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PREÇO AO PRODUTOR É O MAIOR EM CINCO ANOS
O preço bruto do leite pago ao produtor (inclui
frete e 2,3% de “Funrural”) neste mês é o maior
dos últimos cinco anos, considerando-se a série
deflacionada (IPCA) do Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da
Esalq/USP. Conforme pesquisas dessa instituição,
em maio, o preço bruto alcançou R$ 0,9854/litro
na média ponderada pelo volume captado em
abril nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e
BA, o que representa reajuste de 3,5% sobre o
mês anterior. O preço líquido recebido pelo
produtor aumentou 3,75%, acréscimo de 3,3
centavos por litro, que passou para a média de R$
0,9094.
Esse preço recorde, segundo pesquisadores do
Cepea, é reflexo da baixa oferta de leite no
campo, que acirrou a disputa pela matéria-prima
entre as indústrias de laticínios. O recuo mais
expressivo na captação em abril ocorreu na
região Sul (5,5%) devido à escassez de alimento
para as vacas. Além disso, as chuvas que eram
esperadas para abril/maio chegaram somente,
no final de maio, o que atrasou a semeadura das
pastagens de inverno, segundo agentes do setor
consultados pelo Cepea.
No Rio Grande do Sul, onde o Ministério Público
do estado investigou e revelou adulteração de
leite, o volume captado recuou 7,5% em abril,
conforme levantamentos do Cepea. A diminuição
da oferta e consequente aumento dos preços, em
parte, podem ter acentuado a disposição de
determinados agentes a agir de forma
fraudulenta, já que a adição de ureia e água
visava a aumentar o volume entregue. Na média
dos sete principais estados produtores, o Índice
de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) caiu
2% de março para abril.
Pesquisadores chamam a atenção também para o
fato de que os custos de produção no campo
começaram a recuar com a baixa dos preços da
alimentação concentrada. No entanto, o custo
operacional efetivo – média de sete estados – de
abril esteve cerca de 11% maior que no mesmo
mês do ano passado, o que mantém o alerta no
que diz respeito ao controle dos gastos. Por sua
vez, o leite (“média Brasil”) valorizou 13% entre
maio/12 e maio/13 – evolução dos preços
nominais.
Para os próximos meses, a expectativa de
representantes de laticínios/cooperativas é que
os preços continuem firmes ou mesmo em alta.
Mais da metade dos compradores ouvidos pelo
Cepea (55,1%), que representam 51,6% do leite
amostrado, acredita que haja no aumento no
pagamento de junho e 43,6% (que representam
48,1% do volume captado) indicam estabilidade
de preços. Somente 1,3% dos agentes acreditam
em queda para junho.
O mercado atacadista de derivados em São
Paulo (estado) também reflete a oferta mais
enxuta de matéria-prima. Muitos representantes
de laticínios/cooperativas comentam que estão
aumentando os preços de seus produtos
justamente para diminuir as vendas, no receio de
não conseguir cumprir as entregas. Em maio
(cotação até o dia 28), o leite UHT teve média de
R$ 2,10/litro e o queijo muçarela, de R$
11,98/kg, variações de 1,3% e 1,6% em relação
a abril, respectivamente. Essa pesquisa do Cepea
é realizada diariamente com laticínios e
atacadistas e tem o apoio financeiro da
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
e da Confederação Brasileira de Cooperativas de
Laticínios (CBCL).
– Levantamentos do Cepea
mostram que o preço bruto pago ao produtor em
maio no estado de Goiás continuou sendo o
maior entre os estados que compõem a “média
Brasil”, com o litro cotado a R$ 1,0351, alta de
1,5% em relação a abril (1,5 centavo/litro). O
segundo maior preço foi registrado em Minas
Gerais, onde a média foi de R$ 1,0069/litro,
acréscimo de 3,6% (ou 3,5 centavos/litro). Na
sequência, o estado de São Paulo teve reajuste de
4% (3,8 centavos), com o litro a R$ 0,9956. O
AO PRODUTOR
ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - ABRIL/13. (Base 100=Junho/2004)
Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP | Ano 19 nº 219 | Junho 2013
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP
Produção insuficiente impede Brasil de
aproveitar oportunidades externas
Baixa captação eleva preço
dos derivados em maio
Casos isolados não podem
comprometer a imagem e
importância do leite
pág. 04
preço bruto no Paraná aumentou 3,8% (3,5
centavos/litro) e alcançou R$ 0,9599/litro de
média. Em Santa Catarina não foi diferente:
aumento de 3,9% (3,6 centavos/litro) e a média
a R$ 0,9498/litro. Por fim, os estados da Bahia e
do Rio Grande do Sul também apresentaram
aumentos. No primeiro, o avanço foi de 1% (ou
0,9 centavo/litro) e, no segundo, de 3,9% (ou 3,4
centavos/litro), alcançando as médias de R$
0,9301 e R$ 0,9075/litro, respectivamente.
Nos estados que não compõem a “média Brasil”
considerada pelo Cepea, o maior preço foi
verificado no estado do Rio de Janeiro, onde o
litro alcançou R$ 1,0423, aumento de 3% (ou 3
centavos/litro). Na sequência esteve o Ceará,
com média estadual de R$ 1,0176/litro, variação
de 2,2% (2,1 centavos/litro). A maior alta ocorreu
no Espírito Santo, de 8,2% (ou 7,5 centavos/litro),
onde a média foi para R$ 0,9900/litro. Em Mato
Grosso do Sul o aumento também foi grande, de
6,5% (ou 5,6 centavos/litro) e o leite chegou à
marca de R$ 0,9288 em maio.
