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Gráfico 1: ICAP-L/Cepea – Índice de Captação de Leite – MAIO/16. (Base 100=Junho/2004)
Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP | Ano 22 nº 254 | Julho - 2016
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP
Além do UHT, preço do muçarela
também bate recorde em junho
Entenda a metodologia de preços do leite
do CEPEA
MERCADO DE MILHO
E FARELO DE SOJA
Importações de lácteos do primeiro
semestre superam em 57,7% as do ano
anterior
pág. 05 pág. 06 pág. 07
PANORAMA
MÉDIA DO UHT ATINGE RECORDE REAL; PREÇO AO PRODUTOR SOBE PELO 6° MÊS SEGUIDO
O preço do leite UHT atingiu, em junho, o maior
patamar real da série do Cepea (Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP,
iniciada em 2010 (os valores foram deflacionados pelo
IPCA de maio/16). O derivado negociado no
mercado atacadista do estado de São Paulo teve
média de R$ 3,6476/litro, 24,1% superior à de
maio/16. Neste ano, a valorização acumulada é de
expressivos 58,5%. Outros lácteos acompanhados
pelo Cepea também seguem essa tendência. O queijo
muçarela teve média de R$ 18,31/kg em junho, com
alta de 14,08% em relação ao mês anterior e de 29,8%
no ano.
O impulso vem da baixa oferta de leite no campo, que
mantém acirrada a disputa entre laticínios pela
matéria-prima. A menor disponibilidade se deve,
especialmente, ao período de entressafra e aos
elevados custos de produção, que desestimularam
muitos produtores. Em junho, o preço do leite pago ao
produtor subiu em todos os estados acompanhados
pelo Cepea.
Na “média Brasil” (que pondera o valor pelo volume
captado nos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP),
o preço médio do leite ao produtor foi de R$
1,2165/litro (sem frete e impostos) em junho, alta de
5,14% em relação ao mês anterior e 18% maior que o
de junho/15, em temos reais. O preço bruto médio
(com frete em impostos) foi de R$ 1,3276/litro,
aumento real de 18% frente ao mesmo período do ano
passado.
O aumento na média nacional em junho foi
influenciado, principalmente, pelas elevações de 6%
no preço de Santa Catarina e de 5,77% em Minas
Gerais. As médias líquidas foram de R$ 1,2474/litro
no estado catarinense e de R$ 1,2636/litro no mineiro.
O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-
L/Cepea) teve queda de 1,63% em maio,
considerando-se os sete estados que compõem a
“média Brasil”. A Bahia registrou a maior queda na
captação, de 6,87%, seguida por Goiás (-3,37%),
Minas Gerais (-2,62%), São Paulo (-2,09%), Santa
Catarina (-0,8%) e Paraná (-0,3%). Rio Grande do Sul
foi o único estado que registrou ligeira melhora na
captação em maio, de 0,73%. Para os próximos meses,
a captação deve começar a se recuperar no Sul,
devido às forragens de inverno e ao período de safra
que começa um pouco antes nessa região.
Nesse cenário, a concorrência para captação por
parte das indústrias de derivados lácteos deve seguir
acirrada, mantendo os preços do leite em alta. Dos
agentes entrevistados pelo Cepea, 97,8% (que
representam 99,5% do volume amostrado) acreditam
em nova alta nos preços do leite em julho, enquanto o
restante (2,2%, que representam 0,5% do volume)
acredita em estabilidade nas cotações – frente ao mês
passado, houve diminuição no número de
colaboradores que estima estabilidade nos valores.
Nenhum dos colaboradores consultados estima
queda de preços em julho. O levantamento de preços
pago ao produtor do Cepea é mensal e conta com
apoio financeiro da Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB).
Sul / Sudoeste de Minas
1,3813
1,2504
1,3705
1,5370
1,3440
1,4917
1,3664
1,3617
1,3695
1,3480
1,3412
1,3520
1,3979
1,2939
1,3621
1,5648
1,3983
1,5713
1,6777
1,4376
1,5215
1,4660
1,5268
1,4715
1,1379
1,0727
1,1446
1,4347
1,4009
1,3499
1,3041
1,1787
1,2138
1,1952
1,4924
1,3821
1,3354
1,2983
1,2266
1,1870
0,8792
1,3024
1,0295
0,9384
0,9079
0,9362
1,3299
1,1160
1,0950
1,1505
1,0438
0,9949
1,2563
1,3290
1,2093
1,1288
1,0855
1,1015
1,3997
1,2863
1,2308
1,2178
1,1271
1,0901
1,3349
1,2218
1,2255
1,0758
1,1138
1,0842
1,3914
1,2837
1,2389
1,2113
1,1646
1,1063
0,8249
1,1753
0,9554
0,8408
0,7702
0,8134
0,9784
0,9460
1,0066
1,0668
0,9530
0,9144
1,1936
1,2013
1,1352
1,0319
0,9438
0,9765
1,2360
1,1703
1,1485
1,1327
1,0636
1,0146
2,29%
10,02%
4,90%
1,97%
1,13%
1,69%
9,02%
6,31%
1,33%
3,98%
0,00%
0,84%
2,29%
10,52%
5,02%
2,94%
1,73%
2,31%
3,99%
4,47%
0,97%
4,19%
-0,01%
0,71%
1,1111
0,8746
1,0763
1,1756
1,0306
1,1608
1,2257
1,2322
0,8764
1,0652
1,1489
1,0898
1,3064
1,1711
1,1411
1,2877
1,0599
1,2477
0,9876
1,1739
1,1572
1,1743
1,1858
1,1662
1,0061
0,9560
0,9587
1,1388
1,2520
1,1412
1,2372
1,3890
1,2160
1,3580
1,3449
1,2864
1,2381
1,2073
1,2589
1,2565
1,3526
1,2270
1,2924
1,4822
1,2641
1,4417
1,3823
1,3416
1,3830
1,4031
1,4615
1,4089
1,0638
1,0236
1,0635
1,3276
1,2515
1,1561
1,2602
1,4281
1,2060
1,3780
1,3314
1,2621
1,2113
1,2260
1,2414
1,2421
1,3044
1,2212
1,2628
1,4123
1,3051
1,4125
1,5509
1,3688
1,4002
1,3295
1,3936
1,3387
1,0587
0,9901
1,0715
1,3210
0,9872
0,7888
0,9730
1,0754
0,8997
1,0551
1,1939
1,1354
0,7293
0,9484
1,0531
0,9856
1,2133
1,1002
1,0462
1,1412
0,9740
1,1011
0,8764
1,1022
1,0438
1,0442
1,0470
1,0327
0,9295
0,8759
0,8896
1,0305
1,1250
1,0494
1,1301
1,2834
1,0809
1,2474
1,3074
1,1884
1,0828
1,0989
1,1638
1,1486
1,2593
1,1553
1,1963
1,3315
1,1805
1,2867
