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média de R$ 2,17/litro e o queijo muçarela, de
R$ 12,33/kg, aumentos de 3,5% e de 3,1%,
respectivamente, em relação a maio. Essa
pesquisa do Cepea é realizada diariamente com
laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro
da Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB) e da Confederação Brasileira de
Cooperativas de Laticínios (CBCL).
– Em junho, o preço bruto
pago ao produtor de Goiás continuou sendo o
maior dentre os estados que compõem a “média
Brasil”, alcançando R$ 1,0772/litro, alta de
4,1% em relação a maio (4,2 centavos/litro).
Logo em seguida vem São Paulo, onde a média
foi de R$ 1,0449/litro, acréscimo de 4,9% (ou
4,9 centavos/litro); Minas Gerais, que teve
reajuste de 3,1% (3,2 centavos), com o litro a R$
1,0385.
No Paraná, a alta foi de 1,7% (1,6 centavo/litro),
com a média atingindo R$ 0,9758/litro em junho.
No mesmo sentido, Santa Catarina obteve
AO PRODUTOR
PRODUÇÃO SEGUE BAIXA; DEMANDA SURPREENDE E PREÇO SOBE PELO 5º MÊS
A menor produção de leite neste período de
entressafra e a demanda firme – que, inclusive,
tem surpreendido agentes do setor –
impulsionaram os valores pagos aos produtores
pelo quinto mês consecutivo.
Em junho, o valor bruto do leite pago ao produtor
(inclui frete e 2,3% de “Funrural”) calculado pelo
Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, atingiu R$
1,0178/litro – esta média é ponderada pelo
volume captado em maio nos estados de GO,
MG, PR, RS, SC, SP e BA. O reajuste em relação
ao mês anterior foi de 3,3% ou de 3,3 centavos
por litro. Na comparação com junho de 2012, o
acréscimo foi de expressivos 11,7% em termos
reais (descontando-se a inflação do período –
IPCA). O preço líquido recebido pelo produtor
chegou a R$ 0,9420/litro em junho, aumento de
3,6% frente ao mês anterior.
A oferta de leite no campo continua restrita; nem
mesmo a chegada da safra sulista fez com que o
quadro se alterasse. Agentes consultados pelo
Cepea explicam que a produção do Sul do Brasil
não veio com a força esperada, avançando
somente 0,72% em relação a abril, de acordo
com o Índice de Captação de Leite do Cepea
(ICAP-Leite). Porém, considerando-se todos os
estados da pesquisa, a captação recuou 1,22%,
sendo Minas Gerais o que teve maior diminuição
do volume (4,1%).
Simultaneamente, as condições para importação
não estão favoráveis devido ao dólar valorizado e
à menor oferta mundial de leite em pó – que eleva
os preços internacionais. Essa baixa
disponibilidade de leite aliada à demanda firme
pelo consumidor provocam grande disputa pela
matéria-prima entre as indústrias, com reflexos
sobre os preços aos produtores e dos derivados
lácteos.
Os preços relativamente bons recebidos pelo
produtor desde o início do ano até criaram
expectativas de aumento nos investimentos com
alimentação das vacas, mas não é o que se
observa. O mais comum tem sido produtores
aproveitando ao máximo as pastagens, no intuito
de conter os gastos – os elevados custos de
produção ao longo de todo o ano passado
frearam o ímpeto dos produtores.
Outro aspecto relatado por agentes consultados
pelo Cepea neste mês foi a redução do teor de
sólidos, o que é influenciado, entre outros motivos,
pela alimentação dos animais. A diminuição
desse atributo que confere qualidade à matéria-
prima, por sua vez, prejudica o rendimento da
indústria, que precisa usar maior volume de leite
para produzir derivados.
Para o próximo mês, a expectativa dos
representantes de laticínios/cooperativas
continua sendo de alta nos preços. Mais de dois
terços dos compradores ouvidos pelo Cepea
(68,4%), que representam 73,9% do leite
amostrado, acreditam que haverá novo aumento
de preços em julho e 28,6% (que representam
18,5% do volume captado) indicam estabilidade
nos preços. Somente 3,1% dos agentes sinalizam
queda para julho.
Em relação aos derivados, no segmento
atacadista do estado de São Paulo, é evidente o
reflexo do baixo volume captado pelos
laticínios/cooperativas nos preços.
Representantes destes estabelecimentos relatam
que, mesmo com o aumento dos preços dos
derivados, a demanda pelo consumidor não
enfraqueceu como esperado. Este fato forçou
algumas empresas até mesmo a cortar pedidos
maiores para que pudessem atender a todos os
clientes.
Em junho (cotação até o dia 27), o leite UHT teve
ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - MAIO/13. (Base 100=Junho/2004)
Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP | Ano 19 nº 220 | Julho 2013
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP
Forte demanda e queda na captação elevam
importações e diminuem embarques
Preço do UHT atinge recorde
nominal; Em termos reais é
o 3º maior da série
A importância das análises de
qualidade da matéria-prima
pág. 07
aumento de 2,2% (2,1 centavos/litro) e a média
passou para R$ 0,9705/litro. Os estados que
tiveram as menores médias foram Bahia e Rio
Grande do Sul, sendo que, no primeiro, houve
incremento de 3,7% (ou 3,4 centavos/litro) e no
segundo, de 2,5% (ou 2,2 centavos/litro), com as
médias a R$ 0,9645 e a R$ 0,9300/litro,
respectivamente.
Entre os estados que não compõem a “média
Brasil” considerada pelo Cepea, houve
comportamentos distintos. O maior preço foi
verificado no Rio de Janeiro, onde o litro alcançou
R$ 1,0581, aumento de 1,5% (ou 1,6
centavo/litro). Na sequência esteve o Ceará,
com média estadual de R$ 0,9969/litro, mas
queda de 2% (2 centavos/litro). No Espírito
Santo, os preços permaneceram praticamente
estáveis, com leve aumento de 0,4% (0,3
centavo/litro) e média a R$0,9935/litro. Em
Mato Grosso do Sul, o movimento foi baixista, e o
preço pago ao produtor caiu 1,4% (ou 1,3
centavo/litro), com o litro a R$ 0,9161.