Flávia Romanelli - Mtb: 27540
Sul / Sudoeste de Minas
0,9979
1,0278
0,9987
1,0542
1,0080
1,0421
1,0663
1,0067
1,0395
1,0019
1,0097
1,0339
1,1026
1,0377
1,0524
1,1115
1,0192
1,1429
1,1696
1,0160
1,0722
1,1134
1,0840
1,0936
0,8660
1,0342
1,0297
1,0526
1,1416
1,0337
1,1088
0,9465
1,2186
1,1226
1,1447
1,0510
1,2433
1,0388
1,0793
1,1089
0,9161
0,9753
0,9559
0,6650
0,7382
0,7268
1,0179
0,9179
1,0866
0,9284
0,8624
0,9493
1,0318
1,0088
1,0423
0,8844
0,9376
0,9288
1,0764
0,9900
1,1532
0,9887
0,9703
1,0176
1,0787
0,9724
1,0366
0,8498
1,1044
1,0027
1,0536
0,9731
1,1667
0,9764
1,0253
1,0413
0,8584
0,9150
0,8871
0,5745
0,6351
0,6160
0,9290
0,8429
1,0134
0,8684
0,8133
0,8840
0,9715
0,9478
0,9716
0,7894
0,8299
0,8135
0,9867
0,9135
1,0779
0,9274
0,9187
0,9510
4,87%
2,91%
3,08%
6,95%
8,08%
6,49%
7,05%
8,16%
5,37%
-1,54%
0,16%
2,15%
4,97%
2,98%
3,1%
7,51%
7,19%
6,5%
7,14%
8,3%
4,15%
-1,76%
0,12%
1,5%
0,7697
0,7050
0,7680
0,7933
0,7225
0,7890
0,9872
0,9129
0,6493
0,8288
0,8734
0,8314
0,9989
0,9543
0,8723
0,9543
0,8612
0,9934
0,9925
0,8752
0,9193
0,9247
0,8587
0,8803
0,7230
0,9345
0,8331
0,8692
0,9092
0,9132
0,9075
0,9591
0,8993
0,9498
1,0498
0,9627
0,9391
0,9315
0,9599
0,9606
1,0729
1,0009
0,9956
1,0473
0,9728
1,0681
1,0776
0,9500
1,0069
1,0474
1,0291
1,0351
0,7842
1,000
0,9301
0,9854
0,9098
0,9189
0,9132
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0,8943
0,9638
1,0093
0,9314
0,9462
0,9126
0,9321
0,9609
1,0130
0,9710
0,9769
1,0338
0,9460
1,0223
1,0316
0,9477
0,9910
1,0228
1,0097
1,0140
0,7858
0,9537
0,9534
0,9728
0,6846
0,6035
0,6862
0,7270
0,6152
0,7166
0,9321
0,8397
0,5649
0,7435
0,7990
0,7630
0,9116
0,8886
0,8007
0,8860
0,7919
0,9087
0,9047
0,8101
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0,8488
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0,8144
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0,7972
0,8246
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0,8892
0,7871
0,8739
0,9932
0,8884
0,8481
0,8438
0,8835
0,8893
0,9839
0,9346
0,9217
0,9763
0,9006
0,9777
0,9822
0,8832
0,9338
0,9665
0,9510
0,9561
0,7061
0,9202
0,8560
0,9094
4,33%
3,68%
3,86%
3,96%
3,69%
3,95%
3,47%
3,90%
7,16%
3,46%
3,80%
2,90%
6,56%
1,72%
3,99%
4,44%
3,11%
5,24%
5,25%
2,88%
3,64%
0,95%
1,74%
1,48%
-0,25%
2,22%
0,99%
3,45%
4,47%
3,73%
4,0%
4,30%
2,58%
4,2%
6,09%
4,08%
7,47%
3,79%
4,6%
3,16%
6,89%
1,78%
4,3%
5,17%
3,11%
5,46%
5,72%
3,11%
3,9%
1,00%
1,83%
1,6%
0,50%
2,53%
1,4%
3,75%
Mai/Abr Mai/Abr
MAIO /13
ABRIL /13
Por Tiago Teixeira da Silva Siqueira, Analista de Mercado da Equipe Leite
CASOS ISOLADOS NÃO PODEM COMPROMETER A IMAGEM
E IMPORTÂNCIA DO LEITE
O consumo de alimentos saudáveis de maneira
diversificada e em quantidade correta é
fundamental para a saúde física e mental. O
leite, alimento equilibrado e importante para a
nutrição humana, é um produto rico em cálcio,
proteínas de alto valor biológico e de fácil
absorção, além de minerais e vitaminas A, D, E e
K. Ademais, segundo estudo realizado pela
Associação Leite Brasil em 2011, o leite fluido foi
a fonte de proteína animal mais barata do
mercado. Portanto além dos benefícios para a
saúde, o leite é uma alternativa viável para o
bolso do consumidor.
O Ministério da Saúde, por exemplo, recomenda
o consumo diário de três porções de leite e
derivados, totalizando 200 litros/pessoa/ano.
Porém, segundo dados do IBGE, Secex e Cepea,
o consumo aparente de leite pelos brasileiros
(soma-se a produção de leite à importação,
subtrai-se o volume exportado e o saldo é dividido
pela população do País) encontra-se abaixo do
nível recomendado, o que pode resultar em
fragilidade dos ossos e dentes, abrindo portas
para a fixação de micro-organismos e doenças.
Alguns trabalhos também associam o consumo
leite à redução de peso, de riscos de osteoporose,
de síndromes metabólicas, de hipertensão e de
câncer de cólon.
Os casos recentes de adulteração do leite no
estado do Rio Grande do Sul, no entanto, vêm
sensibilizando a população e podem conduzir a
uma redução do volume de leite consumido. Até
onde se tem conhecimento, ureia, formol e água
foram adicionados ao leite em entrepostos de
coleta ou no transporte do produto. Em função
desse tipo de adulteração, o Ministério da
Agricultura destruiu no final de maio mais 6,2
toneladas de leite em pó no estado.
Apesar dessas ocorrências, é importante que o
consumidor compreenda que esses foram fatos
isolados, inclusive dentro da região – há grande
quantidade de leite de qualidade e procedência
segura no Rio Grande do Sul e demais estados do
Sul do país. O consumidor deve ter criticidade
para entender que o leite não deixou de ser um
produto saudável e fundamental para a sua
alimentação. Caso não haja essa compreensão,
o setor como um todo pode ser prejudicado.
Das várias discussões geradas sobre o tema,
surgiu a proposta de uma nova fórmula para se
analisar a quantidade de ureia, considerando-se
que este é um composto presente naturalmente no
leite, em quantidades mínimas. O controle de
qualidade do leite nos laticínios e também a
fiscalização por órgãos públicos tendem a
aumentar após as constatações. De modo geral,
isso é importante para aumentar a garantia de
qualidade ao consumidor e para que o setor
recupere a confiança.
Evolução do consumo aparente de leite no Brasil.
Fonte:Cepea,SecexeIBGE.
PRODUÇÃO INSUFICIENTE IMPEDE BRASIL DE APROVEITAR
OPORTUNIDADES EXTERNAS
Por Paulo Moraes Ozaki, Analista de Mercado equipe Leite Cepea
Os preços internacionais de leite em pó bateram
recordes em abril, impulsionados principalmente
pela queda na produção de leite da Nova
Zelândia, maior player do mercado
internacional. Esse cenário poderia favorecer as
exportações de lácteos brasileiros, mas a
produção de leite nacional não tem sido suficiente
nem para atender a demanda interna. Os altos
preços internacionais esfriam as importações do
Brasil e favorecem o aumento dos preços dos
derivados no mercado doméstico.
