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comunidades no
  espaço virtual
 José da Silva Ribeiro

  jribeiro@univ-ab.pt

          E

     Adelina Silva

adelinasilva@netcabo.pt




CEMRI – Laboratório de    PAINEL 27
  Antropologia Visual     Tecnologias Digitais: Novos Objectos Empíricos e
                          Práticas de Pesquisa Etnográfica
 Universidade Aberta      Coordenadores:
                          José da Silva Ribeiro, CEMRI – Laboratório de Antropologia Visual
                          Ricardo Campos, CEMRI – Laboratório de Antropologia Visual
Abordagem antropológica das
comunidades no espaço virtual

                JOSÉ DA SILVA RIBEIRO
                          E
                   ADELINA SILVA


     CEMRI – LABORATÓRIO DE ANTROPOLOGIA VISUAL



                UNIVERSIDADE ABERTA
comunidades no espaço virtual
 Embora central na abordagem antropológica, o conceito de comunidade para além de
  polémico é também um conceito mutante. Interrogamo-nos se alguma vez existiram
  comunidades homogéneas, localizadas no tempo e no espaço, integradas, orgânicas,
  harmoniosas. As sociedades contemporâneas desagregam-se em múltiplas características
  e formas de cooperação e desenvolvem outras. As tecnologias contribuíram ao longo dos
  dois últimos séculos para essa desagregação e reagregação. A Internet é vista como uma
  nova e eficiente ferramenta capaz de auxiliar os investigadores a conhecerem melhor os
  seus “habitantes” quer em ambiente virtual quer em ambiente presencial, quer
  contribuindo para o desenvolvimento de interacções virtuais qualquer que seja o seu
  objectivo e natureza que reconfiguram estes novos conceitos - comunidades de práticas,
  comunidades virtuais, comunidades virtuais de aprendizagem – quer propiciando novas
  formas de convivência, de relação e de linguagem.
 A presente investigação é resultado da etnografia no ciberespaço de um wiki de uma
  comunidade de aprendizagem, enquadrada no conceito de comunidade de prática. O
  estudo apoia-se no quadro teórico do conceito de Construção Social da Tecnologia e
  formula seu objecto de estudo num todo sóciotécnico onde os componentes humanos,
  tecnológicos e conteúdos se cruzam, inter-relacionam e completam. A negociação de
  sentido e a moderação assumem-se como principais objectivos da comunidade, através da
  participação aberta e da produção significativa de informação e conhecimento. O
  equilíbrio e a sustentabilidade desta comunidade são conseguidos através de diversos
  mecanismos sóciotécnicos, para os quais a identidade e a colaboração contribuem de uma
  forma activa.
comunidades no espaço virtual

O conceito de comunidade
    Ferdinand Tönnies - sociedade moderna da comunidade antiga
     (partilhado por todos os seus membros)
    Robert Redfield - comunidades pequenas, estudadas a partir
     do contacto directo pessoal, homogeneidade e auto-suficiência
    Jonatham Andelson - Comunidades intencionais (1996)
     inspiração religiosa ou laica: hippies, kibbutz… primeiros
     seguidores de Cristo, de Buda, etc. experiência monástica,
        Thomas More e Francis Bacon / Fourier, Owen – utopias:
         utopismo comunitário e socialistas utópicos;
        Experiências comunitárias na Américas
        Experiências Quilombolas – das irmandades á actualidade.
comunidades no espaço virtual

 Características atribuídas
     Conceito estático - aglomerado físico e territorial factores quantificáveis
      – população residente, número de casas, limites ou fronteiras espaciais;
     População móvel, mudanças de habitação e a circulação entre
      habitações, e as indefinições e permeabilidades fronteiriças;
     Factores emocionais, simbólicos, mentais e subjectivos de identificação
      das pessoas com um determinado grupo (comunidade) de pertença.
     A configuração territorial do conceito não inclui a ideia de elos ou laços
      que percorrem os indivíduos de uma comunidade mas também não
      contempla os elos que ligam a comunidade a uma unidade política mais
      abrangente (comunidades de emigrantes)
     Unidade de organização – poder e território (condições político-
      jurídicas)
     Historicidade: relações interindividuais que se desenrolam através do
      tempo
comunidades no espaço virtual

