O documento discute mitos e filosofia como formas de organizar e dar sentido ao mundo. Apresenta o mito como uma narrativa sagrada que explica a origem das coisas através de histórias sobre deuses. Aborda também características dos mitos como pensamento mágico, caráter coletivo e dogmático. Exemplifica mitos como o de Dédalo e Ícaro e discute funções dos mitos como explicar, organizar e compensar.
O documento discute as relações entre filosofia, mitologia e religião ao longo da história. Apresenta teorias de filósofos gregos e medievais sobre a origem do universo baseadas em explicações racionais dos elementos naturais ou em um princípio criador divino. Também aborda a evolução histórica das relações entre filosofia, teologia e fé.
(1) Nicolau Maquiavel fundamentou suas teorias políticas na experiência real de seu tempo ao invés de fontes religiosas ou filosóficas; (2) Segundo O Príncipe, as cidades são divididas entre o desejo dos grandes de oprimirem e comandarem e o desejo do povo de não ser oprimido; (3) Maquiavel acreditava que a natureza humana é egoísta e movida por paixões, e que um príncipe deve saber tomar e manter o poder, mesmo usando meios questionáveis.
Este documento discute metodologias ativas no ensino de filosofia, propondo estratégias como aprendizagem baseada em problemas, sala de aula invertida e design thinking. Apresenta também novas tecnologias que podem ser usadas como internet das coisas, realidade aumentada e laboratórios virtuais. O objetivo é promover o protagonismo do aluno e a construção colaborativa do conhecimento.
O documento discute o conceito de estética e beleza. Apresenta diferentes perspectivas filosóficas sobre o que é considerado belo ao longo da história, desde Platão, que via a beleza ligada a uma essência universal, até a fenomenologia, que enxerga a beleza de forma singular em cada obra. Também aborda a importância da educação da sensibilidade por meio da arte e museus.
O documento trata de um teste sobre filosofia aplicado a alunos de diferentes séries do ensino fundamental. As questões abordam tópicos como metafísica, ontologia, significado de ser, dúvida metódica, origem e significado de filosofia.
O documento discute várias perspectivas filosóficas sobre a morte, incluindo Sócrates, Epicuro, Montaigne, Heidegger e Sartre. Também aborda temas como a medicalização da morte, eutanásia, criogenia e o impacto da exploração dos recursos naturais na mortalidade humana e animal.
O documento discute as diferentes formas de conhecimento, incluindo o conhecimento filosófico, científico, mitológico, pelo senso comum e pela arte. Define conhecimento como a relação entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido, e seu resultado. A filosofia busca conhecer racionalmente através da reflexão crítica, diferente da mitologia ou senso comum.
(1) O documento discute a filosofia grega e suas contribuições para a compreensão dos fenômenos naturais;
(2) A filosofia grega buscava explicações lógicas e verdadeiras aos fenômenos físicos, em contraste com explicações religiosas ou mágicas;
(3) Pitágoras contribuiu demonstrando matematicamente o Teorema de Pitágoras, que foi conhecido antes apenas conceitualmente pelos babilônios.
O documento discute as relações entre filosofia, mitologia e religião ao longo da história. Apresenta teorias de filósofos gregos e medievais sobre a origem do universo baseadas em explicações racionais dos elementos naturais ou em um princípio criador divino. Também aborda a evolução histórica das relações entre filosofia, teologia e fé.
(1) Nicolau Maquiavel fundamentou suas teorias políticas na experiência real de seu tempo ao invés de fontes religiosas ou filosóficas; (2) Segundo O Príncipe, as cidades são divididas entre o desejo dos grandes de oprimirem e comandarem e o desejo do povo de não ser oprimido; (3) Maquiavel acreditava que a natureza humana é egoísta e movida por paixões, e que um príncipe deve saber tomar e manter o poder, mesmo usando meios questionáveis.
Este documento discute metodologias ativas no ensino de filosofia, propondo estratégias como aprendizagem baseada em problemas, sala de aula invertida e design thinking. Apresenta também novas tecnologias que podem ser usadas como internet das coisas, realidade aumentada e laboratórios virtuais. O objetivo é promover o protagonismo do aluno e a construção colaborativa do conhecimento.
O documento discute o conceito de estética e beleza. Apresenta diferentes perspectivas filosóficas sobre o que é considerado belo ao longo da história, desde Platão, que via a beleza ligada a uma essência universal, até a fenomenologia, que enxerga a beleza de forma singular em cada obra. Também aborda a importância da educação da sensibilidade por meio da arte e museus.
O documento trata de um teste sobre filosofia aplicado a alunos de diferentes séries do ensino fundamental. As questões abordam tópicos como metafísica, ontologia, significado de ser, dúvida metódica, origem e significado de filosofia.
O documento discute várias perspectivas filosóficas sobre a morte, incluindo Sócrates, Epicuro, Montaigne, Heidegger e Sartre. Também aborda temas como a medicalização da morte, eutanásia, criogenia e o impacto da exploração dos recursos naturais na mortalidade humana e animal.
O documento discute as diferentes formas de conhecimento, incluindo o conhecimento filosófico, científico, mitológico, pelo senso comum e pela arte. Define conhecimento como a relação entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido, e seu resultado. A filosofia busca conhecer racionalmente através da reflexão crítica, diferente da mitologia ou senso comum.
(1) O documento discute a filosofia grega e suas contribuições para a compreensão dos fenômenos naturais;
(2) A filosofia grega buscava explicações lógicas e verdadeiras aos fenômenos físicos, em contraste com explicações religiosas ou mágicas;
(3) Pitágoras contribuiu demonstrando matematicamente o Teorema de Pitágoras, que foi conhecido antes apenas conceitualmente pelos babilônios.
O documento discute os mitos da sociedade contemporânea e como eles diferem dos mitos antigos. Explica que os mitos antigos davam sentido existencial à vida, enquanto os mitos modernos esvaziam o sentido. A mídia fabrica e descarta mitos rapidamente. Também lista vários exemplos de mitos modernos como celulares, computadores e a ilusão de felicidade eterna no casamento.
O documento discute a importância fundamental do ato de perguntar para a constituição da natureza humana. O homem se distingue por sua capacidade de questionar tudo ao seu redor de forma ilimitada, buscando compreender o sentido de sua própria existência através das perguntas "quem sou eu?", "de onde venho?" e "para onde vou?". A atitude indagadora é essencial tanto para a filosofia quanto para a reflexão sobre a vida.
O documento define sociedade como interações humanas culturalmente padronizadas e um sistema de símbolos, valores e normas. Uma sociedade controla as ações individuais através de normas sociais, punindo aqueles que as ultrapassam. Uma sociedade divide-se em classes sociais, com trabalhadores trocando trabalho por salário para sobreviver e capitalistas acumulando lucro e status.
O documento discute a filosofia e a atitude filosófica. Aponta que todos têm preconceitos filosóficos, mesmo sem saber, e que a filosofia serve para analisar criticamente essas teorias. A atitude filosófica se caracteriza pelo espanto, dúvida e insatisfação diante dos problemas do mundo.
O documento é uma atividade de filosofia sobre ciência para alunos do 3o ano. Ele contém 13 termos relacionados à ciência dispostos aleatoriamente em uma grade e pede aos alunos para identificá-los com base no que aprenderam no capítulo 20 sobre ciência. Uma lista com as respostas corretas é fornecida no final.
Atividade de Filosofia -1º, 2º e 3º ano - IV bimestreMary Alvarenga
1) O documento é uma prova de filosofia para alunos do 1o e 2o ano do Centro de Ensino Urbano Rocha com questões sobre ética, moral, liberdade e desenvolvimento humano.
