Este documento apresenta uma revisão da literatura sobre a contextualização da arborização urbana no Brasil sob a perspectiva da gestão ambiental. A revisão aborda o histórico do tratamento da natureza pelo homem no desenvolvimento do Brasil, conceitos e classificações relacionados à arborização urbana, importância, benefícios e funções das árvores urbanas, dificuldades e problemas, e considerações sobre planejamento e gestão da arborização urbana. O objetivo é reunir produções científicas sobre o tem
Contextualização da arborização urbana no brasil sob a perspectiva da gestão ...Resgate Cambuí
ROSANA NEGREIROS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - IBEAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL
Monografia apresentada ao Curso de
Especialização em Gestão Ambiental do
Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal de São Carlos em
parceria com o IBEAS, como parte dos
requisitos para a conclusão do curso.
O documento resume os principais conceitos e benefícios dos Sistemas Agroflorestais (SAF's). Em particular, destaca que a árvore é o principal componente de um SAF, que esses sistemas promovem a ciclagem de nutrientes de forma sustentável e que oferecem vantagens como menor uso de agrotóxicos em comparação com a agricultura convencional.
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana Cepagro
1. O documento descreve experiências iniciais do Cepagro com projetos de Agricultura Urbana em comunidades de Florianópolis desde 2004, incluindo a implantação de hortas caseiras e comunitárias e composteiras.
2. Um estudo realizado na comunidade das Areias revelou que muitos moradores mantinham cultivos nos quintais e usavam esses alimentos em suas refeições, mostrando os benefícios da Agricultura Urbana para a segurança alimentar.
3. Essas primeiras experiências serviram de base para
O documento resume as principais bacias hidrográficas do Brasil, incluindo a Bacia Amazônica, Bacia do São Francisco, e Bacia do Paraná. Ele também discute características gerais dos rios brasileiros como regime pluvial e potencial hidrelétrico.
O documento discute a história da permacultura e suas bases, incluindo: (1) A permacultura surgiu como uma alternativa sustentável à agricultura convencional, buscando imitar os ecossistemas naturais; (2) Ela foi desenvolvida por Bill Mollison e David Holmgren na Austrália na década de 1970; (3) A permacultura envolve o design consciente de sistemas agrícolas diversificados, estáveis e resilientes para prover alimentos e outros recursos de forma sustentável.
O documento descreve um programa para promover o desenvolvimento sustentável na agricultura familiar através da produção de biocombustíveis. O programa treinará agricultores em agricultura de precisão para cultivar oleaginosas em 20.000 hectares e produzir 26.460 toneladas de óleo por ano para conversão em biocombustível, gerando receita anual de 20 milhões de euros e beneficiando 300 agricultores com treinamento e apoio inicial.
Os aspectos da diversidade cultural percebidos na atuação do Arraial do Pavul...Carla Prestes
O documento descreve as atividades do grupo musical Arraial do Pavulagem de Belém do Pará, incluindo seus principais projetos como o Cordão do Peixe Boi, Arrastão do Pavulagem e Arrastão do Círio, que promovem a diversidade cultural paraense por meio de música, dança e outras expressões. O grupo também realiza trabalhos de conscientização ambiental e inclusão social.
O documento discute as regras de uso da crase no português brasileiro. A crase ocorre com a fusão da preposição "a" com artigos femininos como "a" e "as", e pronomes como "aquela". Há casos obrigatórios de crase e casos proibidos ou facultativos, dependendo da palavra que segue a preposição "a".
Contextualização da arborização urbana no brasil sob a perspectiva da gestão ...Resgate Cambuí
ROSANA NEGREIROS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - IBEAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL
Monografia apresentada ao Curso de
Especialização em Gestão Ambiental do
Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal de São Carlos em
parceria com o IBEAS, como parte dos
requisitos para a conclusão do curso.
O documento resume os principais conceitos e benefícios dos Sistemas Agroflorestais (SAF's). Em particular, destaca que a árvore é o principal componente de um SAF, que esses sistemas promovem a ciclagem de nutrientes de forma sustentável e que oferecem vantagens como menor uso de agrotóxicos em comparação com a agricultura convencional.
Coleção Saber na Prática - Vol. 3, Agricultura Urbana Cepagro
1. O documento descreve experiências iniciais do Cepagro com projetos de Agricultura Urbana em comunidades de Florianópolis desde 2004, incluindo a implantação de hortas caseiras e comunitárias e composteiras.
2. Um estudo realizado na comunidade das Areias revelou que muitos moradores mantinham cultivos nos quintais e usavam esses alimentos em suas refeições, mostrando os benefícios da Agricultura Urbana para a segurança alimentar.
3. Essas primeiras experiências serviram de base para
O documento resume as principais bacias hidrográficas do Brasil, incluindo a Bacia Amazônica, Bacia do São Francisco, e Bacia do Paraná. Ele também discute características gerais dos rios brasileiros como regime pluvial e potencial hidrelétrico.
O documento discute a história da permacultura e suas bases, incluindo: (1) A permacultura surgiu como uma alternativa sustentável à agricultura convencional, buscando imitar os ecossistemas naturais; (2) Ela foi desenvolvida por Bill Mollison e David Holmgren na Austrália na década de 1970; (3) A permacultura envolve o design consciente de sistemas agrícolas diversificados, estáveis e resilientes para prover alimentos e outros recursos de forma sustentável.
O documento descreve um programa para promover o desenvolvimento sustentável na agricultura familiar através da produção de biocombustíveis. O programa treinará agricultores em agricultura de precisão para cultivar oleaginosas em 20.000 hectares e produzir 26.460 toneladas de óleo por ano para conversão em biocombustível, gerando receita anual de 20 milhões de euros e beneficiando 300 agricultores com treinamento e apoio inicial.
Os aspectos da diversidade cultural percebidos na atuação do Arraial do Pavul...Carla Prestes
O documento descreve as atividades do grupo musical Arraial do Pavulagem de Belém do Pará, incluindo seus principais projetos como o Cordão do Peixe Boi, Arrastão do Pavulagem e Arrastão do Círio, que promovem a diversidade cultural paraense por meio de música, dança e outras expressões. O grupo também realiza trabalhos de conscientização ambiental e inclusão social.
O documento discute as regras de uso da crase no português brasileiro. A crase ocorre com a fusão da preposição "a" com artigos femininos como "a" e "as", e pronomes como "aquela". Há casos obrigatórios de crase e casos proibidos ou facultativos, dependendo da palavra que segue a preposição "a".
O documento descreve os principais termos da oração, incluindo sujeito, predicado, complementos verbais e adjuntos. Ele explica os tipos de sujeito, predicado, verbos e vozes verbais, além de classificar os diferentes adjuntos nominais e adverbiais.
"USO DE AGRICULTURA DE CONSERVAÇÃO PELOS PEQUENOS PRODUTORES EM MOÇAMBIQUE", B. Mouzinho, P. Grabowski, C. Donovan & B. Cunguara, Workshop on Transformation of Agri-food Systems and Commercialization of Smallholder Agriculture in Mozambique: Evidence, Challenges and Implications Maputo, Mozambique, December 9, 2013
O documento discute sistemas agroflorestais (SAFs), definindo-os como sistemas que combinam culturas anuais ou forrageiras com espécies arbóreas e/ou animais na mesma área de forma simultânea ou sequencial. O documento também descreve as vantagens dos SAFs, incluindo melhor distribuição de renda e nutrientes, menor incidência de pragas, e uso mais eficiente da terra.
O livro Bacuri: agrobiodiversidade surge como uma resposta à premente necessidade de novas alternativas econômicas para o uso dos recursos provenientes da biodiversidade amazônica. A exploração racional do bacuri, fruto amplamente conhecido e apreciado, é apresentada como uma opção inteligente e capaz de promover a geração de renda vinculada à conservação da biodiversidade. A presente obra faz uma abordagem ampla que abrange desde a origem, propagação e recursos genéticos do bacuri até o manejo e o plantio racional dos bacurizeiros. As ilustrações, compostas por fotos, gráficos e tabelas, foram eficazmente utilizadas, complementando e sintetizando o texto.
O documento discute a agricultura e sua importância histórica e econômica. Apresenta os principais pontos sobre a origem e desenvolvimento da agricultura, desde a Revolução Neolítica até as mudanças trazidas pela Revolução Verde e a modernização do setor no Brasil.
O documento discute técnicas de irrigação para modificar as condições agrícolas de uma região. A irrigação visa corrigir a distribuição natural das chuvas e inclui métodos como irrigação por superfície, por aspersão e localizada. O documento também fornece estatísticas sobre irrigação no Brasil, como os 5,5 milhões de hectares irrigados e os principais estados e culturas.
A degradação do solo está ocorrendo devido à desertificação, erosão causada por queimadas e práticas agrícolas insustentáveis que reduzem a fertilidade do solo.
O documento discute os sistemas agroflorestais (SAFs) como uma alternativa viável e ecológica para a agricultura, trazendo benefícios ambientais como proteção do solo e aumento da biodiversidade, além de possibilitar renda aos pequenos produtores. No entanto, ressalta que a implantação dos SAFs requer planejamento cuidadoso e conhecimento prévio, considerando as características da propriedade e da região.
O livro é mais um resultado do esforço coletivo que vem sendo promovido pelo Insa, como ente articulador da resolução de problemáticas do Semiárido brasileiro. Contamos com a parceria de membros efetivos de outras instituições, além de diversos colaboradores significativos para a análise dos cenários políticos, ambiental e social da região. A publicação apresenta textos que tratam dos mais diversos desafios que o tema desertificação e mudanças climáticas exige dos atores em Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) no Semiárido brasileiro.
Leonardo Boff discute no artigo se é possível superar a cultura da violência que vivemos. Ele reconhece que forças naturais e sociais reforçam a violência, mas argumenta que precisamos construir uma cultura da paz para evitar a extinção humana. Apesar das forças da violência, Boff acredita que podemos desenvolver nossa capacidade de cooperação e cuidado para limitar a violência e construir uma cultura da paz.
O documento explica que:
1) Um adjunto adverbial é uma palavra ou expressão que modifica um verbo, adjetivo ou advérbio indicando circunstâncias como tempo, lugar e modo.
2) Exemplos de classes de adjuntos adverbiais incluem afirmação, causa, finalidade, intensidade, lugar, modo e tempo.
3) Palavras como "amanhã", "de bicicleta" e "àquela velha praça" são adjuntos adverbiais que indicam tempo, meio e lugar, respectivamente, na frase apresentada.
Este capítulo introduz o estudo da irrigação, definindo-a como a aplicação artificial de água ao solo para suprir a falta ou má distribuição de chuvas. Discute brevemente o histórico e desenvolvimento da irrigação no Brasil e no mundo. Apresenta os objetivos da irrigação de fornecer umidade adequada às plantas de forma uniforme e eficiente, sem prejudicar a fertilidade do solo. Finalmente, lista os principais fatores necessários para prover as culturas de água, como energia, água, mão-de-obra e infra
O documento discute os tipos de solos, sua formação, componentes e degradação. Explica que o solo é formado pela decomposição da rocha e matéria orgânica e contém areia, argila e húmus. Detalha três principais tipos de solo - arenoso, argiloso e humífero - com base na proporção desses componentes. Por fim, discute processos como erosão e queimadas que contribuem para a degradação e empobrecimento dos solos.
O documento discute a conexão entre a agricultura familiar e a alimentação escolar no Brasil. A lei no 11.947/2009 determina que pelo menos 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar devem ser utilizados na aquisição de produtos da agricultura familiar. Isso beneficia tanto os produtores rurais, que ganham um novo mercado institucional, quanto as escolas e alunos, que terão acesso a alimentos mais saudáveis e frescos. O texto explica o passo a passo do processo de compra desses prod
O documento discute a crise hídrica no Brasil, seus impactos em diversos setores como elétrico, agricultura e saúde pública. Apresenta exemplos de como a escassez de água afeta regiões como o Nordeste e o rio São Francisco. Finalmente, sugere medidas para uso racional da água.
O mapa mostra os principais reservatórios e o curso do Rio São Francisco na região Nordeste do Brasil, com as classificações climáticas de cada estado baseadas no Índice de Aridade de De Martonne.
O documento discute os métodos de cartografia temática quantitativa. Ele introduz o tema e descreve as características da representação por círculos, figuras geométricas proporcionais e o método coroplético. Além disso, aborda representações quantitativas dinâmicas como mapas de fluxos e de pontos, e fornece exemplos destes diferentes métodos.
O documento define meio ambiente como o conjunto de condições físicas, químicas e biológicas que sustentam a vida, incluindo aspectos abióticos e bióticos. A poluição está relacionada à degradação ambiental resultante da atividade humana, como emissões. As empresas devem seguir padrões ambientais definidos em leis e normas para limitar poluentes e resíduos.
1. The document discusses systems agroflorestais (SAFs), which are a way for farmers to combine agricultural production and forest conservation in a sustainable way.
2. It provides guidance for farmers on using SAFs in protected areas, respecting environmental laws while allowing sustainable use of natural resources.
3. The publication aims to teach farmers how to identify different types of protected spaces and understand where they can establish agroforestry systems in balance with nature.
É errado chamar as hortaliças de verduras e legumes? O que significa hortifrutigranjeiro? Qual o melhor tipo de adubo para uma horta caseira? Essas e outras 497 perguntas são respondidas pela Embrapa nesta publicação que serve tanto para agricultores quanto para quem quer ter uma horta na cidade. Faz parte da coleção 500 perguntas 500 respostas
Arborização Urbana - Um Sinal Verde Para a Qualidade de VidaBruno Pinheiro
O presente trabalho, por meio de um estudo bibliográfico, apresenta uma análise em relação à arborização urbana, levando em conta todos os seus aspectos e impactos no ambiente urbano, além da reflexão quanto à problemática da má gestão da arborização nas cidades, mostrando soluções e práticas gestoras em relação à arborização que podem garantir benefícios sociais e ambientais a população.
O documento anuncia um seminário sobre arborização urbana e conforto ambiental que ocorrerá nos dias 14 e 15 de abril de 2014 em Belo Horizonte. O seminário contará com quatro painéis sobre temas como arborização no contexto das cidades, exercício profissional em arborização urbana, empreendimentos imobiliários e arborização, e arborização em Belo Horizonte.
O documento descreve os principais termos da oração, incluindo sujeito, predicado, complementos verbais e adjuntos. Ele explica os tipos de sujeito, predicado, verbos e vozes verbais, além de classificar os diferentes adjuntos nominais e adverbiais.
"USO DE AGRICULTURA DE CONSERVAÇÃO PELOS PEQUENOS PRODUTORES EM MOÇAMBIQUE", B. Mouzinho, P. Grabowski, C. Donovan & B. Cunguara, Workshop on Transformation of Agri-food Systems and Commercialization of Smallholder Agriculture in Mozambique: Evidence, Challenges and Implications Maputo, Mozambique, December 9, 2013
O documento discute sistemas agroflorestais (SAFs), definindo-os como sistemas que combinam culturas anuais ou forrageiras com espécies arbóreas e/ou animais na mesma área de forma simultânea ou sequencial. O documento também descreve as vantagens dos SAFs, incluindo melhor distribuição de renda e nutrientes, menor incidência de pragas, e uso mais eficiente da terra.
O livro Bacuri: agrobiodiversidade surge como uma resposta à premente necessidade de novas alternativas econômicas para o uso dos recursos provenientes da biodiversidade amazônica. A exploração racional do bacuri, fruto amplamente conhecido e apreciado, é apresentada como uma opção inteligente e capaz de promover a geração de renda vinculada à conservação da biodiversidade. A presente obra faz uma abordagem ampla que abrange desde a origem, propagação e recursos genéticos do bacuri até o manejo e o plantio racional dos bacurizeiros. As ilustrações, compostas por fotos, gráficos e tabelas, foram eficazmente utilizadas, complementando e sintetizando o texto.