1,2621
1,2502
1,2636
1,2687
1,3296
1,2774
0,9871
0,9420
0,9925
1,2165
3,69%
0,50%
4,11%
5,76%
5,59%
5,54%
5,11%
5,70%
4,71%
2,49%
4,82%
4,33%
5,18%
2,65%
4,19%
5,69%
5,95%
5,57%
5,24%
4,09%
5,64%
6,33%
4,72%
5,42%
1,13%
1,31%
1,17%
4,92%
3,29%
0,58%
4,50%
6,12%
6,41%
5,94%
5,16%
5,93%
2,91%
3,85%
5,30%
4,38%
5,58%
2,64%
4,38%
5,64%
6,57%
5,64%
5,51%
4,18%
5,77%
6,45%
4,53%
5,28%
5,14%
1,38%
2,50%
5,14%
jun/mai jun/mai
JUNHO/16
MAIO/16
Flávia Romanelli - Mtb: 27540
Equipe Leite:
Wagner Hiroshi Yanaguizawa - Pesquisador Projeto Leite
Natália Salaro Grigol, Ana Paula Negri,
Raphael Denys Fava, Marianne Tufani Batista,
Aline Figueiró dos Santos e Juliana Cristina Santos
Wagner Hiroshi Yanaguizawa
Pesquisador Projeto Leite
Equipe Grãos:
Lucilio Alves - Pesquisador Projeto Grãos
Ketlyn H. Accorsi, André Sanches, Stefani Morera,
Camila Pissinato, Débora Kelen P. da Silva,
Rafaela Moretti Vieira e Yasmin Pascoal
Fonte: Cepea
Fonte: Cepea
Preços em estados que não estão incluídos na ‘‘média Brasil’’ - RJ, MS, ES e CE
Alessandra da Paz - Mtb: 49.148
D
Bruna Sampaio - Mtb: 79466
Nadia Zanirato - Mtb: 81086
Paola Miori - Mtb: 49.146
EVOLUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL EFETIVO (COE) E DO PREÇO DO LEITE EM
PREÇO DO CONCENTRADO SOBE 7% EM JUNHO E PARTICIPAÇÃO NO COE
CRESCE PARA 47%
Os preços dos concentrados, grupo que engloba as
rações utilizadas na pecuária de leite, tiveram novas
altas em junho, de 7% frente ao mês anterior,
considerando-se a “média Brasil” (que engloba os
estados de GO, BA, SP, MG, PR, SC e RS). Foi a
maior valorização desde agosto/12. No acumulado
do semestre, o aumento foi de 19,3%. Com isso, a
participação do insumo no Custo Operacional
Efetivo (COE) na “média Brasil” subiu de 45,3% em
maio para 47% em junho.
São Paulo foi o estado com maior aumento nos
preços dos concentrados em junho, de 12,3%. Na
sequência, destacaram-se Paraná (+8,5) e Minas
Gerais (+7,4%). No acumulado jan-jun, o insumo se
valorizou 33,1% em SP, 19,3% no PR e 16,6% em
MG.
As altas dos concentrados em junho refletiram os
aumentos de preços do milho e do farelo nos meses
anteriores. Apesar do recuo nos valores do milho em
junho, a compra do concentrado vendido neste
período pelas casas agropecuárias ocorreu em
meses anteriores, quando o grão vinha em forte
valorização.
O início da colheita da segunda safra de milho e soja
nas principais regiões produtoras elevou a
disponibilidade interna dos grãos em junho,
pressionando as cotações. A Conab, porém, revisou
para baixo em seu último relatório a produção de
milho safrinha, em relação à do ano passado, o que
voltou a gerar reações altistas no início de julho.
Assim, não há expectativas de queda nos preços dos
concentrados negociados nas casas agropecuárias
para os próximos meses, segundo colaboradores
consultados pelo Cepea.
Em junho, a média da saca de 60 quilos de milho
comercializada em Campinas (SP) caiu 5% sobre o
mês anterior, mas ainda superou em quase 100% a
do mesmo período do ano passado (jun/15). Para o
(130g de Fósforo)
5,6 litros/frasco 10 ml
5,2 litros/frasco 10 ml
5,0 litros/frasco 10 ml
79,6 litros/sc 25 kg
77,0 litros/sc 25 kg
73,3 litros/sc 25 kg
41,1 litros/litro de herbicida
39,3 litros/litro de herbicida
37,4 litros/litro de herbicida
abr/16
mai/16
jun/16
abr/16
mai/16
jun/16
abr/16
mai/16
jun/16
abr/16
mai/16
jun/16
abr/16
mai/16
jun/16
abr/16
mai/16
jun/16
790,9 litros/tonelada
866,3 litros/tonelada
838,2 litros/tonelada
1078,8 litros/tonelada
1008,0 litros/tonelada
927,2 litros/tonelada
10,2 litros/frasco 50 ml
10,4 litros/frasco 50 ml
9,9 litros/frasco 50 ml
Por Raphael D. Fava, Analista de Mercado, equipe Leite Cepea
farelo, a média de junho ficou 14% acima da de maio
e 55,8% maior que a de jun/15 também na média de
Campinas.
OUTROS – Na contramão dos concentrados, outros
insumos importantes para a atividade leiteira tiveram
queda em junho. Os itens energia e combustíveis,
forrageiras perenes, medicamentos e inseminação
artificial recuaram 0,3%, 2,3%, 1,2% e 0,3%
respectivamente. Juntos, estes componentes
representaram 10,2% do COE na “Média Brasil” de
junho.
A queda nos preços desses componentes está
atrelada diretamente à menor procura por parte de
pecuaristas, que tipicamente reduzem seus
investimentos durante o período de entressafra
leiteira. Além disso, a valorização do Real frente ao
dólar no último mês reforçou a pressão sobre as
cotações de alguns insumos.
Gráfico 1 – Evolução das variações dos custos dos concentrados na “Média Brasil” comparado com os preços do farelo de soja (em R$/tonelada, em Campinas – SP)
e do milho (em R$/saca, em Campinas – SP). Base 100 – janeiro/2016.
IMPORTAÇÕES DE LÁCTEOS DO PRIMEIRO SEMESTRE SUPERAM EM 57,7% AS DO ANO ANTERIOR
Por Natália Salaro Grigol, analista de mercado da Equipe Leite Cepea-Esalq/USP
Apesar de as importações brasileiras de lácteos
terem caído 5,14% em junho, em relação ao mês
anterior, o volume acumulado no primeiro
semestre superou em expressivos 57,7% a
quantidade registrada no mesmo período do ano
passado. De acordo com dados da Secex, foram
importados aproximadamente 822 milhões de
litros em equivalente leite de janeiro a junho de
2016. O montante despendido com as compras
no período foi de US$ 268,3 milhões, incremento
de 24% frente ao primeiro semestre de 2015.