2) As questões abordam tópicos como a definição de moral, juízos de valor versus fatos, características do sujeito ético e os estágios do desenvolvimento humano segundo Piaget.
3) Há também perguntas abertas pedindo aos alunos para definirem o que significa ser livre e ético.
1) O documento discute as origens da filosofia na Grécia antiga e as teorias sobre influências orientais nos primeiros filósofos gregos.
2) Os gregos teriam incorporado saberes de civilizações como os egípcios, babilônios e persas e transformado em ciências como aritmética, geometria, astronomia e psicologia.
3) A filosofia grega teria surgido a partir dessa herança oriental, mas os filósofos gregos teriam dado uma abordagem rac
O documento introduz o tema Filosofia, Retórica e Democracia na Grécia Antiga. Aborda o surgimento da democracia em Atenas e dos sofistas, que ensinavam retórica. Também discute as visões de Sócrates e Platão, que criticavam os sofistas por valorizarem apenas a persuasão. O documento conclui com a relação entre filosofia, retórica e democracia na época.
1) O documento discute a origem da ética e filosofia moral a partir das perguntas de Sócrates aos atenienses.
2) Sócrates questionava o significado de valores como coragem e justiça, mostrando que as pessoas confundiam valores com fatos.
3) Isso levou ao nascimento da ética como reflexão filosófica sobre os valores morais e o caráter humano.
O documento discute as relações entre ciência, técnica e tecnologia, e como a tecnologia pode trazer benefícios ou riscos dependendo de como é usada. Também aborda temas como bioética, que estuda assuntos relacionados à vida como clonagem e engenharia genética.
O documento discute o pensamento mítico e a importância dos mitos. Apresenta exemplos de mitos e características das narrativas míticas, como construções fantasiosas e tradições orais. Também define o que é um mito, como narrativa das origens com dimensão global e intuitiva, e características como associar o homem ao sobrenatural e coletivo.
A filosofia surgiu na Grécia antiga como uma passagem do mito, onde os deuses explicavam tudo, para a razão, onde explicações eram buscadas através de questionamentos e respostas encontradas na natureza, marcando o início de um novo pensamento racional e questionador.
A filosofia surge com o homem buscando explicações para a vida e o universo através da razão. A Grécia Antiga foi o berço dos primeiros filósofos, que buscavam explicações racionais para fenômenos antes explicados pela mitologia. Pensadores pré-socráticos como Pitágoras e Demócrito refletiram sobre o universo e a natureza.
Este documento é um teste de filosofia sobre os principais conceitos e filósofos da origem da filosofia na Grécia Antiga. O teste contém perguntas sobre como a filosofia surgiu para explicar os fenômenos naturais, os primeiros filósofos pré-socráticos como Tales de Mileto e Heráclito, e os conceitos centrais de ser e conhecimento.
(1) O documento apresenta um gabarito de questões sobre filosofia, com as alternativas de respostas corretas sendo: Gnosiologia, tipos de conhecimentos (filosófico, científico, religioso, mitológico, senso comum), Ceticismo, Dogmatismo, e senso comum.
Este documento apresenta atividades introdutórias à filosofia e filosofia política para acadêmicos de graduação em filosofia. Inclui definições de filosofia, exemplos para distinguir filosofia de mito e religião, e exercícios em grupo para explorar esses tópicos.
O documento discute os conceitos de etnocentrismo e relativismo cultural. 1) O etnocentrismo é a tendência de supervalorizar a própria cultura em detrimento de outras. 2) O relativismo propõe que as culturas devem ser entendidas dentro de seus próprios contextos históricos, sem hierarquizá-las. 3) Para superar o etnocentrismo, é necessário aceitar as diferenças culturais e enxergar o outro em seu contexto.
Linguagem, pensamento e cultura na filosofiaequacao
1) O documento discute o tema da influência da língua no pensamento segundo o artigo "Does the Language I Speak Influence the Way I Think?", defendendo que a cultura, o pensamento e a linguagem se inter-relacionam e influenciam mutuamente.
2) Também aborda como diferentes culturas categorizam elementos da realidade de forma distinta, influenciando a forma de pensar.
3) Discorre sobre como a linguagem serve para comunicar ideias e sentimentos através de signos convencionais como gestos, sons e símbolos.
O documento discute mitologia grega, filosofia e o Mito da Caverna de Platão. A mitologia grega usava narrativas com símbolos e deuses para explicar fenômenos naturais. A filosofia aborda problemas fundamentais de forma racional, diferente da mitologia e religião. O Mito da Caverna de Platão discute teoria do conhecimento na República.
O documento resume o mito grego de Édipo. Laio, rei de Tebas, é avisado por um oráculo que seu filho o matará, então abandona Édipo recém-nascido. Anos depois, Édipo mata Laio em uma briga e se torna rei de Tebas, sem saber que Laio era seu pai. Ele também se casa com Jocasta, sua mãe, cumprindo a profecia. Quando a verdade é revelada, Édipo cega a si mesmo e Jocasta se enforca.
(1) A filosofia surgiu com o objetivo de fornecer explicações racionais sobre o mundo, ao invés de explicações mitológicas. (2) Ela substituiu narrativas sobre deuses por explicações baseadas nos elementos da natureza. (3) Diferentemente dos mitos, a filosofia busca explicações lógicas, coerentes e livres de contradições.
Este documento discute a origem da filosofia e dos mitos. A filosofia surgiu nos séculos VII-VI a.C. nas cidades gregas da Ásia Menor como uma interpretação dos mitos religiosos da época. Os mitos foram criados para explicar fenômenos naturais e eventos do passado. O texto apresenta o mito de Aracne, uma tecelã que desafiou a deusa Atena para uma competição de tecelagem e foi transformada em aranha após perder.
O documento discute os mitos da sociedade contemporânea e como eles diferem dos mitos antigos. Explica que os mitos antigos davam sentido existencial à vida, enquanto os mitos modernos esvaziam o sentido. A mídia fabrica e descarta mitos rapidamente. Também lista vários exemplos de mitos modernos como celulares, computadores e a ilusão de felicidade eterna no casamento.
O documento discute a importância fundamental do ato de perguntar para a constituição da natureza humana. O homem se distingue por sua capacidade de questionar tudo ao seu redor de forma ilimitada, buscando compreender o sentido de sua própria existência através das perguntas "quem sou eu?", "de onde venho?" e "para onde vou?". A atitude indagadora é essencial tanto para a filosofia quanto para a reflexão sobre a vida.
O documento define sociedade como interações humanas culturalmente padronizadas e um sistema de símbolos, valores e normas. Uma sociedade controla as ações individuais através de normas sociais, punindo aqueles que as ultrapassam. Uma sociedade divide-se em classes sociais, com trabalhadores trocando trabalho por salário para sobreviver e capitalistas acumulando lucro e status.
O documento discute a filosofia e a atitude filosófica. Aponta que todos têm preconceitos filosóficos, mesmo sem saber, e que a filosofia serve para analisar criticamente essas teorias. A atitude filosófica se caracteriza pelo espanto, dúvida e insatisfação diante dos problemas do mundo.
O documento é uma atividade de filosofia sobre ciência para alunos do 3o ano. Ele contém 13 termos relacionados à ciência dispostos aleatoriamente em uma grade e pede aos alunos para identificá-los com base no que aprenderam no capítulo 20 sobre ciência. Uma lista com as respostas corretas é fornecida no final.
Atividade de Filosofia -1º, 2º e 3º ano - IV bimestreMary Alvarenga
1) O documento é uma prova de filosofia para alunos do 1o e 2o ano do Centro de Ensino Urbano Rocha com questões sobre ética, moral, liberdade e desenvolvimento humano.
