pedro 1:22 – O amor deve ser intenso e vivo. 1 João 5:3 – Quem ama a Jesus de verdade obedece aos Seus mandamentos. Estes são apenas alguns exemplos deste assunto tão abundante em toda a Bíblia, e vez por outra você se deparará com alguma exortação ou mandamento para amarmos uns aos outros. Veja agora algumas formas práticas para demonstrar amor para seus irmãos: 1. Sensibilidade: O amor é sensível ao próximo, e sem sensibilidade não há amor. Demonstar que você se in- teressa pelos problemas do outro é uma ótima forma de demonstar e viver o amor que você tem. Não podemos ficar de braços cruzados quando vemos algum irmão passando por lutas. Quem ama procura fazer algo para dimi- nuir um sofrimento alheio. Quanto mais formos sensíveis, mais teremos a possibilidade de aumentarmos o nosso amor. 2. Ministração com o dom espiritual: O dom espiritual é a capacitação que Deus dá ao crente no momento da conversão, quando o Espírito Santo passa a habitar nele. Utilizar o dom para abençoar vidas é uma forma de amar. Existem vários dons, e futuramente você aprenderá quais são eles para poder utilizá-los para edificar a igre- ja. 3. Serviço cristão: Existem muitas atitudes recomendadas pela Bíblia, mesmo que não faça parte do nosso dom espiritual, como por exemplo: consolar, repreender, orar, dar uma Palavra, aconselhar, usar de misericórdia, servir fisicamente, etc. Não podemos esperar que só quem que tenha o dom faça, mas devemos fazer a nossa parte, ministrando na vida das pessoas. 4. Doando seu tempo: O bem mais precioso dos nossos dias é o tempo. Em se tratando de amor, este é um importante investimento. Quando você demonstra seu amor através do cuidado, do dom espiritual ou do serviço,
  • 28. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 28 não está perdendo ou gastando o seu tempo, mas investindo. Tenha isso em mente, pois relacionamentos de- mandam tempo, e ninguém que não está disposto a agir assim conseguirá amar de verdade. Amar. Uma decisão para hoje Algo muito forte sobre o amor descrito na Bíblia é que ele não nos deixa outra escolha a não ser amar. Não existe, em nenhuma passagem da Palavra de Deus, qualquer desculpa que possa liberar você deste compromisso. Este é um mandamento para ser obedecido, mesmo antes de ser sentido. A nossa decisão deve ser a de amar as pessoas com um amor prático e sensível. Esta é uma escolha não para amanhã, mas para HOJE! Muitos irmãos precisam dos seus dons, do seu serviço e da sua atenção, por isso, esteja preparado para in- vestir tempo em demonstrar amor para as pessoas. Lembre-se! O amor é uma decisão que acontece no coração de quem foi amado por Deus: você. Reflita sobre isso... 1. Por que precisamos amar uns aos outros? 2. Avalie seu amor diante do trecho de 1 Coríntios 13 que foi estudado. 3. O que você poderia fazer em termos práticos para demonstrar seu amor pelos irmãos? 4. Existe alguém que, para você, é difícil de amar?
  • 29. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 29 Capítulo 8 Nossos relacionamentos: O Perdão Leitura: Colossenses 3:13 Todo aquele que se relaciona corre o risco de entrar em conflito por causa de algum pecado que tenha co- metido ou por ser alvo do pecado alheio. Isto ocorre porque, além da natureza pecaminosa, somos diferentes uns dos outros, e conviver nesta diversidade de sentimentos e pensamentos não é tarefa fácil, mas possível e até ne- cessária para o cristão. O autor de Hebreus nos exorta: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, faça- mos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima” (Hebreus 10:25). Nossos problemas pesso- ais não são barreiras para a comunhão, mas desafios para nos ajustarmos à vida no Corpo de Cristo. Nesta semana aprenderemos como resolver certos problemas na comunhão através do perdão, este mara- vilhoso mecanismo criado por Deus para resolver conflitos e intrigas. Devemos ressaltar que para perdoarmos, precisamos amar, e por isto falamos sobre o amor no estudo passado. Quando não há perdão Viver sem perdão na Igreja é algo impossível. Podemos até levar uma vida religiosa, mas sem perdão ela fica sem vida, sem ânimo e sem a bênção de Deus. Deixar de perdoar ou de pedir perdão contamina não só a nossa vida, mas a de outras pessoas, trazendo sérias conseqüências. A primeira conseqüência por não perdoarmos é que Deus também não nos perdoa. Veja o que diz Mateus 6:15: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofen- sas”. Este texto deixa claro que para recebermos o perdão de Deus precisamos também perdoar. Então, não per- doar significa quebrar o nosso relacionamento com os irmãos e com Deus. Por que Ele nos trata assim? Por sabes o quanto vale o perdão. O fato de ter perdoado nossos pecados signi- fica que devemos perdoar as ofensas que os outros praticam contra nós. Nosso Pai sacrificou a Jesus para nos perdoar e por isso não podemos reter o perdão – afinal, será que somos maiores ou mais justos do que Deus? O que ocorre é que, quando nos sentimos perdoados por Deus, ganhamos uma disposição para perdoarmos aos outros. Uma segunda conseqüência é a amargura. Se não perdoamos é porque temos amargura em nosso coração e não estamos demonstrando o amor de Deus. Não perdoar, além de tudo, é pecado, e por isso também precisa- mos pedir perdão. Muitos sentem dificuldades em perdoar porque ainda não compreenderam a totalidade do amor do Pai. Outro problema com a amargura é que ela é contamina os outros. Hebreus 12:15 diz: “Atentando, diligen- temente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. Este versículo mostra que a amargura é uma raiz que cresce a ponto de invadir o coração dos outros. Desta forma, quando estamos amargurados, acaba- mos de levar outros a se amargurarem. Com toda a certeza não é só a falta de perdão a causa da amargura, mas é importante nos avaliarmos para saber se não a sentimos por alguém. Uma última conseqüência é o enfraquecimento da igreja. Quando não perdoamos o nosso coração se con- tamina de amargura e, uma vez contaminado, leva outros a se contaminarem. Isto traz um enfraquecimento na comunhão, afastando os irmãos uns dos outros e de Deus, tornando-os alvos fáceis para o Diabo. É muito preocu- pando que muitos cristãos não saibam perdoar. O Senhor Jesus orou: “Perdoais nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” (Mateus 6:12).