Flávia Romanelli - Mtb: 27540
Sul / Sudoeste de Minas
1,0179
1,0595
1,0207
1,0748
1,0447
1,0624
1,0986
0,9916
1,1566
1,0688
1,0471
1,0848
1,1773
1,1205
1,1041
1,1429
1,0363
1,1789
1,2152
1,0566
1,0986
1,1824
1,1392
1,1534
0,8996
1,0517
1,0497
1,0882
1,1145
1,0602
1,1331
0,9283
1,0480
1,0879
1,1745
1,0780
1,1450
1,0323
1,0793
1,0733
0,8819
0,9957
0,9588
0,6544
0,7320
0,7135
1,0341
0,9237
0,9256
0,9295
0,8624
0,8919
1,0103
1,0317
1,0581
0,8700
0,8933
0,9161
1,1061
0,9935
1,0943
0,9935
0,9703
0,9969
1,0542
0,9952
1,0597
0,8441
0,9490
0,9771
1,0860
1,0005
1,0831
0,9709
1,0253
1,0110
0,8268
0,9317
0,8892
0,5722
0,6401
0,6098
0,9488
0,8497
0,8686
0,8704
0,8133
0,8324
0,9523
0,9671
0,9864
0,7846
0,7979
0,8084
1,0192
0,9179
1,0325
0,9330
0,9187
0,9352
-2,09%
2,27%
1,52%
-1,63%
-4,72%
-1,37%
2,76%
0,35%
-5,11%
0,49%
0,00%
-2,04%
-1,97%
2,03%
1,53%
-0,61%
-3,86%
-0,63%
3,29%
0,48%
-4,21%
0,61%
0,00%
-1,66%
0,7819
0,7403
0,7852
0,8135
0,7697
0,8102
1,0184
0,8481
0,6784
0,8549
0,8755
0,8632
1,0694
1,0283
0,9069
0,9694
0,8697
1,0066
0,9999
0,9173
0,9389
0,9702
0,9215
0,9375
0,7354
0,9477
0,8436
0,8944
0,9292
0,9403
0,9300
0,9807
0,9466
0,9705
1,0814
0,9227
0,9783
0,9761
0,9758
1,0251
1,1448
1,0691
1,0449
1,0900
0,9937
1,0969
1,1125
0,9924
1,0385
1,1148
1,0588
1,0772
0,8024
1,0157
0,9645
1,0178
0,9290
0,9534
0,9343
1,0013
0,9540
0,9860
1,0099
0,9287
1,0542
0,9783
0,9652
1,0093
1,0853
1,0419
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1,0556
1,0710
0,9873
1,0191
1,0933
1,0675
1,0760
0,8036
0,9723
0,9737
1,0084
0,6984
0,6415
0,7041
0,7458
0,6856
0,7394
0,9343
0,7927
0,5866
0,7887
0,8052
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0,9798
0,9627
0,8346
0,9050
0,8007
0,9224
0,9098
0,8511
0,8691
0,8977
0,8459
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0,8217
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0,8456
0,9093
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0,8962
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0,9093
0,9046
0,9507
1,0535
1,0071
0,9706
1,0114
0,9215
1,0048
1,0115
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0,9624
1,0333
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0,7075
0,9371
0,8900
0,9420
2,20%
2,98%
2,48%
2,25%
5,37%
2,18%
3,01%
-4,16%
4,16%
4,79%
1,66%
6,71%
6,71%
6,81%
4,94%
4,07%
2,14%
2,69%
3,24%
4,46%
3,13%
6,43%
2,89%
4,06%
2,32%
1,57%
3,70%
3,28%
2,15%
3,74%
2,49%
2,25%
9,08%
2,55%
0,54%
-2,43%
3,74%
7,76%
2,39%
6,90%
7,07%
7,76%
5,30%
3,60%
2,32%
2,76%
2,98%
4,67%
3,05%
6,91%
4,17%
5,08%
0,19%
1,84%
3,97%
3,58%
Jun/Mai Jun/Mai
JUNHO /13
MAIO /13
Equipe Leite:
Paulo Moraes Ozaki - Pesquisador Projeto Leite
Ana Paula Negri, Jacqueline Barbieri, Pedro
Parzewski Neves, Tiago Teixeira da Silva Siqueira,
Marcel Moscatelli de Souza e Gressa Amanda Chinelato
Por Gressa Amanda Chinelato e Marcel Moscatelli de Souza, graduandos em Eng. Agronômica Esalq/USP; equipe Leite Cepea
EM PERÍODO DE ENTRESSAFRA DE PASTO, GASTO COM ALIMENTAÇÃO SOBE 5,6%
Os gastos com a alimentação animal
aumentaram 5,6% em junho no estado de São
Paulo. Esse cenário foi influenciado pela alta de
11% nos preços da suplementação mineral, de
6,3% nos do concentrado e de 3,4% nos da
silagem e manutenção de forrageiras perenes.
Essa elevação é verificada justamente num
período em que a demanda por suplementação
alimentar tende a crescer, devido ao período de
entressafra de pastagens.
Com essas altas, cálculos do Cepea em parceria
com a CNA indicam que o Custo Operacional
Efetivo (COE) subiu 2,49% em junho e o Custo
Operacional Total (COT), 2%. Vale lembrar que o
COE é constituído pelos gastos correntes da
propriedade e o COT, pelo COE mais a
depreciação dos bens de produção e o pró-
labore do produtor.
Apesar da alta nos preços de insumos de
alimentação, é muito importante que produtores
sigam utilizando esses produtos neste período de
baixa oferta de pasto. Uma possível diminuição
pode comprometer o balanço nutricional do
rebanho, causando prejuízos significativos na
produção leiteira, como perda de peso, redução
no volume produzido e qualidade do produto
final.
É conveniente, portanto, que o pecuarista de leite
adote um planejamento forrageiro adequado ter
disponibilidade o suficiente de alimento nesta
época do ano. Essas técnicas, quando bem
planejadas e executadas, podem sustentar e até
mesmo aumentar a produção de leite neste
período de estiagem.
Fonte:Cepea/CNA
Variação dos itens da alimentação animal entre maio e junho/13
Mai/13
Abr/13
Mai/12
Mai/13
Abr/13
Mai/12
Mai/13
Abr/13
Mai/12
Mai/13
Abr/13
Mai/12
(130g de Fósforo)
7,6 litros/frasco 10 ml
9,0 litros/frasco 10 ml
7,6 litros/frasco 10 ml
73,5 litros/sc 25 kg
76,9 litros/sc 25 kg
80,6 litros/sc 25 kg
49,8 litros/litro de herbicida
54,2 litros/litro de herbicida
57,5 litros/litro de herbicida
Mai/13
Abr/13
Mai/12
Mai/13
Abr/13
Mai/12
607,2 litros/tonelada
610,6 litros/tonelada
686,0 litros/tonelada
1574,9 litros/tonelada
1658,0 litros/tonelada
1793,8 litros/tonelada
13,6 litros/frasco 50 ml
14,7 litros/frasco 50 ml
15,0 litros/frasco 50 ml
FORTE DEMANDA E QUEDA NA CAPTAÇÃO ELEVAM IMPORTAÇÕES
E DIMINUEM EMBARQUES
Por Tiago Teixeira da Silva Siqueira, Analista de Mercado equipe Leite Cepea
Em junho, a demanda aquecida no mercado
interno e a diminuição do volume de leite captado
aumentaram as importações (14%) e reduziram
as vendas internacionais (16%) de lácteos e
derivados frente ao mês anterior. De modo geral,
a queda no volume captado está atrelada ao
recuo na produção de pastagens, o que
tipicamente ocorre durante o inverno na maior
parte do Brasil. Além disso, houve atraso no
desenvolvimento das pastagens de inverno no Sul
do País.