Comunidades intencionais
  Vigoram como experiências sociais ricas e inauditas, na
  tentativa de tornarem reais sonhos e utopias. Assim, ao
  espírito comunitário alia-se um forte sentimento de
  comprometimento com a realização de um viver humano que
  se coadune com forças criativas e sublimes da própria Vida. O
  devir histórico do humano em parceria com a terra e com o
  mistério /místico.
 …
comunidades no espaço virtual

Martim Buber - desejo de comunidade algo orgânico no
 ser humano
    fundamento desta nova comunidade: a si mesma - doação e a entrega
     criativa e madura que seus membros estabelecem entre si; e a Vida -
     vivida na acção para além dos dogmas e das imposições societárias,
     unificação da pessoa ao propósito da própria Vida.
Bauman, “estado de felicidade” e ideia de comunidade
 como procura contínua, utópica
    “Na pista que leva à felicidade, não existe linha de chegada. Os
     pretensos meios se transformam em fins: o único consolo disponível
     em relação ao carácter esquivo do sonhado e ambicionado “estado de
     felicidade” é permanecer no curso; enquanto se está na corrida, sem
     cair exausto nem receber um cartão vermelho, a esperança de uma
     vitória futura se mantém viva”.
comunidades no espaço virtual

Renato Rosaldo: comunidades múltiplas e
 sobrepostas - Os indivíduos pertencerão apenas a
 uma comunidade?
  As múltiplas pertenças - comunidades de nascimento,
   etnicidade, socialização, educação, participação política,
   residência, pesquisa e leitura;
  a Internet contribui de forma decisiva para todas as formas de
   contacto: interpessoal, intra e inter-organizacional facilitando
   e favorecendo a proximidade das pessoas e para o
   desenvolvimento das múltiplas pertenças…
comunidades no espaço virtual
 Zygmunt Bauman a ilusão da comunidade?
   Comunidade elusiva, comunidade esquiva (furtiva, vaga, imprecisa) a
    comunidade das sociedades líquidas distinguem por promover os ideais de
    consumo desmedido, o individualismo, a desvinculação de toda causa justa e
    a fragilidade de todo vínculo humano;
   “A fissura nos muros de protecção da comunidade torna-se trivial com o
    aparecimento dos meios mecânicos de transporte; portadores de informação
    alternativa (ou pessoas cuja estranheza mesma é informação diferente e
    conflituante com o conhecimento internamente disponível) já podem em
    princípio viajar tão rápido, ou mais, que as mensagens orais originárias do
    círculo da mobilidade humana “natural”. A distância, outrora a mais
    formidável das defesas da comunidade, perdeu muito de sua significação. O
    golpe mortal na “naturalidade” do entendimento comunitário foi desferido,
    porém, pelo advento da informática”
   A aparente utopia da comunidade, mesmo que construída, constituiu uma
    unidade frágil e vulnerável, líquida, fluida e entra em colapso quando a
    “identidade” é inventada, “a identidade brota entre os túmulos das
    comunidades, mas floresce graças à promessa da ressurreição dos mortos”
comunidades no espaço virtual

 Mauss / MAUSS e o conceito de comunidade: de Marcel Mauss e de
  MAUSS (movimento não utilitarista das ciências Sociais)
     Marcel Mauss no Ensaio sobre a dádiva articula os três princípios
      fundamentais da sociedade humana: o princípio da individuação, o princípio
      da reciprocidade e o princípio da comunidade – a sociedade como facto
      social total é a articulação destes 3 princípios.
     Caillé (MAUSS) relaciona a Dádiva de Mauss com a tradição Bramânica
      identificando e articulando quatro elementos ou momentos da acção
      humana: arthào - interesse material — interesseiro — (económico, político),
      relacionado com o trabalho e o mercado; kama - interesse prazer, emoção,
      entrega…; moksa - a espontaneidade, liberdade…; dharma - a obrigação, o
      dever moral, a partilha, a ligação ao passado, inserção nas normas,
comunidades no espaço virtual
Comunidades




