Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Aula Jonatas 26: A mulher do fluxo de sangue
1. 26ª LIÇÃO – A MULHER DO FLUXO DE SANGUE!
Mc 5.25-34
INTRODUÇÃO: No estudo anterior vimos que JC havia conduzido a situação e
impulsionado Jairo a crer no impossível, uma vez que durante o Ministério de JC,
relatado por Marcos, o mestre ainda não havia trazido ninguém da morte para a vida.
Na presente seção, que intercala o episódio da filha de Jairo, vemos uma mulher
que padecia de um mal já há muito tempo. Sua fé em JC tocou de modo sensível o Filho
de Deus e culminou na sua cura. Seria possível nos identificarmos com esta mulher?
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 25 – Aqui vemos quanto tempo a mulher padecia e qual era o seu
mal.
Quanto ao tempo, sabemos que 12 anos sangrando parece uma
eternidade; penso que esta mulher já deveria ter perdido a esperança,
vez que já havia gasto tudo com médicos e só piorava.
Algumas pessoas, que não estão muito distante de nós, já perderam,
também, a esperança. Seja pela frustração física, como a mulher do
fluxo, seja pela frustração num relacionamento, ou até uma frustração
religiosa.
Pesquisadores que se dedicam ao assunto dizem que a pós-
modernidade (a época atual) é marcada pelo ceticismo, pela perda das
expectativas. Diversas “mulheres com fluxo de sangue” passam por
nós e nem ao menos percebemos; pessoas que não enxergam mais
motivos para viver.
A questão é que nós temos a solução para tais frustrações: a boa-nova
de salvação que é uma viva esperança (1Pe 1.3) e traz nova vida ao
pecador (Jo 3.3; Rm 6.4b).
Não importa quanto tempo já se sangrou; o que importa é que o
necessário sangue já foi derramado para que tenhamos a cura eterna!
Quando olhamos para o mal da mulher (hemorragia) vemos que esta
doença não era uma doença comum; tal doença colocava a mulher
cerimonialmente impura, não podendo tomar parte das reuniões
judaicas (Lv 15.25).
2. Muitos por sua condição (viciados, homossexuais, aidéticos, etc)
pensam não poder participar de cultos públicos. Isto é um engano! O
hospital existe justamente para os doentes (Mc 2.17). Aliás, nossos
PGs devem ter como alvo principal aquelas pessoas que não vão à
igreja, mas precisam de JC.
Com isso não estamos a justificar, p.e., o batismo de homossexuais.
Sendo o batismo uma representação da morte quanto à velha vida e o
renascimento para uma nova vida com JC (Rm 6.4), não há como
entender uma nova criatura, regenerado, mantendo as práticas
pecaminosos da velha vida.
Qualquer argumento contra não passa de balela; trata-se de uma
artimanha de satanás para incutir sorrateiramente o pecado na Igreja de
JC.
b) V. 26 – Observa-se, aqui, o quanto a mulher havia despendido (tempo,
dinheiro e esperança) procurando, em vão, a cura.
Muitos de nós também agimos assim: mesmo sabendo da fama de
JC (v. 27) insistimos em buscar a solução por nossa própria
conta. Assim como a mulher, vamos continuar dando “murro em
ponta de faca”.
Não estamos a afirmar que a busca de médicos não é legítima.
Pelo contrário, Deus deu inteligência ao homem e dispôs na
natureza a cura para muitas doenças. No entanto, não devemos
confiar apenas nos médicos, como fez erroneamente o Rei Asa
(2Cr 16.12).
c) V. 27 a 29 – É notória a fé e a ousadia da mulher.
Fé porque sabia que apenas um toque do mestre lhe bastaria; esta foi a
chave para sua cura (v. 34)
Ousadia porque sabia que tornaria o mestre cerimonialmente impuro.
Sua necessidade foi maior que sua vergonha; não pode ser diferente
com pecador que hoje se achega a JC (2Cr 7.14).
3. Os efeitos do toque foram imediatos (v. 29); isso não te é familiar?
d) V. 30 e 31 – Observe que não foi um toque qualquer. O toque foi
perceptível porque foi um dunamis (gr., Poder. Denota um toque
sobrenatural).
JC sente que Dele sai poder quando você O toca ou trata-se de
mais um toque no meio da multidão alvoroçada?
e) V. 32 – Sendo JC o Deus homem, onisciente, portanto, não deveria
saber quem o havia tocado?
Note que a palavra quem no v. 30 está no feminimo (no Grego), o
que demonstra que JC já sabia quem o tinha tocado, mas
aguardava esta pessoa apresentar-se.
Acontece o mesmo hoje: JC sabe quem são as pessoas que
precisam Dele, no entanto, Ele aguarda que se apresente, como a
mulher do fluxo de sangue (v.33)
f) v. 33 e 34 – Se a mulher sabia que se tocasse JC seria curada (v. 28),
por que estava atemorizada com o efeito do toque (v.33)?
Nunca faltará o elemento surpresa no relacionamento pessoal com JC.
Ele sempre fará mais e melhor do que pedimos ou pensamos (Ef 3.20).
Mais uma vez JC evidencia o elemento humano indispensável ao agir de
Deus: a fé.
CONCLUSÃO: Não há mal que nos afaste da poderosa mão do Senhor (Rm 8.38-39).
Se o buscarmos com fé procurando o alívio de nossas dores terrenas, Ele nos
surpreenderá nos dando, ainda, vida eterna. Basta crer!
4. Fomente no seu grupo o compartilhamento de experiências de pessoas próximas
(evite casos de domínio público) que foram curadas milagrosamente. (P.e. a cura
do câncer de pulmão do Pr. Assis).
Realce em cada experiência compartilhada o autor da cura (Jesus) e o veículo
humano que propiciou a cura (a fé).
Se achar pertinente faça uma conclusão final enaltecendo a vida eterna com JC,
garantida pelo sacrifício na cruz, em detrimento de eventuais curas no corpo
mortal.