As importações brasileiras de lácteos tiveram
importante aumento de 10 milhões em
equivalente litro de leite entre maio e junho. Os
dois principais países de origem continuam sendo
a Argentina e o Uruguai, com respectivos 57,4% e
32% do volume total. A quantidade de leite em pó
comprada pelo Brasil, principal produto na pauta
de importações do País, teve expressiva alta de
31% no mesmo período.
Quanto às exportações, junho fechou com queda
de 1,7 milhão em equivalente litro de leite na
comparação com maio. O volume embarcado em
junho foi o menor desde setembro de 2012. O
leite condensado, produto que representou 56%
do total exportado em junho, apresentou redução
de 23% no mesmo período. Os principais países
importadores, tanto em volume quanto em valor,
foram respectivamente: Angola, Arábia Saudita,
Paraguai e Chile.
– Depois de
atingirem máximas históricas em abril, os preços
do leite em pó integral e desnatado continuam em
patamares elevados no mercado internacional.
Em junho, na Europa e na Oceania, os produtos
apresentaram valores entre 47% e 64% maiores
que os do mesmo período do ano passado. A
média do leite em pó desnatado foi de US$
4.125/t na Europa e de US$ 4.475,00/t na
Oceania. Quanto ao leite em pó integral, os
valores na Europa Ocidental fecharam a US$
PREÇOS INTERNACIONAIS
4.675/t, em média e, na Oceania, a US$
4.850/t entre 24 de junho e 5 de julho.
As expectativas sobre a nova estação de
produção na Nova Zelândia são positivas. Os
animais estão em boas condições e o clima tem
sido favorável para as pastagens. Já na Europa,
as condições climáticas têm variado bastante nos
diferentes países e regiões, mas, de modo geral,
após períodos de seca e temperaturas elevadas, a
situação começa a melhorar.
– O Índice de Preços de
Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) subiu
3,8% em dólar e 10,7% em Real na comparação
com maio, fechando com médias de US$
3,44/kg e a R$ 7,48/kg em junho. As
valorizações foram observadas para queijo e leite
condensado. Já as principais quedas foram
verificadas nos preços de iogurtes, manteiga e
leite fluido.
IPE-L/Cepea
US$ 4.850
US$ 4.675
US$ 4.475
US$ 4.125
US$ 2.950
US$ 3.175
US$ 2.875
US$ 2.775
+ 64%
+ 47%
+ 56%
+ 49%
Dados referem-se à média entre 24 de junho e 5 de julho de 2013; para 2012, foram considerados dados de período semelhante.
Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹
Mai – Jun (%) Participação no total exp. em Jun/13 Jun/12 – Jun/13 (%)
8.339
1.437
4.675
1.784
416
-16%
-8%
-23%
-23%
-13%
-
17%
56%
21%
5%
-17%
-
18%
-25%
-36%
Total de janeiro a jun/13 frente ao mesmo período de 2012: 9%
Jun/13
Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹
Mai – Jun (%)Jun/13 Participação no total imp. em Jun/13 Jun/12 – Jun/13 (%)
²
74.734
53.661
19.195
1.254
1.685
14%
31%
-9%
-52%
31%
-
71,8%
25,7%
1,7%
-
6%
-
-12%
121%
-19%
Total de janeiro a jun/13 frente ao mesmo período de 2012: -23%
Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite;
(2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litro.
PREÇO DO UHT ATINGE RECORDE NOMINAL;
EM TERMOS REAIS É O 3º MAIOR DA SÉRIE
Por Ana Paula Negri, graduanda em Ciências dos Alimentos, e Jacqueline Betim Barbieri,
graduanda em Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea
O preço médio do leite UHT negociado no
atacado do estado de São Paulo seguiu em alta
em junho e atingiu o maior patamar nominal da
série histórica do Cepea, iniciada em março de
2010. Em termos reais (considerando-se a
inflação do período), a média de junho foi a
terceira maior da série, atrás apenas das médias
de abril de 2010 e de agosto/2011, ambas de
R$ 2,18/litro – os valores foram deflacionados
pelo IPCA de maio/13. A média do leite UHT foi
de R$ 2,17/litro (inclui frete e impostos) em
junho/13, 3,62% maior que a de maio/13 e
22,81% superior à de junho/12, em termos
nominais.
O aumento deve-se à menor oferta de matéria-
prima, devido ao período de entressafra, e à
demanda aquecida por derivados. Agentes do
setor afirmam que, apesar da elevação do preço
do UHT, a demanda ainda seguiu firme em junho.
Essa pesquisa é diária e é realizada pelo Cepea
com o apoio da OCB (Organização das
Cooperativas Brasileiras) e da CBCL
(Confederação Brasileira de Cooperativas de
Laticínios).
Quanto ao queijo muçarela, foi comercializado a
R$ 12,33/kg em média, aumento de 3,18%
frente a maio e de 19% relação a junho/12,
quando a média foi de R$ 10,37/kg. Em termos
nominais, a média de junho também foi a maior
da série histórica do Cepea – que, neste caso, foi
iniciada em janeiro de 2011. Em termos reais, a
média do queijo muçarela é a maior desde
dezembro de 2011.
Evolução dos preços de leite UHT de acordo com a pesquisa diária realizada pelo Cepea
1,52
2,05
12,56
13,21
13,25
13,00
1,47
1,95
14,16
13,33
12,54
12,00
1,66
2,03
14,39
13,98
11,20
12,85
1,49
1,93
14,65
14,35
10,65
13,65
1,52
1,97
15,08
12,90
12,22
12,52
1,53
1,98
14,17
13,55
11,97
12,80
1,7%
1,8%
-8,2%
2,6%
0,4%
-1,9%
2,9%
3,3%
2,0%
3,8%
1,5%
0,8%
9,9%
5,1%
9,4%
14,6%
8,0%
7,8%
0,4%
3,9%
-12,5%
-11,6%
-1,8%
5,0%
1,1%
1,3%
2,1%
3,7%
0,6%
1,8%
3,2%
3,1%
-2,0%
1,8%
1,6%
2,6%
Fonte:Cepea/ESALQ-USP
em jun/13 mai/13 jun/12
R$ 2,17/litro
R$ 12,33/kg
3,62%
3,18%
3,18%
18,90%
Fonte: Cepea – OCB/CBCL
Preços médios dos derivados praticados em MAIO e as variações em relação ao mês anterior
Para o próximo mês, colaboradores do Cepea
acreditam em novos reajustes positivos nos
preços. O movimento de alta nas cotações,
segundo agentes, pode perder a força somente a
partir da segunda quinzena de agosto, quando a
captação de leite deve começar a se recuperar,
devido à melhora das pastagens.