2) As questões abordam tópicos como a definição de moral, juízos de valor versus fatos, características do sujeito ético e os estágios do desenvolvimento humano segundo Piaget.
3) Há também perguntas abertas pedindo aos alunos para definirem o que significa ser livre e ético.
1) O documento discute as origens da filosofia na Grécia antiga e as teorias sobre influências orientais nos primeiros filósofos gregos.
2) Os gregos teriam incorporado saberes de civilizações como os egípcios, babilônios e persas e transformado em ciências como aritmética, geometria, astronomia e psicologia.
3) A filosofia grega teria surgido a partir dessa herança oriental, mas os filósofos gregos teriam dado uma abordagem rac
O documento introduz o tema Filosofia, Retórica e Democracia na Grécia Antiga. Aborda o surgimento da democracia em Atenas e dos sofistas, que ensinavam retórica. Também discute as visões de Sócrates e Platão, que criticavam os sofistas por valorizarem apenas a persuasão. O documento conclui com a relação entre filosofia, retórica e democracia na época.
1) O documento discute a origem da ética e filosofia moral a partir das perguntas de Sócrates aos atenienses.
2) Sócrates questionava o significado de valores como coragem e justiça, mostrando que as pessoas confundiam valores com fatos.
3) Isso levou ao nascimento da ética como reflexão filosófica sobre os valores morais e o caráter humano.
O documento discute as relações entre ciência, técnica e tecnologia, e como a tecnologia pode trazer benefícios ou riscos dependendo de como é usada. Também aborda temas como bioética, que estuda assuntos relacionados à vida como clonagem e engenharia genética.
O documento discute o pensamento mítico e a importância dos mitos. Apresenta exemplos de mitos e características das narrativas míticas, como construções fantasiosas e tradições orais. Também define o que é um mito, como narrativa das origens com dimensão global e intuitiva, e características como associar o homem ao sobrenatural e coletivo.
A filosofia surgiu na Grécia antiga como uma passagem do mito, onde os deuses explicavam tudo, para a razão, onde explicações eram buscadas através de questionamentos e respostas encontradas na natureza, marcando o início de um novo pensamento racional e questionador.
A filosofia surge com o homem buscando explicações para a vida e o universo através da razão. A Grécia Antiga foi o berço dos primeiros filósofos, que buscavam explicações racionais para fenômenos antes explicados pela mitologia. Pensadores pré-socráticos como Pitágoras e Demócrito refletiram sobre o universo e a natureza.
Este documento é um teste de filosofia sobre os principais conceitos e filósofos da origem da filosofia na Grécia Antiga. O teste contém perguntas sobre como a filosofia surgiu para explicar os fenômenos naturais, os primeiros filósofos pré-socráticos como Tales de Mileto e Heráclito, e os conceitos centrais de ser e conhecimento.
(1) O documento apresenta um gabarito de questões sobre filosofia, com as alternativas de respostas corretas sendo: Gnosiologia, tipos de conhecimentos (filosófico, científico, religioso, mitológico, senso comum), Ceticismo, Dogmatismo, e senso comum.
Este documento apresenta atividades introdutórias à filosofia e filosofia política para acadêmicos de graduação em filosofia. Inclui definições de filosofia, exemplos para distinguir filosofia de mito e religião, e exercícios em grupo para explorar esses tópicos.
O documento discute os conceitos de etnocentrismo e relativismo cultural. 1) O etnocentrismo é a tendência de supervalorizar a própria cultura em detrimento de outras. 2) O relativismo propõe que as culturas devem ser entendidas dentro de seus próprios contextos históricos, sem hierarquizá-las. 3) Para superar o etnocentrismo, é necessário aceitar as diferenças culturais e enxergar o outro em seu contexto.
Linguagem, pensamento e cultura na filosofiaequacao
1) O documento discute o tema da influência da língua no pensamento segundo o artigo "Does the Language I Speak Influence the Way I Think?", defendendo que a cultura, o pensamento e a linguagem se inter-relacionam e influenciam mutuamente.
2) Também aborda como diferentes culturas categorizam elementos da realidade de forma distinta, influenciando a forma de pensar.
3) Discorre sobre como a linguagem serve para comunicar ideias e sentimentos através de signos convencionais como gestos, sons e símbolos.
O documento discute mitologia grega, filosofia e o Mito da Caverna de Platão. A mitologia grega usava narrativas com símbolos e deuses para explicar fenômenos naturais. A filosofia aborda problemas fundamentais de forma racional, diferente da mitologia e religião. O Mito da Caverna de Platão discute teoria do conhecimento na República.
O documento resume o mito grego de Édipo. Laio, rei de Tebas, é avisado por um oráculo que seu filho o matará, então abandona Édipo recém-nascido. Anos depois, Édipo mata Laio em uma briga e se torna rei de Tebas, sem saber que Laio era seu pai. Ele também se casa com Jocasta, sua mãe, cumprindo a profecia. Quando a verdade é revelada, Édipo cega a si mesmo e Jocasta se enforca.
(1) A filosofia surgiu com o objetivo de fornecer explicações racionais sobre o mundo, ao invés de explicações mitológicas. (2) Ela substituiu narrativas sobre deuses por explicações baseadas nos elementos da natureza. (3) Diferentemente dos mitos, a filosofia busca explicações lógicas, coerentes e livres de contradições.
Este documento discute a origem da filosofia e dos mitos. A filosofia surgiu nos séculos VII-VI a.C. nas cidades gregas da Ásia Menor como uma interpretação dos mitos religiosos da época. Os mitos foram criados para explicar fenômenos naturais e eventos do passado. O texto apresenta o mito de Aracne, uma tecelã que desafiou a deusa Atena para uma competição de tecelagem e foi transformada em aranha após perder.
O documento discute o surgimento da filosofia na Grécia Antiga. A filosofia surgiu como uma resposta dos gregos a problemas reais, considerando influências de outras culturas mas adaptando seus conteúdos. Os primeiros filósofos questionavam sobre temas como nascimento, morte e mudança no mundo. A filosofia se diferencia do mito por buscar explicações naturais e racionais em vez de narrativas sobrenaturais. Condições históricas como viagens, moeda e escrita contribuíram para o surg
O documento discute o conceito de mito, comparando-o com a filosofia. Define mito como uma narrativa tradicional que busca explicar fenômenos naturais e origens do mundo de forma simbólica e não racional. A filosofia, por outro lado, busca explicações lógicas e coerentes através de discussão e argumentos. O documento também apresenta o mito de Prometeu e cita Fernando Pessoa sobre mitos.
O documento resume o mito grego de Dédalo e Ícaro, onde eles criaram asas de penas e cera para escapar do labirinto de Minos. Dédalo avisou Ícaro para não voar muito alto ou perto do mar, mas Ícaro se empolgou e voou alto demais, derretendo as asas com o sol e caindo no mar. O mito representa os perigos da idealização e da ingenuidade.
Este documento fornece um resumo sobre a filosofia pré-socrática e socrática na Grécia Antiga. Ele discute os principais filósofos pré-socráticos como Tales de Mileto, Pitágoras, Parmênides e Heráclito e suas ideias sobre physis, arché e logos. Também aborda os sofistas e seu foco na retórica e relativismo, além de Sócrates e seu método dialético de autoconhecimento através da ironia, confutação e maieútica.
El documento describe cuatro tipos de educación en sociedades primitivas: mágica, doméstica, imitativa y global. También describe las características de las sociedades primitivas, incluyendo la inexistencia de un estado, la ausencia de clases sociales, la escasez de instrumentos de trabajo y la inexistencia de la propiedad privada.
