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FSL0537
Desenvolvimento Econômico e Mudança Social
“A Divisão Social do Trabalho no Século XXI”.
Docente responsável: Prof. Dr. Alvaro A. Comin (548616) <alvcomin@usp.br>
Graduação em Ciências Sociais – USP, Semestre I, 2018
3. As formas “não-capitalistas” de trabalho no
Capitalismo. (15 e 16 de março)
• Quijano, Anibal (2005) “Colonialidade do poder, eurocentrismo e
América Latina.”. In: Edgardo Lander (comp.) A colonialidade do
saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-
americanas. CLACSO, Buenos Aires.
• Fernand Braudel (1987) A dinâmica do capitalismo. Rio de Janeiro, Ed.
Rocco. [Cap. 2; 27-50]
• Eric Mielants (2012) “The great transition debate and world-systems
analysis”. In: Salvatore J. Babones & Christopher K. Chase-Dunn
Routledge Handbook of World-Systems Analysis. Routledge. [Cap. 2.2,
pp. 56-62]
Quijano: Capitalismo, Colonialismo,
Escravidão e Racismo.
• A divisão social do trabalho no Capitalismo e as relações de produção
e de propriedade;
• relações de trabalho, classificação social/racial e estruturas de poder.
• sistema-mundo e divisão internacional do trabalho (a hierarquia
centro-periferia);
Quijano: Capitalismo, Colonialismo, Escravidão e Racismo.
A América constitui-se como o primeiro espaço/tempo de um padrão de poder de
vocação mundial e, desse modo e por isso, como a primeira id-entidade da
modernidade. Dois processos históricos convergiram e se associaram na produção do
referido espaço/tempo e estabeleceram-se como os dois eixos fundamentais do novo
padrão de poder. Por um lado, a codificação das diferenças entre conquistadores e
conquistados na idéia de raça, ou seja, uma supostamente distinta estrutura biológica
que situava a uns em situação natural de inferioridade em relação a outros. Essa idéia foi
assumida pelos conquistadores como o principal elemento constitutivo, fundacional, das
relações de dominação que a conquista exigia. Nessas bases, conseqüentemente, foi
classificada a população da América, e mais tarde do mundo, nesse novo padrão de
poder. Por outro lado, a articulação de todas as formas históricas de controle do
trabalho, de seus recursos e de seus produtos, em torno do capital e do mercado
mundial.
A idéia de raça, em seu sentido moderno, não tem história conhecida antes
da América. (...) A formação de relações sociais fundadas nessa idéia,
produziu na América identidades sociais historicamente novas: índios, negros
e mestiços, e redefiniu outras. Assim, termos com espanhol e português, e
mais tarde europeu, que até então indicavam apenas procedência geográfica
ou país de origem, desde então adquiriram também, em relação às novas
identidades, uma conotação racial. E na medida em que as relações sociais
que se estavam configurando eram relações de dominação, tais identidades
foram associadas às hierarquias, lugares e papéis sociais correspondentes,
como constitutivas delas, e, conseqüentemente, do padrão de dominação
que se impunha. Em outras palavras, raça e identidade racial foram
estabelecidas como instrumentos de classificação social básica da população.
(p.117)
Na América, a idéia de raça foi uma maneira de outorgar
legitimidade às relações de dominação impostas pela
conquista. A posterior constituição da Europa como nova id-
entidade depois da América e a expansão do colonialismo
europeu ao resto do mundo conduziram à elaboração da
perspectiva eurocêntrica do conhecimento e com ela à
elaboração teórica da idéia de raça como naturalização dessas
relações coloniais de dominação entre europeus e não-
europeus. (p.118)
Qu'est-ce que l'Europe?
Por outro lado, no processo de constituição histórica da América, todas as formas de controle
e de exploração do trabalho e de controle da produção-apropriação-distribuição de produtos
foram articuladas em torno da relação capital-salário (de agora em diante capital) e do
mercado mundial. Incluíram-se a escravidão, a servidão, a pequena produção mercantil, a
reciprocidade e o salário. Em tal contexto, cada umas dessas formas de controle do trabalho
não era uma mera extensão de seus antecedentes históricos. Todas eram histórica e
sociologicamente novas.