      Typaldos, C. (2000), RealCommunities.com
Comunidades colaborativas no
       ciberespaço
   gift economies (Kollock, Rheingold)
   inteligência colectiva (Contreras, Levy)
   cooking-pot markets (Ghosh)
   estilo bazar (Raymond)
   comunidades open-source intelligence (Stalder &
    Hirsch)
 common-based peer production (Benkler)
 criação colectiva (Casacuberta)
 micro-media ou nano-media (Rafaeli & LaRose) - wikis
Comunidades colaborativas no
        ciberespaço

uma forma de cooperação e colaboração,
poderá ser voluntária,
perdura no tempo,
o objectivo é a produção de informação e de
 conhecimento,
em comunidades que podem ser formais ou
 informais no ciberespaço, mas que se gerem de
 forma autónoma.
Comunidades de prática e produção
         colaborativa
                          12 princípios
                               das
                         Comunidades:
                            •Objectivo
Envolvimento mútuo        •Identidade
                           •Reputação
                             •Grupos
                         •Comunicação
Empreendimento             •Ambiente
 comum                      •Confiança
                             •Limites
                             •História
                             •Gestão
Repertório partilhado     •Expressão
                          •Intercâmbio
π
                                      π
                         Troca de
                         Valores




Troca
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  de
                                          Competênci
Ideias
             π                               as




                    π
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                 π     π              π
 Troca de
                         π
                                            Troca de
Informação                                  Artefactos
                                 ππ




                                          Pierre Levy, CRC, Université d’Ottawa
                         Troca de
                          Papeis
                          Sociais
Metodologia - a ciber-etnografia
concepção de uma comunidade de prática como
 objecto de estudo;
a identidade no ciberespaço está num processo de
 construção permanente;
os estudos sobre a CST, que tomam em
 consideração o efeito da arquitectura técnica na
 comunidade e a forma como a comunidade modela
 essa mesma arquitectura técnica.
Metodologia - a ciber-etnografia

  Porquê a proposta da CST?
      conduz-nos a uma etnografia


      privilegia a interacção e a identidade
A comunidade tecnicasecretariado –
        participação e identidade
 Promove a escrita colaborativa;
 Apresenta um produto final (permanente construção);
 Incentiva a aprendizagem reflexiva;
 Utiliza diferentes formas /estratégias;
 Incentiva a aprendizagem através da execução - saber-fazer;
 Exige dinâmica de trabalho de equipa – saber-ser e saber-
  estar;
 Possibilita a construção de um documento público;
 Potencializa a interacção;
 Promove a negociação e a colaboração voluntária, exigindo
  uma mudança do papel do professor (facilitador).
Comunidade tecnicasecretariado
  http://tecnicasecretariado.wikispaces.com



                                    • Novembro de
                                    2007

                                    • Técnicas de
                                    Secretariado
                                    (10º ano)

                                    • Membros
                                    registados -
                                    inicialmente 15
Historial - membros
Historial – edição de páginas/conteúdos
Visitas (Março/2008)   Visitas (Outubro/2008)
Registo das consultas e produção ao longo do ano




                                 66 países
Participação

 Uma plataforma para a acção, facilitadora da
  reflexão, da colaboração, da comunicação e,
  consequentemente, de aprendizagem.
“As páginas do wiki que achei mais proveitosas
  foram as do módulo 7 (Protocolo e Etiqueta),
  porque tive mais participação”.(…)
Era motivador ”(…) sermos nós a escrever e a pôr
 lá a informação, (..) e além disso, de podermos
 corrigir o que os nossos colegas punham.” (aluno
 C).
Participação

 A participação é importante e todas as contribuições
 são “valiosas”, com qualidades e conteúdos distintos,
 pelos quais os membros sabem que serão avaliados e
 que nem todos os utilizadores têm a mesma
 “credibilidade” dentro da comunidade.
O wiki permite“(…) dedicarmos mais (ao estudo), de
 querermos mostrar às outras pessoas o que somos
 capazes de fazer e de aprendermos melhor” (aluno
 E).
Participação
 Há um repertório compartilhado de artefactos,
 símbolos, sensibilidades, práticas e rotinas e de
 objectivos e necessidades comuns que foram
 formulados e negociados de forma a que todos
 possam contribuir com os seus conhecimentos

“O wiki contribuiu para a minha aprendizagem
 porque fui obrigada a ler o que os meus colegas
 punham lá, e também tive de saber seleccionar a
 informação. Acho que foi útil, e continuar espero
 poder participar de igual modo” (aluno D).
Participação


Destina-se a estabelecer uma hierarquia de
 importância na informação.
Permite valorizar a qualidade da informação e
 filtrá-la.
Realiza-se de forma distribuída pelos utilizadores
 registados e consiste na qualificação das
 publicações.
Participação


Componente colectivo e individual
Para o domínio público, o espaço passa por ser um
 produto de contribuição anónima, mas para os
 próprios membros é um espaço moderado.
Os únicos que podem moderar são os membros
 registados.
Participação