A maioria dos
derivados lácteos apresentou valorização em
maio, com exceção do queijo prato. Os
aumentos se deveram à redução da captação de
matéria-prima.
Os preços médios dos leites UHT e pasteurizado
tiveram alta de abril para maio, de 3,1% e de
3,2%, respectivamente, passando para R$ 1,98
e R$ 1,53.
MERCADO EM MAIO:
A manteiga (200g) e o queijo muçarela também
registraram valorização, mas de forma menos
intensa, de 1,6% e 1,8%, nesta ordem. Em maio,
as médias nacionais foram de R$ 11,97/kg para
a manteiga (200g) e de R$ 13,55/kg para o
queijo muçarela. O preço do leite em pó (400g)
teve média de R$ 12,80/kg no mercado
nacional, elevação de 2,6% em relação a
abril/13.
Sendo a única exceção dentre os derivados, o
queijo prato teve desvalorização de 2% de abril
para maio, passando para R$ 14,17/kg. Essa
baixa pode estar relacionada ao maior volume
de importação desse produto nos últimos meses.
Fonte:Cepea/ESALQ-USP
A IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES DE QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA
Por Ana Paula Negri, graduanda em Ciências dos Alimentos – Esalq/USP; equipe Leite Cepea
O leite é considerado uns dos alimentos mais
completos e sua composição é influenciada pela
alimentação da vaca. É um produto
extremamente sensível, adquire odor e gosto
desagradáveis quando exposto ao sol e é um
“excelente” meio para o desenvolvimento de
microrganismos. Quando contaminado, pode
prejudicar a saúde do consumidor e causar
problemas no processamento industrial. Portanto,
o produto deve apresentar boa qualidade, o que
significa ter alto valor nutritivo e sabor agradável,
ausência de agentes patogênicos e
contaminantes como antibióticos, pesticidas e
sujidades, reduzida contagem de células
somáticas e baixa contaminação microbiológica.
Alguns fatores da produção de leite de qualidade
está bastante relacionada ao bom manejo dos
animais, cuidados com a sanidade, boas práticas
de ordenha, limpeza e desinfecção dos
equipamentos usados em todo o processo. Para
avaliação do leite, alguns indicadores de
qualidade são: acidez, contagem bacteriana
total, contagem de células somáticas e ranço.
A mastite é uma das doenças que mais podem
comprometer a qualidade do leite por provocar
elevação da contagem de células somáticas
(CCS), que retarda o tempo de coagulação,
prejudicando a fabricação de queijos. Isso se deve
à redução dos teores de lactose, gordura e
caseína (principal proteína do leite) e ao aumento
da quantidade de cloretos, sódio e ácidos graxos
livres.
No Brasil, algumas fraudes são cometidas para
aumentar o volume de leite e mascarar algumas
falhas na produção. Diversos testes são realizados
para a detecção dessas fraudes, como a pesquisa
ou identificação de bicarbonato – o qual é
adicionado para mascarar falta de higiene na
ordenha e má Refrigeração –, a determinação da
densidade para verificar a quantidade de água
adicionada ao leite e o teste de água oxigenada e
formol – os quais podem ser colocados no leite
ilegalmente para disfarçar a má qualidade do
produto. A adição de algumas substâncias pode
ser acidental, como o cloro, que pode estar
presente devido à incorreta higienização dos
equipamentos e utensílios.
Em relação às fraudes com ureia, que é
adicionada com o intuito de se aumentar o volume
de leite e mascarar a adição de água, é
importante ressaltar que, além de estar presente
naturalmente no leite, causa pouca toxicidade ao
ser humano. Os teores normais presente são de 10
até 16 miligramas por decilitro. Quantidade muito
acima é característica de fraude.
As análises de controle de qualidade do leite cru,
portanto, são essenciais para diminuir a
ocorrência de problemas nos processos industriais
e assegurar o nível desejado dos produtos finais.
4,8x105 /mL
600.000 UFC/mL
4,0x105 /mL
300.000 UFC/mL
3,6x105 / mL
100.000 UFC/mL
Fonte: MAPA 2011
Instrução Normativa Nº 62
De 01/01/2012
até 30/06/2014
De 01/07/2014
até 30/06/2016
A partir de
01/07/2016
Contagem de células
somáticas (CCS)
Contagem bacteriana
total (CBT)
Fonte: Embrapa
Parâmetros para a qualidade do leite
Acidez
Densidade
Ureia
15 e 18° D (Dornic)
1,023 a 1,040 g/mL
10 a 16 mg/dL
No mês de junho, as cotações médias de milho nas
regiões acompanhadas pelo Cepea subiram 1,5%
no mercado de balcão (ao produtor), mas cederam
2,2% no mercado disponível (negociações entre
empresas). A pressão no atacado se deve,
principalmente, às quedas observadas em praças do
Centro-Oeste. Na CME/CBOT (Bolsa de Chicago),
os preços subiram no primeiro vencimento
(Julho/13) devido aos baixos estoques, mas tiveram
quedas expressivas para os demais contratos, com a
expectativa de produção recorde nos Estados
Unidos.
No início do mês, a combinação de demanda
interna mais ativa e da valorização do dólar, que
eleva a paridade de exportação e influencia o
vendedor a pedir preços maiores, manteve em alta
dos preços do milho no Brasil. Por outro lado, as
cotações médias cederam em Mato Grosso e em
Goiás, com maior oferta, e em Recife, diante da
chegada de novos lotes de milho via intervenção
governamental.
No mês, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa,
referente à região de Campinas (SP), teve queda de
1,8%, fechando a R$ 26,16/sc de 60 kg.
MILHO: Preços têm comportamento distinto
nas praças acompanhadas
FARELO DE SOJA: Maior produção animal
eleva procura pelo derivado
A demanda firme por farelo de soja, principalmente
para produção de suínos e frangos, continuou
dando sustentação aos preços do derivado. Além
disso, nesse período do ano, é comum também o
aumento da produção de gado em confinamento,
impulsionado as compras de farelo de soja para
ração animal.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior
(Secex), as vendas externas de farelo de soja
totalizaram cerca de 1,3 milhão de toneladas em
junho, volume 5,8% menor que o de maio, mas 5,4%
superior ao de junho/2012. No primeiro semestre,
foram embarcadas 5,8 milhões de toneladas deste
derivado, 17,5% a menos que no primeiro semestre
de 2012. Porém, a receita obtida no semestre foi de
US$ 2,9 bilhões, 2,8% maior que a dos primeiros
seis meses de 2012, já que, apesar da queda do
volume exportado, o preço aumentou 24,7% (US$
494,72/t).