Na medida em que aquela estrutura de controle do trabalho, de recursos e de produtos
consistia na articulação conjunta de todas as respectivas formas historicamente conhecidas,
estabelecia-se, pela primeira vez na história conhecida, um padrão global de controle do
trabalho, de seus recursos e de seus produtos. E enquanto se constituía em torno de e em
função do capital, seu caráter de conjunto também se estabelecia com característica
capitalista. Desse modo, estabelecia-se uma nova, original e singular estrutura de relações de
produção na experiência histórica do mundo: o capitalismo mundial.
Assim, ambos os elementos, raça e divisão do trabalho, foram estruturalmente
associados e reforçando-se mutuamente, apesar de que nenhum dos dois era
necessariamente dependente do outro para existir ou para transformar-se. Desse modo,
impôs-se uma sistemática divisão racial do trabalho. Na área hispânica, a Coroa de
Castela logo decidiu pelo fim da escravidão dos índios, para impedir seu total extermínio.
Assim, foram confinados na estrutura da servidão. Aos que viviam em suas
comunidades, foi-lhes permitida a prática de sua antiga reciprocidade –isto é, o
intercâmbio de força de trabalho e de trabalho sem mercado– como uma forma de
reproduzir sua força de trabalho como servos. Em alguns casos, a nobreza indígena, uma
reduzida minoria, foi eximida da servidão e recebeu um tratamento especial, devido a
seus papéis como intermediária com a raça dominante, e lhe foi também permitido
participar de alguns dos ofícios nos quais eram empregados os espanhóis que não
pertenciam à nobreza. Por outro lado, os negros foram reduzidos à escravidão. (p.118)
Os espanhóis e os portugueses, como raça dominante, podiam receber salários, ser
comerciantes independentes, artesãos independentes ou agricultores independentes, em
suma, produtores independentes de mercadorias. Não obstante, apenas os nobres podiam
ocupar os médios e altos postos da administração colonial, civil ou militar. (p.119).
Desde o século XVIII, na América hispânica muito dos mestiços de espanhóis ou mulheres
índias, já um estrato social extenso e importante na sociedade colonial, começaram a
ocupar os mesmos ofícios e atividades que exerciam os ibéricos que não eram nobres. Em
menor medida ou sobretudo em atividades de serviço ou que requeriam talentos ou
habilidades especiais (música, por exemplo), também os mais “abrancados” entre os
mestiços de mulheres negras e ibéricos (espanhóis ou portugueses), mas demoraram a ver
legitimados seus novos papéis, já que suas mães eram escravas. A distribuição racista do
trabalho no interior do capitalismo colonial/moderno manteve-se ao longo de todo o
período colonial.
No curso da expansão mundial da dominação colonial por parte da mesma raça dominante –os
brancos (ou do século XVIII em diante, os europeus)– foi imposto o mesmo critério de
classificação social a toda a população mundial em escala global. Conseqüentemente, novas
identidades históricas e sociais foram produzidas: amarelos e azeitonados (ou oliváceos)
somaram-se a brancos, índios, negros e mestiços. Essa distribuição racista de novas identidades
sociais foi combinada, tal como havia sido tão exitosamente logrado na América, com uma
distribuição racista do trabalho e das formas de exploração do capitalismo colonial. Isso se
expressou, sobretudo, numa quase exclusiva associação da branquitude social com o salário e
logicamente com os postos de mando da administração colonial.
Assim, cada forma de controle do trabalho esteve articulada com uma raça particular.
Conseqüentemente, o controle de uma forma específica de trabalho podia ser ao mesmo tempo
um controle de um grupo específico de gente dominada. Uma nova tecnologia de
dominação/exploração, neste caso raça/trabalho, articulou-se de maneira que aparecesse como
naturalmente associada, o que, até o momento, tem sido excepcionalmente bem-sucedido.
