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Epistemologia da Comunicação

Articulações e
Possibilidades
no Contexto Brasileiro

                         Caroline
                         Fabiane
                          Rosana
LOPES, M. (org) Epistemologia da
Comunicação (2003)

BRAGA, J. L. Comunicação, disciplina
indiciária. Matrizes (2008)

MALDONADO, A E. A perspectiva
transmetodológica na conjuntura de
mudança civilizadora em inícios do
século XXI. Perspectivas Metodológicas
em Comunicação (2008).
Estrutura do Seminário
PROBLEMATIZAÇÕES DO CAMPO DA
COMUNICAÇÃO
1. Campo x Área
2. A Disciplinarização da Comunicação
3. Objetos da Pesquisa em Comunicação

ARTICULAÇÕES E PROPOSIÇÕES PARA O
CAMPO DA COMUNICAÇÃO
1. Perspectiva da Comunicação Indiciária
2. Perspectiva Transmetodológica

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Epistemologia da Comunicação
no Brasil
Pimenta – Existem hoje, no Brasil, diversos
focos importantes de pesquisas relacionadas à
Epistemologia da Comunicação. Um tema
recorrente do GT e que norteia também os
esforços de vários desses grupos está
relacionado à definição mais precisa da
identidade do campo da Comunicação em
relação às demais ciências.

Compós – GT avançou, nesta década, quanto
às problemáticas referentes ao campo.
Questões Epistemológicas Gerais
Campo x Área
(José Luiz Aidar Prado)
  "Campo" caracteriza-se pelas contribuições de
pesquisadores e profissionais dedicados aos assuntos
comunicacionais.
   “Campo científico” entendo o conjunto de relações
estabelecidas entre pesquisadores, professores,
profissionais e estudantes que trabalham e refletem
sobre cada atividade científica.
    "Área" é o campo reduzido para as atividades de
 avaliação institucional; quando as agências se
 preocupam em delimitar as pesquisas específicas
 “dentro" da área, fora dela ou em suas bordas.
Questões Epistemológicas Gerais
Campo x Área
                              Campo


                              Campo
                             Científico

                                 Área

                   (José Luiz Aidar Prado)
Questões Epistemológicas Gerais
Campo x Área
(José Marques de Melo)
                               Desenvolve-se
   Senso                        no interior
   Comum                            das
                               organizações


                Legitimação
                cognitiva na
                 academia
Questões Epistemológicas Gerais
Campo da Comunicação
(José Marques de Melo)

 O Campo da Comunicação comporta um
 conglomerado de disciplinas composto por cinco
 segmentos de atividade intelectual:

 Artes,
 Humanidades,
 Tecnologias,
 Ciências Sociais,
 Conhecimentos Midiológicos.
Questões Epistemológicas Gerais
Campo da Comunicação
(José Marques de Melo)

Conhecimentos Midiológicos
Saberes acumulados no interior das
corporações profissionais e das agências
produtores de bens midiáticos. Eles fazem a
simbiose entre as práticas legitimadas pela
aplicação cotidiano e as inovações advindas das
universidades ou dos centros de pesquisas que
buscam serviços especializados.
Questões Epistemológicas Gerais
Comunicação x Informação
(Ida Regina Stumpf e Maria Helena Weber)

Diferença entre os dois campos de conhecimento
parece residir no caráter persuasivo da
comunicação (existe o encadeamento de
argumentos retóricos e formatos visuais visando à
defesa, ao convencimento, a persuasão
estrategicamente orientados por um objetivo e
resultados tangíveis).
Trata-se, em essência, da manipulação de
informações.
A Disciplinarização
 da Comunicação
Questões Epistemológicas Gerais
A Epistemologia da Comunicação
(Lucrécia D'Alessio Ferrara)

"[...] a epistemologia de uma ciência apresenta os
passos seguros que levam a caracterizar não só
algum objeto científico, mas, sobretudo, os
elementos que permitem reconhecê-lo"
Questões Epistemológicas Gerais
A Epistemologia da Comunicação
(Luiz Martino)

A epistemologia é caracterizada por
questões específicas e não por toda e
qualquer relação ao conhecimento. Por
discussão epistemológica se pressupõe
certo posicionamento em relação a alguns
problemas filosóficos de fundo,
juntamente com o real e a objetividade.
Questões Epistemológicas Gerais
A Epistemologia da Comunicação
(Luís Carlos Lopes)

Há espaço para que se avance na direção da
construção de uma epistemologia da
comunicação. Esta construção é uma questão de
interpretação, portanto hermenêutica. A
contribuição da realidade latino-americana é
importante nesta construção porque os modelos
do hemisfério norte não dão conta de nosso
pactos de comunicação.
Questões Epistemológicas Gerais
A Epistemologia da Comunicação
(Lucrécia D'Alessio Ferrara)

"Estamos longe de uma epistemologia da
comunicação produtora de conhecimento, porque
resistimos a interrogar práticas e atores que
permitem a comunicação enquanto área de
conhecimento complexo (...)”.


  “Epistemologia da Comunicação estaria
         sempre em processo ...”
Questões Epistemológicas Gerais
O Objeto da Comunicação
(Lucrécia D'Alessio Ferrara)

Pensa a diferença entre objeto e suporte. Sai do
código e entende a importância do processo (além
do sujeito e aquém do objeto - mediação).

Desafio Epistemológico: a pesquisa mais como
um compromisso ético do que epistemológico –
compromisso ético também entre pares.
Questões Epistemológicas Gerais
O Objeto da Comunicação
(Luis Carlos Lopes)

Nossos objetos assumiram um grau de
centralidade na sociedade (desenvolvimento
tecnológico).

Desafio Epistemológico: propor âncoras teóricas
e metodológicas que dêem conta dessas
aparências e essências da comunicação.
Questões Epistemológicas Gerais
O Objeto da Comunicação
(Rousiley Maia e Vera França)
Não cabe reduzir nosso objeto aos processos
midiáticos, nem a outras interações simbólicas. É
importante a “contrução e delimitação de um
objeto de conhecimento: ao tipo de problema
construído/recortado pela análise comunicacional”.