Na CME/CBOT (Bolsa de Chicago), considerando-
se os primeiros vencimentos (Julho/13) de soja em
grão, farelo e óleo, o farelo, em junho, representou
68% da receita de cada tonelada de soja
esmagada – o óleo, portanto, representa os outros
32%. Esse nível de participação é um dos maiores
da história, perdendo apenas para o observado em
junho de 2009, quando a receita do farelo superou
70% da receita do grão.
32,30
31,91
30,29
25,97
25,57
26,01
1012,45
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Boletim do leite 220

  • 1. média de R$ 2,17/litro e o queijo muçarela, de R$ 12,33/kg, aumentos de 3,5% e de 3,1%, respectivamente, em relação a maio. Essa pesquisa do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL). – Em junho, o preço bruto pago ao produtor de Goiás continuou sendo o maior dentre os estados que compõem a “média Brasil”, alcançando R$ 1,0772/litro, alta de 4,1% em relação a maio (4,2 centavos/litro). Logo em seguida vem São Paulo, onde a média foi de R$ 1,0449/litro, acréscimo de 4,9% (ou 4,9 centavos/litro); Minas Gerais, que teve reajuste de 3,1% (3,2 centavos), com o litro a R$ 1,0385. No Paraná, a alta foi de 1,7% (1,6 centavo/litro), com a média atingindo R$ 0,9758/litro em junho. No mesmo sentido, Santa Catarina obteve AO PRODUTOR PRODUÇÃO SEGUE BAIXA; DEMANDA SURPREENDE E PREÇO SOBE PELO 5º MÊS A menor produção de leite neste período de entressafra e a demanda firme – que, inclusive, tem surpreendido agentes do setor – impulsionaram os valores pagos aos produtores pelo quinto mês consecutivo. Em junho, o valor bruto do leite pago ao produtor (inclui frete e 2,3% de “Funrural”) calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, atingiu R$ 1,0178/litro – esta média é ponderada pelo volume captado em maio nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. O reajuste em relação ao mês anterior foi de 3,3% ou de 3,3 centavos por litro. Na comparação com junho de 2012, o acréscimo foi de expressivos 11,7% em termos reais (descontando-se a inflação do período – IPCA). O preço líquido recebido pelo produtor chegou a R$ 0,9420/litro em junho, aumento de 3,6% frente ao mês anterior. A oferta de leite no campo continua restrita; nem mesmo a chegada da safra sulista fez com que o quadro se alterasse. Agentes consultados pelo Cepea explicam que a produção do Sul do Brasil não veio com a força esperada, avançando somente 0,72% em relação a abril, de acordo com o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite). Porém, considerando-se todos os estados da pesquisa, a captação recuou 1,22%, sendo Minas Gerais o que teve maior diminuição do volume (4,1%). Simultaneamente, as condições para importação não estão favoráveis devido ao dólar valorizado e à menor oferta mundial de leite em pó – que eleva os preços internacionais. Essa baixa disponibilidade de leite aliada à demanda firme pelo consumidor provocam grande disputa pela matéria-prima entre as indústrias, com reflexos sobre os preços aos produtores e dos derivados lácteos. Os preços relativamente bons recebidos pelo produtor desde o início do ano até criaram expectativas de aumento nos investimentos com alimentação das vacas, mas não é o que se observa. O mais comum tem sido produtores aproveitando ao máximo as pastagens, no intuito de conter os gastos – os elevados custos de produção ao longo de todo o ano passado frearam o ímpeto dos produtores. Outro aspecto relatado por agentes consultados pelo Cepea neste mês foi a redução do teor de sólidos, o que é influenciado, entre outros motivos, pela alimentação dos animais. A diminuição desse atributo que confere qualidade à matéria- prima, por sua vez, prejudica o rendimento da indústria, que precisa usar maior volume de leite para produzir derivados. Para o próximo mês, a expectativa dos representantes de laticínios/cooperativas continua sendo de alta nos preços. Mais de dois terços dos compradores ouvidos pelo Cepea (68,4%), que representam 73,9% do leite amostrado, acreditam que haverá novo aumento de preços em julho e 28,6% (que representam 18,5% do volume captado) indicam estabilidade nos preços. Somente 3,1% dos agentes sinalizam queda para julho. Em relação aos derivados, no segmento atacadista do estado de São Paulo, é evidente o reflexo do baixo volume captado pelos laticínios/cooperativas nos preços. Representantes destes estabelecimentos relatam que, mesmo com o aumento dos preços dos derivados, a demanda pelo consumidor não enfraqueceu como esperado. Este fato forçou algumas empresas até mesmo a cortar pedidos maiores para que pudessem atender a todos os clientes. Em junho (cotação até o dia 27), o leite UHT teve ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - MAIO/13. (Base 100=Junho/2004) Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP | Ano 19 nº 220 | Julho 2013 Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP Forte demanda e queda na captação elevam importações e diminuem embarques Preço do UHT atinge recorde nominal; Em termos reais é o 3º maior da série A importância das análises de qualidade da matéria-prima pág. 07