O documento discute a agricultura e sua importância histórica e econômica. Apresenta os principais pontos sobre a origem e desenvolvimento da agricultura, desde a Revolução Neolítica até as mudanças trazidas pela Revolução Verde e a modernização do setor no Brasil.
O documento discute técnicas de irrigação para modificar as condições agrícolas de uma região. A irrigação visa corrigir a distribuição natural das chuvas e inclui métodos como irrigação por superfície, por aspersão e localizada. O documento também fornece estatísticas sobre irrigação no Brasil, como os 5,5 milhões de hectares irrigados e os principais estados e culturas.
A degradação do solo está ocorrendo devido à desertificação, erosão causada por queimadas e práticas agrícolas insustentáveis que reduzem a fertilidade do solo.
O documento discute os sistemas agroflorestais (SAFs) como uma alternativa viável e ecológica para a agricultura, trazendo benefícios ambientais como proteção do solo e aumento da biodiversidade, além de possibilitar renda aos pequenos produtores. No entanto, ressalta que a implantação dos SAFs requer planejamento cuidadoso e conhecimento prévio, considerando as características da propriedade e da região.
O livro é mais um resultado do esforço coletivo que vem sendo promovido pelo Insa, como ente articulador da resolução de problemáticas do Semiárido brasileiro. Contamos com a parceria de membros efetivos de outras instituições, além de diversos colaboradores significativos para a análise dos cenários políticos, ambiental e social da região. A publicação apresenta textos que tratam dos mais diversos desafios que o tema desertificação e mudanças climáticas exige dos atores em Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) no Semiárido brasileiro.
Leonardo Boff discute no artigo se é possível superar a cultura da violência que vivemos. Ele reconhece que forças naturais e sociais reforçam a violência, mas argumenta que precisamos construir uma cultura da paz para evitar a extinção humana. Apesar das forças da violência, Boff acredita que podemos desenvolver nossa capacidade de cooperação e cuidado para limitar a violência e construir uma cultura da paz.
O documento explica que:
1) Um adjunto adverbial é uma palavra ou expressão que modifica um verbo, adjetivo ou advérbio indicando circunstâncias como tempo, lugar e modo.
2) Exemplos de classes de adjuntos adverbiais incluem afirmação, causa, finalidade, intensidade, lugar, modo e tempo.
3) Palavras como "amanhã", "de bicicleta" e "àquela velha praça" são adjuntos adverbiais que indicam tempo, meio e lugar, respectivamente, na frase apresentada.
Este capítulo introduz o estudo da irrigação, definindo-a como a aplicação artificial de água ao solo para suprir a falta ou má distribuição de chuvas. Discute brevemente o histórico e desenvolvimento da irrigação no Brasil e no mundo. Apresenta os objetivos da irrigação de fornecer umidade adequada às plantas de forma uniforme e eficiente, sem prejudicar a fertilidade do solo. Finalmente, lista os principais fatores necessários para prover as culturas de água, como energia, água, mão-de-obra e infra
O documento discute os tipos de solos, sua formação, componentes e degradação. Explica que o solo é formado pela decomposição da rocha e matéria orgânica e contém areia, argila e húmus. Detalha três principais tipos de solo - arenoso, argiloso e humífero - com base na proporção desses componentes. Por fim, discute processos como erosão e queimadas que contribuem para a degradação e empobrecimento dos solos.
O documento discute a conexão entre a agricultura familiar e a alimentação escolar no Brasil. A lei no 11.947/2009 determina que pelo menos 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar devem ser utilizados na aquisição de produtos da agricultura familiar. Isso beneficia tanto os produtores rurais, que ganham um novo mercado institucional, quanto as escolas e alunos, que terão acesso a alimentos mais saudáveis e frescos. O texto explica o passo a passo do processo de compra desses prod
O documento discute a crise hídrica no Brasil, seus impactos em diversos setores como elétrico, agricultura e saúde pública. Apresenta exemplos de como a escassez de água afeta regiões como o Nordeste e o rio São Francisco. Finalmente, sugere medidas para uso racional da água.
O mapa mostra os principais reservatórios e o curso do Rio São Francisco na região Nordeste do Brasil, com as classificações climáticas de cada estado baseadas no Índice de Aridade de De Martonne.
O documento discute os métodos de cartografia temática quantitativa. Ele introduz o tema e descreve as características da representação por círculos, figuras geométricas proporcionais e o método coroplético. Além disso, aborda representações quantitativas dinâmicas como mapas de fluxos e de pontos, e fornece exemplos destes diferentes métodos.
O documento define meio ambiente como o conjunto de condições físicas, químicas e biológicas que sustentam a vida, incluindo aspectos abióticos e bióticos. A poluição está relacionada à degradação ambiental resultante da atividade humana, como emissões. As empresas devem seguir padrões ambientais definidos em leis e normas para limitar poluentes e resíduos.
1. The document discusses systems agroflorestais (SAFs), which are a way for farmers to combine agricultural production and forest conservation in a sustainable way.
2. It provides guidance for farmers on using SAFs in protected areas, respecting environmental laws while allowing sustainable use of natural resources.
3. The publication aims to teach farmers how to identify different types of protected spaces and understand where they can establish agroforestry systems in balance with nature.
É errado chamar as hortaliças de verduras e legumes? O que significa hortifrutigranjeiro? Qual o melhor tipo de adubo para uma horta caseira? Essas e outras 497 perguntas são respondidas pela Embrapa nesta publicação que serve tanto para agricultores quanto para quem quer ter uma horta na cidade. Faz parte da coleção 500 perguntas 500 respostas
Arborização Urbana - Um Sinal Verde Para a Qualidade de VidaBruno Pinheiro
O presente trabalho, por meio de um estudo bibliográfico, apresenta uma análise em relação à arborização urbana, levando em conta todos os seus aspectos e impactos no ambiente urbano, além da reflexão quanto à problemática da má gestão da arborização nas cidades, mostrando soluções e práticas gestoras em relação à arborização que podem garantir benefícios sociais e ambientais a população.
O documento anuncia um seminário sobre arborização urbana e conforto ambiental que ocorrerá nos dias 14 e 15 de abril de 2014 em Belo Horizonte. O seminário contará com quatro painéis sobre temas como arborização no contexto das cidades, exercício profissional em arborização urbana, empreendimentos imobiliários e arborização, e arborização em Belo Horizonte.
O documento descreve a história da arborização urbana nos EUA desde o final do século XIX, destacando o papel da International Society of Arboriculture (ISA) em promover a pesquisa e difusão do conhecimento sobre o assunto. O texto aborda o planejamento de florestas urbanas nos EUA, com publicações e iniciativas que fornecem orientações sobre o tema.
RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao Resgate Cambuí
1) O documento discute os recursos naturais de conforto térmico em ambientes urbanos, especificamente a influência positiva da vegetação e ventilação natural.
2) A vegetação pode proporcionar sombreamento, umidade e evapotranspiração, atenuando a radiação solar e reduzindo as temperaturas.
3) A ventilação natural promove a renovação do ar e dissipação de calor, melhorando o conforto térmico quando a velocidade do vento está entre 0,2-0,8 m/s.
A utilização do recurso da história da matemática em sala de aula, pelo profe...Robson S
1. O documento descreve um projeto implementado por uma professora de matemática para introduzir a história da matemática em suas aulas do ensino médio.
2. O projeto teve bons resultados, porém também enfrentou dificuldades como alunos desinteressados e com déficit de aprendizagem.
3. A professora usou atividades e material didático próprio para contextualizar os conteúdos matemáticos com a história, e participou de um grupo de estudos online para discutir o projeto.
Agropecuária dos EUA by Alice, 2Amanda Amanda Garcia
O documento descreve a agropecuária dos Estados Unidos, o maior produtor e exportador mundial de alimentos. A agricultura se concentra principalmente nas Grandes Planícies, onde estão localizados os principais cinturões agrícolas do trigo, milho e algodão. A pecuária também é forte, com grandes rebanhos de gado, suínos e ovinos. Embora a agricultura represente uma pequena parte da economia dos EUA, o país exerce grande influência sobre o equilíbrio alimentar global.
O documento descreve os tipos de agricultura praticados nos EUA, incluindo a zona com sal e a zona com açúcar. Ele também discute a agropecuária americana desde a colonização européia até as técnicas modernas, e como os EUA se tornaram uma potência agropecuária apesar de a agricultura representar menos de 1% do PIB americano atualmente.
O documento discute o conceito de paisagismo, como uma arte que envolve conceitos científicos e estéticos para projetar paisagens naturais ou urbanas. Também destaca a importância do paisagismo, que reflete a cultura e história das civilizações e hoje assume um caráter ambientalista. Finalmente, aborda os elementos que compõem uma paisagem e a evolução histórica do paisagismo no Brasil.
O documento discute aspectos relevantes para a conceituação de projetos paisagísticos, incluindo a relação com o lugar, o programa, a técnica e a estrutura formal. Deve-se considerar as forças do local como acessos, orientação solar e vegetação, além das características do entorno. O programa deve definir público-alvo, atividades e relação entre espaços. A técnica pode reforçar identidade ou desenvolvimento. A estrutura formal requer princípios estruturantes como eixos e composição em relação
Este manual fornece diretrizes técnicas para a implantação e manutenção da arborização urbana na cidade do Recife, abordando tópicos como produção de mudas, plantio, manutenção e conservação das árvores. O documento apresenta recomendações sobre espécies, parâmetros para projetos de arborização em vias públicas e áreas livres, e orientações para a proteção das árvores durante obras.
O documento discute conceitos e definições de paisagismo, incluindo classificações de paisagens naturais e artificiais e a origem dos jardins. Também aborda componentes essenciais do paisagismo como planejamento de espaços livres e áreas verdes, e a importância destas áreas para o bem-estar humano. Por fim, descreve a divisão do paisagismo em micro e macropaisagismo e a formação de profissionais da área.
O documento discute os benefícios e fatores importantes da arborização urbana, como conforto térmico, controle da poluição e biodiversidade. Ele também cobre as espécies apropriadas para plantio, características das mudas, técnicas de plantio e poda, e ferramentas e equipamentos de proteção necessários.
Este documento discute conceitos básicos de luminotécnica e tipos de lâmpadas elétricas. Apresenta grandezas como intensidade luminosa, fluxo luminoso, iluminância e luminância. Detalha tipos de lâmpadas como incandescentes, fluorescentes e de descarga, discutindo suas características. Por fim, aborda aspectos do projeto de iluminação como previsão de carga, métodos de cálculo e exemplos.
O documento discute as técnicas e operações de poda do olival, incluindo os objetivos, época, intensidade e frequência da poda. Detalha os tipos de poda como formação, frutificação, rejuvenescimento e sanitária. Também descreve as ferramentas usadas na poda e como realizar cortes corretamente.
O documento discute a história do paisagismo no Brasil, desde os jardins coloniais até o paisagismo contemporâneo. Aborda importantes paisagistas como Burle Marx, Teixeira Mendes e Fernando Chacel, e como eles incorporaram influências internacionais e a flora nativa brasileira em seus projetos. Também destaca a evolução do pensamento paisagístico em direção a uma abordagem mais ecológica e sustentável a partir da década de 1960.
O documento descreve a evolução histórica dos jardins desde a Grécia Antiga até o século XVIII. Começa com os jardins gregos que respeitavam a topografia natural e cultivavam plantas medicinais. Em Roma surgiram os hortos cercados para cultivo e jardins de recreação com traçado ordenado. Na Idade Média os jardins desapareceram e as praças se tornaram importantes. No Renascimento, os jardins italianos retomaram elementos romanos com traçado geométrico. No Bar
1) O documento apresenta o conteúdo programático da disciplina Paisagismo II e discute conceitos como paisagismo, paisagem natural e artificial.
2) Apresenta as principais funções do paisagismo: preservativa, atenuante, decorativa, estrutural, recreativa e lucrativa.
3) Explica que paisagem natural é aquela ainda não modificada pelo homem, enquanto paisagem artificial é produto da ação humana sobre o espaço.
Idade Média - História Geral - Prof. Marco Aurélio Gondim [www.gondim.net]Marco Aurélio Gondim
O documento resume os principais eventos e desenvolvimentos da Idade Média na Europa, dividida em Alta e Baixa Idade Média. Ele descreve o Império Bizantino, os reinos bárbaros, o Império Islâmico, o Reino dos Francos sob Carlos Magno, o sistema feudal, as Cruzadas e a decadência do feudalismo.
1. O documento discute os elementos e técnicas do desenho arquitetônico, incluindo linhas, hachuras, folhas, legendas e materiais de desenho.
2. São descritos os principais tipos de desenhos arquitetônicos como plantas, cortes, elevações e suas funções representativas.
3. O desenho arquitetônico evoluiu ao longo da história incorporando normas para padronizar a representação gráfica dos projetos e facilitar a comunicação entre profissionais.
Livro principios de ecologia aplicados a agroecologia 2013Alexandre Panerai
O documento discute os principais conceitos de ecologia aplicados à agroecologia, abordando tópicos como níveis de organização ecológica, biomas brasileiros, teoria de Gaia, ecossistemas, agroecossistemas, relações ecológicas e sucessão vegetal. O objetivo é estimular o debate sobre processos naturais que influenciam a construção de agroecossistemas menos impactantes.
Este capítulo introduz os conceitos fundamentais da geoecologia da paisagem. Define paisagem como um objeto de investigação geoecológica, discutindo suas propriedades e diferentes concepções científicas. Apresenta as tendências atuais da geografia e ecologia da paisagem, enfatizando a abordagem multidisciplinar e sistêmica para o estudo da paisagem.
Conflitos de zoneamento no PDOT 2009 BrasíliaYvette Carrillo
CONFLITOS DE ZONEAMENTO NAS UC´s QUE CONFORMAM A APA GAMA CABEÇA-DE-VEADO. Este trabalho tem por objetivo analisar os conflitos entre o Zoneamento Ambiental e o zoneamento de uso e ocupação do solo proposto pelo PDOT na Área de Proteção Ambiental Gama Cabeça-de-Veado.
Este livro reúne experiências e reflexões sobre Educação Ambiental Crítica desenvolvidas em diversos contextos educacionais. Os capítulos abordam temas como a inserção da Educação Ambiental no currículo escolar, projetos de conservação ambiental e coleta seletiva, além de discutir a formação de educadores ambientais. O objetivo é contribuir para o avanço de uma Educação Ambiental transformadora e comprometida com a sustentabilidade e a justiça socioambiental.
1. O documento apresenta os principais métodos usados em levantamentos fitossociológicos, incluindo parâmetros para analisar o comportamento de espécies em comunidades vegetais.
2. São descritos índices para medir a associação e similaridade entre espécies e comunidades, assim como a diversidade e heterogeneidade da vegetação.
3. O planejamento de inventários fitossociológicos é abordado, incluindo amostras aleatórias, estratificadas e sistemáticas.
Guia instalacoes 1328559609 (sao paulo residential guide to lower carbon foot...reo-southamerica
O documento discute medidas para promover o uso sustentável de recursos como água e energia em edifícios. Ele aborda 1) a importância do uso racional da água, com a água de chuveiro representando a maior parte do consumo; 2) formas de economizar água em chuveiros, torneiras, vasos sanitários e outros itens; e 3) medidas para aumentar a eficiência energética em iluminação, aquecimento de água e outros sistemas.
Caporal francisco-roberto-azevedo-edisio-oliveira-de-princípios-e-perspectiv...Camila Mota
1. The document discusses the epistemological foundations of agroecology and presents it as a new scientific paradigm.
2. It explores agroecology as an integrative disciplinary matrix that brings together different fields of knowledge beyond the reductions of conventional science.
3. The chapters examine agroecology as a science that supports the transition to more sustainable agriculture systems and food security through ecological principles.
Este documento apresenta uma tese de doutorado sobre os projetos de vida e estilos de jovens universitários no Distrito Federal. A pesquisa analisou os planos de carreira, família e uso do tempo livre de estudantes de três cursos em duas universidades, considerando fatores socioeconômicos e de gênero. Os resultados sugerem que a condição social influencia os planos profissionais e de família, com estudantes de origem mais privilegiada buscando realização pessoal e os de origem menos privilegiada buscando est
1. O documento discute os problemas ambientais relacionados à atividade da suinocultura no oeste catarinense, especialmente a poluição causada pela inadequada disposição dos dejetos suínos.