Aula de Filosofia - Passagem do Mito - FilosofiaRafael Oliveira
Este documento descreve as principais fases históricas da Grécia Antiga, desde o período pré-homérico até o período helenístico. Ele destaca os principais fatores que levaram à transição do mito à filosofia, como o desenvolvimento das cidades, da moeda e da escrita. O documento também diferencia a estrutura do mito, baseada na transmissão oral, da estrutura da filosofia, fundamentada na escrita e no uso da razão.
O documento discute as diferenças entre mitos primitivos e modernos, e como a filosofia surgiu na Grécia como uma crítica aos mitos voláteis. Também explica que Tales da Mileto foi o primeiro dos pré-socráticos a estudar a natureza sem recorrer aos mitos, ao invés de usar narrativas, marcando o início da filosofia.
1) Discute-se o nascimento da filosofia e as condições que permitiram seu surgimento na Grécia Antiga, rompendo com explicações míticas sobre a realidade.
2) A filosofia questiona a essência e origem das coisas de forma lógico-conceitual, enquanto culturas orientais já davam respostas satisfatórias temporariamente por meio de mitos e cosmogonias.
3) A filosofia representou um pensamento radical e inovador em relação às práticas e explicações existentes, emb
O documento apresenta o mito grego de Ícaro e Dédalo. Dédalo constrói asas de penas para ele e seu filho Ícaro escaparem da prisão de Minos. Enquanto Dédalo voa com cuidado, Ícaro sobe demais com suas asas de cera derretida, caindo no mar e se afogando. O mito representa os perigos de se exceder nos próprios limites.
El rey Minos encargó a Dédalo construir un laberinto para encerrar al Minotauro, hijo de su esposa con un toro. Teseo mató al Minotauro en el laberinto con ayuda de Ariadna. Minos encerró entonces a Dédalo e Ícaro por haber ayudado a Teseo. Dédalo construyó alas de plumas para escapar pero advirtió a Ícaro de no volar demasiado cerca del sol, aunque Ícaro no le hizo caso y cayó
O documento resume os principais conceitos da filosofia grega antiga, incluindo o surgimento da filosofia a partir da racionalidade em oposição aos mitos, os campos da filosofia como metafísica e ética, e a influência de Platão exemplificada pelo Mito da Caverna.
O documento discute os conceitos de mito, religião, senso comum e sua relação com a filosofia. Apresenta que o mito é uma narrativa fictícia para explicar o mundo, diferente da filosofia que busca explicações racionais. Já a religião envolve crenças reveladas e dogmas absolutos, ao passo que a filosofia procura construções racionais. Por fim, o senso comum não é suficiente para a filosofia, que deve aprofundar o conhecimento além do senso comum.
O documento discute a relação entre mito, filosofia e religião. Explica que os mitos narram a origem das coisas através de forças sobrenaturais, enquanto a filosofia busca explicações racionais. Embora a filosofia rompa com os mitos, eles continuaram a conviver. Já a religião se baseia em dogmas revelados por deuses e possui rituais e instituições, diferindo da filosofia que busca explicações lógicas não definitivas.
O documento discute três pontos principais sobre o homem primitivo de acordo com Vygotsky:
1. Vygotsky rejeita a ideia de que as diferenças entre povos primitivos e culturais são devido a diferenças biológicas. Ele argumenta que as diferenças estão no desenvolvimento social.
2. Vygotsky analisa três teorias sobre o desenvolvimento histórico-cultural do homem primitivo: associacionismo, influência da estrutura social, e pensamento lógico do ponto de vista do homem primitivo.
1) O documento discute mitos, ritos e diferentes perspectivas sobre eles, incluindo funcionalismo, estruturalismo e abordagens psicológicas e fenomenológicas.
2) Apresenta um ritual de iniciação ao cristianismo ortodoxo em três etapas: batismo, unção com óleo e comunhão.
3) Defende uma abordagem transdisciplinar que integra perspectivas antropológicas, históricas e psicológicas para compreender mitos e ritos.
O documento discute os conceitos de mito, religião, senso comum e sua relação com a filosofia. Apresenta as características do mito como uma narrativa fictícia para explicar o mundo e compara com a filosofia que busca explicações racionais. Também diferencia religião da filosofia, sendo a religião um conjunto de crenças reveladas e a filosofia procurando construir explicações racionais. Por fim, discute a relação entre senso comum e filosofia.
A filosofia surgiu a partir de uma transformação gradual dos antigos mitos gregos, onde os primeiros filósofos como Tales de Mileto começaram a buscar explicações racionais e naturais para o mundo ao redor deles, em oposição às explicações sobrenaturais dos mitos. A filosofia se desenvolveu buscando um conhecimento sistemático e com validade universal, enquanto os mitos se fixavam no passado e nas narrativas divinas.
Trabalho de-filosofia- mito e mitologiaSamuel Araújo
O documento discute os conceitos de mito e mitologia, apresentando:
1) Definições de mito como histórias populares ou religiosas que refletem visões de mundo e tentam explicar fenômenos, e de mitologia como o estudo e interpretação desses mitos;
2) Diferentes tipos de mitos e as principais mitologias como a grega, romana, egípcia, nórdica e celta;
3) A conclusão de que a mitologia é um conjunto de lendas e mitos e existem muitas
O documento discute o conceito de mito e sua importância na cultura grega antiga. Apresenta o mito de Pandora e explica como os mitos eram usados para explicar fenômenos naturais e rituais de passagem. Também descreve as obras de Homero e Hesíodo, que transmitiam os mitos oralmente, e os principais deuses do panteão grego como Zeus, Afrodite e Poseidon. Finalmente, discute como os mitos ainda influenciam a cultura contemporânea através de histórias em quadrinhos e fil
O documento discute o conceito de mito e sua diferença em relação a lenda. Apresenta o mito da caverna de Platão e explica que mitos procuram oferecer uma visão unificada e coerente do mundo. Também resume o mito da alma gêmea contado por Aristófanes no Banquete de Platão, onde os seres humanos originais eram seres completos divididos em dois por Zeus.
O documento discute o conceito de mito, descrevendo-o como uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico que procura explicar os principais acontecimentos da vida e origens do mundo. Também aborda a relação entre mito e religião, sociedade, psicologia, literatura, arte e como mitos modernos são utilizados na mídia.
O documento apresenta uma introdução sobre mito, religião e filosofia, explicando a relação entre eles. Apresenta que mitos surgiram para explicar perguntas sobre o cosmos e foram depois questionados pela filosofia, que busca explicações racionais. Também define mito, religião, rito, filosofia e apresenta exemplos de mitos gregos como Zeus e Afrodite. Explica cosmogonia, teogonia e a diferença entre explicações míticas e filosóficas. Por fim, apresenta um exemplo de narrativa mítica greg
1) O documento discute a origem da filosofia na Grécia Antiga e o papel dos mitos naquela sociedade para explicar fenômenos naturais e históricos. 2) Os mitos gregos continham lições e informações sobre a sociedade, economia, arte e política da época. 3) Embora a filosofia tenha introduzido explicações racionais, os mitos continuaram sendo importantes na cultura grega por um longo período.
O documento discute como os mitos, através de narrativas, ajudam os homens a compreender a origem do mundo e das coisas. Explica que a palavra "mito" vem do grego e significa contar histórias que fazem parte da cultura de um povo, podendo refletir tanto a realidade quanto a potencializá-la. Além disso, os mitos teriam uma função social de mediar a relação entre o sagrado e o homem, dando sentido ao mundo por meio de narrativas.
O documento discute o mito na sociedade atual, analisando:
1) A origem e evolução dos mitos na Grécia antiga e como eles explicavam a realidade;
2) A função dos mitos em unir grupos em torno de pontos comuns e explicar o mundo;
3) O mito de Prometeu, que deu o fogo aos humanos, sendo punido por isso.