“O wiki contribui muito para a minha
  aprendizagem (…); quando colaboro no wiki
  aprendo mais coisas, aprendo a seleccionar as
  informações mais importantes e aprendo a
  colaborar e a organizar a informação com a
  turma” (aluno E).
Agrada-me (…) “também o facto de podermos ser
  mais do que um a utilizar a mesma página, por
  exemplo, de podemos acrescentar algo essencial
  ao que o nosso colega colocou” (aluno G).
Identidade

O registo estabelece categoria de membros
Para participar plenamente, o registo e a criação de
 uma identidade são elementos inevitáveis.
Identidade
Identidade


 O registo não é obrigatório e pode-se contribuir de
 forma completamente anónima, lançando tópicos
 de discussão, por exemplo.

“Quando não nos encontramos em aulas podemos
  tirar dúvidas no wiki. E assim podemos tirar as
  nossas dúvidas como também as dúvidas de
  visitantes” (Aluno L).
Identidade

… Para que a cooperação e colaboração seja
 sustentável e exequível no ciberespaço;
… Torna-se num indicador de credibilidade dos
 autores e facilitar a filtragem da informação;
… É o elemento organizador da comunidade, cujo
 significado é construído pela própria comunidade
 perante o objectivo de produzir informação
 significativa.
Conclusão


 No ciberespaço, cada ferramenta oferece, a quem o
  habita, diferentes mecanismos para construir e
  desenvolver sua identidade.
 A ausência de um EU digital tem seus
  inconvenientes, nomeadamente a ausência de uma
  identidade (que não permite o ser-se reconhecido) e
  de um EU permanente que tenha uma história
Conclusão

 Ter uma presença numa comunidade e habitá-la
  (participando) , obriga um indivíduo a encarar suas
  responsabilidades, cumprir as normas e assumir os
  seus actos.
 A participação, assenta na identidade, pois aos
  membros registados é concedido o privilégio de
  serem moderadores e de publicarem os seus
  conteúdos ficando desse modo mais expostos à
  moderação.
Mudança de paradigma educativo?
comunidades no
  espaço virtual
 José da Silva Ribeiro

  jribeiro@univ-ab.pt

          E

     Adelina Silva

adelinasilva@netcabo.pt




CEMRI – Laboratório de    PAINEL 27
  Antropologia Visual     Tecnologias Digitais: Novos Objectos Empíricos e
                          Práticas de Pesquisa Etnográfica
                          Coordenadores:
 Universidade Aberta      José da Silva Ribeiro, CEMRI – Laboratório de Antropologia Visual
                          Ricardo Campos, CEMRI – Laboratório de Antropologia Visual