2. A suinocultura é importante economicamente, mas os sistemas confinados utilizados contribuem para a produção de grandes quantidades de dejetos, poluindo rios quando descartados de forma inapropriada.
3. Novas diretrizes são necessárias para definir responsabilidades e encontrar alternativas sustentáveis para a suin
A educação ambiental conceitos e abordagens pelos alunos de licenciatura da uffVanessa Marcondes
Este documento é uma monografia apresentada por Vanessa Marcondes de Souza para obtenção do grau de licenciatura em ciências biológicas na Universidade Federal Fluminense (UFF). A monografia analisa as concepções sobre meio ambiente e educação ambiental de alunos de cursos de licenciatura da UFF, por meio de questionários aplicados. Os principais resultados indicam que a maioria dos alunos tem uma visão naturalista ou antropocêntrica do meio ambiente, e entende a educação ambiental como forma de conscientização ou preserv
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos - Alternativa Vi...PauloSergioGomes7
1. O documento propõe um plano de gestão de resíduos sólidos que vise uma gestão responsável e compartilhada, indo além de aspectos operacionais para alcançar sustentabilidade ambiental.
2. O plano está estruturado em sete capítulos que abordam a história dos resíduos no Brasil, caracterização e classificação dos resíduos, coleta e transport
1. O movimento ambientalista surgiu no século XIX com diferentes visões como preservacionismo e conservacionismo, unindo-se posteriormente contra outros ideais. 2. Na década de 1960, surgiu o novo ambientalismo questionando o modelo de desenvolvimento focado no crescimento econômico. 3. O livro Primavera Silenciosa alertou para os perigos dos agrotóxicos, ajudando a fortalecer o movimento ambientalista.
Conceitos de Bacias Hidrográficas - Teorias e AplicaçõesRamos Janones
O conceito de Bacia Hidrográfica tem sido cada vez mais expandido e utilizado como unidade de gestão da paisagem na área de planejamento ambiental. As Geotecnologias tem ampla aplicação neste nicho. Por isso, estamos indicando este excelente e-book gratuito que destaca fundamentos e aplicações neste contexto.
Este capítulo discute a Educação Ambiental e seus atores e práticas educativas. Apresenta Educação como um processo social que ocorre em diversos espaços e de diferentes formas, tanto formal quanto informal. Destaca que a Educação Ambiental tem como objetivo formar sujeitos capazes de compreender o mundo de forma crítica e agir de maneira consciente, formando assim sujeitos ecológicos.
O documento discute a Política Nacional de Recursos Hídricos no Brasil e a integração da economia e ecologia na norma ambiental. Aborda a água como recurso natural fundamental, os princípios da política nacional de recursos hídricos e seus mecanismos normativos. Destaca a necessidade de conciliar as dimensões éticas, econômicas e ecológicas na proteção dos recursos hídricos de forma sistêmica.
Efeito da sazonalidade sobre as populações de três espécies de pequenos mamíferos não voadores ocorrentes no limite sul de distribuição da Mata Atlântica.
PAULO HENRIQUE DAMASCENO MACHADO
Orientador: Dr. Victor Hugo Valiati
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
Programa de Pós Graduação em Biologia
Dissertação. São Leopoldo, 2012.
1. O documento apresenta o Plano Nacional de Recursos Hídricos do Brasil, incluindo sua metodologia de construção participativa e o panorama atual dos recursos hídricos no país.
2. Aborda a história da gestão da água no Brasil, o marco legal atual, a implementação dos instrumentos de política hídrica e dos órgãos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
3. Discutem-se também aspectos socioambientais como biomas, ecossistemas, usos da água por
Este documento apresenta uma proposta de plano de ensino para Ciências Naturais do 5o ano de escolaridade de acordo com as Metas Curriculares. Inclui uma introdução ao projeto, as metas curriculares, uma proposta de planificação anual e a médio prazo, guiões de exploração de conteúdos e fichas de avaliação. Tem como objetivo abordar os conteúdos de forma motivadora e alinhada com os objetivos definidos.
Este documento apresenta uma proposta de plano de ensino para Ciências Naturais do 5o ano de escolaridade de acordo com as Metas Curriculares. Inclui uma introdução ao projeto, as metas curriculares, uma proposta de planificação anual e a médio prazo, guiões de exploração de conteúdos e fichas de avaliação. Tem como objetivo abordar os conteúdos de forma motivadora e alinhada com os objetivos definidos.
Semelhante a Contextualização da arborização urbana no brasil sob a prespectiva da gestão ambiental (20)
Ministerio Publico abre procedimento administrativo de acompanhamento das regularizações fundiárias em Campinas.
Envia tambem aos conselhos CMDU e Comdema.
MPE-Campinas
AÇÃO CIVIL DE RESPONSABILIDADE POR ATO DE
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Trechos:
..Pode-se dizer que a política de transporte público de
Campinas nasceu comprometida com interesses particulares e assim permanece até
hoje, colocando-os acima dos direitos sociais que deveria garantir. ...
...A política de transportes públicos, em Campinas, subverte
a lógica do interesse público e, na prática, é ditada e gerida por empresas particulares que dominam o mercado há bastante tempo, com o fim de atender seus interesses
econômicos e empresariais. Sob essa lógica e com a cumplicidade do Poder Público, a
política de transportes públicos agride princípios comezinhos de transparência e
democracia participativa, afronta os consumidores prestando um serviço caro e de má
qualidade e violenta os pequenos empresários que estão regulamentados para a
prestação do sistema de transporte alternativo...
...Que sejam os empresários e as pessoas jurídicas de
direito privado condenadas pela prática de ato de
improbidade administrativa previsto nos artigos 9º,
caput, inciso XI, 10, caput, incisos II, VIII, X e
XVI, todos da Lei 8.429/92, nos termos do artigo
12 da Lei 8.429/92 imputando-lhes: o
ressarcimento do erário no valor do contrato desde
a sua expiração, a ser apurado, o pagamento de
multa civil no maior importe fixado considerando
a gravidade da situação e a constância da prática
lesiva, além da proibição de contratação com o
Poder Público e demais sanções estabelecidas no
artigo 12, da Lei n. 8.429/92....
Cidades
Ministério Público investiga poda irregular de árvores
Relatório apresentado por engenheiros e endossada pela OAB e pela Proesp condena prática realizada pela Prefeitura
O Departamento de Parques e Jardins de Campinas tem enfrentado dificuldades em cumprir suas obrigações de manutenção de áreas verdes, com uma grande fila de pedidos de podas de árvores e falta de conservação de praças e parques. O Conselho Municipal do Meio Ambiente apontou a falência do departamento devido à falta de funcionários, equipamentos e recursos, enquanto o diretor nega os problemas apontados. A situação tem prejudicado a qualidade de vida dos moradores e o meio ambiente da cidade.
O relatório analisa os danos ambientais causados por intervenções maciças de poda e remoção de árvores em quatro áreas verdes de Campinas entre 2009 e o presente. Fotos antes e depois mostram a redução significativa do número de árvores adultas e do volume de copas. A poda drástica coloca em risco a saúde e estabilidade das árvores remanescentes e compromete os benefícios ambientais, sociais e econômicos proporcionados pelas áreas verdes.
O documento discute o estado da arborização urbana na cidade de Campinas, apontando problemas como falta de planejamento, pessoal e técnicas adequadas, colocando em risco a população e as árvores. A Sociedade Brasileira de Arborização Urbana oferece soluções como treinamento de técnicos e normatização das empresas.
O Conselho Municipal de Meio Ambiente de Campinas aponta que o Departamento de Parques e Jardins da cidade está em condições precárias, com poucos funcionários, equipamentos em mau estado e sem verba para reformas. O diretor do departamento nega as alegações, mas conselheiros e ONGs afirmam que a estrutura é deficiente e não há especialistas para acompanhar os serviços de poda e manutenção de árvores.
Promotor do Meio Ambiente de Campinas pede para deixar o cargo após 19 anos, alegando motivos de saúde. Árvore com problemas conhecidos há 5 anos cai sobre salão em Campinas, mas não houve feridos. ONG afirma ter feito mais de 100 denúncias sobre árvores em risco, mas prefeitura não teria respondido.
A licitação 006/2017 visa contratar serviços técnicos especializados para elaborar estudos preliminares de 43 trechos de parques lineares listados no Plano Municipal do Verde. Os envelopes devem ser entregues até 04/12/2017 às 10h e serão abertos na mesma data e horário. O edital está disponível desde 31/10 no site de licitações da prefeitura.
Esclarecimento de questionamento_3_2017-12-04_14_51_42Resgate Cambuí
Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Objeto: Contratação de serviços técnicos profissionais especializados para elaboração dos Estudos Técnicos Preliminares que subsidiem os Projetos Básicos de 43 trechos de Parques Lineares da lista de 49 trechos indicados no Plano Municipal do Verde
Esclarecimento de questionamento_2_2017-12-04_14_51_35Resgate Cambuí
Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Objeto: Contratação de serviços técnicos profissionais especializados para elaboração dos Estudos Técnicos Preliminares que subsidiem os Projetos Básicos de 43 trechos de Parques Lineares da lista de 49 trechos indicados no Plano Municipal do Verde
Esclarecimento de questionamento_1_2017-12-04_14_51_31Resgate Cambuí
O documento é uma resposta a uma pergunta de esclarecimento sobre os requisitos de qualificação técnica para uma licitação de serviços técnicos para elaboração de estudos de parques lineares. A resposta esclarece que os atestados técnicos devem estar em nome da empresa licitante, e não dos profissionais, e cita a lei e súmula que corroboram essa exigência.
Comunicado de resposta_de_esclarecimento_da_concorrencia_n_062017_2017-12-04_...Resgate Cambuí
Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Objeto: Contratação de serviços técnicos profissionais especializados para elaboração dos Estudos Técnicos Preliminares que subsidiem os Projetos Básicos de 43 trechos de Parques Lineares da lista de 49 trechos indicados no Plano Municipal do Verde
Comunicado de resposta_de_esclarecimento_2017-12-04_14_51_40Resgate Cambuí
O documento comunica que uma resposta a um pedido de esclarecimento sobre uma licitação para contratar serviços técnicos para elaborar estudos preliminares de 43 trechos de parques lineares está disponível no portal eletrônico de licitações da prefeitura de Campinas. A licitação é para subsidiar projetos básicos listados no Plano Municipal do Verde.
Anexo ii _projeto_basico_2017-12-04_14_50_29Resgate Cambuí
Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Objeto: Contratação de serviços técnicos profissionais especializados para elaboração dos Estudos Técnicos Preliminares que subsidiem os Projetos Básicos de 43 trechos de Parques Lineares da lista de 49 trechos indicados no Plano Municipal do Verde
Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Objeto: Contratação de serviços técnicos profissionais especializados para elaboração dos Estudos Técnicos Preliminares que subsidiem os Projetos Básicos de 43 trechos de Parques Lineares da lista de 49 trechos indicados no Plano Municipal do Verde
O documento estabelece o Plano Diretor Estratégico do município de Campinas, definindo suas diretrizes gerais e objetivos para políticas de desenvolvimento urbano, como tornar a cidade mais sustentável e inclusiva, proteger o meio ambiente, promover acesso à moradia, e incentivar atividades econômicas de forma a garantir emprego e renda.
Este documento estabelece o Plano Diretor Estratégico do município de Campinas, definindo suas diretrizes gerais, objetivos, princípios e macrozonamento. O plano visa tornar a cidade mais sustentável e inclusiva, orientando o crescimento urbano e o desenvolvimento de acordo com a mobilidade e infraestrutura existentes. O município é dividido em quatro macrozonas, cada uma com diretrizes específicas para orientar seu desenvolvimento.
Contextualização da arborização urbana no brasil sob a prespectiva da gestão ambiental
1. UNIVERSIDADE FEDERDAL DE SÃO CARLOS - IBEAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL
CONTEXTUALIZAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA NO BRASIL SOB A
PERSPECTIVA DA GESTÃO AMBIENTAL
ROSANA NEGREIROS
CAMPINAS
2006
2. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS - IBEAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL
CONTEXTUALIZAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA NO BRASIL SOB A
PERSPECTIVA DA GESTÃO AMBIENTAL
ROSANA NEGREIROS
Monografia apresentada ao Curso de
Especialização em Gestão Ambiental do
Departamento de Engenharia Civil da
Universidade Federal de São Carlos em
parceria com o IBEAS, como parte dos
requisitos para a conclusão do curso.
Orientadora: Engenheira Agrônoma MS Cleide de Oliveira
CAMPINAS
2006
3. A verdadeira, a mais profunda espiritualidade consiste em
sentir-nos parte integrante deste maravilhoso e misterioso
processo que caracteriza Gaia [Terra], nosso planeta vivo: a
fantástica sinfonia da evolução orgânica que nos deu origem
junto com milhões de outras espécies. É sentir-nos responsáveis
pela sua continuação e desdobramento.
José Antonio Lutzenberger
4. AGRADEÇO
À minha orientadora, Engenheira Agrônoma MS Cleide Oliveira, pela orientação e amizade.
Ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos, por possibilitar o
desenvolvimento do Curso de Especialização em Gestão Ambiental.
Ao Professor Dr. Nemésio Neves Salvador, do Departamento de Engenharia Civil da UFSCar, pela
coordenação geral do Curso de Especialização em Gestão Ambiental.
Ao Engenheiro Carlos Alberto Ferreira Rino, do IBEAS, pela coordenação local do Curso de
Especialização em Gestão Ambiental.
Aos Professores da UFSCar e convidados, pela dedicação no desenvolvimento do Curso de
Especialização em Gestão Ambiental.
Aos colegas da Turma de Campinas do Curso de Especialização em Gestão Ambiental, pela
amizade.
À Engenheira Agrônoma MS Suzana Oellers, pela competência e eficiência na revisão desta
monografia e pela amizade demonstrada.
À minha mãe e ao meu pai (em memória) pela contribuição em minha formação como profissional
e como pessoa.
À Tia Leonor, pelo incentivo aos estudos durante toda a minha vida.
Ao meu marido, Mozart, pelo companheirismo, amizade e apoio.
5. RESUMO
O presente trabalho consiste em uma análise do contexto da arborização urbana no Brasil, tendo por
base uma profunda revisão bibliográfica, priorizando a abordagem que focaliza a gestão ambiental.
O histórico aqui enfocado serve para caracterizar o tratamento dado à natureza pelo homem durante
o desenvolvimento do Brasil, destacando os aspectos políticos, sociais, urbanísticos e ambientais, de
modo a propiciar melhor entendimento sobre o contexto atual. São relatados aspectos conceituais
encontrados na literatura nacional para situar a sistematização de termos, definições, conceitos e
classificações referentes às características, funções, tipologia, entre outros, usados na pesquisa, no
ensino, na difusão de tecnologia, no planejamento e na gestão neste campo. Neste estudo também
são abordados os principais fatores relacionados à arborização urbana, levantados e analisados
dados sobre a importância, os benefícios e as principais funções da arborização no meio urbano,
assim como as dificuldades, os conflitos e os problemas relacionados ao assunto e são feitas
considerações sobre o planejamento, a adequação e a gestão da arborização urbana. Esta análise
contextual tem como principais objetivos reunir e organizar um expressivo número de produções
científicas e, por intermédio de análise crítica e da própria experiência profissional pessoal, produzir
um trabalho que possa facilitar os estudos daqueles envolvidos em programas de planejamento de
arborização e gestão ambiental urbana.
Palavras-chave: arborização urbana; planejamento da arborização urbana; gestão ambiental.