Narciso era filho de um deus-rio e uma ninfa. Ele desprezava o amor, embora as ninfas o perseguissem. Uma delas, Eco, se apaixonou tanto por ele que emagreceu até restar apenas os ossos e a voz. Nêmesis, filha de Zeus, vingou as ninfas desprezadas fazendo com que Narciso se visse refletido em uma fonte e se apaixonasse por sua própria imagem, levando-o à morte. Uma flor brotou no local onde ele morre
O documento discute a transição do mito para a filosofia na Grécia antiga. Apresenta definições de ideologia e alienação e descreve como os primeiros filósofos questionavam os mitos para buscar explicações racionais sobre origens e mudanças no mundo. Também destaca Homero e Hesíodo como poetas que influenciaram o pensamento mítico e compara as diferenças entre saber mítico e pensamento racional.
Mitos são histórias contadas de geração em geração, usadas para explicar os fenômenos da natureza, as origens do mundo e do ser humano, a origem dos males, entre outros temas.
Os mitos explicavam fatos que a ciência ainda não havia explicado, de maneira simbólica e fantasiosa, comentando sobre personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Eles constituem uma forma de conhecimento não racional sobre o mundo e os seres.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial.
www.ex-isto.com
www.fb.com/existocom
www.youtube.com/existo
www.instagram.com/existocom
2019
O documento apresenta um projeto interdisciplinar sobre mitologia para alunos do ensino fundamental. Aborda conceitos como origem da mitologia, religião e mito. Detalha as mitologias grega, egípcia e viking que serão estudadas pelas séries finais.
Breve apresentação sobre a transição entre o pensamento mítico e filosófico no ocidente, com base na mitologia grega.
Por Bruno Carrasco, psicoterapeuta existencial.
http://www.ex-isto.site/
http://www.fb.com/existosendo
http://www.youtube.com/existo
http://www.instagram.com/existosendo
2019
O documento discute o conceito de mito como uma forma simbólica e não científica de explicar fenômenos do mundo. Apresenta exemplos de mitos gregos como Prometeu, Pandora e Eros, que explicavam questões como a origem do fogo e das desgraças humanas. Também discute a mitologia grega e personagens como Zeus, Afrodite e Apolo, que davam sentido divino a habilidades e talentos humanos.
I. O documento discute as origens dos mitos da mitologia grega e romana, apresentando quatro teorias: a bíblica, a histórica, a alegórica e a física.
II. O texto introduz o trabalho de Salústio "Sobre os Deuses e o Cosmos", explicando que o objetivo é compartilhar a visão dos antigos sobre suas próprias religiões.
III. As primeiras seções do trabalho de Salústio discutem que os discípulos devem ter mentes abertas e sensatas, e que
O documento discute a natureza e função dos mitos de acordo com diferentes autores. 1) Mitos são narrativas sagradas que descrevem eventos do tempo primordial e ações de seres sobrenaturais. 2) Mitos preservam perspectivas do passado e lidam com temas fundamentais da existência humana como espiritualidade. 3) A mitologia estuda os mitos, suas origens e significados.
Os mitos procuram explicar fenômenos naturais e questões fundamentais da existência humana através de narrativas que envolvem seres sobrenaturais. Eles eram transmitidos de geração em geração e estavam ligados a rituais e cerimônias religiosas. Os mitos abordam temas como a criação do mundo, a origem dos deuses e da humanidade, e a morte, entre outros assuntos universais.
Os mitos são histórias tradicionais que explicam fenômenos do mundo de forma simbólica. Eles abordam temas como a origem do mundo, ciclos da natureza e a morte, tentando responder perguntas fundamentais do ser humano. Os mitos eram transmitidos entre gerações e faziam parte de rituais religiosos de diferentes culturas.
O documento discute a origem e propósito dos mitos. Os mitos surgiram para explicar fenômenos naturais e acreditava-se que o que acontecia na Terra estava ligado ao mundo dos deuses. Secas e epidemias eram vistas como o triunfo das forças do mal. Mitos tentavam explicar os principais acontecimentos da vida de forma simbólica. Diferentemente dos mitos, a filosofia busca explicações racionais e lógicas para a realidade.
Disciplina sobre as narrativas míticas e as possíveis origens para as histórias. Por que os seres humanos contam tantas histórias? Quando a literatura oral surgiu? Qual o papel dos mitos na atualidade?
Essas e outras perguntas são abordadas num esforço para descobrir o uso das histórias desde nossos antepassados até o papel da narrativa mítica na sociedade contemporânea.
O documento apresenta uma introdução sobre mitos, definindo-os como narrativas que tentavam explicar questões fundamentais sobre a origem do mundo e da humanidade. Em seguida, descreve os principais mitos gregos sobre a criação do universo e a genealogia dos deuses olímpicos, incluindo Cronos, Zeus, Afrodite e outros. Por fim, discute brevemente a relação entre mitos e filosofia na Grécia Antiga.
Semelhante a Aula 04 mito e filosofia 20130329114826 (1) (20)
1. Mito e Filosofia
O homem sempre tentou dar sentido às coisas e colocar ordem no seu mundo para que pudesse saber
como agir no cotidiano. “O espírito do homem não suporta a desordem porque não pode pensá-la”
(ARAGON, 1996, p. 215 ).
Mas, como organizar a realidade? A humanidade seguiu por dois caminhos diferentes:
1. Fabulação: mitos
2. Razão: filosofia
Na busca de explicar e ordenar o mundo estão presentes tanto o mito, que usa pensamento por figuras
quanto a racionalidade que se empenha em pensar por conceitos.
A NARRATIVA MÍTICA
A narrativa mítica se constitui na mais rica experiência de explicação e ordenação do mundo e dos
homens. Um mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos
homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da
doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras, do poder, etc.).
A palavra mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar,
falar alguma coisa para outros) e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear, designar).
Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem como
verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que narra; é uma narrativa feita em público,
baseada, portanto, na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. E essa autoridade vem do
fato de que ele ou testemunhou diretamente o que está narrando ou recebeu a narrativa de quem
testemunhou os acontecimentos narrados.
Quem narra o mito? O poeta-rapsodo. Quem é ele? Por que tem autoridade? Acredita-se que o poeta
é um escolhido dos deuses, que lhe mostram os acontecimentos passados e permitem que ele veja a
origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa transmiti-la aos ouvintes. Sua palavra - o
mito - é sagrada porque vem de uma revelação divina. O mito é, pois, incontestável e inquestionável.
Mircea Eliade, tenta definir mito da seguinte forma:
“O mito é uma realidade cultural extremamente complexa, que
pode ser abordada e interpretada em perspectivas múltiplas e
complementares [...] o mito conta uma história sagrada, relata
um acontecimento que teve lugar no tempo primordial, o
tempo fabuloso dos começos...
O mito conta graças aos feitos dos seres sobrenaturais, uma
realidade que passou a existir, quer seja uma realidade tetal, o
Cosmos, quer apenas um fragmento, uma ilha, uma espécie
vegetal, um comportamento humano, é sempre, portanto uma
narração de uma criação descreve-se como uma coisa foi
2. produzida, como começou a existir...” Mircea Eliade, Aspectos
do Mito, pág12/13.
Toda narrativa mítica se constitui num esforço de explicar como tudo começou. Desde questões da
condição humana aos eventos da natureza, o nascimento dos deuses...