Desafio Epistemológico: desenvolver cobrança
crítica dos pares, diálogo e avaliação das
pesquisas científicas, mesmo mediante constante
fragmentação dos estudos em comunicação.
Questões Epistemológicas Gerais
O Objeto da Comunicação
 (Alberto Efendy Maldonado)

 “A investigação dos processos comunicacionais
 contemporâneos é configurada pelas exigências
 dos objetos-problema que as realidades
 históricas e sociais apresentam”.

 Desafio Epistemológico: desenvolver pesquisa
 da pesquisa; união da comunidade científica
 latino-americana e proposta transmetodológica.
Questões Epistemológicas Gerais
O Objeto da Comunicação
(Laan Mendes de Barros)
Objetivos e objetos devem ser pensados no âmbito
das Ciências Sociais Aplicadas; são de natureza
complexa e extremamente dinâmicos. Não
devemos ter preconceito com aplicação de
resultados.

Desafio Epistemológico: unir teoria e prática:
comunicador deve se ver na academia, e
acadêmicos devem se ver na prática da
comunicação.
Questões Epistemológicas Gerais
O Objeto da Comunicação
(Muniz Sodré)
 Enquanto disciplinas sociais clássicas se debruçam
 sobre coisas do Estado, da religião, e dos
 mecanismos do capital, a comunicação trata de um
 de algo nada histórica e materialmente substancial.
 O fenômeno da comunicação é atravessado pela
 fragmentação dos objetos (bios midiático).

Desafio Epistemológico: vigilância epistemológica,
falta limites do campo e precisamos otimizar um
diálogo entre os pesquisadores capaz de cruzar
resultados diversos sobre um mesmo objeto.
Questões Epistemológicas Gerais
O Objeto da Comunicação
(Wilson Gomes)
Nosso campo não é responsável por crise
paradigmática, porque paradigmas não são épocas:
uma mesma época suporta diferentes paradigmas.

Desafio Epistemológico: falta-nos uma
comunidade de controle da pesquisa. Não há
retornos dos pares e geralmente os artigos são
apresentados em lugares que não oferecem
resistência.
Desafios Epistemológicos
 Unir teoria e prática (acadêmico e comunicador);

 Vigilância epistemológica: comunidade de controle
da pesquisa, pesquisa da pesquisa;

 Compromisso ético entre os pares, pesquisa mais
como um compromisso ético do que epistemológico;

 União da comunidade científica latino-americana;

 Propor âncoras teóricas e metodológicas que dêem
conta da fragmentação dos objetos da comunicação.
ARTICULAÇÕES E
PROPOSIÇÕES PARA O CAMPO
DA COMUNICAÇÃO

1. Perspectiva da Comunicação
Indiciária (BRAGA)

1. Perspectiva Transmetodológica
(EFENDY)
Braga coloca duas questões para debate:
(1) Problema em “situar” os estudos de
Comunicação.
Poderíamos pensar que a comunicação estaria
nas disciplinas interpretativas (não referidas por
Piaget).

(1) Saber se podemos caracterizar uma disciplina
dentro de um único modelo epistemológico.
Reconhecemos que cada uma das Ciências
Humanas e Sociais se desdobra em uma
variedade de modelos epistemológicos – em
função dos objetivos de cada pesquisa.
Braga propõe então a perspectiva da
Comunicação Indiciária:
Então, mais do que categorizar, precisamos
entender os usos que fazem de determinados
modelos de produção de conhecimento.

Por isso, Braga trabalha com a ótica de quando
a comunicação é uma disciplina indiciária.

Precisamos perceber 'distinções finas' no
campo da comunicação.
Comunicação Indiciária:

 “Com uma dupla preocupação, de construção do
 campo comunicacional por desentranhamento de
seu objeto, diretamente no âmbito da sociedade, e
   de busca de espaço no qual se desenvolvam
  articulações entre realidades específicas e
        geração teórica, os estudos de caso e o
 “paradigma indiciário” de Carlo Ginzburg parecem
compor um modelo epistemológico bem ajustado a
                     necessidades da área” (p. 04).
Estudos de Caso                 Pesquisas Nomotéticas

   Análise de fenômenos
         singulares.               Busca estabelecimento de leis e
 Produção de conhecimento            regularidades abrangentes.
para constituição da disciplina.


 Não dispomos de grandes            Se manifestam em diferentes
 regras básicas próprias ao        objetos e situações (os quais se
 campo, que permitam fazer          reúnem exatamente por tais
   reduções preliminares.            regularidades detectadas).


Temos variedade dinâmica de      “redução” dos objetos e
fenômenos que solicitam uma situações, abstraindo os elementos
 apreensão de seus aspectos      singulares em relação às
propriamente comunicacionais.         regularidades.
Finalidades dos estudos de caso:
a) gerar conhecimento diversificado sobre fenômenos
intuitivamente percebidos e de interesse para a área;

b) articular situações de realidade e proposições
abstratas abrangentes:
                situações particulares
                          X
              conhecimento estabelecido

c) gerar proposições a partir de realidades concretas.

     Âmbito de maior probabilidade de sucesso no
   “desentranhamento” de questões comunicacionais
       relacionadas ao fenômeno “em sociedade”
Riscos dos estudos de caso:
DISPERSÃO: enfoque em situações singulares podem
levar à dispersão dos estudos em meio à variedade
dos objetos.

DERIVAÇÃO CENTRÍFUGA: teorias de áreas vizinhas
podem exercer uma atração desviante.

APRIORISMO: quando o caso estudado serve apenas
para confirmar uma teoria.

EMPIRISMO: quando o caso é trabalhado apenas na
apreensão empírica da coisa singular – evidenciando
seu funcionamento descritivamente.
Riscos dos estudos de caso:

Os riscos assinalados podem ser enfrentados
através de encaminhamentos relativos ao
paradigma indiciário:

 estudos de casos singulares
 busca de indícios que remetem a fenômenos
não evidentes
 distinção entre indícios essenciais e
acidentais
 tensionamento mútuo entre teoria e objeto
 derivação de inferências
Estudo de casos singulares:


FORMAS DE SABER INDICIÁRIAS:
“uma atitude orientada para a análise de
casos individuais, reconstruíveis somente
através de pistas, sintomas, indícios”
(Ginzburg, 1989).

