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CARDIOTOCOGRAFIA
MATERNIDADE MUNICIPAL LUCILLA BALLALAI
CARDIOTOCOGRAFIA
PROPOSTA:
Explicar de forma suscinta as diretrizes para laudar o
exame de cardiotocografia dentro das diretrizes do ALSO.
NENHUMA PACIENTE DA MATERNIDADE MUNICIPAL É
LIBERADA SEM A REALIZAÇÃO DA
CARDIOTOCOGRAFIA.
CARDIOTOCOGRAFIA
AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR FETAL BASEADO NA
CONTRATILIDADE UTERINA, FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL E
MOVIMENTO FETAL
CARDIOTOCOGRAFIA
DR C BA V A D A
• Determinação de risco
• Contrações
• Base Line (linha de base)
• Variabilidade
• Desacelerações
• Análise final
CARDIOTOCOGRAFIA
DETERMINAÇÃO DE RISCO: DR
Análise da história clínica da paciente.
Queixa atual
Gestação de alto ou baixo risco
• ALTO RISCO
• BAIXO RISCO
CARDIOTOCOGRAFIA
CONTRAÇÕES: C
Atenção pois o trasndutor é externo, estando sujeito a variações.
• PRESENTES
• AUSENTES
CARDIOTOCOGRAFIA
BASE LINE (linha de base) BA
• NORMAL
• ALTERADA
• ENTRE 110 a 180 bpm
CARDIOTOCOGRAFIA
FREQUÊNCIA CARDÍACA BASAL (FCB): É a média da
freqüência cardíaca sobre um período de 10 minutos
(sem acelerações ou desacelerações). Normalmente varia
entre 120 e 160 batimentos por minuto. Dependendo da
idade gestacional, a freqüência cardíaca de 110bpm pode
ser considerada normal ( gestação pós-data). A FCB pode
mudar de tempo em tempo, por exemplo começar com
120bpm e depois de 20 minutos estar a 140bpm, mas
freqüentemente ela é mais ou menos constante.
* Na figura acima, a FCB é a média entre a maior
freqüência 150bpm e a menor, 120bpm.
Ou seja, (150 + 120) : 2 = 135bpm.
meno
r
maior
CARDIOTOCOGRAFIA
BRADICARDIA: É definida como uma freqüência
cardíaca basal de menos de 110 batimentos por minuto
por pelo menos 10 minutos. Se a freqüência cardíaca
basal está entre 100 e 110 batimentos por minuto pode
ser considerada suspeita, mas abaixo de 100bpm é
sempre patológica. A bradicardia é indicador de
sofrimento fetal agudo e se a causa não pode ser
revertida, o parto deverá ser imediato.
CARDIOTOCOGRAFIA
TAQUICARDIA: Uma taquicardia suspeita é definida
como estando entre 160 e 170bpm, enquanto a patológica
está acima de 170bpm. Taquicardia pode ser causada por
febre materna, infecção fetal (corioamnionite), arritmias
cardíacas e ocasionalmente sofrimento fetal.
CARDIOTOCOGRAFIA
VARIABILIDADE: VA
• NORMAL
• ALTERADA
VARIABILIDADE: Existem dois tipos de variabilidade
na freqüência cardíaca basal.
O primeiro é a variabilidade de “curto termo” (short
term variability). Esta não pode ser detectada pela
cardiotocografia. A segunda variabilidade é chamada de
“longo termo” (long term variability). Ela compreende as
variações na freqüência cardíaca fetal basal. Esta
variação é devido a um amadurecimento do sistema
nervoso central, parassimpático, e sua presença indica
um feto saudável.
Esta variabilidade deve estar entre 6 e 15 batimentos
por minuto. A variabilidade está ausente quando abaixo
de 2bpm; diminuída quando entre 3 e 5bpm, e aumentada
quando acima de 15bpm.
