As fortes chuvas no estado de São Paulo prejudicaram a produção de hortaliças, causando aumento nos preços e queda na qualidade. Agricultores como Pedro Vidotti tiveram prejuízos de até 50% de suas plantações, forçando-os a elevar os preços para compensar. O excesso de água também prejudicou a produção de milho e cana-de-açúcar na região.
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Chuvas acabam com as saladas de Verão
1. Para calcular o valor do IPVA:
http://www.ipva.fazenda.sp.gov.br
Licenciamento: R$ 80,21
Seguro obrigatório:
R$ 63,69 (carros, exceto
picapes)
R$ 180,65 (motos)
Táxi (Bandeirada) R$ 4,85
Km rodado
Bandeira 1 R$ 2,90
Bandeira 2 R$ 3,75
Hora parada R$ 43,00
Zona Azul
1 hora R$ 4,00
Transporte coletivo
Ônibus R$ 4,50
Chuvas acabam com
as saladas de Verão
Rendimento Alíquota Deduzir
Até R$ 1.903,98 - Isento
De R$ 1.903,99
a R$ 2.826,65 7,5% 142,80
De R$ 2.826,66
a R$ 3.751,05 15% 354,80
De R$ 3.751,06
a R$ 4.664,68 22,5% 636,13
Acima de
R$ 4.664,68 27,5% 869,36
Salário de contribuição Alíquota
Até 1.659,38 8%
De 1.659,39 até 2.765,66 9%
De 2.765,67 até 5.531,31 11%
Empregador 8% “A chuva reduziu
muito a produção.
Só consigo
comercializar o
que colho pela
manhã, até
as 9h. Com as
tempestades da
tarde, perdemos
boa parte do que
já tínhamos
plantado”
ALIMENTAÇÃO ||| CLIMA
Salário-base Alíquota a pagar
Autônomo (plano simplificado):
Pagamento para empregados domésticos,
facultativos e autônomos deve ser feito até o dia 15
do mês subsequente ao do período de competência.
Agricultor
Valor mínimo:
R$ 937,00 ..................................................... 20%
Valor Máximo:
R$ 5.531,31 .................................... 20%
PEDRO VIDOTTI
Adriana Leite
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
aleite@rac.com.br
Verão sempre combina com
uma bela salada - mas este
ano não está combinando
nem um pouco com econo-
mia. O consumidor já perce-
beu que produtos como chicó-
ria, alface e rúcula, por exem-
plo, estão mais caros - e tanto
faz se ele compra em varejões,
hortas ou feiras livres. Culpa
das fortes chuvas das últimas
semanas, que afetaram a pro-
dução. E enquanto os agricul-
tores contabilizam prejuízos,
os preços sobem na ponta.
Na Centrais de Abasteci-
mento de Campinas S/A (Cea-
sa), o quilo da alface aumen-
tou 33,33% e o do chuchu dis-
parou 200% entre o começo
de janeiro e os primeiros dias
de fevereiro. Em nota, o Cen-
tro Integrado de Informações
Agrometeorológicas do Institu-
to Agronômico (IAC) informou
que “apesar do volume de chu-
va deste ano estar dentro da
média histórica para a maioria
das regiões paulistas, a concen-
tração e a constância das preci-
pitações causaram impacto na
produção de alguns produtos,
como milho safrinha, cana-de-
açúcar, hortaliças, frutas e flo-
res”.
Na nota, o pesquisador do
IAC, Osvaldo Brunini, deta-
lhou que as chuvas podem ter
causado impacto na produção
de milho safrinha em Capão
Bonito e na região do Médio
Paranapanema. “O plantio an-
tecipado em Capão Bonito fez
com que as plantas enfrentas-
sem altas temperaturas no iní-
cio do mês e agora sofrem
com o excesso de chuvas e bai-
xa luminosidade, o que atrapa-
lha a polinização”.
Sobre as hortaliças, ele ex-
plicou que as condições climá-
ticas impactam a produção
porque as folhas são atacadas
por mais doenças. As chuvas
também afetam a qualidade
das frutas e flores que são pro-
duzidas fora de sistemas prote-
gidos.
Região
Os agricultores de Campinas e
região também contabilizam
prejuízos com as chuvas cons-
tantes. Dados do Centro de Pes-
quisas Meteorológicas e Climá-
ticas Aplicadas a Agricultura
(Cepagri) da Unicamp mos-
tram que em janeiro deste ano
choveu 355,4 milímetros - aci-
ma da média histórica para o
mês, que é de 289,1 milíme-
tros.