Não é possível entender o mito julgando a história ao pé da letra porque ele nunca limita àquilo que nele se
exprime. Trás sempre uma lição que trata do comportamento humano e que pode ser entendida na análise da
historia. Para entender melhor veja o mito de Dédalo e Ícaro:
Porém, Dédalo foi a primeira vítima de sua invenção. Após provocar a ira de Minos, Dédalo foi encerrado no
labirinto juntamente com seu filho Ícaro e o Minotauro. Dédalo resolveu, então, fabricar asas artificiais para si
e para seu filho com o objetivo de sair do labirinto pelos ares. Depois de muito trabalho, prendeu as asas com
cera. Antes porém de saírem voando, Dédalo recomendou ao filho que não voasse muito alto, pois a
proximidade com o sol poderia derreter a cera. Abriram asas e partiram.
Ícaro, esquecendo-se da recomendação do pai elevou-se demais, chegando muito perto do Sol. A cera de suas
asas derreteu e ele precipitou-se no mar Egeu, que desde então passou a chamar-se mar Icário.
Quando Ícaro, foi tão alto, além de desobedecer ao pai, exigiu de suas asas muito mais do que elas
poderiam dar.
Trazendo para nossos dias: Quantos exigem da vida muito mais do que as suas condições permitem? O
cartão de crédito, por exemplo, nos dá a sensação de que podemos fazer coisas incríveis. Podemos
passar do limite é com isso termos uma derrocada financeira.
CARACTERÍSTICAS
Pensamento Mágico: O mito está ligado à magia, ao sobrenatural. Entende que é possível
realizar ações específicas para ter desejos satisfeitos. Dessa forma, muitos rituais são
realizados como forma de garantir os eventos desejados.
Dogmático: Não há necessidade de comprovação pois sua aceitação vem da crença.
Dédalo, era um artista muito talentoso que foi
descendente de reis de Atenas e estudou com o deus
Mercúrio. Inventou, entre outras coisas, os remos,
que deveriam substituir as velas. Teve um conflito
com seu sobrinho e terminou por mata-lo, sendo por
isso, condenado a morte. Fugiu para Creta e se
refugiou na corte do rei Minos.
Foi o construtor do famoso labirinto, lugar reservado
para aprisionar um terrível monstro, o Minotauro.
Para garantir que o monstro não fugiria elaborou um
um cercado de madeiras arrumadas de tal forma
que, uma vez la dentro, ninguém conseguia sair.
3. Coletivo: Não existe mito de uma pessoa, ele se manifesta no coletivo. É nesse âmbito que o
indivíduo tem consciência de si, como membro de um grupo, o Outro me reporta quem sou.
As narrativas tratam de problemas universais e não de uma pessoa isoladamente.
ALGUMAS CLASSES DE MITOS
Muitos poetas como Hesíodo e Ovídio tiveram o trabalho de tentar uma classificação dos
tipos de mitos embora não seja possível ser muito rigoroso nesse sentido. Existem mitos que
buscaram explicações sobre a criação do universo e do homem. Eles ficaram conhecidos como
mitos de origem. Neste grupo é possível distinguir as cosmogonias, mitos sobre a origem do
cosmos e as teogonias, mitos sobre as origens dos deuses e, por fim os mitos religiosos, que
se baseiam no poder de um único Deus.
Deuses foram criados à semelhança dos homens, com defeitos e qualidades, e uma carga de
sentimentos idêntica aos humanos como amor e ódio, vingança, vaidade, egoísmo, traição,
que é o caso do deus supremo do Olimpo: Zeus.
Com a invasão da Grécia pelos bárbaros do Norte europeu, houve um choque cultural. Como uma
mulher, uma deusa, era considerada mais importante na sociedade? Então Hera foi casada com
Zeus, seu irmão para ter um lugar menos destacado, apenas de esposa, representando isso a
derrota do culto matrifocal na Grécia, sendo substituída pelos cultos patrifocais.
Casou-se com sua irmã Hera mas teve casos
com muitas deusas e humanas. Das
infidelidades vieram muitos filhos e filhas a
quem Hera perseguia tenazmente, ficando
conhecida como deusa ciumenta. Do encontro
de Zeus e Alcmena, nasce Hercules, o mais
odiado filho bastardo de Zeus.
Hera, conhecida como Rainha dos Céus, é uma
divindade cultuada muito antes de Zeus no mundo
Mediterrâneo e seus cultos se espalharam por
muitos lugares. Haviam procissões, com oferenda,
seguidas de banquetes, competições esportivas e o
ápice das celebrações era quando as sacerdotisas
faziam procissões anuais, momento em que
levavam as estátuas de Hera para serem lavadas
no mar.
4. Outra questão social envolvendo a deusa trata-se do casamento monogâmico defendido pela
deusa, que se tornava uma realidade nova na Grécia, mas se chocava com os costumes primitivos de
poligamia Hera representa uma ideia, uma visão de sociedade. Passa a ser considerada a deusa do
casamento.
Gerou Hefesto que nasceu muito feio e deformado. E a forma mítica, de explicar à civilização
antiga as falhas genéticas relativas a casamentos entre parentes próximos, resultado das
preocupações gregas.
FUNÇÕES DO MITO
De acordo com Chauí, o mito tem três frentes de funções: explicar, organizar e compensar (Chauí,
p. 162).
1. A função explicativa da realidade é uma forma de tranquilizar o homem em um mundo
assustador e não decifrado. O mito de Perséfone, por exemplo, explica o surgimento das
estações do ano e possíveis períodos de escassez de grãos.
2. Mito com função de organização – Determina o que pode ou não pode ser feito nas relações
entre as pessoas. Como exemplo o mito de Édipo na proibição do incesto.
filosofojr.wordpress.com/2008/09/30/o-mito-de-edipo-rei/ - 134k
3. Mito com função compensatória onde “o mito narra uma situação passada, que é a negação
do presente e que serve tanto para compensar os humanos de alguma perda como para garantir-
lhes que um erro passado foi corrigido no presente, de modo a oferecer uma visão estabilizada e
regularizada da Natureza e da vida comunitária.” (Chauí, p. 162). A história de Orfeu nos mostra
essa categoria de mito. Orfeu perde a esposa a quem tanto amava mas, se reúne novamente a ela
depois da morte.
COMO O MITO EXPLICA A EXISTÊNCIA DO MUNDO E O QUE NELE EXISTE?
1. O principio de todas as coisas - toda existência é oriunda das relações sexuais entre os
deuses e destes com humanos, surgindo os titãs (seres semi-humanos e semidivinos), os heróis
(filhos de um deus com uma humana ou de uma deusa com um humano), os humanos, e a
natureza.
Ex.: Sobre a origem do amor, deus do amor, Eros (Cupido) há o seguinte relato, exemplo extraído
do Banquete 203a, de Platão, após a observação das atitudes de uma pessoa apaixonada, sempre
insegura, ansiosa e disposta a tudo para conseguir seu intento.
“Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a deusa Penúria,
sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos e dormiu com
o deus Poros (o astuto engenhoso). Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou Cupido), que, como sua
mãe, está sempre faminto, sedento e miserável, mas, como seu pai, tem mil astúcias para se
satisfazer e se fazer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse alguém se
apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor, inventa astúcias para ser amado e satisfeito,
ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida.”
2. A discórdia ou acordo entre os deuses que faz surgir alguma coisa no mundo. Exemplifica este
tipo de mito a história narrada por Homero, na Ilíada, que narra a guerra de Tróia. Justifica o
5. motivo pelo qual em certas batalhas, os troianos eram vitoriosos e, em outras, a vitória cabia aos
gregos. Havia divisão entre os deuses e na medida que Zeus se unia a um grupo de deuses ou
outro, determinava na terra quem vencia a batalha.
Já de início, a guerra começou em função de rivalidade entre as deusas. Por disputa do titulo de
mais bela aparecem em sonho para o príncipe troiano Paris, oferecendo a ele seus dons e ele
escolheu a Afrodite. Isso gerou ciúmes nas outras deusas, o fizeram raptar a grega Helena, mulher
do general grego Menelau, promovendo a guerra.