Em maio, a balança comercial de lácteos foi
novamente deficitária em US$ 25,1 milhões,
mesmo com uma redução de 26% do volume
importado pelo Brasil, de 65,4 milhões de
equivalentes litros de leite, no mesmo período. A
maior parte foi proveniente do Uruguai e
Argentina (93,6% do total). Leites em pó e queijos
- os dois principais produtos comprados pelo
Brasil (94,9%) – foram os que causaram maior
impacto. O volume de leites em pó reduziu 30% e
o de queijos 26% entre abril e maio.
As exportações mantiveram-se praticamente
estáveis em relação a abril. O volume embarcado
registrou leve recuo de 1%, passando para 9,9
milhões de equivalentes litros de leite. O leite
condensado representou o maior volume na
pauta das exportações brasileiras (61%), seguido
pelos queijos (18%) e leites em pó (16%). Os
principais parceiros comerciais continuaram
sendo Angola, Arábia Saudita e Chile, com
destaque para o último que aumentou em 52%
suas compras.
– Após os picos
de preços de abril, os valores do leite em pó na
Oceania começaram a baixar devido à
regularização da oferta na Nova Zelândia e
disponibilidade do produto de outros países. Na
Europa, os preços tiveram leve alta nas últimas
semanas, influenciados pela valorização da Zona
do Euro e pelo aquecimento da demanda.
Segundo dados do Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (USDA), o preço médio do
leite em pó desnatado de 27 de maio a 7 de junho
PREÇOS INTERNACIONAIS
na Oceania foi de US$ 4.375,00/tonelada, 56%
maior que no mesmo período do ano passado.
Na Europa, o valor da tonelada de leite em pó
integral alcançou US$ 4.725,00, cerca de 60% a
mais que em 2012.
– Em maio, o Índice de Preços de
Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) aumentou
1% em dólar e 3% em Real frente ao mês de abril,
com as médias a US$ 3,31/kg e a R$ 6,75/kg.
As principais altas foram do leite fluido, iogurtes e
doce de leite. Houve decréscimo nos preços do
soro de leite e leite condensado.
IPE-L/Cepea
US$ 4.950
US$ 4.725
US$ 4.375
US$ 4.075
US$ 2.750
US$ 3.012,5
US$ 2.800
US$ 2.600
+80,0%
+56,8%
+56,3%
+56,7%
Dados referem-se à média entre 27/05/2013 e 07/06/2013; para 2012, foram tomados dados de período semelhante.
Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹
Abr – Mai (%) Participação no total exp. em Mai/13 Mai/12 – Mai/13 (%)
9.985
1.568
6.071
1.840
477
-1%
-8%
7%
-8%
-31%
-
16%
61%
18%
5%
-0,4%
-
-4%
-6%
-22%
Total de janeiro a maio/13 frente ao mesmo período de 2012: -14%
Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹
Abr – Mai (%)Mai/13 Participação no total imp. em Mai/13 Mai/12 – Mai/13 (%)
²
65.415
41.082
20.981
2.626
1.289
-26%
-30%
-26%
285%
-11%
-
62,8%
32,1%
4%
-
-23%
-
-10%
15264%
-33%
Total de janeiro a maio/13 frente ao mesmo período de 2012: -26,6%
Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido
em quilos, não sendo convertido em litro. Fonte: Secex / Elaboração: Cepea.
Evolução do custo da matéria-prima para a produção de uma tonelada de
leite em pó integral no Brasil e os preços internacionais do produto.
Fonte:Cepea/USDA
BAIXA CAPTAÇÃO ELEVA PREÇO DOS DERIVADOS EM MAIO
Por Ana Paula Negri, graduanda em Ciências dos Alimentos, e Jacqueline Betim Barbieri,
graduanda em Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea
Com o início da entressafra das pastagens a
produtividade do rebanho cai e o preço da
matéria-prima atinge diretamente o mercado de
derivados. Colaboradores apontam dificuldade
em atender a demanda nesse período,
promovendo o aumento das cotações dos
produtos.
Em maio, de acordo com as pesquisas realizadas
pelo Cepea, o leite UHT foi negociado no
atacado paulista na média de R$ 2,10/litro
(inclui frete e impostos), apresentando leve
aumento de 1,22% em relação ao mês de abril.
Em termos nominais, a média ficou em 18,52%
maior frente a maio de 2012. A pesquisa é
realizada com o apoio da OCB (Organização
das Cooperativas Brasileiras) e da CBCL
(Confederação Brasileira de Cooperativas de
Laticínios).
No atacado paulista o queijo muçarela também
valorizou, 1,86% em relação a abril e 14,49% em
comparação ao mesmo período do ano passado,
sendo negociado a R$ 11,95/kg em média
(inclui frete e impostos).
Agentes de mercado acreditam que essa alta
deve se manter até o fim da entressafra
(setembro), quando a captação será retomada
nos principais estados produtores de leite,
podendo assim reduzir o preço dos derivados.
Todos os derivados
sofreram alta na média geral, com destaque para
o leite em pó (400g) e o leite UHT (considerado o
termômetro do mercado de lácteos, principal
produto consumido pelo brasileiro). A elevação
MERCADO EM ABRIL:
1,50
2,02
13,69
12,88
13,20
13,25
1,43
1,89
13,89
12,84
12,35
11,90
1,51
1,93
13,16
12,19
10,37
11,92
1,48
1,85
16,75
16,24
10,84
13,00
1,51
1,94
14,77
12,44
12,14
12,30
1,48
1,93
14,45
13,32
11,78
12,47
3,8%
5,7%
3,1%
3,8%
8,4%
17,8%
-0,8%
0,8%
1,5%
3,4%
-0,4%
7,7%
2,4%
6,5%
2,8%
-0,3%
7,4%
7,3%
1,0%
8,3%
-1,5%
-0,2%
-2,3%
9,2%
1,4%
5,9%
1,4%
4,9%
6,4%
9,0%
1,6%
5,4%
1,3%
2,1%
3,8%
10,2%
Fonte:Cepea/ESALQ-USP
em mai/13 abr/13 mai/12
R$ 2,10/litro
R$ 11,95/kg
1,22%
1,86%
18,51%
14,49%
Fonte: Cepea – OCB/CBCL
Série de preços de Muçarela (em valores reais) referente à “Média Geral”
(que engloba os estados de GO, MG, PR, RS, SP).
Preços médios dos derivados praticados em ABRIL e as variações em relação ao mês anterior
dos preços, devido à redução da oferta, confirma
o movimento altista do setor.