Além do aumento de pre-
ços, a qualidade dos produtos
também fica pior com as chu-
vas constantes. O agricultor Pe-
dro Vidotti afirmou que é nor-
mal chover nesta época do
ano, mas as fortes tempestades
prejudicaram o cultivo das hor-
taliças. “De novembro até ago-
ra já perdi pelo menos 50 mil
pés. As plantas não aguentam
extremos de muito Sol ou mui-
ta chuva”, comentou.
Ele disse a produção despen-
cou e, por isso, não tem como
manter os preços. “Tivemos
que promover um aumento.
Temos poucos produtos para
vender por conta da chuva que
está destruindo tudo o que já
estava plantado.Só nas últimas
semanas tivemos duas ocorrên-
cias de granizo”, disse. Vidotti
cuida da Horta Planalto, em
Campinas, e vende diretamen-
te para os consumidores.
Ceasa
O mercado de hortifrutigranjei-
ros da Ceasa Campinas vem re-
gistrando alterações de preços
no custo das hortaliças que fa-
zem parte do cardápio tradicio-
nal do brasileiro. De acordo
com dados no site da institui-
ção, o preço médio (atacado)
do quilo da alface crespa era
de R$ 1,50 no dia 2 de janeiro e
fechou em R$ 2,00 em 1º de fe-
vereiro. No mesmo período, o
agrião passou de R$ 3,00 para
R$ 3,50; a couve aumentou de
R$ 6,00 para R$ 7,00; a rúcula
passou de R$ 5,00 para R$
6,50; o chuchu de R$ 0,75 para
R$ 2,25; e a vagem macarrão
passou de R$ 3,50 para R$
6,50.
Nas bancas das feiras livres
e nas gôndolas dos varejões, os
consumidores também já per-
cebem a diferença nos preços.
Um pé de alface custa entre R$
3,00 a R$ 3,50. O maço da rúcu-
la chega a R$ 4,00 - mesmo pre-
ço do quilo do chuchu. Para es-
capar das altas, a saída é pes-
quisar preços e, quando der,
substituir os produtos mais ca-
ros por outros mais em conta.
Ufir (out 2010) ... R$ 1,0641
Ufesp (2017) ........ R$ 25,07
UPC (jan a mar) ..... R$ 23,40
FGTS (jan) ........... 0,4127%
Ufic (2017) ........ R$ 3,3297
Selic (dez) ................ 1,12%
Selic (anual) ........... 13%
Salário mínimo
federal ................ R$ 937,00
Salário Mínimo Regional SP*
Faixa I - R$ 1.000,00
Faixa II - R$ 1.017,00
Preços disparam e qualidade despenca por causa do excesso de água
- 0,40%
IPCA 0,18 0,30 6,29 6,29
INPC 0,07 0,14 6,58 6,58
IGP-M -0,03 0,54 7,17 7,17
IGP-DI 0,05 0,83 7,18 7,18
IPC 0,15 0,72 6,54 6,54
ICV 0,28 0,12 6,15 6,15
CUB 0,00 -0,03 5,30 5,30
19.885,72
NOVA YORK
BM&F À VISTA
(- 0,34%)
(*) Os valores variam de acordo com as
ocupações, que podem ser conferidas no site:
http://www.emprego.sp.gov.br/
MELHORA NO BOLSO
EM QUEDA
2 de fevereiro de 2017
- 0,03%
120,00
JANDEZ
Economia
no ano
Elas não aguentam: excesso de chuva gera prejuízo para produtores como Pedro Vidotti e faz o preço subir
IATA
Brasileiro começa o ano
menos endividado, diz CNC
Os consumidores brasileiros
começaram o ano menos
endividados, segundo a
Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC). A Pesquisa de
Endividamento e Inadimplência
do Consumidor mostra que 55,6%
das famílias possuíam algum tipo
de dívida em janeiro, o menor
patamar desde junho de 2010,
considerando cheque pré-datado,
cartão de crédito, carnês de loja,
empréstimo pessoal, prestação de
carro e seguro. Em dezembro, o
percentual de endividados era de
56,6% e em janeiro de 2016, de
61,6%. “Entre os fatores que
contribuíram para a redução do
endividamento estão a
sazonalidade do período, após o
recebimento do 13º salário e
redução do crédito associada a
um menor consumo das
famílias”, avaliou a economista
Marianne Hanson, da Divisão
Econômica da CNC. O percentual
de famílias com contas em atraso
diminuiu de 23% em dezembro
para 22,7% em janeiro, o nível
mais baixo desde novembro de
2015. (Estadão Conteúdo)
Com Fed, dólar vai ao
menor valor em três meses
Um dia depois de o Federal
Reserve (Fed), o Banco Central
norte-americano, manter os
juros da maior economia do
planeta, o dólar voltou a cair no
Brasil e fechou no menor valor
em três meses. O comercial
encerrou a quinta-feira a R$ 3,12
, a menor cotação desde outubro.