  • 2. aumento de 2,2% (2,1 centavos/litro) e a média passou para R$ 0,9705/litro. Os estados que tiveram as menores médias foram Bahia e Rio Grande do Sul, sendo que, no primeiro, houve incremento de 3,7% (ou 3,4 centavos/litro) e no segundo, de 2,5% (ou 2,2 centavos/litro), com as médias a R$ 0,9645 e a R$ 0,9300/litro, respectivamente. Entre os estados que não compõem a “média Brasil” considerada pelo Cepea, houve comportamentos distintos. O maior preço foi verificado no Rio de Janeiro, onde o litro alcançou R$ 1,0581, aumento de 1,5% (ou 1,6 centavo/litro). Na sequência esteve o Ceará, com média estadual de R$ 0,9969/litro, mas queda de 2% (2 centavos/litro). No Espírito Santo, os preços permaneceram praticamente estáveis, com leve aumento de 0,4% (0,3 centavo/litro) e média a R$0,9935/litro. Em Mato Grosso do Sul, o movimento foi baixista, e o preço pago ao produtor caiu 1,4% (ou 1,3 centavo/litro), com o litro a R$ 0,9161. Flávia Romanelli - Mtb: 27540 Sul / Sudoeste de Minas 1,0179 1,0595 1,0207 1,0748 1,0447 1,0624 1,0986 0,9916 1,1566 1,0688 1,0471 1,0848 1,1773 1,1205 1,1041 1,1429 1,0363 1,1789 1,2152 1,0566 1,0986 1,1824 1,1392 1,1534 0,8996 1,0517 1,0497 1,0882 1,1145 1,0602 1,1331 0,9283 1,0480 1,0879 1,1745 1,0780 1,1450 1,0323 1,0793 1,0733 0,8819 0,9957 0,9588 0,6544 0,7320 0,7135 1,0341 0,9237 0,9256 0,9295 0,8624 0,8919 1,0103 1,0317 1,0581 0,8700 0,8933 0,9161 1,1061 0,9935 1,0943 0,9935 0,9703 0,9969 1,0542 0,9952 1,0597 0,8441 0,9490 0,9771 1,0860 1,0005 1,0831 0,9709 1,0253 1,0110 0,8268 0,9317 0,8892 0,5722 0,6401 0,6098 0,9488 0,8497 0,8686 0,8704 0,8133 0,8324 0,9523 0,9671 0,9864 0,7846 0,7979 0,8084 1,0192 0,9179 1,0325 0,9330 0,9187 0,9352 -2,09% 2,27% 1,52% -1,63% -4,72% -1,37% 2,76% 0,35% -5,11% 0,49% 0,00% -2,04% -1,97% 2,03% 1,53% -0,61% -3,86% -0,63% 3,29% 0,48% -4,21% 0,61% 0,00% -1,66% 0,7819 0,7403 0,7852 0,8135 0,7697 0,8102 1,0184 0,8481 0,6784 0,8549 0,8755 0,8632 1,0694 1,0283 0,9069 0,9694 0,8697 1,0066 0,9999 0,9173 0,9389 0,9702 0,9215 0,9375 0,7354 0,9477 0,8436 0,8944 0,9292 0,9403 0,9300 0,9807 0,9466 0,9705 1,0814 0,9227 0,9783 0,9761 0,9758 1,0251 1,1448 1,0691 1,0449 1,0900 0,9937 1,0969 1,1125 0,9924 1,0385 1,1148 1,0588 1,0772 0,8024 1,0157 0,9645 1,0178 0,9290 0,9534 0,9343 1,0013 0,9540 0,9860 1,0099 0,9287 1,0542 0,9783 0,9652 1,0093 1,0853 1,0419 1,0264 1,0669 0,9632 1,0556 1,0710 0,9873 1,0191 1,0933 1,0675 1,0760 0,8036 0,9723 0,9737 1,0084 0,6984 0,6415 0,7041 0,7458 0,6856 0,7394 0,9343 0,7927 0,5866 0,7887 0,8052 0,7925 0,9798 0,9627 0,8346 0,9050 0,8007 0,9224 0,9098 0,8511 0,8691 0,8977 0,8459 0,8629 0,6419 0,8708 0,7718 0,8217 0,8423 0,8370 0,8456 0,9093 0,8586 0,8962 0,9985 0,8668 0,8798 0,9093 0,9046 0,9507 1,0535 1,0071 0,9706 1,0114 0,9215 1,0048 1,0115 0,9245 0,9624 1,0333 0,9906 1,0047 0,7075 0,9371 0,8900 0,9420 2,20% 2,98% 2,48% 2,25% 5,37% 2,18% 3,01% -4,16% 4,16% 4,79% 1,66% 6,71% 6,71% 6,81% 4,94% 4,07% 2,14% 2,69% 3,24% 4,46% 3,13% 6,43% 2,89% 4,06% 2,32% 1,57% 3,70% 3,28% 2,15% 3,74% 2,49% 2,25% 9,08% 2,55% 0,54% -2,43% 3,74% 7,76% 2,39% 6,90% 7,07% 7,76% 5,30% 3,60% 2,32% 2,76% 2,98% 4,67% 3,05% 6,91% 4,17% 5,08% 0,19% 1,84% 3,97% 3,58% Jun/Mai Jun/Mai JUNHO /13 MAIO /13 Equipe Leite: Paulo Moraes Ozaki - Pesquisador Projeto Leite Ana Paula Negri, Jacqueline Barbieri, Pedro Parzewski Neves, Tiago Teixeira da Silva Siqueira, Marcel Moscatelli de Souza e Gressa Amanda Chinelato
  • 3.
  • 4. Por Gressa Amanda Chinelato e Marcel Moscatelli de Souza, graduandos em Eng. Agronômica Esalq/USP; equipe Leite Cepea EM PERÍODO DE ENTRESSAFRA DE PASTO, GASTO COM ALIMENTAÇÃO SOBE 5,6% Os gastos com a alimentação animal aumentaram 5,6% em junho no estado de São Paulo. Esse cenário foi influenciado pela alta de 11% nos preços da suplementação mineral, de 6,3% nos do concentrado e de 3,4% nos da silagem e manutenção de forrageiras perenes. Essa elevação é verificada justamente num período em que a demanda por suplementação alimentar tende a crescer, devido ao período de entressafra de pastagens. Com essas altas, cálculos do Cepea em parceria com a CNA indicam que o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 2,49% em junho e o Custo Operacional Total (COT), 2%. Vale lembrar que o COE é constituído pelos gastos correntes da propriedade e o COT, pelo COE mais a depreciação dos bens de produção e o pró- labore do produtor. Apesar da alta nos preços de insumos de alimentação, é muito importante que produtores sigam utilizando esses produtos neste período de baixa oferta de pasto. Uma possível diminuição pode comprometer o balanço nutricional do rebanho, causando prejuízos significativos na produção leiteira, como perda de peso, redução no volume produzido e qualidade do produto final. É conveniente, portanto, que o pecuarista de leite adote um planejamento forrageiro adequado ter disponibilidade o suficiente de alimento nesta época do ano. Essas técnicas, quando bem planejadas e executadas, podem sustentar e até mesmo aumentar a produção de leite neste período de estiagem. Fonte:Cepea/CNA Variação dos itens da alimentação animal entre maio e junho/13 Mai/13 Abr/13 Mai/12 Mai/13 Abr/13 Mai/12 Mai/13 Abr/13 Mai/12 Mai/13 Abr/13 Mai/12 (130g de Fósforo) 7,6 litros/frasco 10 ml 9,0 litros/frasco 10 ml 7,6 litros/frasco 10 ml 73,5 litros/sc 25 kg 76,9 litros/sc 25 kg 80,6 litros/sc 25 kg 49,8 litros/litro de herbicida 54,2 litros/litro de herbicida 57,5 litros/litro de herbicida Mai/13 Abr/13 Mai/12 Mai/13 Abr/13 Mai/12 607,2 litros/tonelada 610,6 litros/tonelada 686,0 litros/tonelada 1574,9 litros/tonelada 1658,0 litros/tonelada 1793,8 litros/tonelada 13,6 litros/frasco 50 ml 14,7 litros/frasco 50 ml 15,0 litros/frasco 50 ml
  • 5. FORTE DEMANDA E QUEDA NA CAPTAÇÃO ELEVAM IMPORTAÇÕES E DIMINUEM EMBARQUES Por Tiago Teixeira da Silva Siqueira, Analista de Mercado equipe Leite Cepea Em junho, a demanda aquecida no mercado interno e a diminuição do volume de leite captado aumentaram as importações (14%) e reduziram as vendas internacionais (16%) de lácteos e derivados frente ao mês anterior. De modo geral, a queda no volume captado está atrelada ao recuo na produção de pastagens, o que tipicamente ocorre durante o inverno na maior parte do Brasil. Além disso, houve atraso no desenvolvimento das pastagens de inverno no Sul do País. As importações brasileiras de lácteos tiveram importante aumento de 10 milhões em equivalente litro de leite entre maio e junho. Os dois principais países de origem continuam sendo a Argentina e o Uruguai, com respectivos 57,4% e 32% do volume total. A quantidade de leite em pó comprada pelo Brasil, principal produto na pauta de importações do País, teve expressiva alta de 31% no mesmo período. Quanto às