Não privilegia o empírico, mas seleciona e
organiza o empírico para fazer inferências.
Busca de indícios que remetem a
fenômenos não evidentes:
Dois níveis de percepção são necessários:

a) perceber o próprio indício (um dado
aparentemente irrelevante pode ser
significativo);

b) fazer inferências, desenvolver relações.
Isso envolve distinguir entre indícios
essenciais e acidentais.
Distinção entre indícios essenciais
e acidentais:
Necessidade de processos         tentativos,
através de idas e vindas.


Procuramos      descobrir  relações   entre
indícios (ainda não definidos como válidos
para a pesquisa: “indícios-candidatos”) e a
“coisa indiciada”.
Faz parte, então, dos estudos de
caso, o trabalho de:
(a) levantar indícios;

(b) decidir sua relevância para o objeto e
para a pergunta da pesquisa;

(c) articular conjuntos de indícios derivando,
daí, inferências sobre o fenômeno.
Tensionamento triangular:
             situação empírica




       Bases                      problema
      Teóricas                   de pesquisa


Daí decorrem inferências de lógicas, processos
     e estruturas que caracterizam o caso.
Tensionamento entre teoria e objeto:
Pesquisa empirista = descrição do objeto.
Estudo de Teorias = sem avanços no
conhecimento.

Tensionamento do objeto pela teoria =
problematização do caso em estudo a partir de
fundamentos adotados.

Tensionamento da teoria pelo objeto = para
complementá-la com ângulos específicos.
Trabalho de articulação entre
indícios selecionados:
Os indícios e as inferências assim viabilizadas
sobre o fenômeno podem ser expressos na
forma de um “modelo explicativo” do caso.

         A construção de modelo, em um estudo de
         caso, corresponde a uma descrição
         reconstrutiva do objeto ou situação,
         baseada não na soma superficial do maior
         número de detalhes, mas sim, em
         perspectiva oposta a esta, em um número
         reduzido de indícios relevantes … (Braga).
Tarefas que se colocam para o
pesquisador:

  Fazer a passagem da série material (indícios
relacionados entre si) à série indiciada (a
realidade percebida através dos indícios).

a) não há processos lógicos (algorítmicos) na
relações entre indícios em seleção e a situação
e seu contexto social.

b) fenômenos diversos podem produzir
indícios similares – não são possíveis
processos estritamente indutivos;
Os modelos permanecem hipotéticos.
Tais “hipóteses finais” serão submetidas a
dois níveis de “teste”:

1. Devem gerar uma “impressão de
obviedade”: articular indícios em um “quadro
perceptivo” do objeto.

1. Falseabilidade decorrente de objeções:
assinalar, no objeto, indícios contraditórios
com o modelo; ou indicar incoerência da
articulação hipotetizada.
Conforme indica Ginzburg, “trata-se da
inferência que Peirce chamou de ‘presuntiva’
ou ‘abdutiva’, distinguindo-a da indução
simples”. Jean-Philippe Uzel:

ABDUÇÃO:     única operação lógica que
introduz uma idéia nova.
Corresponde ao momento preciso da criação
da hipótese explicativa, que deve ser
validada em seguida de modo empírico
(indução), e depois verificada (dedução) pela
multiplicação de experiências ou de
enquetes.
Derivação de inferências

É possível prever, em um estudo de caso, dois
níveis principais de inferências:

a) aquelas referentes às lógicas específicas
do caso singular, suas “regras de
funcionamento” internas;

b) aquelas referentes à inserção do caso em
determinados contextos sociais de interesse
da pesquisa.
Inferências Transversais
Considerando o conjunto de pesquisas no âmbito
de uma disciplina, podemos entrever um
terceiro nível de proposições:

INFERÊNCIAS TRANSVERSAIS: pluralidade de
casos comparáveis que permitam derivar
proposições gerais sobre classes de fenômenos e
tipos de lógicas e processos em ação.

Nesse terceiro nível encontra-se em processo a
constituição do Campo da Comunicação.
O que há, aí, de propriamente comunicacional?
Perspectiva Transmetodológica -
Efendy
CONJUNTURA:

 As práticas culturais comunicacionais mudam
aceleradamente com as transformações tecnológicas;

 Nesse sentido, a dimensão de experimentação é
suscitadora;

 A operacionalização de processos, pensamentos,
estratégias, programas depende menos dos
conglomerados sistêmicos e megaindustriais do que
dos produtores de bens simbólicos;
Perspectiva Transmetodológica -
Efendy
CONJUNTURA:

  A dimensão digital ampliou o acesso a recursos de
produção, economizando procedimentos e
facilitando o exercício lúdico;

  Não só se transformam os objetos técnicos
possuídos por nós mas também somos
transformados por eles;

 A cultura da mídia inseriu as pessoas nos formatos
e modos de produção simbólica midiáticos.
Perspectiva Transmetodológica -
Efendy
CONJUNTURA:

 Existem vários exemplos deste atravessamento
midiático no modo de vida das pessoas,
inclusive tratando das possibilidades da
fotografia e da música serem trabalhadas hoje
por amadores.

 A realização de pesquisas sistemáticas
demonstra a necessidade de abordagens
metodológicas multifocais.
Perspectiva Transmetodológica -
            Efendy

    Essa realidade multidimensional,
 multicontextual, dinâmica, multicultural
     e bárbara exige a formulação de
  estratégias e modelos metodológicos
 adequados ao desafio de compreender
        sua complexidade (p. 29).
Perspectiva Transmetodológica -
            Efendy
  geração
                           novo desafio
 múltipla de
                          epistemológico,
  produtos
                          que demanda o
  culturais
                         desenvolvimento:
digitalizados

            linha de pesquisa
         TRANSMETODOLÓGICA
Perspectiva Transmetodológica -
Efendy
TRANSMETODOLOGIA:

Linha de pesquisa metodológica que procura
trabalhar:
visualizações epistêmicas
concepções teóricas
desenhos e estratégias metodológicas
operacionalizações técnicas
combinando-as com o que a história, a
filosofia, a sociologia, a psicologia e a lógica
da ciência oferecem para realizações férteis.
Perspectiva Transmetodológica -
Efendy
Propõe então a opção epistêmica pela
CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA
TRANSMETODOLÓGICA, que se caracteriza por:

  confluência de métodos;
  entrelaçamento de lógicas diversas (formais,
intuitivas, para-consistentes, abdutivas,
experimentais e inventivas);
  estruturação de estratégias, modelos e
propostas mistas, que inter-relacionem vários
aspectos das problemáticas comunicacionais.
PREMISSAS DA OPÇÃO
TRANSMETODOLÓGICA
1ª PREMISSA:

A que se considerar o caráter
multidemensional e multicontextual dos
processos de comunicação. Precisamos
considerar também a necessidade de ações
estratégicas orientadas para o bem comum,
controlando a lógica do lucro
fundamentalista.
PREMISSAS DA OPÇÃO
TRANSMETODOLÓGICA
2ª PREMISSA:

Precisamos de uma razão MULTILÉTICA e
não instrumental, como eixo articulador das
transformações técnico-científicas:
expressão da densidade e riqueza do
concreto em movimento.
Pesquisa e desenvolvimento são bens
sociais, humanos; que não devem servir à
ótica do mercadejo, mas ao enriqueccimento
humano integral.
PREMISSAS DA OPÇÃO
TRANSMETODOLÓGICA
3ª PREMISSA:

Devemos definir a investigação como praxis
central do aprendizado humano – da mais
simples a mais complexa.
Para isso, é preciso uma postura construtiva
transdisciplinar, que pesquise vários
paradigmas, correntes, perspectivas,
experiências de produção e sistematização
teórica.
PREMISSAS DA OPÇÃO
TRANSMETODOLÓGICA

4ª PREMISSA:

O TRANSDISCIPLINAR não consiste
em destruir o conhecimento elaborado
nas disciplinas, mas de alimentar-se
de diferentes disciplinas (lógicas,
métodos e redes teóricas).
PREMISSAS DA OPÇÃO
TRANSMETODOLÓGICA

5ª PREMISSA:

A ruptura com o senso comum não
pode confundir-se com a ruptura com
os bons sensos (força do pensamento
que as sociedades geraram).
PREMISSAS DA OPÇÃO
TRANSMETODOLÓGICA

6ª PREMISSA:

A sexta premissa da transmetodologia exige
certas distinções:

quais são as problemáticas pertinentes, os
problemas, objetos, os projetos e as
pesquisas que garantem ênfase, foco na
centralidade comunicacional?
PREMISSAS DA OPÇÃO
TRANSMETODOLÓGICA

7ª PREMISSA:

Devemos assumir a problematização
metodológica das investigações para
investigar de modo aprofundado –
multidemensionalidade comunicacional e
não pesquisa unilateral.
PREMISSAS DA OPÇÃO
TRANSMETODOLÓGICA

8ª PREMISSA:

“TODO O TRABALHO CIENTÍFICO, POR MAIS
SOFISTICADO E RIGOROSO QUE SEJA, NÃO
  TEM SENTIDO FILOSÓFICO PROFUNDO,
ÉTICO, SE NÃO ASSUME UM COMPROMISSO
     COM A HUMANIDADE, A VIDA, AS
CULTURAS, AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS
    E O BEM-ESTAR DO MUNDO” (p. 38).
Perspectiva
transmetodológica:
 necessidade de problematizar os objetos e
os sujeitos da pesquisa científica;

 pensar que os cientistas se formam no
cultivo dos desafios;

  necessidade de mudanças nas condições de
produção das ciências, porque talentos são
perdidos nas burocracias das instituições
científicas;
Perspectiva
transmetodológica:
 a perspectiva transmetodológica visa
superar o paradigma positivista que é
grandioso em suas realizações técnicas e
miserável na barbárie ecológica.

  traça-se a diferença entre a perspectiva
transmetodológica e o comunicacionismo
genérico, que não delimita as problemáticas
da comunicação, e do funcionalismo
empirista, que rejeita a pesquisa teórica.
Perspectiva
transmetodológica:
   O núcleo central da proposta
 transmetodológica é a problemática dos
 métodos – considera-se o caráter múltiplo
 das concepções, estratégias, desenhos,
 configurações, propostas e modelos de
 métodos.

    AO MUDAR DE MÉTODOS, A CIÊNCIA
   TORNA-SE CADA VEZ MAIS METÓDICA
          (BACHELARD, 1973).
Perspectiva
transmetodológica:
Efendy e Braga:

Entendem que os procedimentos de
investigação precisam de olhares,
experimentações, sistematizações, registros,
visualizações do real concreto (estudos de
caso em Braga).

 “O específico e o geral seriam trabalhados
mediante um processo heurístico de vivência,
   reflexão e ação de pesquisa” (Efendy).
Considerações Finais
“Sem qualquer pretensão de que já tenhamos
chegado a soluções definitivas do que é
comunicação” (Lopes, p.167).

“Como proceder pensando em Campo quando
sequer entendemos o que é comunicação e
nosso objeto?” (Marcondes Filho, Compós,
2011).

“Como os pesquisadores da comunicação podem
desenhar suas possibilidades epistemológicas
estando longe de um conceito que unifique?”
(Duarte, p.42).
Considerações Finais
Diante da falta de consenso sobre a
necessidade do conceito de comunicação e
definição   do  objeto    comunicacional,
refletimos:

É necessário ao campo uma definição
precisa de objeto?

Como alcançá-la diante de objetos tão
dinâmicos?
Considerações Finais
Devemos entender o transdisciplinar pelo
alimentar-se de diferentes disciplinas.


Quais são os limites da bricolagem teórico-
metodológica evitando beber de diferentes
teorias a ponto de “tirar as ideias de seus
contextos      e    produzir   barbaridades
filosóficas” (Pe. Pedro)?
Considerações Finais
“Sem dúvida existe uma insatisfação
generalizada com o estado atual do campo, e
seu futuro depende, em boa medida, da maneira
em que interpretemos e estruturemos a
crescente dispersão intelectual, ideológica e
política que o caracteriza” (Fuentes Navarro,
p.19).


Como trabalhar a vigilância epistemológica
perante tamanha dispersão do campo?
Considerações Finais

      “É TRISTE VER A RIQUEZA DOS
      PENSAMENTOS DEGRADADA A
     ESPETÁCULO PERFORMÁTICO, DE
        EXPRESSÃO DE VAIDADES;
  DESFILES DE OPERADORES SEMÂNTICOS
 VAZIOS CARENTES DE CONTEÚDO VIVO, DE
  PESQUISA, DE CONFIGURAÇÕES LÓGICAS
             SÉRIAS” (pg. 39).
Considerações Finais
Se não podemos controlar “desfiles de vaidades”
e “espetáculos performáticos” alheios, podemos
exercer vigilância epistemológica com o nosso
próprio fazer-ciência, buscando ser tão críticos
com a maneira que pesquisamos quanto
buscamos ser com os problemas investigados.