Pesquisas do Cepea apontam que a alta
considerável nas importações de lácteos se deve
à menor produção doméstica, que tem limitado a
oferta de derivados e impulsionado as cotações
internas.
Os principais produtos importados no primeiro
semestre foram os leites em pó¹, os queijos² e a
manteiga, que representaram 77,5%, 21,2% e
0,5% das compras, respectivamente. Na
comparação com o primeiro semestre de 2015,
as aquisições desses lácteos tiveram incremento
de 51%, de 81% e de 415%, na sequência.
O leite em pó integral³ continuou sendo o
principal produto da pauta de importações, com
as compras representando 57% do total, em litros
em equivalente leite. Entre o primeiro semestre de
2015 e o de 2016, o volume adquirido se elevou
em 120%, totalizando 57,34 milhões de quilos. A
participação das compras do produto argentino
caiu de 38,6% para 26% nesse período,
enquanto as importações do Uruguai cresceram
de 59% para 67%. Em 2015, o Uruguai se tornou
o principal fornecedor de leite em pó integral para
o Brasil, posição que vem se consolidando em
2016.
Alinhado ao movimento de desvalorização
mundial de lácteos, os preços médios do leite em
pó integral importado no período recuaram
23,7% na mesma comparação, indo de US$
3,14/kg para US$ 2,39/kg. Os cálculos levam
em conta a média aritmética dos preços médios
ponderados de jan-jun de cada ano. Se
comparado com o valor médio do leite em pó
integral nacional (obtido através de pesquisas do
Cepea de jan-maio, último dado disponível), o
produto importado ficou 39,3% mais barato que o
brasileiro.
EXPORTAÇÃO – Os embarques de lácteos nos
primeiros seis meses do ano somaram 93,4
milhões de litros em equivalente leite, retração de
29,4% em comparação com o mesmo período de
2015. A queda se deve tanto à menor produção
leiteira nacional quanto à demanda mais baixa
da Venezuela por leites em pó – 47% inferior à do
primeiro semestre de 2015. O faturamento
gerado com as vendas internacionais foi de US$
62,7 milhões, 41% menor na mesma
comparação.
Tabela 2 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹
Mai/16 - Jun/16 (%) Participação no total imp. em Jun/16 Jun/16-Jun/15 (%)
190.949
38.668
1.527
2.663
-5,14%
9,05%
101,66%
25%
-
20,3%
0,8%
-
98%
112%
655%
72%
Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite;
(2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros
Jun/16
Total de jan - junho/16 frente ao mesmo período de 2015: 57,7%
Total
Leite em pó
(integral e desnatado)
Queijos
Manteiga
Soro de leite² (mil kg)
148.927 -9,39% 78% 92%
Tabela 1 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹
Mai/16 - Jun/16 (%) Participação no total exp. em Jun/16 Jun/16-Jun/15 (%)
15.516
3.202
1.937
1.436
514
-15%
6%
-23%
-39%
42%
-
21%
12%
9%
3,3%
-47,4%
109%
39%
-10%
1%
Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite
Jun/16
Total de jan - junho/16 frente ao mesmo período de 2015: -29,4%
Total
Leite em pó
(integral e desnatado)
Leite condensado
Queijos
Leite modificado
Leite fluido
8.377 -15% 54% -66%
¹ A categoria “leites em pó” considera os seguintes NCM definidos pela Secex: 04021010; 04022110; 04021090.
² A categoria “queijos” considera os seguintes NCM definidos pela Secex: 04061010; 04061090; 04062000; 04063000; 04064000; 04069010; 04069020; 04069030; 04069090.
³ NCM 04022110
ALÉM DO UHT, PREÇO DO MUÇARELA TAMBÉM BATE RECORDE EM JUNHO
O valor médio do queijo muçarela no atacado do
estado de São Paulo foi de R$ 18,31/kg em junho,
recorde em termos reais (valores deflacionados pelo
IPCA de junho/16) considerando-se a série do
Cepea, iniciada em 2011 para o produto. Em
relação ao mês anterior, a muçarela se valorizou
13,7% e, frente ao mesmo período do ano passado
(jun/15), expressivos 24,7%. A baixa oferta de
matéria-prima, reforçada pelo período de
entressafra, é o principal motivo das altas de preços.
Até então, o maior valor real da muçarela havia sido
registrado em agosto de 2013, de R$ 16,59/kg.
Naquele período, a menor disponibilidade foi
2,04
2,73
16,82
16,98
19,08
17,26
1,97
2,70
19,00
18,56
18,81
15,48
2,00
2,49
17,79
16,64
18,65
14,31
1,94
2,71
16,79
16,71
19,10
14,40
2,09
2,83
18,46
17,07
18,71
15,40
2,01
2,69
17,77
17,19
18,87
15,37
0,5%
8,3%
4,4%
5,7%
7,9%
15,1%
3,0%
10,6%
-0,2%
4,9%
9,0%
-2,6%
2,8%
9,1%
0,2%
1,8%
4,3%
3,4%
5,0%
7,2%
1,9%
2,1%
-1,3%
2,9%
6,3%
10,8%
2,2%
5,1%
2,4%
5,2%
3,49%
9,2%
1,6%
3,9%
4,3%
4,7%
Fonte:Cepea/ESALQ-USP
Preços médios (R$/litro ou R$/kg) praticados em MAIO e as variações em relação ao mês anterior
resultado principalmente da demanda aquecida.
Neste ano, a oferta de leite no campo diminuiu
mesmo antes do período de entressafra, refletindo
os elevados custos verificados desde 2015 e que
desestimularam muitos produtores. Sem a matéria-
prima, muitos laticínios mudaram as estratégias de
processamento e optaram por aumentar a produção
de UHT– que é o lácteo mais consumido no Brasil e
cuja demanda tem menor influência diante de
reduções na renda.
Ainda assim, o volume de leite UHT disponibilizado
nas prateleiras é reduzido, levando a novas
valorizações. As cotações, que já estavam nos
maiores patamares históricos em maio – para o
produto, a série Cepea iniciou em 2010 –, bateram
novos recordes reais em junho. A média do último
mês, de R$ 3,64/litro, superou em 23,7% a de maio
e em 37,1% a de um ano atrás.
Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário
tem levado consumidores a optar por outras bebidas
em detrimento do leite UHT, como os achocolatados
prontos, leite pasteurizado ou o leite em pó, que
apresentam custo inferior.
em Jun/16 Jun/15 Mai/16
R$ 3,64/litro
R$ 18,31/kg
37,11%
24,69%
23,67%
13,69%
Fonte: Cepea - OCB.
Nota: Médias mensais obtidas de cotações diárias.Variação em termos nominais, ou seja, sem
considerar a inflação do período.