• (...) o êxito da Europa Ocidental em transformar-se no centro do moderno sistema-
mundo, segundo a apta formulação de Wallerstein, desenvolveu nos europeus um traço
comum a todos os dominadores coloniais e imperiais da história, o etnocentrismo. Mas
no caso europeu esse traço tinha um fundamento e uma justificação peculiar: a
classificação racial da população do mundo depois da América. A associação entre ambos
os fenômenos, o etnocentrismo colonial e a classificação racial universal, ajudam a
explicar por que os europeus foram levados a sentir-se não só superiores a todos os
demais povos do mundo, mas, além disso, naturalmente superiores. Essa instância
histórica expressou-se numa operação mental de fundamental importância para todo o
padrão de poder mundial, sobretudo com respeito às relações intersubjetivas que lhe são
hegemônicas e em especial de sua perspectiva de conhecimento: os europeus geraram
uma nova perspectiva temporal da história e re-situaram os povos colonizados, bem
como a suas respectivas histórias e culturas, no passado de uma trajetória histórica cuja
culminação era a Europa. (p.121)
De acordo com essa perspectiva, a modernidade e a racionalidade foram
imaginadas como experiências e produtos exclusivamente europeus. Desse ponto
de vista, as relações intersubjetivas e culturais entre a Europa, ou, melhor
dizendo, a Europa Ocidental, e o restante do mundo, foram codificadas num jogo
inteiro de novas categorias: Oriente-Ocidente, primitivo-civilizado, mágico/mítico-
científico, irracional-racional, tradicional-moderno. Em suma, Europa e não-
Europa.
a versão eurocêntrica da modernidade e seus dois principais mitos fundacionais:
um, a idéia-imagem da história da civilização humana como uma trajetória que
parte de um estado de natureza e culmina na Europa. E dois, outorgar sentido às
diferenças entre Europa e não-Europa como diferenças de natureza (racial) e não
de história do poder. Ambos os mitos podem ser reconhecidos, inequivocamente,
no fundamento do evolucionismo e do dualismo, dois dos elementos nucleares do
eurocentrismo.
O notável disso não é que os europeus se imaginaram e pensaram a si mesmos e
ao restante da espécie desse modo –isso não é um privilégio dos europeus– mas o
fato de que foram capazes de difundir e de estabelecer essa perspectiva histórica
como hegemônica dentro do novo universo intersubjetivo do padrão mundial do
poder. (p.122)
Hierarquias e desigualdades
• O capitalismo tem necessidade de uma hierarquia. (...) o capitalismo não
inventa as hierarquias, utiliza-as, do mesmo modo que não inventou o
mercado ou o consumo. Ele é, na longa perspectiva da história, o visitante da
noite. Chega quando tudo já está em seus devidos lugares. Por outras palavras,
o problema em si da hierarquia supera-o, transcende-o, comanda-o de
antemão.
• Ora, esse mundo afirma-se sob o signo da desigualdade. A imagem atual –
países prósperos, de um lado, países subdesenvolvidos, do outro – já é
verdadeira, mutatis mutandis, entre os séculos XV e XVIII. É claro (...), os países
prósperos e os países pobres não permaneceram imutavelmente os mesmos; a
roda girou. Mas, em sua lei, o mundo praticamente não mudou: continua, no
plano estrutural, repartido entre privilegiados e não-privilegiados. Existe uma
espécie de sociedade mundial, tão hierarquizada quanto uma sociedade
ordinária e que é como a sua imagem ampliada mas reconhecível. Microcosmo
e macrocosmo têm, em última análise, a mesma textura.
Economia-Mundo e Divisão Internacional do Trabalho (DIT)
Uma vez mais, há interesse em fixar o vocabulário. Com efeito,
necessitaremos utilizar duas expressões: economia mundial e
economia-mundo, a segunda mais importante ainda do que a
primeira. Por economia mundial entende-se a economia do
mundo considerada em seu todo, o “mercado de todo o universo”,
como já dizia Sismondi. Por economia-mundo, palavra que forjei a
partir do vocábulo alemão Weltwirtschaft, entendo a economia de
somente uma porção do nosso planeta, na medida em que essa
porção forma um todo econômico. Escrevi, já faz tempo, que o
Mediterrâneo do século XVI era, por si só, uma Weltwirtschaft,
uma economia-mundo;
Centro
“O esplendor, a riqueza, a alegria de viver, reúnem-se no
centro da economia-mundo, em seu núcleo. É aí que o sol da
história faz brilhar as cores mais vivas, é aí que se manifestam
os preços altos, os salários altos, os bancos, as mercadorias
“reais”, as indústrias lucrativas, as agriculturas capitalistas; é aí
que se situam o ponto de partida e o ponto de chegada dos
extensos tráficos (...) As técnicas de ponta também aí estão,
habitualmente, e a ciência fundamental acompanha-as, está
com elas. As “liberdades” aí se alojam, não sendo
inteiramente mitos nem inteiramente realidades”.