Que as pesquisas ultrapassem os engajamentos
pessoais em prol do engajamento social –
primando pela cidadania científica.

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Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga e Maldonado

  • 1. Epistemologia da Comunicação Articulações e Possibilidades no Contexto Brasileiro Caroline Fabiane Rosana
  • 2. LOPES, M. (org) Epistemologia da Comunicação (2003) BRAGA, J. L. Comunicação, disciplina indiciária. Matrizes (2008) MALDONADO, A E. A perspectiva transmetodológica na conjuntura de mudança civilizadora em inícios do século XXI. Perspectivas Metodológicas em Comunicação (2008).
  • 3. Estrutura do Seminário PROBLEMATIZAÇÕES DO CAMPO DA COMUNICAÇÃO 1. Campo x Área 2. A Disciplinarização da Comunicação 3. Objetos da Pesquisa em Comunicação ARTICULAÇÕES E PROPOSIÇÕES PARA O CAMPO DA COMUNICAÇÃO 1. Perspectiva da Comunicação Indiciária 2. Perspectiva Transmetodológica CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 4. Epistemologia da Comunicação no Brasil Pimenta – Existem hoje, no Brasil, diversos focos importantes de pesquisas relacionadas à Epistemologia da Comunicação. Um tema recorrente do GT e que norteia também os esforços de vários desses grupos está relacionado à definição mais precisa da identidade do campo da Comunicação em relação às demais ciências. Compós – GT avançou, nesta década, quanto às problemáticas referentes ao campo.
  • 5. Questões Epistemológicas Gerais Campo x Área (José Luiz Aidar Prado) "Campo" caracteriza-se pelas contribuições de pesquisadores e profissionais dedicados aos assuntos comunicacionais. “Campo científico” entendo o conjunto de relações estabelecidas entre pesquisadores, professores, profissionais e estudantes que trabalham e refletem sobre cada atividade científica. "Área" é o campo reduzido para as atividades de avaliação institucional; quando as agências se preocupam em delimitar as pesquisas específicas “dentro" da área, fora dela ou em suas bordas.
  • 6. Questões Epistemológicas Gerais Campo x Área Campo Campo Científico Área (José Luiz Aidar Prado)
  • 7. Questões Epistemológicas Gerais Campo x Área (José Marques de Melo) Desenvolve-se Senso no interior Comum das organizações Legitimação cognitiva na academia
  • 8. Questões Epistemológicas Gerais Campo da Comunicação (José Marques de Melo) O Campo da Comunicação comporta um conglomerado de disciplinas composto por cinco segmentos de atividade intelectual: Artes, Humanidades, Tecnologias, Ciências Sociais, Conhecimentos Midiológicos.
  • 9. Questões Epistemológicas Gerais Campo da Comunicação (José Marques de Melo) Conhecimentos Midiológicos Saberes acumulados no interior das corporações profissionais e das agências produtores de bens midiáticos. Eles fazem a simbiose entre as práticas legitimadas pela aplicação cotidiano e as inovações advindas das universidades ou dos centros de pesquisas que buscam serviços especializados.
  • 10. Questões Epistemológicas Gerais Comunicação x Informação (Ida Regina Stumpf e Maria Helena Weber) Diferença entre os dois campos de conhecimento parece residir no caráter persuasivo da comunicação (existe o encadeamento de argumentos retóricos e formatos visuais visando à defesa, ao convencimento, a persuasão estrategicamente orientados por um objetivo e resultados tangíveis). Trata-se, em essência, da manipulação de informações.
  • 11. A Disciplinarização da Comunicação
  • 12. Questões Epistemológicas Gerais A Epistemologia da Comunicação (Lucrécia D'Alessio Ferrara) "[...] a epistemologia de uma ciência apresenta os passos seguros que levam a caracterizar não só algum objeto científico, mas, sobretudo, os elementos que permitem reconhecê-lo"
  • 13. Questões Epistemológicas Gerais A Epistemologia da Comunicação (Luiz Martino) A epistemologia é caracterizada por questões específicas e não por toda e qualquer relação ao conhecimento. Por discussão epistemológica se pressupõe certo posicionamento em relação a alguns problemas filosóficos de fundo, juntamente com o real e a objetividade.
  • 14. Questões Epistemológicas Gerais A Epistemologia da Comunicação (Luís Carlos Lopes) Há espaço para que se avance na direção da construção de uma epistemologia da comunicação. Esta construção é uma questão de interpretação, portanto hermenêutica. A contribuição da realidade latino-americana é importante nesta construção porque os modelos do hemisfério norte não dão conta de nosso pactos de comunicação.
  • 15. Questões Epistemológicas Gerais A Epistemologia da Comunicação (Lucrécia D'Alessio Ferrara) "Estamos longe de uma epistemologia da comunicação produtora de conhecimento, porque resistimos a interrogar práticas e atores que permitem a comunicação enquanto área de conhecimento complexo (...)”. “Epistemologia da Comunicação estaria sempre em processo ...”
  • 16. Questões Epistemológicas Gerais O Objeto da Comunicação (Lucrécia D'Alessio Ferrara) Pensa a diferença entre objeto e suporte. Sai do código e entende a importância do processo (além do sujeito e aquém do objeto - mediação). Desafio Epistemológico: a pesquisa mais como um compromisso ético do que epistemológico – compromisso ético também entre pares.
  • 17. Questões Epistemológicas Gerais O Objeto da Comunicação (Luis Carlos Lopes) Nossos objetos assumiram um grau de centralidade na sociedade (desenvolvimento tecnológico). Desafio Epistemológico: propor âncoras teóricas e metodológicas que dêem conta dessas aparências e essências da comunicação.
  • 18. Questões Epistemológicas Gerais O Objeto da Comunicação (Rousiley Maia e Vera França) Não cabe reduzir nosso objeto aos processos midiáticos, nem a outras interações simbólicas. É importante a “contrução e delimitação de um objeto de conhecimento: ao tipo de problema construído/recortado pela análise comunicacional”. Desafio Epistemológico: desenvolver cobrança crítica dos pares, diálogo e avaliação das pesquisas científicas, mesmo mediante constante fragmentação dos estudos em comunicação.