Preços médios do leite UHT e da muçarela em JUNHO
nos atacados do estado de São Paulo
COTAÇÕES DOS DERIVADOS NOS ATACADOS EM MAIO
Por Aline Figueiró Santos, graduanda em Ciências Econômicas
Media Nacional
Por Juliana Cristina dos Santos, graduanda em Ciências dos Alimentos
ENTENDA A METODOLOGIA DE PREÇOS DO LEITE DO CEPEA
Por Aline Figueiró dos Santos¹, Juliana Cristina dos Santos² e Marianne Aline Tufani Batista²
Graduanda em Ciências Econômicas¹, Graduandas em Ciências dos Alimentos², da Esalq-USP
O preço do leite pago ao produtor calculado pelo
Cepea é um balizador de decisões e estratégias de
negociação para agentes de toda cadeia. Para
compreender a metodologia de precificação, é
importante, primeiramente, ter claro que os valores
coletados se referem aos preços pagos/recebidos
pelo leite no mês corrente, relativos à produção
entregue no mês anterior. A “média Brasil” divulgada
pelo Cepea pondera o valor pelo volume captado
em sete estados: Bahia, Goiás, Minas Gerais,
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São
Paulo. Não são consideradas negociações no
mercado spot, o qual envolve leite cru
comercializado diariamente entre as indústrias.
A partir de levantamento feito com cooperativas e
indústrias de laticínios, mensalmente, são divulgados
os preços brutos e líquidos do leite. Os valores brutos
c o r r e s p o n d e m a o s “ p a g o s ” p o r
laticínios/cooperativas, em que são considerados
frete e impostos, como o Funrural – imposto de direito
do produtor que envolve 2% do INSS e 0,1% dos
Riscos Ambientais do Trabalho (RAT). Já o preço
líquido representa os valores recebidos pelos
produtores, livre de impostos e frete.
Os valores são classificados em mínimos, médios e
máximos, de acordo com a qualidade e o volume da
matéria-prima adquirida. O produtor que não
fornece leite de boa qualidade – em que os teores de
proteína, de gordura, CCS (contagem de células
somáticas) e CBT (contagem bacteriana total) não
estão adequados – e volume abaixo do exigido pelo
laticínio é penalizado, encaixando-se no preço
mínimo. Já produtores que disponibilizam matéria-
prima de boa qualidade e volume elevados recebem
altas bonificações, refletidas no valor máximo. Os
preços médios, por sua vez, correspondem ao total
remunerado em Reais ao produtor dividido pela
quantidade de leite adquirida pela empresa.
Também são divulgados valores nominais e reais do
leite. Enquanto os primeiros referem-se aos preços
correntes, os valores reais consideram o efeito da
inflação. Ao analisar o comportamento das
cotações ao longo do tempo, é importante que os
valores nominais sejam deflacionados. Para o leite,
o Cepea utiliza o Índice mais recente de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Há mais de 20 anos, o Cepea mantém este
relacionamento direto com agentes da cadeia de
leite. Atualmente, são contatados quase 400
agentes do mercado, entre pecuaristas leiteiros,
cooperativas e indústrias de laticínios. Todas as
informações levantadas pela equipe são mantidas
em sigilo e passam a compor a amostra para cálculo
das médias divulgadas pelo Cepea.
A informação passada por colaboradores auxilia o
Cepea a aproximar os resultados cada vez mais da
realidade, gerando ganhos para toda a cadeia.
Produtores, cooperativas e indústrias de laticínios
que desejam ser colaboradores podem enviar e-mail
para leicepea@usp.br ou ligar para (19) 3429
8834. É interessante destacar que não há custos
para ser um colaborador. Pelo contrário,
colaboradores passam a ter acesso a informações
exclusivas do mercado elaboradas pelo Cepea.
Se você ainda não é um colaborador do Cepea,
faça parte dessa Comunidade!
Contatos: (19) 3429-8834 e leicepea@usp.br
Os preços do milho caíram fortemente em todas as regiões
acompanhadas pelo Cepea em junho. Depois de atingir a
máxima de R$ 53,91/sc no início do mês, o Indicador
ESALQ/BMF&Bovespa (referência Campinas – SP)
apresentou consecutivas quedas, que foram acentuadas a
partir da segunda quinzena do mês. No acumulado do
período, o Indicador se desvalorizou 22,3%, fechando a
R$ 41,28/sc no dia 30. A média mensal foi de R$
49,12/sc, recuo de 4,6% em relação a maio, o primeiro
recuo mensal do Indicador em 12 meses.
As desvalorizações do cereal decorreram da colheita da
segunda safra e da demanda retraída. Na primeira
quinzena, produtores disponibilizaram um volume maior
do produto, na tentativa de aproveitar os altos patamares
de preços. Compradores, por sua vez, postergaram as
aquisições, limitando os negócios a pequenos volumes,
para consumo imediato. Com isso, a pressão sobre as
cotações foi intensificada, e produtores capitalizados se
retraíram, resultando em lentidão nas negociações nos
mercados spot e a termo.
O recuo dos preços do milho, que já era esperado para
esse período, devido ao início da safra de inverno, foi visto
como um ajuste de mercado, dados os altos patamares,
resultado da baixa oferta do cereal e de especulações em
torno da queda de produtividade nas lavouras. O ritmo das
exportações no segundo semestre deve direcionar com
mais clareza o comportamento das cotações no mercado
interno.
Segundo dados da Conab, os embarques brasileiros
devem somar 25,4 milhões de toneladas, queda de 16%
em relação à safra anterior. A Conab também alterou os
números da produção nacional, agora estimada em 76,2
milhões de toneladas, 10% inferior ao volume do ano
anterior, mas ainda o segundo maior da série histórica. A
redução veio da menor produtividade das lavouras da
segunda safra.
MILHO: Preços despencam com o avanço da colheita
FARELO DE SOJA: Valores perdem força em junho
Os preços de farelo de soja, que vinham em forte alta desde
meados de abril, perderam a força na segunda quinzena
de junho, aliviando compradores domésticos que precisam
do derivado, especialmente para alimentação animal. A
valorização do Real frente ao dólar e a maior oferta na
Argentina, devido à finalização da colheita, foram os
fatores de pressão sobre os preços brasileiros. Vale lembrar
que a Argentina é o principal abastecedor mundial de
farelo e óleo de soja.
Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, o
farelo de soja se desvalorizou 1,3% entre 31 de maio e 30
de junho. O valor médio de junho/16, contudo, ainda
superou em 17% o de maio/16 e expressivos 56,2% o de
junho/15.
As baixas nos preços domésticos foram limitadas pela forte
valorização nos Estados Unidos. Na CME Group (Bolsa de
Chicago), o contrato de farelo subiu 9,6% entre 31 de
maio e 30 de junho. A média de junho esteve 9,2%
superior à de maio/16 e 25,3% acima da de junho/15.
O Brasil exportou 1,56 milhão de toneladas de farelo de
soja em junho, 18,8% inferior ao embarcado em maio,
segundo dados da Secex. Ainda assim, o volume de farelo
exportado pelo Brasil no primeiro semestre de 2016, de
8,44 milhões de toneladas, é recorde para o período. O
preço médio pago pelo derivado foi de R$
1.241,48/tonelada, 2,29% superior ao de maio.