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  • 1. comunidades no espaço virtual José da Silva Ribeiro jribeiro@univ-ab.pt E Adelina Silva adelinasilva@netcabo.pt CEMRI – Laboratório de PAINEL 27 Antropologia Visual Tecnologias Digitais: Novos Objectos Empíricos e Práticas de Pesquisa Etnográfica Universidade Aberta Coordenadores: José da Silva Ribeiro, CEMRI – Laboratório de Antropologia Visual Ricardo Campos, CEMRI – Laboratório de Antropologia Visual
  • 2. Abordagem antropológica das comunidades no espaço virtual JOSÉ DA SILVA RIBEIRO E ADELINA SILVA CEMRI – LABORATÓRIO DE ANTROPOLOGIA VISUAL UNIVERSIDADE ABERTA
  • 3. comunidades no espaço virtual  Embora central na abordagem antropológica, o conceito de comunidade para além de polémico é também um conceito mutante. Interrogamo-nos se alguma vez existiram comunidades homogéneas, localizadas no tempo e no espaço, integradas, orgânicas, harmoniosas. As sociedades contemporâneas desagregam-se em múltiplas características e formas de cooperação e desenvolvem outras. As tecnologias contribuíram ao longo dos dois últimos séculos para essa desagregação e reagregação. A Internet é vista como uma nova e eficiente ferramenta capaz de auxiliar os investigadores a conhecerem melhor os seus “habitantes” quer em ambiente virtual quer em ambiente presencial, quer contribuindo para o desenvolvimento de interacções virtuais qualquer que seja o seu objectivo e natureza que reconfiguram estes novos conceitos - comunidades de práticas, comunidades virtuais, comunidades virtuais de aprendizagem – quer propiciando novas formas de convivência, de relação e de linguagem.  A presente investigação é resultado da etnografia no ciberespaço de um wiki de uma comunidade de aprendizagem, enquadrada no conceito de comunidade de prática. O estudo apoia-se no quadro teórico do conceito de Construção Social da Tecnologia e formula seu objecto de estudo num todo sóciotécnico onde os componentes humanos, tecnológicos e conteúdos se cruzam, inter-relacionam e completam. A negociação de sentido e a moderação assumem-se como principais objectivos da comunidade, através da participação aberta e da produção significativa de informação e conhecimento. O equilíbrio e a sustentabilidade desta comunidade são conseguidos através de diversos mecanismos sóciotécnicos, para os quais a identidade e a colaboração contribuem de uma forma activa.
  • 4. comunidades no espaço virtual O conceito de comunidade  Ferdinand Tönnies - sociedade moderna da comunidade antiga (partilhado por todos os seus membros)  Robert Redfield - comunidades pequenas, estudadas a partir do contacto directo pessoal, homogeneidade e auto-suficiência  Jonatham Andelson - Comunidades intencionais (1996) inspiração religiosa ou laica: hippies, kibbutz… primeiros seguidores de Cristo, de Buda, etc. experiência monástica,  Thomas More e Francis Bacon / Fourier, Owen – utopias: utopismo comunitário e socialistas utópicos;  Experiências comunitárias na Américas  Experiências Quilombolas – das irmandades á actualidade.
  • 5. comunidades no espaço virtual  Características atribuídas  Conceito estático - aglomerado físico e territorial factores quantificáveis – população residente, número de casas, limites ou fronteiras espaciais;  População móvel, mudanças de habitação e a circulação entre habitações, e as indefinições e permeabilidades fronteiriças;  Factores emocionais, simbólicos, mentais e subjectivos de identificação das pessoas com um determinado grupo (comunidade) de pertença.  A configuração territorial do conceito não inclui a ideia de elos ou laços que percorrem os indivíduos de uma comunidade mas também não contempla os elos que ligam a comunidade a uma unidade política mais abrangente (comunidades de emigrantes)  Unidade de organização – poder e território (condições político- jurídicas)  Historicidade: relações interindividuais que se desenrolam através do tempo
  • 6. comunidades no espaço virtual Comunidades intencionais  Vigoram como experiências sociais ricas e inauditas, na tentativa de tornarem reais sonhos e utopias. Assim, ao espírito comunitário alia-se um forte sentimento de comprometimento com a realização de um viver humano que se coadune com forças criativas e sublimes da própria Vida. O devir histórico do humano em parceria com a terra e com o mistério /místico. …
  • 7. comunidades no espaço virtual Martim Buber - desejo de comunidade algo orgânico no ser humano  fundamento desta nova comunidade: a si mesma - doação e a entrega criativa e madura que seus membros estabelecem entre si; e a Vida - vivida na acção para além dos dogmas e das imposições societárias, unificação da pessoa ao propósito da própria Vida. Bauman, “estado de felicidade” e ideia de comunidade como procura contínua, utópica  “Na pista que leva à felicidade, não existe linha de chegada. Os pretensos meios se transformam em fins: o único consolo disponível em relação ao carácter esquivo do sonhado e ambicionado “estado de felicidade” é permanecer no curso; enquanto se está na corrida, sem cair exausto nem receber um cartão vermelho, a esperança de uma vitória futura se mantém viva”.