Vamos ver, se conseguimos entender. Abaixo,
mostramos uma variabilidade diminuída, estimada em
4bpm. Para calcular a variabilidade, subtraímos a maior
freqüência cardíaca da menor e esta diferença é a
variabilidade. Aqui usamos um período de
aproximadamente 3 minutos de traçado.
158
154
CARDIOTOCOGRAFIA
O que devemos ter em mente em caso de variabilidade
diminuída?
1. Idade Gestacional. Este talvez seja a primeira
pergunta a se fazer quando se olhar o traçado.
Não podemos esperar que um feto em
prematuridade extrema tenha a mesma
variação na freqüência cardíaca que um feto a
termo. Pois como já foi dito, a variabilidade
depende da maturidade do sistema nervoso
central. Geralmente a variabilidade começa a
ser mais evidente após 34 semanas de
gestação, podendo acontecer antes disso.
2. Medicação Materna: Esta é outra causa comum
de variabilidade diminuída sem na verdade
representar patologia. Drogas que comumente
usamos na prática obstétrica e que podem
diminuir a variabilidade são: Aldomet,
Hidralazina, Labetolol, Adalat, Demerol
(Dolantina), anti-heméticos endovenosos,
sedativos de modo geral.
3. Sinais Vitais maternos: É fundamental que
enquanto o traçado de CTG é registrado, os
sinais vitais maternos sejam registrados nele a
cada 15 ou 20 minutos. Hipotensão Materna,
Taquicardia materna e febre podem diminuir a
variabilidade da FCF.
4. Tempo de duração: Se for por tempo limitado
com boa recuperação, pode ter correspondido a
período de sono fetal.
5. Malformações congênitas como anencefalia e
arritmias cardíacas. Taquicardia fetal
CARDIOTOCOGRAFIA
ACELERAÇÕES: A
• PRESENTES
• AUSENTES
Melhor indicador
ACELERAÇÕES: São aumentos transitórios da FCB.
Acelerações são sinais de que há integridade do sistema
nervoso central do feto e do mecanismo que controla o
coração. Mostram a resposta fetal aos movimentos
corporais fetais. Para serem consideradas acelerações,
elas devem apresentar um aumento em relação a FCB em
pelo menos 15 batimentos por minuto e devem durar pelo
menos 15 segundos. Em um traçado de 20 minutos, se é
esperado que ocorram pelo menos 2 acelerações.
CARDIOTOCOGRAFIA
DESACELERAÇÕES: D
DESACELERAÇÕES: Existem 3 tipos diferentes de
desacelerações. Elas são a resposta do feto a um
estímulo negativo. Nem sempre representam patologia ou
perigo. Durante o trabalho de parto, 50% dos fetos
apresentando desacelerações não apresentam hipóxia.
Portanto, é necessário conhecer bem as desacelerações
e seus significados para que não corramos no erro de
diagnosticar Sofrimento Fetal Agudo quando ele não
existe.
CARDIOTOCOGRAFIA
DESACELERAÇÕES PRECOCES (DIP TIPO I)
As desacelerações precoces estão relacionadas com as
contrações e por isso são vistas durante o trabalho de
parto, e daí sua definição como Desaceleração Intra-
Parto Tipo I (DIP I). São comumente encontradas no
segundo Estágio do Trabalho de Parto. São, na maioria
das vezes, a reflexão da descida do pólo cefálico na
pelve. São a resposta a compressão da cabeça fetal, mais
precisamente a parte frontal da testa e olhos.
CARDIOTOCOGRAFIA (DIP I)
Elas ocorrem concomitante com as contrações, e seu
NADIR coincide com o PICO da contração.
Elas representam um estado fisiológico e não patológico.
Sua presença muitas vezes nos dá uma indicação de que o
trabalho de parto está progredindo e não deve ser
interpretada como patológica.