Zona Intermediária (Semi-Periferia)
Esse nível da existência baixa de um tom quando se atinge os países
intermediários, esses vizinhos, esses concorrentes, esses êmulos do
centro. Aí, poucos camponeses livres, poucos homens livres, trocas
imperfeitas, organizações bancárias e financeiras incompletas,
mantidas freqüentemente do exterior, indústrias relativamente
tradicionais. Por muito bela que a França pareça ser no século XVIII, o
seu nível de vida não se compara com o da Inglaterra. John Bull,
“superalimentado”, comedor de carne, calça sapatos; e o francês
Jacques Bonhomme, franzino, comedor de pão, macilento,
envelhecido prematuramente, calça tamancos.
Periferia
Mas como se está longe da França quando se aborda as regiões
marginais! Por volta de 1650, para usar um ponto de referência, o
centro do mundo é a minúscula Holanda ou, melhor, Amsterdam. As
zonas intermediárias, as zonas segundas, são o resto da Europa muito
ativa, ou seja, os países do Báltico, do mar do Norte, a Inglaterra, a
Alemanha do Reno e do Elba, a França, Portugal, Espanha, a Itália ao
norte de Roma. E as regiões marginais são, ao norte, a Escócia, a
Irlanda, a Escandinávia, toda a Europa a leste de uma linha Hamburgo-
Veneza, a Itália ao sul de Roma (Nápoles, a Sicília); enfim, além-
Atlântico, a América europeizada, margem por excelência. Se
excetuarmos o Canadá e as colônias inglesas da América em seus
começos, o Novo Mundo está por inteiro sob o signo da escravatura.
Do mesmo modo, a margem da Europa central, até à Polônia e além, é
a zona da segunda servidão, ou seja, de uma servidão que, depois de
ter quase desaparecido como tal no Ocidente, aí foi restabelecida no
século XVI.
A estrutura da economia-mundo (Wallerstein)
• Ao longo do tempo, os loci das atividades económicas vão mu-
dando... Daí a razão por que algumas áreas "progridem" e outras
"regridem". Mas o fato de Estados específicos mudarem sua
posição na economia mundial, da semiperiferia para o núcleo
orgânico, digamos, ou vice-versa, não muda, em si mesmo, a
natureza do sistema. Essas mudanças serão registradas por Es-
tados individualmente, como "desenvolvimento" ou "regressão".
O fator-chave a observar é que, no interior da economia
capitalista mundial, por definição, os Estados não podem todos
"se desenvolver" simultaneamente, já que o sistema funciona
graças à existência de regiões desiguais de núcleo orgânico e de
periferia (Wallerstein, 1979:60-61; em itálico no original).
Em resumo,
(...) a economia-mundo européia, em 1650, é a justaposição, a
coexistência de sociedades que vão desde a sociedade já
capitalista, a holandesa, até às sociedades servis e escravistas, no
fundo da escala. Essa simultaneidade, esse sincronismo., fixam
todos os problemas ao mesmo tempo. De fato, o capitalismo vive
dessa sobreposição regular: as zonas externas alimentam as zonas
medianas e, sobretudo, as centrais. (p. 60)
Essa tese é uma explicação diferente do habitual modelo
sucessivo: escravatura, servidão, capitalismo. Postula uma
simultaneidade, um sincronismo singular demais para não ser de
grande alcance.
Periferia
América Central,
Caribe, Região
Andina, África,
Oriente Médio, Ásia
Central e Sul.