O preço do leite em pó aumentou 10,2% em
relação a março, com média de R$ 12,47/kg. O
leite UHT também teve a média elevada, em
5,4% no mesmo período, sendo o litro cotado a
R$ 1,93.
Com média de R$ 1,48/litro, o leite pasteurizado
apresentou alta de 1,6% em relação ao mês
anterior.
O queijo muçarela, importante derivado lácteo,
teve aumento de 2,1% no mês de abril, com preço
de R$ 13,32/kg. De acordo com série histórica
do Cepea, na média geral, esse é o maior valor
dos últimos quatro anos. Em relação a abril/12, o
preço do quilo da muçarela teve um acréscimo de
12% em termos reais.
O queijo prato e a manteiga (200g) também
apresentaram altas, de 1,3% e 3,8%,
respectivamente, em relação a março, com
médias de R$ 14,45/kg e R$ 11,38/kg.
Fonte:Cepea/ESALQ-USP
DIETA COM CANA-DE-AÇÚCAR TEM MAIOR REAJUSTE, MAS AINDA
PROPORCIONA A MELHOR MARGEM BRUTA
Por Pedro Parzewski Neves, graduando Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea
Ao comparar as dietas à base de cana com
colheita mecanizada, cana com colheita manual,
silagem de milho, silagem de sorgo e silagem de
tanzânia, a equipe Cepea constatou que a de
cana com colheita mecanizada foi a que teve o
maior reajuste entre maio do ano passado e
deste: de 17%. Apesar disso, foi justamente esta a
dieta que proporcionou a maior “margem bruta”
ao produtor no último mês, quando se considera
a diferença apenas entre a receita bruta e os
gastos com alimentação.
Em simulação realizada pelo Cepea, para um
rebanho de 30 vacas em lactação, com produção
diária de 15 litros/vaca, no estado de São Paulo,
a margem bruta baixou de R$ 8.960 em
maio/2012 para R$ 8.861 em maio/2013. No
caso da silagem de milho, mesmo com o seu
aumento se limitando a 7% ao longo do período –
o menor entre as alternativas analisadas –, a
margem bruta gerada foi de R$ 8.707 no último
mês.
De maio em diante, a alimentação do gado
costuma ficar prejudicada devido à redução da
produtividade das pastagens no período da
estiagem. Desse modo, a adição de cana picada
mostra-se uma opção viável, pois, além das
vantagens econômicas, estão os benefícios da sua
alta produção de matéria seca (MS) por hectare e
sua eficiente manutenção do potencial energético
durante o período da entressafra. A adição da
ureia, por sua vez, corrige o baixo teor proteico da
cana-de-açúcar.
Confira os resultados da simulação feita pelo
Cepea na tabela abaixo.
Evolução do gasto total com alimentação, da receita mensal e da margem bruta de diferentes dietas no estado de São Paulo
entre maio/12 e maio/13, em termos nominais – rebanho de 30 vacas em lactação, com produção diária de 15 litros
Custo do rebanho/mês (R$) Margem Bruta (R$)
Dieta Mai/12
4.297,23
4.922,87
4.840,69
4.722,32
6.198,48
Mai/2013
5.027,77
5.668,53
5.182,17
5.086,17
7.101,84
Mai/12
8.959,92
8.334,28
8.416,46
8.534,83
7.058,67
Mai/2013
8.861,41
8.220,65
8.707,01
8.803,01
6.787,34
Cana Picada - baixa ureia (Mecanizada)
Cana Picada - baixa ureia (Manual)
Silagem de Milho + Concentrado
Silagem de Sorgo + Concentrado
Silagem de Tanzânia + Concentrado
Abr/13
Mar/13
Abr/12
Abr/13
Mar/13
Abr/12
Abr/13
Mar/13
Abr/12
(130g de Fósforo)
9,0 litros/frasco 10 ml
8,2 litros/frasco 10 ml
7,8 litros/frasco 10 ml
76,9 litros/sc 25 kg
79,3 litros/sc 25 kg
78,8 litros/sc 25 kg
54,2 litros/litro de herbicida
54,0 litros/litro de herbicida
58,4 litros/litro de herbicida
Abr/13
Mar/13
Abr/12
Abr/13
Mar/13
Abr/12
Abr/13
Mar/13
Abr/12
610,6 litros/tonelada
703,3 litros/tonelada
662,4 litros/tonelada
1658,0 litros/tonelada
1600,1 litros/tonelada
1554,7 litros/tonelada
14,7 litros/frasco 50 ml
4,6 litros/frasco 50 ml
15,2 litros/frasco 50 ml
Incertezas sobre as safras de milho norte-americana
e brasileira, maior taxa de câmbio e a oficialização
de leilões governamentais impulsionaram as
cotações de milho no Brasil em maio.
Nos Estados Unidos, no início do mês, a chuva vinha
atrapalhando o cultivo, gerando expectativas de
redução da produção. Porém, em meados de maio,
agentes aceleraram o plantio, que se aproximou da
média histórica, fazendo com que novas estimativas
indicassem produção recorde no país. Caso a
produção seja, de fato, recorde, a maior oferta dos
Estados Unidos pode limitar as exportações
brasileiras e tirar o suporte de médio prazo às
cotações nacionais.
No mercado brasileiro, estimativas ainda apontam
recorde na produção de milho de segunda safra. A
produção elevada deve pressionar as cotações no
médio prazo e o governo já apresentou políticas de
intervenção para garantir a renda de produtores.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à
região de Campinas (SP), subiu expressivos 7% em
maio, fechando a R$ 26,65/sc de 60 kg no dia 31.
Se considerados os negócios também em Campinas,
mas cujos prazos de pagamento são descontados
pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi
de R$ 26,16/sc no último dia do mês, alta de 6,8%
no mesmo período.
Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, em
maio, os preços no mercado de balcão (recebidos
por produtores) subiram 1,8% e, no de lotes
(negociação entre empresas), 3,1%. Vale considerar
que as cotações cederam expressivamente nas
regiões de Mato Grosso, onde a expectativa é de
oferta maior que a estimada até o mês anterior.
MILHO: Preços sobem 7% em maio
FARELO DE SOJA: Demanda firme impulsiona cotações
Em maio, a demanda internacional por farelo de
soja seguiu firme, o que sustentou os preços tanto no
Brasil quanto em outros países. Com isso, indústrias
elevaram o otimismo quanto às vendas de farelo e
passaram a demandar maiores volumes do grão,
que tem apresentado forte valorização, visto que
produtores estão capitalizados e retraídos para
novos negócios. Assim, as indústrias têm aceitado
pagar valores mais elevados pela soja e grão,
refletindo em preços ainda mais altos do farelo de
soja.