Ketlyn Hevelise Accorsi e Débora Kelen Pereira da Silva
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com os seguintes dados: nome, e-mail para cadastro,
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MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA
SP41,65
42,98
47,79
48,92
51,48
49,12
1.335,78
1.188,99
976,13
979,18
1.274,01
1.450,81
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
2016
Contato: leicepea@usp.br
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sobre o mercado de leite
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  • 1. Gráfico 1: ICAP-L/Cepea – Índice de Captação de Leite – MAIO/16. (Base 100=Junho/2004) Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP | Ano 22 nº 254 | Julho - 2016 Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP Além do UHT, preço do muçarela também bate recorde em junho Entenda a metodologia de preços do leite do CEPEA MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA Importações de lácteos do primeiro semestre superam em 57,7% as do ano anterior pág. 05 pág. 06 pág. 07 PANORAMA MÉDIA DO UHT ATINGE RECORDE REAL; PREÇO AO PRODUTOR SOBE PELO 6° MÊS SEGUIDO O preço do leite UHT atingiu, em junho, o maior patamar real da série do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, iniciada em 2010 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de maio/16). O derivado negociado no mercado atacadista do estado de São Paulo teve média de R$ 3,6476/litro, 24,1% superior à de maio/16. Neste ano, a valorização acumulada é de expressivos 58,5%. Outros lácteos acompanhados pelo Cepea também seguem essa tendência. O queijo muçarela teve média de R$ 18,31/kg em junho, com alta de 14,08% em relação ao mês anterior e de 29,8% no ano. O impulso vem da baixa oferta de leite no campo, que mantém acirrada a disputa entre laticínios pela matéria-prima. A menor disponibilidade se deve, especialmente, ao período de entressafra e aos elevados custos de produção, que desestimularam muitos produtores. Em junho, o preço do leite pago ao produtor subiu em todos os estados acompanhados pelo Cepea. Na “média Brasil” (que pondera o valor pelo volume captado nos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), o preço médio do leite ao produtor foi de R$ 1,2165/litro (sem frete e impostos) em junho, alta de 5,14% em relação ao mês anterior e 18% maior que o de junho/15, em temos reais. O preço bruto médio (com frete em impostos) foi de R$ 1,3276/litro, aumento real de 18% frente ao mesmo período do ano passado. O aumento na média nacional em junho foi influenciado, principalmente, pelas elevações de 6% no preço de Santa Catarina e de 5,77% em Minas Gerais. As médias líquidas foram de R$ 1,2474/litro no estado catarinense e de R$ 1,2636/litro no mineiro. O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP- L/Cepea) teve queda de 1,63% em maio, considerando-se os sete estados que compõem a “média Brasil”. A Bahia registrou a maior queda na captação, de 6,87%, seguida por Goiás (-3,37%), Minas Gerais (-2,62%), São Paulo (-2,09%), Santa Catarina (-0,8%) e Paraná (-0,3%). Rio Grande do Sul foi o único estado que registrou ligeira melhora na captação em maio, de 0,73%. Para os próximos meses, a captação deve começar a se recuperar no Sul, devido às forragens de inverno e ao período de safra que começa um pouco antes nessa região. Nesse cenário, a concorrência para captação por parte das indústrias de derivados lácteos deve seguir acirrada, mantendo os preços do leite em alta. Dos agentes entrevistados pelo Cepea, 97,8% (que representam 99,5% do volume amostrado) acreditam em nova alta nos preços do leite em julho, enquanto o restante (2,2%, que representam 0,5% do volume) acredita em estabilidade nas cotações – frente ao mês passado, houve diminuição no número de colaboradores que estima estabilidade nos valores. Nenhum dos colaboradores consultados estima queda de preços em julho. O levantamento de preços pago ao produtor do Cepea é mensal e conta com apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
  • 2. Sul / Sudoeste de Minas 1,3813 1,2504 1,3705 1,5370 1,3440 1,4917 1,3664 1,3617 1,3695 1,3480 1,3412 1,3520 1,3979 1,2939 1,3621 1,5648 1,3983 1,5713 1,6777 1,4376 1,5215 1,4660 1,5268 1,4715 1,1379 1,0727 1,1446 1,4347 1,4009 1,3499 1,3041 1,1787 1,2138 1,1952 1,4924 1,3821 1,3354 1,2983 1,2266 1,1870 0,8792 1,3024 1,0295 0,9384 0,9079 0,9362 1,3299 1,1160 1,0950 1,1505 1,0438 0,9949 1,2563 1,3290 1,2093 1,1288 1,0855 1,1015 1,3997 1,2863 1,2308 1,2178 1,1271 1,0901 1,3349 1,2218 1,2255 1,0758 1,1138 1,0842 1,3914 1,2837 1,2389 1,2113 1,1646 1,1063 0,8249 1,1753 0,9554 0,8408 0,7702 0,8134 0,9784 0,9460 1,0066 1,0668 0,9530 0,9144 1,1936 1,2013 1,1352 1,0319 0,9438 0,9765 1,2360 1,1703 1,1485 1,1327 1,0636 1,0146 2,29% 10,02% 4,90% 1,97% 1,13% 1,69% 9,02% 6,31% 1,33% 3,98% 0,00% 0,84% 2,29% 10,52% 5,02% 2,94% 1,73% 2,31% 3,99% 4,47% 0,97% 4,19% -0,01% 0,71% 1,1111 0,8746 1,0763 1,1756 1,0306 1,1608 1,2257 1,2322 0,8764 1,0652 1,1489 1,0898 1,3064 1,1711 1,1411 1,2877 1,0599 1,2477 0,9876 1,1739 1,1572 1,1743 1,1858 1,1662 1,0061 0,9560 0,9587 1,1388 1,2520 1,1412 1,2372 1,3890 1,2160 1,3580 1,3449 1,2864 1,2381 1,2073 1,2589 1,2565 1,3526 1,2270 1,2924 1,4822 1,2641 1,4417 