exportações, junho fechou com queda de 1,7 milhão em equivalente litro de leite na comparação com maio. O volume embarcado em junho foi o menor desde setembro de 2012. O leite condensado, produto que representou 56% do total exportado em junho, apresentou redução de 23% no mesmo período. Os principais países importadores, tanto em volume quanto em valor, foram respectivamente: Angola, Arábia Saudita, Paraguai e Chile. – Depois de atingirem máximas históricas em abril, os preços do leite em pó integral e desnatado continuam em patamares elevados no mercado internacional. Em junho, na Europa e na Oceania, os produtos apresentaram valores entre 47% e 64% maiores que os do mesmo período do ano passado. A média do leite em pó desnatado foi de US$ 4.125/t na Europa e de US$ 4.475,00/t na Oceania. Quanto ao leite em pó integral, os valores na Europa Ocidental fecharam a US$ PREÇOS INTERNACIONAIS 4.675/t, em média e, na Oceania, a US$ 4.850/t entre 24 de junho e 5 de julho. As expectativas sobre a nova estação de produção na Nova Zelândia são positivas. Os animais estão em boas condições e o clima tem sido favorável para as pastagens. Já na Europa, as condições climáticas têm variado bastante nos diferentes países e regiões, mas, de modo geral, após períodos de seca e temperaturas elevadas, a situação começa a melhorar. – O Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) subiu 3,8% em dólar e 10,7% em Real na comparação com maio, fechando com médias de US$ 3,44/kg e a R$ 7,48/kg em junho. As valorizações foram observadas para queijo e leite condensado. Já as principais quedas foram verificadas nos preços de iogurtes, manteiga e leite fluido. IPE-L/Cepea US$ 4.850 US$ 4.675 US$ 4.475 US$ 4.125 US$ 2.950 US$ 3.175 US$ 2.875 US$ 2.775 + 64% + 47% + 56% + 49% Dados referem-se à média entre 24 de junho e 5 de julho de 2013; para 2012, foram considerados dados de período semelhante. Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹ Mai – Jun (%) Participação no total exp. em Jun/13 Jun/12 – Jun/13 (%) 8.339 1.437 4.675 1.784 416 -16% -8% -23% -23% -13% - 17% 56% 21% 5% -17% - 18% -25% -36% Total de janeiro a jun/13 frente ao mesmo período de 2012: 9% Jun/13 Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹ Mai – Jun (%)Jun/13 Participação no total imp. em Jun/13 Jun/12 – Jun/13 (%) ² 74.734 53.661 19.195 1.254 1.685 14% 31% -9% -52% 31% - 71,8% 25,7% 1,7% - 6% - -12% 121% -19% Total de janeiro a jun/13 frente ao mesmo período de 2012: -23% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litro.
  • 6. PREÇO DO UHT ATINGE RECORDE NOMINAL; EM TERMOS REAIS É O 3º MAIOR DA SÉRIE Por Ana Paula Negri, graduanda em Ciências dos Alimentos, e Jacqueline Betim Barbieri, graduanda em Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea O preço médio do leite UHT negociado no atacado do estado de São Paulo seguiu em alta em junho e atingiu o maior patamar nominal da série histórica do Cepea, iniciada em março de 2010. Em termos reais (considerando-se a inflação do período), a média de junho foi a terceira maior da série, atrás apenas das médias de abril de 2010 e de agosto/2011, ambas de R$ 2,18/litro – os valores foram deflacionados pelo IPCA de maio/13. A média do leite UHT foi de R$ 2,17/litro (inclui frete e impostos) em junho/13, 3,62% maior que a de maio/13 e 22,81% superior à de junho/12, em termos nominais. O aumento deve-se à menor oferta de matéria- prima, devido ao período de entressafra, e à demanda aquecida por derivados. Agentes do setor afirmam que, apesar da elevação do preço do UHT, a demanda ainda seguiu firme em junho. Essa pesquisa é diária e é realizada pelo Cepea com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e da CBCL (Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios). Quanto ao queijo muçarela, foi comercializado a R$ 12,33/kg em média, aumento de 3,18% frente a maio e de 19% relação a junho/12, quando a média foi de R$ 10,37/kg. Em termos nominais, a média de junho também foi a maior da série histórica do Cepea – que, neste caso, foi iniciada em janeiro de 2011. Em termos reais, a média do queijo muçarela é a maior desde dezembro de 2011. Evolução dos preços de leite UHT de acordo com a pesquisa diária realizada pelo Cepea 1,52 2,05 12,56 13,21 13,25 13,00 1,47 1,95 14,16 13,33 12,54 12,00 1,66 2,03 14,39 13,98 11,20 12,85 1,49 1,93 14,65 14,35 10,65 13,65 1,52 1,97 15,08 12,90 12,22 12,52 1,53 1,98 14,17 13,55 11,97 12,80 1,7% 1,8% -8,2% 2,6% 0,4% -1,9% 2,9% 3,3% 2,0% 3,8% 1,5% 0,8% 9,9% 5,1% 9,4% 14,6% 8,0% 7,8% 0,4% 3,9% -12,5% -11,6% -1,8% 5,0% 1,1% 1,3% 2,1% 3,7% 0,6% 1,8% 3,2% 3,1% -2,0% 1,8% 1,6% 2,6% Fonte:Cepea/ESALQ-USP em jun/13 mai/13 jun/12 R$ 2,17/litro R$ 12,33/kg 3,62% 3,18% 3,18% 18,90% Fonte: Cepea – OCB/CBCL Preços médios dos derivados praticados em MAIO e as variações em relação ao mês anterior Para o próximo mês, colaboradores do Cepea acreditam em novos reajustes positivos nos preços. O movimento de alta nas cotações, segundo agentes, pode perder a força somente a partir da segunda quinzena de agosto, quando a captação de leite deve começar a se recuperar, devido à melhora das pastagens. A maioria dos derivados lácteos apresentou valorização em maio, com exceção do queijo prato. Os aumentos se deveram à redução da captação de matéria-prima. Os preços médios dos leites UHT e pasteurizado tiveram alta de abril para maio, de 3,1% e de 3,2%, respectivamente, passando para R$ 1,98 e R$ 1,53. MERCADO EM MAIO: A manteiga (200g) e o queijo muçarela também registraram valorização, mas de forma menos intensa, de 1,6% e 1,8%, nesta ordem. Em maio, as médias nacionais foram de R$ 11,97/kg para a manteiga (200g) e de R$ 13,55/kg para o queijo muçarela. O preço do leite em pó (400g) teve média de R$ 12,80/kg no mercado nacional, elevação de 2,6% em relação a abril/13. Sendo a única exceção dentre os derivados, o queijo prato teve desvalorização de 2% de abril para maio, passando para R$ 14,17/kg. Essa baixa pode estar relacionada ao maior volume de importação desse produto nos últimos meses. Fonte:Cepea/ESALQ-USP
  • 7. A IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES DE QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA Por Ana Paula Negri, graduanda em Ciências dos Alimentos – Esalq/USP; equipe Leite Cepea O leite é considerado uns dos alimentos mais completos e sua composição é influenciada pela alimentação da vaca. É um produto extremamente sensível, adquire odor e gosto desagradáveis quando exposto ao sol e é um “excelente” meio para o desenvolvimento de microrganismos. Quando contaminado, pode prejudicar a saúde do consumidor e causar problemas no processamento industrial. Portanto, o produto deve apresentar boa qualidade, o que significa ter alto valor nutritivo e sabor agradável, ausência de agentes patogênicos e contaminantes como antibióticos, pesticidas e sujidades, reduzida contagem de células somáticas e baixa contaminação microbiológica. Alguns fatores da produção de leite de qualidade está bastante relacionada ao bom manejo dos animais, cuidados com a sanidade, boas práticas de ordenha, limpeza e desinfecção dos equipamentos usados em todo o processo. Para avaliação do leite, alguns indicadores de qualidade são: acidez, contagem bacteriana total, contagem de células somáticas e ranço. A mastite é uma das doenças que mais podem comprometer a qualidade do leite por provocar elevação da contagem de células somáticas (CCS), que retarda o tempo de coagulação, prejudicando a fabricação de queijos. Isso se deve à redução dos teores de lactose, gordura e caseína (principal proteína do leite) e ao aumento da quantidade de cloretos, sódio e ácidos graxos livres. No Brasil, algumas fraudes são cometidas para aumentar o volume de leite e mascarar algumas falhas na produção. Diversos testes são realizados para a detecção dessas fraudes, como a pesquisa ou identificação de bicarbonato – o qual é adicionado para mascarar falta de higiene na ordenha e má Refrigeração –, a determinação da densidade para verificar a quantidade de água adicionada ao leite e o teste de água oxigenada e formol – os quais podem ser colocados no leite ilegalmente para disfarçar a má qualidade do produto. A adição de algumas substâncias pode ser acidental, como o cloro, que pode estar presente devido à incorreta higienização dos equipamentos e utensílios. Em relação às fraudes com ureia, que é adicionada com o intuito de se aumentar o volume de leite e mascarar a adição de água, é importante ressaltar que, além de estar presente naturalmente no leite, causa pouca toxicidade ao ser humano. Os teores normais presente são de 10 até 16 miligramas por decilitro. Quantidade muito acima é característica de fraude. As análises de controle de qualidade do leite cru, portanto, são essenciais para diminuir a ocorrência de problemas nos processos industriais e assegurar o nível desejado dos produtos finais. 4,8x105 /mL 600.000 UFC/mL 4,0x105 /mL 300.000 UFC/mL 3,6x105 / mL 100.000 UFC/mL Fonte: MAPA 2011 Instrução Normativa Nº 62 De 01/01/2012 até 30/06/2014 De 01/07/2014 até 30/06/2016 A partir de 01/07/2016 Contagem de células somáticas (CCS) Contagem bacteriana total (CBT) Fonte: Embrapa Parâmetros para a qualidade do leite Acidez Densidade Ureia 15 e 18° D (Dornic) 1,023 a 1,040 g/mL 10 a 16 mg/dL
  • 8. No mês de junho, as cotações médias de milho nas regiões acompanhadas pelo Cepea subiram 1,5% no mercado de balcão (ao produtor), mas cederam 2,2% no mercado disponível (negociações entre empresas). A pressão no atacado se deve, principalmente, às quedas observadas em praças do Centro-Oeste. Na CME/CBOT (Bolsa de Chicago), os preços subiram no primeiro vencimento (Julho/13) devido aos baixos estoques, mas tiveram quedas expressivas para os demais contratos, com a expectativa de produção recorde nos Estados Unidos. No início do mês, a combinação de demanda interna mais ativa e da valorização do dólar, que eleva a paridade de exportação e influencia o vendedor a pedir preços maiores, manteve em alta dos preços do milho no Brasil. Por outro lado, as cotações médias cederam em Mato Grosso e em Goiás, com maior oferta, e em Recife, diante da chegada de novos lotes de milho via intervenção governamental. No mês, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), teve queda de 1,8%, fechando a R$ 26,16/sc de 60 kg. MILHO: Preços têm comportamento distinto nas praças acompanhadas FARELO DE SOJA: Maior produção animal eleva procura pelo derivado A demanda firme por farelo de soja, principalmente para produção de suínos e frangos, continuou dando sustentação aos preços do derivado. Além disso, nesse período do ano, é comum também o aumento da produção de gado em confinamento, impulsionado as compras de farelo de soja para ração animal. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as vendas externas de farelo de soja totalizaram cerca de 1,3 milhão de toneladas em junho, volume 5,8% menor que o de maio, mas 5,4% superior ao de junho/2012. No primeiro semestre, foram embarcadas 5,8 milhões de toneladas deste derivado, 17,5% a menos que no primeiro semestre de 2012. Porém, a receita obtida no semestre foi de US$ 2,9 bilhões, 2,8% maior que a dos primeiros seis meses de 2012, já que, apesar da queda do volume exportado, o preço aumentou 24,7% (US$ 494,72/t). Na CME/CBOT (Bolsa de Chicago), considerando- se os primeiros vencimentos (Julho/13) de soja em grão, farelo e óleo, o farelo, em junho, representou 68% da receita de cada tonelada de soja esmagada – o óleo, portanto, representa os outros 32%. Esse nível de participação é um dos maiores da história, perdendo apenas para o observado em junho de 2009, quando a receita do farelo superou 70% da receita do grão. 32,30 31,91 30,29 25,97 25,57 26,01 1012,45 903,48 792,12 744,91 815,40 1.007,55 Abril Junho Maio