O documento discute abordagens conservadoras para a reabilitação de dentes tratados endodonticamente, incluindo o uso de pinos de fibra de vidro. Apresenta o protocolo clínico para seleção, preparo e cimentação do pino, enfatizando a preservação dos tecidos dentais e adesão adequada. Também descreve evoluções nos desenhos de pinos e sistemas adesivos para melhorar a retenção e longevidade das restaurações.
2. DENTES TRATADOS
ENDODONTICAMENTE
Perda da integridade da estrutura dentária
Perda de fibras colágenas
Perda da vitalidade pulpar
Redução da umidade
Instrumentos rotatórios de NiTi
8. VETOR DE FORÇA
PREDOMINANTE
Pino de fibra funciona como uma viga de
reforço em dente com coroa fragilizada, reduz
a flexão da coroa para a vestibular.
Dente anterior tratado endodonticamente
Grande perda estrutural dentária
Maior risco de fratura
13. PINOS METÁLICOS
• Fratura de pino
• Fratura de raiz
• Perda de retenção da coroa ou
do pino
Performances clínicas
similares.
Efeito férrula e quantidade de
remanescente dentário
influenciam na taxa de
sobrevivência de dentes
despolpados.
PINOS DE FIBRA
• Perda de retenção do pino
com outro pino, com a coroa
ou com o núcleo.
15. INDICAÇÕES DOS PINOS
DE FIBRA DE VIDRO
Dentes anteriores com mais de 50% de perda coronária
Forças oblíquas
Coroa clinica menor
16. INDICAÇÕES DOS PINOS
DE FIBRA DE VIDRO
Indicação mais rara.
Muitas vezes só precisam de um núcleo de preenchimento.
Aprofundar menos e usar mais pinos - diferentes condutos.
17. Extension for prevention X Prevention of extension
Magnificação
Micromotores elétricos
Otimização da adesão
Férrula - pinos não são necessários e podem ser associados com
as falhas mais catastróficas
Preservação máxima (esmalte,
dentina e JAD)
21. PINO DE FIBRA DE
VIDRO
Formados por fibras de reforço dispostas
longitudinalmente e imersas em uma matriz
resinosa.
Fatores que contribuem para essa resistência:
– Densidade das fibras
– Matriz resinosa utilizada o processo de fabricação
– Desenho
– Configuração superficial
– Diâmetro do pino
22. PINO DE FIBRA DE
VIDRO - VANTAGENS
- Sem relatos casos de fraturas
radiculares
- Coloração compatível com tecido
- Radiopacidade
- Módulo de elasticidade mais
semelhante ao da dentina
- A eventual falha no pino ou o
tratamento endodôntico não implicará
na perda do dente
23. PINO DE FIBRA DE VIDRO
- DESVANTAGENS• Falta de translucidez
suficiente para
polimerização
• Falhas relacionadas a:
– Ausência de
remanescente coronário
– Sensibilidade da técnica
adesiva
– Deslocamento dos
retentores
(principalmente na
remoção das
provisórias)
White Post DCE
(FGM)
Aestheti-Plus
(Bisco)
24. PINO DE FIBRA DE VIDRO
- DESENHOS DO PINO
Melhorar
adaptação ao
conduto
Aumentando a
retenção
friccional
Diminuir a linha
de cimento
25. PINO DE FIBRA DE VIDRO
- DESENHOS DO PINO
Cilíndrico ou paralelo
27. PINO DE FIBRA DE VIDRO
- EVOLUÇÃO DOS PINOS
Redução do diâmetro das pontas dos pinos
Surgimento do pino 0.5
Vistas laterais e frontais de diferentes dentes: demonstram a grande variação
dos canais radiculares quanto ao número, formato e diâmetro
28. PINO DE FIBRA DE VIDRO
- EVOLUÇÃO DOS PINOS
Utilização de alargadores com pontas inativas
(A)Alto potencial de corte na ponta (preparo para pinos cilíndricos)
(B) Médio potencial de corte na ponta (preparo para pinos cônicos)
(C) Ponta inativa (preparo para pinos cônicos)
29. PINO DE FIBRA DE VIDRO-
EVOLUÇÃO DOS PINOS
Pinos com dupla conicidade reforçados
Pino cônico de única conicidade Pino cônico de dupla conicidade
30. PINO DE FIBRA DE VIDRO
- EVOLUÇÃO DOS PINOS
Pinos modelados
31. PROTOCOLO CLÍNICO
Seleção do pino:
Princípios biológicos: Preservação do tecido dental e obediência à anatomia
do canal
Princípios mecânicos: maior estabilidade possível do pino, principalmente
na cervical
32. PROTOCOLO CLÍNICO
Comprimento do pino
Comprimento igual a
dois terços do
remanescente dental
Implantação radicular
igual ao comprimento da
coroa clínica do dente
No mínimo, metade da
altura do suporte ósseo
do dente em questão.