  • 8. comunidades no espaço virtual Renato Rosaldo: comunidades múltiplas e sobrepostas - Os indivíduos pertencerão apenas a uma comunidade?  As múltiplas pertenças - comunidades de nascimento, etnicidade, socialização, educação, participação política, residência, pesquisa e leitura;  a Internet contribui de forma decisiva para todas as formas de contacto: interpessoal, intra e inter-organizacional facilitando e favorecendo a proximidade das pessoas e para o desenvolvimento das múltiplas pertenças…
  • 9. comunidades no espaço virtual  Zygmunt Bauman a ilusão da comunidade?  Comunidade elusiva, comunidade esquiva (furtiva, vaga, imprecisa) a comunidade das sociedades líquidas distinguem por promover os ideais de consumo desmedido, o individualismo, a desvinculação de toda causa justa e a fragilidade de todo vínculo humano;  “A fissura nos muros de protecção da comunidade torna-se trivial com o aparecimento dos meios mecânicos de transporte; portadores de informação alternativa (ou pessoas cuja estranheza mesma é informação diferente e conflituante com o conhecimento internamente disponível) já podem em princípio viajar tão rápido, ou mais, que as mensagens orais originárias do círculo da mobilidade humana “natural”. A distância, outrora a mais formidável das defesas da comunidade, perdeu muito de sua significação. O golpe mortal na “naturalidade” do entendimento comunitário foi desferido, porém, pelo advento da informática”  A aparente utopia da comunidade, mesmo que construída, constituiu uma unidade frágil e vulnerável, líquida, fluida e entra em colapso quando a “identidade” é inventada, “a identidade brota entre os túmulos das comunidades, mas floresce graças à promessa da ressurreição dos mortos”
  • 10. comunidades no espaço virtual  Mauss / MAUSS e o conceito de comunidade: de Marcel Mauss e de MAUSS (movimento não utilitarista das ciências Sociais)  Marcel Mauss no Ensaio sobre a dádiva articula os três princípios fundamentais da sociedade humana: o princípio da individuação, o princípio da reciprocidade e o princípio da comunidade – a sociedade como facto social total é a articulação destes 3 princípios.  Caillé (MAUSS) relaciona a Dádiva de Mauss com a tradição Bramânica identificando e articulando quatro elementos ou momentos da acção humana: arthào - interesse material — interesseiro — (económico, político), relacionado com o trabalho e o mercado; kama - interesse prazer, emoção, entrega…; moksa - a espontaneidade, liberdade…; dharma - a obrigação, o dever moral, a partilha, a ligação ao passado, inserção nas normas,
  • 12. Comunidades Typaldos, C. (2000), RealCommunities.com
  • 13. Comunidades colaborativas no ciberespaço  gift economies (Kollock, Rheingold)  inteligência colectiva (Contreras, Levy)  cooking-pot markets (Ghosh)  estilo bazar (Raymond)  comunidades open-source intelligence (Stalder & Hirsch)  common-based peer production (Benkler)  criação colectiva (Casacuberta)  micro-media ou nano-media (Rafaeli & LaRose) - wikis
  • 14. Comunidades colaborativas no ciberespaço uma forma de cooperação e colaboração, poderá ser voluntária, perdura no tempo, o objectivo é a produção de informação e de conhecimento, em comunidades que podem ser formais ou informais no ciberespaço, mas que se gerem de forma autónoma.
  • 15. Comunidades de prática e produção colaborativa 12 princípios das Comunidades: •Objectivo Envolvimento mútuo •Identidade •Reputação •Grupos •Comunicação Empreendimento •Ambiente comum •Confiança •Limites •História •Gestão Repertório partilhado •Expressão •Intercâmbio
  • 16. π π Troca de Valores Troca ππ π Troca de de Competênci Ideias π as π ππ π ππ π π ππ π π π π π π π Troca de π Troca de Informação Artefactos ππ Pierre Levy, CRC, Université d’Ottawa Troca de Papeis Sociais
  • 17. Metodologia - a ciber-etnografia concepção de uma comunidade de prática como objecto de estudo; a identidade no ciberespaço está num processo de construção permanente; os estudos sobre a CST, que tomam em consideração o efeito da arquitectura técnica na comunidade e a forma como a comunidade modela essa mesma arquitectura técnica.
  • 18. Metodologia - a ciber-etnografia Porquê a proposta da CST?  conduz-nos a uma etnografia  privilegia a interacção e a identidade
