SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
COOPERAÇÃO CHINESA
– ENTRE O MITO E A REALIDADE
P O R
P R O F E S S O R D O U T O R R U I T E I X E I R A S A N T O S
P R O F E S S O R A S S O C I A D O D O I N S T I T U T O S U P E R I O R D E G E S T Ã O
2 5 D E F E V E R E I R O
M Y R I A D S A N A
L I S B O A
ACCLI
1ª Edição do Fórum de Cooperação para o Desenvolvimento
China -Lusofonia - Ibero - América - Caribe
Sumário
 Vimos esta manhã os objetivos da cooperação
chinesa com a CPLP
 Vimos o novo regime fiscal favorável para a
cooperação Luso-Chinesa que entrou em vigor em
janeiro de 2016 em que os investimentos chineses na
CPLP feitos a partir de Portugal, estão isentos de
impostos em Portugal.
 Vamos ver agora as necessidades de comunicação da
China e o contexto político e económico
internacional onde esta cooperação se estabelece.
Situação Global
 Crise europeia:
 1. Crise económica
 2. Crise bancária
 3. Crise social
 4. Crise institucional: liderança
 5. Crise de segurança
 6. Crise religiosa
 Conclusão:
 mais que uma crise de crescimento vs a decadência do Ocidente
 Prioridade ao humanitarismo, direitos humanos, transparência e
democracia nas relações internacionais vs o realismo económico
O Ocidente vai invadir primeiro a Líbia,
antes de ocupar a Síria? – o regresso ao colonialismo?
 Contexto político internacional:
 Ângela Merkel prepara-se para novos voos (próxima secretária geral da
ONU ?) e aproveita bem a crise dos refugiados (que ameaça destruir a
União Europeia, fragilizada por cinco crises - social, política, financeira,
económica e de segurança - assustada com o terrorismo e incapaz de
resolver a questão dos refugiados) e a guerra na Síria (financiada pela
Arábia Saudita sunita)! O aparente acordo de cessar fogo na Síria, com os
Russos (que com o colapso financeiro - e default - marcado para 2017, vão
pagar para destruir a União Europeia ou iniciar uma grande guerra antes) é
obra da diplomacia alemã e da Igreja Católica Romana...
 Porém, a Turquia (dividida entre restaurar o islamismo do Império
Otomano ou ser uma República laica europeia) nem respeitou o acordo de
sexta-feira (11 de Fevereiro de 2016) e continuou os bombardeamentos,
enquanto a Rússia e o Irão dizem que haverá guerra total (a tal grande
guerra que já começou a fazer os refugiados que apavoraram a UE) se os
EUA e os seus aliados invadirem a Síria.
 Por isso, o inevitável regresso aos protetorados coloniais, no século
XXI, vai começar pela invasão da Líbia – “estado falhado” onde o ISIS se
está a instalar, ameaçando o gás da Argélia, que alimenta a Europa - e não
pela ocupação da Síria, para já com os cessar fogo a serem negociados e
depois, renegociados.
Uma crise de mercado não é uma crise global
 A crise decorrente do petróleo não é uma crise global
como a grande crise de 29 e 2008. É apenas uma crise de
mercado devido ao excesso da oferta e não uma crise
financeira estrutural do capitalismo.
 A próxima crise já não será europeia, mas dos produtores
de commodities –onde se inclui África e América Latina -
e dos eventuais beneficiários, podendo portanto atingir
também a Europa e a China.
 E nesse sentido, não será uma crise global, mas apenas
uma crise de mercado, que passará (em menos de dois
anos)… Há, portanto, oportunidades a prazo!
Crise Portuguesa
Crise em Portugal
1. Crise financeira
2. Crise bancária
3. Crise económica
4. Crise social
5. Instabilidade fiscal e regulatória
6. Questão da legitimidade política
Conclusão:
- criar oportunidades diante da falta de competitividade
externa da economia portuguesa
- Plataforma não hegemonica de comercio e cooperação
UE –China-África-América Latina-Caribe
CPLP - Entre a neutralidade,
a irrelevância e a inconsciência
 O papel definido neste contexto à CPLP acaba por ser
o de neutralidade e de irrelevância em face da
diversidade dos seus interesses.
 Mas a maioria dos estados membros da CPLP são
produtores de petróleo e por isso afetados pela atual
crise de mercado, mas que poderá reconstruir-se a
curto prazo.
 Portugal e os restantes membros d CPLP estão em
crise – há que construir a oportunidade com a
cooperação chinesa.
China – questões internas
 Sustentabilidade financeira – excesso de crédito e
compettividade externa
 Sustentabilidade política: democracia e
transparência
 Modelo social: direitos humanos e desenvolvimento
 Questão política
 Atratividade do investimento estrangeiro
 Desafio tecnológico
China – 7 Mitos e a Realidade
A cooperação chinesa tem um problema de comunicação
Os 7 Mitos sobre a cooperação chinesa:
1. Que a China está em África ou na América Latina e no Caribe apenas
para extrair os recursos naturais;
2. Que existe uma forte extensão do envolvimento chinês no continente
africano e na América Latina;
3. Que as empresas chinesas empregam principalmente seus próprios
nacionais;
4. Que a ajuda e o financiamento chinês é em si um veículo para fixar
concessões de petróleo e direitos de mineração;
5. Que a China tem um apetite insaciável pela terra Africana e Sul
Americana, e talvez até mesmo um plano para enviar grupos de
camponeses chineses para produzirem alimentos em África , na América
do Sul e no Caribe, para depois os reenviarem para a própria China
6. Que a China não tem padrões de referencia políticos, sociais e de
transparecia nas suas relações externas
7. Que a China exporta produtos de média tecnologia e produtos de massa e
não faz transferência de tecnologia.
1º Mito
 O primeiro - e mais prejudicial - mito é que a China está em
África ou na America Latina e no Caribe apenas para extrair
os recursos naturais. Não há dúvida de que os recursos
naturais dos continentes são um grande atrativo para as
empresas chinesas - assim como são as empresas gigantes
ocidentais de petróleo e minerais, como a Shell, ExxonMobil e
Glencore. No entanto, mesmo em países ricos em petróleo
como a Nigéria, isso está longe de ser verdade.
 Só em 2014, as empresas chinesas assinaram mais de US $ 70
bilhões em contratos de construção em África que darão infra-
estruturas vitais, fornecem empregos e impulsionam a
transferencia de tecnologia. Só em angloa contams com mais
de US$ 10 Bi na renovação da liha férrea de Benguela.
 As empresas de tecnologia também têm feito muito para
acelerar o desenvolvimento local, na area das
telecomunicações, serviços e construção.
2º Mito
 Um segundo mito gira em torno da extensão do envolvimento
chinês no continente. Observadores muitas vezes exageram
dramaticamente a dimensão do financiamento oficial chinês -
empréstimos e ajuda - a África e outros países em
desenvolvimento. É certo que as estatísticas não são muito
transparentes sobre esses fluxos financeiros.
 Pequim, no entanto, publica dados agregados anualmente- e
eles são menores do que alguns dos relatórios sugerem. Entre
2010 e 2012, a ajuda oficial chinesa cresceu rapidamente, mas
o total ao longo desses três anos chegou apenas a US $ 14,4
bilhões, globalmente.
 Contudo, o Plano da Ação para a Cooperação Económica e
Comercial 2014-16 da China prevê atingir 160 mil milhões de
euros nas relações com os países da CPLP…
3º Mito
 Um terceiro mito persistente é que as empresas chinesas empregam principalmente
seus próprios nacionais. Em julho de 2015, quando o presidente Barack Obama
disse a um grupo de embaixadores africanos na Etiópia que "as relações económicas
não pode ser simplesmente sobre a construção de infraestruturas dos países com
mão de obra estrangeira," todos sabiam que ele estava apontando o dedo à China.
Mas foi uma descrição precisa das práticas comerciais chinesas?
 Um pequeno grupo de países ricos em petróleo com os sectores de construção caros
- incluindo a Argélia, Guiné Equatorial e Angola - os governos não permitem que as
empresas de construção chinesas importem os seus próprios trabalhadores da
China.
 Mas noutras partes da África, a pesquisa citada pela Foreign Affairs, é clara: A
