13º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Deus ama a vida! Ele quer apenas a vida! "Deus criou o homem para ser incorruptível" (primeira leitura). Pelo seu Filho, salva-nos da morte: eis porque Lhe damos graças em cada Eucaristia. Na sua vida terrena, Jesus sempre defendeu a vida. O Evangelho de hoje relata-nos dois episódios que assinalam a defesa da vida: Ele cura, Ele levanta. Ele torna livres todas as pessoas, dá-lhes toda a dignidade e capacidade para viver plenamente. Sabemos dizer-Lhe que Ele é a nossa alegria de viver?
Estamos em tempo de verão, início de férias... É uma ocasião propícia para celebrar a festa da vida! O 13º domingo celebra a vida mais forte que a morte, celebra Deus apaixonado pela vida. Convém, pois, que na celebração deste dia a vida expluda em todas as suas formas: na beleza das flores, nos gestos e atitudes, na proclamação da Palavra, nos cânticos e aclamações, na luz. No cântico do salmo e na profissão de fé, será bom recordar que é o Deus da vida que nós confessamos, as suas maravilhas que nós proclamamos. Durante toda a missa, rezando, mantenhamos a convicção expressa pelo Livro da Sabedoria: "Deus não Se alegra com a perdição dos vivos".
2. Muitas vezes andamos preocupados
diante de tantas situações de morte que nos rodeiam...
Fome, doença, Pandemia, guerras, sequestros, poluição...
pior, notamos até desprezo e indiferença pela vida humana...
A Liturgia de hoje nos fala da VIDA e nos mostra
que a vida do homem está acima de qualquer outro valor.
3. Na 1ª Leitura,
lemos que Deus
não criou a morte,
nem se alegra
com a ruína
dos que vivem.
(Sb 1,13-15.2,23-24)
DEUS É
O AUTOR
DA VIDA.
Tendo criado o homem à sua imagem e semelhança,
não podia destiná-lo à morte.
"Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom"
4. Contudo
nos deparamos
com a presença
do mal e da morte...
- Donde vem
a MORTE?
A morte não estava
nos planos de Deus.
Ela entrou
por inveja do Diabo
e aparece como
castigo do pecado.
Deus nos chama
à vida.
5. Na Bíblia, resplandece um sentido profundo da vida:
- No Paraíso, Deus havia plantado “a árvore da vida”,
cujo fruto devia fazer viver para sempre (Gen 3,22).
- Deus se revelou em Cristo como o Deus dos vivos e
não dos mortos. Deus é o Pai de quem procede toda a vida.
- Cristo é o “Verbo da vida por quem todas as coisas existem”;
é a “ressurreição e a vida”; é a fonte que jorra vida eterna.
6. Os milagres, especialmente
as ressurreições,
testemunham que ele veio
para comunicar a vida,
que ele é
o SENHOR DA VIDA,
e constituem o sinal
do destino ao qual
a humanidade é chamada:
a vida eterna.
Podemos dizer que aí está
toda a mensagem cristã.
Quem participa do Cristo,
participa da vida.
7. No Evangelho de hoje, curando duas mulheres,
Jesus demostra que é o Senhor da vida. (Mc 5,21-43)
Uma grande multidão reuniu-se à volta de Jesus.
Chega um chefe de sinagoga (Jairo),
que pede pela filha... que está morrendo...
- Jesus vai com ele e as pessoas o seguem.
8. Nisso uma mulher que sofria de sangramento há doze anos,
toca discretamente em seu manto, com a esperança de ficar curada.
- Jesus reage: "Quem me tocou?" Os discípulos estanham...
- A mulher, cheia de medo e tremendo, confessa a verdade.
- Jesus: “Filha, a tua fé te salvou, vai em paz e fica curada! "
Com a palavra “Filha” Jesus a restaura na sua dignidade e
a acolhe na sociedade que excluía tais doentes.
9. Empregados de Jairo
anunciam que filha já morreu.
Não havia necessidade
de perturbar Jesus.
- Jesus escuta,
olha para Jairo e diz:
"Não tenhas medo,
apenas tenha fé!"
- Chegando à casa de Jairo,
Jesus se separa do povo
descrente. entra na sala,
só com os três discípulos
e os pais da menina.
Pega a menina pela mão e diz:
"Eu te ordeno: levanta-te”.
E A menina recupera a vida
e se alimenta...
10. O Homem não pode conformar-se com a morte;
precisa lutar contra ela e promover a vida.
No entanto, muitas vezes é o próprio homem aliado da morte.
Do contrário, como se explicaria a corrida armamentista?
Que significaria o envenenamento dos mares, dos rios,
das florestas, dos animas e das pessoas?
O homem reclama porque a morte existe,
mas esquece de que Deus criou a vida, não a morte.
11. O pior é que também nós, podemos ser cúmplices
nessa estratégia de morte.
Pois nós também abençoamos a corrida armamentista;
nós também admitimos a opressão;
nós também concordamos coma violência;
nós também apoiamos a repressão;
nós também carregamos armas “defensivas”;
nós também contribuímos para poluição do meio ambiente.
12. nós também somos capazes de levantar a mão contra a vida.
Especialmente quando por egoísmo,
não damos ao pobre o necessário para viver,
quando não fazemos o possível para deter a doença;
quando legalizamos ou favorecemos ou praticamos o aborto.
13. Mas Jesus nos aponta
os meios para vencer
a morte: a fé e o amor.
Se houvesse mais fé
em Cristo e
mais amor pelo homem,
onde estaria a vitória
da morte?
Depois de Cristo
e da sua ressurreição,
quem crê,
mesmo sabendo
que deve morrer,
vê a morte
como um momento
para passar
a uma vida sem fim.
14. A morte se torna uma “passagem”,
assume o caráter pascal de uma vitória.
Chegaríamos ao final de nossa caminhada
sem tomar conhecimento dela.
Porque ela nem existiria: haveria apenas um breve dormir;
alguém nos tomaria pela mão, nos colocaria de pé
e nos levaria para o Mundo Novo.
15. Assim a própria morte
deixaria de ser
o terrível preço
do pecado,
para se tornar
a “porta aberta”
para céus novos
e terra nova,
e nos permite
lançar-nos
nos braços do Pai.
Pe Antônio Geraldo Dalla Costa CS
27.06.2021
16. MEU DOMINGO
Com a Palavra de Deus
Meditada por: Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS
Ilustração: Nelso Geraldo Ferronatto
Música: Quem me tocou
Pe João Carlos
Gravação desconhecida
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