2. Dois fenômenos básicos:
Osteogênese à Distância - Não há adesão óssea na superfície
Osteogênese de Contato - Formação de novo osso
M.C. Bottino
3. Osteogênese à Distância - Não há adesão óssea na superfície
Osteogênese de Contato - Formação de novo osso
M.C. Bottino
4. Osteocondução: migração de células osteogênicas
para superfície do implante, por meio de um scaffold de
tecido conjuntivo temporário. A ancoragem deste scaffold à
superfície ocorre em função da topografia da superfície.
Osteogênese de Contato:
Subdivisão – 3 fases
M.C. Bottino
5. Formação Osso Novo: resultará na mineralização
da matriz interfacial depositada sobre a superfície do
implante. A topografia de superfície determinará se osso
formado estará aderido ao implante.
7. Propriedades:
elemento químico e suas combinações
classe de material
topografia
temperatura
ambiente
pressão
- Processamento mecânico e químico
- Obter estrutura atômica limpa
- Propriedades: Osseocond/Osseoindutoras
OBJETIVO DA IMPLANTOLOGIA
ALTERAÇÕES FÍSICAS E QUÍMICAS DE
SUPERFÍCIE
Proporcionar melhor ancoragem
principalmente regiões baixa
qualidade óssea
8. TOPOGRAFIA
Zinger et al. 2004 Biomaterials 25
Posição e alinhamento celular
Aumentar área total/funcional
Favorecer ancoragem óssea
M.C. Bottino
10. Aumento área de superfície
Depleção – sítios específicos
Maior remoção residual
ATAQUE ÁCIDO
M.C. Bottino
11. TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIES
Objetivo:estabelecimento de ligação química e mecânica
entre o osso e o implante
Três principais métodos:
1. Aplicação de recobrimentos por diferentes métodos: os
recobrimentos geralmente são feitos para a criação de uma
superfície bioativa. No entanto, outras finalidades como a prevenção
da liberação de íons, o mascaramento das contaminações das
superfícies causadas pelos processos de fabricação e a produção
de uma supefície rugosa e porosa também são objetivados.
2. Tratamentos químicos com ácidos, anodização ou
implantação iônica: os tratamentos químicos têm por objetivos
principais a limpeza da superfície, criação de rugosidade e ativação
da superfície através da alteração estrutural da camada de óxido.
12. Os principais tratamentos químicos são:
Ataque ácido: os ácidos mais utilizados são HF e HNO3. Após o ataque
ácido, é feita imersão em solução HF + H2O2. O papel do H2O2 é a
formação de uma camada estável de óxido, após a exposição do metal ao
ácido. Também são aplicados na limpeza após os tratamentos de
jateamento para retirar partículas inclusas.
Anodização: esse tratamento é feito através da utilização de um anodo
de titânio e um catodo de platina, prata, aço inoxidável, etc. É feita a
reação eletroquímica em um meio eletrolítico e obtêm-se superfícies com
diferentes colorações. Em estudo apresentados por ISHIZAWA et
al.(1995) e ISHIZAWA et al.(1996) foi utilizada uma solução de acetato
de cálcio e β-fosfato de glicerol. Após um tratamento hidrotérmico em
atmosfera e vapor sob alta pressão, foi formada uma camada de
hidroxiapatita de aproximadamente 1µm de espessura. Observou-se que
essa camada é bastante efetiva na promoção da osteocondutividade,
principalmente em implantes rugosos.
13. 3. Tratamento mecânico por jateamento ou usinagem: os
implantes sem recobrimento são submetidos a tratamentos mecânicos
que visam a aposição mecânica do tecido ósseo ao implante.
Geralmente essa finalidade é alcançada através da criação de detalhes
usinados na superfície dos implantes ou através do aumento da
rugosidade das superfícies. Os detalhes usinados podem ser desde 59
superfícies rosqueadas até a criação de furos ou reentrâncias para que
o osso cresça por entre esses detalhes. O aumento da rugosidade das
superfícies é feito geralmente como o jateamento com partículas duras
de óxido. Os óxidos mais usados são óxido de Ti, Al ou Si. Após o
jateamento, é recomendado um tratamento com ácido para retirar
possíveis incrustações de partículas de óxido e também para
uniformizar a rugosidade criada pelo processo de jateamento.
14. IMPLANTES ODONTOLÓGICOS
Três tipos principais de implantes têm sido usados (DE GROOT, et al.
1990):
• Implantes totalmente sepultos: a não existência de evidências
científicas que justificassem essa técnica fez com que caíssem em
desuso;
• Implantes justa-ósseo ou subperiósticos: Consistem em uma estrutura
fundida moldada ao osso maxilar, com projeções na cavidade oral, onde
é fixada a prótese. Essa técnica permite bons resultados a curto prazo. A
interface osso-implante é do tipo fibrosa, o que faz com que em períodos
acima de 15 anos, a ocorrência de fracasso seja grande;
• Implantes endósseos: os implantes osteointegrados são inseridos no
osso maxilar ou mandibular. podem ser recobertos ou não com materiais
bioativos e a cirurgia de implantação pode ser feita em uma ou duas
etapas. Esses implantes foram desenvolvidos por P. I. BRANEMARK e
colaboradores e levou ao desenvolvimento de diferentes geometrias (DE
GROOT, et al. 1990). A maior quantidade de informações clínicas sólidas
está relacionada ao sistema sueco Branemark de implantes
osteointegrados.
