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Síntese dos números 422 até 682 do Catecismo da Igreja Católica
Padre João Miguel Pereira
joaofreigil@hotmail.com
Diocese de Lamego, Portugal
2022
Hebreus 1, 1-2
Havendo Deus, desde a antiguidade, falado, em várias ocasiões e de muitas formas, aos
nossos pais, por intermédio dos profetas, nestes últimos tempos, nos falou mediante seu
Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo o que existe e por meio de quem criou o Universo.
Gálatas 4, 4-5
 Chegada a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher;
 Para nos resgatar e nos tornar seus filhos adotivos;
 N´Ele, Deus visitou o seu Povo;
Jesus de Nazaré
O nome hebraico Jesus significa «Deus Salva».
O nome exprime, ao mesmo tempo, a sua identidade e a sua missão.
Judeu
Nasceu em Belém no
tempo do Rei Herodes
e do Imperador César
Augusto
Carpinteiro de profissão
Morto pela crucifixão
em Jerusalém sob o
procurador Pôncio
Pilatos sendo
imperador Tibério
Filho eterno
de Deus feito
homem
«saiu de Deus»
(Jo 13, 3)
«desceu do céu»
(Jo 3, 13; 6, 33)
«veio na carne»
(cf. 1 Jo 4, 2)
Verbo que se fez carne
e habitou entre nós.
Filho Unigénito, cheio
de graça e de verdade.
(cf. Jo 1, 14, 16)
«Tu és o Cristo, o Filho
de Deus vivo»
(Mt 16, 16)
Da
descendência
messiânica de
David
(Mt 1, 16)
«Aquele que o Pai
consagrou e enviou ao
mundo»
(Jo 10, 36)
Concebido como
«santo» no seio virginal
de Maria, «gerado pelo
poder do Espírito
Santo»
(Mt 1, 20)
O nome inefável sob o
qual Deus Se revelou a
Moisés (cf. Ex 3, 14),
YHWH, é traduzido por
«Kyrios»: «Senhor».
Em Jesus, Deus salva a humanidade do pecado. Porque o pecado é sempre uma ofensa
feita a Deus, só Ele é que pode absolvê-lo (perdoá-lo e apagá-lo).
Culto/sacrifício Antigo:
O nome de Deus salvador era invocado
apenas uma vez por ano, pelo sumo-
-sacerdote, para expiação dos pecados de
Israel, depois de ter aspergido o
propiciatório (altar) do «santo dos santos»
com o sangue do sacrifício.
Novo Culto:
Pelo sacrifício e derramamento do sangue de
Jesus, é Deus que realizar a expiação dos
pecados do seu Povo (cf. Rm 3, 25), ao
reconciliar, na humanidade de seu Filho, o
mundo consigo (cf. 2 Cor 5, 19).
O nome Cristo vem da tradução grega do termo hebraico «Messias», que quer dizer
«ungido». Em Israel eram ungidos, em nome de Deus, aqueles que Lhe eram consagrados
para uma missão d'Ele dimanada. Era o caso dos reis, dos sacerdotes e, em raros casos,
dos profetas.
No nome de Cristo está subentendido Aquele que ungiu. Aquele que foi ungido e a
própria Unção com que foi ungido. Aquele que ungiu é o Pai, Aquele que foi ungido é o
Filho, e foi-o no Espírito que é a Unção»
 O CENTRO DA FÉ CRISTÃ É O ANÚNCIO DE JESUS CRISTO, levar a acreditar
n´Ele: «pôr em comunhão com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor
do Pai, no Espírito, e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade».
 Do conhecimento amoroso de Cristo brota o desejo de O anunciar, de
«evangelizar» e levar os outros ao «sim» da fé em Jesus Cristo. Mas, ao
mesmo tempo, faz-se sentir a necessidade de conhecer sempre melhor esta
fé.
PORQUE ENCARNOU O VERBO DE DEUS?
 Para nos salvar, reconciliando-nos com Deus:
 «Foi Deus que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos
nossos pecados» (1 Jo 4, 10).
 «O Pai enviou o Filho como salvador do mundo» (1 Jo 4, 14).
 «E Ele veio para tirar os pecados» (1 Jo 3, 5)
 O Verbo fez-Se carne, para que assim conhecêssemos o amor de Deus:
«Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao
mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele» (1 Jo 4, 9). «Porque
Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho Unigénito, para que
todo o homem que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo
3, 16).
 Para ser o nosso modelo de santidade: «Tomai sobre vós o meu jugo e
aprendei de Mim [...]» (Mt 11, 29). «Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vai ao Pai senão por Mim» (Jo 14, 6). E o Pai, na montanha da
Transfiguração, ordena:
«Escutai-o» (Mc 9, 7) (81). De
facto, Ele é o modelo das
bem-aventuranças e a norma
da Lei nova: «Amai-vos uns
aos outros como Eu vos amei»
(Jo 15, 12).
 O Verbo fez-Se carne, para nos tornar «participantes da natureza divina» (2
Pe 1, 4): «Pois foi por essa razão que o Verbo Se fez homem, e o Filho de
Deus Se fez Filho do Homem: foi para que o homem, entrando em comunhão
com o Verbo e recebendo assim a adoção divina, se tornasse filho de Deus»
(St. Ireneu de Lião). «Porque o Filho de Deus fez-Se homem, para nos fazer
deuses» (S. Tomás de Aquino). «O Filho Unigénito de Deus, querendo que
fôssemos participantes da sua divindade, assumiu a nossa natureza para
que, feito homem, fizesse os homens deuses» (Liturgia das Horas).
VERDADEIRO DEUS E VERDADEIRO HOMEM
 Na encarnação do Filho de Deus, não
significa que Jesus Cristo seja em parte Deus
e em parte homem, nem que seja o resultado
de uma mistura confusa do divino com o
humano. Ele fez-Se verdadeiro homem,
permanecendo verdadeiro Deus. Jesus Cristo
é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
 Maria se tornou, com toda a verdade. Mãe
de Deus, por ter concebido humanamente o
Filho de Deus em seu seio: «Mãe de Deus,
não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas
porque dela recebeu o corpo sagrado, dotado duma alma racional, unido ao
qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne» (Concílio
de Éfeso).
CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia,
chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José,
da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave,
cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se
a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: Não temas,
Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um
filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do
Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente
na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como se fará
isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá
sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o santo
que vai nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até
ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por
estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Então disse Maria: Eis aqui a
serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.
(Lc 1, 26-38)
 O Espírito Santo, que é «o Senhor que dá a Vida», é enviado para santificar
o seio da Virgem Maria e para a fecundar pelo poder divino, fazendo-a
conceber o Filho eterno do Pai, numa humanidade originada da sua.
NASCIDO DA VIRGEM MARIA
 O que a fé católica crê, a respeito de Maria, funda-se no que crê a respeito
de Cristo. Mas o que a mesma fé ensina sobre Maria esclarece, por sua vez,
a sua fé em Cristo.
 Deus escolheu, para ser a Mãe do seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem
judia de Nazaré, na Galileia, «virgem que era noiva de um homem da casa
de David, chamado José. O nome da VIRGEM era Maria» (Lc 1, 26-27). Jesus
foi concebido unicamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem
Maria.
 CHEIA DE GRAÇA porque para vir a ser Mãe do Salvador, Maria «foi adornada
por Deus com dons dignos de uma tão grande missão». «A bem-aventurada
Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no
primeiro instante da sua conceição».
 FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA... Maria respondeu pela
«obediência da fé», certa de que «a Deus nada é impossível». Dando o seu
consentimento à palavra de Deus, Maria tornou-se Mãe de Jesus. E
aceitando de todo o coração, sem que nenhum pecado a retivesse, a vontade
divina da salvação, entregou-se totalmente à pessoa
e à obra do seu Filho para servir, na dependência
d'Ele e com Ele, pela graça de Deus, o mistério da
redenção.
 MÃE DE DEUS: Aquele que Ela concebeu como
homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou
verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é
outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa
da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria
é, verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos»).