No Brasil e em termos internacionais, os setores
consumidores de farelo sinalizam um momento
melhor, devido à demanda firme. No caso da
pecuária, por exemplo, produtores mais tecnificados
têm reforçado as compras de ração para tratar do
rebanho nos próximos meses, que são de estiagem
no Centro-Sul do Brasil.
Quanto às exportações brasileiras de farelo de soja,
o volume foi de 1,38 milhão de toneladas em maio,
elevação de 9,9% na comparação com abril, mas
redução de 14% frente a maio 2012 – os dados são
da Secex.
32,30
31,91
30,29
25,97
25,57
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PREÇO AO PRODUTOR DE LEITE BATE RECORDE EM 5 ANOS

  • 1. PREÇO AO PRODUTOR É O MAIOR EM CINCO ANOS O preço bruto do leite pago ao produtor (inclui frete e 2,3% de “Funrural”) neste mês é o maior dos últimos cinco anos, considerando-se a série deflacionada (IPCA) do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Conforme pesquisas dessa instituição, em maio, o preço bruto alcançou R$ 0,9854/litro na média ponderada pelo volume captado em abril nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA, o que representa reajuste de 3,5% sobre o mês anterior. O preço líquido recebido pelo produtor aumentou 3,75%, acréscimo de 3,3 centavos por litro, que passou para a média de R$ 0,9094. Esse preço recorde, segundo pesquisadores do Cepea, é reflexo da baixa oferta de leite no campo, que acirrou a disputa pela matéria-prima entre as indústrias de laticínios. O recuo mais expressivo na captação em abril ocorreu na região Sul (5,5%) devido à escassez de alimento para as vacas. Além disso, as chuvas que eram esperadas para abril/maio chegaram somente, no final de maio, o que atrasou a semeadura das pastagens de inverno, segundo agentes do setor consultados pelo Cepea. No Rio Grande do Sul, onde o Ministério Público do estado investigou e revelou adulteração de leite, o volume captado recuou 7,5% em abril, conforme levantamentos do Cepea. A diminuição da oferta e consequente aumento dos preços, em parte, podem ter acentuado a disposição de determinados agentes a agir de forma fraudulenta, já que a adição de ureia e água visava a aumentar o volume entregue. Na média dos sete principais estados produtores, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) caiu 2% de março para abril. Pesquisadores chamam a atenção também para o fato de que os custos de produção no campo começaram a recuar com a baixa dos preços da alimentação concentrada. No entanto, o custo operacional efetivo – média de sete estados – de abril esteve cerca de 11% maior que no mesmo mês do ano passado, o que mantém o alerta no que diz respeito ao controle dos gastos. Por sua vez, o leite (“média Brasil”) valorizou 13% entre maio/12 e maio/13 – evolução dos preços nominais. Para os próximos meses, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas é que os preços continuem firmes ou mesmo em alta. Mais da metade dos compradores ouvidos pelo Cepea (55,1%), que representam 51,6% do leite amostrado, acredita que haja no aumento no pagamento de junho e 43,6% (que representam 48,1% do volume captado) indicam estabilidade de preços. Somente 1,3% dos agentes acreditam em queda para junho. O mercado atacadista de derivados em São Paulo (estado) também reflete a oferta mais enxuta de matéria-prima. Muitos representantes de laticínios/cooperativas comentam que estão aumentando os preços de seus produtos justamente para diminuir as vendas, no receio de não conseguir cumprir as entregas. Em maio (cotação até o dia 28), o leite UHT teve média de R$ 2,10/litro e o queijo muçarela, de R$ 11,98/kg, variações de 1,3% e 1,6% em relação a abril, respectivamente. Essa pesquisa do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL). – Levantamentos do Cepea mostram que o preço bruto pago ao produtor em maio no estado de Goiás continuou sendo o maior entre os estados que compõem a “média Brasil”, com o litro cotado a R$ 1,0351, alta de 1,5% em relação a abril (1,5 centavo/litro). O segundo maior preço foi registrado em Minas Gerais, onde a média foi de R$ 1,0069/litro, acréscimo de 3,6% (ou 3,5 centavos/litro). Na sequência, o estado de São Paulo teve reajuste de 4% (3,8 centavos), com o litro a R$ 0,9956. O AO PRODUTOR ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - ABRIL/13. (Base 100=Junho/2004) Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP | Ano 19 nº 219 | Junho 2013 Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP Produção insuficiente impede Brasil de aproveitar oportunidades externas Baixa captação eleva preço dos derivados em maio Casos isolados não podem comprometer a imagem e importância do leite pág. 04