  • 19. A comunidade tecnicasecretariado – participação e identidade  Promove a escrita colaborativa;  Apresenta um produto final (permanente construção);  Incentiva a aprendizagem reflexiva;  Utiliza diferentes formas /estratégias;  Incentiva a aprendizagem através da execução - saber-fazer;  Exige dinâmica de trabalho de equipa – saber-ser e saber- estar;  Possibilita a construção de um documento público;  Potencializa a interacção;  Promove a negociação e a colaboração voluntária, exigindo uma mudança do papel do professor (facilitador).
  • 20. Comunidade tecnicasecretariado http://tecnicasecretariado.wikispaces.com • Novembro de 2007 • Técnicas de Secretariado (10º ano) • Membros registados - inicialmente 15
  • 22. Historial – edição de páginas/conteúdos
  • 23. Visitas (Março/2008) Visitas (Outubro/2008)
  • 24. Registo das consultas e produção ao longo do ano 66 países
  • 25. Participação  Uma plataforma para a acção, facilitadora da reflexão, da colaboração, da comunicação e, consequentemente, de aprendizagem. “As páginas do wiki que achei mais proveitosas foram as do módulo 7 (Protocolo e Etiqueta), porque tive mais participação”.(…) Era motivador ”(…) sermos nós a escrever e a pôr lá a informação, (..) e além disso, de podermos corrigir o que os nossos colegas punham.” (aluno C).
  • 26. Participação  A participação é importante e todas as contribuições são “valiosas”, com qualidades e conteúdos distintos, pelos quais os membros sabem que serão avaliados e que nem todos os utilizadores têm a mesma “credibilidade” dentro da comunidade. O wiki permite“(…) dedicarmos mais (ao estudo), de querermos mostrar às outras pessoas o que somos capazes de fazer e de aprendermos melhor” (aluno E).
  • 27. Participação  Há um repertório compartilhado de artefactos, símbolos, sensibilidades, práticas e rotinas e de objectivos e necessidades comuns que foram formulados e negociados de forma a que todos possam contribuir com os seus conhecimentos “O wiki contribuiu para a minha aprendizagem porque fui obrigada a ler o que os meus colegas punham lá, e também tive de saber seleccionar a informação. Acho que foi útil, e continuar espero poder participar de igual modo” (aluno D).
  • 28. Participação Destina-se a estabelecer uma hierarquia de importância na informação. Permite valorizar a qualidade da informação e filtrá-la. Realiza-se de forma distribuída pelos utilizadores registados e consiste na qualificação das publicações.
  • 29. Participação Componente colectivo e individual Para o domínio público, o espaço passa por ser um produto de contribuição anónima, mas para os próprios membros é um espaço moderado. Os únicos que podem moderar são os membros registados.
  • 30. Participação “O wiki contribui muito para a minha aprendizagem (…); quando colaboro no wiki aprendo mais coisas, aprendo a seleccionar as informações mais importantes e aprendo a colaborar e a organizar a informação com a turma” (aluno E). Agrada-me (…) “também o facto de podermos ser mais do que um a utilizar a mesma página, por exemplo, de podemos acrescentar algo essencial ao que o nosso colega colocou” (aluno G).
  • 31. Identidade O registo estabelece categoria de membros Para participar plenamente, o registo e a criação de uma identidade são elementos inevitáveis.
  • 33. Identidade  O registo não é obrigatório e pode-se contribuir de forma completamente anónima, lançando tópicos de discussão, por exemplo. “Quando não nos encontramos em aulas podemos tirar dúvidas no wiki. E assim podemos tirar as nossas dúvidas como também as dúvidas de visitantes” (Aluno L).
  • 34. Identidade … Para que a cooperação e colaboração seja sustentável e exequível no ciberespaço; … Torna-se num indicador de credibilidade dos autores e facilitar a filtragem da informação; … É o elemento organizador da comunidade, cujo significado é construído pela própria comunidade perante o objectivo de produzir informação significativa.
  • 35. Conclusão  No ciberespaço, cada ferramenta oferece, a quem o habita, diferentes mecanismos para construir e desenvolver sua identidade.  A ausência de um EU digital tem seus inconvenientes, nomeadamente a ausência de uma identidade (que não permite o ser-se reconhecido) e de um EU permanente que tenha uma história
  • 36. Conclusão  Ter uma presença numa comunidade e habitá-la (participando) , obriga um indivíduo a encarar suas responsabilidades, cumprir as normas e assumir os seus actos.  A participação, assenta na identidade, pois aos membros registados é concedido o privilégio de serem moderadores e de publicarem os seus conteúdos ficando desse modo mais expostos à moderação.
  • 37. Mudança de paradigma educativo?
  • 38. comunidades no espaço virtual José da Silva Ribeiro jribeiro@univ-ab.pt E Adelina Silva adelinasilva@netcabo.pt CEMRI – Laboratório de PAINEL 27 Antropologia Visual Tecnologias Digitais: Novos Objectos Empíricos e Práticas de Pesquisa Etnográfica Coordenadores: Universidade Aberta José da Silva Ribeiro, CEMRI – Laboratório de Antropologia Visual Ricardo Campos, CEMRI – Laboratório de Antropologia Visual