  • 19. Questões Epistemológicas Gerais O Objeto da Comunicação (Alberto Efendy Maldonado) “A investigação dos processos comunicacionais contemporâneos é configurada pelas exigências dos objetos-problema que as realidades históricas e sociais apresentam”. Desafio Epistemológico: desenvolver pesquisa da pesquisa; união da comunidade científica latino-americana e proposta transmetodológica.
  • 20. Questões Epistemológicas Gerais O Objeto da Comunicação (Laan Mendes de Barros) Objetivos e objetos devem ser pensados no âmbito das Ciências Sociais Aplicadas; são de natureza complexa e extremamente dinâmicos. Não devemos ter preconceito com aplicação de resultados. Desafio Epistemológico: unir teoria e prática: comunicador deve se ver na academia, e acadêmicos devem se ver na prática da comunicação.
  • 21. Questões Epistemológicas Gerais O Objeto da Comunicação (Muniz Sodré) Enquanto disciplinas sociais clássicas se debruçam sobre coisas do Estado, da religião, e dos mecanismos do capital, a comunicação trata de um de algo nada histórica e materialmente substancial. O fenômeno da comunicação é atravessado pela fragmentação dos objetos (bios midiático). Desafio Epistemológico: vigilância epistemológica, falta limites do campo e precisamos otimizar um diálogo entre os pesquisadores capaz de cruzar resultados diversos sobre um mesmo objeto.
  • 22. Questões Epistemológicas Gerais O Objeto da Comunicação (Wilson Gomes) Nosso campo não é responsável por crise paradigmática, porque paradigmas não são épocas: uma mesma época suporta diferentes paradigmas. Desafio Epistemológico: falta-nos uma comunidade de controle da pesquisa. Não há retornos dos pares e geralmente os artigos são apresentados em lugares que não oferecem resistência.
  • 23. Desafios Epistemológicos Unir teoria e prática (acadêmico e comunicador); Vigilância epistemológica: comunidade de controle da pesquisa, pesquisa da pesquisa; Compromisso ético entre os pares, pesquisa mais como um compromisso ético do que epistemológico; União da comunidade científica latino-americana; Propor âncoras teóricas e metodológicas que dêem conta da fragmentação dos objetos da comunicação.
  • 24. ARTICULAÇÕES E PROPOSIÇÕES PARA O CAMPO DA COMUNICAÇÃO 1. Perspectiva da Comunicação Indiciária (BRAGA) 1. Perspectiva Transmetodológica (EFENDY)
  • 25. Braga coloca duas questões para debate: (1) Problema em “situar” os estudos de Comunicação. Poderíamos pensar que a comunicação estaria nas disciplinas interpretativas (não referidas por Piaget). (1) Saber se podemos caracterizar uma disciplina dentro de um único modelo epistemológico. Reconhecemos que cada uma das Ciências Humanas e Sociais se desdobra em uma variedade de modelos epistemológicos – em função dos objetivos de cada pesquisa.
  • 26. Braga propõe então a perspectiva da Comunicação Indiciária: Então, mais do que categorizar, precisamos entender os usos que fazem de determinados modelos de produção de conhecimento. Por isso, Braga trabalha com a ótica de quando a comunicação é uma disciplina indiciária. Precisamos perceber 'distinções finas' no campo da comunicação.
  • 27. Comunicação Indiciária: “Com uma dupla preocupação, de construção do campo comunicacional por desentranhamento de seu objeto, diretamente no âmbito da sociedade, e de busca de espaço no qual se desenvolvam articulações entre realidades específicas e geração teórica, os estudos de caso e o “paradigma indiciário” de Carlo Ginzburg parecem compor um modelo epistemológico bem ajustado a necessidades da área” (p. 04).
  • 28. Estudos de Caso Pesquisas Nomotéticas Análise de fenômenos singulares. Busca estabelecimento de leis e Produção de conhecimento regularidades abrangentes. para constituição da disciplina. Não dispomos de grandes Se manifestam em diferentes regras básicas próprias ao objetos e situações (os quais se campo, que permitam fazer reúnem exatamente por tais reduções preliminares. regularidades detectadas). Temos variedade dinâmica de “redução” dos objetos e fenômenos que solicitam uma situações, abstraindo os elementos apreensão de seus aspectos singulares em relação às propriamente comunicacionais. regularidades.
  • 29. Finalidades dos estudos de caso: a) gerar conhecimento diversificado sobre fenômenos intuitivamente percebidos e de interesse para a área; b) articular situações de realidade e proposições abstratas abrangentes: situações particulares X conhecimento estabelecido c) gerar proposições a partir de realidades concretas. Âmbito de maior probabilidade de sucesso no “desentranhamento” de questões comunicacionais relacionadas ao fenômeno “em sociedade”
  • 30. Riscos dos estudos de caso: DISPERSÃO: enfoque em situações singulares podem levar à dispersão dos estudos em meio à variedade dos objetos. DERIVAÇÃO CENTRÍFUGA: teorias de áreas vizinhas podem exercer uma atração desviante. APRIORISMO: quando o caso estudado serve apenas para confirmar uma teoria. EMPIRISMO: quando o caso é trabalhado apenas na apreensão empírica da coisa singular – evidenciando seu funcionamento descritivamente.
  • 31. Riscos dos estudos de caso: Os riscos assinalados podem ser enfrentados através de encaminhamentos relativos ao paradigma indiciário: estudos de casos singulares busca de indícios que remetem a fenômenos não evidentes distinção entre indícios essenciais e acidentais tensionamento mútuo entre teoria e objeto derivação de inferências
  • 32. Estudo de casos singulares: FORMAS DE SABER INDICIÁRIAS: “uma atitude orientada para a análise de casos individuais, reconstruíveis somente através de pistas, sintomas, indícios” (Ginzburg, 1989). Não privilegia o empírico, mas seleciona e organiza o empírico para fazer inferências.