1,3823 1,3416 1,3830 1,4031 1,4615 1,4089 1,0638 1,0236 1,0635 1,3276 1,2515 1,1561 1,2602 1,4281 1,2060 1,3780 1,3314 1,2621 1,2113 1,2260 1,2414 1,2421 1,3044 1,2212 1,2628 1,4123 1,3051 1,4125 1,5509 1,3688 1,4002 1,3295 1,3936 1,3387 1,0587 0,9901 1,0715 1,3210 0,9872 0,7888 0,9730 1,0754 0,8997 1,0551 1,1939 1,1354 0,7293 0,9484 1,0531 0,9856 1,2133 1,1002 1,0462 1,1412 0,9740 1,1011 0,8764 1,1022 1,0438 1,0442 1,0470 1,0327 0,9295 0,8759 0,8896 1,0305 1,1250 1,0494 1,1301 1,2834 1,0809 1,2474 1,3074 1,1884 1,0828 1,0989 1,1638 1,1486 1,2593 1,1553 1,1963 1,3315 1,1805 1,2867 1,2621 1,2502 1,2636 1,2687 1,3296 1,2774 0,9871 0,9420 0,9925 1,2165 3,69% 0,50% 4,11% 5,76% 5,59% 5,54% 5,11% 5,70% 4,71% 2,49% 4,82% 4,33% 5,18% 2,65% 4,19% 5,69% 5,95% 5,57% 5,24% 4,09% 5,64% 6,33% 4,72% 5,42% 1,13% 1,31% 1,17% 4,92% 3,29% 0,58% 4,50% 6,12% 6,41% 5,94% 5,16% 5,93% 2,91% 3,85% 5,30% 4,38% 5,58% 2,64% 4,38% 5,64% 6,57% 5,64% 5,51% 4,18% 5,77% 6,45% 4,53% 5,28% 5,14% 1,38% 2,50% 5,14% jun/mai jun/mai JUNHO/16 MAIO/16 Flávia Romanelli - Mtb: 27540 Equipe Leite: Wagner Hiroshi Yanaguizawa - Pesquisador Projeto Leite Natália Salaro Grigol, Ana Paula Negri, Raphael Denys Fava, Marianne Tufani Batista, Aline Figueiró dos Santos e Juliana Cristina Santos Wagner Hiroshi Yanaguizawa Pesquisador Projeto Leite Equipe Grãos: Lucilio Alves - Pesquisador Projeto Grãos Ketlyn H. Accorsi, André Sanches, Stefani Morera, Camila Pissinato, Débora Kelen P. da Silva, Rafaela Moretti Vieira e Yasmin Pascoal Fonte: Cepea Fonte: Cepea Preços em estados que não estão incluídos na ‘‘média Brasil’’ - RJ, MS, ES e CE Alessandra da Paz - Mtb: 49.148 D Bruna Sampaio - Mtb: 79466 Nadia Zanirato - Mtb: 81086 Paola Miori - Mtb: 49.146
  • 3. EVOLUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL EFETIVO (COE) E DO PREÇO DO LEITE EM
  • 4. PREÇO DO CONCENTRADO SOBE 7% EM JUNHO E PARTICIPAÇÃO NO COE CRESCE PARA 47% Os preços dos concentrados, grupo que engloba as rações utilizadas na pecuária de leite, tiveram novas altas em junho, de 7% frente ao mês anterior, considerando-se a “média Brasil” (que engloba os estados de GO, BA, SP, MG, PR, SC e RS). Foi a maior valorização desde agosto/12. No acumulado do semestre, o aumento foi de 19,3%. Com isso, a participação do insumo no Custo Operacional Efetivo (COE) na “média Brasil” subiu de 45,3% em maio para 47% em junho. São Paulo foi o estado com maior aumento nos preços dos concentrados em junho, de 12,3%. Na sequência, destacaram-se Paraná (+8,5) e Minas Gerais (+7,4%). No acumulado jan-jun, o insumo se valorizou 33,1% em SP, 19,3% no PR e 16,6% em MG. As altas dos concentrados em junho refletiram os aumentos de preços do milho e do farelo nos meses anteriores. Apesar do recuo nos valores do milho em junho, a compra do concentrado vendido neste período pelas casas agropecuárias ocorreu em meses anteriores, quando o grão vinha em forte valorização. O início da colheita da segunda safra de milho e soja nas principais regiões produtoras elevou a disponibilidade interna dos grãos em junho, pressionando as cotações. A Conab, porém, revisou para baixo em seu último relatório a produção de milho safrinha, em relação à do ano passado, o que voltou a gerar reações altistas no início de julho. Assim, não há expectativas de queda nos preços dos concentrados negociados nas casas agropecuárias para os próximos meses, segundo colaboradores consultados pelo Cepea. Em junho, a média da saca de 60 quilos de milho comercializada em Campinas (SP) caiu 5% sobre o mês anterior, mas ainda superou em quase 100% a do mesmo período do ano passado (jun/15). Para o (130g de Fósforo) 5,6 litros/frasco 10 ml 5,2 litros/frasco 10 ml 5,0 litros/frasco 10 ml 79,6 litros/sc 25 kg 77,0 litros/sc 25 kg 73,3 litros/sc 25 kg 41,1 litros/litro de herbicida 39,3 litros/litro de herbicida 37,4 litros/litro de herbicida abr/16 mai/16 jun/16 abr/16 mai/16 jun/16 abr/16 mai/16 jun/16 abr/16 mai/16 jun/16 abr/16 mai/16 jun/16 abr/16 mai/16 jun/16 790,9 litros/tonelada 866,3 litros/tonelada 838,2 litros/tonelada 1078,8 litros/tonelada 1008,0 litros/tonelada 927,2 litros/tonelada 10,2 litros/frasco 50 ml 10,4 litros/frasco 50 ml 9,9 litros/frasco 50 ml Por Raphael D. Fava, Analista de Mercado, equipe Leite Cepea farelo, a média de junho ficou 14% acima da de maio e 55,8% maior que a de jun/15 também na média de Campinas. OUTROS – Na contramão dos concentrados, outros insumos importantes para a atividade leiteira tiveram queda em junho. Os itens energia e combustíveis, forrageiras perenes, medicamentos e inseminação artificial recuaram 0,3%, 2,3%, 1,2% e 0,3% respectivamente. Juntos, estes componentes representaram 10,2% do COE na “Média Brasil” de junho. A queda nos preços desses componentes está atrelada diretamente à menor procura por parte de pecuaristas, que tipicamente reduzem seus investimentos durante o período de entressafra leiteira. Além disso, a valorização do Real frente ao dólar no último mês reforçou a pressão sobre as cotações de alguns insumos. Gráfico 1 – Evolução das variações dos custos dos concentrados na “Média Brasil” comparado com os preços do farelo de soja (em R$/tonelada, em Campinas – SP) e do milho (em R$/saca, em Campinas – SP). Base 100 – janeiro/2016.