3. Exigência de submissão: recompensas ou castigos que os deuses dão a quem os desobedece
ou a quem os obedece, conforme o exemplo a seguir.
A EXPLICAÇÃO PARA A ORIGEM MAL NO MUNDO: A CAIXA DE PANDORA
Prometeu, com pena dos homens que passavam necessidades, resolveu furtar uma
centelha de fogo dos deuses e doa-la aos homens juntamente com a orientação de
como acendê-lo. Zeus ficou furioso com essa atitude de Prometeu pois, o fogo
deveria ser um segredo mantido entre os deuses. Por essa razão acorrenta
prometeu numa montanha e todos os dias uma águia vinha devorar-lhe o fígado
que, durante a noite se reconstitui para ser novamente devorado pela manhã. Aos
homens determinou outra punição.
Ordenou a Hefesto, que criasse uma mulher perfeita, e que a levasse à reunião
dos deuses. Ela foi apresentada aos deuses, e todos ficaram admirados pela
beleza da moça e, cada um lhe deu um dom particular. Atena, a deusa da
sabedoria e da guerra, vestiu essa mulher ricamente e enfeitou sua cabeça com
uma coroa de ouro ornamentada por flores, lhe ensinou as artes das mulheres
como a arte de tecer; Afrodite lhe deu o encanto, que despertaria o desejo dos
homens; As Cárites, deusas da beleza, e a deusa da persuasão ornaram seu
pescoço com colares de ouro; Hermes, o mensageiro dos deuses além de lhe dar o
dom da fala de falar, ensinou-lhe a arte de seduzir os corações por meio de
palavras insinuantes.
Ela recebeu o nome de Pandora, que em grego quer dizer "todos os dons". Zeus
lhe entregou uma caixa fechada, e mandou que ela a levasse como presente a
Prometeu. Ele porém, não quis receber nem Pandora, nem a caixa, e recomendou
a seu irmão, Epimeteu, que também não aceitasse nada vindo de Zeus. Mas
Epimeteu, ficou encantado com a beleza de Pandora e casou-se com ela.
6. O RITO – LINGUAGEM EM AÇÃO DO MITO
Para ligar os humanos aos deuses, organizando o espaço e o tempo, são criados os ritos. Lévi-
Strauss diz que o ritual coloca em prática o mito, não se tratando apenas de formalidades. O
seu estudo permite melhor compreensão da sociedade.
O que é um ritual e qual a sua importância social?
Para o senso comum: Ação formal e arcaica, desprovida de conteúdo, usada para celebrar
momentos especiais. Ação ligada à esfera religiosa.
Para o discurso científico: “ cada ritual é um manifesto contra a indeterminação” – através da
repetição e da formalidade, os rituais demonstram a ordem e a promessa de continuidade dos
grupos. Rituais do dia a dia – universais, repetitivos e ordenadores do mundo.
RITUAIS - atribuem a cada um de nós novas identidades e novos papéis a serem
desempenhados junto ao grupo com o qual convivemos. O mundo é carregado de rituais
cotidianos que ORDENAM a vida social. (Claude Rivière).
“ o ritual é um fenômeno especial da sociedade, que nos
aponta e revela expressões e valores de uma sociedade, mas o
ritual expande, ilumina e ressalta o que já é comum a um
determinado grupo” (Rituais ontem e hoje, p.10).
Os rituais podem ser religiosos ou profanos, festivos, formais, informais, simples ou
elaborados pois o importante em um ritual são: SUAS CARACTERÍSTICAS DE FORMA,
CONVENCIONALIDADE, REPETIÇÃO, fatores que mudam de grupo para grupo.
Simbolizam o fim da infância e a passagem para a vida adulta. Geralmente ocorrem na
adolescência ou em algum momento marcante da fase adulta. São ritos de passagem: a
Pandora não resistindo à curiosidade abre a caixa de
lá escaparam todos os males que afligem a
humanidade: Loucura, Doença, Inveja, Paixão,
Vício, Praga, Fome e todos os outros males, que se
espalharam pelo mundo e tomaram miserável a
existência dos homens a partir de então. Epimeteu
tentou fechá-la, mas só restou dentro a Esperança, e
é graças a ela que os homens conseguem diante dos
sofrimentos não desistem de viver.
A expressão Caixa de Pandora é utilizada para
designar qualquer sentimento que nos move a
curiosidade mas que é sensato não tocar.
7. crisma (cristianismo), o Bar Mitzvá (judaísmo) e as cerimônias de casamento (várias religiões).
Todos aprendemos e nos modificamos até o fim da vida. Essa passagem para o mundo adulto,
no entanto é de especial importância para o indivíduo e para a sociedade, povos antigos e as
sociedades “primitivas” possuíam o que chamamos de “rituais de passagem”, cerimônias nas
quais os jovens eram iniciados no mundo adulto.
Temos em nossa sociedade correlatos desses rituais: o vestibular, a formatura, o casamento, o
sucesso profissional etc. Mas mesmo com a existência desses “correlatos”, em nossa cultura,
nem sempre, para nós, é clara a passagem para o mundo adulto.
O ritual é um sistema cultural de comunicação simbólica . O rito é uma cerimônia repetitiva
em que imita-se o ser sagrado que em algum tempo realizou a ação que os humanos buscam
repetir e perpetuar. Para isso tudo é pré determinado: gestos, palavras, objetos, pessoas e
emoções adquirem o poder misterioso de promover a ligação entre os humanos e a
divindade. A simbologia de um ritual, deverá ser seguida pois a sua eficácia dependerá da
repetição minuciosa e perfeita do rito, tal como foi praticado na primeira vez, porque nela os
próprios deuses orientaram gestos e palavras dos humanos.
A religião sacraliza o espaço e o tempo, seres e objetos do mundo, que se tornam símbolos
de algum fato religioso.
Cheios de carga simbólica, os objetos são retirados de seu lugar habitual, passando a ter novo
sentido para toda a comunidade – protetor, perseguidor, benfeitor, ameaçador. Sobre esse
ser ou objeto recai a noção de tabu (palavra polinésia que significa intocável): é um interdito,
ou seja, não pode ser tocado nem manipulado por ninguém que não esteja religiosamente
autorizado para isso. É assim, por exemplo, que certos animais se tornam sagrados ou tabus,
como a vaca na Índia, o tucano para a nação tucana, do Brasil.
MITO E FILOSOFIA
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria explicações.
Criando explicações, cria pensamentos. Na criação do pensamento, estão presentes tanto o mito
como a racionalidade, ou seja, a base mitológica, enquanto pensamento por figuras, e a base
racional, enquanto pensamento por conceitos. Esses elementos são constituintes do processo de
formação do conhecimento filosófico. Este fato não pode deixar de ser considerado, pois é a partir
dele que o homem desenvolve suas idéias, cria sistemas, elabora leis, códigos, práticas.
Compreender que o surgimento do pensamento racional, conceitual, entre os gregos, foi decisivo
no desenvolvimento da cultura da civilização ocidental e é condição para que se entenda a
conquista da autonomia da razão (lógos) diante do mito. Isso marca o advento de uma etapa
fundamental na história do pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções científicas
produzidas ao longo da história humana.
O conhecimento de como isso se deu e quais foram as condições que permitiram a passagem do
mito à filosofia elucidam uma das questões fundamentais para a compreensão das grandes linhas
de pensamento que dominam todas as nossas tradições culturais.