Quando ela ocorre fora do trabalho de parto, por
exemplo, durante uma contração de “Braxton Hicks”,
devemos interpreta-la com cuidado, pois estes estímulos
fisiológicos não existem já que a cabeça do feto não está
sendo comprimida. Sua interpretação dependerá de
outros fatores na CTG como presença ou não de
acelerações e variabilidade. Também possíveis estados
patológicos do feto ou da gestante devem ser analisados
e outras formas de avaliação fetal devem ser indicadas.
CARDIOTOCOGRAFIA (DIP I)
CARDIOTOCOGRAFIA (DIP II)
DESACELERAÇÃO TARDIA (OU DIP TIPO II).
As desacelerações do tipo II também estão
relacionadas com as contrações uterinas e por
isso ocorrem dentro do trabalho de parto. Para
serem consideradas como preocupantes elas
devem se repetir e não ocorrer uma só vez.
Estas desacelerações têm seu NAIR depois do
pico da contração e demonstram uma “demora” na
recuperação da FCB fetal e esta demora pode ser
devido a um comprometimento fetal. Portanto
elas sugerem Sofrimento Fetal, mas não são
patogonomônicas do mesmo. Sua repetição no
entanto por um período prolongado de tempo pode
levar ao Sofrimento fetal agudo e Acidose
Metabólica.
CARDIOTOCOGRAFIA (DIPII)
CARDIOTOCOGRAFIA
DESACELERAÇÕES VARIÁVEIS:
As desacelerações variáveis mudam de forma e
tempo. Podem ocorrer dentro ou fora do trabalho
de parto. Geralmente tem uma forma mais em “V”
quando comparada com as desacelerações precoce
e tardia que mais freqüentemente apresentam
formato em “U”.
Sua significância é até hoje de difícil
interpretação.
A causa mais comum de desaceleração variável é a
compressão do cordão umbilical. Quando fora do
trabalho de parto e seguindo o movimento fetal,
temos que suspeitar de Oligohidrâmnio.
Durante o trabalho de parto, pode significar desde uma
variação do DIP I até Sofrimento Fetal Agudo. Portanto,
outras variações no traçado devem ser cuidadosamente
analisadas
CARDIOTOCOGRAFIA
AVALIAÇÃO FINAL: A
FETO ATIVO
FETO NÃO ATIVO
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Cardiotocografia

  • 2. CARDIOTOCOGRAFIA PROPOSTA: Explicar de forma suscinta as diretrizes para laudar o exame de cardiotocografia dentro das diretrizes do ALSO. NENHUMA PACIENTE DA MATERNIDADE MUNICIPAL É LIBERADA SEM A REALIZAÇÃO DA CARDIOTOCOGRAFIA.
  • 3. CARDIOTOCOGRAFIA AVALIAÇÃO DO BEM ESTAR FETAL BASEADO NA CONTRATILIDADE UTERINA, FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL E MOVIMENTO FETAL
  • 4. CARDIOTOCOGRAFIA DR C BA V A D A • Determinação de risco • Contrações • Base Line (linha de base) • Variabilidade • Desacelerações • Análise final
  • 5. CARDIOTOCOGRAFIA DETERMINAÇÃO DE RISCO: DR Análise da história clínica da paciente. Queixa atual Gestação de alto ou baixo risco • ALTO RISCO • BAIXO RISCO
  • 6. CARDIOTOCOGRAFIA CONTRAÇÕES: C Atenção pois o trasndutor é externo, estando sujeito a variações. • PRESENTES • AUSENTES
  • 7. CARDIOTOCOGRAFIA BASE LINE (linha de base) BA • NORMAL • ALTERADA • ENTRE 110 a 180 bpm
  • 8. CARDIOTOCOGRAFIA FREQUÊNCIA CARDÍACA BASAL (FCB): É a média da freqüência cardíaca sobre um período de 10 minutos (sem acelerações ou desacelerações). Normalmente varia entre 120 e 160 batimentos por minuto. Dependendo da idade gestacional, a freqüência cardíaca de 110bpm pode ser considerada normal ( gestação pós-data). A FCB pode mudar de tempo em tempo, por exemplo começar com 120bpm e depois de 20 minutos estar a 140bpm, mas freqüentemente ela é mais ou menos constante. * Na figura acima, a FCB é a média entre a maior freqüência 150bpm e a menor, 120bpm. Ou seja, (150 + 120) : 2 = 135bpm. meno r maior
  • 9. CARDIOTOCOGRAFIA BRADICARDIA: É definida como uma freqüência cardíaca basal de menos de 110 batimentos por minuto por pelo menos 10 minutos. Se a freqüência cardíaca basal está entre 100 e 110 batimentos por minuto pode ser considerada suspeita, mas abaixo de 100bpm é sempre patológica. A bradicardia é indicador de sofrimento fetal agudo e se a causa não pode ser revertida, o parto deverá ser imediato.