  • 5. IMPORTAÇÕES DE LÁCTEOS DO PRIMEIRO SEMESTRE SUPERAM EM 57,7% AS DO ANO ANTERIOR Por Natália Salaro Grigol, analista de mercado da Equipe Leite Cepea-Esalq/USP Apesar de as importações brasileiras de lácteos terem caído 5,14% em junho, em relação ao mês anterior, o volume acumulado no primeiro semestre superou em expressivos 57,7% a quantidade registrada no mesmo período do ano passado. De acordo com dados da Secex, foram importados aproximadamente 822 milhões de litros em equivalente leite de janeiro a junho de 2016. O montante despendido com as compras no período foi de US$ 268,3 milhões, incremento de 24% frente ao primeiro semestre de 2015. Pesquisas do Cepea apontam que a alta considerável nas importações de lácteos se deve à menor produção doméstica, que tem limitado a oferta de derivados e impulsionado as cotações internas. Os principais produtos importados no primeiro semestre foram os leites em pó¹, os queijos² e a manteiga, que representaram 77,5%, 21,2% e 0,5% das compras, respectivamente. Na comparação com o primeiro semestre de 2015, as aquisições desses lácteos tiveram incremento de 51%, de 81% e de 415%, na sequência. O leite em pó integral³ continuou sendo o principal produto da pauta de importações, com as compras representando 57% do total, em litros em equivalente leite. Entre o primeiro semestre de 2015 e o de 2016, o volume adquirido se elevou em 120%, totalizando 57,34 milhões de quilos. A participação das compras do produto argentino caiu de 38,6% para 26% nesse período, enquanto as importações do Uruguai cresceram de 59% para 67%. Em 2015, o Uruguai se tornou o principal fornecedor de leite em pó integral para o Brasil, posição que vem se consolidando em 2016. Alinhado ao movimento de desvalorização mundial de lácteos, os preços médios do leite em pó integral importado no período recuaram 23,7% na mesma comparação, indo de US$ 3,14/kg para US$ 2,39/kg. Os cálculos levam em conta a média aritmética dos preços médios ponderados de jan-jun de cada ano. Se comparado com o valor médio do leite em pó integral nacional (obtido através de pesquisas do Cepea de jan-maio, último dado disponível), o produto importado ficou 39,3% mais barato que o brasileiro. EXPORTAÇÃO – Os embarques de lácteos nos primeiros seis meses do ano somaram 93,4 milhões de litros em equivalente leite, retração de 29,4% em comparação com o mesmo período de 2015. A queda se deve tanto à menor produção leiteira nacional quanto à demanda mais baixa da Venezuela por leites em pó – 47% inferior à do primeiro semestre de 2015. O faturamento gerado com as vendas internacionais foi de US$ 62,7 milhões, 41% menor na mesma comparação. Tabela 2 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹ Mai/16 - Jun/16 (%) Participação no total imp. em Jun/16 Jun/16-Jun/15 (%) 190.949 38.668 1.527 2.663 -5,14% 9,05% 101,66% 25% - 20,3% 0,8% - 98% 112% 655% 72% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros Jun/16 Total de jan - junho/16 frente ao mesmo período de 2015: 57,7% Total Leite em pó (integral e desnatado) Queijos Manteiga Soro de leite² (mil kg) 148.927 -9,39% 78% 92% Tabela 1 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹ Mai/16 - Jun/16 (%) Participação no total exp. em Jun/16 Jun/16-Jun/15 (%) 15.516 3.202 1.937 1.436 514 -15% 6% -23% -39% 42% - 21% 12% 9% 3,3% -47,4% 109% 39% -10% 1% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite Jun/16 Total de jan - junho/16 frente ao mesmo período de 2015: -29,4% Total Leite em pó (integral e desnatado) Leite condensado Queijos Leite modificado Leite fluido 8.377 -15% 54% -66% ¹ A categoria “leites em pó” considera os seguintes NCM definidos pela Secex: 04021010; 04022110; 04021090. ² A categoria “queijos” considera os seguintes NCM definidos pela Secex: 04061010; 04061090; 04062000; 04063000; 04064000; 04069010; 04069020; 04069030; 04069090. ³ NCM 04022110
  • 6. ALÉM DO UHT, PREÇO DO MUÇARELA TAMBÉM BATE RECORDE EM JUNHO O valor médio do queijo muçarela no atacado do estado de São Paulo foi de R$ 18,31/kg em junho, recorde em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de junho/16) considerando-se a série do Cepea, iniciada em 2011 para o produto. Em relação ao mês anterior, a muçarela se valorizou 13,7% e, frente ao mesmo período do ano passado (jun/15), expressivos 24,7%. A baixa oferta de matéria-prima, reforçada pelo período de entressafra, é o principal motivo das altas de preços. Até então, o maior valor real da muçarela havia sido registrado em agosto de 2013, de R$ 16,59/kg. Naquele período, a menor disponibilidade foi 2,04 2,73 16,82 16,98 19,08 17,26 1,97 2,70 19,00 18,56 18,81 15,48 2,00 2,49 17,79 16,64 18,65 14,31 1,94 2,71 16,79 16,71 19,10 14,40 2,09 2,83 18,46 17,07 18,71 15,40 2,01 2,69 17,77 17,19 18,87 15,37 0,5% 8,3% 4,4% 5,7% 7,9% 15,1% 3,0% 10,6% -0,2% 4,9% 9,0% -2,6% 2,8% 9,1% 0,2% 1,8% 4,3% 3,4% 5,0% 7,2% 1,9% 2,1% -1,3% 2,9% 6,3% 10,8% 2,2% 5,1% 2,4% 5,2% 3,49% 9,2% 1,6% 3,9% 4,3% 4,7% Fonte:Cepea/ESALQ-USP Preços médios (R$/litro ou R$/kg) praticados em MAIO e as variações em relação ao mês anterior resultado principalmente da demanda aquecida. Neste ano, a oferta de leite no campo diminuiu mesmo antes do período de entressafra, refletindo os elevados custos verificados desde 2015 e que desestimularam muitos produtores. Sem a matéria- prima, muitos laticínios mudaram as estratégias de processamento e optaram por aumentar a produção de UHT– que é o lácteo mais consumido no Brasil e cuja demanda tem menor influência diante de reduções na renda. Ainda assim, o volume de leite UHT disponibilizado nas prateleiras é reduzido, levando a novas valorizações. As cotações, que já estavam nos maiores patamares históricos em maio – para o produto, a série Cepea iniciou em 2010 –, bateram novos recordes reais em junho. A média do último mês, de R$ 3,64/litro, superou em 23,7% a de maio e em 37,1% a de um ano atrás. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário tem levado consumidores a optar por outras bebidas em detrimento do leite UHT, como os achocolatados prontos, leite pasteurizado ou o leite em pó, que apresentam custo inferior. em Jun/16 Jun/15 Mai/16 R$ 3,64/litro R$ 18,31/kg 37,11% 24,69% 23,67% 13,69% Fonte: Cepea - OCB. Nota: Médias mensais obtidas de cotações diárias.Variação em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação do período. Preços médios do leite UHT e da muçarela em JUNHO nos atacados do estado de São Paulo COTAÇÕES DOS DERIVADOS NOS ATACADOS EM MAIO Por Aline Figueiró Santos, graduanda em Ciências Econômicas Media Nacional Por Juliana Cristina dos Santos, graduanda em Ciências dos Alimentos