  • 33. Busca de indícios que remetem a fenômenos não evidentes: Dois níveis de percepção são necessários: a) perceber o próprio indício (um dado aparentemente irrelevante pode ser significativo); b) fazer inferências, desenvolver relações. Isso envolve distinguir entre indícios essenciais e acidentais.
  • 34. Distinção entre indícios essenciais e acidentais: Necessidade de processos tentativos, através de idas e vindas. Procuramos descobrir relações entre indícios (ainda não definidos como válidos para a pesquisa: “indícios-candidatos”) e a “coisa indiciada”.
  • 35. Faz parte, então, dos estudos de caso, o trabalho de: (a) levantar indícios; (b) decidir sua relevância para o objeto e para a pergunta da pesquisa; (c) articular conjuntos de indícios derivando, daí, inferências sobre o fenômeno.
  • 36. Tensionamento triangular: situação empírica Bases problema Teóricas de pesquisa Daí decorrem inferências de lógicas, processos e estruturas que caracterizam o caso.
  • 37. Tensionamento entre teoria e objeto: Pesquisa empirista = descrição do objeto. Estudo de Teorias = sem avanços no conhecimento. Tensionamento do objeto pela teoria = problematização do caso em estudo a partir de fundamentos adotados. Tensionamento da teoria pelo objeto = para complementá-la com ângulos específicos.
  • 38. Trabalho de articulação entre indícios selecionados: Os indícios e as inferências assim viabilizadas sobre o fenômeno podem ser expressos na forma de um “modelo explicativo” do caso. A construção de modelo, em um estudo de caso, corresponde a uma descrição reconstrutiva do objeto ou situação, baseada não na soma superficial do maior número de detalhes, mas sim, em perspectiva oposta a esta, em um número reduzido de indícios relevantes … (Braga).
  • 39. Tarefas que se colocam para o pesquisador: Fazer a passagem da série material (indícios relacionados entre si) à série indiciada (a realidade percebida através dos indícios). a) não há processos lógicos (algorítmicos) na relações entre indícios em seleção e a situação e seu contexto social. b) fenômenos diversos podem produzir indícios similares – não são possíveis processos estritamente indutivos;
  • 40. Os modelos permanecem hipotéticos. Tais “hipóteses finais” serão submetidas a dois níveis de “teste”: 1. Devem gerar uma “impressão de obviedade”: articular indícios em um “quadro perceptivo” do objeto. 1. Falseabilidade decorrente de objeções: assinalar, no objeto, indícios contraditórios com o modelo; ou indicar incoerência da articulação hipotetizada.
  • 41. Conforme indica Ginzburg, “trata-se da inferência que Peirce chamou de ‘presuntiva’ ou ‘abdutiva’, distinguindo-a da indução simples”. Jean-Philippe Uzel: ABDUÇÃO: única operação lógica que introduz uma idéia nova. Corresponde ao momento preciso da criação da hipótese explicativa, que deve ser validada em seguida de modo empírico (indução), e depois verificada (dedução) pela multiplicação de experiências ou de enquetes.
  • 42. Derivação de inferências É possível prever, em um estudo de caso, dois níveis principais de inferências: a) aquelas referentes às lógicas específicas do caso singular, suas “regras de funcionamento” internas; b) aquelas referentes à inserção do caso em determinados contextos sociais de interesse da pesquisa.
  • 43. Inferências Transversais Considerando o conjunto de pesquisas no âmbito de uma disciplina, podemos entrever um terceiro nível de proposições: INFERÊNCIAS TRANSVERSAIS: pluralidade de casos comparáveis que permitam derivar proposições gerais sobre classes de fenômenos e tipos de lógicas e processos em ação. Nesse terceiro nível encontra-se em processo a constituição do Campo da Comunicação. O que há, aí, de propriamente comunicacional?
  • 44. Perspectiva Transmetodológica - Efendy CONJUNTURA: As práticas culturais comunicacionais mudam aceleradamente com as transformações tecnológicas; Nesse sentido, a dimensão de experimentação é suscitadora; A operacionalização de processos, pensamentos, estratégias, programas depende menos dos conglomerados sistêmicos e megaindustriais do que dos produtores de bens simbólicos;
  • 45. Perspectiva Transmetodológica - Efendy CONJUNTURA: A dimensão digital ampliou o acesso a recursos de produção, economizando procedimentos e facilitando o exercício lúdico; Não só se transformam os objetos técnicos possuídos por nós mas também somos transformados por eles; A cultura da mídia inseriu as pessoas nos formatos e modos de produção simbólica midiáticos.
  • 46. Perspectiva Transmetodológica - Efendy CONJUNTURA: Existem vários exemplos deste atravessamento midiático no modo de vida das pessoas, inclusive tratando das possibilidades da fotografia e da música serem trabalhadas hoje por amadores. A realização de pesquisas sistemáticas demonstra a necessidade de abordagens metodológicas multifocais.
  • 47. Perspectiva Transmetodológica - Efendy Essa realidade multidimensional, multicontextual, dinâmica, multicultural e bárbara exige a formulação de estratégias e modelos metodológicos adequados ao desafio de compreender sua complexidade (p. 29).
  • 48. Perspectiva Transmetodológica - Efendy geração novo desafio múltipla de epistemológico, produtos que demanda o culturais desenvolvimento: digitalizados linha de pesquisa TRANSMETODOLÓGICA
  • 49. Perspectiva Transmetodológica - Efendy TRANSMETODOLOGIA: Linha de pesquisa metodológica que procura trabalhar: visualizações epistêmicas concepções teóricas desenhos e estratégias metodológicas operacionalizações técnicas combinando-as com o que a história, a filosofia, a sociologia, a psicologia e a lógica da ciência oferecem para realizações férteis.