6. ABSTRACT
CONTEXTUALIZATION OF URBAN FORESTRY IN BRAZIL FROM AN
ENVIRONMENTAL MANAGEMENT PERSPECTIVE
This study consists in the analysis of the urban forestry context in Brazil, based on deep literature
review, prioritizing an environmental management approach. The historical facts here shown serve
the purpose of characterizing the way man has dealt with nature during the development of Brazil,
emphasizing its political, social, urbanistic, and environmental aspects, aiming to offer a better
understanding of the current context. Conceptual aspects found in the national literature are reported
in order to point out the systematization of terms, definitions, concepts, and classification referring
to characteristics, functions, typology, among others, used in research, schools, technology
diffusion, planning and management in this field. In the present study, the main factors related to
urban forestry are approached and data on the importance, benefits, and the principal functions of
trees in urban areas are analyzed, as well as the difficulties, conflicts, and problems related to the
matter, and there are also some considerations about urban forestry planning, adjustment, and
management. This contextual analysis has the main goals of gathering and organizing an expressive
amount of scientific production and, by means of critical analysis and personal professional
experience, producing a paper that can make easier the studies for those who are involved in
programs of urban forestry planning and urban environmental management.
Key words: urban forestry; urban forestry planning; environmental management.
7. SUMÁRIO
página
RESUMO .................................................................................................................... 4
ABSTRACT ................................................................................................................ 5
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 9
2.1 Histórico ................................................................................................................ 9
2.2 Conceitos e classificações ..................................................................................... 18
2.3 Importância, benefícios e funções da arborização urbana ............................... 25
2.3.1 Melhoria do microclima urbano .......................................................................... 27
2.3.2 Redução da poluição atmosférica ........................................................................ 29
2.3.3 Redução dos níveis de ruído ............................................................................... 30
2.3.4 Controle do balanço hídrico ................................................................................ 31
2.3.5 Fatores estéticos .................................................................................................. 31
2.3.6 Fatores econômicos ............................................................................................. 32
2.3.7 Fatores socioculturais .......................................................................................... 34
2.3.8 Melhoria da saúde humana .................................................................................. 35
2.3.9 Fatores ambientais e ecológicos .......................................................................... 35
2.4 Dificuldades, conflitos e problemas na arborização urbana ............................ 36
2.5 Considerações sobre planejamento, adequação e gestão da arborização
urbana .................................................................................................................. 41
3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 46
4 DISCUSSÃO ............................................................................................................... 47
5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................ 49
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 51
7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ........................................................................... 57
8. 7
1 INTRODUÇÃO
O tema arborização urbana tem sido abordado em inúmeras publicações e todas são
unânimes em considerar sua importância sob o aspecto das várias funções que representa, no
planejamento e na administração das cidades, para a sociedade e para o meio ambiente.
O desenvolvimento das cidades brasileiras se deu às expensas de grandes devastações de
áreas verdes. Hoje, manter e multiplicar a vegetação no espaço urbano se tornou um sério problema
para todos os setores da sociedade que ali convivem.
É questão premente para as aglomerações urbanas o estabelecimento de políticas que
impliquem a preservação das áreas verdes e o uso do solo de forma sustentável, visando contribuir
para o equilíbrio do meio no qual o homem habita e vive mais intensamente.
Com a ocorrência cada vez mais constante de problemas ambientais, as questões relativas à
arborização urbana assumem importância primordial na gestão das cidades. No caso do Brasil, em
que quase 80% da população vive no meio urbano, não se pode prescindir da presença da vegetação
nas cidades, posto que constitui um importante indicador de qualidade ambiental.
Esta monografia tem como principal objetivo levar a uma reflexão, embasada em profunda
revisão bibliográfica, sobre o contexto desse tema no Brasil, por intermédio de uma análise crítica
do que vem sendo feito no decorrer dos últimos anos com o crescente desenvolvimento urbano.
Os enfoques histórico, sociocultural, político, técnico e ambiental são enfatizados no
desenvolvimento desta pesquisa. Nesta perspectiva, discorre-se sobre a relação da sociedade e do
poder público com a arborização urbana e a sua importância, principalmente sob a ótica da gestão
ambiental.
Para entender melhor o contexto da arborização urbana no Brasil é aqui estudado o papel
desempenhado pelos espaços verdes nas nossas cidades e são explorados os aspectos históricos,
desde o início da urbanização do país até a atualidade.
Neste estudo também são mostrados os conceitos ligados ao tema usados em pesquisa,
ensino, difusão de tecnologia e gestão, buscando-se interpretar a forma como todos os atores
envolvidos vêm transitando neste campo.
A importância da arborização urbana e suas múltiplas funções são o foco principal deste
trabalho, com vistas à confirmação de seu valor como recurso ambiental impreterível para o meio
urbano, procurando-se mostrar a gama de benefícios que a presença das árvores nas cidades traz
9. 8
consigo. Dentre esses, podem ser destacados aspectos sociais, estéticos, psicológicos, climáticos,
ambientais e ecológicos, os quais são abordados nesta monografia. Também são discutidos
dificuldades, conflitos e problemas relacionados ao tema.
Finalmente, este estudo converge para as considerações sobre planejamento, adequação e
gestão da arborização urbana, com base em extensa revisão da literatura disponível, verificando-se
os princípios e condicionantes do planejamento e o que tem sido efetivamente implementado até o
momento nos diversos setores envolvidos, considerando-se a importância da participação da
população nas várias etapas decisórias, reforçada por programas de educação ambiental, de modo a
que os processos gerenciais se consolidem com eficiência.
10. 9
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Histórico
Quando ainda não existiam os centros urbanos no Brasil, o ambiente natural e seus
elementos, como água, flora e fauna, conviviam harmonicamente entre si. Com o advento da
urbanização, os sistemas naturais foram sendo modificados e, conseqüentemente, o padrão do
ambiente urbano foi se tornando inferior ao necessário para as adequadas condições da vida humana
(RIO GRANDE ENERGIA, 200-).
Ao longo da história, o papel desempenhado pelos espaços verdes nas nossas cidades tem
sido uma conseqüência das necessidades experimentadas de cada momento, ao mesmo
tempo em que é um reflexo dos gostos e costumes da sociedade. (LOBODA; DE
ANGELIS, 2005, p. 129).
Apesar da incipiente urbanização nos três primeiros séculos após o início da colonização
portuguesa, as praças e os largos constituíam os principais pontos de concentração urbanística e da
população nos quais estava a arquitetura de maior valor (REIS FILHO, 1968 citado por LOBODA;
DE ANGELIS, 2005). Os espaços públicos nessa época eram humildes, formados por pequenas
aglomerações urbanas ao longo da costa, nos domínios da Mata Atlântica, as quais tinham, em seu
cotidiano, contato com o meio ambiente natural, com a densa vegetação tropical. A vida urbana
simples estava a serviço da metrópole, que drenava os recursos da colônia. As pessoas de maiores
posses estavam instaladas nas propriedades rurais, em chácaras residenciais em volta dos centros
urbanos.
Na primeira metade do século XVII, no período da ocupação holandesa, Recife foi o
primeiro núcleo urbano que dispôs de manifestações paisagísticas e de arborização urbana no
continente americano, por obra do governador João Maurício de Nassau-Siegen (LOBODA; DE
ANGELIS, 2005). Nessa época, o Palácio de Friburgo, no qual Maurício de Nassau residia e
despachava, foi o primeiro parque público construído no Brasil, tendo havido ali uma tentativa de
reproduzir as características das cidades européias (MACEDO, 1999). Ao redor do palácio do
governador foram plantadas centenas de palmeiras, laranjeiras e granadilhas (TERRA, 2000 citado
por BORTOLETO, 2004). Após a retirada dos holandeses, pouco sobrou dessa fase, com exceção
de laranjeiras, tangerineiras e limoeiros nos trajetos das campanhas da invasão (LOBODA; DE
ANGELIS, 2005).
11. 10
Nas demais cidades coloniais, inclusive na capital, Salvador, a vegetação estava sempre
ausente do espaço urbano central, aparecendo apenas confinada aos quintais particulares e pátios
dos conventos, com uma simplicidade doméstica, visando exclusivamente o cultivo de flores e de
árvores frutíferas. As ruas, os largos e os terreiros eram definidos por construções geminadas
desprovidas de árvores e canteiros (MACEDO, 1999). Com tratamentos urbanísticos muito pobres,
só se usufruía das sombras dos beirais e de poucas árvores plantadas em terrenos particulares. O sol
causticante, que hoje pode representar uma atmosfera árida, na época era a clara expansão da vida
urbana e menos rural. As matas, os matos, os campos e as roças ficavam fora do perímetro urbano,
o qual guardava o chão limpo e batido de terra (MACEDO, 1999; MARX, 1980 citado por
GOMES; SOARES, 2003).
Ao mesmo tempo, os colonos, influenciados pela própria cultura portuguesa, que não
valorizava a arborização urbana, se esforçavam em afastar a natureza dos limites da aldeia
(TRINDADE, 1997 citado por BORTOLETO, 2004). A vegetação também não era considerada tão
relevante nas cidades, visto que estas apareciam como uma expressão oposta ao rural. Assim, a
valorização do espaço urbano construído se afastava da imagem rural, a qual compreendia os
elementos da natureza. Os espaços urbanos daquela época não eram tão ocupados e nem
apresentavam problemas que se fizessem presentes como conseqüência da ausência da vegetação
(GOMES; SOARES, 2003). A beleza exuberante da natureza no entorno dos núcleos urbanos
também pode ser apontada como um dos motivos da demora em se fazer investimentos nos jardins
públicos (TERRA, 2000 citado por MENEGHETTI, 2003).
Apenas no final do século XVIII, com a elevação do Rio de Janeiro a capital do Vice-reino,
surgiu uma população urbana mais estruturada. Em 1718, por ordem do vice-rei Dom Luís
Vasconcelos, foi construído sobre o aterro do Boqueirão da Ajuda, por Valentim da Fonseca e Silva
(Mestre Valentim), o Passeio Público do Rio de Janeiro, tendo sido assim criado pela primeira vez
no Brasil um espaço para o lazer da população (MACEDO, 1999; SEGAWA, 1996 citado por
LOBODA; DE ANGELIS, 2005).
Na primeira metade do século XIX, com a chegada da Corte Portuguesa ao Rio de Janeiro,
em 1808, e sua elevação a sede do Reino, ocorreram várias transformações urbanísticas nas cidades
brasileiras, que foram se adaptando às exigências de uma nova sociedade que estava se
conformando. O ajardinamento foi introduzido no espaço público (MACEDO, 1999) e foi criado o
Real Horto (atual Jardim Botânico), dando início aos serviços de arborização pública no Rio
Janeiro. Esse parque tinha as finalidades de aclimatação e cultivo de espécies exóticas, como
jaqueiras, abacateiros, fruteiras-pão, dentre outras (MILANO; DALCIN, 2000).
12. 11
Em 1822, o Brasil tornou-se Império e o Rio de Janeiro sua capital, para onde convergiram
recursos de todo o país (MACEDO, 1999). De 1836 a 1860 foi desenvolvido no Rio de Janeiro um
projeto de arborização urbana capitaneado pelo naturalista Ludwig Riedel (DE ANGELIS, 200-b).
Em 1840 deu-se o início do Segundo Império e foram criados os primeiros parques urbanos,
havendo cercamento e ajardinamento de praças e largos por todo o país (MACEDO, 1999).
Na década de 1850 algumas cidades se destacavam pela quantidade expressiva de áreas
verdes em seu interior, como é o caso de Teresina-PI, com densa arborização, e Aracaju-SE, a qual,
embora tenha sido a primeira cidade planejada do país, era recoberta por vegetação nativa, com
predominância de coqueiros, sem nenhum planejamento paisagístico (GOMES; SOARES, 2003).
Em 1858, Auguste François Marie Glaziou, contratado por D. Pedro II, assumiu o cargo de
Diretor Geral das Matas e Jardins, reformou o passeio público do Rio de Janeiro e executou os
projetos da Quinta da Boa Vista e do Campo de Santana. Glaziou introduziu na paisagem a
concepção de espaços livres para o lazer e impulsionou a arborização pública, também trazendo
uma configuração romântica com forte influência européia, especialmente francesa (MACEDO,
1999; MACEDO, 2001). Nesses projetos, o arquiteto francês utilizou várias espécies da flora nativa
(MILANO; DALCIN, 2000) e outras exóticas, misturando os princípios dos espaços públicos
parisienses com as nossas condições climáticas, o que resultou em uma obra de qualidade com
identidade própria (MACEDO, 1999).
Em 1861 teve início o reflorestamento da floresta da Tijuca (MACEDO, 1999). De acordo
com Milano e Dalcin (2000), em 1869 e 1874 foram estabelecidas regras para plantios em ruas, tais
como o espaçamento de 7 m entre árvores, a altura mínima de 3 m para as mudas, a obrigatoriedade
do uso de protetores e a melhoria do substrato de plantio.
Nas décadas de 1870 e 1880, o café passou a representar 56% do valor das exportações do
Brasil e começou, então, o período áureo do chamado ciclo do café. Enriquecidos, os Barões do
Café investiram na capital, assim surgindo os primeiros bairros da elite, caracterizados por casas
construídas em meio a amplos jardins e cercados pela exuberante vegetação da Mata Atlântica.
Várias chácaras se urbanizaram nas periferias das grandes cidades, como Rio de Janeiro, Recife e
Salvador. Começou a arborização das ruas, com a instalação de calçadas elaboradas e iluminação
pública (MACEDO, 1999). Jardins bem conservados, parques e praças ajardinadas apareceram em
maior número, começando, a partir daí, a prática do paisagismo e da arborização do espaço público
nas cidades brasileiras. As praças, que antes eram constituídas por espaços abertos e sem vegetação,
destinados à reunião de pessoas, passaram a exercer a função de jardim nas cidades, agregando
13. 12
valores estéticos e funcionais e constituindo marcos na valorização da jardinagem em locais
públicos. Intensificaram-se os cuidados com a arborização e o ajardinamento dos logradouros já
existentes e dos que iam surgindo. Ruas e praças foram enfeitadas com árvores e canteiros de
plantas ornamentais. Com essa transformação, perdeu-se a noção das diferentes peculiaridades de
uma praça ou de um jardim. Assim, deduz-se que a inserção do verde nas cidades brasileiras
ocorreu simultaneamente com a evolução das funções das praças (MARX, 1980 citado por
GOMES; SOARES, 2003).
No final do século XIX houve crescimento das cidades fluminenses, paulistas e sul-
mineiras. O arquiteto Glaziou construiu a primeira chácara urbana em São Paulo (Vila Maria) e na
mesma cidade foram criados a Avenida Paulista, o bairro de Higienópolis, o Parque da Cantareira, o
Parque Antártica (um dos primeiros parques particulares), além do Jardim da Luz, criado em 1825 e
reformado em 1899. Na mesma época foram criados: o Passeio Público em Curitiba; a praça do
Campo Grande em Salvador; o loteamento de Copacabana, a Inspetoria de Matas, Florestas, Jardins
Públicos e Arborização no Rio de Janeiro; e em Minas Gerais, a cidade planejada de Belo Horizonte
e o Parque Municipal projetado por Paul Villon. Houve nessa época no país uma identificação
cultural e urbanística com a Europa, consolidando-se o Ecletismo como estilo arquitetônico e
paisagístico (MACEDO, 1999). Nessa fase, associada ao advento da República, a arborização das
ruas passou a fazer parte do planejamento urbano de forma generalizada (MENEGHETTI, 2003).
No início do século XX houve uma grande expansão urbana no contexto nacional. Iniciou-se
a industrialização advinda do capital do café, tendo havido grandes investimentos nas principais
cidades do país, como Rio de Janeiro e São Paulo. Paralelamente, iniciaram-se fortes correntes
migratórias com êxodo rural e no contexto urbano via-se a abertura de grandes avenidas, novos
parques, expansão do saneamento básico e do transporte coletivo (MACEDO, 1999; SANTOS;
TEIXEIRA, 2001). Surgiram, muito mais significativamente, jardins, praças e parques arborizados,
principalmente no Estado de São Paulo, em cidades enriquecidas pelo café, e desenvolveu-se o lazer
ativo nos parques públicos (GOMES; SOARES, 2003; MACEDO, 1999).