  • 7. ENTENDA A METODOLOGIA DE PREÇOS DO LEITE DO CEPEA Por Aline Figueiró dos Santos¹, Juliana Cristina dos Santos² e Marianne Aline Tufani Batista² Graduanda em Ciências Econômicas¹, Graduandas em Ciências dos Alimentos², da Esalq-USP O preço do leite pago ao produtor calculado pelo Cepea é um balizador de decisões e estratégias de negociação para agentes de toda cadeia. Para compreender a metodologia de precificação, é importante, primeiramente, ter claro que os valores coletados se referem aos preços pagos/recebidos pelo leite no mês corrente, relativos à produção entregue no mês anterior. A “média Brasil” divulgada pelo Cepea pondera o valor pelo volume captado em sete estados: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Não são consideradas negociações no mercado spot, o qual envolve leite cru comercializado diariamente entre as indústrias. A partir de levantamento feito com cooperativas e indústrias de laticínios, mensalmente, são divulgados os preços brutos e líquidos do leite. Os valores brutos c o r r e s p o n d e m a o s “ p a g o s ” p o r laticínios/cooperativas, em que são considerados frete e impostos, como o Funrural – imposto de direito do produtor que envolve 2% do INSS e 0,1% dos Riscos Ambientais do Trabalho (RAT). Já o preço líquido representa os valores recebidos pelos produtores, livre de impostos e frete. Os valores são classificados em mínimos, médios e máximos, de acordo com a qualidade e o volume da matéria-prima adquirida. O produtor que não fornece leite de boa qualidade – em que os teores de proteína, de gordura, CCS (contagem de células somáticas) e CBT (contagem bacteriana total) não estão adequados – e volume abaixo do exigido pelo laticínio é penalizado, encaixando-se no preço mínimo. Já produtores que disponibilizam matéria- prima de boa qualidade e volume elevados recebem altas bonificações, refletidas no valor máximo. Os preços médios, por sua vez, correspondem ao total remunerado em Reais ao produtor dividido pela quantidade de leite adquirida pela empresa. Também são divulgados valores nominais e reais do leite. Enquanto os primeiros referem-se aos preços correntes, os valores reais consideram o efeito da inflação. Ao analisar o comportamento das cotações ao longo do tempo, é importante que os valores nominais sejam deflacionados. Para o leite, o Cepea utiliza o Índice mais recente de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há mais de 20 anos, o Cepea mantém este relacionamento direto com agentes da cadeia de leite. Atualmente, são contatados quase 400 agentes do mercado, entre pecuaristas leiteiros, cooperativas e indústrias de laticínios. Todas as informações levantadas pela equipe são mantidas em sigilo e passam a compor a amostra para cálculo das médias divulgadas pelo Cepea. A informação passada por colaboradores auxilia o Cepea a aproximar os resultados cada vez mais da realidade, gerando ganhos para toda a cadeia. Produtores, cooperativas e indústrias de laticínios que desejam ser colaboradores podem enviar e-mail para leicepea@usp.br ou ligar para (19) 3429 8834. É interessante destacar que não há custos para ser um colaborador. Pelo contrário, colaboradores passam a ter acesso a informações exclusivas do mercado elaboradas pelo Cepea. Se você ainda não é um colaborador do Cepea, faça parte dessa Comunidade! Contatos: (19) 3429-8834 e leicepea@usp.br
  • 8. Os preços do milho caíram fortemente em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea em junho. Depois de atingir a máxima de R$ 53,91/sc no início do mês, o Indicador ESALQ/BMF&Bovespa (referência Campinas – SP) apresentou consecutivas quedas, que foram acentuadas a partir da segunda quinzena do mês. No acumulado do período, o Indicador se desvalorizou 22,3%, fechando a R$ 41,28/sc no dia 30. A média mensal foi de R$ 49,12/sc, recuo de 4,6% em relação a maio, o primeiro recuo mensal do Indicador em 12 meses. As desvalorizações do cereal decorreram da colheita da segunda safra e da demanda retraída. Na primeira quinzena, produtores disponibilizaram um volume maior do produto, na tentativa de aproveitar os altos patamares de preços. Compradores, por sua vez, postergaram as aquisições, limitando os negócios a pequenos volumes, para consumo imediato. Com isso, a pressão sobre as cotações foi intensificada, e produtores capitalizados se retraíram, resultando em lentidão nas negociações nos mercados spot e a termo. O recuo dos preços do milho, que já era esperado para esse período, devido ao início da safra de inverno, foi visto como um ajuste de mercado, dados os altos patamares, resultado da baixa oferta do cereal e de especulações em torno da queda de produtividade nas lavouras. O ritmo das exportações no segundo semestre deve direcionar com mais clareza o comportamento das cotações no mercado interno. Segundo dados da Conab, os embarques brasileiros devem somar 25,4 milhões de toneladas, queda de 16% em relação à safra anterior. A Conab também alterou os números da produção nacional, agora estimada em 76,2 milhões de toneladas, 10% inferior ao volume do ano anterior, mas ainda o segundo maior da série histórica. A redução veio da menor produtividade das lavouras da segunda safra. MILHO: Preços despencam com o avanço da colheita FARELO DE SOJA: Valores perdem força em junho Os preços de farelo de soja, que vinham em forte alta desde meados de abril, perderam a força na segunda quinzena de junho, aliviando compradores domésticos que precisam do derivado, especialmente para alimentação animal. A valorização do Real frente ao dólar e a maior oferta na Argentina, devido à finalização da colheita, foram os fatores de pressão sobre os preços brasileiros. Vale lembrar que a Argentina é o principal abastecedor mundial de farelo e óleo de soja. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, o farelo de soja se desvalorizou 1,3% entre 31 de maio e 30 de junho. O valor médio de junho/16, contudo, ainda superou em 17% o de maio/16 e expressivos 56,2% o de junho/15. As baixas nos preços domésticos foram limitadas pela forte valorização nos Estados Unidos. Na CME Group (Bolsa de Chicago), o contrato de farelo subiu 9,6% entre 31 de maio e 30 de junho. A média de junho esteve 9,2% superior à de maio/16 e 25,3% acima da de junho/15. O Brasil exportou 1,56 milhão de toneladas de farelo de soja em junho, 18,8% inferior ao embarcado em maio, segundo dados da Secex. Ainda assim, o volume de farelo exportado pelo Brasil no primeiro semestre de 2016, de 8,44 milhões de toneladas, é recorde para o período. O preço médio pago pelo derivado foi de R$ 1.241,48/tonelada, 2,29% superior ao de maio. Ketlyn Hevelise Accorsi e Débora Kelen Pereira da Silva Para receber o Boletim do Leite digital, encaminhe-nos um e-mail para leicepea@usp.br com os seguintes dados: nome, e-mail para cadastro, endereço completo e telefone MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA SP41,65 42,98 47,79 48,92 51,48 49,12 1.335,78 1.188,99 976,13 979,18 1.274,01 1.450,81 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 2016 Contato: leicepea@usp.br Acompanhe mais informações sobre o mercado de leite em nosso site: www.cepea.esalq.usp.br/leite