REVELADOR DE DEUS
 Jesus, através dos seus gestos, milagres e palavras, foi revelado que «n'Ele
habita corporalmente toda a plenitude da Divindade» (Cl 2, 9). A sua
humanidade aparece, assim, como «sacramento», isto é, sinal e instrumento
da sua divindade e da salvação que Ele veio trazer. O que havia de visível na
sua vida terrena conduz ao mistério invisível da sua filiação divina e da sua
missão redentora.
 Jesus diz: «QUEM ME VÊ, VÊ O PAI» (Jo 14, 9); e o Pai: «Este é o meu Filho
predilecto: escutai-O» (Lc 9, 35).
 Tendo-Se nosso Senhor feito homem para cumprir a vontade do Pai, os mais
pequenos pormenores dos seus mistérios manifestam «o amor de Deus para
connosco».
 Jesus escolheu alguns homens, em número de doze, para andarem com Ele
e participarem na sua missão. Deu-lhes parte na sua autoridade «e enviou-
os a pregar o Reino de Deus e a fazer curas» (Lc 9, 2). Estes homens ficam
para sempre associados ao Reino de Cristo, porque, por meio deles, Jesus
Cristo dirige a Igreja (os apóstolos e os seus sucessores, os bispos, de quem
os padres/presbíteros e os diáconos são cooperadores).
CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO
 «Ora, como se aproximavam os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele
tomou a firme resolução de Se dirigir a Jerusalém» (Lc 9, 51).
 Fariseus e partidários de Herodes, com sacerdotes e escribas, puseram-se de
acordo para dar a morte a Jesus por causa de alguns dos seus atos (expulsões
de demónios; perdão dos pecados curas em dia de sábado; interpretação
original dos preceitos de pureza legal: trato familiar com publicanos e
pecadores públicos, Jesus pareceu a alguns, mal intencionados, suspeito de
possessão diabólica. Foi acusado de blasfémia e de falso profetismo, crimes
religiosos que a Lei castigava com a pena de morte por apedrejamento. Aos
olhos de muitos em Israel, parece que Jesus procede contra as instituições
essenciais do Povo.
 O mistério pascal da CRUZ E RESSURREIÇÃO DE CRISTO ESTÁ NO CENTRO DA
BOA-NOVA que os Apóstolos, e depois deles a Igreja, devem anunciar ao
mundo.
 A Igreja, no magistério da sua fé e no testemunho dos seus santos, nunca
esqueceu que «os pecadores é que foram os autores, e como que os
instrumentos, de todos os sofrimentos que o divino Redentor suportou»,
partindo do princípio de que os NOSSOS PECADOS ATINGEM CRISTO.
«Devemos ter como culpados deste horrível crime os que continuam a recair
nos seus pecados. Porque foram os nossos crimes que fizeram nosso Senhor
Jesus Cristo suportar o suplício da cruz, é evidente que aqueles que
mergulham na desordem e no mal crucificam de novo em seu coração (…) o
Filho de Deus, pelos seus pecados.
 «Cristo MORREU PELOS NOSSOS PECADOS segundo as Escrituras» (1 Cor 15,
3). Fomos resgatados dos nossos pecados pelo sangue precioso de Cristo: «a
Cristo, que não conhecera o pecado, Deus fê-lo pecado por amor de nós,
para que, em Cristo, nos tornássemos justos aos olhos de Deus» (2 Cor 5,
21).
 «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, foi Deus que
nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos
pecados» (1 Jo 4, 10). «Deus prova assim o seu amor para connosco: CRISTO
MORREU POR NÓS quando ainda éramos pecadores» (Rm 5, 8).
 Este amor é sem exclusão. A Igreja ensina que Cristo morreu POR TODOS os
homens, sem exceção: «Não há, não houve, nem haverá nenhum homem
pelo qual Cristo não tenha sofrido».
 CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO: Jesus é, ao mesmo
tempo, o Servo sofredor, que Se deixa levar ao matadouro sem abrir a boca,
carregando os pecados das multidões, e o cordeiro pascal, símbolo da
redenção de Israel na primeira Páscoa, Toda a vida de Cristo manifesta a sua
missão: «servir e dar a vida como resgate pela multidão».
 Nenhum homem, ainda que fosse o mais santo, estava em condições de
tomar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício
por todos. A existência, em Cristo, da pessoa divina do Filho, que ultrapassa
e ao mesmo tempo abrange todas as pessoas humanas e O constitui cabeça
de toda a humanidade, é que torna possível o seu sacrifício redentor por
todos.
 A morte de Cristo foi uma VERDADEIRA MORTE, na medida em que pôs fim
à sua existência humana terrena. No entanto,
«o poder divino preservou o corpo de Cristo
da corrupção». «A minha carne repousará na
esperança, porque Tu não abandonarás a
minha alma na mansão dos mortos, nem
deixarás que o teu santo conheça a
corrupção» (Act 2, 26-27). A ressurreição de Jesus «ao terceiro dia» (1 Cor
15, 4; Lc 24, 46) era disso sinal, até porque se julgava que a corrupção
começava a manifestar-se a partir do quarto dia.
 A descida de Jesus à mansão dos mortos, proclamada pela fé, significa que
Jesus conheceu a morte, como todos os homens, e foi ter com eles à morada
dos mortos. Porém, desceu lá como salvador proclamando a Boa-Nova aos
espíritos que ali estavam prisioneiros. Aqueles que aí se encontravam
estavam privados da visão de Deus, todos os mortos, maus ou justos.
«Foram precisamente essas almas santas, que esperavam o seu libertador
(…) que Jesus Cristo libertou quando desceu à mansão dos mortos». Desceu
lá como salvador proclamando a Boa-Nova aos espíritos que ali estavam
prisioneiros para libertar os justos que O tinham precedido, os justos que
tinham morrido antes d´Ele.
RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA
 A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo,
acreditada e vivida como VERDADE CENTRAL pela primeira comunidade
cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos
documentos do Novo Testamento, pregada como parte essencial do mistério
pascal, ao mesmo tempo que a cruz: «CRISTO RESSUSCITOU DOS MORTOS.
PELA SUA MORTE VENCEU A MORTE, E AOS MORTOS DEU A VIDA».
 O sepulcro vazio constitui, para todos, um sinal essencial. A descoberta do
facto pelos discípulos foi o primeiro passo para o reconhecimento do facto
da ressurreição. Foi, primeiro, o caso das santas mulheres, depois o de
Pedro. «O discípulo que Jesus amava» (Jo 20, 2) afirma que, ao entrar no
sepulcro vazio e ao descobrir «os lençóis no chão» (Jo 20, 6), «viu e
acreditou» (Jo 20, 9).
 Maria Madalena e as santas mulheres, que
vinham para acabar de embalsamar o corpo de
Jesus, sepultado à pressa por causa do início do
«Sábado», no fim da tarde de Sexta-feira Santa,
foram as primeiras pessoas a encontra-se com o
Ressuscitado (Mt 28, 9-10; Jo 20, 11-18). Assim, as
mulheres foram as primeiras mensageiras da
ressurreição de Cristo para os próprios Apóstolos.
 Em seguida, foi a eles que Jesus apareceu:
primeiro a Pedro, depois aos Doze (1 Cor 15, 5).
Pedro, incumbido de consolidar a fé dos seus irmãos, vê, portanto, o
Ressuscitado antes deles e é com base no seu testemunho que a comunidade
exclama: «Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão» (Lc 24,
34.36).
 Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus
apareceu em conjunto, além de Tiago e de todos os Apóstolos (1 Cor 15, 4-
8).
 Jesus Ressuscitado estabeleceu com os seus discípulos relações diretas,
através do contacto físico (Lc 24, 39; Jo 20, 27) e da participação na refeição
(Jo 21, 9.13-15). Desse modo, convida-os a reconhecer que não é um espírito,
e sobretudo a verificar que o corpo ressuscitado, com o qual se lhes
apresenta, É O MESMO que foi torturado e crucificado, pois traz ainda os
vestígios da paixão (Lc 24, 40; Jo 20, 20.27). No entanto, este corpo autêntico
e real possui, ao mesmo tempo, as PROPRIEDADES NOVAS dum corpo
glorioso: não está situado no espaço e no tempo, mas pode, livremente,
tornar-se presente onde e quando quer. Também por este motivo, Jesus
Ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como quer: sob a aparência
dum jardineiro (Jo 20, 14-15) ou «com um aspecto diferente» (Mc 16, 12)
daquele que era familiar aos discípulos; e isso, precisamente, para lhes
despertar a fé (Jo 20, 14.16; 21, 4.7). No seu corpo ressuscitado, Ele passa do
estado de morte a uma outra vida, para ALÉM DO TEMPO E DO ESPAÇO.
 Pela sua morte, Cristo LIBERTA-NOS DO PECADO; pela sua ressurreição,
abre-nos o ACESSO A UMA NOVA VIDA. Esta é, antes de mais, a justificação,
que nos repõe na graça de Deus, «para que, assim como Cristo ressuscitou
dos mortos [...], também nós vivamos uma vida nova» (Rm 6, 4). Realiza uma
adoção filial, porque os homens tornam-se irmãos de Cristo, como o próprio
Jesus chama aos discípulos depois da ressurreição: «Ide anunciar aos meus
irmãos» (Mt 28, 10) (584). Irmãos, não por natureza, mas por dom da graça,
porque esta filiação adotiva proporciona uma participação real na vida do
Filho, plenamente revelada na sua ressurreição.
SUBINDO AOS CÉUS ABRIU-NOS O CAMINHO
 Abandonada às suas forças naturais, a humanidade não tem acesso à «Casa
do Pai» (Jo 14, 2), à vida e à felicidade de Deus. Só Cristo pode abrir ao
homem este acesso: «subindo aos céus, como nossa cabeça e primogénito,
DEU-NOS A ESPERANÇA DE IRMOS UM DIA AO SEU ENCONTRO, como
membros do seu corpo» (Missal Romano).
 Cristo é a CABEÇA DA IGREJA, QUE É O SEU CORPO
(Ef 1, 22). Elevado ao céu e glorificado, tendo
assim cumprido plenamente a sua missão,
continua na terra por meio da Igreja.
 «O Reino de Cristo já está misteriosamente
presente na Igreja» (LG 3), «gérmen (semente) e
princípio deste mesmo Reino na Terra» (LG 5). Reino que, contudo, ainda
não está acabado «em poder e glória» (Lc 21, 27) pois ainda é atacado pelos
poderes do mal. Mas, quando atingir a sua consumação, a seguir à
«conversão total» (Rm 11, 25; Lc 21,24), dará ao povo de Deus ocasião de
«realizar a plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), na qual «DEUS SERÁ TUDO EM
TODOS» (1 Cor 15, 2) e se estabelecerá a ordem definitiva da justiça, do amor
e da paz.
VIRÁ DE NOVO PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS
 Cristo é Senhor da vida eterna. O pleno direito de JULGAR DEFINITIVAMENTE
AS OBRAS E OS CORAÇÕES DOS HOMENS pertence-Lhe a Ele, enquanto
redentor do mundo. Ele «adquiriu» este direito pela sua cruz. Por isso, o Pai
entregou «ao Filho todo o poder de julgar» (Jo 5, 22; 5, 27; Mt 25, 31; At 10,
42; 17, 31; 2Tm 4,1). Ora, o Filho não veio para julgar, mas para salvar (Jo 3,
17) e dar a vida que tem em Si (Jo 5, 26). É PELA RECUSA DA GRAÇA NESTA
VIDA QUE CADA QUAL SE JULGA JÁ A SI PRÓPRIO (Jo 3, 18; 12, 48), recebe
segundo as suas obras (1 Cor 3, 12-15) e pode, mesmo, condenar-se para a
eternidade, recusando o Espírito de amor (Mt 12, 32; Heb 6, 4-6; 10, 26-31).
CATEQUESES SOBRE OS SACRAMENTOS*
Como compreender, e a partir de que bases, que há sacramentos que nos fazem cristãos e
nos curam?
Cristo glorificado, derramando o Espírito Santo sobre o seu corpo que é a Igreja, age pelos
sacramentos que instituiu, comunicando a sua graça (CIC 1084) e introduzindo no Reino do Pai
aqueles que o recebem com disposição de coração e resposta da fé. Nos sacramentos, Cristo
torna-se presente com a sua virtude entre os homens (CIC 1088) e pela ação do Espírito Santo
no coração da Igreja. Nós, que somos os seus membros, acolhendo-o, vivemos na vida presente
as primícias dos dons da vida de Cristo ressuscitado. Eles estão ordenados a curar os Homens
das insídias do pecado, à sua santificação, e a fazê-los cristãos, corpo de Cristo (CIC 1123).
Sacramentos que nos fazem Cristãos:
No geral, todos os sacramentos comunicam-nos e introduzem-nos nos dons da vida nova de Cristo e,
por isso, fazem-nos cristãos. Todavia há três, os quais comumente chamamos de sacramentos da iniciação
cristã, em que isso mais se evidencia, a saber: Batismo, Confirmação e Eucaristia.
1. O Batismo: «A Igreja é o grande sacramento da comunhão divina que reúne os filhos de Deus
dispersos» (CIC 1108). É ela, Mãe e Mestra, que no seu ventre, a piscina batismal, faz-nos nascer da água e do
Espírito para a vida nova em Cristo, faz-nos filhos no Filho (Gl 4,5-7), faz-nos participantes do Reino (Jo 3,5) e
herdeiros da vida eterna (Rom 8,15-17). O Batismo nasce da missão de evangelizar, é preparado pela Palavra
de Deus e pela fé e é assentimento à dita Palavra (CIC 1122). A “travessia” da água da piscina batismal
representa a configuração com a morte de Cristo (Rom 6,3-4), a purificação do pecado (1 Cor 6,11), um “novo
nascimento” (cf. Jo 3,5; Tit 3,5; 1 Pe 1,3.23; Justino, Apol, I, 66,1) para uma “vida nova” (Rom 6,6), a qual já não
está escrava do pecado e da antiga lei, mas é santificada, porque participa do mistério pascal da vida trinitária
(1 Cor 6,11), e a incorporação num novo corpo (1 Cor 12,13). O Batismo perdoa todos os pecados e santifica;
por isso, também cura o Homem. O Batismo incorpora o Homem no corpo místico de Cristo (Act 2,38-41), que
é a Igreja; por isso, o faz cristão e é o «pórtico da vida no Espírito e a porta que abre a outros sacramentos» (CIC
1213).
2. A Confirmação: Desde os primeiros tempos da Igreja que os apóstolos, e depois os bispos, seus
sucessores, vem comunicando aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito para completar a graça
recebida no Batismo (CIC 1288). Este sacramento confirma o Batismo e consolida a graça batismal, fortalece e
interioriza os aspetos contidos em gérmenes no Batismo, levando o cristão «à “maturidade” ontológica […] e à
“maturidade” que o capacita a cumprir a sua missão na Igreja e no mundo» (CELAM1, 105). Dele faz parte a
unção com o óleo crismal, cujo nome advém de Cristo, o ungido de Deus - aquele que «Deus ungiu com o
Espírito Santo» (At 10, 38). «Por meio da confirmação, o batizado transforma-se, como Cristo, no ungido do
Senhor» (CELAM, 99). O óleo arrasta consigo todo um campo de significados: unção de reis, profetas e
sacerdotes; alimento para a luz das candeias; sinal da abundância e de alegria; purifica e torna agradável com
o perfume; torna ágil e impede de ser agarrado e domado pelo inimigo; suaviza as dores e cura as feridas (Mc
6,13); etc. O confirmado é marcado com o selo do Espírito Santo (Ef 4,30; 2 Cor 1,21-22), é sua propriedade e
ao mesmo tempo símbolo autentificado da sua pessoa (CIC 1295). A confirmação “reaviva” o dom recebido no
Batismo, contribui e torna visível a edificação da Igreja na diversidade de carismas e «simboliza perfeitamente
a incorporação plena a Cristo, rei, sacerdote e profeta» (CELAM, 99) e como tal, a edificação do corpo de Cristo,
por isso nos faz cristãos. Ao mesmo tempo, cura o Homem na medida em que mantém viva nos fiéis a sua
Palavra e os seus efeitos, comunica a plenitude do Espírito e a vida nova em Cristo ressuscitado, constitui-nos
novas criaturas regeneradas, liberta-nos da escravidão da lei e da fragilidade da carne, tornando presente em
nós a glória do Senhor e transformando-nos à sua imagem.
3. Eucaristia: Se o Batismo regenera na vida nova de Cristo, a Confirmação aperfeiçoa e a Eucaristia
conclui. «A Eucaristia acaba e aperfeiçoa a iniciação cristã, como um ápice de um processo» (CELAM, 118). Ela
é fonte de vida batismal para os regenerados pela água e pelo Espírito pois nela o cristão, pela escuta da Palavra
e pela comunhão do corpo e sangue de Cristo, encontra orientação para a sua vida e para a participação plena
na comunidade eclesial. Ela recorda e torna presente o mistério da Cruz, que é a fonte batismal e é o auge da
vida comunitária composta por três traços fundamentais: ensino dos apóstolos, comunhão, fração do pão e
orações (Act 2,42-46). Ela marca a tensão entre a vida presente e a vida esperada com a última vinda do Senhor,
entre a ceia terrena e o banquete das núpcias do Cordeiro (Ap 19,9). Enquanto comunidade reunida à volta do
mesmo altar e que comunga o mesmo pão e o mesmo vinho, ela é espelho e fonte de unidade eclesial, contribui
para edificar o corpo de Cristo ao mesmo tempo que o espelha e, por isso, faz cristãos aqueles que nela
1
CELAM, A celebração do mistério pascal – os sacramentos: sinais do mistério pascal (São Paulo: Paulus, 2005).
participam. Pela escuta da Palavra, pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo e pela oração de imprecação,
ela é fonte de santidade para os fiéis, consolo para o sofrimento, remédio que fortalece a alma contra o pecado,
alimento que restaura as forças físicas e orientação no Caminho para o Pai e, como tal, sacramento que cura as
debilidades humanas.
Sacramentos que nos curam:
Pelos sacramentos da iniciação cristã o homem recebe a vida nova de Cristo, mas esta vida trazemo-la
«em vasos de barro» (2 Cor 4,7). Ora, consciente das debilidades humanas, Cristo, médico dos corpos e das
almas, quis que a Igreja continuasse a obra que Ele mesmo entre nós realizou, perdoando os pecados e curando
as enfermidades (Mc 2, 1-12). Como fui dizendo para cada um dos sacramentos de iniciação cristã, todos eles
têm uma vertente curativa para o homem fazendo-o crescer na santidade, fortalecendo-o contra o mal e as
debilidades inerentes à sua natureza e confortando-o diante do sofrimento. Há, no entanto, dois sacramentos,
onde isto mais se evidencia, aos quais costumamos chamar sacramentos de cura, a saber: Reconciliação e Unção
dos doentes.
1. Reconciliação: também chamado sacramento da conversão, nasce do apelo de Jesus à conversão
e do esforço do pecador arrependido em tornar à casa do Pai (CIC 1423). A conversão (contrição e propósito de
uma vida nova) exprime-se mediante a confissão feita à Igreja e a remissão dos pecados obtém-se por meio da
Igreja, remissão esta que é, ao mesmo tempo, reconciliação com Deus e com a Igreja (CELAM, 226). No Batismo
os cristãos tornam-se «santos e imaculados» (Ef 1,4). No entanto, a vida nova com ele recebida não suprime a
debilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação para o pecado (CIC 1426). Todavia, o apelo de
Cristo à conversão em vista da santidade e da vida eterna não cessa. Assim, ao fiel pecador, a Igreja espelhando
a misericórdia de Cristo, concede-lhe, em nome do Senhor, o perdão, convidando-o , auxiliado pelo Espírito do
Senhor, a um caminho de contrição e penitência, em vista da cura das suas debilidades, do fortalecimento
contra a repetição do erro e de uma restauração da paz e da tranquilidade da consciência, bem como uma
reconciliação plena com Deus e com a Igreja. Ele restitui a dignidade e os bens próprios da vida dos filhos de
Deus. Por isso, restitui ao fiel, com propriedade, o nome de cristão.
2. Unção dos doentes: «a doença leva à angústia, ao fechar-se sobre si mesmo e até, por vezes, ao
desespero e à revolta contra Deus mas também pode tornar uma pessoa mais amadurecida, ajudá-la a discernir
[…] à busca de Deus, a um regresso a Ele» (CIC 1501). Neste sacramento, a Igreja atua como Cristo médico: pede
aos doentes que acreditem em Deus e assim suportem melhor as contrariedades, testemunha-lhes a oposição
da doença à bondade de Deus criador, comove-se com o seu sofrimento, identifica-se com eles, permite-lhes
tocar a divindade que se lhes faz próxima, compartilha os seus sofrimentos, procura curá-los, sempre numa
incansável atitude de mostrar e fazer próximo o Reino. Assim, este sacramento visa, sobretudo, auxiliar o fiel a
não perder a fé e a esperança, agarrando-se, com todas as forças do coração e da mente, a Deus, tendo em
vista a atenuação da dor física, evitando o temor, a angústia, o desespero, a sensação de solidão, ajudando a
integrar a dor como parte inerente à vida humana.
Catequeses de Preparação para o Crisma
Quando e onde?
 De 29 de Agosto a 4 de Setembro de 2022
 Às 21:00 horas
 Igreja de Poço do Canto
Destinatários
 Obrigatório: Candidatos ao Crisma
 Se tiverem interesse:
Pais (das crianças dos vários anos de catequese)
Outros interessados (cristãos comprometidos da nossa comunidade paroquial)
Catequistas
Organização
 Duração de 60 até 90 minutos
 Primeiros 15-30 minutos: apresentação de trabalhos individuais pelos candidatos;
 Seguintes 30 minutos: Catequese do Pároco;
 Últimos 15 minutos: Avaliação de conhecimentos adquiridos ao longo dos anos de
catequese e Confissões (aqueles que constam na folha de inscrição).
Participação:
 Obrigatória para todos os candidatos ao Crisma
- Conforme o pior desempenho na assiduidade ao longo do ano de catequese mais
aumenta a exigência na assiduidade nestes encontros.
- Os candidatos que foram menos assíduos terão de fazer a apresentação oral (durante 5
a 10 minutos) de trabalhos de leitura e pesquisa que demonstrem a apreensão de
conhecimentos sobre temas fixados. As redações escritas também têm de ser entregues
ao Pároco.
Temas:
 Segunda-feira e terça-feira: “Acredito em Jesus Cristo. Quem é Ele?”
 Quarta-feira: “Os 7 Sacramentos: Origem, matéria, significado e finalidade”
 Quinta-feira e Sexta-feira: “O Pai-Nosso: compreender as palavras com que Jesus nos
ensinou a rezar”
Material:
 Caderno e esferográfica
Lista dos Candidatos Inscritos
Nome Presença na
catequese e
missas
Presença nos
encontros
Apresentação de
Trabalhos
Demonstração de
conhecimentos
Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média
Rara Pode dar 0 faltas 2 trabalhos Exigência Máxima
Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média
Rara Pode dar 0 faltas 2 trabalhos Exigência Máxima
Quase nula Pode dar 0 faltas 3 trabalhos Exigência Máxima
Frequente Pode dar 0 faltas ------- Exigência Média
Rara Pode dar 0 faltas 2 trabalhos Exigência Máxima
Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média
Quase toda Pode dar 1 falta ------ Exigência Leve
Quase toda Pode dar 1 falta ------ Exigência Leve
Rara Pode dar 0 faltas 2 trabalhos Exigência Máxima
Quase nula Pode dar 0 faltas 3 trabalhos Exigência Máxima
Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média
Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média
Quase nula Pode dar 0 faltas 3 trabalhos Exigência Máxima
1. Os candidatos ao crisma a quem lhes seja exigido trabalhos de leitura e pesquisa que não
façam uma apresentação satisfatória (escrita e oral) dos mesmos consideram-se
automaticamente inaptos para celebrarem o sacramento do Crisma. Critérios dos trabalhos:
A quem se lhe exige 2 trabalhos: A quem se lhe exige 3 trabalhos:
1 - Apresenta os 7 Sacramentos:
Numa síntese de duas páginas e Oralmente
durante 5 a 7 minutos;
Bibliografia: parágrafos 1212 até 1666 do
Catecismo da Igreja Católica;
2 - Apresenta a Oração do Pai-Nosso:
Numa síntese de uma página e Oralmente
durante 5 a 7 minutos:
Bibliografia: parágrafos 2759 até 2865 do
Catecismo da Igreja Católica;
1 – Creio em Jesus Cristo, Filho Único de
Deus:
Explicar o significado desta afirmação numa
síntese de cinco páginas e Oralmente durante
10 minutos.