33. PROTOCOLO CLÍNICO
Desobstrução do conduto radicular
Iniciada com a Broca de Largo, de numeração
coerente ao diâmetro do canal radicular
Monte Alto et al
34. Desobstrução do conduto radicular
Com a broca correspondente ao pino selecionado
PROTOCOLO CLÍNICO
Deixando no mínimo 3mm de
vedamento apical
Monte Alto et al
35. PROTOCOLO CLÍNICO
Desobstrução do conduto radicular
Cuidados a serem tomados:
Alargamento
excessivo do
canal
Desvios e
perfurações
laterais
Remoção de toda
obturação do
canal radicular
Aquecimento
exagerado
36. PROTOCOLO CLÍNICO
Preparo do pino
Aplicação do SILANOLimpeza da superficie do pino com
ácido com fosfórico 37%, seguido de
lavagem e secagem
Monte Alto et al
38. PROTOCOLO
Modelagem do pino
Limpeza da superficie do pino com ácido
fosfórico 37%, seguido de lavagem e
secagem
Confecção do núcleo de
preenchimento
Monte Alto et al
40. SISTEMA S A DESIVO S E
CIMENTOS RESINOSOS
Ed primer + Panavia F (kuraray)
Single Bond Universal + Rely X Ultimate ( 3M)
Excite DSC + Variolink II (Ivoclar)
41. SISTEMA S A DESIVO S E
CIMENTOS RESINOSOS
Single Bond II (3M) Scotchbond Multi Purpose Plus (3M)
Rely X ARC (3M)
42. SISTEMA S A DESIVO S E
CIMENTOS RESINOSOS
Primer A + B
Multilink N (Ivoclar)
Rely X U200 (3M)
43. T R A T A M E N T O D E N T I N Á R I O
Fig. 1: Micrografia das
paredes dentinárias
recobertas pela smear layer
(10.000x)
Fig. 2.1 a 2.3: Micrografia
das paredes dentinárias após
o condicionamento ácido,
abertura dos túbulos
dentinários e fibras
colagenas expostas.
(10.000x, 20.000x, 40.000x)
Fonte: Reabilitação estética em dentes tratados
endodonticamente, 2010.
44. T R A T A M E N T O D E N T I N Á R I O
Micrografia da interface adesiva entre o
pino e a parede dentinária (3.000x)
Micrografia mostrando os tags resinosos
(10.000x)
Fonte: Reabilitação estética em dentes tratados endodonticamente, 2010.
45. Fonte: Reabilitação estética em dentes
tratados endodonticamente, 2010.
T R A T A M E N T O D E N T I N Á R I O
Micrografia da interface
adesiva pino/parede
dentinária (7.000x).
Cimento Rely X U200,
estrutura com partículas de
carga grandes, tags
resinosos delgados.
46. Incompatibilidade – Adesivos e cimentos resinosos;
Adesão do pino ao cimento;
Pino de fibra de vidro translúcidos;
Cimento translúcido;
Aumento do tempo de polimerização.
T R A T A M E N T O D E N T I N Á R I O
48. PROTOCOLO DE CIMENTAÇÃO
SIMPLIFICADO
- J a t o d e p r o f i l a x i a o u
- M i c r o e s c o v a c o m p e d r a p o m e s o u
- J a t o d e ó x i d o d e a l u m i n i o 5 0 μ m
Sistema auto mix
Não usar clorexidina prévio ao U-200
55. REFERÊNCIAS
Estrela C, Estrela CRA, Barbin EL, Spanó JCE, Marchesan MA, Pécora JD. Mechanism of
action of sodium hypochlorite. Braz Dent J. 2002; 13 (2): 113-7.
Millstein PL, Nathanson D. Effect of eugenos and eugenos cements on cured composite resin.
J Prosthet Dent. 1993; 50(2): 211-5.
Goracci C, Raffaelli O, Monticelli F, Balleri A, Bertelli E, Ferrari M. The adhesion between
fibrer posts and root canal walls: comparison betweem microtensile ande push-out strength
measurements. Eur J Oral Sci. 2004; 112 (4):353-61.
Peumans M, Kamnumilli P, De Munck J, Van Landuyt K, Lambrechts P, Van Meerbeek B.
Clinical effectiveness of contemporary adhesives: A systematic review of current clinical
trials. Dent Mater. 2005; 21:684-81.
Galhano GA, de Melo RM, Barbosa SH, Zamboni SC, Bottino MA, Scotti R. Evaluation of
light transmission through translucent and opaque posts. Open Dent. 2008; 33(3):321-4.
Leonardo Muniz e colaboradores. Reabilitação estética em dentes tratados endodonticamente:
Pinos de fibra e possibilidades clínicas conservadoras. Ed. Santos, 2010.
56. REFERÊNCIAS
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Influence of ferrule, post system, and length on stress distribution of weakened root-filled
teeth. J Endod. 2014 Nov;40(11):1874-8.https://doi.org/10.1016/j.joen.2014.07.015
Santos-Filho PC, Veríssimo C, Soares PV, Saltarelo RC, Soares CJ, Marcondes Martins LR.
Influence of ferrule, post system, and length on biomechanical behavior of endodontically
treated anterior teeth. J Endod. 2014 Jan;40(1):119-
23.https://doi.org/10.1016/j.joen.2013.09.034
Macedo VC, Souza NA, Faria e Silva AL, Cotes C, da Silva C, Martinelli M, et al. Pullout
bond strength of fiber posts luted to different depths and submitted to artificial aging. Oper
Dent. 2013 Jul-Aug;38(4):E1-6. https://doi.org/10.2341/12-321-L
Macedo VC, Silva ALF, Martins LR. Effect of cement type, relining procedure, and length of
cementation on pull-out bond strength of fiber posts. J Endod. 2010 Sep;36(9):1543-6. ht
tps://doi.org/10.1016/j.joen.2010.04.014
TODAS AS IMAGENS PRESENTES NAAPRESENTAÇÃO E NÃO
REFERENCIADAS NOS SLIDES SÃO DE DOMÍNIO PÚBLICO, RETIRADAS DO
GOOGLE.