grande maioria dos empregados em empresas chinesas são contratados localmente.
Os professores de Hong Kong Barry Sautman e Yan Hairong pesquisou 400
empresas chinesas que operam em mais de 40 países africanos. Descobriram que,
enquanto as posições de gerência e os técnicos superiores tenderam a permanecer
chineses, mais de 80 por cento dos trabalhadores eram locais. Algumas empresas
mais de 99 por cento da sua força de trabalho com locais
 O caso dos investimentos em Portugal, como na Haitong ou na EDP, até mesmo a
alta direção ainda esta em mãos de gestores profissionais ocidentais.
4º Mito
 Um quarto mito é que a ajuda e o financiamento chinês é em si um
veículo para fixar concessões de petróleo e direitos de mineração.
Como Richard Behar escreveu num artigo de 2008 na revista Fast
Company, a China financia "hospitais, condutas de água, barragens,
caminhos de ferro, aeroportos, hotéis, estádios de futebol, prédios
do parlamento - quase todos eles ligados, de alguma forma, ao
acesso da China a matérias primas". Um estudo da Rand
Corporation sugeriu que a China" recebe uma oferta alargada de
recursos como contrapartida "pela sua ajuda”. Um relatório do
Congressional Research Service de 2009 concluía que "a ajuda
externa da China é impulsionada principalmente pela necessidade
de recursos naturais.”
 Com a baixa do preço dos combustíveis o Banco de
Desenvolvimento da China vai conceder um empréstimo de 2 mil
milhões de dólares a Angola, para a terminar a construção da
refinaria do Lobito, ficando com uma participação no capital e não
corresponde pelo menos na totalidade a compromissos em recursos
naturais.
5º Mito
 O quinto mito é que a China tem um apetite insaciável pela terra Africana e Sul
Americana, e talvez até mesmo um plano para enviar grupos de camponeses
chineses para produzirem alimentos em África , na América do Sul e no Caribe, para
depois os reenviarem para a própria China .
 Em 2012, o economista-chefe do Banco Africano de Desenvolvimento chamou à
China "o maior terra tenente/proprietário” de África. Uma história que alegava que
a China tinha comprado metade da terra agrícola na RDC. Outros diziam que os
chineses estavam a estabelecer aldeias rurais em toda a África. Mas, o que se
confirma é que apenas foram detetados 60 investimentos agrícolas chineses,
incluindo a da RDC. Correspondendo a menos de 700.000 hectares. As maiores
propriedades chinesas existentes são plantações de borracha, açúcar e sisal.
Nenhuma é de cultivo de alimentos para exportação para a China. Em alguns países
como a Zâmbia há algumas dezenas de empresários chineses que criam frangos para
os mercados locais, e não existem aldeias de camponeses chineses em África ou na
América do Sul.
 O total do investimento chinês em Angola foi da 14,5 mil milhões de dólares, a que
corresponde 5 mil milhões a exploração agrícola (milho, soja e trigo) feito pela
empresa estatal Citic, ou seja apenas 30 % do investimento total é que foi para
agricultura.
 Quando muito alguns grupos de trabalhadores especializados que vivem em
contentores, de apoio a obras civis ou públicas, mas neste caso a principal razão é a
segurança.
6º Mito
 O sexto mito traduzir-se-á no fato da China não ter exigências
humanitárias, nem pautar as suas relações externas pelos direitos
humanos, democracia e exigência de transparência e combate à corrupção.
 Ora a China mantendo em casa a política de “dois sistemas um país” acaba
por estar imune a estas questões nas relações internacionais e por isso
implementa a tradicional política de não inerência nas questões internas
dos outros países. Não há memória da China intervir politicamente ou
fomentar golpes de Estado.
 Aliás a sua posição privilegiada do ponto de vista da oferta de produtos
manufaturados - e neste século de serviços também - e de procura de
matérias-primas em larga escala e oportunidades de investimento no
exterior (nomeadamente em dívida pública) torna-a num parceiro de tal
maneira desejado que não necessita de colocar ouros valores em cima da
mesa.
 Essa razão afasta o discursos politicamente correto das relações
internacionais do âmbito do comercio e cooperação da China com África
América do Sul e Caribe.
7º Mito
 O sétimo mito tem que ver com a percepção que a China exporta
produtos de media tecnologia e produtos de massa e que não faz
transferência de tecnologias
 Essa percepção decorre das “lojas chinesas” instaladas na Europa,
América Latina e África pela comunidade chinesa.
 Não é contudo verdade. A principal exportação da China Máquinas
e equipamentos elétricos (24,4%) e Máquinas e equipamento
mecânicos (17,1%). A China tornou-se um potencia tecnológica e
está agora a exportar serviços, nomeadamente financeiros.
 Por exemplo, em Moçambique a China instalou uma linha de
produção de automóveis da MATCHEDJE MOTOR e na produção
de gás natural no valor de 10 mil milhões.
 A reconstrução da linha de Benguela (US$10 bi) e os 50 projetos de
iluminação publica ligada à energia solar no Brasil, Angola, Guiné-
Bissau, Timor e Moçambique são provas dessa transferência de
tecnologia.
Fluxos financeiros China-Portugal
 Cooperação para o desenvolvimento: boas relações
políticas; potencial de crescimento sobretudo em
ações trianguladas.
 Balança Comercial: a cobertura é de 50%
 Investimento estrangeiro: até 2011 praticamente foi
inexpressivo, mas com a privatização da REN, da
EDP, da Fidelidade e da Haitong o cenário está a
mudar
Fluxos financeiros
China-Africa/América Latina e Caribe
 A China é o primeiro país exportador do Mundo
(12,5%) e o segundo importador (10,3%)
 Cooperação para o desenvolvimento: existe potencial
de envolvimento
 Balança Comercial: nenhum dos países desta zona
faz parte dos principais importadores ou
exportadores da China; há a perspectiva de
crescimento das importações e das exportações
chineses a partir de 2016 depois da queda de 2014
 Investimento estrangeiro
Problemas da cooperação
 Dificuldade de fazer negócios (China está em 90ª lugar no Rank
Doing Business 2015)
 Competitividade (China esta no 28º lugar no Gobal Comp. Index 15-
16)
 Integração social e política
 Transparência de recursos (Índice da Transparency Int. a China está
no 100º lugar)
 Certificação florestal sustentável
 Proteção de espécies ameaçadas de extinção
 O apoio chinês varia também com a conjuntura naturalmente (o
comércio com o Brasil caiu 18% em 2015 e com Angola 45%)
 Em uma época marcada por ambientes turbulentos e
complexos (Bettis e Hitt, 1995), é importante para
compreender os mecanismos estáveis, a partir dos
quais podemos trabalhar e que facilitam a
compreensão e previsão, tais como ritmos e ciclos
(Friedman, 1999).
 A avaliação e o estudo científico dos ritmos do
comércio internacional e das relações económicas
entre as economias dominantes e o universo das
restantes economias está por fazer
 Contudo, podemos concluir:
Conclusão
 Desde o Império Asiático Português à re-emergência da China nas
relações económicas internacionais há um padrão de hegemonia
associado à potencia marítima dominante: nem a China nem África,
América Latina ou Caribe cabem na definição dominante
tradicional.
 Um exemplo de integração social e económica através da
cooperação não é sustentável: os interesses têm que além da
cooperação e sobretudo serem económica e politicamente de
interesse mútuo. É o substituto da potencia militarmente
dominante.
 O caso da migração portuguesa é exemplo de cooperação social – é
uma integração à margem dos guetos que algumas migrações criam.
A oportunidade de transformar Macau num “hub de cooperação
China-lusofonia” cabe nesta definição.
 Uma relação com futuro – um caminho de oportunidade:
mas temos que encontrar formas de o ver
estrategicamente.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Africa Sul - diagnóstico de mercado
Africa Sul - diagnóstico de mercadoAfrica Sul - diagnóstico de mercado
Africa Sul - diagnóstico de mercadoAEP | INTERNACIONAL
 