Ao mesmo tempo, essas profundas mudanças, em nome da modernidade e de grandes
projetos, marcaram a perda de um patrimônio arquitetônico e vegetal, iniciando-se a ruptura da
relação homem-natureza, com as áreas verdes ficando cada vez mais restritas à arborização de ruas,
praças, parques e maciços florestais. Era possível observar também a perda de espaços nos jardins
privados e o aumento da impermeabilização do solo (MILANO; DALCIN, 2000; SANTOS;
TEIXEIRA, 2001). O crescimento das cidades e a forma como os espaços foram sendo construídos
14. 13
impuseram a presença da árvore; porém, ao mesmo tempo, negaram a existência de condições
adequadas ao desenvolvimento da vegetação (SANTOS; TEIXEIRA, 2001).
Em decorrência do surgimento dos serviços de fornecimento de energia elétrica e da
expansão dos serviços de abastecimento de água, de coleta de esgoto e de telecomunicações, um
complexo sistema de cabos, galerias e dutos tomou conta do ar e do subsolo, o que passou a
interferir no plano de arborização da cidade (MILANO; DALCIN, 2000).
Na primeira metade do século XX, marcada pelas duas grandes guerras mundiais, houve
significativa aceleração do surto de industrialização e urbanização, criando mudanças significativas
na arquitetura e nos hábitos urbanos. Entre os anos 20 e 30 consolidaram-se os bairros jardins em
São Paulo e surgiram os primeiros edifícios de apartamentos nas áreas centrais do Rio de Janeiro e
de São Paulo.
As décadas de 30 e 40, incluindo o período posterior à Segunda Guerra Mundial,
caracterizaram-se por aumento da classe média na população do Brasil (MACEDO; SAKATA,
2002 citados por BORTOLETO, 2004) e teve início uma forte influência da cultura americana
(MACEDO, 1999).
Nesse período, obras importantes foram criadas em todo o país, como: em São Paulo, os
parques do Anhangabaú e Dom Pedro II, os bairros Jardim América e Jardim Europa, a
reconstrução dos jardins do Ipiranga (por Reynaldo Dierberger) e o Jardim Botânico; em Campinas,
o Bosque dos Jequitibás; em Niterói, a Praça da República; em Belo Horizonte, a Praça da
Liberdade; no Rio de Janeiro, a Praça Paris (por Arquimedes José da Silva), o Jardim de Alah (por
José Silva de Azevedo Neto) e vários edifícios expandindo-se pela beira-mar sul; em Goiânia, o
início das obras de construção da nova capital planejada com influência da cidade-jardim na
valorização da arborização urbana (MACEDO, 1999).
Na mesma época começaram a aparecer os projetos do paisagista Roberto Burle Marx, o
qual, influenciado pelos movimentos artísticos dos anos 20 e 30 e por um forte sentimento
nacionalista, criou uma linha projetual própria, assim representando um marco na concepção dos
espaços livres das cidades brasileiras (MACEDO, 2001). Inicialmente em Recife, como diretor de
parques e jardins, desenvolveu projetos como os Jardins da Casa Forte, a Praça Salgado Filho e o
Aeroporto; depois, em outras cidades brasileiras, como os Jardins do Ministério da Educação e
Saúde no Rio de Janeiro e o Complexo da Pampulha em Belo Horizonte, tornando-se o paisagista
oficial do Estado do Rio de Janeiro ainda na década de 40. Com grande sentimento nacionalista,
Burle Marx trouxe o novo conceito do jardim moderno, estruturado com densa vegetação tropical
15. 14
nativa e o quase abandono da utilização de plantas exóticas, valorizando sobremaneira a flora
brasileira (MACEDO, 1999). Foi no século XX, portanto, que Burle Marx, seguido por vários
outros, consolidou a arquitetura paisagística nacional (MACEDO, 2001).
Entre as décadas de 50 e 60, o crescimento urbano continuou acelerado e poucos parques
públicos foram construídos no Brasil. Começou a expansão das fronteiras urbanas no país e,
conseqüentemente, a construção maciça de estradas de rodagem. As obras mais importantes desta
época foram o Parque do Ibirapuera em São Paulo, em 1954, por Oscar Niemeyer e Otávio Augusto
Teixeira Mendes, o início do projeto do Parque do Flamengo no Rio de Janeiro, por Burle Marx,
que foi inaugurado em 1964, e a inauguração de Brasília, cidade em que os projetos paisagísticos
foram todos desenvolvidos por Roberto Burle Marx e Roberto Coelho Cardoso (MACEDO, 1999).
Nessas décadas, em decorrência do intenso processo de urbanização mencionado, era nítida
a carência de espaços de lazer. As áreas como bosques, chácaras e pastagens foram parceladas e
reparceladas para fins de construção urbana. Os espaços de lazer concentravam-se nas áreas centrais
das cidades, o que os tornava distantes da maioria da população (FEIBER, 2004).
Em 1964 começou o período do Governo Militar, com anos em que a economia nacional
atingiu seu apogeu. Com a abertura de fronteiras agrícolas e urbanas, iniciou-se a devastação
florestal. Nas cidades, deu-se a abertura de grandes áreas livres para a construção de conjuntos
habitacionais, começou a verticalização dos centros urbanos e houve a transformação das antigas
ruas em espaços amplos, adequados ao tráfego intenso de veículos e pedestres. Apareceram grandes
obras urbanas, como terminais, praças, calçadões e viadutos. A conseqüência dessa frenética
expansão foi o início da metropolização das cidades e o programa de parques e praças nitidamente
voltou-se para o lazer ativo (MACEDO, 1999).
Em 1965 foi instituído o novo Código Florestal brasileiro e em 1967 foi feito o primeiro
estudo de áreas verdes de São Paulo, por Rosa Kliass, Miranda Magnoli e equipe. Em 1969, Lúcio
Costa projetou o Plano da Barra (da Tijuca) no Rio de Janeiro com conotação ecológica
(MACEDO, 1999).
Entre os anos 70 e 80, as grandes cidades tiveram um planejamento centralizado e foram
estabelecidas leis de zoneamento por todo o país, continuando a expansão urbana acelerada e
havendo a consolidação da verticalização. Aumentou o número de calçadões nas áreas centrais e
muitos parques foram criados no país.
A partir dos anos 80 iniciou-se a crise do petróleo. Foi criada a Secretaria do Verde e
ocorreu o início de uma consciência ecológica, trazendo consigo a valorização do verde, das matas
16. 15
nativas e dos jardins, juntamente com novos padrões e idéias sobre a importância do contato com a
flora e a fauna nativas (MACEDO, 1999).
Em 1981 foi criada a lei que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Em 1988,
a nova Constituição Federal criou um capítulo que privilegia o meio ambiente. Em 1992, a ECO 92,
evento sediado pelo Rio de Janeiro, representou um marco para a ecologia no país. Em
contrapartida, os meados dos anos 80 foram a época em que menos se produziu conhecimento e
informação técnica em termos de arborização no país (MILANO; DALCIN, 2000).
Nos anos 80 a 90, o país passou por um processo gradativo de descentralização política e a
urbanização foi consolidada de forma intensa e acelerada, com a maioria da população habitando as
cidades. Houve aumento da demanda por infra-estrutura e serviços pelas grandes massas populares
que vivem nos grandes centros urbanos, instaurando-se o conflito pela conquista dos espaços entre
árvores, veículos, construções e equipamentos (MACEDO, 1999; MENEGHETTI, 2003).
As novas áreas de lazer que surgiram nessas décadas foram construídas em locais onde se
concentra a população mais favorecida e, quando instaladas em regiões mais populares,
invariavelmente tornaram-se malcuidadas ou às vezes foram até mesmo abandonadas. A construção
de praças nos subúrbios está normalmente vinculada ao interesse político. Pela escassez de locais
destinados ao lazer, a rua passou a ser o lugar de convívio nos bairros mais populares. Assim,
ocorreu a segregação social e parte da população mais privilegiada socialmente isolou-se do
contexto urbano em condomínios verticais ou horizontais. Os shopping centers foram, então,
criados como nova forma de comércio, visando oferecer conforto e segurança aos seus usuários, o
que acarretou decadência física de trechos importantes das áreas centrais de várias cidades
brasileiras (MACEDO, 1999; MENEGHETTI, 2003).
Na década de 90 houve aumento da já forte influência cultural norte-americana e no final
dessa década já havia uma presença maciça de edifícios de apartamentos na paisagem de várias das
cidades brasileiras. A população optou por morar nesse tipo de unidade equipada com infra-
estrutura como forma de se isolar da violência urbana (MACEDO, 1999). A discussão dos
problemas ambientais foi se tornando uma temática obrigatória no cotidiano das cidades e as áreas
verdes tornaram-se ícones de defesa do meio ambiente nos centros urbanos (LOBODA; DE
ANGELIS, 2005).
Na história das funções urbanas dos espaços livres, a cidade tem sido considerada como um
conjunto de elementos, sistemas e funções que se entrelaçam. Assim, os espaços livres, que estão
entre os principais sistemas que formam o organismo urbano, passaram a ser marcos concretos e
17. 16
devem ter sua evolução considerada (LLARDENT, 1982 citado por LOBODA; DE ANGELIS,
2005).
Nas cidades brasileiras contemporâneas, os parques desempenham importante função como
espaço público de apropriação coletiva e na atenuação de condições ambientais adversas. Apesar
disso, existem muitas dificuldades para a implantação de novos parques, como a falta de recursos
financeiros e a ausência de novas áreas nas zonas urbanas já consolidadas. A localização dos
parques reflete ainda a grande desigualdade em sua distribuição espacial, que coincide com a
exclusão social da população, podendo-se verificar que sua maior concentração está nas áreas
consolidadas, enquanto nas periferias há apenas parques isolados (PREFEITURA DO MUNICÍPIO
DE SÃO PAULO, 2002).
O meio urbano contemporâneo no Brasil é marcado por grandes contrastes sociais. De um
lado, bairros bem infra-estruturados, bem cuidados, bem arborizados e ajardinados, que colaboram
para o esvaziamento funcional de uma parcela importante das vias urbanas destinadas apenas ao
acesso de carros para residências da classe média. De outro lado, uma malha urbana extensa, com
habitações bem menores e modestas, construídas em lotes pequenos, com quase nenhum recuo e
aproveitando o terreno ao máximo, com reduzido espaço livre dentro do lote, o que impossibilita a
existência de quintais e jardins. As ruas normalmente são subdimensionadas e as calçadas estreitas,
localizadas em loteamentos com escassez de espaços destinados ao lazer público, mal localizados
ou mesmo inexistentes (MACEDO, 1999).
As cidades, que enfrentam uma crise estrutural decorrente de problemas econômicos,
políticos, sociais e culturais, estão sendo conduzidas a um destino incerto, com a transformação das
ciências em força produtiva e do espaço urbano em mercadoria. Nas relações desiguais, as questões
econômicas se sobrepõem às socioambientais e o que é público geralmente acaba ficando em
segundo plano ou é considerado como problema (LOBODA, 2003 citado por LOBODA; DE
ANGELIS, 2005).
A acentuada urbanização, pela qual a maioria das cidades brasileiras vem passando, reflete
negativamente sobre a qualidade de vida de seus moradores. A falta de planejamento que considere
os elementos naturais gera o empobrecimento da paisagem urbana, tornando o meio urbano cada
vez mais artificial. Esses problemas vêm ocorrendo pela interdependência dos múltiplos
subsistemas que coexistem nas cidades (LOBODA; DE ANGELIS, 2005).
Loboda e De Angelis (2005, p. 131) tecem considerações sobre as relações atuais entre o
meio urbano e a natureza:
18. 17
A qualidade de vida urbana está diretamente atrelada a vários fatores que estão reunidos na
infra-estrutura, no desenvolvimento econômico-social e àqueles ligados à questão
ambiental. No caso do ambiente, as áreas verdes públicas constituem-se elementos
imprescindíveis para o bem-estar da população, pois influencia diretamente a saúde física e
mental da população.
Além daqueles espaços criados à luz da arquitetura, recentemente a percepção ambiental
ganha status e passa a ser materializada na produção de praças e parques públicos nos
centros urbanos. Com a finalidade de melhorar a qualidade de vida, pela recreação,
preservação ambiental, áreas de preservação dos recursos hídricos, e à própria
sociabilidade, essas áreas tornam-se atenuantes da paisagem urbana.
Por outro lado, nessa relação desigual e/ou combinada da contraposição entre questões
socioambientais e econômicas, em que, de modo geral esta última se sobressai, geralmente
fica aquilo que é público em segundo plano ou ainda considerado como problema. Os
projetos de construção, intervenção ou reabilitação das áreas verdes públicas de um modo
geral vêem-se constantemente envolvidos em polêmicas que somente agravam sua penúria
renitente. A tendência é que, se não tomarmos uma providência no que diz respeito à
reabilitação dessas áreas, não somente suas estruturas físicas, mas sobretudo suas funções
sociais, geoambientais e estéticas, os únicos espaços de uso coletivo tendem a ser cada vez
mais privados - shopping-centers, condomínios residenciais, edifícios polifuncionais - e não
as nossas praças, parques e vias.
Tais espaços, assediados pelas condições pós-modernas, já não trazem consigo a
significância de um tempo. Talvez, a população urbana, envolta pela ideologia das novas
tendências globalizantes, não esteja mais se identificando com um lugar específico, seus
aspectos sociais, culturais ou históricos.
As cidades contemporâneas tornaram-se os extremos da ação humana sobre os sistemas
naturais, tanto pela concentração populacional como pela forma como crescem e se organizam
(MILANO; DALCIN, 2000). No Brasil, as cidades já abrigam mais de 80% da população (IBGE,
2002 citado por SILVA FILHO, 2003).
Neste início do século XXI, a problemática ambiental urbana apresenta-se como uma das
questões de planejamento das cidades. A partir da década de 1970, a questão do meio ambiente
evoluiu da proteção ambiental para o conceito de desenvolvimento sustentável ou
ecodesenvolvimento. Com o agravamento dos problemas ambientais metropolitanos, as cidades
passaram de antagônicas ao meio ambiente para objeto de estudos sobre sustentabilidade ambiental
(SPAROVEK; COSTA, 2004).
No início da produção capitalista, a vegetação não possuía grande valor nas cidades
brasileiras em decorrência de sua abundância. Com a aceleração do processo de industrialização, a
vegetação nos grandes centros foi cedendo lugar aos elementos construídos e, assim, a cidade
passou a ser um objeto com produtos a consumir. Desse modo, as áreas verdes, cada vez mais
escassas nas grandes cidades, conquistaram um importante papel funcional no que se refere à
diminuição dos impactos ambientais urbanos (FEIBER, 2004).
19. 18
A sociedade científica vem se organizando, desde o final do século passado, para o fomento
da produção técnica e científica da arborização urbana. Milano (1996 citado por MENEGHETTI,
2003, p. 6) reforçou a importância da produção técnico-científica:
Em 1985, com a realização do I Encontro Nacional de Arborização Urbana, em Porto
Alegre, houve um renascimento do setor da arborização urbana no Brasil, que tinha estado
alguns anos no esquecimento, justamente aqueles em que o desenvolvimento urbano se deu
de forma mais intensa.
Sanchotene (1994 citado por MENEGHETTI, 2003, p. 7) comentou que:
O processo que levou à fundação da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana e ao I
Congresso Brasileiro de Arborização Urbana, ambos realizados em 1992, uniu profissionais
e pesquisadores atuantes no seu planejamento, e foi trazendo à tona uma grande quantidade
de trabalhos. Aquela entidade tem representado, desde então, os interesses daqueles que
exercem atividades vinculadas à arborização urbana no Brasil.