A moeda americana operou em
queda durante toda a sessão. Na
mínima do dia, por volta das 12h,
chegou a ser vendido a R$ 3,11,
antes de reduzir o ritmo de
queda durante a tarde. A divisa
acumula queda de 3,9% em 2017.
A cotação caiu mesmo com o
Banco Central tendo reduzido a
rolagem (renovação) dos
contratos de swap cambial, que
equivalem à venda de dólares no
mercado futuro. O presidente do
Banco Central, Ilan Goldfajn, já
tinha informado que não
pretendia renovar integralmente
os contratos que vencem em
fevereiro. Na quarta-feira, o Fed
anunciou a manutenção dos
juros básicos dos Estados Unidos
entre 0,5% e 0,75% ao ano,
adiando a expectativa de
aumento das taxas após a posse
de Donald Trump. (Agência
Brasil)
Dólar compra venda
Comercial 3,11 3,12
Paralelo 3,19 3,29
Turismo 3,067 3,253
Euro Tur. 3,32 3,52
Fatores válidos para contratos cujo último reajuste
ocorreu há 1 ano. Para obter o aluguel corrigido,
multiplique o valor atual pelo fator.
13/1 a 13/2 0,6428
14/1 a 14/2 0,6392
15/1 a 15/2 0,6640
16/1 a 16/2 0,6939
19/1 a 19/2 0,6899
20/1 a 20/2 0,6296
21/1 a 21/2 0,6271
22/1 a 22/2 0,6614
23/1 a 23/2 0,6940
24/1 a 24/2 0,7062
25/1 a 25/2 0,6685
26/1 a 26/2 0,6697
27/1 a 27/2 0,6279
28/1 a 28/2 0,5898
Dow Jones
64.578,21 PONTOS
7,14 BILHÕES
dez
O dólar encerrou a sessão desta
quinta-feira em queda frente ao real,
com variação de - 0,73%
A demanda global por viagens
aéreas cresceu 6,3% no
consolidado de 2016 em relação
ao ano anterior, informou ontem
a Associação Internacional de
Transporte Aéreo (Iata, na sigla
em inglês). Em nota, a entidade
destaca que o desempenho foi
superior à média de crescimento
anual da demanda nos últimos
dez anos, de 5,5%. Já a oferta
global por viagens aéreas
avançou 6,2% no ano passado na
comparação com 2015. Assim
como a demanda cresceu em
ritmo mais elevado do que a
oferta, a taxa de ocupação das
aeronaves melhorou e atingiu
80,5% em 2016, uma alta de 0,1
ponto percentual na base anual.
Segundo a Iata, a taxa de
ocupação registrada ao fim do
ano passado representa um
recorde entre os dados de anos
fechados. “O setor aéreo nos deu
boas notícias em 2016, e a
conectividade aumentou com o
estabelecimento de mais de 700
novas rotas”, destacou, em nota,
o diretor geral e presidente da
Iata, Alexandre de Juniac. “A
demanda por viagens aéreas
ainda está crescendo, e o desafio,
para os governos, é criar
condições para atender essa
demanda”. Segundo o executivo,
entre os pontos que devem ser
trabalhados estão o
fornecimento de infraestrutura
adequada, a criação de
regulações que facilitem o
crescimento e o estabelecimento
de impostos que não inibam o
desenvolvimento da indústria.
“Se pudermos atingir esses itens,
há um grande potencial para que
a indústria aérea crie mais
empregos e siga segura e
sustentável”, disse. (Estadão
Conteúdo)
Datas de pagamento dia
Finais de 1 e 6 1/2
Finais de 2 e 7 2/2
Finais de 3 e 8 3/2
Finais de 4 e 9 6/2
Finais de 5 e 0 7/2
Bovespa
nov
IGP-M - Fator 1,0712 1,0717
IGP-DI - Fator 1,0677 1,0718
IPCA (IBGE) - Fator 1,0699 1,0629
INPC- Fator 1,0739 1,0658
3,12
12 m
Hortaliças são mais
sensíveis, mas outros
itens também subiram
Elcio Alves/AAN
Demanda por viagens
aéreas cresceu em 2016
Editor: Helio Paschoal helio@rac.com.br
A16 CORREIO POPULARA16 Campinas, sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017