Questionário temas 1 à 8
Questionário temas 1 à 8Questionário temas 1 à 8
Questionário temas 1 à 8Douglas Machado
 
Respostas Desenvolvimento Econômico_A4/A5
Respostas Desenvolvimento Econômico_A4/A5Respostas Desenvolvimento Econômico_A4/A5
Respostas Desenvolvimento Econômico_A4/A5rsnasci
 
Geografia globalização e desenvolvimento 02 – 2013 – ifba
Geografia   globalização e desenvolvimento 02 – 2013 – ifbaGeografia   globalização e desenvolvimento 02 – 2013 – ifba
Geografia globalização e desenvolvimento 02 – 2013 – ifbaJakson Raphael Pereira Barbosa
 
Recessão versus estabilidade econômica
Recessão versus estabilidade econômicaRecessão versus estabilidade econômica
Recessão versus estabilidade econômicaCIRINEU COSTA
 
O mundo em 2016 rumo à depressão e ao totalitarismo
O mundo em 2016 rumo à depressão e ao totalitarismoO mundo em 2016 rumo à depressão e ao totalitarismo
O mundo em 2016 rumo à depressão e ao totalitarismoFernando Alcoforado
 
Oportunidades Brasil-China, agosto 2020
Oportunidades Brasil-China, agosto 2020Oportunidades Brasil-China, agosto 2020
Oportunidades Brasil-China, agosto 2020Henry Quaresma
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRANinho Cristo
 
SLIDES ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS COMENTADOS
SLIDES ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS COMENTADOSSLIDES ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS COMENTADOS
SLIDES ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS COMENTADOSCADUCOC
 
Aula 04-socialismo de mercado chinês o- 2010-convênio-2011
Aula 04-socialismo de mercado chinês o- 2010-convênio-2011Aula 04-socialismo de mercado chinês o- 2010-convênio-2011
Aula 04-socialismo de mercado chinês o- 2010-convênio-2011juruenosampaio sampaio
 
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira Santos
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira SantosNotas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira Santos
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira SantosA. Rui Teixeira Santos
 
O arrocho tributário no segundo governo dilma rousseff
O arrocho tributário no segundo governo dilma rousseffO arrocho tributário no segundo governo dilma rousseff
O arrocho tributário no segundo governo dilma rousseffFernando Alcoforado
 