  • 2. preço bruto no Paraná aumentou 3,8% (3,5 centavos/litro) e alcançou R$ 0,9599/litro de média. Em Santa Catarina não foi diferente: aumento de 3,9% (3,6 centavos/litro) e a média a R$ 0,9498/litro. Por fim, os estados da Bahia e do Rio Grande do Sul também apresentaram aumentos. No primeiro, o avanço foi de 1% (ou 0,9 centavo/litro) e, no segundo, de 3,9% (ou 3,4 centavos/litro), alcançando as médias de R$ 0,9301 e R$ 0,9075/litro, respectivamente. Nos estados que não compõem a “média Brasil” considerada pelo Cepea, o maior preço foi verificado no estado do Rio de Janeiro, onde o litro alcançou R$ 1,0423, aumento de 3% (ou 3 centavos/litro). Na sequência esteve o Ceará, com média estadual de R$ 1,0176/litro, variação de 2,2% (2,1 centavos/litro). A maior alta ocorreu no Espírito Santo, de 8,2% (ou 7,5 centavos/litro), onde a média foi para R$ 0,9900/litro. Em Mato Grosso do Sul o aumento também foi grande, de 6,5% (ou 5,6 centavos/litro) e o leite chegou à marca de R$ 0,9288 em maio. Flávia Romanelli - Mtb: 27540 Sul / Sudoeste de Minas 0,9979 1,0278 0,9987 1,0542 1,0080 1,0421 1,0663 1,0067 1,0395 1,0019 1,0097 1,0339 1,1026 1,0377 1,0524 1,1115 1,0192 1,1429 1,1696 1,0160 1,0722 1,1134 1,0840 1,0936 0,8660 1,0342 1,0297 1,0526 1,1416 1,0337 1,1088 0,9465 1,2186 1,1226 1,1447 1,0510 1,2433 1,0388 1,0793 1,1089 0,9161 0,9753 0,9559 0,6650 0,7382 0,7268 1,0179 0,9179 1,0866 0,9284 0,8624 0,9493 1,0318 1,0088 1,0423 0,8844 0,9376 0,9288 1,0764 0,9900 1,1532 0,9887 0,9703 1,0176 1,0787 0,9724 1,0366 0,8498 1,1044 1,0027 1,0536 0,9731 1,1667 0,9764 1,0253 1,0413 0,8584 0,9150 0,8871 0,5745 0,6351 0,6160 0,9290 0,8429 1,0134 0,8684 0,8133 0,8840 0,9715 0,9478 0,9716 0,7894 0,8299 0,8135 0,9867 0,9135 1,0779 0,9274 0,9187 0,9510 4,87% 2,91% 3,08% 6,95% 8,08% 6,49% 7,05% 8,16% 5,37% -1,54% 0,16% 2,15% 4,97% 2,98% 3,1% 7,51% 7,19% 6,5% 7,14% 8,3% 4,15% -1,76% 0,12% 1,5% 0,7697 0,7050 0,7680 0,7933 0,7225 0,7890 0,9872 0,9129 0,6493 0,8288 0,8734 0,8314 0,9989 0,9543 0,8723 0,9543 0,8612 0,9934 0,9925 0,8752 0,9193 0,9247 0,8587 0,8803 0,7230 0,9345 0,8331 0,8692 0,9092 0,9132 0,9075 0,9591 0,8993 0,9498 1,0498 0,9627 0,9391 0,9315 0,9599 0,9606 1,0729 1,0009 0,9956 1,0473 0,9728 1,0681 1,0776 0,9500 1,0069 1,0474 1,0291 1,0351 0,7842 1,000 0,9301 0,9854 0,9098 0,9189 0,9132 0,9820 0,8943 0,9638 1,0093 0,9314 0,9462 0,9126 0,9321 0,9609 1,0130 0,9710 0,9769 1,0338 0,9460 1,0223 1,0316 0,9477 0,9910 1,0228 1,0097 1,0140 0,7858 0,9537 0,9534 0,9728 0,6846 0,6035 0,6862 0,7270 0,6152 0,7166 0,9321 0,8397 0,5649 0,7435 0,7990 0,7630 0,9116 0,8886 0,8007 0,8860 0,7919 0,9087 0,9047 0,8101 0,8491 0,8488 0,7975 0,8144 0,6463 0,8562 0,7613 0,7972 0,8246 0,8068 0,8251 0,8892 0,7871 0,8739 0,9932 0,8884 0,8481 0,8438 0,8835 0,8893 0,9839 0,9346 0,9217 0,9763 0,9006 0,9777 0,9822 0,8832 0,9338 0,9665 0,9510 0,9561 0,7061 0,9202 0,8560 0,9094 4,33% 3,68% 3,86% 3,96% 3,69% 3,95% 3,47% 3,90% 7,16% 3,46% 3,80% 2,90% 6,56% 1,72% 3,99% 4,44% 3,11% 5,24% 5,25% 2,88% 3,64% 0,95% 1,74% 1,48% -0,25% 2,22% 0,99% 3,45% 4,47% 3,73% 4,0% 4,30% 2,58% 4,2% 6,09% 4,08% 7,47% 3,79% 4,6% 3,16% 6,89% 1,78% 4,3% 5,17% 3,11% 5,46% 5,72% 3,11% 3,9% 1,00% 1,83% 1,6% 0,50% 2,53% 1,4% 3,75% Mai/Abr Mai/Abr MAIO /13 ABRIL /13
  • 3.
  • 4. Por Tiago Teixeira da Silva Siqueira, Analista de Mercado da Equipe Leite CASOS ISOLADOS NÃO PODEM COMPROMETER A IMAGEM E IMPORTÂNCIA DO LEITE O consumo de alimentos saudáveis de maneira diversificada e em quantidade correta é fundamental para a saúde física e mental. O leite, alimento equilibrado e importante para a nutrição humana, é um produto rico em cálcio, proteínas de alto valor biológico e de fácil absorção, além de minerais e vitaminas A, D, E e K. Ademais, segundo estudo realizado pela Associação Leite Brasil em 2011, o leite fluido foi a fonte de proteína animal mais barata do mercado. Portanto além dos benefícios para a saúde, o leite é uma alternativa viável para o bolso do consumidor. O Ministério da Saúde, por exemplo, recomenda o consumo diário de três porções de leite e derivados, totalizando 200 litros/pessoa/ano. Porém, segundo dados do IBGE, Secex e Cepea, o consumo aparente de leite pelos brasileiros (soma-se a produção de leite à importação, subtrai-se o volume exportado e o saldo é dividido pela população do País) encontra-se abaixo do nível recomendado, o que pode resultar em fragilidade dos ossos e dentes, abrindo portas para a fixação de micro-organismos e doenças. Alguns trabalhos também associam o consumo leite à redução de peso, de riscos de osteoporose, de síndromes metabólicas, de hipertensão e de câncer de cólon. Os casos recentes de adulteração do leite no estado do Rio Grande do Sul, no entanto, vêm sensibilizando a população e podem conduzir a uma redução do volume de leite consumido. Até onde se tem conhecimento, ureia, formol e água foram adicionados ao leite em entrepostos de coleta ou no transporte do produto. Em função desse tipo de adulteração, o Ministério da Agricultura destruiu no final de maio mais 6,2 toneladas de leite em pó no estado. Apesar dessas ocorrências, é importante que o consumidor compreenda que esses foram fatos isolados, inclusive dentro da região – há grande quantidade de leite de qualidade e procedência segura no Rio Grande do Sul e demais estados do Sul do país. O consumidor deve ter criticidade para entender que o leite não deixou de ser um produto saudável e fundamental para a sua alimentação. Caso não haja essa compreensão, o setor como um todo pode ser prejudicado. Das várias discussões geradas sobre o tema, surgiu a proposta de uma nova fórmula para se analisar a quantidade de ureia, considerando-se que este é um composto presente naturalmente no leite, em quantidades mínimas. O controle de qualidade do leite nos laticínios e também a fiscalização por órgãos públicos tendem a aumentar após as constatações. De modo geral, isso é importante para aumentar a garantia de qualidade ao consumidor e para que o setor recupere a confiança. Evolução do consumo aparente de leite no Brasil. Fonte:Cepea,SecexeIBGE.