São muito apropriadas as colocações do geógrafo Ab'saber (1990, p. 35) quando ele se refere
à arborização urbana como um valor tradicional brasileiro:
A arborização urbana possui uma velha e ativa tradição no Brasil. De Norte a Sul, as
cidades brasileiras têm experiência acumulada sobre áreas verdes, incluindo praças e
jardins públicos, implantados em diferentes épocas. Uma consciência de longa maturação
determina um cuidado especial pelas árvores, seja numa pequena cidade do sertão
nordestino, uma cidade de fronteira no Rio Grande do Sul ou em um pequeno centro urbano
da beira alta do Pantanal Matogrossense.
2.2 Conceitos e classificações
Os conceitos e as classificações nos estudos sobre arborização urbana encontrados na
literatura brasileira ainda são pouco padronizados. Vários autores conceituam e classificam de
forma diferenciada a arborização urbana e suas áreas afins. Entretanto, há o consenso de que a
arborização urbana é a vegetação de porte arbóreo existente no meio urbano; porém, na
conceituação e classificação, cada autor leva em conta fatores diversos, como: a origem, ou seja, se
são naturais ou introduzidas, nativas ou exóticas; o contexto no qual estão inseridas, se isoladas,
agrupadas ou em conjunto com vegetação de porte não arbóreo; a localização, isto é, se estão em
vias públicas, parques e praças, públicos ou privados, em reservas naturais ou unidades de
conservação urbanas; a função e os papéis diferentes que desempenham.
Essas denominações ou definições às vezes entram em conflito umas com as outras, o que
leva alguns autores a propor uma sistematização de conceitos para uso em pesquisa, ensino e
difusão de tecnologia nesta área. Quando esses conceitos se ampliam, passando para estudos
maiores do planejamento e da gestão ambiental, englobando termos como “áreas verdes”, “espaços
20. 19
livres”, “floresta urbana”, “silvicultura urbana”, “reservas naturais”, “unidades de conservação”,
considerando-se que em todos eles é encontrada vegetação de porte arbóreo, as questões da
conceituação ficam ainda mais controversas.
Grey e Deneke (1978 citados por DE ANGELIS, 200-a, p. 5) entendem por arborização o
“[...] conjunto de terras públicas e privadas com vegetação predominantemente arbórea que uma
cidade apresenta”.
Na conceituação da arborização urbana, Pivetta e Silva Filho (2002, p. 2) citam Mello Filho
(1985): “A vegetação urbana é representada por conjuntos arbóreos de diferentes origens e que
desempenham diferentes papéis”.
Pivetta e Silva Filho (2002, p. 2-3) classificam a “vegetação arbórea urbana” da seguinte
forma:
1. Arborização de parques e jardins
Os parques, normalmente são representados por grandes áreas abundantemente arborizadas
e os jardins, ou mesmo as praças, são espaços destinados ao convívio social. Nestes locais
podem-se utilizar árvores de todos os portes.
2. Arborização de áreas privadas
Corresponde à arborização dos jardins particulares como quintais, jardins de hospitais,
clubes, indústrias, entre outros.
3. Arborização nativa residual
São espaços da natureza que se protegeram da ocupação e que por suas características
florísticas, faunísticas, hídricas, influenciaram no microclima e são essenciais ao complexo
urbano.
4. Arborização de ruas e avenidas
Componente muito importante da arborização urbana, porém, pouco reconhecido, do ponto
de vista técnico e administrativo, devendo ser encarado como um dos componentes do
plano de desenvolvimento e expansão dos municípios.
Outros termos bastante usados são floresta urbana e silvicultura urbana. Definidas por Miller
(1997 citado por SILVA FILHO, 2003, p. 1), as florestas urbanas são “a soma de toda a vegetação
lenhosa que circunda e envolve os aglomerados urbanos, desde pequenas comunidades rurais até
grandes regiões metropolitanas”. Já para Nowak et al. (2001 citados por SILVA FILHO, 2003, p.
1), são “ecossistemas compostos pela interação entre sistemas naturais e sistemas antropogênicos”.
Silva Filho (2003) define a Silvicultura Urbana como o ramo da Silvicultura que estuda as
árvores de ruas, praças, parques, áreas de conservação urbanas e demais áreas livres de edificação.
Segundo Couto (1994 citado por SILVA FILHO, 2003, p. 1), “o objetivo da Silvicultura Urbana é o
cultivo e o manejo de árvores para a contribuição atual e potencial ao bem-estar fisiológico, social e
econômico da sociedade urbana”.
21. 20
Com o intuito de discutir a dificuldade causada pelos diferentes termos utilizados para
caracterizar as áreas verdes urbanas e a similaridade de termos como áreas livres, espaços abertos,
áreas verdes, sistemas de lazer, praças, parques urbanos, unidades de conservação em área urbana,
arborização urbana, entre outros, Guzzo [200-b] e Loboda e De Angelis (2005) citam o trabalho de
Lima et al. (1994), autores esses que tentaram defini-los por meio de consultas a profissionais que
trabalham na área e da experiência do grupo que desenvolveu o trabalho:
a. Espaço Livre: trata-se do conceito mais abrangente, integrando os demais e
contrapondo-se ao espaço construído, em áreas urbanas. Assim, a Floresta Amazônica não
se inclui nessa categoria; já a Floresta da Tijuca, localizada dentro da cidade do Rio de
Janeiro, é um espaço livre.
b. Área Verde: onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os
jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de avenidas e os trevos e
rotatórias de vias públicas, que exercem apenas funções estéticas e ecológicas, devem,
também, conceituar-se como área verde. Entretanto, as árvores que acompanham o leito das
vias públicas, não devem ser consideradas como tal, pois as calçadas são
impermeabilizadas.
c. Parque Urbano: é uma área verde, com função ecológica, estética e de lazer, entretanto
com uma extensão maior que as praças e jardins públicos.
d. Praça: como área verde, tem a função principal de lazer. Uma praça, inclusive, pode não
ser uma área verde, quando não tem vegetação e encontra-se impermeabilizada (exemplo, a
Praça da Sé em São Paulo). No caso de ter vegetação é considerada Jardim.
e. Arborização Urbana: diz respeito aos elementos vegetais de porte arbóreo, dentro da
cidade. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas, fazem parte da arborização
urbana, porém, não integram o sistema de áreas verdes.
f. Área Livre e Área Aberta: são termos que devem ter sua utilização evitada, pela
imprecisão na sua aplicação.
g. Espaço Aberto: traduzido erroneamente e ao pé da letra do termo inglês "open space".
Deve ser evitada sua utilização, preferindo-se o uso do termo espaço livre. (GUZZO, 200-
b).
Guzzo [200-a] define o espaço urbano constituído por: áreas edificadas (casas, comércio e
indústrias); áreas destinadas à circulação de pessoas e veículos (sistema rodoferroviário); áreas
livres de edificação (praças, quintais, etc.). Comenta ainda que as áreas ou os espaços livres podem
ser públicos, potencialmente coletivos ou privados e define:
- Espaços livres de uso público: são parques, praças, cemitérios e unidades de conservação
inseridos na área urbana e com acesso livre da população.
- Espaços livres potencialmente coletivos: são áreas nas quais o acesso da população é
controlado de alguma forma, localizadas no entorno de universidades, escolas e igrejas.
- Áreas livres privadas: são aquelas de propriedade particular, em que o acesso não é
permitido para qualquer cidadão, representadas por jardins e quintais de residências, clubes de lazer,
áreas de lazer de condomínios e remanescentes de vegetação natural ou implantada em propriedade
particular.
22. 21
Guzzo [200-a] conceitua a arborização urbana como toda cobertura vegetal de porte arbóreo
existente nas cidades e a coloca ocupando os espaços urbanos da seguinte forma:
a. Áreas livres de uso público e potencialmente coletivas;
b. Áreas livres privadas;
c. Acompanhando o sistema viário.
Loboda e De Angelis (2005, p. 132-133), observando os problemas decorrentes do uso de
diferentes termos técnicos nas definições e conceituações do “verde nas cidades”, fizeram uma
revisão sobre o assunto, considerando a infinidade de trabalhos referentes a ele. Assim, descreveram
as conceituações desenvolvidas pelos seguintes autores:
Richter (1981 apud GERALDO, 1997, p. 40), o qual propõe a seguinte classificação para os
espaços livres e o verde urbano:
· Jardins de representação e decoração: Ligados à ornamentação, de reduzida importância
com relação à interação com o meio e sem função recreacional. São jardins à volta de
prédios públicos, igrejas etc;
· Parques de vizinhança: Praças, playground - apresentam função recreacional, podendo
abrigar alguns tipos de equipamentos;
· Parques de bairro: São áreas ligadas à recreação, com equipamentos recreacionais,
esportivos dentre outros, que requerem maiores espaços do que os parques de vizinhança;
· Parques setoriais ou distritais: Áreas ligadas à recreação com equipamentos que
permitam que tal atividade se desenvolva;
· Áreas para proteção da natureza: Destinadas à conservação, podendo possuir algum
equipamento recreacional para uso pouco intensivo;
· Áreas de função ornamental: Áreas que não possuem caráter
conservacionista nem recreacionista - são canteiros de avenidas e rotatórias;
· Áreas de uso especial: Jardins zoológicos e botânicos;
· Áreas para esportes;
· Ruas de pedestres: Calçadões.
Llardent (1982, p. 151) conceitua as seguintes expressões:
· Sistemas de espaços livres: Conjunto de espaços urbanos ao ar livre, destinados ao
pedestre para o descanso, o passeio, a prática esportiva e, em geral, o recreio e
entretenimento em sua hora de ócio.
· Espaço livre: Quaisquer das distintas áreas verdes que formam o sistema de espaços
livres.
· Zonas verdes, espaços verdes, áreas verdes, equipamento verde: Qualquer espaço livre no
qual predominam as áreas plantadas de vegetação, correspondendo, em geral, o que se
conhece como parques, jardins ou praças.
Milano (1988) destaca que a cobertura arbórea das áreas abertas ou coletivas são um
importante setor da administração pública, tendo em vista a facilidade de supressão da
cobertura arbórea das áreas privadas urbanas. Para esse autor, tais áreas dividem-se em
dois grupos:
· Áreas verdes; e
· Arborização urbana.
23. 22
Di Fidio (1990) estabelece uma classificação - ou categorias - dos espaços urbanos e
suburbanos:
· Espaços verdes urbanos privados e semi-públicos: Jardins residenciais; Hortos Urbanos;
Verde semi-público.
· Espaços verdes urbanos públicos: Praças; Parques Urbanos; Verde balneário e esportivo;
Jardim botânico; Jardim zoológico; Mostra (ou feira de jardins; cemitério; Faixa de ligação
entre áreas verdes; Arborização urbana).
· Espaços verdes sub-urbanos: Cinturões verdes.
Senna (2002, p. 12) evidencia a necessidade de padronização do conceito de “área verde” e
constata que a maioria dos autores considera “áreas verdes urbanas” como o conjunto composto por
três segmentos individualizados, com interfaces estabelecidas entre si:
- áreas verdes públicas, compostas pelo rol de logradouros públicos destinados ao lazer e
recreação ou que oportunizem ocasiões de encontro e convívio direto com espaços não
construídos e arborizados;
- áreas verdes privadas, compostas por remanescentes vegetais significativos incorporados
aos interstícios da malha urbana, podendo ter sua utilização normatizada por legislação
específica que possa garantir ao máximo a sua conservação;
- arborização de ruas e vias públicas.
O autor afirma que: “a conceituação caracterizada por estas três variáveis é a mais aceita a
nível nacional e internacional, pois em sua somatória são capazes de traduzir amplos benefícios às
condições ambientais das cidades e à qualidade de vida da população” (SENNA, 2002, p. 12).
Kliass (1979 citada por SENNA, 2002) considera que o sistema de áreas verdes constitui-se
num subsistema dos espaços abertos e pode ser classificado em: preservação, recreação e lazer, uso
institucional, uso particular e circulação.
Cavalheiro et al. (1999 citados por NUCCI et al., 2003), fornecem algumas sugestões para o
estudo da padronização de conceitos:
- Primeiramente deve-se entender que a legislação brasileira estabelece que o município
está dividido em zona urbana, de expansão urbana e zona rural.
A zona urbana, cujo perímetro é declarado por lei municipal, embora não explicitamente
colocada na legislação, estaria constituída por três sistemas:
. Sistema de espaços com construções (habitação, indústria, comércio, hospitais, escolas,
etc);
. Sistema de espaços livres de construção (praças, parques, águas superficiais, etc.) e
. Sistema de espaços de integração urbana (rede rodoferroviária).
- O espaço livre de construção é definido como espaço urbano ao ar livre, destinado a todo
tipo de utilização que se relacione com caminhadas, descanso, passeios, práticas de esportes
e, em geral, a recreação e entretenimento em horas de ócio; os locais de passeios a pé
devem oferecer segurança e comodidade com separação total da calçada em relação aos
veículos; os caminhos devem ser agradáveis, variados e pitorescos; os locais onde as
pessoas se locomovem por meios motorizados não devem ser considerados como espaços
livres. Os espaços livres podem ser privados, potencialmente coletivos ou públicos e podem
desempenhar, principalmente, funções estética, de lazer e ecológico-ambiental, entre outras.
24. 23
- As áreas verdes são um tipo especial de espaços livres onde o elemento fundamental de
composição é a vegetação. Elas devem satisfazer três objetivos principais: ecológico-
ambiental, estético e de lazer. Vegetação e solo permeável (sem laje) devem ocupar, pelo
menos, 70% da área; devem servir à população, propiciando um uso e condições para
recreação. Canteiros, pequenos jardins de ornamentação, rotatórias e arborização não
podem ser considerados áreas verdes, mas sim "verde de acompanhamento viário", que
com as calçadas (sem separação total em relação aos veículos) pertencem à categoria de
espaços construídos ou espaços de integração urbana.
- Cobertura vegetal é a projeção do verde em cartas planimétricas e pode ser identificada
por meio de fotografias aéreas, sem auxilio de esteroscopia. A escala da foto deve
acompanhar os índices de cobertura vegetal; deve ser considerada a localização e a
configuração das manchas (em mapas). Considera-se toda a cobertura vegetal existente nos
três sistemas (espaços construídos, espaços livres e espaços de integração) e as encontradas
nas Unidades de Conservação (que na sua maioria restringem o acesso ao público),
inclusive na zona rural.
Quando se enfoca a área dos estudos de avaliação do espaço verde urbano em função da
qualidade e quantidade, também várias classificações são propostas. Todos esses conceitos servem
para compor parâmetros ambientais que avaliem a qualidade de vida urbana. Segundo Cavalheiro e
Nucci (1998), isso não é tarefa fácil, considerando-se a falta de linguagem única nas diferentes
conceituações, o que acaba conduzindo a equívocos e distorções no momento da utilização de
índices de áreas verdes como indicadores de qualidade de vida. É necessário, portanto, haver um
entendimento sobre esses termos técnicos, muito importantes para o planejamento urbano visando a
qualidade de vida humana.
A cobertura vegetal em áreas urbanas, quando quantificada e configurada espacialmente, pode
servir como instrumento de avaliação da qualidade ambiental desses locais (NUCCI, 2001 citado
por NUCCI et al., 2003; NUCCI; CAVALHEIRO, 1999 citados por NUCCI et al., 2003).
Dias (2002 citado por NUCCI et al., 2003):
Aponta para a importância de indicadores que ajudem a evidenciar aos habitantes o grau de
saúde de sua sociedade e os êxitos ou fracassos das políticas governamentais adotadas.
Coloca a importância do levantamento regular dos indicadores, como modelos que
simplificam um tema complexo a uns quantos números (índices) que possam ser facilmente
tomados e entendidos por quem elabora políticas e pelo público em geral. Isso permitiria,
por exemplo, estabelecer comparações entre cidades e entre bairros do próprio município.
Harder et al. (2006, p. 278, citando OLIVEIRA, 1996) comentam sobre a quantificação da
arborização urbana:
A quantificação da arborização urbana tem sido realizada através de indicadores
dependentes e independentes da demografia, expressos, respectivamente, em termos de
superfície de área verde/habitante (IAV = Índices de Áreas Verdes) ou porcentual do solo
ocupado pela arborização (PAV = Porcentual de Áreas Verdes).