O Brasil na economia global
O Brasil na economia globalO Brasil na economia global
O Brasil na economia globalEstude Mais
 
REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...
REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...
REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...Fernando Alcoforado
 

Mais procurados (19)

Africa Sul - diagnóstico de mercado
Africa Sul - diagnóstico de mercadoAfrica Sul - diagnóstico de mercado
Africa Sul - diagnóstico de mercado
 
Questionário temas 1 à 8
Questionário temas 1 à 8Questionário temas 1 à 8
Questionário temas 1 à 8
 
Respostas Desenvolvimento Econômico_A4/A5
Respostas Desenvolvimento Econômico_A4/A5Respostas Desenvolvimento Econômico_A4/A5
Respostas Desenvolvimento Econômico_A4/A5
 
Geografia globalização e desenvolvimento 02 – 2013 – ifba
Geografia   globalização e desenvolvimento 02 – 2013 – ifbaGeografia   globalização e desenvolvimento 02 – 2013 – ifba
Geografia globalização e desenvolvimento 02 – 2013 – ifba
 
Opinião 30 out 1
Opinião 30 out 1Opinião 30 out 1
Opinião 30 out 1
 
Recessão versus estabilidade econômica
Recessão versus estabilidade econômicaRecessão versus estabilidade econômica
Recessão versus estabilidade econômica
 
Atualidades brics
Atualidades   bricsAtualidades   brics
Atualidades brics
 
O mundo em 2016 rumo à depressão e ao totalitarismo
O mundo em 2016 rumo à depressão e ao totalitarismoO mundo em 2016 rumo à depressão e ao totalitarismo
O mundo em 2016 rumo à depressão e ao totalitarismo
 
Oportunidades Brasil-China, agosto 2020
Oportunidades Brasil-China, agosto 2020Oportunidades Brasil-China, agosto 2020
Oportunidades Brasil-China, agosto 2020
 
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRAA INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
 
Canal moz nr1786
Canal moz nr1786Canal moz nr1786
Canal moz nr1786
 
SLIDES ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS COMENTADOS
SLIDES ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS COMENTADOSSLIDES ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS COMENTADOS
SLIDES ASSOCIAÇÕES POLÍTICAS COMENTADOS
 
Geopolítica
GeopolíticaGeopolítica
Geopolítica
 
Brasil africa
Brasil africaBrasil africa
Brasil africa
 
Aula 04-socialismo de mercado chinês o- 2010-convênio-2011
Aula 04-socialismo de mercado chinês o- 2010-convênio-2011Aula 04-socialismo de mercado chinês o- 2010-convênio-2011
Aula 04-socialismo de mercado chinês o- 2010-convênio-2011
 
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira Santos
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira SantosNotas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira Santos
Notas sobre a Economia Portuguesa 2012, prof. doutor Rui Teixeira Santos
 
O arrocho tributário no segundo governo dilma rousseff
O arrocho tributário no segundo governo dilma rousseffO arrocho tributário no segundo governo dilma rousseff
O arrocho tributário no segundo governo dilma rousseff
 
O Brasil na economia global
O Brasil na economia globalO Brasil na economia global
O Brasil na economia global
 
REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...
REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...
REFORMA DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NECESSÁRIA AO BRASIL NA ERA CONT...
 

Semelhante a COOPERAÇÃO CHINESA ENTRE MITO E REALIDADE

Perspectivas de Negócios Brasil-China
Perspectivas de Negócios Brasil-ChinaPerspectivas de Negócios Brasil-China
Perspectivas de Negócios Brasil-ChinaHenry Quaresma
 
TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA - 2
TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA - 2TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA - 2
TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA - 2GRAZIA TANTA
 
O Empacto da China no Desenvolvimento de Angola.docx
O Empacto da China no Desenvolvimento de Angola.docxO Empacto da China no Desenvolvimento de Angola.docx
O Empacto da China no Desenvolvimento de Angola.docxjorgevenancioramosHe
 
Atividades nova ordem mundial e globalização pronto
Atividades nova ordem mundial e globalização prontoAtividades nova ordem mundial e globalização pronto
Atividades nova ordem mundial e globalização prontoAtividades Diversas Cláudia
 
Respostas atividades de revisão
Respostas atividades de revisãoRespostas atividades de revisão
Respostas atividades de revisãoCBM
 
42506_a9c0a12e27f6ee4f9a4ae174f6186d6c.pdf
42506_a9c0a12e27f6ee4f9a4ae174f6186d6c.pdf42506_a9c0a12e27f6ee4f9a4ae174f6186d6c.pdf
42506_a9c0a12e27f6ee4f9a4ae174f6186d6c.pdfShinraTensei15
 
Prova 9ºanos 1 bi silvana 2014
Prova 9ºanos 1 bi   silvana 2014Prova 9ºanos 1 bi   silvana 2014
Prova 9ºanos 1 bi silvana 2014Íris Ferreira
 
O brasil em um mundo globalizado
O brasil em um mundo globalizadoO brasil em um mundo globalizado
O brasil em um mundo globalizadototonhodemorais
 

Semelhante a COOPERAÇÃO CHINESA ENTRE MITO E REALIDADE (20)

Perspectivas de Negócios Brasil-China
Perspectivas de Negócios Brasil-ChinaPerspectivas de Negócios Brasil-China
Perspectivas de Negócios Brasil-China
 
Simulado _fcc
Simulado  _fccSimulado  _fcc
Simulado _fcc
 
Revisao 2 - Aulas de Sexta
Revisao 2 - Aulas de SextaRevisao 2 - Aulas de Sexta
Revisao 2 - Aulas de Sexta
 
China
ChinaChina
China
 
Capitalismo e a crise na europa
Capitalismo e a crise na europaCapitalismo e a crise na europa
Capitalismo e a crise na europa
 
TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA - 2
TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA - 2TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA - 2
TEXTOS DE CIRCUNSTÂNCIA - 2
 
O Empacto da China no Desenvolvimento de Angola.docx
O Empacto da China no Desenvolvimento de Angola.docxO Empacto da China no Desenvolvimento de Angola.docx
O Empacto da China no Desenvolvimento de Angola.docx
 