Bibliografia: parágrafos 422 até 682 do
Catecismo da Igreja Católica;
2 - Apresenta os 7 Sacramentos:
Numa síntese de duas páginas e Oralmente
durante 5 a 7 minutos;
Bibliografia: parágrafos 1212 até 1666 do
Catecismo da Igreja Católica;
3 - Apresenta a Oração do Pai-Nosso:
Numa síntese de uma página e Oralmente
durante 5 a 7 minutos:
Bibliografia: parágrafos 2759 até 2865 do
Catecismo da Igreja Católica;
Bibliografia disponível em:
https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/prima-pagina-cic_po.html

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Catequeses de Preparação para o Crisma

  • 1. Síntese dos números 422 até 682 do Catecismo da Igreja Católica Padre João Miguel Pereira joaofreigil@hotmail.com Diocese de Lamego, Portugal 2022
  • 2. Hebreus 1, 1-2 Havendo Deus, desde a antiguidade, falado, em várias ocasiões e de muitas formas, aos nossos pais, por intermédio dos profetas, nestes últimos tempos, nos falou mediante seu Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo o que existe e por meio de quem criou o Universo. Gálatas 4, 4-5  Chegada a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher;  Para nos resgatar e nos tornar seus filhos adotivos;  N´Ele, Deus visitou o seu Povo; Jesus de Nazaré O nome hebraico Jesus significa «Deus Salva». O nome exprime, ao mesmo tempo, a sua identidade e a sua missão. Judeu Nasceu em Belém no tempo do Rei Herodes e do Imperador César Augusto Carpinteiro de profissão Morto pela crucifixão em Jerusalém sob o procurador Pôncio Pilatos sendo imperador Tibério Filho eterno de Deus feito homem «saiu de Deus» (Jo 13, 3) «desceu do céu» (Jo 3, 13; 6, 33) «veio na carne» (cf. 1 Jo 4, 2) Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade. (cf. Jo 1, 14, 16) «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16) Da descendência messiânica de David (Mt 1, 16) «Aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo» (Jo 10, 36) Concebido como «santo» no seio virginal de Maria, «gerado pelo poder do Espírito Santo» (Mt 1, 20) O nome inefável sob o qual Deus Se revelou a Moisés (cf. Ex 3, 14), YHWH, é traduzido por «Kyrios»: «Senhor». Em Jesus, Deus salva a humanidade do pecado. Porque o pecado é sempre uma ofensa feita a Deus, só Ele é que pode absolvê-lo (perdoá-lo e apagá-lo). Culto/sacrifício Antigo: O nome de Deus salvador era invocado apenas uma vez por ano, pelo sumo- -sacerdote, para expiação dos pecados de Israel, depois de ter aspergido o propiciatório (altar) do «santo dos santos» com o sangue do sacrifício. Novo Culto: Pelo sacrifício e derramamento do sangue de Jesus, é Deus que realizar a expiação dos pecados do seu Povo (cf. Rm 3, 25), ao reconciliar, na humanidade de seu Filho, o mundo consigo (cf. 2 Cor 5, 19). O nome Cristo vem da tradução grega do termo hebraico «Messias», que quer dizer «ungido». Em Israel eram ungidos, em nome de Deus, aqueles que Lhe eram consagrados
  • 3. para uma missão d'Ele dimanada. Era o caso dos reis, dos sacerdotes e, em raros casos, dos profetas. No nome de Cristo está subentendido Aquele que ungiu. Aquele que foi ungido e a própria Unção com que foi ungido. Aquele que ungiu é o Pai, Aquele que foi ungido é o Filho, e foi-o no Espírito que é a Unção»  O CENTRO DA FÉ CRISTÃ É O ANÚNCIO DE JESUS CRISTO, levar a acreditar n´Ele: «pôr em comunhão com Jesus Cristo: somente Ele pode levar ao amor do Pai, no Espírito, e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade».  Do conhecimento amoroso de Cristo brota o desejo de O anunciar, de «evangelizar» e levar os outros ao «sim» da fé em Jesus Cristo. Mas, ao mesmo tempo, faz-se sentir a necessidade de conhecer sempre melhor esta fé. PORQUE ENCARNOU O VERBO DE DEUS?  Para nos salvar, reconciliando-nos com Deus:  «Foi Deus que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10).  «O Pai enviou o Filho como salvador do mundo» (1 Jo 4, 14).  «E Ele veio para tirar os pecados» (1 Jo 3, 5)  O Verbo fez-Se carne, para que assim conhecêssemos o amor de Deus: «Assim se manifestou o amor de Deus para connosco: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que vivamos por Ele» (1 Jo 4, 9). «Porque Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16).  Para ser o nosso modelo de santidade: «Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim [...]» (Mt 11, 29). «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim» (Jo 14, 6). E o Pai, na montanha da Transfiguração, ordena: «Escutai-o» (Mc 9, 7) (81). De facto, Ele é o modelo das bem-aventuranças e a norma da Lei nova: «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei» (Jo 15, 12).
  • 4.  O Verbo fez-Se carne, para nos tornar «participantes da natureza divina» (2 Pe 1, 4): «Pois foi por essa razão que o Verbo Se fez homem, e o Filho de Deus Se fez Filho do Homem: foi para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo assim a adoção divina, se tornasse filho de Deus» (St. Ireneu de Lião). «Porque o Filho de Deus fez-Se homem, para nos fazer deuses» (S. Tomás de Aquino). «O Filho Unigénito de Deus, querendo que fôssemos participantes da sua divindade, assumiu a nossa natureza para que, feito homem, fizesse os homens deuses» (Liturgia das Horas). VERDADEIRO DEUS E VERDADEIRO HOMEM  Na encarnação do Filho de Deus, não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que seja o resultado de uma mistura confusa do divino com o humano. Ele fez-Se verdadeiro homem, permanecendo verdadeiro Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.  Maria se tornou, com toda a verdade. Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio: «Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque dela recebeu o corpo sagrado, dotado duma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne» (Concílio de Éfeso). CONCEBIDO PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem? Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o santo
  • 5. que vai nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela. (Lc 1, 26-38)  O Espírito Santo, que é «o Senhor que dá a Vida», é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e para a fecundar pelo poder divino, fazendo-a conceber o Filho eterno do Pai, numa humanidade originada da sua. NASCIDO DA VIRGEM MARIA  O que a fé católica crê, a respeito de Maria, funda-se no que crê a respeito de Cristo. Mas o que a mesma fé ensina sobre Maria esclarece, por sua vez, a sua fé em Cristo.  Deus escolheu, para ser a Mãe do seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré, na Galileia, «virgem que era noiva de um homem da casa de David, chamado José. O nome da VIRGEM era Maria» (Lc 1, 26-27). Jesus foi concebido unicamente pelo poder do Espírito Santo no seio da Virgem Maria.  CHEIA DE GRAÇA porque para vir a ser Mãe do Salvador, Maria «foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande missão». «A bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição».  FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA... Maria respondeu pela «obediência da fé», certa de que «a Deus nada é impossível». Dando o seu consentimento à palavra de Deus, Maria tornou-se Mãe de Jesus. E aceitando de todo o coração, sem que nenhum pecado a retivesse, a vontade divina da salvação, entregou-se totalmente à pessoa e à obra do seu Filho para servir, na dependência d'Ele e com Ele, pela graça de Deus, o mistério da redenção.  MÃE DE DEUS: Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos»).