  • 5. PRODUÇÃO INSUFICIENTE IMPEDE BRASIL DE APROVEITAR OPORTUNIDADES EXTERNAS Por Paulo Moraes Ozaki, Analista de Mercado equipe Leite Cepea Os preços internacionais de leite em pó bateram recordes em abril, impulsionados principalmente pela queda na produção de leite da Nova Zelândia, maior player do mercado internacional. Esse cenário poderia favorecer as exportações de lácteos brasileiros, mas a produção de leite nacional não tem sido suficiente nem para atender a demanda interna. Os altos preços internacionais esfriam as importações do Brasil e favorecem o aumento dos preços dos derivados no mercado doméstico. Em maio, a balança comercial de lácteos foi novamente deficitária em US$ 25,1 milhões, mesmo com uma redução de 26% do volume importado pelo Brasil, de 65,4 milhões de equivalentes litros de leite, no mesmo período. A maior parte foi proveniente do Uruguai e Argentina (93,6% do total). Leites em pó e queijos - os dois principais produtos comprados pelo Brasil (94,9%) – foram os que causaram maior impacto. O volume de leites em pó reduziu 30% e o de queijos 26% entre abril e maio. As exportações mantiveram-se praticamente estáveis em relação a abril. O volume embarcado registrou leve recuo de 1%, passando para 9,9 milhões de equivalentes litros de leite. O leite condensado representou o maior volume na pauta das exportações brasileiras (61%), seguido pelos queijos (18%) e leites em pó (16%). Os principais parceiros comerciais continuaram sendo Angola, Arábia Saudita e Chile, com destaque para o último que aumentou em 52% suas compras. – Após os picos de preços de abril, os valores do leite em pó na Oceania começaram a baixar devido à regularização da oferta na Nova Zelândia e disponibilidade do produto de outros países. Na Europa, os preços tiveram leve alta nas últimas semanas, influenciados pela valorização da Zona do Euro e pelo aquecimento da demanda. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o preço médio do leite em pó desnatado de 27 de maio a 7 de junho PREÇOS INTERNACIONAIS na Oceania foi de US$ 4.375,00/tonelada, 56% maior que no mesmo período do ano passado. Na Europa, o valor da tonelada de leite em pó integral alcançou US$ 4.725,00, cerca de 60% a mais que em 2012. – Em maio, o Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) aumentou 1% em dólar e 3% em Real frente ao mês de abril, com as médias a US$ 3,31/kg e a R$ 6,75/kg. As principais altas foram do leite fluido, iogurtes e doce de leite. Houve decréscimo nos preços do soro de leite e leite condensado. IPE-L/Cepea US$ 4.950 US$ 4.725 US$ 4.375 US$ 4.075 US$ 2.750 US$ 3.012,5 US$ 2.800 US$ 2.600 +80,0% +56,8% +56,3% +56,7% Dados referem-se à média entre 27/05/2013 e 07/06/2013; para 2012, foram tomados dados de período semelhante. Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹ Abr – Mai (%) Participação no total exp. em Mai/13 Mai/12 – Mai/13 (%) 9.985 1.568 6.071 1.840 477 -1% -8% 7% -8% -31% - 16% 61% 18% 5% -0,4% - -4% -6% -22% Total de janeiro a maio/13 frente ao mesmo período de 2012: -14% Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹ Abr – Mai (%)Mai/13 Participação no total imp. em Mai/13 Mai/12 – Mai/13 (%) ² 65.415 41.082 20.981 2.626 1.289 -26% -30% -26% 285% -11% - 62,8% 32,1% 4% - -23% - -10% 15264% -33% Total de janeiro a maio/13 frente ao mesmo período de 2012: -26,6% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litro. Fonte: Secex / Elaboração: Cepea. Evolução do custo da matéria-prima para a produção de uma tonelada de leite em pó integral no Brasil e os preços internacionais do produto. Fonte:Cepea/USDA
  • 6. BAIXA CAPTAÇÃO ELEVA PREÇO DOS DERIVADOS EM MAIO Por Ana Paula Negri, graduanda em Ciências dos Alimentos, e Jacqueline Betim Barbieri, graduanda em Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea Com o início da entressafra das pastagens a produtividade do rebanho cai e o preço da matéria-prima atinge diretamente o mercado de derivados. Colaboradores apontam dificuldade em atender a demanda nesse período, promovendo o aumento das cotações dos produtos. Em maio, de acordo com as pesquisas realizadas pelo Cepea, o leite UHT foi negociado no atacado paulista na média de R$ 2,10/litro (inclui frete e impostos), apresentando leve aumento de 1,22% em relação ao mês de abril. Em termos nominais, a média ficou em 18,52% maior frente a maio de 2012. A pesquisa é realizada com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e da CBCL (Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios). No atacado paulista o queijo muçarela também valorizou, 1,86% em relação a abril e 14,49% em comparação ao mesmo período do ano passado, sendo negociado a R$ 11,95/kg em média (inclui frete e impostos). Agentes de mercado acreditam que essa alta deve se manter até o fim da entressafra (setembro), quando a captação será retomada nos principais estados produtores de leite, podendo assim reduzir o preço dos derivados. Todos os derivados sofreram alta na média geral, com destaque para o leite em pó (400g) e o leite UHT (considerado o termômetro do mercado de lácteos, principal produto consumido pelo brasileiro). A elevação MERCADO EM ABRIL: 1,50 2,02 13,69 12,88 13,20 13,25 1,43 1,89 13,89 12,84 12,35 11,90 1,51 1,93 13,16 12,19 10,37 11,92 1,48 1,85 16,75 16,24 10,84 13,00 1,51 1,94 14,77 12,44 12,14 12,30 1,48 1,93 14,45 13,32 11,78 12,47 3,8% 5,7% 3,1% 3,8% 8,4% 17,8% -0,8% 0,8% 1,5% 3,4% -0,4% 7,7% 2,4% 6,5% 2,8% -0,3% 7,4% 7,3% 1,0% 8,3% -1,5% -0,2% -2,3% 9,2% 1,4% 5,9% 1,4% 4,9% 6,4% 9,0% 1,6% 5,4% 1,3% 2,1% 3,8% 10,2% Fonte:Cepea/ESALQ-USP em mai/13 abr/13 mai/12 R$ 2,10/litro R$ 11,95/kg 1,22% 1,86% 18,51% 14,49% Fonte: Cepea – OCB/CBCL Série de preços de Muçarela (em valores reais) referente à “Média Geral” (que engloba os estados de GO, MG, PR, RS, SP). Preços médios dos derivados praticados em ABRIL e as variações em relação ao mês anterior dos preços, devido à redução da oferta, confirma o movimento altista do setor. O preço do leite em pó aumentou 10,2% em relação a março, com média de R$ 12,47/kg. O leite UHT também teve a média elevada, em 5,4% no mesmo período, sendo o litro cotado a R$ 1,93. Com média de R$ 1,48/litro, o leite pasteurizado apresentou alta de 1,6% em relação ao mês anterior. O queijo muçarela, importante derivado lácteo, teve aumento de 2,1% no mês de abril, com preço de R$ 13,32/kg. De acordo com série histórica do Cepea, na média geral, esse é o maior valor dos últimos quatro anos. Em relação a abril/12, o preço do quilo da muçarela teve um acréscimo de 12% em termos reais. O queijo prato e a manteiga (200g) também apresentaram altas, de 1,3% e 3,8%, respectivamente, em relação a março, com médias de R$ 14,45/kg e R$ 11,38/kg. Fonte:Cepea/ESALQ-USP