Atividades nova ordem mundial e globalização pronto
Atividades nova ordem mundial e globalização prontoAtividades nova ordem mundial e globalização pronto
Atividades nova ordem mundial e globalização pronto
 
Respostas atividades de revisão
Respostas atividades de revisãoRespostas atividades de revisão
Respostas atividades de revisão
 
Vamos vender na china
Vamos vender na chinaVamos vender na china
Vamos vender na china
 
Vamos Vender na china
Vamos Vender na chinaVamos Vender na china
Vamos Vender na china
 
globalização.pdf
globalização.pdfglobalização.pdf
globalização.pdf
 
42506_a9c0a12e27f6ee4f9a4ae174f6186d6c.pdf
42506_a9c0a12e27f6ee4f9a4ae174f6186d6c.pdf42506_a9c0a12e27f6ee4f9a4ae174f6186d6c.pdf
42506_a9c0a12e27f6ee4f9a4ae174f6186d6c.pdf
 
China Soft Power
China Soft PowerChina Soft Power
China Soft Power
 
aull.pptx
aull.pptxaull.pptx
aull.pptx
 
Prova 9ºanos 1 bi silvana 2014
Prova 9ºanos 1 bi   silvana 2014Prova 9ºanos 1 bi   silvana 2014
Prova 9ºanos 1 bi silvana 2014
 
Geo40
Geo40Geo40
Geo40
 
China
ChinaChina
China
 
O brasil em um mundo globalizado
O brasil em um mundo globalizadoO brasil em um mundo globalizado
O brasil em um mundo globalizado
 
Trabalho de Geografia - BRICS
Trabalho de Geografia - BRICSTrabalho de Geografia - BRICS
Trabalho de Geografia - BRICS
 

Mais de A. Rui Teixeira Santos

DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptxDireito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptxA. Rui Teixeira Santos
 
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdfERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdfA. Rui Teixeira Santos
 
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS  PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS  PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....A. Rui Teixeira Santos
 
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...A. Rui Teixeira Santos
 
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...A. Rui Teixeira Santos
 
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...A. Rui Teixeira Santos
 
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...A. Rui Teixeira Santos
 
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)A. Rui Teixeira Santos
 
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOADireito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOAA. Rui Teixeira Santos
 
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...A. Rui Teixeira Santos
 
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito empresarial 2019 3 parte - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
Direito empresarial 2019  3 parte  - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...Direito empresarial 2019  3 parte  - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
Direito empresarial 2019 3 parte - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...A. Rui Teixeira Santos
 
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01..."O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...A. Rui Teixeira Santos
 
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPDireito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPA. Rui Teixeira Santos
 
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPDireito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPA. Rui Teixeira Santos
 
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...A. Rui Teixeira Santos
 

Mais de A. Rui Teixeira Santos (20)

DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
DIREITO DA SUSTENTABILIDADE (2023) Professor Doutor Rui Teixeira Santos ISG L...
 
SEBENTA DE DIREITO DA ECONOMIA.pdf
SEBENTA DE DIREITO DA ECONOMIA.pdfSEBENTA DE DIREITO DA ECONOMIA.pdf
SEBENTA DE DIREITO DA ECONOMIA.pdf
 
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptxDireito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
Direito da Segurança Social 2021 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos.pptx
 
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdfERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
ERGONOMIA EMOCIONAL 2022, Professor Doutor Rui Teixeira Santos , ISG .pdf
 
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS  PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS  PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
I CONFERENCIA INTERNACIONAL SOBRE POLITICAS PUBLICAS E REFORMA DA AP - Prof....
 
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
Caracterização das organizações da economia social em Portugal - Prof. Do...
 
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
Associativismo Desportivo Prof. Doutor Rui Teixeira Santos ULHT Faculdade de ...
 
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
Organização pública e privada do desporto (Nov 2021) 2ª Parte - prof. doutor ...
 
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
Organização pública e privada do desporto 1 parte (30OUT2021) PROFESSOR DOU...
 
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
Sport finance, prof. Doutor Rui Teixeira Santos (ULHT, Lisboa, 2021)
 
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOADireito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
Direito Comercial PPTX 2019 Prof. Doutor Rui Teixera Santos ISG LISBOA
 
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
Fashion Law - propriedade industrial e direito da publicidade, prof doutor Ru...
 
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
The Principles of Morality and Transparency in the Third Sector presentation ...
 
Direito empresarial 2019 3 parte - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
Direito empresarial 2019  3 parte  - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...Direito empresarial 2019  3 parte  - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
Direito empresarial 2019 3 parte - dos contratos - Prof. Rui Teixeira Santo...
 
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
Direito empresarial 2019 1 Parte Geral Comerciante Prof. Doutor Rui Teixeira ...
 
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
Direito empresarial 2019 2 parte sociedades comerciais Prof Doutor Rui Teixei...
 
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01..."O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
"O PSD tem que mudar" - artigo de Rui Teixeira Santos publicado em 2019.06.01...
 
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPDireito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito dos contratos (2019) Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
 
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INPDireito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
Direito da comunicação 2019 I PARTE Prof. Doutor Rui Teixeira Santos Lisboa:INP
 
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
Direito da Comunicação 2019 II PARTE Dto da Publicidade ANEXOS Prof. Doutor R...
 