  • 6. REVELADOR DE DEUS  Jesus, através dos seus gestos, milagres e palavras, foi revelado que «n'Ele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade» (Cl 2, 9). A sua humanidade aparece, assim, como «sacramento», isto é, sinal e instrumento da sua divindade e da salvação que Ele veio trazer. O que havia de visível na sua vida terrena conduz ao mistério invisível da sua filiação divina e da sua missão redentora.  Jesus diz: «QUEM ME VÊ, VÊ O PAI» (Jo 14, 9); e o Pai: «Este é o meu Filho predilecto: escutai-O» (Lc 9, 35).  Tendo-Se nosso Senhor feito homem para cumprir a vontade do Pai, os mais pequenos pormenores dos seus mistérios manifestam «o amor de Deus para connosco».  Jesus escolheu alguns homens, em número de doze, para andarem com Ele e participarem na sua missão. Deu-lhes parte na sua autoridade «e enviou- os a pregar o Reino de Deus e a fazer curas» (Lc 9, 2). Estes homens ficam para sempre associados ao Reino de Cristo, porque, por meio deles, Jesus Cristo dirige a Igreja (os apóstolos e os seus sucessores, os bispos, de quem os padres/presbíteros e os diáconos são cooperadores). CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO  «Ora, como se aproximavam os dias de Jesus ser levado deste mundo, Ele tomou a firme resolução de Se dirigir a Jerusalém» (Lc 9, 51).  Fariseus e partidários de Herodes, com sacerdotes e escribas, puseram-se de acordo para dar a morte a Jesus por causa de alguns dos seus atos (expulsões de demónios; perdão dos pecados curas em dia de sábado; interpretação original dos preceitos de pureza legal: trato familiar com publicanos e pecadores públicos, Jesus pareceu a alguns, mal intencionados, suspeito de possessão diabólica. Foi acusado de blasfémia e de falso profetismo, crimes religiosos que a Lei castigava com a pena de morte por apedrejamento. Aos olhos de muitos em Israel, parece que Jesus procede contra as instituições essenciais do Povo.  O mistério pascal da CRUZ E RESSURREIÇÃO DE CRISTO ESTÁ NO CENTRO DA BOA-NOVA que os Apóstolos, e depois deles a Igreja, devem anunciar ao mundo.  A Igreja, no magistério da sua fé e no testemunho dos seus santos, nunca esqueceu que «os pecadores é que foram os autores, e como que os
  • 7. instrumentos, de todos os sofrimentos que o divino Redentor suportou», partindo do princípio de que os NOSSOS PECADOS ATINGEM CRISTO. «Devemos ter como culpados deste horrível crime os que continuam a recair nos seus pecados. Porque foram os nossos crimes que fizeram nosso Senhor Jesus Cristo suportar o suplício da cruz, é evidente que aqueles que mergulham na desordem e no mal crucificam de novo em seu coração (…) o Filho de Deus, pelos seus pecados.  «Cristo MORREU PELOS NOSSOS PECADOS segundo as Escrituras» (1 Cor 15, 3). Fomos resgatados dos nossos pecados pelo sangue precioso de Cristo: «a Cristo, que não conhecera o pecado, Deus fê-lo pecado por amor de nós, para que, em Cristo, nos tornássemos justos aos olhos de Deus» (2 Cor 5, 21).  «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, foi Deus que nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10). «Deus prova assim o seu amor para connosco: CRISTO MORREU POR NÓS quando ainda éramos pecadores» (Rm 5, 8).  Este amor é sem exclusão. A Igreja ensina que Cristo morreu POR TODOS os homens, sem exceção: «Não há, não houve, nem haverá nenhum homem pelo qual Cristo não tenha sofrido».  CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO: Jesus é, ao mesmo tempo, o Servo sofredor, que Se deixa levar ao matadouro sem abrir a boca, carregando os pecados das multidões, e o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel na primeira Páscoa, Toda a vida de Cristo manifesta a sua missão: «servir e dar a vida como resgate pela multidão».  Nenhum homem, ainda que fosse o mais santo, estava em condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência, em Cristo, da pessoa divina do Filho, que ultrapassa e ao mesmo tempo abrange todas as pessoas humanas e O constitui cabeça de toda a humanidade, é que torna possível o seu sacrifício redentor por todos.  A morte de Cristo foi uma VERDADEIRA MORTE, na medida em que pôs fim à sua existência humana terrena. No entanto, «o poder divino preservou o corpo de Cristo da corrupção». «A minha carne repousará na esperança, porque Tu não abandonarás a minha alma na mansão dos mortos, nem deixarás que o teu santo conheça a
  • 8. corrupção» (Act 2, 26-27). A ressurreição de Jesus «ao terceiro dia» (1 Cor 15, 4; Lc 24, 46) era disso sinal, até porque se julgava que a corrupção começava a manifestar-se a partir do quarto dia.  A descida de Jesus à mansão dos mortos, proclamada pela fé, significa que Jesus conheceu a morte, como todos os homens, e foi ter com eles à morada dos mortos. Porém, desceu lá como salvador proclamando a Boa-Nova aos espíritos que ali estavam prisioneiros. Aqueles que aí se encontravam estavam privados da visão de Deus, todos os mortos, maus ou justos. «Foram precisamente essas almas santas, que esperavam o seu libertador (…) que Jesus Cristo libertou quando desceu à mansão dos mortos». Desceu lá como salvador proclamando a Boa-Nova aos espíritos que ali estavam prisioneiros para libertar os justos que O tinham precedido, os justos que tinham morrido antes d´Ele. RESSUSCITOU AO TERCEIRO DIA  A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da nossa fé em Cristo, acreditada e vivida como VERDADE CENTRAL pela primeira comunidade cristã, transmitida como fundamental pela Tradição, estabelecida pelos documentos do Novo Testamento, pregada como parte essencial do mistério pascal, ao mesmo tempo que a cruz: «CRISTO RESSUSCITOU DOS MORTOS. PELA SUA MORTE VENCEU A MORTE, E AOS MORTOS DEU A VIDA».  O sepulcro vazio constitui, para todos, um sinal essencial. A descoberta do facto pelos discípulos foi o primeiro passo para o reconhecimento do facto da ressurreição. Foi, primeiro, o caso das santas mulheres, depois o de Pedro. «O discípulo que Jesus amava» (Jo 20, 2) afirma que, ao entrar no sepulcro vazio e ao descobrir «os lençóis no chão» (Jo 20, 6), «viu e acreditou» (Jo 20, 9).  Maria Madalena e as santas mulheres, que vinham para acabar de embalsamar o corpo de Jesus, sepultado à pressa por causa do início do «Sábado», no fim da tarde de Sexta-feira Santa, foram as primeiras pessoas a encontra-se com o Ressuscitado (Mt 28, 9-10; Jo 20, 11-18). Assim, as mulheres foram as primeiras mensageiras da ressurreição de Cristo para os próprios Apóstolos.  Em seguida, foi a eles que Jesus apareceu: primeiro a Pedro, depois aos Doze (1 Cor 15, 5).
  • 9. Pedro, incumbido de consolidar a fé dos seus irmãos, vê, portanto, o Ressuscitado antes deles e é com base no seu testemunho que a comunidade exclama: «Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão» (Lc 24, 34.36).  Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu em conjunto, além de Tiago e de todos os Apóstolos (1 Cor 15, 4- 8).  Jesus Ressuscitado estabeleceu com os seus discípulos relações diretas, através do contacto físico (Lc 24, 39; Jo 20, 27) e da participação na refeição (Jo 21, 9.13-15). Desse modo, convida-os a reconhecer que não é um espírito, e sobretudo a verificar que o corpo ressuscitado, com o qual se lhes apresenta, É O MESMO que foi torturado e crucificado, pois traz ainda os vestígios da paixão (Lc 24, 40; Jo 20, 20.27). No entanto, este corpo autêntico e real possui, ao mesmo tempo, as PROPRIEDADES NOVAS dum corpo glorioso: não está situado no espaço e no tempo, mas pode, livremente, tornar-se presente onde e quando quer. Também por este motivo, Jesus Ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como quer: sob a aparência dum jardineiro (Jo 20, 14-15) ou «com um aspecto diferente» (Mc 16, 12) daquele que era familiar aos discípulos; e isso, precisamente, para lhes despertar a fé (Jo 20, 14.16; 21, 4.7). No seu corpo ressuscitado, Ele passa do estado de morte a uma outra vida, para ALÉM DO TEMPO E DO ESPAÇO.  Pela sua morte, Cristo LIBERTA-NOS DO PECADO; pela sua ressurreição, abre-nos o ACESSO A UMA NOVA VIDA. Esta é, antes de mais, a justificação, que nos repõe na graça de Deus, «para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos [...], também nós vivamos uma vida nova» (Rm 6, 4). Realiza uma adoção filial, porque os homens tornam-se irmãos de Cristo, como o próprio Jesus chama aos discípulos depois da ressurreição: «Ide anunciar aos meus irmãos» (Mt 28, 10) (584). Irmãos, não por natureza, mas por dom da graça, porque esta filiação adotiva proporciona uma participação real na vida do Filho, plenamente revelada na sua ressurreição. SUBINDO AOS CÉUS ABRIU-NOS O CAMINHO  Abandonada às suas forças naturais, a humanidade não tem acesso à «Casa do Pai» (Jo 14, 2), à vida e à felicidade de Deus. Só Cristo pode abrir ao homem este acesso: «subindo aos céus, como nossa cabeça e primogénito, DEU-NOS A ESPERANÇA DE IRMOS UM DIA AO SEU ENCONTRO, como membros do seu corpo» (Missal Romano).