  • 30. Viva a Igreja | vivaaigreja.wix.com/vivaaigreja 30 Quando é preciso perdoar Devemos perdoar quando alguém comete um pecado contra nós. Não existe um número máximo de vezes que podemos perdoar. Em nosso coração precisamos desenvolver amor, paciência e tolerância para com o outro, pois o perdão deve ser um presente dado aos que pecam. Caso alguém peque contra você, esteja consciente que, como cristão, deve perdoá-lo, mesmo que ele não se arrependa do que fez. O nosso perdão deve ser incondicional, pois não depende do arrependimento do outro. Não podemos esperar que alguém se arrependa para que decidamos perdoar. O que acontece é que, quando aquele que errou vem lhe pedir perdão, você verbaliza o que já aconteceu em seu coração. O perdão já foi dado, você não tem mágoa em seu coração, e a declaração é para a restauração do relacionamento. Caso alguém venha lhe pedir perdão e você o negar, a pessoa é justificada, pois agiu corretamente ao que- rer restaurar o relacionamento, mas você peca, por ter retido o perdão. Tome como exemplo o Senhor Jesus que, morrendo na cruz, insistiu em perdoar aqueles que tiravam a Sua vida (Lucas 23:34). Devemos perdoar porque, acima de tudo, Deus nos perdoou quando vivíamos longe dEle. Seu perdão nos foi dado para apagar a multidão dos nossos erros. Como forma de manifestar a gratidão por tamanho perdão, devemos ser levados pelo amor que temos por Ele a perdoar os que pecarem contra nós. Não temos outra esco- lha a não ser perdoar os pecados que são cometidos contra nós. Quando é preciso pedir perdão No caso acima, alguém pecou e você deveria perdoar. Agora acontece justamente o contrário: você pecou contra alguém e precisa pedir perdão. Vamos procurar entender bem o que a Bíblia fala sobre ARREPENDIMENTO. O Novo Dicionário da Bíblia diz que “arrependimento” é “uma radical transformação de pensamento, atitu- de e direção” e ainda, que “consiste de um abandono ao pecado e de um voltar-se para Deus e Seu serviço”. Podemos pecar contra Deus, mas pecando contra as pessoas estamos pecando contra Ele também. Entre- tanto, devemos avaliar se o nosso arrependimento é sincero. Para isto procure questionar-se o porquê de você estar se arrependendo. Caso seja por causa do sofrimento que o erro trouxe, pode não ser realmente sincero, mas se, em meio ao sofrimento do pecado, você percebeu que magoou o coração de Deus, tem tudo para ser o verda- deiro arrependimento. O Arrependimento sincero é aquele que: 1. Reconhece: Quando nos damos conta que magoamos ao Pai e que agimos contrários a Sua Palavra. O re- conhecimento do pecado não deve ser porque perdeu alguma coisa ou deixou de ganhar algo, mas é o profundo constrangimento e a vergonha por ter desobedecido. Este é o reconhecimento, e ele deve ser profundo, procu- rando ter consciência de todos os atos que praticamos com o nosso pecado, não escondendo nenhum deles. Lembre-se: O MOTIVO DO NOSSO ARREPENDIMENTO DEVE SER PORQUE MAGOAMOS A DEUS E O DESOBEDECE- MOS. 2. Confessa: Quando declaramos a Deus tudo o que fizemos de errado, passo a passo. Devemos ser sinceros quando confessamos, não ocultado pecado algum ou diminuindo a sua seriedade. Uma tendência que temos ao confessarmos nossos pecados é a de responsabilizar os outros pelo que fizemos. Esta tentativa de “aliviar nossa barra” com Deus colocando parte da responsabilidade nos outros demonstra que não estamos sendo sinceros o suficiente. Na confissão não somos acusadores dos outros, mas pedimos perdão pelas nossas faltas. 3. Muda: Quando abandonamos o pecado e nos voltamos para Deus. Não basta reconhecer e confessar, é preciso abandonar o pecado. Deixar o que estamos praticando de errado é parte inseparável do arrependimento. A idéia é que quando pecamos, trilhamos o caminho errado, mas ao nos arrependemos voltamos a caminhar em santidade. Abandonar o pecado pode ser muito doloroso, mas não podemos afastar esta necessidade de sofrer tal dor para restaurar a nossa comunhão com Deus.