COOPERAÇÃO CHINESA ENTRE MITO E REALIDADE

  • 1. COOPERAÇÃO CHINESA – ENTRE O MITO E A REALIDADE P O R P R O F E S S O R D O U T O R R U I T E I X E I R A S A N T O S P R O F E S S O R A S S O C I A D O D O I N S T I T U T O S U P E R I O R D E G E S T Ã O 2 5 D E F E V E R E I R O M Y R I A D S A N A L I S B O A ACCLI 1ª Edição do Fórum de Cooperação para o Desenvolvimento China -Lusofonia - Ibero - América - Caribe
  • 2. Sumário  Vimos esta manhã os objetivos da cooperação chinesa com a CPLP  Vimos o novo regime fiscal favorável para a cooperação Luso-Chinesa que entrou em vigor em janeiro de 2016 em que os investimentos chineses na CPLP feitos a partir de Portugal, estão isentos de impostos em Portugal.  Vamos ver agora as necessidades de comunicação da China e o contexto político e económico internacional onde esta cooperação se estabelece.
  • 3. Situação Global  Crise europeia:  1. Crise económica  2. Crise bancária  3. Crise social  4. Crise institucional: liderança  5. Crise de segurança  6. Crise religiosa  Conclusão:  mais que uma crise de crescimento vs a decadência do Ocidente  Prioridade ao humanitarismo, direitos humanos, transparência e democracia nas relações internacionais vs o realismo económico
  • 4. O Ocidente vai invadir primeiro a Líbia, antes de ocupar a Síria? – o regresso ao colonialismo?  Contexto político internacional:  Ângela Merkel prepara-se para novos voos (próxima secretária geral da ONU ?) e aproveita bem a crise dos refugiados (que ameaça destruir a União Europeia, fragilizada por cinco crises - social, política, financeira, económica e de segurança - assustada com o terrorismo e incapaz de resolver a questão dos refugiados) e a guerra na Síria (financiada pela Arábia Saudita sunita)! O aparente acordo de cessar fogo na Síria, com os Russos (que com o colapso financeiro - e default - marcado para 2017, vão pagar para destruir a União Europeia ou iniciar uma grande guerra antes) é obra da diplomacia alemã e da Igreja Católica Romana...  Porém, a Turquia (dividida entre restaurar o islamismo do Império Otomano ou ser uma República laica europeia) nem respeitou o acordo de sexta-feira (11 de Fevereiro de 2016) e continuou os bombardeamentos, enquanto a Rússia e o Irão dizem que haverá guerra total (a tal grande guerra que já começou a fazer os refugiados que apavoraram a UE) se os EUA e os seus aliados invadirem a Síria.  Por isso, o inevitável regresso aos protetorados coloniais, no século XXI, vai começar pela invasão da Líbia – “estado falhado” onde o ISIS se está a instalar, ameaçando o gás da Argélia, que alimenta a Europa - e não pela ocupação da Síria, para já com os cessar fogo a serem negociados e depois, renegociados.
  • 5. Uma crise de mercado não é uma crise global  A crise decorrente do petróleo não é uma crise global como a grande crise de 29 e 2008. É apenas uma crise de mercado devido ao excesso da oferta e não uma crise financeira estrutural do capitalismo.  A próxima crise já não será europeia, mas dos produtores de commodities –onde se inclui África e América Latina - e dos eventuais beneficiários, podendo portanto atingir também a Europa e a China.  E nesse sentido, não será uma crise global, mas apenas uma crise de mercado, que passará (em menos de dois anos)… Há, portanto, oportunidades a prazo!
  • 6. Crise Portuguesa Crise em Portugal 1. Crise financeira 2. Crise bancária 3. Crise económica 4. Crise social 5. Instabilidade fiscal e regulatória 6. Questão da legitimidade política Conclusão: - criar oportunidades diante da falta de competitividade externa da economia portuguesa - Plataforma não hegemonica de comercio e cooperação UE –China-África-América Latina-Caribe
  • 7. CPLP - Entre a neutralidade, a irrelevância e a inconsciência  O papel definido neste contexto à CPLP acaba por ser o de neutralidade e de irrelevância em face da diversidade dos seus interesses.  Mas a maioria dos estados membros da CPLP são produtores de petróleo e por isso afetados pela atual crise de mercado, mas que poderá reconstruir-se a curto prazo.  Portugal e os restantes membros d CPLP estão em crise – há que construir a oportunidade com a cooperação chinesa.
  • 8. China – questões internas  Sustentabilidade financeira – excesso de crédito e compettividade externa  Sustentabilidade política: democracia e transparência  Modelo social: direitos humanos e desenvolvimento  Questão política  Atratividade do investimento estrangeiro  Desafio tecnológico
  • 9. China – 7 Mitos e a Realidade A cooperação chinesa tem um problema de comunicação Os 7 Mitos sobre a cooperação chinesa: 1. Que a China está em África ou na América Latina e no Caribe apenas para extrair os recursos naturais; 2. Que existe uma forte extensão do envolvimento chinês no continente africano e na América Latina; 3. Que as empresas chinesas empregam principalmente seus próprios nacionais; 4. Que a ajuda e o financiamento chinês é em si um veículo para fixar concessões de petróleo e direitos de mineração; 5. Que a China tem um apetite insaciável pela terra Africana e Sul Americana, e talvez até mesmo um plano para enviar grupos de camponeses chineses para produzirem alimentos em África , na América do Sul e no Caribe, para depois os reenviarem para a própria China 6. Que a China não tem padrões de referencia políticos, sociais e de transparecia nas suas relações externas 7. Que a China exporta produtos de média tecnologia e produtos de massa e não faz transferência de tecnologia.
  • 10. 1º Mito  O primeiro - e mais prejudicial - mito é que a China está em África ou na America Latina e no Caribe apenas para extrair os recursos naturais. Não há dúvida de que os recursos naturais dos continentes são um grande atrativo para as empresas chinesas - assim como são as empresas gigantes ocidentais de petróleo e minerais, como a Shell, ExxonMobil e Glencore. No entanto, mesmo em países ricos em petróleo como a Nigéria, isso está longe de ser verdade.  Só em 2014, as empresas chinesas assinaram mais de US $ 70 bilhões em contratos de construção em África que darão infra- estruturas vitais, fornecem empregos e impulsionam a transferencia de tecnologia. Só em angloa contams com mais de US$ 10 Bi na renovação da liha férrea de Benguela.  As empresas de tecnologia também têm feito muito para acelerar o desenvolvimento local, na area das telecomunicações, serviços e construção.
  • 11. 2º Mito  Um segundo mito gira em torno da extensão do envolvimento chinês no continente. Observadores muitas vezes exageram dramaticamente a dimensão do financiamento oficial chinês - empréstimos e ajuda - a África e outros países em desenvolvimento. É certo que as estatísticas não são muito transparentes sobre esses fluxos financeiros.  Pequim, no entanto, publica dados agregados anualmente- e eles são menores do que alguns dos relatórios sugerem. Entre 2010 e 2012, a ajuda oficial chinesa cresceu rapidamente, mas o total ao longo desses três anos chegou apenas a US $ 14,4 bilhões, globalmente.  Contudo, o Plano da Ação para a Cooperação Económica e Comercial 2014-16 da China prevê atingir 160 mil milhões de euros nas relações com os países da CPLP…
  • 12. 3º Mito  Um terceiro mito persistente é que as empresas chinesas empregam principalmente seus próprios nacionais. Em julho de 2015, quando o presidente Barack Obama disse a um grupo de embaixadores africanos na Etiópia que "as relações económicas não pode ser simplesmente sobre a construção de infraestruturas dos países com mão de obra estrangeira," todos sabiam que ele estava apontando o dedo à China. Mas foi uma descrição precisa das práticas comerciais chinesas?  Um pequeno grupo de países ricos em petróleo com os sectores de construção caros - incluindo a Argélia, Guiné Equatorial e Angola - os governos não permitem que as empresas de construção chinesas importem os seus próprios trabalhadores da China.  Mas noutras partes da África, a pesquisa citada pela Foreign Affairs, é clara: A grande maioria dos empregados em empresas chinesas são contratados localmente. Os professores de Hong Kong Barry Sautman e Yan Hairong pesquisou 400 empresas chinesas que operam em mais de 40 países africanos. Descobriram que, enquanto as posições de gerência e os técnicos superiores tenderam a permanecer chineses, mais de 80 por cento dos trabalhadores eram locais. Algumas empresas mais de 99 por cento da sua força de trabalho com locais  O caso dos investimentos em Portugal, como na Haitong ou na EDP, até mesmo a alta direção ainda esta em mãos de gestores profissionais ocidentais.