A questão controvertida da categorização e definição de áreas verdes adotadas por vários
autores brasileiros torna ainda mais complexa uma avaliação sobre aquilo que se poderia
chamar de "índices mínimos de cobertura vegetal".
25. 24
Cavalheiro e Del Picchia (1992 citados por HARDER et al., 2006) contestam o índice
difundido no Brasil de 12 m2 de área verde por habitante, considerado como ideal e atribuído
indevidamente à ONU, OMS ou FAO. Os autores afirmaram que esse índice não é reconhecido por
aquelas instituições. O índice mínimo para áreas verdes públicas destinadas à recreação de 15 m2
por habitante foi proposto pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU, 1996 citada
por HARDER et al., 2006).
Outros conceitos importantes na gestão de áreas verdes são os referentes às unidades de
conservação. A Lei Federal nº 9985/2000 (BRASIL, 2000), estabelece o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação (SNUC), que define Unidade de Conservação como:
[...] espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com
características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos
de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se
aplicam garantias adequadas de proteção; [...]
Classifica-as em dois grandes grupos:
- Unidades de Proteção Integral, com o objetivo de preservar a natureza, admitindo apenas
o uso indireto dos recursos naturais. Fazem parte desse grupo as seguintes categorias: Estação
Ecológica; Reserva Biológica; Parque Nacional; Monumento Natural; Refúgio de Vida Silvestre.
As terras são necessariamente públicas e visa-se a conservação estrita da biodiversidade, sendo
vetados quaisquer usos que não tenham as finalidades de pesquisa, ecoturismo e educação
ambiental.
- Unidades de Uso Sustentável, com o objetivo de promover e assegurar o uso sustentável
dos recursos naturais. Constituem esse grupo as seguintes categorias: Área de Proteção Ambiental,
Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna,
Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural. Podem ser
criadas em terras públicas ou particulares, com o objetivo principal de promover o uso sustentável
dos recursos naturais existentes, aliando a proteção dos ecossistemas ao desenvolvimento
socioeconômico da região. São permitidos os usos econômicos, como por exemplo a agricultura, e
mesmo para fins de loteamento, desde que sob regras específicas, definidas preferencialmente com
a participação dos agentes sociais interessados.
26. 25
2.3 Importância, benefícios e funções da arborização urbana
Em virtude da drástica diminuição dos espaços destinados ao sistema de áreas verdes nos
centros urbanos, principalmente nas metrópoles, a importância da arborização de passeios públicos,
canteiros centrais de avenidas e de todas as faixas de acompanhamento viário fica cada vez mais
potencializada. Sob um enfoque ambientalista, a criação de florestas e bosques urbanos pode
contribuir muito no seqüestro de carbono e funcionar como mitigante do aquecimento global,
problema que vem preocupando cada vez mais intensamente o mundo globalizado (PREFEITURA
DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2005).
A arborização viária exerce influência direta sobre a composição do verde urbano e a
qualidade ambiental das cidades. Com a carência de áreas verdes nos centros urbanos, decorrente
em grande extensão da limitada disponibilidade de espaços destinados à implantação de parques e
praças, quase sempre ocupados com outros fins, muitas vezes os locais disponíveis para o plantio de
árvores se limitam às calçadas (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2002).
Silva Filho (2003) afirma que as características naturais da vegetação arbórea atuam sobre o
conforto humano no ambiente, daí a importância da presença da floresta urbana composta pelas
árvores nas vias públicas e nas demais áreas livres de edificação.
Também se pode considerar a importância das áreas verdes em relação ao papel que
exercem como espaços com condições ecológicas que mais se aproximam das condições da
natureza dentro do mosaico urbano. Ainda garantem melhor qualidade de vida por acrescentarem
ganhos à paisagem, ao lazer e ao equilíbrio ambiental (LOBODA; DE ANGELIS, 2005). O papel
dessas áreas não é limitado apenas à dinâmica ambiental urbana, mas está também relacionado à
melhoria das condições gerais de vida, físicas e psicológicas, da sociedade (BORTOLETO et al.,
2003).
Desta forma, os benefícios decorrentes da arborização urbana são tão mais necessários para
a saúde do ambiente e do ecossistema urbanos quanto maior for o nível de urbanização. Nesses
ecossistemas, a arborização de ruas é um dos elementos vegetacionais capazes de integrar espaços
livres, áreas verdes e remanescentes florestais, colaborando com a diversidade da flora e da fauna.
Também auxilia na economia de recursos financeiros com consumo de energia, ligado ao
resfriamento ou ao aquecimento de ambientes, e agrega valor às propriedades que são providas de
arborização bem planejada (MENEGHETTI, 2003).
27. 26
As áreas verdes, a arborização urbana e os benefícios advindos destas estão intimamente
relacionados com sua quantidade, qualidade e distribuição dentro da malha urbana (GUZZO, 200-
b). Alvarez (2004) considera que o incremento do plantio de árvores de calçada deve gerar
benefícios significativos para o aumento da qualidade da arborização urbana de uma unidade de
paisagem. Acrescenta que para isso se tornar efetivo, os indivíduos plantados devem atingir porte
arbóreo e não arbustivo, com altura maior do que 10 m. Também salienta que na política de plantio
de mudas é importante que os indivíduos plantados cumpram o papel desejado na arborização
urbana, ou seja, o de propiciar benefícios reais à população humana.
A presença das árvores nas cidades e os benefícios daí decorrentes podem ser mensurados,
avaliados e monitorados, conseqüentemente constituindo objetivos que passam a ser estabelecidos
no planejamento urbano (MILANO; DALCIN, 2000).
A arborização urbana atua como mitigador dos impactos causados pela ação antrópica.
Assim, a ausência de áreas verdes, decorrente da ação do homem sobre o meio natural, em sua
busca constante por uma organização funcional do espaço dentro da estrutura urbana, vem causando
inúmeros problemas às cidades. Desse modo, no processo de especulação econômica e social,
dificilmente as áreas verdes ocupam posições privilegiadas (ANDRADE, 2001 citado por FEIBER,
2004).
O homem rural tribal sabia da importância da natureza para a sua sobrevivência. Já o
homem urbano sabe pouco sobre o ambiente natural, embora seja intrínseca a necessidade do
reencontro do equilíbrio entre a natureza e o ambiente urbano. Dessa forma, nas intervenções
antrópicas sobre o meio ambiente natural, os conceitos contidos nos vocábulos “preservar”,
“manter”, “reconstituir” e “transformar” passam a ser condicionantes para amenizar os impactos já
causados pelo desenvolvimento urbano. Para que haja crescimento urbano responsável, deve-se
partir da idéia de que tanto a vegetação quanto os materiais de construção são matérias-primas
importantes para este fim (FEIBER, 2004).
Quanto maior a busca de conhecimentos sobre a presença das árvores no ecossistema
urbano, as suas implicações e os seus benefícios, maior será o reconhecimento de sua importância e
valorização (SANTOS, 1996 citado por SILVA FILHO, 2003).
Os benefícios ecológicos, econômicos e sociais proporcionados pela vegetação presente no
meio urbano, visados pelas Políticas de Gestão de Áreas Verdes atualmente estabelecidas, refletem
a preocupação com a qualidade do ambiente urbano (SENNA, 2002). Assim, partindo-se do
princípio de que é indiscutível a importância da arborização no meio urbano, e com a intenção de
28. 27
organizar seus inúmeros benefícios e funções para a melhoria do meio ambiente, a seguir são
expostos e analisados aqueles considerados mais relevantes dentro do escopo deste trabalho.
2.3.1 Melhoria do microclima urbano
O clima urbano é produzido por um complexo conjunto de inter-relações entre os
fenômenos urbanos e a ação ecológica natural. Quando os valores climáticos atingem extremos nas
cidades, afetam o homem que as habita, fazendo-o sofrer com as pressões bioclimáticas, e também
criam condições ecológicas inadequadas, o que prejudica igualmente a flora e a fauna
(LOMBARDO, 1990). A presença da vegetação arbórea comprovadamente colabora para a
melhoria do microclima das cidades (BORTOLETO, 2004; GUZZO, 200-a; LOMBARDO, 1990;
MILANO; DALCIN, 2000; PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2005),
restabelecendo suas condições para que fiquem mais próximas das naturais (BUENO et al., 1997).
As árvores interceptam, refletem, absorvem e transmitem a radiação solar, assim
melhorando a temperatura, pois refrescam o ambiente (BUENO et al., 2001; MILANO; DALCIN,
2000; RIO GRANDE ENERGIA, 200-). Essa interceptação produz a sombra, fazendo com que as
árvores funcionem como protetoras, reduzindo o aquecimento provocado pelo contato direto da
radiação solar com o corpo humano, criando sensação pessoal de conforto (HEISLER, 1974 citado
por MILANO; DALCIN, 2000).
Os efeitos da sombra estão estreitamente relacionados com o conforto ambiental e são
bastante estudados e discutidos em publicações sobre edificações. Estudos científicos mostram que
é de extrema importância o papel desempenhado pelas sombras das árvores no controle da radiação
solar incidente sobre os espaços urbanos, embora haja grande variabilidade nos resultados
propiciados pelas técnicas que determinam a atenuação da radiação solar incidente pela ação das
árvores (BUENO et al., 2001).
Alvarez (2004), discorrendo sobre o sombreamento das calçadas, afirma que árvores de
porte maior são capazes de propiciar melhor sombreamento do que arbustos e palmeiras. Para isso,
o autor recomenda que as árvores tenham altura maior do que 10 m e diâmetro de copa maior do
que 6 m. Em municípios com clima subtropical, nos quais as temperaturas no inverno são mais
baixas, as espécies deciduais são mais apropriadas, pois possibilitam a interceptação de parte
considerável da radiação solar nos meses de verão, sem prejudicar a insolação das edificações
durante o inverno (SANTOS; TEIXEIRA, 2001).
29. 28
Nos centros urbanos, as áreas arborizadas reduzem a amplitude térmica, absorvem a
radiação ultravioleta, atenuam o processo de aquecimento, reduzem as “ilhas de calor” e contribuem
para o equilíbrio do balanço da energia das cidades (PAULA, 2004; PREFEITURA DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2005; SILVA FILHO et al., 2002).
Heisler (1974 citado por BORTOLETO, 2004), comentando sobre a capacidade das árvores
de interceptar a radiação solar, afirma que aquelas que possuem copa rala podem interceptar até
80% da radiação direta, enquanto as de copa densa, até 98%, comprovando a importância da
vegetação na prevenção da insolação prolongada e do desconforto térmico.
A influência das árvores sobre a temperatura também se dá pelo efeito da evapotranspiração,
pois o ambiente é refrescado pela quantidade de água transpirada pelas folhas (PIVETTA; SILVA
FILHO, 2002). Dados mostram que uma árvore isolada pode transpirar aproximadamente 380 L de
água por dia, que é o equivalente ao funcionamento de cinco condicionadores de ar médios (2.500
kcal/h) funcionando 20 h por dia (GREY; DENEKE, 1978 citados por MILANO; DALCIN, 2000;
SCHUBERT, 1979 citado por MILANO; DALCIN, 2000). Complementando, o efeito de maciços
de árvores no equilíbrio térmico é muito mais eficaz do que o de árvores isoladas e a vegetação
também contribui para conservar a umidade dos solos, atenuando sua temperatura (LOMBARDO,
1990).
Silva Filho et al. (2005) comparam as árvores a bombas de água auto-reguláveis e
comentam que, existindo disponibilidade de água e calor, as folhas abrem seus estômatos e
evapotranspiram partículas de água, condicionando o clima urbano dentro da faixa de conforto
térmico humano, próxima de 25°C.
Um bosque de 1 ha pode produzir cerca de 5.000 t de água por ano advindas da
evapotranspiração e as diferenças entre as temperaturas medidas no centro de uma cidade e em
bairros próximos a uma faixa de vegetação com largura entre 50 m e 100 m podem apresentar
variação de 3,5°C (IZARD; GUYOT, 1983 citados por PAULA, 2004).
Oke (1973 citado por DE ANGELIS, 200-a) assegura que índices de cobertura vegetal na
faixa de 30% são considerados adequados para proporcionar balanço térmico ideal nas áreas
urbanas e que áreas com índices inferiores a 5% apresentam características desérticas.
Lombardo (1990) comenta que as maiores variações de temperatura, encontradas em
levantamentos bibliográficos, entre a cidade e o campo atingiram a marca 5°C. Entretanto, o autor
apresenta dados para a cidade de São Paulo que chegam a 10°C de variação entre o centro e a área
rural.
30. 29
A presença da vegetação pode controlar, proteger, reduzir a velocidade e direcionar os
efeitos do vento, contribuindo para o conforto humano (LOMBARDO, 1990; PIVETTA; SILVA
FILHO, 2002). Também atenua alguns efeitos dos ventos, como o aumento do resfriamento do ar,
amenizando o desconforto causado por ele (MILANO; DALCIN, 2000).
2.3.2 Redução da poluição atmosférica
Nos centros urbanos, as atividades humanas como tráfego de veículos, queima de
combustíveis fósseis e atividades da construção lançam agentes contaminantes na atmosfera,
criando ambientes desequilibrados. Além disso, em função do excessivo consumo de energia e
matéria, há geração de poluição atmosférica (MILANO; DALCIN, 2000). As árvores têm
considerável potencial de redução de poluentes da atmosfera, pois suas folhas, galhos e troncos têm
a capacidade de reter e remover material sólido ou líquido particulado em suspensão no ar, o qual é
lavado e carregado para cursos d’água e solo quando ocorre precipitação. O obstáculo produzido
pela planta reduz a chance do material depositado ser carregado pelo vento (FIRKOWSKI, 1990
citado por BORTOLETO, 2004).
Ruas bem arborizadas podem reter até 70% da poeira em suspensão e, inclusive no inverno,
quando as árvores caducifólias se apresentam desfolhadas, estas conseguem reter até 60% da sua
capacidade total. A remoção de gases tóxicos existentes na atmosfera pelas plantas ocorre quando
esses se encontram retidos no material particulado, sendo filtrados conjuntamente. Se esses gases
forem nocivos às plantas mas se apresentarem em doses subletais, eles permanecerão inócuos; já em
doses letais, as plantas poderão ter seu desenvolvimento comprometido (SANTOS; TEIXEIRA,
2001).
Estudos mostram que determinados vegetais têm grande capacidade para filtrar gases como
dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3) e flúor (F), desde que esses não se façam sentir em níveis
permanentemente tóxicos (LAPOIX, 1979 citado por MILANO; DALCIN, 2000). Os vegetais
também reduzem a poluição nos processos de oxigenação, lançando oxigênio na atmosfera e
diluindo os agentes poluentes (GREY; DENEKE, 1978 citados por MILANO; DALCIN, 2000). Os
gases SO2 e monóxido de carbono (CO) e os óxidos de nitrogênio podem ser neutralizados por
oxidação por intermédio do metabolismo das plantas (RUGE, 1972 citado por MILANO; DALCIN,
2000). Llandert (1982 citado por ALVAREZ, 2004) informa que 1 ha de cobertura arbórea pode
fixar cerca de 50 t de pó e de partículas residuais.
31. 30
Alvarez (2004) comenta que o aumento da emissão de carbono é um dos maiores efeitos da
urbanização, decorrente do aumento do uso de energia para o aquecimento e para o transporte.
Também relaciona as árvores como estoques potenciais de carbono à medida que vão absorvendo-o
ativamente durante seu crescimento. É importante lembrar que o dióxido de carbono (CO2) é o
principal responsável pela elevação da temperatura média do planeta, gerador do efeito estufa,
confirmando a importância de sua captação pelas árvores.