Semi-
periferia
(México, Brasil,
Turquia, Polônia,
África do Sul,
China, Índia)
Centro
(Europa,
América do
Norte, Japão)
Agricultura de subsistência,
exportação de commodities
Indústrias tradicionais,
commodities
Indústrias intensivas em
capital e tecnologia,
Finanças, Serviços
Tecnológicos
A Divisão Internacional do
Trabalho entre Nações
Sistema Mundo do ponto de vista da
concentração do capital
Centro
Semi-
periferia
Semi-
periferia
Periferia
Periferia
Periferia
Centro
Semi-Periferia
Força de trabalho predo//
BRANCA (europeia);
assalariamento; elevada
qualificação e remuneração
Formação Mista e
Hierárquica (Ame Lat:
BRANCOS no topo);
assalariamento parcial +
informalidade
Força de Trabalho
predo// NÃO-
BRANCA;
escravidão,
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Divisão Social e Divisão Racial do Trabalho –
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Capitalismo, Colonialismo e Divisão Racial do Trabalho

  • 1. FSL0537 Desenvolvimento Econômico e Mudança Social “A Divisão Social do Trabalho no Século XXI”. Docente responsável: Prof. Dr. Alvaro A. Comin (548616) <alvcomin@usp.br> Graduação em Ciências Sociais – USP, Semestre I, 2018
  • 2. 3. As formas “não-capitalistas” de trabalho no Capitalismo. (15 e 16 de março) • Quijano, Anibal (2005) “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina.”. In: Edgardo Lander (comp.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino- americanas. CLACSO, Buenos Aires. • Fernand Braudel (1987) A dinâmica do capitalismo. Rio de Janeiro, Ed. Rocco. [Cap. 2; 27-50] • Eric Mielants (2012) “The great transition debate and world-systems analysis”. In: Salvatore J. Babones & Christopher K. Chase-Dunn Routledge Handbook of World-Systems Analysis. Routledge. [Cap. 2.2, pp. 56-62]
  • 3. Quijano: Capitalismo, Colonialismo, Escravidão e Racismo. • A divisão social do trabalho no Capitalismo e as relações de produção e de propriedade; • relações de trabalho, classificação social/racial e estruturas de poder. • sistema-mundo e divisão internacional do trabalho (a hierarquia centro-periferia);
  • 4. Quijano: Capitalismo, Colonialismo, Escravidão e Racismo. A América constitui-se como o primeiro espaço/tempo de um padrão de poder de vocação mundial e, desse modo e por isso, como a primeira id-entidade da modernidade. Dois processos históricos convergiram e se associaram na produção do referido espaço/tempo e estabeleceram-se como os dois eixos fundamentais do novo padrão de poder. Por um lado, a codificação das diferenças entre conquistadores e conquistados na idéia de raça, ou seja, uma supostamente distinta estrutura biológica que situava a uns em situação natural de inferioridade em relação a outros. Essa idéia foi assumida pelos conquistadores como o principal elemento constitutivo, fundacional, das relações de dominação que a conquista exigia. Nessas bases, conseqüentemente, foi classificada a população da América, e mais tarde do mundo, nesse novo padrão de poder. Por outro lado, a articulação de todas as formas históricas de controle do trabalho, de seus recursos e de seus produtos, em torno do capital e do mercado mundial.
  • 5. A idéia de raça, em seu sentido moderno, não tem história conhecida antes da América. (...) A formação de relações sociais fundadas nessa idéia, produziu na América identidades sociais historicamente novas: índios, negros e mestiços, e redefiniu outras. Assim, termos com espanhol e português, e mais tarde europeu, que até então indicavam apenas procedência geográfica ou país de origem, desde então adquiriram também, em relação às novas identidades, uma conotação racial. E na medida em que as relações sociais que se estavam configurando eram relações de dominação, tais identidades foram associadas às hierarquias, lugares e papéis sociais correspondentes, como constitutivas delas, e, conseqüentemente, do padrão de dominação que se impunha. Em outras palavras, raça e identidade racial foram estabelecidas como instrumentos de classificação social básica da população. (p.117)
  • 6. Na América, a idéia de raça foi uma maneira de outorgar legitimidade às relações de dominação impostas pela conquista. A posterior constituição da Europa como nova id- entidade depois da América e a expansão do colonialismo europeu ao resto do mundo conduziram à elaboração da perspectiva eurocêntrica do conhecimento e com ela à elaboração teórica da idéia de raça como naturalização dessas relações coloniais de dominação entre europeus e não- europeus. (p.118) Qu'est-ce que l'Europe?
  • 7. Por outro lado, no processo de constituição histórica da América, todas as formas de controle e de exploração do trabalho e de controle da produção-apropriação-distribuição de produtos foram articuladas em torno da relação capital-salário (de agora em diante capital) e do mercado mundial. Incluíram-se a escravidão, a servidão, a pequena produção mercantil, a reciprocidade e o salário. Em tal contexto, cada umas dessas formas de controle do trabalho não era uma mera extensão de seus antecedentes históricos. Todas eram histórica e sociologicamente novas. Na medida em que aquela estrutura de controle do trabalho, de recursos e de produtos consistia na articulação conjunta de todas as respectivas formas historicamente conhecidas, estabelecia-se, pela primeira vez na história conhecida, um padrão global de controle do trabalho, de seus recursos e de seus produtos. E enquanto se constituía em torno de e em função do capital, seu caráter de conjunto também se estabelecia com característica capitalista. Desse modo, estabelecia-se uma nova, original e singular estrutura de relações de produção na experiência histórica do mundo: o capitalismo mundial.
  • 8. Assim, ambos os elementos, raça e divisão do trabalho, foram estruturalmente associados e reforçando-se mutuamente, apesar de que nenhum dos dois era necessariamente dependente do outro para existir ou para transformar-se. Desse modo, impôs-se uma sistemática divisão racial do trabalho. Na área hispânica, a Coroa de Castela logo decidiu pelo fim da escravidão dos índios, para impedir seu total extermínio. Assim, foram confinados na estrutura da servidão. Aos que viviam em suas comunidades, foi-lhes permitida a prática de sua antiga reciprocidade –isto é, o intercâmbio de força de trabalho e de trabalho sem mercado– como uma forma de reproduzir sua força de trabalho como servos. Em alguns casos, a nobreza indígena, uma reduzida minoria, foi eximida da servidão e recebeu um tratamento especial, devido a seus papéis como intermediária com a raça dominante, e lhe foi também permitido participar de alguns dos ofícios nos quais eram empregados os espanhóis que não pertenciam à nobreza. Por outro lado, os negros foram reduzidos à escravidão. (p.118)
  • 9. Os espanhóis e os portugueses, como raça dominante, podiam receber salários, ser comerciantes independentes, artesãos independentes ou agricultores independentes, em suma, produtores independentes de mercadorias. Não obstante, apenas os nobres podiam ocupar os médios e altos postos da administração colonial, civil ou militar. (p.119). Desde o século XVIII, na América hispânica muito dos mestiços de espanhóis ou mulheres índias, já um estrato social extenso e importante na sociedade colonial, começaram a ocupar os mesmos ofícios e atividades que exerciam os ibéricos que não eram nobres. Em menor medida ou sobretudo em atividades de serviço ou que requeriam talentos ou habilidades especiais (música, por exemplo), também os mais “abrancados” entre os mestiços de mulheres negras e ibéricos (espanhóis ou portugueses), mas demoraram a ver legitimados seus novos papéis, já que suas mães eram escravas. A distribuição racista do trabalho no interior do capitalismo colonial/moderno manteve-se ao longo de todo o período colonial.
  • 10. No curso da expansão mundial da dominação colonial por parte da mesma raça dominante –os brancos (ou do século XVIII em diante, os europeus)– foi imposto o mesmo critério de classificação social a toda a população mundial em escala global. Conseqüentemente, novas identidades históricas e sociais foram produzidas: amarelos e azeitonados (ou oliváceos) somaram-se a brancos, índios, negros e mestiços. Essa distribuição racista de novas identidades sociais foi combinada, tal como havia sido tão exitosamente logrado na América, com uma distribuição racista do trabalho e das formas de exploração do capitalismo colonial. Isso se expressou, sobretudo, numa quase exclusiva associação da branquitude social com o salário e logicamente com os postos de mando da administração colonial. Assim, cada forma de controle do trabalho esteve articulada com uma raça particular. Conseqüentemente, o controle de uma forma específica de trabalho podia ser ao mesmo tempo um controle de um grupo específico de gente dominada. Uma nova tecnologia de dominação/exploração, neste caso raça/trabalho, articulou-se de maneira que aparecesse como naturalmente associada, o que, até o momento, tem sido excepcionalmente bem-sucedido.
  • 11. • (...) o êxito da Europa Ocidental em transformar-se no centro do moderno sistema- mundo, segundo a apta formulação de Wallerstein, desenvolveu nos europeus um traço comum a todos os dominadores coloniais e imperiais da história, o etnocentrismo. Mas no caso europeu esse traço tinha um fundamento e uma justificação peculiar: a classificação racial da população do mundo depois da América. A associação entre ambos os fenômenos, o etnocentrismo colonial e a classificação racial universal, ajudam a explicar por que os europeus foram levados a sentir-se não só superiores a todos os demais povos do mundo, mas, além disso, naturalmente superiores. Essa instância histórica expressou-se numa operação mental de fundamental importância para todo o padrão de poder mundial, sobretudo com respeito às relações intersubjetivas que lhe são hegemônicas e em especial de sua perspectiva de conhecimento: os europeus geraram uma nova perspectiva temporal da história e re-situaram os povos colonizados, bem como a suas respectivas histórias e culturas, no passado de uma trajetória histórica cuja culminação era a Europa. (p.121)
  • 12. De acordo com essa perspectiva, a modernidade e a racionalidade foram imaginadas como experiências e produtos exclusivamente europeus. Desse ponto de vista, as relações intersubjetivas e culturais entre a Europa, ou, melhor dizendo, a Europa Ocidental, e o restante do mundo, foram codificadas num jogo inteiro de novas categorias: Oriente-Ocidente, primitivo-civilizado, mágico/mítico- científico, irracional-racional, tradicional-moderno. Em suma, Europa e não- Europa. a versão eurocêntrica da modernidade e seus dois principais mitos fundacionais: um, a idéia-imagem da história da civilização humana como uma trajetória que parte de um estado de natureza e culmina na Europa. E dois, outorgar sentido às diferenças entre Europa e não-Europa como diferenças de natureza (racial) e não de história do poder. Ambos os mitos podem ser reconhecidos, inequivocamente, no fundamento do evolucionismo e do dualismo, dois dos elementos nucleares do eurocentrismo. O notável disso não é que os europeus se imaginaram e pensaram a si mesmos e ao restante da espécie desse modo –isso não é um privilégio dos europeus– mas o fato de que foram capazes de difundir e de estabelecer essa perspectiva histórica como hegemônica dentro do novo universo intersubjetivo do padrão mundial do poder. (p.122)
  • 13.
  • 14. Hierarquias e desigualdades • O capitalismo tem necessidade de uma hierarquia. (...) o capitalismo não inventa as hierarquias, utiliza-as, do mesmo modo que não inventou o mercado ou o consumo. Ele é, na longa perspectiva da história, o visitante da noite. Chega quando tudo já está em seus devidos lugares. Por outras palavras, o problema em si da hierarquia supera-o, transcende-o, comanda-o de antemão. • Ora, esse mundo afirma-se sob o signo da desigualdade. A imagem atual – países prósperos, de um lado, países subdesenvolvidos, do outro – já é verdadeira, mutatis mutandis, entre os séculos XV e XVIII. É claro (...), os países prósperos e os países pobres não permaneceram imutavelmente os mesmos; a roda girou. Mas, em sua lei, o mundo praticamente não mudou: continua, no plano estrutural, repartido entre privilegiados e não-privilegiados. Existe uma espécie de sociedade mundial, tão hierarquizada quanto uma sociedade ordinária e que é como a sua imagem ampliada mas reconhecível. Microcosmo e macrocosmo têm, em última análise, a mesma textura.
  • 15. Economia-Mundo e Divisão Internacional do Trabalho (DIT) Uma vez mais, há interesse em fixar o vocabulário. Com efeito, necessitaremos utilizar duas expressões: economia mundial e economia-mundo, a segunda mais importante ainda do que a primeira. Por economia mundial entende-se a economia do mundo considerada em seu todo, o “mercado de todo o universo”, como já dizia Sismondi. Por economia-mundo, palavra que forjei a partir do vocábulo alemão Weltwirtschaft, entendo a economia de somente uma porção do nosso planeta, na medida em que essa porção forma um todo econômico. Escrevi, já faz tempo, que o Mediterrâneo do século XVI era, por si só, uma Weltwirtschaft, uma economia-mundo;
  • 16. Centro “O esplendor, a riqueza, a alegria de viver, reúnem-se no centro da economia-mundo, em seu núcleo. É aí que o sol da história faz brilhar as cores mais vivas, é aí que se manifestam os preços altos, os salários altos, os bancos, as mercadorias “reais”, as indústrias lucrativas, as agriculturas capitalistas; é aí que se situam o ponto de partida e o ponto de chegada dos extensos tráficos (...) As técnicas de ponta também aí estão, habitualmente, e a ciência fundamental acompanha-as, está com elas. As “liberdades” aí se alojam, não sendo inteiramente mitos nem inteiramente realidades”.
