O documento discute a reencarnação como um processo natural pelo qual as almas passam múltiplas vezes para alcançar a perfeição moral e intelectual. Ele explica que a reencarnação permite que as pessoas corrijam erros do passado e ganhem novas experiências, levando à evolução espiritual. Algumas pessoas nascem em situações diferentes devido a ações em vidas passadas.
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Aula Reencarnação
1. Tema: Reencarnação.
Objetivo: Mostrar o processo natural da reencarnação à que todos passamos e passaremos muitas
vezes até que atinjamos a perfeição moral e intelectual.
Incentivação Inicial: Fazer o seguinte pergunta: Imagine se você pudesse nascer de novo nesse
instante, você faria alguma coisa na sua vida de forma diferente, tentaria não cometer os mesmos
erros que já cometeu? Levar os alunos á relembrarem o pior fato de que eles tem recordação, de
algum erro que cometeram, não é necessário que falem. Depois disso fazê-los lembrar do melhor
acontecimento de que eles se lembram, e em seguida perguntar se seria necessário viver essa vida
novamente. (O objetivo implícito da atividade é fazê-los perceber que por pior que tenham sido os
erros eles não podem ser apagados e não devem, devem servir como lição para não cometê-los
novamente, da mesma forma um acontecimento bom em nossas vidas é sempre único, uma
oportunidade pode aparecer novamente para nós, mas nunca será exatamente igual a outra. Mas isso
não deve ser falado, dá-se então o início da aula).
Desenvolvimento:
§ O que é reencarnação? Reencarnação é o retorno a vida corporal, em um novo corpo. Diferente
da palavra ressurreição, que significa o retorno a vida corporal no mesmo corpo, que já havia
morrido. (O que é impossível de acordo com a ciência e as leis naturais, pois nada foge as leis
naturais)
§ Contar a passagem sobre Jesus e Nicodemos.
Ora havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, que foi à noite encontrar Jesus e
lhe disse: O que podemos fazer para chegar ao reino do céu?
Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade vos digo: Ninguém pode ver o reino de Deus se
não nascer de novo.
Nicodemos lhe disse: Como pode nascer um homem que já está velho? Pode ele entrar no
ventre de sua mãe, para nascer uma segunda vez?
§ Nicodemos não entendia que o “nascer de novo” seria em um novo corpo, através da
reencarnação.
§ Porque precisamos reencarnar? Para podermos alcançar a perfeição. Aos poucos adquirirmos
conhecimentos e experiências; e as provas são as dificuldades que passamos em uma
encarnação; elas servem para nos testar, como uma prova na escola. E também temos as
expiações que são originadas por erros de outras vidas, ou desta mesma, que temos a
oportunidade de corrigir nesta nova existência, é como uma prova de recuperação. Estas são as
várias maneiras pelas quais o homem evolui.
§ Porque uns nascem pobres e outros ricos, alguns nascem com alguma deficiência, enquanto
outros nascem perfeitos, etc? Tudo isso ocorre através da perfeita Justiça Divina. Como foi dito,
isso pode ser o efeito de vidas passadas, nas quais não soubemos aproveitar as oportunidades de
fazer o bem de acordo com as nossas possibilidades, ou ainda pior, podemos ter feito o mal, daí
então, nós mesmos, vemos a necessidade de nos privarmos de alguns privilégios que tivemos em
outras vidas para que não cometamos os mesmos erros. Mas devemos ter o cuidado para não
julgarmos as pessoas que passam por dificuldades, pois pode ser uma prova, uma experiência
que ele precise passar para adquirir novos conhecimentos. Deus permite que tenhamos
experiências diferentes, para que superando nossas fraquezas, possamos progredir
espiritualmente. “Reuni um dia mil indivíduos de um até oitenta anos; suponde que um véu
tenha sido lançado sobre todos os dias anteriores, e que, na vossa ignorância, julgais todos eles
nascidos no mesmo dia: perguntareis, naturalmente, por que uns são grandes e outros pequenos,
uns velhos e outros jovens, uns instruídos e outros ignorantes. Mas, se a nuvem que vos oculta o
passado for afastada, se compreenderdes que todos viveram por mais ou menos tempo, tudo
estará explicado.” (Livro dos Espíritos - lv.2 - cap.II - item 222)
Fixação: Escutar a música e distribuir a letra.
2. Além do véu de Maya.
Rio de Janeiro no inverno
A brisa é fria mas o frio é eterno
Eu sigo a orla ao longo da Barra
A tarde avança mas ainda é clara
Não me é estranha essa sensação de caminhar a esmo
Seguir sem direção, só, comigo mesmo
Sem me importar em ir ou voltar
Sem ter que chegar a algum lugar
Andar, andar, até cansar
Não interessa o que aconteça
Eu não tenho pressa
Embora não pareça a vida não cessa
Eu sei, depois dessa ela prossegue ou só recomeça
Eu sinto o Sol
Eu sinto o seu calor ameno
Eu sigo só
Só, eu sigo, comigo mesmo
Eu sei que você pensa em mim e lembra de mim
Mas eu não sou assim como você vê
Como você pensa que eu possa ser
Você vê o meu corpo e pensa que sou eu
Ele não é eu ele não é meu
É só uma dádiva dada emprestada
Deus foi quem me deu por breve temporada
É só uma roupagem, densa embalagem
Que não me pertence
Aliás, nada me pertence nesse mundo
Tudo é transitório, tudo é ilusório
Ainda que se pense que o que se vê é pura realidade
Na verdade, o que se está a ver
Não é mais que um lapso
Distorcido da eternidade
O Sol se esvai a noite cai tão sutilmente
Conforme o Sol se vai
Eu sinto a terra girar quase que imperceptivelmente
Assim a gente vai
Seguindo rumos tão diferentes
Caminhos desiguais
Mais e mais distantes, continuamente
Mais e mais distantes, definitivamente
A cidade é um corpo disforme
Que se espalha enorme sobre a crosta terrena
Uma intrigante cena ela desperta e dorme
E deixa alguns espasmos
Ou então se consome em todo o seu marasmo
Um mundo formigante, milhões de habitantes
Todos tão imersos em seus universos
Presos aos grilhões do não saber
Das limitações de todo ser vivente dessa dimensão
Almas presas aos corpos
Sob pressão véu de ilusão
Até que estes estejam mortos
Deixarão então essa condição
E verão que corpo é só casual
Composição genética, constituição carnal
Eu poderia nascer indiano, sino africano, viver muitos
anos
Pra depois morrer e voltar a nascer
Como alemão ou americano
Porque então tanta animosidade
Se alma não tem nacionalidade
Alma não tem cor, alma não tem sexo
Esse papo de alma gêmea não tem nexo
Eu vejo o céu,
Atrás do véu de ilusão
Um doce lar,
Além do mar da imensidão.