  • 10.  Cristo é a CABEÇA DA IGREJA, QUE É O SEU CORPO (Ef 1, 22). Elevado ao céu e glorificado, tendo assim cumprido plenamente a sua missão, continua na terra por meio da Igreja.  «O Reino de Cristo já está misteriosamente presente na Igreja» (LG 3), «gérmen (semente) e princípio deste mesmo Reino na Terra» (LG 5). Reino que, contudo, ainda não está acabado «em poder e glória» (Lc 21, 27) pois ainda é atacado pelos poderes do mal. Mas, quando atingir a sua consumação, a seguir à «conversão total» (Rm 11, 25; Lc 21,24), dará ao povo de Deus ocasião de «realizar a plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), na qual «DEUS SERÁ TUDO EM TODOS» (1 Cor 15, 2) e se estabelecerá a ordem definitiva da justiça, do amor e da paz. VIRÁ DE NOVO PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS  Cristo é Senhor da vida eterna. O pleno direito de JULGAR DEFINITIVAMENTE AS OBRAS E OS CORAÇÕES DOS HOMENS pertence-Lhe a Ele, enquanto redentor do mundo. Ele «adquiriu» este direito pela sua cruz. Por isso, o Pai entregou «ao Filho todo o poder de julgar» (Jo 5, 22; 5, 27; Mt 25, 31; At 10, 42; 17, 31; 2Tm 4,1). Ora, o Filho não veio para julgar, mas para salvar (Jo 3, 17) e dar a vida que tem em Si (Jo 5, 26). É PELA RECUSA DA GRAÇA NESTA VIDA QUE CADA QUAL SE JULGA JÁ A SI PRÓPRIO (Jo 3, 18; 12, 48), recebe segundo as suas obras (1 Cor 3, 12-15) e pode, mesmo, condenar-se para a eternidade, recusando o Espírito de amor (Mt 12, 32; Heb 6, 4-6; 10, 26-31). CATEQUESES SOBRE OS SACRAMENTOS* Como compreender, e a partir de que bases, que há sacramentos que nos fazem cristãos e nos curam? Cristo glorificado, derramando o Espírito Santo sobre o seu corpo que é a Igreja, age pelos sacramentos que instituiu, comunicando a sua graça (CIC 1084) e introduzindo no Reino do Pai aqueles que o recebem com disposição de coração e resposta da fé. Nos sacramentos, Cristo torna-se presente com a sua virtude entre os homens (CIC 1088) e pela ação do Espírito Santo no coração da Igreja. Nós, que somos os seus membros, acolhendo-o, vivemos na vida presente as primícias dos dons da vida de Cristo ressuscitado. Eles estão ordenados a curar os Homens das insídias do pecado, à sua santificação, e a fazê-los cristãos, corpo de Cristo (CIC 1123).
  • 11. Sacramentos que nos fazem Cristãos: No geral, todos os sacramentos comunicam-nos e introduzem-nos nos dons da vida nova de Cristo e, por isso, fazem-nos cristãos. Todavia há três, os quais comumente chamamos de sacramentos da iniciação cristã, em que isso mais se evidencia, a saber: Batismo, Confirmação e Eucaristia. 1. O Batismo: «A Igreja é o grande sacramento da comunhão divina que reúne os filhos de Deus dispersos» (CIC 1108). É ela, Mãe e Mestra, que no seu ventre, a piscina batismal, faz-nos nascer da água e do Espírito para a vida nova em Cristo, faz-nos filhos no Filho (Gl 4,5-7), faz-nos participantes do Reino (Jo 3,5) e herdeiros da vida eterna (Rom 8,15-17). O Batismo nasce da missão de evangelizar, é preparado pela Palavra de Deus e pela fé e é assentimento à dita Palavra (CIC 1122). A “travessia” da água da piscina batismal representa a configuração com a morte de Cristo (Rom 6,3-4), a purificação do pecado (1 Cor 6,11), um “novo nascimento” (cf. Jo 3,5; Tit 3,5; 1 Pe 1,3.23; Justino, Apol, I, 66,1) para uma “vida nova” (Rom 6,6), a qual já não está escrava do pecado e da antiga lei, mas é santificada, porque participa do mistério pascal da vida trinitária (1 Cor 6,11), e a incorporação num novo corpo (1 Cor 12,13). O Batismo perdoa todos os pecados e santifica; por isso, também cura o Homem. O Batismo incorpora o Homem no corpo místico de Cristo (Act 2,38-41), que é a Igreja; por isso, o faz cristão e é o «pórtico da vida no Espírito e a porta que abre a outros sacramentos» (CIC 1213). 2. A Confirmação: Desde os primeiros tempos da Igreja que os apóstolos, e depois os bispos, seus sucessores, vem comunicando aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito para completar a graça recebida no Batismo (CIC 1288). Este sacramento confirma o Batismo e consolida a graça batismal, fortalece e interioriza os aspetos contidos em gérmenes no Batismo, levando o cristão «à “maturidade” ontológica […] e à “maturidade” que o capacita a cumprir a sua missão na Igreja e no mundo» (CELAM1, 105). Dele faz parte a unção com o óleo crismal, cujo nome advém de Cristo, o ungido de Deus - aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (At 10, 38). «Por meio da confirmação, o batizado transforma-se, como Cristo, no ungido do Senhor» (CELAM, 99). O óleo arrasta consigo todo um campo de significados: unção de reis, profetas e sacerdotes; alimento para a luz das candeias; sinal da abundância e de alegria; purifica e torna agradável com o perfume; torna ágil e impede de ser agarrado e domado pelo inimigo; suaviza as dores e cura as feridas (Mc 6,13); etc. O confirmado é marcado com o selo do Espírito Santo (Ef 4,30; 2 Cor 1,21-22), é sua propriedade e ao mesmo tempo símbolo autentificado da sua pessoa (CIC 1295). A confirmação “reaviva” o dom recebido no Batismo, contribui e torna visível a edificação da Igreja na diversidade de carismas e «simboliza perfeitamente a incorporação plena a Cristo, rei, sacerdote e profeta» (CELAM, 99) e como tal, a edificação do corpo de Cristo, por isso nos faz cristãos. Ao mesmo tempo, cura o Homem na medida em que mantém viva nos fiéis a sua Palavra e os seus efeitos, comunica a plenitude do Espírito e a vida nova em Cristo ressuscitado, constitui-nos novas criaturas regeneradas, liberta-nos da escravidão da lei e da fragilidade da carne, tornando presente em nós a glória do Senhor e transformando-nos à sua imagem. 3. Eucaristia: Se o Batismo regenera na vida nova de Cristo, a Confirmação aperfeiçoa e a Eucaristia conclui. «A Eucaristia acaba e aperfeiçoa a iniciação cristã, como um ápice de um processo» (CELAM, 118). Ela é fonte de vida batismal para os regenerados pela água e pelo Espírito pois nela o cristão, pela escuta da Palavra e pela comunhão do corpo e sangue de Cristo, encontra orientação para a sua vida e para a participação plena na comunidade eclesial. Ela recorda e torna presente o mistério da Cruz, que é a fonte batismal e é o auge da vida comunitária composta por três traços fundamentais: ensino dos apóstolos, comunhão, fração do pão e orações (Act 2,42-46). Ela marca a tensão entre a vida presente e a vida esperada com a última vinda do Senhor, entre a ceia terrena e o banquete das núpcias do Cordeiro (Ap 19,9). Enquanto comunidade reunida à volta do mesmo altar e que comunga o mesmo pão e o mesmo vinho, ela é espelho e fonte de unidade eclesial, contribui para edificar o corpo de Cristo ao mesmo tempo que o espelha e, por isso, faz cristãos aqueles que nela 1 CELAM, A celebração do mistério pascal – os sacramentos: sinais do mistério pascal (São Paulo: Paulus, 2005).