  • 7. DIETA COM CANA-DE-AÇÚCAR TEM MAIOR REAJUSTE, MAS AINDA PROPORCIONA A MELHOR MARGEM BRUTA Por Pedro Parzewski Neves, graduando Eng. Agronômica – Esalq/USP; equipe Leite Cepea Ao comparar as dietas à base de cana com colheita mecanizada, cana com colheita manual, silagem de milho, silagem de sorgo e silagem de tanzânia, a equipe Cepea constatou que a de cana com colheita mecanizada foi a que teve o maior reajuste entre maio do ano passado e deste: de 17%. Apesar disso, foi justamente esta a dieta que proporcionou a maior “margem bruta” ao produtor no último mês, quando se considera a diferença apenas entre a receita bruta e os gastos com alimentação. Em simulação realizada pelo Cepea, para um rebanho de 30 vacas em lactação, com produção diária de 15 litros/vaca, no estado de São Paulo, a margem bruta baixou de R$ 8.960 em maio/2012 para R$ 8.861 em maio/2013. No caso da silagem de milho, mesmo com o seu aumento se limitando a 7% ao longo do período – o menor entre as alternativas analisadas –, a margem bruta gerada foi de R$ 8.707 no último mês. De maio em diante, a alimentação do gado costuma ficar prejudicada devido à redução da produtividade das pastagens no período da estiagem. Desse modo, a adição de cana picada mostra-se uma opção viável, pois, além das vantagens econômicas, estão os benefícios da sua alta produção de matéria seca (MS) por hectare e sua eficiente manutenção do potencial energético durante o período da entressafra. A adição da ureia, por sua vez, corrige o baixo teor proteico da cana-de-açúcar. Confira os resultados da simulação feita pelo Cepea na tabela abaixo. Evolução do gasto total com alimentação, da receita mensal e da margem bruta de diferentes dietas no estado de São Paulo entre maio/12 e maio/13, em termos nominais – rebanho de 30 vacas em lactação, com produção diária de 15 litros Custo do rebanho/mês (R$) Margem Bruta (R$) Dieta Mai/12 4.297,23 4.922,87 4.840,69 4.722,32 6.198,48 Mai/2013 5.027,77 5.668,53 5.182,17 5.086,17 7.101,84 Mai/12 8.959,92 8.334,28 8.416,46 8.534,83 7.058,67 Mai/2013 8.861,41 8.220,65 8.707,01 8.803,01 6.787,34 Cana Picada - baixa ureia (Mecanizada) Cana Picada - baixa ureia (Manual) Silagem de Milho + Concentrado Silagem de Sorgo + Concentrado Silagem de Tanzânia + Concentrado Abr/13 Mar/13 Abr/12 Abr/13 Mar/13 Abr/12 Abr/13 Mar/13 Abr/12 (130g de Fósforo) 9,0 litros/frasco 10 ml 8,2 litros/frasco 10 ml 7,8 litros/frasco 10 ml 76,9 litros/sc 25 kg 79,3 litros/sc 25 kg 78,8 litros/sc 25 kg 54,2 litros/litro de herbicida 54,0 litros/litro de herbicida 58,4 litros/litro de herbicida Abr/13 Mar/13 Abr/12 Abr/13 Mar/13 Abr/12 Abr/13 Mar/13 Abr/12 610,6 litros/tonelada 703,3 litros/tonelada 662,4 litros/tonelada 1658,0 litros/tonelada 1600,1 litros/tonelada 1554,7 litros/tonelada 14,7 litros/frasco 50 ml 4,6 litros/frasco 50 ml 15,2 litros/frasco 50 ml
  • 8. Incertezas sobre as safras de milho norte-americana e brasileira, maior taxa de câmbio e a oficialização de leilões governamentais impulsionaram as cotações de milho no Brasil em maio. Nos Estados Unidos, no início do mês, a chuva vinha atrapalhando o cultivo, gerando expectativas de redução da produção. Porém, em meados de maio, agentes aceleraram o plantio, que se aproximou da média histórica, fazendo com que novas estimativas indicassem produção recorde no país. Caso a produção seja, de fato, recorde, a maior oferta dos Estados Unidos pode limitar as exportações brasileiras e tirar o suporte de médio prazo às cotações nacionais. No mercado brasileiro, estimativas ainda apontam recorde na produção de milho de segunda safra. A produção elevada deve pressionar as cotações no médio prazo e o governo já apresentou políticas de intervenção para garantir a renda de produtores. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu expressivos 7% em maio, fechando a R$ 26,65/sc de 60 kg no dia 31. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 26,16/sc no último dia do mês, alta de 6,8% no mesmo período. Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, em maio, os preços no mercado de balcão (recebidos por produtores) subiram 1,8% e, no de lotes (negociação entre empresas), 3,1%. Vale considerar que as cotações cederam expressivamente nas regiões de Mato Grosso, onde a expectativa é de oferta maior que a estimada até o mês anterior. MILHO: Preços sobem 7% em maio FARELO DE SOJA: Demanda firme impulsiona cotações Em maio, a demanda internacional por farelo de soja seguiu firme, o que sustentou os preços tanto no Brasil quanto em outros países. Com isso, indústrias elevaram o otimismo quanto às vendas de farelo e passaram a demandar maiores volumes do grão, que tem apresentado forte valorização, visto que produtores estão capitalizados e retraídos para novos negócios. Assim, as indústrias têm aceitado pagar valores mais elevados pela soja e grão, refletindo em preços ainda mais altos do farelo de soja. No Brasil e em termos internacionais, os setores consumidores de farelo sinalizam um momento melhor, devido à demanda firme. No caso da pecuária, por exemplo, produtores mais tecnificados têm reforçado as compras de ração para tratar do rebanho nos próximos meses, que são de estiagem no Centro-Sul do Brasil. Quanto às exportações brasileiras de farelo de soja, o volume foi de 1,38 milhão de toneladas em maio, elevação de 9,9% na comparação com abril, mas redução de 14% frente a maio 2012 – os dados são da Secex. 32,30 31,91 30,29 25,97 25,57 1012,45 903,48 792,12 744,91 815,40 Abril Maio