  • 50. Perspectiva Transmetodológica - Efendy Propõe então a opção epistêmica pela CONCEPÇÃO ESTRATÉGICA TRANSMETODOLÓGICA, que se caracteriza por: confluência de métodos; entrelaçamento de lógicas diversas (formais, intuitivas, para-consistentes, abdutivas, experimentais e inventivas); estruturação de estratégias, modelos e propostas mistas, que inter-relacionem vários aspectos das problemáticas comunicacionais.
  • 51. PREMISSAS DA OPÇÃO TRANSMETODOLÓGICA 1ª PREMISSA: A que se considerar o caráter multidemensional e multicontextual dos processos de comunicação. Precisamos considerar também a necessidade de ações estratégicas orientadas para o bem comum, controlando a lógica do lucro fundamentalista.
  • 52. PREMISSAS DA OPÇÃO TRANSMETODOLÓGICA 2ª PREMISSA: Precisamos de uma razão MULTILÉTICA e não instrumental, como eixo articulador das transformações técnico-científicas: expressão da densidade e riqueza do concreto em movimento. Pesquisa e desenvolvimento são bens sociais, humanos; que não devem servir à ótica do mercadejo, mas ao enriqueccimento humano integral.
  • 53. PREMISSAS DA OPÇÃO TRANSMETODOLÓGICA 3ª PREMISSA: Devemos definir a investigação como praxis central do aprendizado humano – da mais simples a mais complexa. Para isso, é preciso uma postura construtiva transdisciplinar, que pesquise vários paradigmas, correntes, perspectivas, experiências de produção e sistematização teórica.
  • 54. PREMISSAS DA OPÇÃO TRANSMETODOLÓGICA 4ª PREMISSA: O TRANSDISCIPLINAR não consiste em destruir o conhecimento elaborado nas disciplinas, mas de alimentar-se de diferentes disciplinas (lógicas, métodos e redes teóricas).
  • 55. PREMISSAS DA OPÇÃO TRANSMETODOLÓGICA 5ª PREMISSA: A ruptura com o senso comum não pode confundir-se com a ruptura com os bons sensos (força do pensamento que as sociedades geraram).
  • 56. PREMISSAS DA OPÇÃO TRANSMETODOLÓGICA 6ª PREMISSA: A sexta premissa da transmetodologia exige certas distinções: quais são as problemáticas pertinentes, os problemas, objetos, os projetos e as pesquisas que garantem ênfase, foco na centralidade comunicacional?
  • 57. PREMISSAS DA OPÇÃO TRANSMETODOLÓGICA 7ª PREMISSA: Devemos assumir a problematização metodológica das investigações para investigar de modo aprofundado – multidemensionalidade comunicacional e não pesquisa unilateral.
  • 58. PREMISSAS DA OPÇÃO TRANSMETODOLÓGICA 8ª PREMISSA: “TODO O TRABALHO CIENTÍFICO, POR MAIS SOFISTICADO E RIGOROSO QUE SEJA, NÃO TEM SENTIDO FILOSÓFICO PROFUNDO, ÉTICO, SE NÃO ASSUME UM COMPROMISSO COM A HUMANIDADE, A VIDA, AS CULTURAS, AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E O BEM-ESTAR DO MUNDO” (p. 38).
  • 59. Perspectiva transmetodológica: necessidade de problematizar os objetos e os sujeitos da pesquisa científica; pensar que os cientistas se formam no cultivo dos desafios; necessidade de mudanças nas condições de produção das ciências, porque talentos são perdidos nas burocracias das instituições científicas;
  • 60. Perspectiva transmetodológica: a perspectiva transmetodológica visa superar o paradigma positivista que é grandioso em suas realizações técnicas e miserável na barbárie ecológica. traça-se a diferença entre a perspectiva transmetodológica e o comunicacionismo genérico, que não delimita as problemáticas da comunicação, e do funcionalismo empirista, que rejeita a pesquisa teórica.
  • 61. Perspectiva transmetodológica: O núcleo central da proposta transmetodológica é a problemática dos métodos – considera-se o caráter múltiplo das concepções, estratégias, desenhos, configurações, propostas e modelos de métodos. AO MUDAR DE MÉTODOS, A CIÊNCIA TORNA-SE CADA VEZ MAIS METÓDICA (BACHELARD, 1973).
  • 62. Perspectiva transmetodológica: Efendy e Braga: Entendem que os procedimentos de investigação precisam de olhares, experimentações, sistematizações, registros, visualizações do real concreto (estudos de caso em Braga). “O específico e o geral seriam trabalhados mediante um processo heurístico de vivência, reflexão e ação de pesquisa” (Efendy).
  • 63. Considerações Finais “Sem qualquer pretensão de que já tenhamos chegado a soluções definitivas do que é comunicação” (Lopes, p.167). “Como proceder pensando em Campo quando sequer entendemos o que é comunicação e nosso objeto?” (Marcondes Filho, Compós, 2011). “Como os pesquisadores da comunicação podem desenhar suas possibilidades epistemológicas estando longe de um conceito que unifique?” (Duarte, p.42).
  • 64. Considerações Finais Diante da falta de consenso sobre a necessidade do conceito de comunicação e definição do objeto comunicacional, refletimos: É necessário ao campo uma definição precisa de objeto? Como alcançá-la diante de objetos tão dinâmicos?
  • 65. Considerações Finais Devemos entender o transdisciplinar pelo alimentar-se de diferentes disciplinas. Quais são os limites da bricolagem teórico- metodológica evitando beber de diferentes teorias a ponto de “tirar as ideias de seus contextos e produzir barbaridades filosóficas” (Pe. Pedro)?
  • 66. Considerações Finais “Sem dúvida existe uma insatisfação generalizada com o estado atual do campo, e seu futuro depende, em boa medida, da maneira em que interpretemos e estruturemos a crescente dispersão intelectual, ideológica e política que o caracteriza” (Fuentes Navarro, p.19). Como trabalhar a vigilância epistemológica perante tamanha dispersão do campo?
  • 67. Considerações Finais “É TRISTE VER A RIQUEZA DOS PENSAMENTOS DEGRADADA A ESPETÁCULO PERFORMÁTICO, DE EXPRESSÃO DE VAIDADES; DESFILES DE OPERADORES SEMÂNTICOS VAZIOS CARENTES DE CONTEÚDO VIVO, DE PESQUISA, DE CONFIGURAÇÕES LÓGICAS SÉRIAS” (pg. 39).
  • 68. Considerações Finais Se não podemos controlar “desfiles de vaidades” e “espetáculos performáticos” alheios, podemos exercer vigilância epistemológica com o nosso próprio fazer-ciência, buscando ser tão críticos com a maneira que pesquisamos quanto buscamos ser com os problemas investigados. Que as pesquisas ultrapassem os engajamentos pessoais em prol do engajamento social – primando pela cidadania científica.