2.3.3 Redução dos níveis de ruído
É crescente o aumento dos níveis de ruído nas cidades provocado por vários setores, como a
indústria, a construção civil e o tráfego de veículos, interferindo na saúde física e psicológica das
pessoas. Sabe-se que a arborização urbana atenua os níveis dos ruídos, amortece o som e reduz a
poluição sonora (PIVETTA; SILVA FILHO, 2002; PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO, 2005; SILVA FILHO et al., 2002).
A vegetação interfere sobre o som por absorção, refração e reflexão das ondas sonoras em
sua superfície, reduzindo os níveis de ruído. A eficiência da absorção depende do nível do ruído, da
freqüência do som, da topografia do local, das características das espécies vegetais, da forma e do
arranjo das plantas, da superfície foliar, da posição da vegetação e da estação do ano (SANTOS;
TEIXEIRA, 2001).
Estudos mostram que barreiras densas de vegetais reduzem em grande parte os níveis
sonoros, pois atenuam o ruído em função da diferença de trajeto das ondas sonoras, dependendo do
tipo de vegetação que as constitui. As árvores de folhas perenes são capazes de atenuar o som em
uma freqüência de 1.000Hz, 17 dB, para cada 100 m lineares de vegetação (HIGUERAS, 1997
citado por POUEY et al., 2003; SANTOS; TEIXEIRA, 2001).
No entanto, somente barreiras vegetais densas determinam redução apreciável dos níveis
sonoros. Medições indicaram a necessidade de barreiras densas de coníferas, com 100 m de
distância, para a obtenção de índices de atenuação de ruídos da ordem de 8 dB a 20 dB
(SZOKOLAY, 1980 citado por DE ANGELIS, 200-a). Grey e Deneke (1978 citados por MILANO;
DALCIN, 2000) afirmam que há estimativas de que florestas podem reduzir ruídos da ordem de 7
dB por 30 m de distância em freqüências de 100 Hz ou menos. Segundo Bernatzki (1980 citado por
MILANO; DALCIN, 2000), o máximo efeito de redução de ruído pela presença de vegetação chega
próximo de 10 dB, entre as freqüências de 1.000 Hz e 11.200 Hz.
32. 31
2.3.4 Controle do balanço hídrico
Nas cidades, a água da chuva é dissipada de várias formas ao cair. Uma parte é infiltrada no
solo, abastecendo o lençol freático; outra parte fica na parte superficial do solo; uma outra escorre
superficialmente; e parte é evapotranspirada, retornando ao ar e perpetuando o ciclo da água ao cair
em forma de chuva novamente. Como grande parte dos solos das cidades é impermeabilizada, a
maior parte das águas acaba escorrendo superficialmente (PAIVA; GONÇALVES, 2002 citados por
BORTOLETO, 2004). Se o sistema de drenagem urbano não é eficiente, acaba provocando
enchentes.
A arborização urbana pode melhorar muito o ciclo hidrológico nas cidades, interceptando
grande parte das águas da chuva, reduzindo o impacto das gotas sobre o solo e o escorrimento
superficial, contribuindo para o controle de enchentes e inundações à medida que melhora as
condições de drenagem das águas pluviais, e também reduzindo os problemas com erosão e
assoreamento (ELETROPAULO, 2006; PAIVA; GONÇALVES, 2002 citados por BORTOLETO,
2004; PIVETTA; SILVA FILHO, 2002; PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2005;
YAMAMOTO et al., 2004).
De acordo com Landsberg (1970 citado por LOMBARDO, 1990), a precipitação é 5% a
10% maior no ambiente urbano em comparação com o ambiente rural. Em relação à umidade
relativa, observa-se no meio urbano que esta chega a ser 2% e 8% menor do que na área rural,
respectivamente no inverno e no verão.
2.3.5 Fatores estéticos
O efeito estético da arborização urbana normalmente é o mais valorizado pelas pessoas, em
virtude de a aparência das árvores ser de imediata percepção, ao contrário dos demais benefícios
trazidos por elas. A presença das árvores nas cidades renova a paisagem com suas formas,
estruturas, texturas, mudanças sazonais de florada, cor e presença ou ausência de folhas, quebrando
a monotonia do ambiente urbano e diversificando a paisagem construída (GUZZO, 200-a; RIO
GRANDE ENERGIA, 200-).
O equilíbrio estético proporcionado pela arborização nas cidades ameniza a diferença entre a
escala humana e os componentes arquitetônicos, como prédios, muros e grandes vias (SILVA
33. 32
FILHO et al., 2002). As árvores também auxiliam a caracterizar a sinalização de espaços,
constituindo-se em elementos de interação entre as atividades humanas e o meio ambiente,
valorizam a estética ornamental (LOBODA; DE ANGELIS, 2005; YAMAMOTO et al., 2004),
além de também servir como barreiras visuais, delimitando e ordenando os espaços urbanos
(ELETROPAULO, 2006).
2.3.6 Fatores econômicos
É extremamente difícil estimar o valor uma árvore, de acordo com Rio Grande Energia
[200-]. Naquele trabalho é citado um estudo realizado pela Associação Americana dos Engenheiros
Florestais, no qual se obteve um valor estimado de US$273 por árvore a cada ano. Também foi feita
a equivalência do valor obtido para uma árvore com 50 anos de vida, considerando-se uma taxa de
juros de 5% ao ano, chegando o valor de uma árvore urbana adulta à marca de US$57.151. O estudo
concluiu que esses valores podem ser discutidos, mas os autores ressaltaram que os custos de
manutenção somados aos custos ambientais podem servir de base para a gestão das árvores urbanas,
inclusive para cálculo e aplicação de multas pelas prefeituras.
Como benefícios advindos da arborização urbana devem ser considerados aqueles que
incluem os bens e serviços produzidos por árvores e áreas verdes urbanas; porém, enquanto alguns
deles são facilmente expressos em moeda ou em números, outros são de difícil quantificação
(DWYER et al., 1992 citado por DETZEL et al., 1998). A arborização urbana gera empregos
diretos e indiretos e renda pelo considerável aumento do consumo de bens e serviços (DETZEL et
al., 1998).
Detzel et al. (1998) desenvolveram estudos para a avaliação monetária de árvores urbanas e
em sua abrangente revisão bibliográfica citam diversos autores e opções de avaliação dos valores
representados ou associados a árvores urbanas, dentre os quais se destacam:
- Valores alternativos - relacionados ao investimento do capital empregado para o
estabelecimento e a manutenção da arborização de determinado lugar, considerados de difícil
utilização pelos autores.
- Árvores como bens de capital urbano - o valor das árvores é considerado como o de
quaisquer bens de capital da infra-estrutura urbana, tais como postes para transmissão de energia,
escolas e hospitais públicos, entre outros.
34. 33
- Valores de biomassa ou subprodutos – os autores consideram como valor indicativo das
árvores os produtos delas obtidos, como madeira serrada, lâminas, lenha, carvão, bem como os
aproveitados de resíduos provenientes da biomassa de árvores urbanas para os mais variados fins.
- Valores de propriedade - os autores consideram que a presença das árvores valoriza
monetariamente os imóveis, podendo representar cerca de 6% a 9% do seu valor de venda final e,
conseqüentemente, por contribuir para o aumento do valor das propriedades, gera ganhos
econômicos para os municípios por intermédio do aumento do valor de taxas e impostos territoriais
urbanos, podendo, desta forma, ser encarada como investimento com retorno real anual.
- Valores monetários da arborização e legislação - entram aqui as questões relacionadas à
legislação de proteção às arvores urbanas, com a criação de multas, indenizações, ações punitivas
ou compensatórias aos danos cometidos, deduções e/ou isenções de impostos e taxas. Também
devem ser lembrados os deveres da administração pública por situações de danos provocados por
árvores em bens particulares, justificando a existência de legislação específica que proteja os
direitos de indenização/compensação do cidadão prejudicado. No entanto, os valores previstos
nesses casos são, em geral, estabelecidos empiricamente.
- Valores de manutenção - são utilizados amplamente como parâmetros para a avaliação de
árvores urbanas e os custos mais freqüentes são aqueles relacionados ao controle de doenças, às
podas de limpeza e formação e aos reparos de calçadas e guias. Deve-se salientar a importância de
atribuir valor à arvore pensando no planejamento da arborização urbana e seus decorrentes fatores
relacionados, diretos ou indiretos, como implantação da arborização, manutenção, remoção anual,
estabelecimento de valores de multas, indenizações e punições, prejuízos relativos ao desligamento
de energia durante as atividades de poda e perda temporária do valor estético da árvore
imediatamente após alguns tipos de operações de manutenção. Também precisam ser levados em
consideração os problemas provocados nos sistemas de distribuição elétrica pela presença de
árvores de rua, devendo-se enfatizar que práticas de manejo adequadas podem ajudar a solucionar
esses problemas e diminuir gastos com a manutenção de árvores. O gestor deve ter em mente que o
componente custo de manutenção justifica a adoção de práticas de planejamento para o manejo da
arborização.
Os resultados obtidos em estudos para o desenvolvimento de um método de avaliação
monetária de árvores urbanas no município de Maringá-PR, por Detzel et al. (1998), mostram
valores de árvores com idade entre 1 ano e 50 anos, respectivamente, de 2,5 UFM (US$60) e 287
UFM (US$6.850). Os autores esclarecem que os valores resultantes da aplicação do método de
avaliação são menores do que os previstos na legislação municipal de Maringá e refletem apenas os
35. 34
custos gerados pela manutenção das árvores. Concluem, então, que podem ser cobrados valores
adicionais aos estabelecidos pelo método em sentido punitivo ou educativo, principalmente no caso
de avaliações de árvores com relevante interesse ecológico, funcional, estético, religioso, histórico
ou cultural, entre outros.
Dados adicionais referentes ao valor da árvore no ambiente urbano são relatados por Hanna
et al. (1994 citados por VELASCO, 2003), os quais quantificam a economia promovida por uma
espécie com 40 anos de vida como sendo, em média, da ordem de US$20 por ano para energia,
US$75 por ano em conservação da água e do solo, US$50 por ano em melhoria da qualidade do ar,
de US$85 por ano em valorização da propriedade privada e US$25 por ano em valorização da
propriedade pública. O resultado da soma desses benefícios é de US$255 por ano, mostrando a
contribuição monetária que uma árvore nesta idade, em média, pode proporcionar.
2.3.7 Fatores socioculturais
Os valores socioculturais atribuídos à árvore no ambiente urbano são vários, sendo muitos
deles subjetivos e difíceis de quantificar, assumindo caráter sentimental, recreacional, cultural e
histórico, entre outros (RIO GRANDE ENERGIA, 200-).
O fator social está ligado principalmente às possibilidades de lazer oferecidas à população
pelos espaços livres compostos por áreas verdes, que podem ser de várias categorias tipológicas
(GUZZO, 200-b). Yamamoto et al. (2004) vêem como opção de lazer e recreação as ruas e as
praças e comentam que a presença de árvores nesses lugares torna essas atividades muito mais
prazerosas.
Como valor cultural, as árvores podem representar a memória da cidade (YAMAMOTO et
al., 2004) e também trazem ao homem uma ligação com o campo, introduzindo elementos de escala
natural entre ruas e prédios, além da percepção da mudança das estações (POUEY et al., 2003).
A arborização urbana também é assunto fundamental na abordagem de programas de
educação ambiental (GUZZO, 200-b), podendo aumentar a consciência ecológica da comunidade e
incentivar o espírito de preservação e renovação do meio ambiente.
Johnston (1985 citado por MILANO; DALCIN, 2000) se refere às árvores como fator vital
de bem-estar da comunidade e comenta que com sua capacidade de controlar muitos efeitos
adversos do ambiente urbano, é crescente a necessidade de áreas verdes como recurso de usos
36. 35
múltiplos em benefício da sociedade. Já Santos e Teixeira (2001) consideram a vegetação como um
elo entre o homem urbano e a natureza que o criou.
2.3.8 Melhoria da saúde humana
As árvores atuam direta e indiretamente sobre a saúde física e mental do homem urbano
(MILANO; DALCIN, 2000). A arborização urbana proporciona bem-estar ao homem, contribuindo
para seu equilíbrio psicossocial por intermédio da aproximação com o meio natural, reduzindo o
estresse e minimizando a poluição visual (ELETROPAULO, 2006; GUZZO, 200-b; PIVETTA;
SILVA FILHO, 2002; PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2005).
Além de atuar sobre o microclima e reduzir a poluição, as árvores também têm ação
antimicrobiana. Assim é que Lapoix (1979, citado por MILANO; DALCIN, 2000) dá como
exemplo o resultado de um experimento que fornece dados comparativos entre a Floresta de
Fontainebleau (França), com 50 germes/m³ de ar, contra 4.000.000 germes/m³ de ar de uma grande
loja parisiense.
2.3.9 Fatores ambientais e ecológicos
As árvores no meio urbano proporcionam alimento, abrigo e local de nidificação para a
fauna silvestre. É um elemento do ecossistema urbano que integra outros elementos naturais
presentes no ambiente urbano, como os espaços livres, as áreas verdes e os remanescentes florestais
(BORTOLETO, 2004; PIVETTA; SILVA FILHO, 2002; SILVA FILHO et al., 2002).
Além disso, a composição das espécies utilizadas para a arborização urbana também é
decisiva para a atração e o estabelecimento de uma fauna diversificada e deve ser considerada como
uma estratégia para o aumento da biodiversidade (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO, 2005). Assim, Matarazzo-Neuberger (1995 citado por MENEGHETTI, 2003) verificou
que a diversidade de espécies arbóreas nativas regionais e o tamanho dos maciços podem atrair
maior avifauna para os centros urbanos.
Guzzo [200-a] afirma que o aumento da biodiversidade decorrente do abrigo da fauna
influencia o maior equilíbrio das cadeias alimentares e a diminuição de pragas e agentes vetores de
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doenças. Também comenta sobre a função de corredor ecológico que a arborização do sistema
viário assume, uma vez que faz a interligação de espaços livres vegetados da cidade, como praças e
parques.
As árvores podem assumir caráter de proteção ambiental no caso de matas nativas próximas
às regiões habitadas e de mananciais, o que também favorece os recursos hídricos (FEIBER, 2004).
Oliveira (2000) ressalta a importância do uso de espécies nativas nos tratamentos
paisagísticos urbanos de modo a estimular a preservação dessas espécies e dos ecossistemas por elas
compostos.
2.4 Dificuldades, conflitos e problemas na arborização urbana
São vários os conflitos e problemas encontrados no gerenciamento da arborização urbana. O
bom desenvolvimento das árvores muitas vezes é impedido por diversos fatores, como compactação
do solo e depósito de resíduos de construções decorrentes de obras civis urbanas; pavimentação do
leito carroçável e das calçadas, impedindo a penetração do ar e das águas de chuvas; poluição do ar;
podas drásticas e mutilação de raízes (PIVETTA; SILVA FILHO, 2002; SANTOS; TEIXEIRA,
2001).
A falta de planejamento urbano é talvez o problema primordial na viabilização da
arborização urbana nas cidades. Muitas vezes a arborização não é incluída como equipamento
urbano dentro do planejamento. Assim, constantemente são feitos plantios irregulares de espécies,
sem compatibilidade com o planejamento, em decorrência de iniciativas particulares pontuais e
desprovidas de conhecimento técnico atualizado, que acabam criando situações de conflito com os
outros sistemas urbanos (SILVA FILHO et al., 2002). A falta de planejamento e de conhecimento
técnico gera também indivíduos arbóreos mutilados, com sua arquitetura descaracterizada, devido a
podas mal realizadas (BORTOLETO, 2004).
No meio urbano, as árvores concorrem por espaço nas calçadas: no subsolo, com as redes de
distribuição de água, gás e coleta de esgoto; na superfície, com os postes, as placas e as guias
rebaixadas; e no nível da copa, com os veículos altos, a fiação telefônica e elétrica, as edificações,
entre outros (PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, 2005).
Outro grave problema se refere ao comportamento humano frente ao verde viário. A árvore
é comumente percebida como obstáculo ou estorvo, às vezes pelo fato de uma espécie se encontrar