  • 12. participam. Pela escuta da Palavra, pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo e pela oração de imprecação, ela é fonte de santidade para os fiéis, consolo para o sofrimento, remédio que fortalece a alma contra o pecado, alimento que restaura as forças físicas e orientação no Caminho para o Pai e, como tal, sacramento que cura as debilidades humanas. Sacramentos que nos curam: Pelos sacramentos da iniciação cristã o homem recebe a vida nova de Cristo, mas esta vida trazemo-la «em vasos de barro» (2 Cor 4,7). Ora, consciente das debilidades humanas, Cristo, médico dos corpos e das almas, quis que a Igreja continuasse a obra que Ele mesmo entre nós realizou, perdoando os pecados e curando as enfermidades (Mc 2, 1-12). Como fui dizendo para cada um dos sacramentos de iniciação cristã, todos eles têm uma vertente curativa para o homem fazendo-o crescer na santidade, fortalecendo-o contra o mal e as debilidades inerentes à sua natureza e confortando-o diante do sofrimento. Há, no entanto, dois sacramentos, onde isto mais se evidencia, aos quais costumamos chamar sacramentos de cura, a saber: Reconciliação e Unção dos doentes. 1. Reconciliação: também chamado sacramento da conversão, nasce do apelo de Jesus à conversão e do esforço do pecador arrependido em tornar à casa do Pai (CIC 1423). A conversão (contrição e propósito de uma vida nova) exprime-se mediante a confissão feita à Igreja e a remissão dos pecados obtém-se por meio da Igreja, remissão esta que é, ao mesmo tempo, reconciliação com Deus e com a Igreja (CELAM, 226). No Batismo os cristãos tornam-se «santos e imaculados» (Ef 1,4). No entanto, a vida nova com ele recebida não suprime a debilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação para o pecado (CIC 1426). Todavia, o apelo de Cristo à conversão em vista da santidade e da vida eterna não cessa. Assim, ao fiel pecador, a Igreja espelhando a misericórdia de Cristo, concede-lhe, em nome do Senhor, o perdão, convidando-o , auxiliado pelo Espírito do Senhor, a um caminho de contrição e penitência, em vista da cura das suas debilidades, do fortalecimento contra a repetição do erro e de uma restauração da paz e da tranquilidade da consciência, bem como uma reconciliação plena com Deus e com a Igreja. Ele restitui a dignidade e os bens próprios da vida dos filhos de Deus. Por isso, restitui ao fiel, com propriedade, o nome de cristão. 2. Unção dos doentes: «a doença leva à angústia, ao fechar-se sobre si mesmo e até, por vezes, ao desespero e à revolta contra Deus mas também pode tornar uma pessoa mais amadurecida, ajudá-la a discernir […] à busca de Deus, a um regresso a Ele» (CIC 1501). Neste sacramento, a Igreja atua como Cristo médico: pede aos doentes que acreditem em Deus e assim suportem melhor as contrariedades, testemunha-lhes a oposição da doença à bondade de Deus criador, comove-se com o seu sofrimento, identifica-se com eles, permite-lhes tocar a divindade que se lhes faz próxima, compartilha os seus sofrimentos, procura curá-los, sempre numa incansável atitude de mostrar e fazer próximo o Reino. Assim, este sacramento visa, sobretudo, auxiliar o fiel a não perder a fé e a esperança, agarrando-se, com todas as forças do coração e da mente, a Deus, tendo em vista a atenuação da dor física, evitando o temor, a angústia, o desespero, a sensação de solidão, ajudando a integrar a dor como parte inerente à vida humana.
  • 13. Catequeses de Preparação para o Crisma Quando e onde?  De 29 de Agosto a 4 de Setembro de 2022  Às 21:00 horas  Igreja de Poço do Canto Destinatários  Obrigatório: Candidatos ao Crisma  Se tiverem interesse: Pais (das crianças dos vários anos de catequese) Outros interessados (cristãos comprometidos da nossa comunidade paroquial) Catequistas Organização  Duração de 60 até 90 minutos  Primeiros 15-30 minutos: apresentação de trabalhos individuais pelos candidatos;  Seguintes 30 minutos: Catequese do Pároco;  Últimos 15 minutos: Avaliação de conhecimentos adquiridos ao longo dos anos de catequese e Confissões (aqueles que constam na folha de inscrição). Participação:  Obrigatória para todos os candidatos ao Crisma - Conforme o pior desempenho na assiduidade ao longo do ano de catequese mais aumenta a exigência na assiduidade nestes encontros. - Os candidatos que foram menos assíduos terão de fazer a apresentação oral (durante 5 a 10 minutos) de trabalhos de leitura e pesquisa que demonstrem a apreensão de conhecimentos sobre temas fixados. As redações escritas também têm de ser entregues ao Pároco. Temas:  Segunda-feira e terça-feira: “Acredito em Jesus Cristo. Quem é Ele?”  Quarta-feira: “Os 7 Sacramentos: Origem, matéria, significado e finalidade”  Quinta-feira e Sexta-feira: “O Pai-Nosso: compreender as palavras com que Jesus nos ensinou a rezar” Material:  Caderno e esferográfica
  • 14. Lista dos Candidatos Inscritos Nome Presença na catequese e missas Presença nos encontros Apresentação de Trabalhos Demonstração de conhecimentos Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média Rara Pode dar 0 faltas 2 trabalhos Exigência Máxima Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média Rara Pode dar 0 faltas 2 trabalhos Exigência Máxima Quase nula Pode dar 0 faltas 3 trabalhos Exigência Máxima Frequente Pode dar 0 faltas ------- Exigência Média Rara Pode dar 0 faltas 2 trabalhos Exigência Máxima Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média Quase toda Pode dar 1 falta ------ Exigência Leve Quase toda Pode dar 1 falta ------ Exigência Leve Rara Pode dar 0 faltas 2 trabalhos Exigência Máxima Quase nula Pode dar 0 faltas 3 trabalhos Exigência Máxima Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média Frequente Pode dar 1 falta ------ Exigência Média Quase nula Pode dar 0 faltas 3 trabalhos Exigência Máxima 1. Os candidatos ao crisma a quem lhes seja exigido trabalhos de leitura e pesquisa que não façam uma apresentação satisfatória (escrita e oral) dos mesmos consideram-se automaticamente inaptos para celebrarem o sacramento do Crisma. Critérios dos trabalhos: A quem se lhe exige 2 trabalhos: A quem se lhe exige 3 trabalhos: 1 - Apresenta os 7 Sacramentos: Numa síntese de duas páginas e Oralmente durante 5 a 7 minutos; Bibliografia: parágrafos 1212 até 1666 do Catecismo da Igreja Católica; 2 - Apresenta a Oração do Pai-Nosso: Numa síntese de uma página e Oralmente durante 5 a 7 minutos: Bibliografia: parágrafos 2759 até 2865 do Catecismo da Igreja Católica; 1 – Creio em Jesus Cristo, Filho Único de Deus: Explicar o significado desta afirmação numa síntese de cinco páginas e Oralmente durante 10 minutos. Bibliografia: parágrafos 422 até 682 do Catecismo da Igreja Católica; 2 - Apresenta os 7 Sacramentos: Numa síntese de duas páginas e Oralmente durante 5 a 7 minutos; Bibliografia: parágrafos 1212 até 1666 do Catecismo da Igreja Católica; 3 - Apresenta a Oração do Pai-Nosso: Numa síntese de uma página e Oralmente durante 5 a 7 minutos: Bibliografia: parágrafos 2759 até 2865 do Catecismo da Igreja Católica; Bibliografia disponível em: https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/prima-pagina-cic_po.html