  • 10. CARDIOTOCOGRAFIA TAQUICARDIA: Uma taquicardia suspeita é definida como estando entre 160 e 170bpm, enquanto a patológica está acima de 170bpm. Taquicardia pode ser causada por febre materna, infecção fetal (corioamnionite), arritmias cardíacas e ocasionalmente sofrimento fetal.
  • 11. CARDIOTOCOGRAFIA VARIABILIDADE: VA • NORMAL • ALTERADA VARIABILIDADE: Existem dois tipos de variabilidade na freqüência cardíaca basal. O primeiro é a variabilidade de “curto termo” (short term variability). Esta não pode ser detectada pela cardiotocografia. A segunda variabilidade é chamada de “longo termo” (long term variability). Ela compreende as variações na freqüência cardíaca fetal basal. Esta variação é devido a um amadurecimento do sistema nervoso central, parassimpático, e sua presença indica um feto saudável. Esta variabilidade deve estar entre 6 e 15 batimentos por minuto. A variabilidade está ausente quando abaixo de 2bpm; diminuída quando entre 3 e 5bpm, e aumentada quando acima de 15bpm. Vamos ver, se conseguimos entender. Abaixo, mostramos uma variabilidade diminuída, estimada em 4bpm. Para calcular a variabilidade, subtraímos a maior freqüência cardíaca da menor e esta diferença é a variabilidade. Aqui usamos um período de aproximadamente 3 minutos de traçado. 158 154
  • 12. CARDIOTOCOGRAFIA O que devemos ter em mente em caso de variabilidade diminuída? 1. Idade Gestacional. Este talvez seja a primeira pergunta a se fazer quando se olhar o traçado. Não podemos esperar que um feto em prematuridade extrema tenha a mesma variação na freqüência cardíaca que um feto a termo. Pois como já foi dito, a variabilidade depende da maturidade do sistema nervoso central. Geralmente a variabilidade começa a ser mais evidente após 34 semanas de gestação, podendo acontecer antes disso. 2. Medicação Materna: Esta é outra causa comum de variabilidade diminuída sem na verdade representar patologia. Drogas que comumente usamos na prática obstétrica e que podem diminuir a variabilidade são: Aldomet, Hidralazina, Labetolol, Adalat, Demerol (Dolantina), anti-heméticos endovenosos, sedativos de modo geral. 3. Sinais Vitais maternos: É fundamental que enquanto o traçado de CTG é registrado, os sinais vitais maternos sejam registrados nele a cada 15 ou 20 minutos. Hipotensão Materna, Taquicardia materna e febre podem diminuir a variabilidade da FCF. 4. Tempo de duração: Se for por tempo limitado com boa recuperação, pode ter correspondido a período de sono fetal. 5. Malformações congênitas como anencefalia e arritmias cardíacas. Taquicardia fetal
  • 13. CARDIOTOCOGRAFIA ACELERAÇÕES: A • PRESENTES • AUSENTES Melhor indicador ACELERAÇÕES: São aumentos transitórios da FCB. Acelerações são sinais de que há integridade do sistema nervoso central do feto e do mecanismo que controla o coração. Mostram a resposta fetal aos movimentos corporais fetais. Para serem consideradas acelerações, elas devem apresentar um aumento em relação a FCB em pelo menos 15 batimentos por minuto e devem durar pelo menos 15 segundos. Em um traçado de 20 minutos, se é esperado que ocorram pelo menos 2 acelerações.