15. Classificação dos implantes endósseos:
A. Quanto à geometria e ao acabamento da superfície:
Esses implantes podem ter a forma de cilindros, lâminas, parafusos,
cones, ou até mesmo imitar a geometria da raiz de um dente.
Principais geometrias e acabamentos superficiais de implantes
disponíveis (SPIEKERMANN, 1995).
16. B. Quanto à fixação ao osso(HENCH e WILSON 1993):
Podem ser classificados em quatro categorias principais:
Implantes do tipo 1: que são aqueles feitos de material inerte e que não
fazem nenhuma ligação com o osso. A interface osso-implante consiste em
tecido fibroso e esse tipo de implante não apresenta estabilidade a longo
prazo;
Implantes do tipo 2: são os implantes porosos, onde o osso cresce por
entre as reentrâncias, promovendo uma fixação mecânica. A ligação com o
osso é mais complexa e envolve fatores mecânicos e de bioatividade;
Implantes do tipo 3: são bioativos e formam ligação com o osso através de
reações químicas na interface do tipo intermediária entre os implantes
reabsorvíveis e os bioinertes; e
Implantes do tipo 4: são os implantes reabsorvíveis, que após algum
tempo de inserção, são substituídos pelo osso.
17. C. Quanto à cirurgia:
Os implantes odontológicos podem ser classificados:
Implantes de 1 estágio: são inseridos no leito receptor e de lá emerge
para a cavidade oral. O tecido gengival que recebeu a incisão para se ter
acesso ao osso é suturado cuidadosamente ao redor do implante. O
implante permanece sem carregamento durante o período de regeneração
óssea até que seja inserida a prótese sobre a porção do implante que está
exposta. Esse sistema de implantes é utilizado principalmente em
substituições de dentes unitários. A maioria dos implantes cilíndricos é
feita de titânio puro ou de liga de titânio, especialmente a liga Ti-6Al-4V.
Implantes de 2 estágios: os implantes desse tipo são inseridos no leito
receptor, porém ficam totalmente submersos na mucosa. Esses implantes
permanecem assim, protegidos de solicitações mecânicas e de interações
com o meio exterior enquanto o tecido ósseo se regenera. Esse período
varia de 16 a 18 semanas para osso mandibular e 20 a 24 semanas para
maxila. Após esse período, a mucosa é reaberta e a prótese é fixada sobre
o implante.
18. Figura 1 - Componentes de um sistema Branemark
para reposição unitária:
(a) implante,
(b) (b) pilar prolongador,
(c) parafuso do pilar,
(d) cilindro de ouro,
(e) parafuso de ouro .
Figura 2 - Sistema de implantes
Biolox e Oraltronics tanto para
reposição unitária quanto múltipla.
19. Figura 3 - Implantes cilíndricos:
(a) IMZ,
(b) Calcitek,
(c) Frialit-1,
(d) Frialit-2.
Figura 4 - Implantes cilíndricos
rosqueados:
(a) antigo ITI de peça única,
recoberto por plasma de titânio,
(b) implante de Ledermann,
jateado e posteriormente
atacado com ácido,
(c) Branemark,
(d) implante ITI, recoberto por
plasma de titânio.
20. São aqueles de uso médico ou odontológico, destinados a serem
introduzidos total ou parcialmente no organismo humano ou em
orifício do corpo, ou destinados a substituir uma superfície
epitelial ou superfície do olho, através de intervenção médica,
permanecendo no corpo após o procedimento por longo prazo, e
podendo ser removidos unicamente por intervenção cirúrgica.
Materiais e artigos implantáveis:
ANVISA port. 2043/94, 686/98
DEFINIÇÃO
21. POLÍMEROS USADOS COMO BIOMATERIAL
Os Biomateriais, de modo geral, têm contribuído significativamente
para avanços na medicina moderna:
procedimentos clínicos que utilizam biomateriais para restaurar
ou substituir órgãos e/ou tecidos lesados
sistemas de liberação controlada de drogas
dispositivos para realização de exames
sistemas para assistência cirúrgica
Implantes temporários ou permanentes
22. Facilidade de fabricação em diversos formatos, permitindo bom
acabamento;
Elevada eficiência dos processos de fabricação, permite elevada
produtividade;
Diversidade de propriedades;
Baixa densidade;
Baixo consumo energético p/ processamento;
Resistência a corrosão
Comportamento elastomérico;
Possibilidade de polimerização “in situ”;
Vantagens do uso de biomateriais poliméricos:
23. Oftalmologia
Lentes rígidas e flexíveis (PMMA, silicone, PHEMA,
outros)
Lentes intraoculares
Córnea artificial
ONDE SÃO UTILIZADOS: