O documento descreve as principais contribuições da cultura romana para a arquitetura, incluindo novas técnicas construtivas como arcos e abóbadas, a exploração de possibilidades funcionais e a extrema criatividade tipológica. Também discute Vitrúvio e a primeira tentativa de definir a essência da arquitetura em termos de firmitas, utilitas e venustas, e como isso levou ao conceito de tipo arquitetônico.
Essa apresentação de slides é sobre a Arquitetura do Egito na antiguidade. Ela foi feita para o primeiro ano do Ensino Médio. Feito pela Ketlin Sauer, Ana Carolina Metz, Andressa Dal Molin Feijó e Bruna Budke
Essa apresentação de slides é sobre a Arquitetura do Egito na antiguidade. Ela foi feita para o primeiro ano do Ensino Médio. Feito pela Ketlin Sauer, Ana Carolina Metz, Andressa Dal Molin Feijó e Bruna Budke
Aula 10 arte e arquitetura romana [revisado em 180514]
1. ROMA
na arte e na arquitetura
Arco de Constantino.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:RomeConstantine%27sArch03.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
2. INTRODUÇÃO
Loba Capitolina: Segundo a lenda, o animal teria amamentado os
gêmeos Rômulo e Remo. Rômulo mais tarde mataria Remo e fundaria a cidade
de Roma sobre o Monte Palatino em 753 a.C.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:%C5%98%C3%ADm,_kapitolsk%C3%A1_vl
%C4%8Dice.jpg
A epopeia da Roma Antiga começa com sua
fundação em 753 a.C. a partir de um pequeno centro
comercial no Lácio, que passa, em seguida, a ser a
potência terrestre da Itália e a potência marítima do
Mediterrâneo, adquirindo um valor simbólico quase
mitológico que não cessou desde a Antiguidade até
hoje. A civilização romana é agrupada na
"antiguidade clássica" com a Grécia Antiga, uma
civilização que, junto com a civilização etrusca e as
muitas outras civilizações que os romanos
conquistaram e assimilaram, inspirou grande parte
da cultura da Roma Antiga. A Roma antiga contribuiu
grandemente para o desenvolvimento do direito,
governo, guerra, arte, literatura, arquitetura,
tecnologia, religião.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
3. CRONOLOGIA DA ANTIGA ROMA
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
MONARQUIA ETRUSCA REPÚBLICA ALTO IMPÉRIO BAIXO IMPÉRIO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE
IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE
753 – 509 a.C. 509 – 27 a.C. 27 a.C. – 192 d.C 193 - 284 284
Dinastia Tarquínia Guerras Púnicas Impérios Augustino
Impérios Júlio-Claudino
Impérios Flavianos
Impérios Antoninos
Período Severiano Impérios Constantino
Impérios Valentino
Império de Teodósio
• Mito sobre a fundação de Roma
(Romulo e Remo).
• Fusão dos povos indo-europeus: os
Etruscos com o militarismo; Latinos
com a língua; e, os Gregos com a
mitologia.
• 509 a.C. fundação da república. A
cidade se dividia entre
os patrícios e plebeus, após a
deposição da Dinastia Tarquínia.
(Etruscos).
• 326 a.C construção do Circo
Máximo, 1º Aqueduto, e Via Ápia.
• 73 a.C. rebelião liderada por
Spartacus.
• 63 a.C. anexação da Palestina.
• 59 a.C. 1º Triunvirato (Júlio César,
Pompeu e Marco Licínio Crasso).
• 49 a.C. Júlio César se declara
ditador.
• 47 a.C. César invade o Egito e
proclama Cleópatra como rainha.
• 45 a.C. O ditador contratou o
astrônomo egípcio Sosígenes para
criar um novo calendário de 12
meses (calendário Juliano).
• 44 a.C. César foi assassinado por
um complô do senado, liderado por
seu sobrinho e filho adotivo Bruto.
• 43 a.C. 2º Triunvirato.
• 30 a.C. Derrotada em seu complô
ao lado de Marco Antônio para
derrotar Otaviano. Cleópatra
cometeu suicídio e o Egito foi
anexado ao Império Romano.
• Em 27 a.C., Otaviano recebeu o
título de Augusto. Nos 41 anos de
seu reinado, Otaviano acabou com
um século de conflitos e iniciou um
período de 200 anos de paz e
prosperidade, a chamada Pax
Romana.
• Anno Domini (ano 1) Jesus nasceu
em Belém, na Judéia.
• 37 com a morte do
imperador Tibério, assumiu em seu
lugar Calígula. Ele nomeou seu
cavalo Incitatus senador do
império.
• 64 Incêndio de Roma. Uma das
versões sobre as causas do incêndio
aponta o próprio imperador Nero,
que culpou os cristãos.
• 70 Tito destruiu Jerusalém. Os
judeus fugiram e se espalharam
para a Armênia, o Iraque, o Irã,
o Egito, a península Itálica,
a Grécia e a península Ibérica.
O Segundo Templo foi destruído.
• 24/8/79 erupção do Vesúvio que
soterrou as cidades
de Pompeia e Herculano.
• 126 Sob o governo de Adriano foi
concluída a muralha, entre
a Britânia e o território dos pictos,
atual fronteira entre Inglaterra e
Escócia.
• 193-285 Crise do século terceiro.
• 212 O imperador Caracala fez
a Constitutio Antoniniana (também
conhecida como Édito de Caracala,
ou Édito de 212, na qual concedia
a cidadania romana a todos os
habitantes livres do império).
• Diocleciano e a Tetrarquia 284 –
306.
• Guerras civis do século IV (306 –
324).
• Império de Constantino O Grande
(306 -337).
• 13 Com o Édito de Milão, o
imperador Constantino I acabou
com a perseguição aos cristãos e
declarou que o império não tem
mais uma religião oficial.
• 330 O imperador Constantino I
reconstruiu a cidade grega de
Bizâncio (atual Istambul), como sob
o nome de Constantinopla.
• 395 a divisão do império por
Teodósio entre seus dois filhos.
Flávio Augusto Honório ficou com o
Ocidente e Arcádio com o Oriente.
• 452 Liderado por Atila,
os hunos invadiram a península
Itálica, mas não chegaram a Roma.
• 476 Odoacro, líder dos bárbaros
germânicos Hérulos derrubou Rôm
ulo Augusto, o último imperador
romano. Os historiadores
consideram este evento como o
FIM DO IMPÉRIO ROMANO DO
OCIDENTE E O INÍCIO DA IDADE
MÉDIA. O Império Romano do
Oriente, com capital
em Constantinopla, ainda duraria
quase mil anos, até 1453.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
4. CRONOLOGIA DA ANTIGA ROMA
Mapa da civilização etrusca.
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Civilizacion_etrusca.
png
Mapa de Roma no período republicado, século IV a.C.
Fonte: http://clasesociales7.blogspot.com.br/2010_03_01_archive.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
5. CRONOLOGIA DA ANTIGA ROMA
Mapa do crescimento do Império Romano.
Fonte: http://fazendohistorianova.blogspot.com.br/2013/08/civilizacao-romana.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
6. CRONOLOGIA DA ANTIGA ROMA
Mapa do divisão do Império Romano e das invasões bárbaras.
Fonte: http://mediateca.cl/900/geografia/maphisantigua.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
7. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
1. AS NOVAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS de arcos e abóbadas, que reduzem as colunas e arquitraves
a motivos decorativos.
Essa nova forma de encarar a arquitetura SUPERA O CONCEITO DE ORDEM estabelecida pelos
gregos como forma de controle, pois exige um conceito mais complexo para controlar a
produção tectônica (arte de construir edifícios), o de TIPO.
2. A EXPLORAÇÃO DAS POSSIBILIDADES FUNCIONAIS, que revolucionaram não apenas a forma de
abordar a arquitetura doméstica, mas também multiplicaram os conteúdos de lazer e institucionais
que a arquitetura pública deve enfrentar.
3. A EXTREMA CRIATIVIDADE TIPOLÓGICA , que faz de sua obra uma enciclopédia morfológica da
arquitetura, com uma escala monumental, uma poderosa concepção espacial e uma clara definição
dos grandes volumes.
FIRMITAS – UTILIDAS – VENUSTAS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
8. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
1. Vitrúvio e a tratadística romana
Sendo oral em um contexto limitado no tempo e no espaço,
é preciso decodifica-la para que possa ser transmitida
quando o dito contexto espaço-temporal se expandir.
SURGEM então, no final do período helenístico e continuarão
na etapa romana, OS TEXTOS, MANUAIS OU TRATADOS que
tentam resumir e sintetizar o conhecimento arquitetônico
comum para garantir sua correta transmissibilidade. Nasce a
teoria da arquitetura, e são escritos vários tratados, quase
todos desaparecidos, conservando somete um, “OS DEZ
LIVROS DA ARQUITETURA” de MARCO VITRÚVIO POLIÃO,
arquiteto da época de Augusto.
CAPA DO TRATADO DE VITRÚVIO TRADUZIDO PARA O
PORTUGUÊS DIRETO DO LATIM. O livro de Vitrúvio se
converte numa espécie de bíblia laica da arquitetura para
se consultar e fundamentar a autoridade de posturas
culturais e formais muito diversas. Veneração superada
nos nossos dias.
Fonte: http://istpress.tecnico.ulisboa.pt/node/350
Redefinição dos instrumentos da arquitetura.
A. Transmissão da cultura arquitetônica.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
9. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
1. Vitrúvio e a tratadística romana
Redefinição dos instrumentos da arquitetura.
B. A essência da arquitetura.
Vitrúvio apresenta a primeira tentativa de découpage da essência da arquitetura, e faz referencia à
três fatores que devem representá-la:
"Em toda arquitetura deve-se levar em conta sua solidez, sua utilidade e sua
beleza" (VITRÚVIO). Em latim, firmitas, utilidas e venustas, e que hoje devem ser
pensados através dos seguintes sinônimos:
FIRMITAS = SOLIDEZ = estabilidade, tecnologias e conforto.
UTILITAS = UTILIDADE = finalidades funcionais, sociais, pessoais e psicológicas.
VENUSTAS = BELEZA = forma, proporção e escala.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
10. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
1. Vitrúvio e a tratadística romana
FIRMITAS, UTILIDAS E VENUSTAS devem estar presentes e integrar-se com
equilíbrio no processo arquitetônico. A alteração desse equilíbrio produz erros
arquitetônicos.
Redefinição dos instrumentos da arquitetura.
B. A essência da arquitetura.
Do entendimento desses componentes e de sua integração arquitetônica se
deriva indiretamente o CONCEITO DE TIPO.
É o EQUILÍBRIO CORRETO e a ponderação entre os três componentes da época
de Vitrúvio, que garante o caráter da obra arquitetônica.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
11. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
2. O conceito de tipo
O tipo arquitetônico é o conjunto que combina os três elementos Vitruviano. Isto é, será tipo
arquitetônico toda combinação ou conjunção de uma determinada utilitas e uma
determinada firmitas, expressada de acordo com uma venustas determinada.
TIPO (REGRA IDEAL) ≠ ORDEM (REGRA GERAL)
O TIPO é o OBJETO a partir do qual podem ser CONCEBIDAS OBRAS DIFERENTES entre SI.
O TIPO é uma IDEIA que constitui a uma BASE para IMITAÇÃO, cuja ESSÊNCIA é um
princípio elementar, uma espécie de NÚCLEO, que se apresenta diferente em cada cultura.
A IMITAÇÃO do TIPO, DIFERENTEMENTE da CÓPIA de um MODELO, pode conduzir a
INÚMERAS POSSIBILIDADES de finalização, dependendo do CONTEXTO de cada PROJETO.
O TIPO é a IDEIA GENÉRICA, PLATÔNICA, ARQUETÍPICA, a FORMA BÁSICA da
ARQUITETURA.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
12. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
2. O conceito de tipo
A dinâmica de um tipo nos assinala uma evolução, e essa evolução tipológica NOS
PROPORCIONAM NOVAS CHAVES DE LEITURA ARQUITETÔNICA que transpassam a
origem tipológica para adquirir uma relevância histórica muito superior.
ANÁLISE TIPOLÓGICA DA ARQUITETURA
A análise tipológica vê um objeto arquitetônico constituído por partes: firmitas,
utilitas e venustas.
A análise tipológica pretende compreender o método projetual.
A análise tipológica observa a sucessão histórica nas transformações do edifício.
IMPORTANTE: No transcorrer da história da arquitetura, a análise tipológica do edifício e morfológica da cidade terão outras abordagens teóricas.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
13. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
3. Adaptabilidade das Ordens Clássicas
Gregas x Romanas.
Enquanto um império pagão, os romanos
utilizaram o modelo do templo grego para seus
próprios templos, adaptando as ordens aos seus
conceitos arquitetônicos e criando assim, a
versão romana das ordens clássicas gregas.
Embora os romanos tenham tido uma
preferencia clara por ordens mais rebuscadas
como a coríntia e a compósita, a ordem dórica e
a jônica também sofreram adaptação. As
diferenças são sutis e a maior parte delas
está nos entablamentos.
Ordem dórica grega e versão romana a direita.
Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2012/12/as-ordens-romanas.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
14. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
3. Adaptabilidade das Ordens Clássicas
Gregas x Romanas.
A divisão de ordens entre gregas e romanas é muito mais
uma forma de organização didática do que propriamente
uma verdade estabelecida. As ordens foram se aprimorando
e se transformando independente do domínio ou influência
romano. Dificilmente veremos, por exemplo, dois capiteis
coríntios, de templos diferentes exatamente iguais.
Sempre houve diferenças por mais sutis que fossem,
isso ressalta a CAPACIDADE LINGUÍSTICA DAS
ORDENS, tanto gregas quanto romanas.
Interpretação linguística das ordens. Pórtico da entrada do Jardim Botânico Real de Madrid, Espanha. Projeto do arquiteto Francisco Sabatini, neoclássico espanhol (1774).
Francisco Sabatini participou junto com Juan de Villanueva do projeto da Praça Maior de Madrid.
Fonte: http://www.arteespana.com/franciscosabatini.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
15. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
3. Adaptabilidade das Ordens Clássicas
As ordens romanas.
• A ordem Toscana
A arquitetura etrusca deixou uma herança representativa para a
arquitetura romana: arquitetura tumular, arcos e abóbadas, muralhas e
cidades fortificadas, são o principal. De maneira que os etruscos
utilizavam sistemas de colunas e essas colunas se assemelhavam com
as colunas da ordem dórica grega. Posteriormente, a arquitetura
romana fez uso da ordem toscana em determinados projetos, porém,
é aqui que temos que ter muito cuidado. O fato da ordem toscana ser
similar a ordem dórica grega, pode gerar comparações, e podemos
até arriscar uma influência indireta, já que é sabido que os etruscos
mantinham fortes relações comerciais com povos estrangeiros, como
os gregos. Mas defini-la com uma origem grega seria especulação.
Arcada de ordem dórica. Gravura a
água forte. Vignola "Regola Delli Cinque
Oodini D'Architettura", Roma 1562.
Fonte:
http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013
/04/o-conjunto-arco-e-ordens-pela.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
16. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
3. Adaptabilidade das Ordens Clássicas
As ordens romanas.
• A ordem Toscana
Representação da ordem toscana por Iacomo Barozzi da Vignola. "Regola delli cinque ordini d´architettura",
gravura a água-forte. Roma, 1562.
Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/07/ordem-toscana.html
Já o uso da ordem toscana pelos
romanos muitas vezes é
interpretado como uma variação
dórica, definida como
protodórica. Porém há
características específicas da
ordem toscana que a
diferenciam da dórica, seja em
tempos de domínio romano, seja
em classicismos posteriores.
FUSTE SEM
CANELURAS E
COLUNA COM BASE
ENTABLAMENTO
MAIS SIMPLES, SEM
TRIGLIFOS E
MÉTOPAS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
17. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
3. Adaptabilidade das Ordens Clássicas
As ordens romanas.
• A ordem Compósita
Reconstituição do capitel do templo de Zeus, em Ezânia. Uma fileira de acantos
na parte inferior do capitel e volutas jônicas na parte superior.
Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/07/ordem-
composita.html
A ordem compósita foi abordada pela primeira vez
por Leon Batista Alberti em seu tratado “De
Aedificatoria Libri Decem”, de 1452, com o nome de
ordem itálica, passando a ser identificada como uma
ordem a partir daí. Porém, suas origens remontam a
arquitetura romana. A ordem compósita apresenta
diversas variações e sua identificação leva em
consideração a existência de pelo menos uma
fileira de folhas de acanto na base do capitel e
em seu topo as volutas jônica.
ACANTOSVOLUTAS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
18. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
3. Adaptabilidade das Ordens Clássicas
As ordens romanas.
• A ordem Compósita
Comparação dos entablamentos jônico, coríntio e compósito. Todos dentro dos padrões romanos.
Observem as semelhanças entre os três entablamentos. Os elementos são reorganizados e possuem variações em termos
da escala e ornamentação, porém são os mesmos entre si. Esta similaridade faz com que a identificação acabe se dando
muito mais pelo capitel do que pelo entablamento ou base, que também segue o mesmo padrão.
Fonte: http://arquiteturaclassica.blogspot.com.br/2013/07/ordem-composita.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
19. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Exemplo de Opus Caementicium em uma antiga tumba na Via Ápia em Roma. A
cobertura original foi removida.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:OpusCaementiciumViaAppiaAntica.jpg
4. Elementos e materiais
Trabalho em concreto.
• Opus Caementicium opus (significa obra).
CIMENTO HIDRÁULICO, derivado de depósitos
vulcânicos encontrados originalmente nos arredores
de Puteoli (atual Pozzuoli) e denominados de
POZOLANA. Os romanos descobriram que, ao
misturar a pozolana com cal, pedregulho e
água, obtinham uma mistura que sofria reações
químicas e enrijecia até chegar a uma consistência
semelhante à da pedra, inclusive sob a água,
nas quais os construtores romanos começaram a
aproveitar a resistência superior da pozolana.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
20. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Os quatro tipos de corte e arranjo das pedras no Opus Siliceum.
Fonte: http://www.articolo9.org/mura%20poligonali2.html
Trabalho em pedra.
• Opus Siliceum opus (significa obra).
Técnica caracterizada pela sobreposição de
grandes blocos de pedra bruta, sem o uso
de argamassa: o peso dos blocos é que
garante a estabilidade da estrutura. Sua
origem está na alvenaria ciclópica das
muralhas, porém com o tempo o tamanho
dos blocos diminuiu e sua forma se tornou
regular, passando a ser utilizado em obras
públicas. Este tipo de alvenaria, a partir de
Roma, também é chamada poligonal.
4. Elementos e materiais
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
21. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Opus Quadratum. A – Bloco cúbico ou opus quadratum isodome (meia alvenaria); B – Bloco duplo
(alvenaria inteira); e, C – Bloco meio-cúblico (1/4 de alvenaria).
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20romano/roma007.jpg
4. Elementos e materiais
Trabalho em pedra.
• Opus Quadratum opus (significa obra).
Alvenaria de pedra composta por
blocos, mais ou menos regulares, e
assentes em fileiras, geralmente sem
o uso de argamassa. Esta técnica de
construção foi usada pelos gregos e
romanas do século VI a.C.
Os blocos de pedras grandes medem
70x40x40 cm na base horizontal.
Quando a pedra tem todos os lados
iguais é dita opus quadratum isodome.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
22. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Alvenarias: Opus
Siliceum (sem
argamassa), Opus
Incertum
(concreto).
Fonte:
http://editorial.cda
.ulpgc.es/estructur
as/construccion/Fo
tos/fotos%20roma
no/roma008.jpg
4. Elementos e materiais
Trabalho em pedra.
• Opus Incertum opus (significa obra).
Tipo de alvenaria feita com pedras
irregulares e empregada
principalmente nos últimos anos da
República Romana. As pedras eram
assentes como uma boa dose de
argamassa, e muitas vezes são
empregadas para compor o
enchimento do miolo das paredes
(espécie de concreto).
Alvenaria Opus Incertum
em Pompéia.
Fonte:
http://commons.wikimedi
a.org/wiki/File:Pompeii_b
uilding_16.jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
23. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Opus Reticulatum no aqueduto de Gier .Ponte Jurieux em Saint-Maurice-
sur-Dargoire .
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aqueduc_du_Gier-
Saint_Maurice_sur_Dargoire-Pont_de_Jurieux.JPG
4. Elementos e materiais
Trabalho em pedra.
• Opus Reticulatum opus (significa obra).
Opus Reticulatum.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructura
s/construccion/Fotos/fotos%20romano
/roma009.jpg
Tipo de alvenaria feita com
pequenos blocos de pedra em
forma piramidal (15 cm de
lado) assente em ângulo. A
parte interna do bloco era
talhada de maneira
pontiaguda para melhor
fixação. Referimo-nos ao termo
Opus Quasi Reticulatum
quando a disposição das pedras
e feita de maneira irregular.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
24. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
4. Elementos e materiais
Trabalho em barro.
• Opus Latericium e Testaceumopus (significa obra).
Tumba em Opus Testaceum na Via Ápia em Roma.
Fonte: http://it.wikipedia.org/wiki/Opera_laterizia
Detalhe do piso do caminho de Trajano em Opus Spicatum.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:OpusSpicatumRomaMercatiTraianei.jpg
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20romano/roma011.jpg
O OPUS LATERICIUM é um tipo de
alvenaria feita com adobe, tijolo seco
ao sol, ou denominado OPUS
TESTACEUM quando a técnica é feita com
tijolo cozido. Quando os tijolos são
assentes inclinados em “espinha de
peixe”, dizemos OPUS SPICATUM.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
25. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
5. A construção romana
As formas da construção romana surgem de uma nova linguagem baseada na conquista real, e na
mudança de paradigma sobre o elemento expressivo específico da arquitetura: O ESPAÇO.
AS FORMAS da construção romana.
• Arquitetura grega:
O conceito de espaço se limita a uma articulação plástica de superfícies exteriores e de
volumes expostos como um objeto puramente decorativo.
• Arquitetura romana:
O espaço passa a ser visto como o lugar concreto da ação e da experiência humana, ele se
torna o objeto mesmo da expressão formal.
O espaço é definido pelas paredes como invólucros da forma. A arquitetura é uma
expressão do espaço que se desenvolve através da criação de um interior. (VER ZEVI)
Essa concepção da arquitetura é a expressão privilegiada do uso do concreto, do arco e da
abóbada como princípio construtivo.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
26. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
5. A construção romana
O SISTEMA ESTRUTURAL.
• Arquitetura grega:
Utilização do dispositivo estrutural retilíneos, submetidos à ação de compressão, através
da superposição de elementos horizontais sobre verticais (arquitetura adintelada).
• Arquitetura romana:
Construção a partir do dispositivo estrutural curvilíneo, melhor adaptado para reforçar e
ampliar o interior dos edifícios garantindo espaços contínuos.
Utilização do concreto, e a aplicação da técnica de construção com abóbadas e de cúpulas
e alta escala. Características da arquitetura romana (arquitetura abobadada).
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
27. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Características da arquitetura romana.
Escala monumental.
5. A construção romana
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Alta concepção espacial e adaptabilidade
estrutural – funcional – estética.
Definição de grandes volumes a partir do
espaço interior.
Arquitetura abobadada.
28. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
5. A construção romana
O arco pleno ou de meio ponto.
Esquemas dos arcos Etrusco e Romano.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/Fotos/fotos%20romano/roma018.jpg
O arco leva a arquitetura superar a estruturada em dintel com
dois apoios verticais. Este elemento foi herdado dos Etruscos. O
processo inicial foi o de superposição de aduelas em
cunha ao redor de meio círculo, com um fechamento
central chamado chave. Com o tempo, romanos elaboram
peças inteiras ou partes maiores. O arco funciona em compressão
e transporta o peso da construção para os pilares de suporte e
para os lados (impulso lateral e diagonal), que são suportados por
contrafortes, permitindo a abertura de vãos maiores sem risco
de colapso.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
29. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
5. A construção romana
O arco pleno ou de meio ponto.
Representação esquemática do arco. 1 - CHAVE: Bloco superior ou aduela de
topo que “fecha” ou trava a estrutura e pode ser decorada; 2 - ADUELA:
Bloco em cunha que compõe a zona curva do arco e é colocada em sentido
radial com a face côncava para o interior e a convexa para o exterior; 3 -
EXTRADORSO: Face exterior e convexa do arco; 4 - IMPOSTA: Bloco superior
do pilar que separa o pé-direito do bloco de onde começa a curva, a aduela
de arranque. É sobre a imposta que assenta esta primeira aduela que tem
pelo menos um dos lados (junta) horizontal; 5 - INTRADORSO: Face interior e
côncava do arco; 6 - FLECHA: Dimensão que se prolonga desde a linha de
arranque (delimitada pela imposta e pela aduela de arranque) até à face
interior da chave. Esta área pode ser tapada dando lugar a um tímpano; 7 -
LUZ: Vão, largura do arco, geralmente maior que a sua profundidade. A
relação entre a flecha e a luz é geralmente traduzida numa fracção; 8 -
CONTRAFORTE: Muro que suporta a impulsão do arco. Caso não exista uma
parede esta impulsão pode ser recolhida por outro arco lateral e assim
sucessivamente (arcada).
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Arch_illustration.svg
Também dito de volta inteira, de volta redonda,
redondo, de pleno centro, romano: semicircunferência
formada a partir de um só centro descrevendo
um ângulo de 180º. O valor da flecha (ou altura) é a
metade do valor da luz (abertura ou vão).
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
30. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Imagem que ilustra a abóbada de canhão como sucessivos arcos plenos, e na parte superior a técnica de
arcos diretos e placas transversais com uma capa de concreto.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/12_romano/c122.htm
5. A construção romana
A abóbada de canhão ou de berço.
Os romanos fizeram largo uso da abóbada de canhão, que
no início era implantada como sucessivos arcos plenos
independentes. Com a chegada do concreto, a
abóbada de canhão foi feita mediante arcos
diretores de pedra, sobre o qual de colocavam
placas de pedra transversalmente. Por cima destas
placas se vertia o concreto que aumentava de
espessura na jusante (parte mais baixa) do arco.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
ARCO DIRETOR
31. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Abóbada de concreto erguida sobre estrutura de blocos de barro.
Fonte:
http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/12_romano/c122.htm
5. A construção romana
A abóbada de canhão ou de berço.
Porém a construção em canhão mais
engenhosa dos romanos foi mediante o uso
de arcos de blocos de barro cozido (Longum
Pedal), entrelaçados por blocos transversais (Sesqui
Pedal). Por cima desta estrutura também se vertia o
concreto (Opus Caementicium). A abóbada
concretada se mostrava como uma unidade
totalmente monolítica, e permitia a aplicação de
decoração na parte côncava.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
ABÓBADA CONCRETADA POR CIMA DOS BLOCOS DE BARRO.
32. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Traçado e construção da abóbadade aresta
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/12_romano/c122.htm
5. A construção romana
A Abóbada de aresta.
São duas abóbadas de canhão no mesmo plano horizontal que
se cruzam segundo retas geratrizes ortogonais. Este tipo de
abóbada libera a condição do apoio contínuo em dois lados, pois é
composta de quatro partes simétricas que repousam a carga sobre
quatro apoios. Desta forma é possível abrir maiores vãos de
iluminação enriquecendo a arquitetura com a iluminação zenital. Este
sistema resolve ainda a cobertura de grandes plantas quadras ou
retangulares. Seu uso se tornou corrente na era Severa, e o edifício tido
como marco construtivo é o Domus Aurea ou Palácio de Nero (60 d.C.).
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
33. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Traçado a abóbadade claustro.
Fonte: http://editorial.cda.ulpgc.es/construccion/construccion/Fotos/Bizantina/bizantina057.jpg
5. A construção romana
A Abóbada de claustro ou esquifada.
Resultante da intercessão de duas abóbadas de canhão
no mesmo plano horizontal que se cruzam segundo retas
geratrizes ortogonais. A interseção de uma abóbada de
claustro com um plano horizontal é um quadrado, por isso este
sistema de cobertura é propício para o fechamento de plantas
quadradas. Diferencia-se da abóbada de aresta porque nesta o
encontro das duas abóbadas de canhão resulta na formação de
triângulos esféricos salientes. Também chamada abóbada de
barrete de clérigo, abóbada de ângulo e abóbada de engras.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
34. O TERRITÓRIO DA ARQUITETURA ROMANA
CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA ROMANA PARA A ARQUITETURA
Vista do corte da cúpula hemisférica do Panteão de Roma
Fonte: http://relogiosdesol.blogspot.com.br/2009_02_01_archive.html
5. A construção romana
A Cúpula Hemisférica.
A cúpula é uma abóbada de diretriz curva, cuja
forma é gerada por um arco que gira em torno
de um eixo, de modo que tenha sempre seção
horizontal circular. Também chamada cúpula
hemisférica, abóbada de revolução e abóbada
esférica. Na maioria das vezes as cúpulas são calotas
esféricas. Muitas vezes tem no seu ponto mais alto
uma pequena lanterna, propiciando iluminação
zenital e pontual no interior do edifício. A superfície
que arremata externamente a cúpula chama-
se zimbório ou domo.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
35. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Ilustração do átrio de uma domus romana com detalhe do implúvio (cisterna que acomoda a água recolhia
pelo telhado)
Fonte: http://culturaclasicaieslosbatanes.blogspot.com.br/2008_04_01_archive.html
Casas urbanas.
A arquitetura romana pode ser tida também como a fusão da
tradição helenística e a oriental, e que chegou a desenvolver
complexos espaços dedicados a vida privada.
A VILLA: casa de campo ou suburbanas.
A DOMUS: habitação do cidadão com no
máximo dois pavimentos;
A INSULA: edifício de apartamentos;
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
36. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casas urbanas: A domus.
A domus costuma ter um ou dois pavimentos
praticamente fechados para o exterior e voltados
para o interior, agrupando seus cômodos de forma
axial e simétrica ao redor de um átrio, e um ou mais
pátios peristilo. As plantas com átrio seguem o modelo
italiano autóctone (etrusco) em que os principais cômodos
da casa ficavam diretamente voltados para este pátio central,
que permitia o acesso à iluminação zenital, o recolhimento
das águas da chuva para uma cisterna e a circulação de ar.
Essas moradias apresentam uma parede cega na fachada
principal, sem recuos em relação à calçada.
ÁTRIO
Esquema isométrico da domus primitiva, sem peristilo.
1. Entrada
2. Lojas
3. Átrio (hall)
4. Implúvio
5. Tablinum (passagem)
6. Horta
7. Triclinium (s.de jantar)
8. Alae (salas)
9. Cubiculum (quartos)
Fonte: http://fr.vikidia.org/wiki/Fichier:Domusitalica.svg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
37. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casas urbanas: A domus.
Dois cômodos se abrem para o átrio: a sala de jantar ou
tablinium; e a alcova com leito conjugal. O pátio
peristilo surge por influencia grega a partir do século II
a.C., transformando a tipologia da domus. Ao construir
o peristilo no fundo do átrio, este se converte em lugar
de trânsito e passa a agrupar ao seu redor as partes da
moradia mais acessíveis ao público. Considerando a
evolução tipológica da planta, a casa passa a ser
setorizada em espaços íntimos e social. As
fachadas eram planas e sem janelas, ou reservadas para
o comercio, com a incorporação do uso misto entre
privado e comercial.
Esquema em planta da domus com peristilo.
Fonte: http://www.dicat.unige.it/la_citta_sostenibile/med-ECO-
QUARTIER/WEB/INDEX3D6D.HTM
PERISTILO
ÁTRIO
DOMUS NO FINAL DA
REPÚBLICA (VIDA
ÍNTIMA)
DOMUS NO INÍCIO DA
REPÚBLICA (VIDA
SOCIAL)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
38. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casas urbanas: A domus.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
A INFLUÊNCIA GREGA no século II a.C. introduz na CASA
romano o PÁTIO como ÁREA de MAIOR IMPORTÂNCIA.
Casa do Fauno (isométrico), Região VI, Insula 12, Pompéia.
Fonte: http://rozsavolgyi.free.fr/cours/civilisations/pompei/p2.htm
JARDIM
PERISTILO
PÁTIO
PERISTILO
ÁTRIO
TETRASTILO
ÁTRIO
TOSCANO
(IMPLUVIO DO FAUNO DANÇANTE)
Este tipo de átrio não possui colunas.
Estátua em bronze (85 cm).
Fonte: http://www.telefonica.me.uk/faune.htm
39. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casas urbanas: A domus.
Esquema da domus imperial.
Fonte: http://paulcoulbois.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
40. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casas urbanas: A Insula.
Corte esquemático de uma insula. No canto superior esquerdo, um penico está
sendo despejado na rua abaixo. No canto inferior direito, um penico está sendo
esvaziado em um barril localizado debaixo de uma escada. Ambos os métodos de
eliminação de resíduos eram comuns na Roma antiga (com base em Macaulay).
Fonte: http://www.waterhistory.org/histories/rome/
A insula é uma tipologia doméstica
especulativa (aluguel) eminentemente
metropolitana, constituída por várias
habitações idênticas e sobreposta. Sua altura
era indefinida, até que um decreto de Augusto
limitou seu crescimento para aproximadamente
25 metros de altura (gabarito), com o objetivo
de diminuir a densidade habitacional (TO). Após
o incêndio de 64 d.C., Nero incentivou o
aumento habitacional com a multiplicação das
insulas, traças de forma simétrica ao longo de
ruas com colunatas e ao redor de praças
públicas. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
41. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casas urbanas: A Insula.
Os TABLINOS (ampla sala de
recepção), ambientes de uso
especial e altura diferente foram
ELIMINADOS desse tipo de
habitação.
Os PISOS TÉRREOS eram
normalmente usados para
COMÉRCIO e DEPÓSITO. O
abastecimento de ÁGUA só
chegava no PAVIMENTO TÉRREO
das INSULAS.
Eram construídas de TIJOLOS, NÃO
possuíam LATRINA, COZINHAS,
CHAMINÉS ou CASAS de BANHO.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Ilustração de uma Insula (isométrico).
Fonte: http://ivpompaelisalesiani.wikispaces.com/Paulo+Cortez
42. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casas urbanas: A Insula.
Ilustração de uma insula.
Fonte: http://historiadelartecbe.blogspot.com.br/2011/11/termas-y-arquitectura-domestica.html
Ruína de uma insula em Ostia, Lazio, Itália
Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Ostie
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
43. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casa de campo: A villa.
A villa procede da fazenda
tradicional. Ao contrário da
domus, de caráter centrípeto ou
introspectivo, sua orientação
está voltada para o exterior, e a
planta é mais variável. Os
recintos eram voltados para a
paisagem, para receber o sol no
inverno e a sombra no verão
(fachada norte – a insolação no
hemisfério norte é oposta a do
hemisfério sul).
Imagens da Villa Adriana à Tivoli.
Fonte:
http://www.linternaute.com/voyage/magazine/vesti
ges-empire-romain-en-occident/vue-sur-le-
canope.shtml
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
44. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casa de campo: A villa.
PLANTA DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DA VILLA ADRIANA
EM TIVOLI SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
FONTE: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Villa-
Hadriana-map.jpg
1. Villa republicana
2. Biblioteca
3. Hospitalia
4. Palácio de inverno
5. Praça douro
6. Teatro marítimo
7. Poecile
8. Pequena termas
9. Grande termas
10. Vestibulo
11. Viveiro
12. Jardim
13. Canope
14. Serapeum
15. Academia
16. Tour roccabruma
17. ?
18. ?
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
O CANOPO VIST
O PARA NORTE.
O TEATRO
MARÍTIMO.
45. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Casa de campo: A villa.
APARTAMENTOS
ABOBADADOS
CÔMODO
CENTRAL
Villa de Adriano, Tivoli, século II d.C.
JARDIM
PERISTILO
APARTAMENTOS
ABOBADADOS
VESTÍBULO
CUPULAR
PASSADIÇOS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
46. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
Palácios.
O palácio é a
monumentalização das
tipologias privadas.
Aconteceu a villa
monumental também
denominada villa, a
monumentalização da insula
denominada de palácio ou
palacete, e a domus
monumental que deu lugar
aos palácios imperiais
romanos.
Ilustração do Palácio de Diocleciano
em Split na Croácia, que foi concebido
como uma cidade ideal.
Fonte:
http://www.viajeros.com/diarios/split
/zona-split
Reconstituição da planta do palácio.
Fonte:
http://www.flickriver.com/photos/21
711359@N08/3968382691
O edifício em Split, Croácia, foi construído
pelo imperador romano Diocleciano, na virada do
século IV d.C.. A planta do palácio é um retângulo
(cerca de 160 x 190 m) com torres salientes nas
fachadas oeste, norte e leste. Ele combina qualidades
de uma luxuosa villa com as de um acampamento
militar, com seus enormes portões e torres de
observação. A PLANTA É O CENTRO DO CARDO E
DECUMANOS COMO CÉLULA DE IMPLANTAÇÃO
URBANA DA VIDA ROMANA, RESSALTANDO O
PRINCÍPIO DA QUADRIPARTIÇÃO DO ESPAÇO
URBANO ROMANO.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
47. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
1. Os espaços privados
OS TIPOS EDIFICADOS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Passeio virtual pelos espaços privados de Roma.
VIDEO 1_AULA 10_LA DOMUS ROMANA 3D (partes).wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2BiyZYEUEbE
VIDEO 2_AULA 10_Virtual Roman House Domitia Restitution 3D.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=24opWnfv8e4
48. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O Fórum.
O centro da vida pública em Roma se
concentrava no forae (fórum), um ESPAÇO
ABERTO RODEADO DE EDIFÍCIOS PÚBLICOS,
que serviam de local de reunião, podendo
ter sido UMA READAPTAÇÃO DA ÁGORA
GREGA. Partia do cardo e decumano, eixos centrais
que estruturavam a cidade romana. Neste espaço, as
funções comerciais, governamentais, judiciais e
religiosas se misturavam. Estruturalmente é uma
praça retangular, circundada várias construções
públicas. Era considerado o ponto de encontro mais
conhecido da Roma Antiga, localizado no pequeno
vale entre o Monte Palatino e o Monte Capitolino.
Imagem do glooge earth sob planta dos fóruns de roma por ordem de construção.
1. Fórum Boarium;
2. Fórum Romano;
3. Fórum de César;
4. Fórum de Auguste;
5. Fórum da Paz e do Fórum de Vespasiano;
6. Fórum de Nerva ou Fórum Transitorium;
7. Fórum de Trajano;
8. Fórum Holitorium.
Fonte: http://voyager-comme-ulysse.com/le-forum-romain/
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
49. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O Fórum.
O reinado de Constantino, O Grande,
durante o qual o império foi dividido
em duas fracções, a oriental e a
ocidental, presenciou a construção da
última grande amplificação da praça
com a Basílica de Magêncio (ou de
Constantino) em 312.
PLANTA DO FÓRUM DE TRAJANO. Este é o último (cronologicamente) dos fóruns
imperiais da Roma Antiga, construído a mando do imperador Trajano com os despojos de
guerra da conquista da Dácia (106 d.C.). O projeto do fórum é atribuído ao
arquiteto Apolodoro de Damasco, e sua planta é marcada pela simetria bilateral
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Foro_de_Trajano-planta.png
EIXO DE SIMETRIA
BILATERAL
FÓRUM DE
AUGUSTO
FÓRUM DE
CÉSAR
FÓRUM DE
NERVA
Detalhe da
abóbada de
canhão da
Basílica de
Constantino.
Fonte:
http://20261-
tothy.viagens
mil.com.br/fot
o/2234/#lp
FÓRUM DE
TRAJANO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
50. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
Planta na rês do solo da Basílica Úlpia no Fórum de Trajano.
Fonte:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Basilica_Ulpia_Rome_plan.jpg
As Basílicas.
A BASÍLICA ROMANA era um grande edifício
público, NO FÓRUM, onde ASSUNTOS DE
NEGÓCIOS OU JURÍDICOS ERAM TRATADOS. As
primeiras basílicas não tinha função religiosa e
TIPOLOGICAMENTE era uma derivação DA
UTILITAS DA STOA GREGA. A planta em geral era
retangular, com uma nave central e duas laterais mais
baixas, cujo desnível servia para iluminar o interior. A planta
era terminada por um semicírculo que servia de tribunal,
ou abside para abrigar uma estátua. Era como um templo
grego voltado para o interior, e tinha a intenção de
expressar a autoridade romana ao ignorar a escala humana.
NAVE CENTRAL
NAVES
LATERAIS
ENTRADA
ABSIDE
ABSIDE
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
51. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
PLANTA NA RÊS DO SOLO, PERFIL E ISOMÉTRICO DA BASÍLICA DE
MAGÊNCIO NO FÓRUM DE ROMA (312 d.C.). Após o Édito de Milão em 313
promulgado por Constantino, O Grande, o Império Romano adota o
cristianismo como religião e princípio de gestão. A partir de então a tipologia
arquitetônica da basílica é adaptada para novos templos (arquitetura
Paleocristã).
Fonte: http://www.flickriver.com/photos/8449304@N04/903261375/
As Basílicas.
NAVES
LATERAIS
NAVES
LATERAIS
NAVE CENTRAL
NAVE
CENTRAL
ABSIDE
VESTÍBULO
ENTRADA
ENTRADA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
52. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
As Basílicas.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Basílica Ulpia
53. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
Arco de Tito situado na Via Sacra no
Fórum de Roma. Coluna de Trajano na
entrada do Fórum de Trajano.
Fonte:
http://www.aboutroma.com/es/roma-
galeria-fotos/tito.html
http://arqueo.org/romano/imperador-
trajano.html
Os Arcos e Colunas.
O ARCO DO TRIUNFO é um tipo de monumento introduzido
pela arquitetura romana, que originalmente foi utilizado como
um símbolo da vitória de uma determinada batalha.
Simbolicamente é interpretado como um MENIR CLÁSSICO.
Porém, nem todos os arcos do triunfo
da Antiguidade sobreviveram, mas durante a Idade Moderna,
principalmente com o Neoclassicismo, eles foram usados como
modelo para a construção de novos monumentos urbanos, em
um contexto diferente do original. Os principais arcos do triunfo
clássico são: Arco de Tito; Arco de Sétimo Severo; Arco de
Constantino. A coluna comemorativa também se eleva como
um menir clássico, chegando a alcançar 30 metros de altura.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
54. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O Fórum.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Passeio virtual pelo Fórum Romano.
VIDEO 3_AULA 10_Foro Romano Ricostruzione 3D virtuale.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=X0NhUSHWOzU
VIDEO 4_AULA 10_The Roman Forum.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=S4PACYJKxic
55. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
Planta da Termas de Caracala.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Caracalla-Grundriss.jpg
As Termas.
Tipologicamente é UMA
RELEITURA COM A
AMPLIAÇÃO DA UTILITAS
DA PALESTRA GREGA.
Eram BANHOS PÚBLICOS,
PORÉM DE GESTÃO
PRIVADA, que
complementavam os
serviços de higiene com as
atividades esportivas e
socioculturais.
EIXO DE SIMETRIA AXIAL
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
56. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
As Termas.
Termas de Caracala.
Fonte: http://loslugarestienenmemoria.blogspot.com.br/2011_09_01_archive.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
CALDARIUM
NINFEO
SALA CENTRAL
FRIGIDARIUM
PALESTRA
SALAS DE
LEITURA
SOLARIUM
VESTIÁRIOS
VESTÍBULO
57. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O espetáculo para as massas: Teatros, Anfiteatros e Circo.
O Teatro Romano é a ampliação tipológica do teatro grego. Neste, menor valor é concedido ao coro
na sua função dramática, por isso, A ORQUESTRA DIMINUI DE TAMANHO E SE TORNA
SEMICIRCULAR. A sua função era servir de espaço para a encenação de peças teatrais.
TEATRO ROMANO DE MÉRIDA, Espanha. Fonte: http://vamosaeducarlos.blogspot.com.br/2012/10/analisis-de-el-teatro-romano-de-merida.html;
http://www.artelista.com/en/artwork/4068780799515182-teatroromanomeridaespana.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
58. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O espetáculo para as massas: Teatros, Anfiteatros e Circo.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
TEATRO ROMANO DE MARCELO.
Fonte: http://esteticateatral.wordpress.com/2013/06/02/ii-formas-visuales/
TEATRO GREGO DE EPIDAURO.
Fonte: http://www.whitman.edu/theatre/theatretour/epidaurus/epidaurus.htm
ORQUESTRA
CIRCULAR
ORQUESTRA
SEMICIRCULAR
59. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O espetáculo para as massas: Teatros, Anfiteatros e Circo.
O anfiteatro formalmente é um duplo teatro de planta elíptica, cercado por todos os
lados de arquibancada.
O espetáculo de luta e combates acontecia na parte central ou arena.
Interior do Coliseu Romano (Anfiteatro Flávio). Detalhe da arena e da estrutura do hipogeu com corredores e elevadores.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lint%C3%A9rieur_du_Colis%C3%A9e_(Rome)_(5839634487).jpg
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
60. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O espetáculo para as massas: Teatros, Anfiteatros e Circo.
PLANTA DO COLISEU ROMANO SOBRE IMAGEM DO GOOGLE EARTH.
FONTE: http://imperioromano-marius70.blogspot.com.br/2007/01/as-arenas.html
SEGUE PARA O
FÓRUM
ROMANO
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
61. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O espetáculo para as massas: Teatros, Anfiteatros e Circo.
Interior do Coliseu Romano (Anfiteatro Flávio). Detalhe das três ordens.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
HIERARQUIA das ORDENS:
No TÉRREO estava a ORDEM TOSCANA,
no 2º PAVIMENTO a ORDEM JÔNICA e no
ÚLTIMO a ORDEM CORÍNTIA.
COLUNAS CORÍNTIAS
COLUNAS JÔNICAS
COLUNAS TOSCANA
62. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Os espaços públicos
OS TIPOS EDIFICADOS
O espetáculo para as massas: Teatros, Anfiteatros e Circo.
Já o circo tinha planta retangular e comprida, com arquibancada nos lados maiores e uma fachada
menor semicircular. A atividade principal era a corrida ou as competições de atletismo. Uma
variação tipológica do estádio grego.
Imagem e planta do circo romano.
Fonte:
http://argonautasperdidos.blogspot.com.br/201
2/02/el-circo-romano.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
63. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. O templo romano
OS TIPOS EDIFICADOS
Fotos do Templo hexastilo conhecido
como Maison Carrée, em Nîmes, França.
Construído durante o Império
Romano entre 19 e 16 a.C., na época do
imperador Augusto.
Fonte:
http://aprendersociales.blogspot.com.br/2
008/10/maison-carre.html
Enquanto o templo grego é uma obra humana
dedicada ao divino, onde todos os elementos
foram meticulosamente planejados e executados
para que se atinja a perfeição, o templo
romano parece mais propenso a
autoglorificação do que a glorificação dos
deuses. Um dos motivos para tal, diz respeito à
natureza conquistadora dos romanos, impondo
padrões arquitetônicos mais “agressivos”, tanto
para manter o respeito dos povos subjugados,
quanto para atender as necessidades de uma
sociedade de proporções colossais para a época.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
64. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. O templo romano
OS TIPOS EDIFICADOS
Planta típica do templo romano.
Fonte: http://www.artencordoba.com/CORDOBA-ROMANA/Cordoba-Romana-Templo-Claudio-Marcelo.html
Os templos romanos eram referenciados nos gregos e
etruscos. Em geral, os romanos não construíam templos
como estruturas isoladas, como se fazia na Grécia Clássica,
mas como edificações com rota de chegada axial em um
contexto urbano, semelhantes aos templos etruscos e do
período helenístico. Eram edificados sobre pódios, de
modo que um lanço de escada levasse ao pórtico
com colunata da cela.
1. ESCADA 2. PÓRTICO 3. PÓDIO 4. CELA
1
3
24
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
65. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. O templo romano
OS TIPOS EDIFICADOS
Ruínas do Templo de Sibila em Tivoli, Itália.
Fonte: http://digilander.libero.it/davidmarcelli/FOTO/ARCHITETTURE/ARCHITETTURE/album/slides/TEMPIO%20DELLA%20SIBILLA%20-%20TIVOLI.html
Nem todos os templos romanos eram
retangulares. Os gregos já haviam
construído Tholoi circulares, cuja planta
baixa circular foi aplicada aos templos
romanos. Um dos mais impressionantes é o
Templo da Sibila (ap. 25 a.C.), em Tivoli. A
chegada ao templo é axial, por um lanço de
escada; a parede da cela foi construída de
concreto, em vez de blocos de mármore; e os
frisos ornamentais da ordem coríntia têm
drapeados romanos e crânios de boi.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
66. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. O templo romano
OS TIPOS EDIFICADOS
Ilustração que simula a iluminação zenital do Panteon em Roma.
Fonte: http://www.accomodationsrome.com/en/Rome_History_Art_The_Pantheon.html
Contudo, a expressão máxima dos templos romanos e mesmo
da arquitetura, é O PANTEON, que nos revela o contraste
entre a natureza tectônica e extrovertida da arquitetura grega
e a natureza plástica e introvertida da arquitetura romana.
Construído em 115 d.C. por um arquiteto sírio, Apolodoro de
Damasco, é praticamente uma esfera de cerca de 43 metros de
diâmetro, que resulta em uma cúpula semiesférica. A planta é
centralizada, no qual o Tholos da arquitetura mediterrânea
está combinado com a cúpula criada pelos construtores
mesopotâmicos, onde, na zenital deixou-se uma abertura para
captar a luz para o interior.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
67. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. O templo romano
OS TIPOS EDIFICADOS
Esquema em planta e corte do Panteon.
Fonte: http://myarchicad.free.fr/Etudes/Pantheon%20Rome/Pantheon%20Rome01.htm
Foto do pórtico octastilo do Panteon.
Fonte: http://www.pays-monde.fr/photo-italie-rome-pantheon-184-
279.html
EIXO DE SIMETRIA AXIAL VERTICAL
EIXO DE
SIMETRIA
AXIAL
HORIZONTAL
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
68. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. O templo romano
OS TIPOS EDIFICADOS
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
Passeio virtual pelo Panteão.
VIDEO 5_AULA 10_Construindo um Imperio a partir do Panteão.wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=esUUHcy_0zY
69. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
A CIDADE ROMANA
Os GREGOS concebem a CIDADE como uma área de DIMENSÕES FINITAS,
abarcável ótica e politicamente.
Os assentamentos urbanos gregos eram implantados sobre uma topografia irregular e
construído como uma série de blocos edificados cuja soma totaliza o conjunto
urbano.
Os GREGOS desenvolvem um CONCEITO URBANO GERAL cujas ideias de desenho se
originam da longa experiência, e cujos princípios foram balizados por HIPÓDAMO
DE MILETO (MARCO ZERO SOBRE TEORIA URBANA – afirmação questionada), ao se dar
conta de que o plano da cidade deve representar e dar forma à ordem social.
1. A cidade clássica grega como cidade política
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
70. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Da Pólis à Civita: a retícula hipodâmica
A CIDADE ROMANA
Hipódamo de Mileto foi arquiteto e filósofo
contemporâneo de Péricles que viveu em Atenas no
século V a.C., e é citado por Aristóteles como
criador do urbanismo ao projetar uma cidade
ideal para ser ocupada por 50.000 mil
habitantes.
Criou para esta uma TRIPARTIÇÃO DE CLASSES
SOCIAIS e outra TRIPARTIÇÃO FUNCIONAL PARA O
ESPAÇO (sagrado, privado e público).
MILETUS, na antiga Grécia (hoje, território da Turquia), séc. V a.C. Nota-se o rígido e
despreocupado traçado hipodâmico, ignorando a topografia e buscando no esquema de ruas
uma funcionalidade que para época era algo incomum
Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1072363&page=6
CONFLITO ENTRE TRAÇADO E TOPOGRAFIA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
71. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
2. Da Pólis à Civita: a retícula hipodâmica
A CIDADE ROMANA
O “Estudo de Planejamento Urbano para o Porto de
Atenas” (451 a.C.), que é considerado uma obra
Hipódamo de Mileto, serviu de base para formar as
normas de planejamento urbano da época e foi usado
em muitas cidades-estados coloniais gregas da época
clássica, o que facilitava a implantação destas. Sua
proposta era baseada em traçado de ruas regulares ao
longo de padrões reticulados (provavelmente inspirado
na Babilônia), intercalava praças abertas na grelha, e no
CENTRO DA RETÍCULA SE ENCONTRAVA A ÁGORA,
espaço vetado ao trânsito carroçável. Contudo, NA
RETÍCULA HIPODÂMICA, AINDA FALTAVA O EIXO
DOMINANTE E A POSIÇÃO DOS EDIFÍCIOS PRINCIPAIS
ERA DETERMINADA PELO ESPAÇO CIRCUNDANTE.
Planta de
localização do
antigo porto de
Atenas.
Fonte:
http://www.foru
mancientcoins.c
om/Articles/Map
s/Maps_of_the_
Ancient_World.h
tm
Plano do Porto de Pireus em Atenas.
Fonte: http://www.gutenberg.org/files/14189/14189-h/14189-h.htm
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
72. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. Roma e a forma urbis
A CIDADE ROMANA
Com o transcorrer do helenismo as cidades-estados gregas culminam tipologicamente
nas cidades romanas.
Na TRADIÇÃO URBANA GREGA o módulo ERA A HABITAÇÃO que determina o limite
urbano, NA ROMANA ERA A RUA que determinava o traçado da cidade de forma mais
abstrata e infinita.
Para isso, OS ROMANOS IMPLANTAM TRAÇADOS REGULARES E GEOMÉTRICOS, ou,
se isso não fosse possível, incluíam edifícios esplendidos, como é o caso de Roma,
exemplo de cidade-estado com função de CAPUT MUNDI (topo, capital do mundo –
“cidade global”), de onde emanavam todas as diretrizes relacionais, todas as regras
ideais - da cidade para o universo – URBI ET ORBIS.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
73. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. Roma e a forma urbis
A CIDADE ROMANA
A URBIS ROMANO NO MOMENTO MÁXIMO DE EXPANSÃO.
Fonte: http://disciplina-de-historia.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.html
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
74. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. Roma e a forma urbis
A CIDADE ROMANA
O desenvolvimento do conceito
monumental de desenho urbano se
dá na área central da Roma antiga,
no Fórum Magnum Republicano,
parte monumental da cidade, onde
os templos e principais edifícios
públicos estavam inseridos. Neste, O
ESPAÇO URBANO É O NOVO
PARADIGMA NA ORGANIZAÇÃO DA
CIDADE.
1º momento da concepção espacial romana – pensavam os EDIFÍCIOS monumentais ISOLADAMENTE.
2º momento da concepção espacial romana – entende que a melhor maneira de organizar o espaço
urbano é PENSAR NO CONJUNTO EDIFICADO.
Reconstrução do Fórum Republicano no século III d.C.
Fonte: http://www.historiayarqueologia.com/profiles/blogs/arquitectura-romana-urbanismo
BASÍLICA
JÚLIA
COLUNAS
COMEMORATIVAS
TABULARIUM BASÍLICA
EMÍLIA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
75. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
3. Roma e a forma urbis
A CIDADE ROMANA
Planta do Fórum Republicano no século III d.C. O conjunto edificado.
Fonte: http://www.historiayarqueologia.com/profiles/blogs/arquitectura-romana-urbanismo
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
76. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
4. As obras de infraestrutura como processo “civilizatório” do mundo conhecido
A CIDADE ROMANA
Do ponto de vista urbanístico, as cidades do Império
Romano são herdeiras das helenísticas, das quais tomam
todos os seus saltos tecnológicos, que possibilitam até
hoje que um grande número de pessoas coabite um
mesmo território – as infraestruturas urbanas: redes de
esgoto e drenagem, abastecimento de água, implantação
e pavimentação de estradas, comércio, lazer para as
massas, etc.
A esses fundamentos, os romanos acrescentam como
PRINCÍPIOS URBANÍSTICOS:
O TRAÇADO REGULAR, que já havia sido ensaiado por Hipódamo na Grécia.
O limite ou DELIMITAÇÃO DA CIDADE (as muralhas).
A PROEMINÊNCIA DO SISTEMA VIÁRIO (a cidade a partir da rua como elemento morfológico).
A REGULARIDADE DAS QUADRAS (módulo).
o cardo e o decumano, que se cruzavam em ângulo reto.
Fonte: http://12-efe.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html
CARDO
NORTE - SUL
DECUMANO
LESTE-OESTE
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
77. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
4. As obras de infraestrutura como processo “civilizatório” do mundo conhecido
A CIDADE ROMANA
Tais princípios não eram possíveis de serem aplicados sobre a topografia irregular de Roma, mas
foram as diretrizes que materializaram as cidades coloniais romanas (URBI ET ORBIS), as
quais, em sua maioria se originavam de acampamentos militares.
FORMA QUADRADA OU RETANGULAR.
GERALMENTE AMURALHADA.
EIXOS ORTOGONAIS QUE PARTEM DO MARCO ZERO DA CIDADE: o longitudinal – norte sul – o
CARDO; e o transversal – leste oeste – o DECUMANOS. Princípios da quadripartição do espaço
urbano.
PORTÕES DE ACESSO NA EXTREMIDADE DE CADA EIXO (norte sul leste oeste).
NO CENTRO DA MALHA ERAM POSICIONADOS OS EDIFÍCIOS MAIS IMPORTANTES da vida
política, civil e religiosa.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
78. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
4. As obras de infraestrutura como processo “civilizatório” do mundo conhecido
A CIDADE ROMANA
PLANO ROMANO PARA BARCINO (BARCELONA), AP. SÉCULO II SOBRE IMAGEM ATUAL DO GOOGLE EARTH
FONTE: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Barcelona_romana.png
CARDO
DECUMANO
FÓRUM
MURALHA
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
79. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
4. As obras de infraestrutura como processo “civilizatório” do mundo conhecido
A CIDADE ROMANA
Aquedutos.
Esquema em planta dos 11 aquedutos da antiga Roma.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aquae_planrome.PNG
Para o funcionamento dos 11 aquedutos, a
água era sempre proveniente de locais mais
elevados, o que impulsionava a distribuição
pelo sistema. A estrutura era construída em
formas de ARCOS PLENOS . Os condutores
eram feitos de tijolos e revestidos
internamente por cimento.
Entre os aquedutos romanos, destacam-se:
Aqua Appia (Cláudia), Anio Vetus, Aqua
Marcia, Aqua Tepula, Aqua Iulia, Aqua Virgo,
Aqua Alsietina, Anio Novus, Aqua Claudia,
Aqua Traiana e Aqua Alexandrina.
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
80. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
4. As obras de infraestrutura como processo “civilizatório” do mundo conhecido
A CIDADE ROMANA
Cloacas.
No livro hipocrático Ares, Águas e Lugares, um texto médico por excelência,
consideravam-se insalubres planícies encharcadas e regiões pantanosas,
sugerindo a CONSTRUÇÃO DE CASAS EM ÁREAS ELEVADAS, ENSOLARADAS
E COM VENTILAÇÃO SAUDÁVEL. Em De Arquitetura, Vitrúvio justificava A
IMPORTÂNCIA DE SE CONSTRUÍREM AS CIDADES EM ÁREAS LIVRES DE
ÁGUAS ESTAGNADAS e onde a drenagem das edificações fosse facilitada.
A CLOACA MÁXIMA, destinada ao esgotamento subterrâneo de águas
estagnadas dos pés da colina do Capitólio até o Tibre, ainda hoje em
operação, foi concluída no governo de Tarquínio Prisco em 514 a.C., quinto
rei romano de origem etrusca. A galeria possui 740 m de extensão e
diâmetro equivalente de até 4,30 m.
Detalhe do traçado da cloaca máxima em operação até hoje.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:RomaCloacaMaximaPercorso.png
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
81. AS EXPRESSÕES ARQUITETÔNICAS ROMANAS
4. As obras de infraestrutura como processo “civilizatório” do mundo conhecido
A CIDADE ROMANA
Aquedutos, cisternas e cloacas.
Passeio virtual.
VIDEO 6_AULA 10_Construindo um Império Roma (Aquedutos).wmv
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=NuGYJHoirpM
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
82. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A CIÊNCIA DO ARQUITETO
1. Teoria e prática
A CIÊNCIA DO ARQUITETO é tomada de muitas disciplinas e de
vários saberes, estando a sua dinâmica presente em todas as obras
oriundas das restantes artes. Nasce da prática e da teoria. A
PRÁTICA CONSISTE NA PREPARAÇÃO CONTÍNUA e exercitada da
experiência, a qual se consegue manualmente a partir da matéria,
qualquer que seja a obra de estilo cuja execução se pretende. Por
sua vez, A TEORIA É AQUILO QUE PODE DEMONSTRAR E EXPLICAR
AS COISAS trabalhadas proporcionalmente ao engenho e à
racionalidade. (VITRÚVIO, PREÂMBULO, CAPÍTULO I, 2006, p.30)
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
83. Por isso, os ARQUITETOS que exerceram SEM UMA FORMAÇÃO
TEÓRICA, mas apenas com base na experiência das suas mãos
NÃO PUDERAM REALIZAR-SE ao ponto de lhes reconhecerem
autoridade pelos seus trabalhos; também AQUELES QUE SE
BASEARAM SOMENTE NAS TEORIAS e nas letras foram
considerados como PERSEGUINDO A SOMBRA E NÃO A
REALIDADE. Todavia, OS QUE SE APLICARAM NUMA E NOUTRA
COISA, COMO QUE PROTEGIDOS POR TODAS AS ARMAS,
ATINGIRAM MAIS DEPRESSA, COM PRESTÍGIO, AQUILO A QUE SE
PROPUSERAM. (VITRÚVIO, PREÂMBULO, CAPÍTULO I, 2006, p.30)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A CIÊNCIA DO ARQUITETO
1. Teoria e prática
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
84. VÍDEOS SUGERIDOS
Roma
1. Construindo um Império - Roma - History Channel
[Completo]:
https://www.youtube.com/watch?v=2FlRwSte3P0
2. Roma - A era dos imperadores:
https://www.youtube.com/watch?v=irRm-zW-CDU
3. Roma Antiga Revelada 2 – Pompéia:
https://www.youtube.com/watch?v=bjIbpyKct6c
4. Roma Antiga 1 – Nero:
https://www.youtube.com/watch?v=eas7omorXf8
5. Roma Antiga 2 – César:
https://www.youtube.com/watch?v=Rbk1DO2tT_U
6. Roma Antiga 3 - Revolução (Tibério Graco):
https://www.youtube.com/watch?v=baIns_IZQuo
7. Roma Antiga 4 – Rebelião:
https://www.youtube.com/watch?v=D0uTqKH7I0U
8. Roma Antiga 5 – Constantino:
https://www.youtube.com/watch?v=oKw0buQYW98
9. Roma Antiga 6 - A Queda de Roma:
https://www.youtube.com/watch?v=pIx7YFX57Q0
10. 04 | História da Humanidade | Queda do império
Romano | Criação do islamismo | Ouro | Vikings:
https://www.youtube.com/watch?v=bYPZuAKW638
11. Os Etruscos.avi:
https://www.youtube.com/watch?v=s0eSD1m66AU
12. [4] Construindo um Império - Cartago - History
Channel [4/13]:
https://www.youtube.com/watch?v=tEWHIyCU1hU
13. [3] Construindo um Império - Bizâncio - History
Channel [3/55]:
https://www.youtube.com/watch?v=jvrDadc_-e4
14. Rome Reborn 2.2:
https://www.youtube.com/watch?v=vrIEwjgfbYs
15. Virtual Roman House Domitia Restitution 3D:
https://www.youtube.com/watch?v=24opWnfv8e4
História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professores: Glauci Coelho e Fábio Bruno
85. História e Teoria da Arquitetura I - UNIGRANRIO - Professoras: Glauci Coelho e Isabela Bacellar
1. ANDRADE , Don Francisco Ortega. Historia de la construcción: La Historia de la Construcción es
un conjunto de fichas donde se analiza la evolución histórica de los sistemas constructivos
arquitectónicos. Estas fichas han sido elaboradas por el Catedrático de Construcción
Arquitectónica de la Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Las Palmas de Gran Canaria,
Don Francisco Ortega Andrade.
http://editorial.dca.ulpgc.es/estructuras/construccion/1_historia/index.htm (Acessado em 26-
Mai-2013).
2. ALONSO PEREIRA, José Ramón. Introdução à História da Arquitetura: Das origens ao século XXI.
Porto Alegre: Ed. Bookman, 2010, Capítulos 8 e 9.
3. BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Editora Perspectiva, 1993.
4. ORTEGA Y GASSET, José. Notas de Andar e Ver. Lisboa, Fim de Século, 2007.
5. WODEHOUSE, Lawrence; MOFFETT, Marian; FAZIO, Michael. A História da Arquitetura Mundial.
Ed. Bookman, 2010, capítulo 5.
REFERÊNCIAS
Roma