  • 13. 4º Mito  Um quarto mito é que a ajuda e o financiamento chinês é em si um veículo para fixar concessões de petróleo e direitos de mineração. Como Richard Behar escreveu num artigo de 2008 na revista Fast Company, a China financia "hospitais, condutas de água, barragens, caminhos de ferro, aeroportos, hotéis, estádios de futebol, prédios do parlamento - quase todos eles ligados, de alguma forma, ao acesso da China a matérias primas". Um estudo da Rand Corporation sugeriu que a China" recebe uma oferta alargada de recursos como contrapartida "pela sua ajuda”. Um relatório do Congressional Research Service de 2009 concluía que "a ajuda externa da China é impulsionada principalmente pela necessidade de recursos naturais.”  Com a baixa do preço dos combustíveis o Banco de Desenvolvimento da China vai conceder um empréstimo de 2 mil milhões de dólares a Angola, para a terminar a construção da refinaria do Lobito, ficando com uma participação no capital e não corresponde pelo menos na totalidade a compromissos em recursos naturais.
  • 14. 5º Mito  O quinto mito é que a China tem um apetite insaciável pela terra Africana e Sul Americana, e talvez até mesmo um plano para enviar grupos de camponeses chineses para produzirem alimentos em África , na América do Sul e no Caribe, para depois os reenviarem para a própria China .  Em 2012, o economista-chefe do Banco Africano de Desenvolvimento chamou à China "o maior terra tenente/proprietário” de África. Uma história que alegava que a China tinha comprado metade da terra agrícola na RDC. Outros diziam que os chineses estavam a estabelecer aldeias rurais em toda a África. Mas, o que se confirma é que apenas foram detetados 60 investimentos agrícolas chineses, incluindo a da RDC. Correspondendo a menos de 700.000 hectares. As maiores propriedades chinesas existentes são plantações de borracha, açúcar e sisal. Nenhuma é de cultivo de alimentos para exportação para a China. Em alguns países como a Zâmbia há algumas dezenas de empresários chineses que criam frangos para os mercados locais, e não existem aldeias de camponeses chineses em África ou na América do Sul.  O total do investimento chinês em Angola foi da 14,5 mil milhões de dólares, a que corresponde 5 mil milhões a exploração agrícola (milho, soja e trigo) feito pela empresa estatal Citic, ou seja apenas 30 % do investimento total é que foi para agricultura.  Quando muito alguns grupos de trabalhadores especializados que vivem em contentores, de apoio a obras civis ou públicas, mas neste caso a principal razão é a segurança.
  • 15. 6º Mito  O sexto mito traduzir-se-á no fato da China não ter exigências humanitárias, nem pautar as suas relações externas pelos direitos humanos, democracia e exigência de transparência e combate à corrupção.  Ora a China mantendo em casa a política de “dois sistemas um país” acaba por estar imune a estas questões nas relações internacionais e por isso implementa a tradicional política de não inerência nas questões internas dos outros países. Não há memória da China intervir politicamente ou fomentar golpes de Estado.  Aliás a sua posição privilegiada do ponto de vista da oferta de produtos manufaturados - e neste século de serviços também - e de procura de matérias-primas em larga escala e oportunidades de investimento no exterior (nomeadamente em dívida pública) torna-a num parceiro de tal maneira desejado que não necessita de colocar ouros valores em cima da mesa.  Essa razão afasta o discursos politicamente correto das relações internacionais do âmbito do comercio e cooperação da China com África América do Sul e Caribe.
  • 16. 7º Mito  O sétimo mito tem que ver com a percepção que a China exporta produtos de media tecnologia e produtos de massa e que não faz transferência de tecnologias  Essa percepção decorre das “lojas chinesas” instaladas na Europa, América Latina e África pela comunidade chinesa.  Não é contudo verdade. A principal exportação da China Máquinas e equipamentos elétricos (24,4%) e Máquinas e equipamento mecânicos (17,1%). A China tornou-se um potencia tecnológica e está agora a exportar serviços, nomeadamente financeiros.  Por exemplo, em Moçambique a China instalou uma linha de produção de automóveis da MATCHEDJE MOTOR e na produção de gás natural no valor de 10 mil milhões.  A reconstrução da linha de Benguela (US$10 bi) e os 50 projetos de iluminação publica ligada à energia solar no Brasil, Angola, Guiné- Bissau, Timor e Moçambique são provas dessa transferência de tecnologia.
  • 17. Fluxos financeiros China-Portugal  Cooperação para o desenvolvimento: boas relações políticas; potencial de crescimento sobretudo em ações trianguladas.  Balança Comercial: a cobertura é de 50%  Investimento estrangeiro: até 2011 praticamente foi inexpressivo, mas com a privatização da REN, da EDP, da Fidelidade e da Haitong o cenário está a mudar
  • 18. Fluxos financeiros China-Africa/América Latina e Caribe  A China é o primeiro país exportador do Mundo (12,5%) e o segundo importador (10,3%)  Cooperação para o desenvolvimento: existe potencial de envolvimento  Balança Comercial: nenhum dos países desta zona faz parte dos principais importadores ou exportadores da China; há a perspectiva de crescimento das importações e das exportações chineses a partir de 2016 depois da queda de 2014  Investimento estrangeiro
  • 19. Problemas da cooperação  Dificuldade de fazer negócios (China está em 90ª lugar no Rank Doing Business 2015)  Competitividade (China esta no 28º lugar no Gobal Comp. Index 15- 16)  Integração social e política  Transparência de recursos (Índice da Transparency Int. a China está no 100º lugar)  Certificação florestal sustentável  Proteção de espécies ameaçadas de extinção  O apoio chinês varia também com a conjuntura naturalmente (o comércio com o Brasil caiu 18% em 2015 e com Angola 45%)
  • 20.  Em uma época marcada por ambientes turbulentos e complexos (Bettis e Hitt, 1995), é importante para compreender os mecanismos estáveis, a partir dos quais podemos trabalhar e que facilitam a compreensão e previsão, tais como ritmos e ciclos (Friedman, 1999).  A avaliação e o estudo científico dos ritmos do comércio internacional e das relações económicas entre as economias dominantes e o universo das restantes economias está por fazer  Contudo, podemos concluir:
  • 21. Conclusão  Desde o Império Asiático Português à re-emergência da China nas relações económicas internacionais há um padrão de hegemonia associado à potencia marítima dominante: nem a China nem África, América Latina ou Caribe cabem na definição dominante tradicional.  Um exemplo de integração social e económica através da cooperação não é sustentável: os interesses têm que além da cooperação e sobretudo serem económica e politicamente de interesse mútuo. É o substituto da potencia militarmente dominante.  O caso da migração portuguesa é exemplo de cooperação social – é uma integração à margem dos guetos que algumas migrações criam. A oportunidade de transformar Macau num “hub de cooperação China-lusofonia” cabe nesta definição.  Uma relação com futuro – um caminho de oportunidade: mas temos que encontrar formas de o ver estrategicamente.