  • 17. Zona Intermediária (Semi-Periferia) Esse nível da existência baixa de um tom quando se atinge os países intermediários, esses vizinhos, esses concorrentes, esses êmulos do centro. Aí, poucos camponeses livres, poucos homens livres, trocas imperfeitas, organizações bancárias e financeiras incompletas, mantidas freqüentemente do exterior, indústrias relativamente tradicionais. Por muito bela que a França pareça ser no século XVIII, o seu nível de vida não se compara com o da Inglaterra. John Bull, “superalimentado”, comedor de carne, calça sapatos; e o francês Jacques Bonhomme, franzino, comedor de pão, macilento, envelhecido prematuramente, calça tamancos.
  • 18. Periferia Mas como se está longe da França quando se aborda as regiões marginais! Por volta de 1650, para usar um ponto de referência, o centro do mundo é a minúscula Holanda ou, melhor, Amsterdam. As zonas intermediárias, as zonas segundas, são o resto da Europa muito ativa, ou seja, os países do Báltico, do mar do Norte, a Inglaterra, a Alemanha do Reno e do Elba, a França, Portugal, Espanha, a Itália ao norte de Roma. E as regiões marginais são, ao norte, a Escócia, a Irlanda, a Escandinávia, toda a Europa a leste de uma linha Hamburgo- Veneza, a Itália ao sul de Roma (Nápoles, a Sicília); enfim, além- Atlântico, a América europeizada, margem por excelência. Se excetuarmos o Canadá e as colônias inglesas da América em seus começos, o Novo Mundo está por inteiro sob o signo da escravatura. Do mesmo modo, a margem da Europa central, até à Polônia e além, é a zona da segunda servidão, ou seja, de uma servidão que, depois de ter quase desaparecido como tal no Ocidente, aí foi restabelecida no século XVI.
  • 19. A estrutura da economia-mundo (Wallerstein) • Ao longo do tempo, os loci das atividades económicas vão mu- dando... Daí a razão por que algumas áreas "progridem" e outras "regridem". Mas o fato de Estados específicos mudarem sua posição na economia mundial, da semiperiferia para o núcleo orgânico, digamos, ou vice-versa, não muda, em si mesmo, a natureza do sistema. Essas mudanças serão registradas por Es- tados individualmente, como "desenvolvimento" ou "regressão". O fator-chave a observar é que, no interior da economia capitalista mundial, por definição, os Estados não podem todos "se desenvolver" simultaneamente, já que o sistema funciona graças à existência de regiões desiguais de núcleo orgânico e de periferia (Wallerstein, 1979:60-61; em itálico no original).
  • 20. Em resumo, (...) a economia-mundo européia, em 1650, é a justaposição, a coexistência de sociedades que vão desde a sociedade já capitalista, a holandesa, até às sociedades servis e escravistas, no fundo da escala. Essa simultaneidade, esse sincronismo., fixam todos os problemas ao mesmo tempo. De fato, o capitalismo vive dessa sobreposição regular: as zonas externas alimentam as zonas medianas e, sobretudo, as centrais. (p. 60) Essa tese é uma explicação diferente do habitual modelo sucessivo: escravatura, servidão, capitalismo. Postula uma simultaneidade, um sincronismo singular demais para não ser de grande alcance.
  • 21. Periferia América Central, Caribe, Região Andina, África, Oriente Médio, Ásia Central e Sul. Semi- periferia (México, Brasil, Turquia, Polônia, África do Sul, China, Índia) Centro (Europa, América do Norte, Japão) Agricultura de subsistência, exportação de commodities Indústrias tradicionais, commodities Indústrias intensivas em capital e tecnologia, Finanças, Serviços Tecnológicos A Divisão Internacional do Trabalho entre Nações
  • 22. Sistema Mundo do ponto de vista da concentração do capital Centro Semi- periferia Semi- periferia Periferia Periferia Periferia
  • 23. Centro Semi-Periferia Força de trabalho predo// BRANCA (europeia); assalariamento; elevada qualificação e remuneração Formação Mista e Hierárquica (Ame Lat: BRANCOS no topo); assalariamento parcial + informalidade Força de Trabalho predo// NÃO- BRANCA; escravidão, servidão, subsistência.; baixa qualificação e renda Periferia Divisão Social e Divisão Racial do Trabalho – Quijano/Arrighi/ Wallerstein