  • 14. CARDIOTOCOGRAFIA DESACELERAÇÕES: D DESACELERAÇÕES: Existem 3 tipos diferentes de desacelerações. Elas são a resposta do feto a um estímulo negativo. Nem sempre representam patologia ou perigo. Durante o trabalho de parto, 50% dos fetos apresentando desacelerações não apresentam hipóxia. Portanto, é necessário conhecer bem as desacelerações e seus significados para que não corramos no erro de diagnosticar Sofrimento Fetal Agudo quando ele não existe.
  • 15. CARDIOTOCOGRAFIA DESACELERAÇÕES PRECOCES (DIP TIPO I) As desacelerações precoces estão relacionadas com as contrações e por isso são vistas durante o trabalho de parto, e daí sua definição como Desaceleração Intra- Parto Tipo I (DIP I). São comumente encontradas no segundo Estágio do Trabalho de Parto. São, na maioria das vezes, a reflexão da descida do pólo cefálico na pelve. São a resposta a compressão da cabeça fetal, mais precisamente a parte frontal da testa e olhos.
  • 16. CARDIOTOCOGRAFIA (DIP I) Elas ocorrem concomitante com as contrações, e seu NADIR coincide com o PICO da contração. Elas representam um estado fisiológico e não patológico. Sua presença muitas vezes nos dá uma indicação de que o trabalho de parto está progredindo e não deve ser interpretada como patológica. Quando ela ocorre fora do trabalho de parto, por exemplo, durante uma contração de “Braxton Hicks”, devemos interpreta-la com cuidado, pois estes estímulos fisiológicos não existem já que a cabeça do feto não está sendo comprimida. Sua interpretação dependerá de outros fatores na CTG como presença ou não de acelerações e variabilidade. Também possíveis estados patológicos do feto ou da gestante devem ser analisados e outras formas de avaliação fetal devem ser indicadas.
  • 18. CARDIOTOCOGRAFIA (DIP II) DESACELERAÇÃO TARDIA (OU DIP TIPO II). As desacelerações do tipo II também estão relacionadas com as contrações uterinas e por isso ocorrem dentro do trabalho de parto. Para serem consideradas como preocupantes elas devem se repetir e não ocorrer uma só vez. Estas desacelerações têm seu NAIR depois do pico da contração e demonstram uma “demora” na recuperação da FCB fetal e esta demora pode ser devido a um comprometimento fetal. Portanto elas sugerem Sofrimento Fetal, mas não são patogonomônicas do mesmo. Sua repetição no entanto por um período prolongado de tempo pode levar ao Sofrimento fetal agudo e Acidose Metabólica.
  • 20. CARDIOTOCOGRAFIA DESACELERAÇÕES VARIÁVEIS: As desacelerações variáveis mudam de forma e tempo. Podem ocorrer dentro ou fora do trabalho de parto. Geralmente tem uma forma mais em “V” quando comparada com as desacelerações precoce e tardia que mais freqüentemente apresentam formato em “U”. Sua significância é até hoje de difícil interpretação. A causa mais comum de desaceleração variável é a compressão do cordão umbilical. Quando fora do trabalho de parto e seguindo o movimento fetal, temos que suspeitar de Oligohidrâmnio. Durante o trabalho de parto, pode significar desde uma variação do DIP I até Sofrimento Fetal Agudo. Portanto, outras variações no traçado devem ser cuidadosamente analisadas
  • 21. CARDIOTOCOGRAFIA AVALIAÇÃO FINAL: A FETO ATIVO FETO NÃO ATIVO TRANQUILIZADOR NÃO TRANQUILIZADOR • CATEGORIA I • CATEGORIA II