Deste modo, é de fundamental importância conhecer o contexto histórico e político do
surgimento da filosofia e o que ela significou para a cultura. Esta passagem do pensamento mítico
ao pensamento racional no contexto grego ainda é importante pois os mesmos conflitos entre
mito e razão, vividos pelos gregos, são problemas presentes, ainda hoje, em nossa sociedade, na
qual a própria ciência depara-se com o elemento da crença mitológica ao apresentar-se como
8. neutra, escondendo interesses políticos ou econômicos em sua roupagem sistemática, por
exemplo.Ao escrever os autores selecionados preocupam-se em desenvolver textos que permitam
a experiência filosófica a partir de três recortes, que são: Mito e Filosofia; O Deserto do Real;
Ironia e Filosofia.
Mito e Filosofia: trata do problema da ordem e da desordem no mundo. O homem, ao procurar a
ordem do mundo, cria tanto o mito como a filosofia. Muitos povos da antigüidade
experimentaram o mito, que é um pensamento por imagens. Os gregos também fizeram a
experiência de ordenar o mundo por meio do Mito. Estes perceberam que o Mito era um jeito de
ordenar o mundo. A experiência política grega, ao longo dos anos, trouxe a possibilidade do
pensamento como logos (razão), pois a vida na pólis impôs exigências que o mito já não satisfazia.
Mas será que com a filosofia o mito desaparece? Será que em nossa sociedade ainda nos
orientamos pelo pensamento mítico?
Quais são as diferenças entre Filosofia e mito? Podemos apontar três como as mais importantes:
1. O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e
fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. A
Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no
futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são;
2. O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forças divinas
sobrenaturais e personalizadas, enquanto a Filosofia, ao contrário, explica a produção natural das
coisas por elementos e causas naturais e impessoais. O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; a
Filosofia fala em céu, mar e terra. O mito narra a origem dos seres celestes (os astros), terrestres
(plantas, animais, homens) e marinhos pelos casamentos de Gaia com Urano e Ponto. A Filosofia
explica o surgimento desses seres por composição, combinação e separação dos quatro elementos
- úmido, seco, quente e frio, ou água, terra, fogo e ar.
3. O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque
esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no
mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A Filosofia, ao contrário, não admite
contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente,
lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da
razão, que é a mesma em todos os seres humanos.
1.2 CONDIÇÕES HISTÓRICAS DO SURGIMENTO DA FILOSOFIA
Resolvido esse problema, temos ainda um último a solucionar: O que tornou possível o
surgimento da Filosofia na Grécia no final do século VII e no início do século VI antes de Cristo?
Quais as condições materiais, isto é, econômicas, sociais, políticas e históricas que permitiram o
surgimento da Filosofia? Podemos apontar como principais condições históricas para o surgimento
da Filosofia na Grécia:
• As viagens marítimas, que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam
habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos; e que
as regiões dos mares que os mitos diziam habitados por monstros e seres fabulosos não possuíam
nem monstros nem seres fabulosos. As viagens produziram o desencantamento ou a
desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir uma explicação sobre sua origem,
explicação que o mito já não podia oferecer;
9. • A invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do
ano,as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade
de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino
incompreensível;
• A invenção da moeda, que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas
concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata, uma troca
feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova
capacidade de abstração e de generalização;
• O surgimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, dando
desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das famílias da
aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem os mitos foram criados; além disso, o
surgimento de uma classe de comerciantes ricos, que precisava encontrar pontos de poder e de
prestígio para suplantar o velho poderio da aristocracia de terras e de sangue (as linhagens
constituídas pelas famílias), fez com que se procurasse o prestígio pelo patrocínio e estímulo às
artes, às técnicas e aos conhecimentos, favorecendo um ambiente onde a Filosofia poderia surgir;
• A invenção da escrita alfabética, que, como a do calendário e a da moeda, revela o
crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética ou
fonética, diferentemente de outras escritas - como, por exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os
ideogramas dos chineses -, supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo
dita, mas a idéia dela, o que dela se pensa e se transcreve;
• A invenção da política, que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da
Filosofia:
1. A idéia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si mesma
o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas. O aspecto legislado e regulado
da cidade - da polis - servirá de modelo para a Filosofia propor o aspecto legislado, regulado e
ordenado do mundo como um mundo racional.
2. O surgimento de um espaço público, que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de discurso,
diferente daquele que era proferido pelo mito. Neste, um poeta-vidente, que recebia das deusas
ligadas à memória (a deusa Mnemosyne, mãe das Musas, que guiavam o poeta) uma iluminação
misteriosa ou uma revelação sobrenatural, dizia aos homens quais eram as decisões dos deuses
que eles deveriam obedecer.
3.Agora, com a polis, isto é, a cidade política, surge a palavra como direito de cada cidadão de
emitir em público sua opinião, discuti-la com os outros, persuadi-los a tomar uma decisão
proposta por ele, de tal modo que surge o discurso político como a palavra humana
compartilhada, como diálogo, discussão e deliberação humana, isto é, como decisão racional e
exposição dos motivos ou das razões para fazer ou não fazer alguma coisa.
A política, valorizando o humano, o pensamento, a discussão, a persuasão e a decisão racional,
valorizou o pensamento racional e criou condições para que surgisse o discurso ou a palavra
filosófica.
BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando. São Paulo: Moderna. 1993.
ELIADE, Mircea. Aspectos do mito. Lisboa : Edições 70, 1989.
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994.
10. • A invenção do calendário, que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do
ano,as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade
de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino
incompreensível;
• A invenção da moeda, que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas
concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata, uma troca
feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova
capacidade de abstração e de generalização;
• O surgimento da vida urbana, com predomínio do comércio e do artesanato, dando
desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das famílias da
aristocracia proprietária de terras, por quem e para quem os mitos foram criados; além disso, o
surgimento de uma classe de comerciantes ricos, que precisava encontrar pontos de poder e de
prestígio para suplantar o velho poderio da aristocracia de terras e de sangue (as linhagens
constituídas pelas famílias), fez com que se procurasse o prestígio pelo patrocínio e estímulo às
artes, às técnicas e aos conhecimentos, favorecendo um ambiente onde a Filosofia poderia surgir;
• A invenção da escrita alfabética, que, como a do calendário e a da moeda, revela o
crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética ou
fonética, diferentemente de outras escritas - como, por exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os
ideogramas dos chineses -, supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo
dita, mas a idéia dela, o que dela se pensa e se transcreve;
• A invenção da política, que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da
Filosofia:
1. A idéia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si mesma
o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas. O aspecto legislado e regulado
da cidade - da polis - servirá de modelo para a Filosofia propor o aspecto legislado, regulado e
ordenado do mundo como um mundo racional.
2. O surgimento de um espaço público, que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de discurso,
diferente daquele que era proferido pelo mito. Neste, um poeta-vidente, que recebia das deusas
ligadas à memória (a deusa Mnemosyne, mãe das Musas, que guiavam o poeta) uma iluminação
misteriosa ou uma revelação sobrenatural, dizia aos homens quais eram as decisões dos deuses
que eles deveriam obedecer.
3.Agora, com a polis, isto é, a cidade política, surge a palavra como direito de cada cidadão de
emitir em público sua opinião, discuti-la com os outros, persuadi-los a tomar uma decisão
proposta por ele, de tal modo que surge o discurso político como a palavra humana
compartilhada, como diálogo, discussão e deliberação humana, isto é, como decisão racional e
exposição dos motivos ou das razões para fazer ou não fazer alguma coisa.
A política, valorizando o humano, o pensamento, a discussão, a persuasão e a decisão racional,
valorizou o pensamento racional e criou condições para que surgisse o discurso ou a palavra
filosófica.
BIBLIOGRAFIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando. São Paulo: Moderna. 1993.
ELIADE, Mircea. Aspectos do mito. Lisboa : Edições 70, 1989.
CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994.