Notas do Editor

  1. Há mais de uma década atrás, a empresa de telecomunicações chinesa Huawei estabeleceu a sua escola de formação Oeste Africano na capital nigeriana, Abuja, diz a Foreign Affairs. Desde então, tem sido aperfeiçoar as habilidades de engenheiros locais que estão rolando as redes de telefonia celular que sustentam a revolução das telecomunicações de África. A história é a mesma em outros setores: A nossa equipa China Research Initiative África na Universidade Johns Hopkins, que procurou mapear o envolvimento da China e analisar o seu impacto, encontrou fábricas chinesas na Nigéria empregando nigerianos e produção de materiais de construção, lâmpadas, cerâmicas, e aço a partir de navios salvados. Como um oficial nigeriano me disse em uma entrevista de 2009, "Os chineses estão a tentar envolver-se em todos os sectores da nossa economia."
  2. Um estudo 2013 Rand Corporation que tentou estimar a ajuda chinesa através da agregação de relatos da mídia. Os autores do estudo verificaram que foi de US $ 189,3 bilhões em 2011. Pergunto o que eles contaram? Pesquisadores do Instituto de Investigação Agência de Cooperação Internacional do Japão fezeram por seu lado um esforço mais rigoroso para estimar o volume da ajuda ao desenvolvimento chinês. Consideraram, segundo a Foreign Affairs, que a ajuda deveria incluir apenas os tipos de coisas que a China, Japão e outros países doadores classificam como assistência oficial para o desenvolvimento - por exemplo, subsídios e empréstimos bonificados. A estimativa para a ajuda chinesa em 2011 foi de modestos US $ 4,5 bilhões. Outro exemplo igualmente surreal da inflação compromisso era o bizarro 2013 história de um jornal de Hong Kong que a China havia supostamente prometeu US $ 1 trilhão em financiamento para a África em 2025, com 70 a 80 por cento deste valor vindo do da China Export-Import Bank. Quando o relatório apareceu, o banco chinês tomou o passo incomum de publicar um desmentido on-line e até mesmo ameaçou uma ação legal. No entanto, a história continua a circular. Que a figura era no reino da fantasia é clara: Alcançar esse objetivo exigiria cerca de US $ 83 bilhões por ano. Embora os bancos chineses estão cada vez mais ativos na África, o nosso banco de dados de empréstimo chinês mostra que os seus compromissos financeiros totais nos últimos anos têm sido de aproximadamente US $ 10 bilhões anualmente. Mesmo este nível de financiamento tem sido difícil para desembolsar em países preocupados com o aumento da dívida. Em 2014, por exemplo, essas preocupações levaram Ghana para cancelar a metade de um empréstimo $ 3 bilhões que assinou três anos antes com o Banco de Desenvolvimento da China.
  3. Questão das garantias dos empréstimos - Na maioria dos casos os bancos chineses têm exigido um fluxo seguro de renda para garantir grandes empréstimos em África, não há minas chinesas ou poços de petróleo envolvidas. Por exemplo, o Gana garantiu um empréstimo de US $ 562 milhões para construir a sua Bui Dam a partir da China Export-Import Bank com cacau produzido por agricultores ganenses. Na mesma linha, garantiu o empréstimo de US $ 3 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China - o que mais tarde reduzido para metade - com as exportações de petróleo a partir de uma concessão que foi detida pela multinacional britânica Tullow Oil e outros parceiros não-chineses. Na República do Congo, China concedeu um empréstimo garantido por petróleo $ 1,5 bilhão, mas não tem ativos de petróleo. O petróleo é bombeado há por empresas europeias Total e Eni. Em Angola tambem os emprestimos chineses são garantidos com petróleo a determinado preço o que coloca desfios novos com a descida do preço do barril.
  4. .